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1. Há alguns anos, os jornais ingleses noticiaram um acidente que ocorreu na cidade de Londres. Uma
família inglesa saíra de férias para o Algarve e deixara as chaves da casa a um vizinho para que este
pudesse cuidar do seu jardim. Num domingo à tarde, algumas horas do regresso da referida família, o
vizinho pensou que, por estar muito frio, seria uma boa e simpática ideia acender a lareira. Assim, ao
regressarem, encontrariam, uma casa agradavelmente aquecida. Infelizmente, a casa pegou fogo e, ao
regressarem, os turistas encontraram a sua casa queimada e destruída.
a) Como avaliaria um utilitarista o que sucedeu? Que avaliação moral faria da ação do vizinho?
b) Como avaliaria um kantiano o que sucedeu? Que avaliação moral faria da ação do vizinho?
c) Suponha que afinal a casa não ardeu e que no regresso a família encontrou uma casa bem aquecida,
o que, dado o frio que fazia, ajudou alguns dos seus membros a recuperarem de uma forte gripe,
contraída no final das férias. O utilitarista mudaria a anterior avaliação moral do ato de aquecer a casa?
E a pessoa que defendesse a moral Kantiana?
a) Se o prazer dos guardas é maior do que o sofrimento do prisioneiro, um utilitarista como Mill dirá
que a ação é moralmente justificável?
2. Imagine que um astronauta desce à Terra. Na sua cápsula está um vírus que se espalha pelo ar e contra
o qual os seres humanos não possuem a melhor resistência. As pessoas que estiveram em contacto com
o vírus na colónia de Marte foram rapidamente dizimadas. O astronauta encontra-se fechado na cápsula
e a única situação que resta é deixar que ele morra., caso contrário, o risco de que o caso se espalhe,
dizimando as pessoas como moscas, será demasiado grande.
a) Para tentar responder ao problema, recorreria à ética kantiana ou à ética utilitarista? Justifique.