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Gestão Ambiental

e Responsabilidade
Social
Material Teórico
Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Ms. Nilza Maria Coradi de Aráujo

Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Responsabilidade Social: Diretivas
e Indicadores

• Introdução
• Processos e Normas
• Padrões de Relatórios/Indicadores
• Concluindo a Unidade

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Nesta unidade, da disciplina de Gestão Ambiental e Responsabilida-
de Social, abordaremos o tema “Responsabilidade Social: Diretivas
e Indicadores”.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
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de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.

No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores

Introdução
Há inúmeras definições para responsabilidade Social Empresarial (RSE) ou
Responsabilidade Social Corporativa (RSC), na prática, porém, o conceito de RSE
é que promove um comportamento empresarial que integra elementos sociais e
ambientais que não necessariamente estão contidos na legislação, mas que atendem
às expectativas da sociedade em relação à empresa (DIAS, 2011).

Esse conceito de responsabilidade social pode ser entendido em dois níveis: o


nível interno relacionado aos trabalhadores e às partes afetadas pela empresa e
que podem de alguma forma influir no alcance de seus resultados, e o nível externo
que é a consequência das ações de uma organização sobre o meio ambiente, seus
parceiros de negócio e a sociedade em que estão inseridos.

Foram diversos fatores que originaram o conceito de responsabilidade social, no


contexto mais globalizado das mudanças nas organizações, surgiram preocupações
e expectativas dos cidadãos, dos consumidores, das autoridades públicas e dos
investidores em relação às organizações. Os indivíduos e as instituições, como
consumidores e investidores, começaram a condenar os danos causados ao
ambiente pelas atividades econômicas e também a pressionar as empresas para a
observância de requisitos ambientais.

As primeiras citações que tratam da responsabilidade social ocorreram nos


Estados Unidos, na década de 1950 e, na Europa, nos anos 1960. Na década de
1970, surgiram as primeiras associações de profissionais com interesse em estudar
o assunto. A partir daí, a responsabilidade social se transformou em um novo
campo de pesquisa.

Hoje, já bem mais estabelecida, a responsabilidade social é uma realidade, e


podemos mencionar os três tipos principais: responsabilidade social corporativa,
responsabilidade social empresarial e responsabilidade social e ambiental.

A responsabilidade social corporativa é um conjunto de ações que beneficiam


a sociedade e as corporações, considerando a economia, a educação, o meio-
ambiente, a saúde, o transporte, a moradia, as atividades locais e o governo.
Normalmente, as instituições criam programas sociais que melhoram a qualidade
de vida dos funcionários e da população.

A responsabilidade social empresarial está relacionada a uma gestão ética e


transparente que a organização deve possuir com suas partes interessadas, para
diminuir os impactos negativos no meio ambiente e na comunidade.

A responsabilidade social e ambiental está ligada a práticas de preservação


do meio ambiente. Assim, uma empresa responsável no âmbito social deve ser
conhecida pela criação de políticas responsáveis na área ambiental.

Enfim, ao longo dos anos, as preocupações aglutinaram-se e encorparam as


discussões voltadas à responsabilidade social, como o respeito à diversidade humana,

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o combate à corrupção, a promoção da qualidade de vida, inclusive no trabalho, a
preocupação e o cuidado com o meio ambiente (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

A preocupação e o fortalecimento das Teorias tomaram impulso graças à grande


quantidade de organizações Nacionais e Internacionais que promoveram a prática
da responsabilidade social, como é o caso do Instituto Ethos e o do Ibase – Instituto
Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas. A ISO elaborou também uma norma
de responsabilidade social, a ISO 26000 (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social foi criado, em 1998,


por um grupo de empresários da iniciativa privada, cujo objetivo é, a partir de
troca de experiências e sistematização de conhecimentos, desenvolver ferramentas
para auxílio na análise de práticas voltadas à gestão e ao compromisso com
responsabilidade social e desenvolvimento sustentável.

O Ibase é uma organização fundada, em 1981, pela sociedade civil, cujo


objetivo é a radicalização da democracia e a afirmação de uma cidadania ativa. As
iniciativas são regidas pelos princípios da igualdade, solidariedade, participação e
justiça socioambiental.

Responsabilidade Social Empresarial


No Brasil, conforme Pereira, Silva e Carbonari (2011), a desigualdade social e a
impossibilidade de atendimento a estas demandas fazem com que a responsabilidade
social empresarial seja mais relevante.

Primeiramente, vale destacar que ações isoladas por razões humanitárias não
são sinônimo de responsabilidade social, talvez a origem tenha sido assim, mas
a responsabilidade social empresarial se constrói por meio de ações interligadas,
inseridas no planejamento e na cultura da organização, envolvendo a todos
(PEREIRA, SILVA E CARBONARI, 2011).

Atualmente, é intensa a quantidade de iniciativas em sintonia com os movimentos


da responsabilidade social das empresas e do desenvolvimento sustentável,
originando os conceitos de organização e de empresa sustentável, ou seja, a
responsabilidade social das empresas é um caminho para alcançar a sustentabilidade
empresarial (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

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UNIDADE Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores

Quadro 1 – Responsabilidade social empresarial nos níveis estratégicos e operacionais


Declaração Universal dos Direitos do Homem
Agenda 21
Visão, Valores e Missão Princípios Diretivos Carta da terra
Metas do Milênio
Níveis Estratégicos
Pacto Global
Convençoes da OIT
Política, Liderança e Códigos e
Diretrizes da OCDE para Multinacionais
Recursos Regulamentos
Convenção contra a corrupção
ISO 9001
ISO 14001
Impactos Econômicos
OHSAS 18001
NBR 16001
Processos e Normas
AA1000
Níveis Operacionais Impactos Ambientais SA 8000
ISO 26000
Impactos Sociais Códigos de boas Práticas do setor
Balanço Social
Padrões de
Relatórios GRI
Relatórios
Indicadores Ethos

Princípios Diretivos
Conforme mostra o quadro 1, são exemplos de princípios diretivos que
impulsionaram a criação de normas e outras ferramentas e instrumentos de gestão
para as práticas da responsabilidade social (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012):
• Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948) – Importante fonte
para orientar a concepção de políticas de responsabilidade social quer seja
para uma entidade pública ou privada.
• Agenda 21 – realizada no Rio de Janeiro, em 1992, é um plano de ação para
alcançar objetivos do desenvolvimento sustentável.
• Carta da Terra – foi concluída em 2000, surgiu para incluir questões que não
foram tratadas na Declaração de 1992, no Rio de Janeiro, procurando sanar
as deficiências existentes, cujos temas básicos são:
»» Respeitar e cuidar da comunidade da vida;
»» Integridade ecológica;
»» Justiça econômica e social;
»» Democracia, não violência e paz;
• Metas do Milênio – Aprovada em 2001 pelas Nações Unidas, cujo objetivo é
reforçar o compromisso entre as Nações dos pactos celebrados anteriormente:
»» Erradicar a extrema pobreza e a fome.

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» Atingir o ensino básico fundamental.
» Promover igualdade entre os sexos e autonomia das mulheres.
» Reduzir a mortalidade infantil.
» Combater a AIDS, a malária e outras doenças.
» Melhorar a saúde das gestantes.
» Garantir a sustentabilidade do planeta.
» Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
• Pacto Global – Fórum aberto à participação de empresas e outras organizações,
para se engajar neste pacto, é necessário expressar seu apoio ao pacto, cujos
princípios são:
» Princípios de Direitos Humanos:
1. Respeitar e proteger os direitos humanos.
2. Impedir violações de direitos humanos.
» Princípios de Direitos do Trabalho:
3. Apoiar a liberdade de associação no trabalho.
4. Abolir o trabalho forçado.
5. Abolir o trabalho infantil.
6. Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho.
» Princípios de Proteção Ambiental:
7. Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais.
8. Promover a responsabilidade ambiental.
9. Encorajar tecnologias que não agridam o meio ambiente.
» Princípio contra a Corrupção:
10. Combater a Corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.

Códigos e Regulamentos
Como mostrado no quadro 1, são exemplos de Códigos e Regulamentos
(BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012):
• Convenções da OIT – Organização Internacional do trabalho, criada em
1919, cujas convenções e recomendações são voltadas para as relações de
trabalho e envolve empregadores, empregados e governos.
• Diretrizes da OCDE para as Multinacionais – Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Econômico, elaborou por exemplo, a Convenção Contra o
Suborno de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Internacionais
de 1997, incluída na Legislação Brasileira.

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UNIDADE Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores

• Convenção Contra a Corrupção – É fundamental para qualquer gestão


de responsabilidade social empresarial. A Transparency International (TI)
define a corrupção como o abuso do poder, cujo objetivo é obter ganhos
privados ilegítimos.

Processos e Normas
Para operacionalizar os princípios estabelecidos nos Acordos e Convenções, são
necessários instrumentos gerenciais, conforme quadro 1.

O processo de normalização internacional é intensificado com a criação da


International Organization for Standardization (ISO) em 1947. É válido destacar
que recebeu propositadamente essa sigla ISO, que significa em grego ‘igualdade’,
justamente por desenvolver trabalhos de normalização técnica, que representem o
consenso de seus membros.

O Brasil representado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)


participa das decisões e estratégias da ISO (ISAIA, 2010).

Série de Normas ISO: é um conjunto de normas, cujo objetivo é fornecer informações,


Explor

estabelecer requisitos e auxiliar na implementação dos seus requisitos (ISAIA, 2010).

Veja abaixo a Série de Normas ISO:


• ISO 9001 – É a mais conhecida da série 9000, ela especifica requisitos de um
sistema de gestão da qualidade.
• ISO 14000 – Esta série estabelece diretrizes para um sistema de gestão
ambiental. Exemplificando, temos:
• ISO 14001 – Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e Orientação
para uso.
• ISO 14004 – Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes gerais sobre
princípios, sistemas e técnicas de apoio.
• ISO 14063 – Norma que fornece a uma organização as diretrizes sobre
princípios gerais, política, estratégia e atividades relacionadas com a
comunicação ambiental, tanto interna quanto externa.
• OSHAS 18001 – Entrou em vigor em 1999. Foi concebida pela recusa da
ISO em criar normas sobre saúde e segurança do trabalho. Portanto, esta
norma trata de um sistema de gestão de segurança e da saúde ocupacional. É
um compromisso de redução dos riscos decorrentes do trabalho, recaindo em
um processo dinâmico de melhoria contínua. Foi criada a partir de um grupo
de certificadores do Reino Unido, Irlanda, Austrália, África do Sul, Espanha e
Malásia (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

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• NBR 16001 – Norma Brasileira de Responsabilidade Social, que estabelece
requisitos mínimos, permitindo que a organização crie e implemente um sistema
de gestão da responsabilidade social, segundo ABNT (2013), levando em
conta: responsabilização, transparência, comportamento ético, consideração
pelos interesses das partes interessadas, atendimento aos requisitos legais,
respeito às normas internacionais de comportamento e aos direitos humanos
à promoção do desenvolvimento sustentável (www.abntcatalogo.com.br).

Esta norma apresenta-se compatível com as estruturas das normas ISO 9001,
ISO 14001 e OHSAS 18001, o que facilita a integração das mesmas (BARBIERI
e CAJAZEIRA, 2012).

Os sistemas de gestão podem receber certificações. Para fazê-lo, devem subme-


ter esse sistema a um organismo externo. No caso da NBR 16001, é denominado
de Organismo de Certificação de Sistema de Gestão da Responsabilidade Social
(OCR), que, por sua vez, é acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Nor-
malização e Qualidade Industrial (Inmetro) (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).
• AA 1000 – Origem Reino Unido – Define melhores práticas para prestação
de contas a fim de assegurar a qualidade da contabilidade, auditoria e relato
social ético de todos os tipos de organizações.
• AS 8000 – É uma norma internacional de avaliação da responsabilidade
social e parte do princípio que as empresas devem cumprir as leis relativas
aos empregados e terceirizados, adotando as disposições das convenções da
Organização Internacional do Trabalho (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).
• A Norma Internacional ISO 26.000 foi publicada em novembro de 2010
e lançada a versão em português em dezembro de 2010 – ABNT NBR ISO
26.000 a qual concede Diretrizes sobre a Responsabilidade Social.

A Responsabilidade Social das Organizações consiste em responsabilizar-se


pelos impactos causados por conta dos processos decisórios perante a sociedade e
meio ambiente. O que implica em um comportamento ético e transparente, o qual
contribui para o desenvolvimento sustentável, compatível com as leis aplicáveis e
as normas internacionais de comportamento.

A ISO 26.000:2010 não tem a finalidade de certificação, é uma norma de


diretrizes e de uso voluntário.

Padrões de Relatórios/Indicadores
Segundo Barbieri e Cajazeira (2012), um sistema de gestão deve possuir
mecanismos de comunicação transparentes para as partes envolvidas. Algumas
normas já citadas anteriormente (ISO 14063, ISO 14001) atendem ao princípio
da comunicação, porém, não recomendam nenhum tipo específico de instrumento
(ferramenta), cabendo à organização a tomada de decisão de qual instrumento deve
ser utilizado.

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UNIDADE Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores

Naturalmente, a escolha de um instrumento depende da estratégia, da política,


dos princípios, dos programas, ou seja, de particularidades da organização
(BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

Segundo Pereira, Silva e Carbonari (2011), os indicadores de sustentabilidade


corporativa servem para:
• Trazer reflexão sobre temas que nem sempre são geridos.
• Identificar metas.
• Explicitar o aprendizado e a reação da empresa diante de suas falhas.
• Quantificar o impacto.
• Dar transparência e consistência à prestação de contas.
• Contextualizar e tornar tangível o desempenho.
• Permitir a comparabilidade.
• Evidenciar a evolução.

Transparência com seus públicos e em sua atuação


Credibilidade perante o marcado de capitais
Questionamento da sociedade
Preocupação com a opinião dos colaboradores
Preocupação com o meio ambiente
Necessidade/realidade do ambiente da organização
Incentivar a redução de custos/despesas/contingências
Aumentar a inserção em mercados estrangeiros
Manter uma imagem de empresa sustentável
Atender uma imagem de empresa sustentável

Outros
Obtenção de selo ou certificação
Estratégia de Marketing

0% 5% 10% 15% 20% 25%

Figura 1

No quadro 1, são citados alguns exemplos de padrões de relatório, que seguem:


• Balanço Social – É um modelo, criado em 1997 pelo Instituto Brasileiro de
Análises Sociais e Econômicas (Ibase), que se trata de um demonstrativo e é
publicado anualmente. Nele, constam informações sobre projetos, benefícios
e ações sociais voltados para funcionários, investidores, analistas de mercado,
acionistas e comunidade (stakeholders) e os dados são expressos em valores
financeiros ou de forma quantitativa (PEREIRA, SILVA e CARBONARI, 2011)
• GRI – Global Report Initiative, uma ONG internacional dedicada a
desenvolver, divulgar e medir o desempenho das organizações, sob o aspecto
da sustentabilidade ambiental, social e econômica, prestando, dessa forma,
contas à sociedade (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

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• Indicadores Ethos – A organização que se utiliza deste indicador tem a vanta-
gem de comparar-se com outras empresas e analisar os pontos fortes e fracos
e, assim, ter oportunidade de melhoria. Neste indicador, aspectos econômicos
que não tenham ligação com aspectos sociais e ambientais não são levados em
conta (PEREIRA, SILVA e CARBONARI, 2011).

O que é responsabilidade social empresarial?


Responsabilidade social empresarial segundo o Instituto Ethos, é a forma ética e
responsável que a empresa desenvolve todas as suas ações, suas políticas, suas
práticas, suas atitudes, tanto com a comunidade quanto om o seu corpo funcional.

Figura 2
Fonte: Acervo do Conteudista

É fácil perceber que usar os indicadores não é tarefa simples, pois eles devem ser
flexíveis o suficiente para que possam ser alterados e adaptados, se for necessário.

O quadro 1 apresenta apenas exemplos de indicadores, mas existem muitos


outros. Destacam-se ainda:
• ISE – Índice de Sustentabilidade – Índice lançado pela Bolsa de Valores de
São Paulo (BOVESPA) em 2005, reflete o retorno de uma carteira de ações
de empresas que têm um comprometimento com a sustentabilidade social
empresarial (PEREIRA, SILVA e CARBONARI, 2011).
• Relatório de Sustentabilidade Dow Jones – É um indicador de desempenho
financeiro, índice de reajuste ligado à bolsa de Nova York. As organizações que
constam deste índice são as mais capazes de criar valor para seus acionistas
em longo prazo (PEREIRA, SILVA e CARBONARI, 2011).

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UNIDADE Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores

Figura 3

As empresas, certamente, detêm marcas que apresentam ativos intangíveis (bens


e direitos que não apresentam forma física), que são preciosos e demandam tempo
e dinheiro para serem construídos: transparência e ética. Enfim, a responsabilidade
socioambiental passa credibilidade, e é, sem dúvida, uma forma de gestão
estratégica, mas vai muito além de estratégia e obrigação, é um compromisso
permanente que a organização sela para tornar a sociedade mais justa e contribuir
para seu desenvolvimento.

Concluindo a Unidade
Como vimos, a responsabilidade social deve ser entendida como o conjunto de
ações que podem ser realizadas além das exigências legais. A responsabilidade em-
presarial ambiental se configura em ações que extrapolam a obrigação, com conte-
údo mais voluntário de participação em iniciativas que tenham como objetivo pre-
servar o meio ambiente e mantê-lo livre de contaminação para as demais gerações.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos
ISO 26000 A Norma de Responsabilidade Social
https://youtu.be/kYV5ZYdx2L4
Calendário do ISE
https://youtu.be/zmcdC0ttk8w

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Referências
BARBIERI, J. C.; CAJAZEIRA, J. E. R. Responsabilidade social e empresarial
e empresa sustentável – da teoria à prática. São Paulo: Saraiva, 2012.

CATÁLOGO DE NORMAS: Disponível em: www.abntcatalogo.com.br - Acesso


em 22/ janeiro/ 2013

DIAS, R. Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade. São


Paulo: Atlas, 2011.

ISAIA, G.C. et al. Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e


Engenharia de Materiais. São Paulo: IBRACON, 2010.

PEREIRA, A. C.; SILVA, G. Z.; CARBONARI, M. E. E. Sustentabilidade,


responsabilidade social e meio ambiente. São Paulo: Saraiva, 2011.

SROUR, R. H. Ética Empresarial – A Gestão da Reputação. Rio de janeiro:


Elsevier, 2003.

WIKIPEDIA: Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Terra_de_nin-


gu%C3%A9m – Acesso em 22/Janeiro/2013

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