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2023 - 2024
INDÚSTRIA
DA MODA
Este estudo é uma publicação do Sebrae Inteligência
de Mercado criado pelo Sebrae Rio.
www.inteligenciademercado.rj.sebrae.com.br
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INDÚSTRIA
DA MODA
MACROTENDÊNCIAS 2023-2024
RIO DE JANEIRO
ANO 2023
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©2022. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro – Sebrae/RJ
Rua Santa Luiza, 685, 7º andar, Centro, Rio de Janeiro /RJ. Telefone: (21) 2212-7700.
Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte,
constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).
DIRETOR-SUPERINTENDENTE
Antônio Alvarenga Neto
DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO
Sergio Malta
GERÊNCIA DE PROJETOS
Ana Lucia de Araújo Lima – Gerente
COORDENAÇÃO DA INDÚSTRIA
Carina Ferraz Garcia - Coordenadora
Camila Linhares de Araújo - Analista
CDD 741.674
CDU 658.8.012.2
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PREFÁCIO
O Sebrae Rio – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de
Janeiro – é uma entidade privada sem fins lucrativos que tem como objetivo fomen-
tar o empreendedorismo e a formalização de empresas, estimulando a geração de
emprego e renda, utilizando programas específicos de desenvolvimento da cultura
empreendedora e de capacitação empresarial.
Espera-se que as empresas possam se valer das informações contidas neste estudo
para repensar seus negócios de forma que se recuperem e se tornem mais competi-
tivas no mercado, considerando que a competitividade aumenta a cada dia por conta
de mudanças no comportamento do consumidor, das novas tecnologias e da inclusão
digital.
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APRESENTAÇÃO
A era pós-Covid vem sendo construída dia após dia, com impactos e mudanças rápidas
e profundas.
Com as novas tendências de mercado, a Indústria da Moda está tendo que buscar
mudanças significativas na forma de operar, principalmente no que diz respeito aos
novos estilos de vida e consumo.
Este estudo tem como objetivo descrever as perspectivas para a Indústria de Moda,
para subsidiar planejamentos e tomadas de decisão relevantes para o fortalecimento
do setor.
Boa leitura!
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SUMÁRIO
Capítulo 1
Panorama da Indústria da Moda no Rio de Janeiro. . . . . . . . . . . . . . 9
Capítulo 2
Análise histórica da Indústria da Moda e suas perspectivas. . . . . . . 12
2.1 A Evolução Industrial e o impacto na produção
13
da Indústria da Moda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Capítulo 3
Indústria da Moda no Rio de Janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Capítulo 4
Inovação, Desenvolvimento e Tecnologia. . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Capítulo 5
O uso da tecnologia na Indústria da Moda. . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Capítulo 6
Os impactos temporários e permanentes da pandemia
na Indústria da Moda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Capítulo 7
Desafios para a Indústria da Moda na Região Fluminense. . . . . . . . 45
7.1 Mudança de comportamento do consumidor:
Novo Perfil e Novas Tecnologias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
7.2 Aumento do dólar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
7
7.4 Competitividade e concorrência interna e externa. . . . . . . 47
7.5 Transparência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Capítulo 8
Oportunidades do setor e como as MPEs podem aproveitá-las. . . . . 49
Capítulo 9
Tendências, Sustentabilidade e Solidariedade. . . . . . . . . . . . . . . 52
Capítulo 10
Conclusões e Ações Recomendadas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
BIBLIOGRAFIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
8
CAPÍTULO 1
Aferida em torno de US$ 2,4 trilhões e agente empregador de mais de 300 milhões
de pessoas no mundo, a Indústria da Moda é uma das maiores engrenagens econômi-
cas mundiais, sendo mais de 60% de sua utilização pertencem ao setor de vestuário
(ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, 2017).
9
Trabalhadores: 1,36 milhão de empregados diretos (IEMI, 2021) e 8 milhões de
adicionarmos os indiretos e efeito renda, dos quais 60% são de mão de obra
feminina;
Número de empresas: 24,6 mil unidades produtivas formais em todo o país (IEMI,
2021);
2º maior empregador da indústria de transformação, perdendo apenas para ali-
mentos e bebidas juntos (PIA);
Está entre os cinco maiores produtores e consumidores de denim2 do mundo;
Está entre os quatro maiores produtores de malhas do mundo;
Em 2020, representou 19,8% do total de trabalhadores alocados na produção
industrial e 5% do valor total da produção da indústria brasileira de transforma-
ção (IEMI, 2021);
Existem mais de 50 Faculdades de Moda espalhadas em 11 estados (Folha de S.
Paulo, 2019);
O Brasil é a maior Cadeia Têxtil completa do Ocidente, sendo o único a possuir
desde a produção das fibras, como plantação de algodão, até os desfiles de moda,
passando por fiações, tecelagens, beneficiadoras, confecções e forte varejo;
Indústria que tem quase 200 anos no país; e
Brasil é referência mundial em design de Moda Praia, Jeanswear e Homewear,
tendo crescido também os segmentos de fitness e lingerie.
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Essa aceleração favoreceu o contato com essa nova geração de consumidores, que agora
está mais conectada às novidades do mundo da Moda e reduziu a chance e o tempo para
cópias dos estilos apresentados (DIDERICH, 2016; ABNETT, 2016).
Em contrapartida, alguns produtores da Moda não aderiram a tal mudança, uma vez
que acreditam que inviabiliza o cuidado com a qualidade dos produtos acarretando
também na produção de coleções menos atrativas e criativas.
11
CAPÍTULO 2
Apesar de o termo Moda vir do latim modus que significa modo, comportamento, foi
na França (mode) que começou a ser usado. Tendo em vista o seu valor semântico, a
Moda se desenvolve através de processos históricos desde a Idade Média, ganhando
força com as inovações e as adaptações adquiridas principalmente em decorrência das
revoluções industriais.
1784 1969
Primeira Revolução Industrial: Terceira Revolução Industrial:
primeiro tear mecânico, fabricação primeiro controlador lógico programável,
mecânica e equipamentos à água e vapor. desenvolvimento de eletrônicos e
automatização de processos.
1870 Atualmente
Segunda Revolução Industrial: Quarta Revolução Industrial:
primeira linha de produção, produção Baseada em sistemas cyber-físicos, robôs na
em massa, uso de energia elétrica, linha de produção, impulsiona o crescimento
sistema baseado na divisão do trabalho. da interatividade homem máquina.
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Diante de grandes descobertas e inovações, o setor industrial, após três revoluções
e já voltado para o desenvolvimento técnico-científico e informacional, contribuiu
para a renovação social, política e econômica dos países que se desenvolviam desta
forma, já que haviam adquirido grande crescimento no campo da informática, da robó-
tica, do transporte, da telecomunicação, da biotecnologia, além da nanotecnologia
(BOETTCHER, 2015).
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A aceleração da produção, apesar de ter sido responsável pelo surgimento do
Profissional do Estilo (o desenhista que substituiu os modelistas de carreira da época),
trouxe também a sistematização da Moda.
Trazendo os efeitos das mudanças da Europa para o Brasil, pode-se perceber que,
assim como afirma Hahn (2017), os avanços industriais nacionais ainda se encontram
em atraso.
A substituição da mão de obra por maquinário ainda é bem inferior em relação a
outras nações desenvolvidas.
Diversas empresas brasileiras ainda estão entrando na Terceira Revolução
Industrial e encontram-se em diferentes estágios de desenvolvimento tecnoló-
gico, ainda que seja possível pular etapas e chegar ao estágio de maior desenvol-
vimento tecnológico.
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Etapas Ações Temáticas
Comportamento do público-alvo
Mercado
Tecnologia
Pesquisas
Tendências de Consumo
Planejamento Temas para coleções
Vendas de coleções anteriores
Confecção do protótipo
Análise do protótipo
Prototipagem
Aprovação do protótipo
Peça piloto
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2.2 O início da Indústria da Moda no Estado do
Rio de Janeiro
Dentro dessa dinâmica de funcionamento, a Moda precisava se adaptar à realidade do
Rio de Janeiro e às suas demandas. Pode-se perceber que a Moda seguiu a tendência
suplementar ao que se iniciou na França, tendo parâmetros europeus adaptados à rea-
lidade tropical do país.
Seguindo essa perspectiva, Gilberto Gil, ministro da cultura nos anos de 2003 a 2008,
hoje membro da Academia Brasileira de Letras, enquanto participava de um evento no
Rio de Janeiro fez a seguinte colocação:
“Quero propor um rearranjo da relação do Estado com a Moda. Quero reverter o equívoco
ou omissão do passado, e dizer a vocês (...) que a Moda é hoje reconhecida pelo Ministério
da Cultura como parte vital da cultura brasileira.” (Vasone, 2007, on-line)
A economia de uma cidade influencia a sua cultura, molda seus hábitos de consumo
e seu comportamento social. A recíproca também é verdadeira, ou seja, a cultura
influencia na economia, e a sociedade molda a cultura, que por sua vez impacta no
comportamento. E é diante de toda essa teia de relações sociais e econômicas, que a
Moda se instala no Rio de Janeiro.
O estilo de vida comum aos moradores do Estado do Rio de Janeiro é marcante por
ser diferente de outros estados e por ter forte influência no país. O modo como se
vestem é tido como referência:
descontraído e chique, porém simples;
aposta na linha confortável; e
inspiração no clima quente da região, que tem o litoral como cartão postal.
16
Ainda que essa região tenha tido bastante visibilidade, houve épocas em que o Rio de
Janeiro perdeu um pouco da identidade das marcas, principalmente por fatores como:
A mudança da capital
do país para Brasília A concorrência com São Paulo,
que fez estilistas migrarem para
desenvolver suas marcas
Assim como afirmou Carlos Gradim da administração do Museu de Arte do Rio (MAR)
em participação ao evento de lançamento do Distrito Criativo do Porto: “Esta é uma
alternativa às antigas formas econômicas, que leva em conta a preservação do patrimônio,
desenvolvimento da cultura e integração cultural”.
17
Mudanças na Moda Fluminense
Î Opção de trabalhar com produção em larga escala e venda em atacado.
Com o constante crescimento das indústrias do Rio de Janeiro, algumas medidas foram
tomadas de acordo com a demanda. No entanto, havia um entrave para as confecções
que optaram para a produção acelerada e venda no atacado como: obter crédito para
a compra de matéria-prima em larga escala.
Para driblar essa dificuldade era preciso ter uma enorme carteira de fornecedores e frag-
mentar a compra, tentando obter a maior quantidade de tecidos.
Mas como gerir tantos fornecedores assim, se muitos não cumpriam prazos nem a
entrega total das mercadorias?
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É possível perceber que há outros entraves relacionados à Indústria da Moda, como
por exemplo:
Falta de recursos para investimento;
Despreparo dos gestores do ramo; e
Carência não só de apoio governamental, como também de preparo técnico refe-
rente à produção de Moda.
Diante dos acontecimentos que influenciaram tanto aspectos positivos como negati-
vos, o crescimento do ramo da Moda no Rio de Janeiro agregou também a uma grande
mudança que decorre do desenvolvimento tecnológico dos veículos midiáticos.
Nesse contexto, as marcas puderam não só contar com sites oficiais e blogs de Moda
para exibirem suas coleções, como também usufruir das redes sociais que trouxeram
maior aproximação entre empresas e clientes.
Dentro desse fluxo de informações, criou-se um panorama que, através de meios
alternativos de mídia com grande repercussão dissipadora, barateou o investimento
em propaganda, gerando novo estímulo mercadológico.
Em contrapartida, tendo um perfil crítico e blasé, o público fluminense, que carrega o
estigma de ter uma visão pejorativa sobre o que produz, fez com que essa aceleração
dos mecanismos de marketing trouxesse também uma reputação relativamente baixa.
Ainda que se alcançasse um quantitativo maior de pessoas, para alguns ainda não era
satisfatório, já que os eventos de Moda do local eram vistos como caros e de baixa
qualidade.
NESTE
CAPÍTULO
VOCÊ VIU:
19
CAPÍTULO 3
Desde 2000, estes municípios representaram mais de 30% dos recursos petrolíferos.
Além disso, o Município de Rio das Ostras alcançou 70% das receitas de royalties em
2003 e 2004. (LEMOS E NETTO, 2010).
Para esclarecer um pouco mais sobre o funcionamento da indústria têxtil, foi desen-
volvido um trabalho pela FIRJAN chamado Mapeamento da Cadeia da Moda, que se
encontra disponível em seu site e aborda diagnósticos especificamente sobre esse
setor, através de pesquisas e estudos socioeconômicos.
20
Após análise do quadro baixo, fica evidente a importância desse ramo para o Grande Rio,
já que se trata de uma linha diversificada de segmentos, nos quais são trabalhadas partes
específicas da Indústria da Moda, sendo uma grande geradora de emprego e oportunida-
des profissionais distribuídas entre empreendedores, trabalhadores formais e não formais.
21
Curtimento e outras preparações do couro
Fabricação de artigos para viagem, bolsas e semelhantes de
qualquer material
Fabricação de artefatos de couro não especificados anteriormente
Calçados,
bolsas e Fabricação de calçados de couro
acessórios Fabricação de tênis de qualquer material
Fabricação de calçados de qualquer material sintético
Fabricação de calçados não especificados anteriormente
Fabricação de partes para calçados, de qualquer material
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Representantes comerciais e agentes do comércio têxtil, vestu-
ário, calçados e artigos de viagem
Comércio atacadista de tecidos, artefatos de tecidos e de
armarinho
Comércio atacadista e varejista de artigos do vestuário e
acessórios
Mercado Comércio atacadista e varejista de calçados e artigos de viagem
Comércio atacadista de joias, relógios e bijuterias, inclusive
pedras preciosas e semipreciosas lapidadas
Comércio varejista especializado de tecidos e artigos de cama,
mesa e banho
Comércio varejista de joias e relógios
Aluguel de objetos do vestuário, joias e acessórios
Têxtil
Preparação e fiação de fibras de algodão;
Preparação e fiação de fibras têxteis naturais, exceto algodão;
Fiação de fibras artificiais e sintéticas;
Fabricação de linhas para costurar e bordar;
Tecelagem de fios de algodão;
Tecelagem de fios de fibras têxteis naturais, exceto algodão;
Tecelagem de fios de fibras artificiais e sintéticas;
Fabricação de tecidos de malha;
Acabamentos em fios, tecidos e artefatos têxteis;
Fabricação de artefatos têxteis para uso doméstico;
Fabricação de artefatos de tapeçaria;
Fabricação de artefatos de cordoaria;
Fabricação de tecidos especiais, inclusive artefatos;
Fabricação de outros produtos têxteis não especificados anteriormente.
23
Confecção
Confecção de roupas íntimas;
Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas;
Confecção de roupas profissionais;
Fabricação de acessórios do vestuário, exceto para segurança e proteção;
Fabricação de meias;
Fabricação de artigos do vestuário, produzidos em malharias e tricotagens, exceto
meias.
24
Mercado
Representantes comerciais e agentes do comércio de têxteis, vestuário, calçados
e artigos de viagem;
Comércio atacadista de tecidos artefatos de tecidos e de armarinho;
Comércio atacadista de artigos do vestuário e acessórios;
Comércio atacadista de calçados e artigos de viagem;
Comércio atacadista de jóias, relógios e bijuterias, inclusive pedras preciosas e
semipreciosas lapidadas;
Comércio varejista especializado de tecidos e artigos de cama, mesa e banho;
Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios;
Comércio varejista de calçados e artigos de viagem;
Comércio varejista de jóias e relógios;
Aluguel de objetos do vestuário, jóias e acessórios.
25
Não obstante, o número de mão de obra neste setor publicado sob pesquisa em
2016 foi surpreendente assim como demonstra o mapa abaixo, extraído ainda do
Mapeamento da Cadeia da Moda da FIRJAN:
O Mapa da Moda
De início, cabe mencionar que a FIRJAN incentiva o progresso desse setor no estado
e, para estabelecer parâmetros que ajudem a fazer uma boa leitura do panorama de
funcionamento desse segmento industrial, a federação separou o ramo em cinco elos:
Têxtil;
Confecção;
Calçados, bolsas e acessórios;
Joias bijuterias e afins; e
Mercado.
A partir dessa divisão, a Federação pode passar por cada processo de produção até
que chegue ao mercado.
A Região Fluminense do Estado tem grande participação nos cinco ramos da Indústria
da Moda e, conforme dados do RAS organizados pela FIRJAN, a maior concentração
de indústria dessa região está na capital conforme exibição de dados a seguir:
26
Principal Polo da Moda no estado:
47,0% do mercado da Moda fluminense
está concentrado na capital
Composição da
Particlpação do
Cldela da Moda
Principais Atividades segmento no total do
na Cidade do
estado do RJ
Rio de Janeiro
27
Diante do que foi acima exposto, é notório que a Indústria da Moda tem sua parcela
de responsabilidade no desenvolvimento da cidade e de seus espaços cooperativos.
Dessa maneira, cabe salientar que é preciso haver mais investimento e seriedade
no ramo da Moda, uma vez que a partir desse setor, há nítido crescimento social e
econômico.
NESTE
CAPÍTULO
VOCÊ VIU:
28
CAPÍTULO 4
Inovação, Desenvolvimento
e Tecnologia
A partir daí, surgiram modelos como o fastfashion, que seria aceleração da produção
com novidades semanais, mas que acabaram tornado os produtos momentâneos.
Após as três primeiras revoluções industriais que alavancaram a produção das fábri-
cas e mecanizaram muitos processos, chega a vez do alto desenvolvimento tecnoló-
gico, conhecido como Quarta Revolução Industrial ou Indústria 4.0. Esse novo modelo
baseia-se na automação e na digitalização da manufatura.
“A Quarta Revolução Industrial, por sua vez, não é somente sobre máquinas e sistemas
inteligentes e conectados. O seu escopo é muito mais abrangente. Estão acontecendo
simultaneamente ondas de 36 inovações mais profundas em áreas que vão do
sequenciamento genético a nanotecnologia, de renováveis a computação quântica. É a
fusão dessas tecnologias e suas interações através dos domínios físicos, digitais e biológicos
que irão tornar a quarta revolução industrial fundamentalmente diferente das revoluções
anteriores.” (SCHWAB, 2015)
29
Diante dessas inovações, A redução do tempo de produção e a
torna-se viável: mudança no processo favorecem:
Dentro do segmento de Moda, a Indústria 4.0 tem agregado valores através dos
adventos tecnológicos e dos novos padrões de produção, que trazem grande potencial
modificador para o setor.
Isso significa que a tendência é que surjam organizações modernas, não só na confec-
ção como também na relação B2B e B2C e na criação de produtos (BRUNO, 2016).
Essas novas tecnologias são direcionadas aos produtos, aos processos e à gestão no
Mercado de Moda e Confecção e baseiam-se em sete principais utilidades:
PAM (Purchase Activated Manufacturing);
ATI (Active Tunnel Infusion);
Mini fábricas;
Sistemas Automatizados de Confecção;
Social Manufacturing;
Tecidos Inteligentes e Wearables; e
Impressão 3D.
Quatro dessas principais funções tecnológicas serão um pouco mais detalhadas logo
adiante. Porém, cabe ressaltar, que essa forma de conduzir a indústria implementou
uma nova conduta, contendo como principais pilares:
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Robótica Robôs com maior flexibilização, mais leves e reutilizáveis com o
avançada domínio de autolimpeza e autor reparação (SCHWAB, 2016, p. 25).
É diante deste panorama que também se obtém a percepção dos meios tecnológicos e
a aplicabilidade das tendências contemporâneas favoráveis às questões socioambien-
tais, que podem ser agregados à Indústria da Moda.
31
Dentre essas sete utilidades tecnológicas, três são consideravelmente importantes:
32
Segundo a FIRJAN, os instrutores Júlio Cesar da Costa Junior e Leandro Cândido Barbosa,
da FabLab Open Day virtual, de 2021, comentaram, na live de julho de 2017, que:
“Não é somente acionar dispositivos. Quando a gente fala em Internet das Coisas, vamos
além, nós conseguimos monitorar esses dispositivos, esses equipamentos (...) Um operador
com um tablet consegue controlar todo o processo industrial. A IoT nos permite isso.”
Nesse formato de indústria, a produção é iniciada após pedido de compra e traz outros
benefícios, como:
Reduz o estoque e, por ser pequena, diminui, também, os efeitos prejudiciais ao
meio ambiente; e
Possibilita a instalação em países com maior valorização da mão de obra e em
locais urbanos e valorizados, por serem tecnologias de sensoriamento de mais
rápida difusão, o que permite que ela possa ser instalada em shoppings, por exem-
plo, e serem deslocadas para outros locais por caminhões.
Esse novo universo fabril conta com a demanda contemporânea do see-now, buy-now.
33
No Rio de Janeiro, em 2016, no evento Rio Moda Rio, observou-se que marcas como
Blue Manm Alessa, Lenny Niemeyer, Martu, Isabela Capeto e The Paradise já estavam
atuando nesse modelo de indústria, com venda imediata de itens apresentados nas
passarelas.
A Indústria 4.0 trouxe duas novas perspectivas para o sistema produtivo com:
Perspectiva com foco na demanda;
Aumento da transparência e aproximação entre consumidores e fornecedores de
produtos;
Padrão de comportamento e envolvimento dos consumidores, devido ao acesso
às tecnologias móveis que favorecem essa relação;
Fornecimento de produtos e serviços, uma vez que os avanços tecnológicos pos-
sibilitam maior eficácia nos sistemas de transporte e compartilhamento de pro-
duto; e
Informação, desenvolvendo sua qualidade, aumentando a agilidade de sua entrega
e comercialização.
NESTE
CAPÍTULO
VOCÊ VIU:
34
CAPÍTULO 5
SP $822.959.022 41,1%
SC $436.902.872 21,8%
PR $100.868.953 5,0%
MG $100.010.476 5,0%
RS $91.837.437 4,6%
CE $81.835.449 4,1%
PB $55.106.513 2,8%
ES $52.438.501 2,6%
RO $43.692.832 2,2%
PE $38.472.242 1,9%
RJ $33.074.964 1,7%
Brasil: $2.000.942.279
Fonte: MDIC/AliceWeb
35
A partir dessa análise, é possível constatar a defasagem do parque
industrial proporcionado pelo baixo valor destinado a compra de
máquinas e equipamentos para este setor.
Fonte: RAIS/TEM
Em relação aos maiores empregadores brasileiros do setor, essa situação difere prin-
cipalmente de São Paulo (66,9 %), Ceará (66,7 %) e Goiás (66,0 %), mas se aproxima
36
da realidade vivenciada em Minas Gerais (54,2 %), Rio Grande do Sul (57,8 %) e Santa
Catarina (58,0 %). Assim, é possível analisar que:
Como se pode analisar, a tecnologia pode contribuir para o segmento têxtil, assim
como a Indústria 4.0, que pode ser o caminho para resolver questões problemáticas
do segmento da Moda, como:
Redução de estoque de tecido e de produto final;
Aumento de oportunidades para obtenção de insumos; e
Redução do tempo das etapas de desenvolvimento e entrega dos produtos.
Ainda que haja toda essa contribuição para a Indústria da Moda, a ATI ainda não con-
segue atender a todas essas benesses no Brasil, já que ainda está em caráter experi-
mental e se limita a alguns tipos de tecidos específicos por não conseguir identificar
suas densidades.
37
Aumentam-se ainda mais as possibilidades quando se combina a PAM, a ATI e a mini
fábrica num lugar só. Isso otimiza a logística entre as etapas e, a partir daí, é possível
alcançar a redução de estoque e de prazos de entrega e agilizar a entrada de receita.
NESTE
CAPÍTULO
VOCÊ VIU:
38
CAPÍTULO 6
Pandemia do Coronavírus
Impactos nas etapas de produção da Indústria da Moda
Uso do ambiente virtual para intermediar processos
e suprir a defasagem do isolamento
Adoção de métodos sustentáveis em prol da
preservação do meio ambiente
39
Segundo dados do SEBRAE (2020), o efeito da pandemia gerou:
Declínio de 74% no faturamento semanal dos pequenos negócios de Moda;
Contribuição para o levantamento da pauta da sustentabilidade; e
Renovação das práticas de produção e de consumo.
Vale destacar que esse setor é visto como um dos grandes causadores do desequilíbrio
ambiental e que a redução de consumo de itens secundários, em meio ao confina-
mento, gerou impacto no pensamento do consumidor, levando a um maior questiona-
mento sobre questões ambientais.
“Ao sairmos desta calamidade, esperamos que esta consciência seja direcionada à busca
pela sustentabilidade em toda a indústria.” (CFDA, 2020, p. 6, tradução própria)
É evidente que a Indústria da Moda vem evoluindo no que diz respeito às questões
de sustentabilidade. Apesar disso, ainda existe um longo percurso até que a maioria
das empresas adquira práticas sustentáveis, pois inseri-las no meio de produção exige
uma severa mudança em toda a estrutura do processo fabril.
Isso gera uma grande expectativa que só se consolidará quando for possível mensurar o
que a pandemia de fato trouxe para a Moda. Assim como expressa Borges (2019, p. 3):
“Nós consumidores somos a chave da mudança para uma moda mais sustentável.
Precisamos ter mais consciência sobre o nosso papel de consumidor e exigir que as empresas
40
do setor tenham além de um posicionamento mais sustentável, mudanças em sua cadeia de
valor. Seja na escolha de fornecedores, nas práticas sustentáveis de fabricação, no salário
justo e no respeito aos funcionários, suas famílias e à comunidade.” (Borges, 2019, p.3)
2015 2020
Uma situação bastante complexa A previsão para 2020
já pode ser observada devido era que a proporção
à crise iniciada no Brasil, chegasse a 13,5%
especialmente no estado. (HESSEL, 2020).
2019
A taxa média de desemprego
no Brasil foi de 12,3%, o
que significa que mais de 12
milhões de brasileiros ficaram
sem trabalho. (PERET, 2019).
41
Já sob o efeito da pandemia, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), mensurada
pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), caiu
2,5% entre os meses de março e abril de 2020, atingindo o menor nível desde novem-
bro de 2019 (ABDALA, 2020). Estima-se ainda que a crise da Covid-19 pode tirar até
R$500 bilhões da renda dos brasileiros em 2020 (CUCOLO, 2020).
Diante desta situação, os profissionais desse segmento necessitam ativar outros recur-
sos pelo quais o desenvolvimento de comportamentos e competências empreendedo-
ras desempenha um papel fundamental na mitigação do impacto da crise.
42
Para minimizar os impactos causados pela crise, empreendedores do ramo da Moda
precisaram se ater à transformação do mercado e às mudanças ocorridas no perfil e no
padrão de compra de seus clientes.
Elas precisaram
ampliar o poder de
Com o isolamento negociação com
social, houve uma fornecedores e com
movimentação das compradores. Substituir os métodos
indústrias da região de produção, driblando a
do Rio de Janeiro: ausência de colaboradores
Buscaram substituir nas indústrias.
os métodos de
produção para:
Reestabelecer novos
meios de lidar com a
concorrência e com a
alteração de valores
das peças, ocorrida pela
queda da produção e
pelo aumento do custo
dos insumos.
A Granado, por exemplo, doou 2.000 litros de sabonete líquido e xampu para insti-
tuições apoiadas pelo UNICEF e outros 3.000 litros para hospitais, asilos, creches e
comunidades.
43
Para a Firjan, os dados mostram que os efeitos da pandemia da Covid-19 e da guerra
na Ucrânia ainda são fatores que impactam negativamente na recuperação econômica
do Brasil. A manufatura continua sendo uma das indústrias mais atingidas devido à
sensibilidade em relação às restrições de importação.
Apesar dos resultados positivos, nos primeiros cinco meses deste ano, os níveis de
produção ainda estão abaixo dos níveis registrados no mesmo período do ano pas-
sado, com queda de 2,6%.
NESTE
CAPÍTULO
VOCÊ VIU:
44
CAPÍTULO 7
Surgiram novos desafios a serem enfrentados, uma vez que mudaram os padrões e as
relações na cadeia de produção têxtil:
45
Essa movimentação fez o ramo da Moda mudar seus processos e seu relacionamento
com o cliente.
Encurtamento
Incremento Aceleração da Exigência
Aceleração do tempo entre
da variedade chegada das do aumento
da mudança a exibição do
de peças e influências do mix de
de padrão produto e sua
tendências europeias coleções
comercialização
46
Na análise do Índice Nacional de Preços ao Consumidor de Base Ampla (IPCA), publi-
cado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o vestuário foi o
segundo sector com o maior aumento de preços acumulados de junho de 2021 até
junho de 2022, depois do grupo dos transportes.
Sistêmica
Empresarial Estrutural
(análise de variáveis
(gestão) (cadeia produtiva)
macroeconômicas)
47
Todas se integram e requerem das empresas muita competência, conhecimento e tec-
nologia de gestão.
Porém os baixos valores dos produtos chineses e a falta de infraestrutura das indús-
trias reduzem o poder competitivo da Região Fluminense do Rio de Janeiro. Ainda que
haja leis de incentivo fiscal, não houve grandes investimentos em tecnologia e, com
isso, a região fica limitada no que tange à competitividade.
7.5 Transparência
O escritório global da organização da Fashion Revolution publicou, em 2021, a quarta
edição do índice de transparência das maiores marcas de vestuário atuantes no Brasil.
Ela foi feita com base nas informações referentes a políticas e compromissos; gover-
nança; rastreabilidade; conhecer, comunicar e resolver; tópicos em destaques. Confira
no gráfico a seguir:
Ainda sobre o estudo, pode-se perceber que, segundo dados, apenas 18% dessas
importantes marcas do segmento conseguiram alcançar a pontuação média no que se
refere à transparência, apresentando, inclusive, queda de 3 pontos comparado ao ano
anterior (2020).
48
Fashion Revolution publicou em 2021
O que impressiona nesses números é que, ao passo que houve avanço no decorrer
da cadeia, a propagação de importantes informações diminuiu. Apenas 28% das mar-
cas publicam dados sobre suas instalações de processamento e beneficiamento e 8%
quanto aos fornecedores de matérias-primas.
Ainda que os números estejam longe do mínimo necessário, a média geral brasileira da
seção de rastreabilidade fica levemente acima da global, com 21% da cadeia nacional
contra somente 19% da mundial, sendo a única seção em que a pesquisa brasileira fica
à frente da internacional.
NESTE
CAPÍTULO
VOCÊ VIU:
49
CAPÍTULO 8
Dentro das necessidades e dos desafios lançados para o segmento têxtil na sociedade
contemporânea, é preciso que principalmente as micro e pequenas empresas compre-
endam como:
Inovar em seus produtos;
Dinamizar seus atendimentos; e
Negociar em suas compras e em suas vendas.
Para isso, é importante que seus empreendedores saibam qual é a real situação
financeira do seu negócio e, a partir disso, tomar decisões que determinem a estraté-
gia de desenvolvimento para a empresa.
A ausência dessa clareza possibilita ações degradantes tanto no âmbito social como
ambiental.
50
Isso se dá porque é através da mudança de comportamento da sociedade e de seus
padrões de consumo que empresas que atendem comunidades, bairros e cidades
podem investir numa nuance mais intimista e personalizada.
Essas ações são algumas formas de adquirir novos clientes e, assim, ampliar o diâme-
tro de alcance de possíveis interessados em sua marca.
NESTE
CAPÍTULO
VOCÊ VIU:
51
CAPÍTULO 9
Tendências, Sustentabilidade
e Solidariedade
Após atender à demanda por têxteis, especialmente vestuário, a Moda se volta para
novos valores:
Diante disso, é possível notar que a sociedade contemporânea vive hábitos consumis-
tas desenfreados e tem sido questionada por pensadores e formadores de opinião,
que promovem a cadeia de teses em prol do meio ambiente, condenando comporta-
mentos que não prezam pela sustentabilidade ambiental, social e econômica.
52
Crescimento do mercado de segunda mão em bilhões
Até 2028, a categoria de segunda mão deverá ultrapassar a fast fashion, com um fatu-
ramento de US$ 64 bilhões, um aumento de 1,45% por segundo.
Para que essa alta produtividade não seja devastadora para o meio
ambiente é preciso que se agreguem valores sustentáveis, desen-
volvendo novos hábitos, como:
O consumo consciente;
A valorização do reciclado;
A valorização do artesanato; e
Valorização do slow design (que promove
a desaceleração do consumo através
da inovação).
53
Diante dos desafios motivados pela pandemia da COVID-19, a Indústria da Moda da
Região Fluminense do Rio de Janeiro tomou medidas de combate à doença e, desde
então, muitas marcas decidiram criar seus próprios projetos de contenção.
54
No Brasil, as micro e pequenas empresas não fazem parte desse ranking de
transparência, mas são grandes responsáveis pela movimentação da economia do país.
NESTE
CAPÍTULO
VOCÊ VIU:
55
CAPÍTULO 10
Como visto ao longo desse estudo, a Indústria da Moda tem sofrido constantes trans-
formações em seu processo produtivo e em seu modelo econômico e que na Região
Fluminense do Estado do Rio de Janeiro, não tem sido diferente.
Além disso, é certo que esta nova tendência de propagação da Moda diminuiu o tempo
entre a apresentação de um produto e o seu consumo.
Por outro lado, alguns produtores da Moda nacional apresentaram resistência ao ade-
rir a essa mudança, devido à preocupação com a qualidade dos produtos e com a con-
sequente redução da criatividade e da atratividade das coleções. Assim, têm-se dois
pontos de atenção a serem observados:
Outra perspectiva torna-se importante num contexto mais atual: a Moda Carioca
optou por trabalhar com produção em larga escala e a venda em atacado, mudando o
seu perfil que, até então, era mais voltado para o mercado varejista.
56
Houve a necessidade de aumentar o número de fornecedores e, por isso, as empre-
sas também precisaram se reorganizar e mudar a sua estrutura, pois precisava contar,
agora, com gestores dos setores de criação e de produção, expandindo o negócio da
Moda.
57
isolamento desencadeado pela pandemia do Coronavírus, acelerou ainda mais os pro-
cessos digitais impactando em todas as etapas de produção desse segmento. Com
isso, foi preciso recorrer ao espaço virtual para intermediar processos e suprir a defa-
sagem deixada pelo isolamento.
A crise trazida pela pandemia, os novos valores adotados nesse segmento (novi-
dade, sedução e desenvolvimento de marca) associados ao aumento da produtividade
devido à tecnologia e à gestão de qualidade proveniente das indústrias trouxeram uma
nova reflexão ao mercado da Moda: o Consumo Consciente.
58
Nesse contexto o ramo da Moda começou a se preocupar em atender às demandas de
seus consumidores, juntamente com os desafios desse meio de produção. Com isso,
as indústrias precisam adotar métodos:
Tecnologicamente mais evoluídos;
Que atendam mais rapidamente às demandas de seus clientes; e
Com preços competitivos e aprazíveis.
Para fomentar os recursos intelectuais dos colaboradores, gestores e CEO’s desse seg-
mento, o SEBRAE pode contribuir com a iniciação aos conceitos sobre:
Tecnologia (IOT, a AI, a Robótica avançada e a Cloud Computing etc.);
Sustentabilidade;
Solidariedade com representatividade do segmento;
Formação voltada para a indústria criativa;
Foco em consciência socioambiental;
Condicionar o direcionamento ao novo normal e ao novo padrão de consumo; e
Tornar viáveis e acessíveis assessorias direcionadas a novos investimentos, acom-
panhamento financeiro para novos padrões de produção e consultoria de pro-
cesso para novos modelos de empreendimento.
59
Também se torna imprescindível que sejam estabelecidos elos de beneficiamento,
construídos diretamente com todo o corpo contribuinte para a produção da Moda,
desde a obtenção de matéria-prima até a venda para o cliente final (a exemplo disso,
tem-se a Lei da Moda).
Expandir a
conscientização
sobre o consumo
acautelado e sobre a Desenvolver
sustentabilidade novos padrões de
comportamento a
caminho de uma
sociedade mais
consciente
Pautar-se na preservação
do meio ambiente e
na viabilidade da nova
imagem adotada pelas
marcas que passarem a
investir nesse formato
60
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