Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Seja um vector A função de um escalar g : A = A (g )
Define-se
dA A ( g + Δg ) − A ( g ) ΔA
= lim Δ g →0 = lim Δ g →0
dg Δg Δg
ΔA
A(g ) Notar que sendo
⎧ A1 ⎫
A( g + Δg ) ⎪ ⎪
A = A1 u1 + A2 u2 + A3 u3 ⇔ ⎨ A2 ⎬
⎪ A ⎪
⎩ 3 ⎭
vem
dA dA1 du1 dA2 du2 dA3 du3
= u1 + A1 + u2 + A2 + u3 + A3
dg dg dg dg dg dg dg
Considere-se o caso particular em que o vector A é o vector posição r de um ponto P que se
se desloca no espaço quando o tempo decorre e em que o escalar (g) é o tempo t.
Joaquim Carneiro 1
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
⎧ r1 ⎫
⎪ ⎪
r = r1 u1 + r2 u2 + r3 u3 ⇔ ⎨r2 ⎬
⎪r ⎪
⎩ 3 ⎭
A sua derivada em ordem ao tempo chama-se velocidade do ponto P:
Δ r dr dr1 du1 dr2 du2 dr3 du3
v = limΔ t →0 = = u1 + r1 + u2 + r2 + u3 + r3
Δ t dt dt dt dt dt dt dt
Δr
r (t )
P
r (t + Δt )
Δr
Ao quociente chama-se velocidade média durante o intervalo de tempo Δt.
Δt
Vamos estudar um sistema de coordenadas a que se chama intrínseco pelo facto de ser
definido a partir da própria trajectória. Notar que, assim sendo, os versores irão depender não só
da posição do ponto mas também da maneira como essa posição varia (trajectória).
z
Triedo de Frenet ( b ;τ ;η ) η
b
a) Versor da tangente (τ ) τ
r
O y
dr É tangente, pois d r o é; τ ⊥η
τ =
ds É versor, pois d r = ds ⇒ τ = 1 x
b =τ ∧η
Joaquim Carneiro 2
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
b) Versor da normal (η )
Curvatura da linha no
1 dτ K
ponto considerado.
η=
K ds
R Raio de curvatura da linha
dτ no ponto considerado.
η=R
ds
1 dτ
u Por definição é =K= , pelo que o vector η acima definido tem módulo 1, i.é, é versor.
R ds
u Verifiquemos que é η ⊥τ
d
τ = 1 ⇒ τ ⋅τ = 1 ⇒ (τ ⋅ τ ) = 0 ⇒
ds
=cte
d dτ dτ dτ dτ
0 = (τ ⋅ τ ) = ⋅τ + τ ⋅ = 2τ ⋅ =0⇒ ⊥τ
ds ds ds ds ds
Notar que não foi o facto de o módulo ser 1 que foi relevante, mas sim o facto de o módulo ser
constante!
Se um vector depende de um escalar mas tem módulo constante (i.é, se só a sua direcção
varia) a sua derivada em relação ao escalar produz um vector que lhe é perpendicular .
C) Velocidade (v )
Joaquim Carneiro 3
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
d) Aceleração (a )
dv d dv dτ
a= = (vτ ) = τ + v
dt dt dt
dt
= at
dτ dτ d s v v2
como = = η ⇒ a = atτ + η
dt ds
dt R R
1 =v = aη
= η
R
dv
at = → aceleração tan gencial
dt
v2
aη = → aceleração normal (ou centrípta )
R
À aceleração normal também pode chamar-se centrípeta porque ela aponta para o centro de
curvatura da trajectória.
P1 ( t )
1
R1 η1
C1 +
+ C2
R2
O centro de curvatura por η2
definição situa-se sobre a
recta normal, a uma P2 ( t )
2
distância da curva, para
dentro , igual ao raio de
curvatura.
Joaquim Carneiro 4
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Assim, as acelerações ( ⇒ forças ) são necessárias não só para fazer variar a rapidez de um
movimento mas também necessárias para fazer variar a direcção da trajectória.
Casos particulares
→
1º τ = cte (direcção cons tan te )
= at
dv d dv dτ d v
a= = (vτ ) = τ + v = τ = at
dt dt dt dt
dt
=0
È claro que neste caso a trajectória é uma recta como se pode verificar
dv v 2
a = τ + η ( geral );
dt R
dv v 2
neste caso é a = τ ⇒ = 0 ⇒ R = ∞, K = 0
dt R
Uma linha com curvatura nula (ou, equivalentemente, com raio de curvatura infinito) é uma
recta.
Joaquim Carneiro 5
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
⎧ x = x (t )
⎪ ⎧
r = r (t ) ⇔ ⎨ y = y (t ) ⇔ ⎨
⎪ z = z (t ) ⎩(qq sist. de coord .)
⎩
⎧2 t ⎫ ⎧ x = 2 t ⎧ x2
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ y =
Ex . r = 2 t i + t 2 j ⇔ ⎨ t 2 ⎬ ⇔ ⎨ y = t 2 ⇒ ⎨ 4
⎪ 0 ⎪ ⎪ z = 0 ⎪ z = 0
⎩ ⎭ ⎩ ⎩
eq. paramétricas eq. cartesiana
da trajectória da trajectória
Joaquim Carneiro 6
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
⎧ x(t )
⎪
Deter min ar : r (t ) ⇔ ⎨ y (t ) (lei do movimento)
⎪ z (t )
⎩
dr dv
v= → d r = v dt a= → d v = a dt
dt dt
v t
r
t
∫ = ∫ v dt
d r ∫ = ∫ a dt
d v
r0 t0 v0 t0
t v − v0 = a (t − t0 ) ⇒
r − r0 = ∫ v dt
v = v0 + a t ( se t0 = 0)
t0
Logo,
1
r = r0 + v0 t + a t 2
2
Ex .
y
v0 trajectória ? Dados : r0 = 2 j ; v0 = (i + j ) ; a = g (cte)
r0 1
x r = r0 + v0 t + a t 2 ⇔
2
g = −g j
eq. paramétricas
⎧0⎫ ⎧ t ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧ t ⎫ x
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ 1 ⎪ ⎪ 1 ⎪
r = ⎨2⎬ + ⎨ t ⎬ + ⎨− g t 2 ⎬ = ⎨2 + t − g t 2 ⎬ y
⎪0⎪ ⎪0⎪ ⎪ 2 ⎪ ⎪ 2 ⎪ z
⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ 0 ⎭ ⎩ 0 ⎭
Joaquim Carneiro 7
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
x=t ⇒
1
y = 2 + x − g x2 (Parábola)
2
Neste caso, e escolhendo para eixo do x a própria recta sobre a qual se efectua o
movimento, temos que r ; r0 ; v ; v0 e a têm todos a mesma direcção, tendo componentes apenas
segundo aquele eixo. Notar em particular que a tem a direcção de v (de outro modo, a trajectória
encurvaria !!).
1
x = x0 + v0 t + a t 2
2
Não esquecer que pode ser
Joaquim Carneiro 8
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
y
uθ ≡ τ
dθ
⎧uθ ≡ τ
η uρ ⎨
ds u
⎩ ρ ≡ − η
O
R
x
Velocidade / aceleração:
ds
(•) v = τ = vτ
dt
ds dθ
v= ; ds = R dθ ⇒ v = R = Rθ ( R = cte.)
dt dt
dv v 2
(• •) a = τ + η
dt R
2
dv d s d
= 2 = ( Rθ ) = Rθ
dt dt dt
η = −u ρ
Então :
a = Rθuθ − Rθ 2u ρ
Joaquim Carneiro 9
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Define-se:
v = ω ∧ R ⇔ v = M A ω (momento em A do vector ω )
z
Notar :
ω
1º ω ∧ r = ω ∧ R
2º ω ⊥ trajectória
R v =ω ∧ R
A
Existe uma correspondência entre os
r y
movimentos de rotação e os de translação, que O
pode ser expressa pelas seguintes relações:
x
x ↔θ dx dθ
v= ;ω = =θ
dt dt ⎧vx ⎫ ⎧ω x ⎫ ⎧rx ⎫ ⎧ω y .rz − ω z .ry ⎫
v ↔ θ (ou ω ) ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
dv dω ⎨v y ⎬ = ⎨ω y ⎬ ∧ ⎨ry ⎬ = ⎨ω z .rx − ω x .rz ⎬
a ↔ θ (ou α ) a = ;α = =θ ⎪v ⎪ ⎪ω ⎪ ⎪ r ⎪ ⎪ω .r − ω .r ⎪
dt dt ⎩ z ⎭ ⎩ z ⎭ ⎩ z ⎭ ⎩ x y y x ⎭
Joaquim Carneiro 10
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Assim, e por exemplo, sabendo que para um movimento de translação com aceleração constante
se tem
1
x = x0 + v0 t ± a t 2
2
v = v0 ± a t
1
θ = θ o ± ω ot ± α t 2
2
ω = ωo ± α t
Joaquim Carneiro 11
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Vesfera/Carro
y vcarro
o
Referencial móvel
z1 solidário com A
Trajectória da partícula A
A
y1
zo
rA
x1 rB / A
Referencial fixo
yo
rB
xo B
rA - Posição absoluta da partícula A
rB - Posição absoluta da partícula B
rB / A - Posição relativa da partícula B em relação à
partícula A e ao eixo móvel.
Joaquim Carneiro 12
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
rA
rB / A
rB
rB = rA + rB / A
vB / A
vB = v A + vB / A vB
vA
d rA d rB
Onde v A = e vB = são velociades absolutas, porque
dt dt
são medidos a partir do referencial fixo.
d rB / A
A velocidade relativa v B / A = é observada a partir do refrencial móvel
dt
Joaquim Carneiro 13
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Exemplo de aplicação:
Um comboio desloca-se a uma velocidade constante de 60km/h, atravessando uma
estrada conforme a figura mostra. Se o carro se deslocar à velocidade de 45km/h,
determine a velocidade relativa do comboio em relação ao carro.
vB = v A + vB / A
vB / A = 28.18i − 31.82 j [km / h]
Joaquim Carneiro 14
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Y
A
y
Q
Ω x
j
i
O X
k
Z z
Q = Qx i + Qy j + Qz k
⋅
QOxyz = Q xi + Q y j + Q z k
Joaquim Carneiro 15
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
⋅ d
Q OXYZ = [Qx i + Qy j + Qz k ] =
dt
⋅ d i d j dk
Q OXYZ = ( Q x i + Qx ) + ( Q y j + Qy ) + ( Q z k + Qz ) =
dt dt dt
⋅ d i d j d k
Q OXYZ = (Q x i + Q y j + Q z k ) + (Qx + Qy + Qz )
dt dt dt
⋅
= Q Oxyz
Observamos que a derivada de (Q) OXYZ se reduziria aos três últimos termos da expressão anterior
se o vector Q estivesse fixo dentro do sistema Oxyz, uma vez que (Q) seria então nulo.
Oxyz
Mas, neste caso, (Q) OXYZ representaria a velocidade de um ponto material localizado na ponta
di ⎫
= Ω ∧ i ⎪
dt
⎪
dj ⎪ di dj dk
= Ω ∧ j ⎬ ⇒ (Qx + Qy + Qz ) = Ω ∧ Q
dt ⎪ dt dt dt
dk ⎪
= Ω ∧ k ⎪
dt ⎭
Sendo assim, obtemos a relação fundamental:
⋅
QOXYZ = QOxyz + Ω ∧ Q
Joaquim Carneiro 16
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
⋅
QOXYZ = QOxyz + Ω ∧ Q
Supusemos, então, que o sistema Oxyz fora construído para girar em torno de um eixo fixo OA.
Entretanto, a derivada, permanece válida quando o sistema Oxyz é obrigado a ter somente um
ponto fixo O. Sob esta suposição mais geral, o eixo OA representa o eixo instantâneo de
rotação do sistema Oxyz, e o vector Ω, a sua velocidade angular no instante considerado.
Consideremos agora o movimento tridimensional de um ponto material P em relação ao sistema
rotativo Oxyz que tem uma origem fixa O. Se o vector Q representar o vector posição r de um
ponto P num dado instante e Ω a velocidade angular do sistema Oxyz em relação ao sistema
fixo OXYZ no mesmo instante (ver figura), então a velocidade absoluta vP do ponto material é
definida como a velocidade observada do sistema fixo OXYZ e é igual à derivada OXYZ
( r)
de r em relação ao sistema.
vP = rOXYZ = rOxyz + Ω ∧ r
Mas rOxyz define a velocidade vP M do ponto P em relação ao sistema móvel Oxyz.
Se considerarmos que o ponto P foi ligado ao sistema móvel, então vP/M representará a
velocidade relativa. Por outro lado o termo Ω ∧ r representará a velocidade vP dum
ponto P do sistema móvel que coincide com P no instante considerado e costuma
designar-se por velocidade de transporte. Temos, então,
Y
y
vP = v pʹ′ + vP M Ω P
x
j r
i
O X
onde vP = velocidade absoluta do ponto material P
vPʹ′ = velocidade do ponto Pʹ′ do sistema móvel k
que coincide com P Z z
vP M = velocidade de P em relação ao sistema móvel
Joaquim Carneiro 17
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
d
aP = vP = Ω ∧ r + Ω ∧ r + [rOxyz ]
dt
onde todas as derivadas estão definidas em relação a OXYZ, excepto onde for indicado de outro
modo. Relembrando a relação fundamental, observamos que o último termo da expressão
anterior pode ser expresso como:
d
[rOxyz ] = rOxyz + Ω ∧ rOxyz
dt
Por outro lado, r representa a velocidade vP e pode ser substituído pelo membro do lado direito
da expressão representativa da velocidade absoluta vP apresentada anteriormente. Assim, ficará
aP = Ω ∧ r + Ω ∧ (rOxyz + Ω ∧ r ) + (rOxyz + Ω ∧ rOxyz )
aP = rOxyz + Ω ∧ r + Ω ∧ (Ω ∧ r ) + 2 Ω ∧ rOxyz
O primeiro termo desta última relação representa a aceleração relativa aP/M do ponto P em
relação ao sistema rotativo. A aceleração de transporte será a que existir quando a velocidade
relativa (e portanto também a aceleração relativa) for nula e corresponde à soma do 2º e 3º termo da
expressão anterior e está associada à aceleração aP do ponto P do sistema móvel que coincide
com P no instante considerado. Ao termo que sobra chama-se aceleração complementar ou de
Coriolis em homenagem ao matemático francês De Coriolis (1792 – 1843).
Note-se que a aceleração de Coriolis só existe se existirem simultaneamente :
→ mov.to de transporte (Ω)
→ mov.to relativo (vP M )
aP = a pʹ′ + aP M + ac
e se além disso, não for Ω // vP M
Joaquim Carneiro 18
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
aP = a pʹ′ + aP M + ac
x
B
→ →
a pʹ′ = ω
∧ OP + ω ∧ (ω ∧ OP) ac = 2ω u
=0
u = s
aP M = 0 ( pois u é const.) P
aP' = sω 2
y
ac = 2ω ∧ vP M ω
s
O
Ficará:
⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧S⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧u ⎫
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
a P = ⎨ 0 ⎬ ∧ (⎨ 0 ⎬ ∧ ⎨0⎬) + 2 ⎨ 0 ⎬ ∧ ⎨0 ⎬
⎪ω⎪ ⎪ω⎪ ⎪0⎪ ⎪ω⎪ ⎪0 ⎪
⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩⎭ ⎩
⎭ ⎩ ⎭
=a P ' =a c
2
⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧− ω S⎫ ⎧ 0 ⎫
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
a P = ⎨ 0 ⎬ ∧ ⎨ω S⎬ + ⎨2 ω u ⎬ = ⎨ 0 ⎬ + ⎨2 ω u ⎬
⎪ω⎪ ⎪ 0 ⎪ ⎪ 0 ⎪ ⎪ 0 ⎪ ⎪ 0 ⎪
⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭
⎧− ω 2 S⎫
⎪ ⎪
a P = ⎨ 2 ω u ⎬
⎪ 0 ⎪
⎩ ⎭
Joaquim Carneiro 19
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Y
y
rP = rA + rP A ⇒
Ω P x
rP
vP = rA + rP A = v A + vP A A
Y
X
rA rP
Mas a velocidade vP/A de P em relação a
AX Y Z pode ser obtida aplicando a relação z
fundamental, bastando substituir o vector Q pelo Z X
vector rP/A naquela equação. Assim virá:
vP = v A + Ω ∧ rP A + (rP A ) Axyz Z
=vP A
aP = vP = vA + vP A ⇒
aP = a A + Ω ∧ rP A + Ω ∧ (Ω ∧ rP A ) + 2 Ω ∧ (rP A ) Axyz + (rP A ) Axyz
=v A
=vP A
Joaquim Carneiro 20
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
O movimento plano de corpos rígidos pode ser decompostos em três tipos de movimento
diferentes, classificados a seguir por ordem crescente de complexidade:
Movimento de Translação
Movimento de rotação
em torno de um eixo fixo Movimento de Geral no Plano
Joaquim Carneiro 21
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Movimento de
rotação
Movimento de Translação
Num corpo rígido sujeito a uma translação no plano x o y, a localização dos
pontos A e B são definidos para um eixo fixo x,y através dos vectores rA e
rB. O sistema em translação de coordenadas x , y está fixo ao corpo com
origem no ponto A.
B
y
rB rB / A Sistema de coordenadas em
translação
A
x
rA
o x
Sistema de fixo
coordenadas
Joaquim Carneiro 22
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Movimento de Rotação
dω d 2θ
α= α= 2
dt dt
Joaquim Carneiro 23
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
vP = ω ∧ rP
⎧v Px ⎫ ⎧ωx ⎫ ⎧rx ⎫
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
em que v P = ⎨v Py ⎬, ω = ⎨ωy ⎬ e rP = ⎨ry ⎬
⎪ v ⎪ ⎪ω ⎪ ⎪ r ⎪
⎩ Pz ⎭ ⎩ z ⎭ ⎩ z ⎭
i j k
vP = ω ∧ rP = ω x ω y ω z
rx ry rz
an = ω 2r
at = α r
o
r
a
a = a = an2 + at2
an at
Joaquim Carneiro 24
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
ωA
100 mm
50 mm 200 mm
P
A
B
• Velocidade C
y
ωA
100 mm
x
A
⎧ 0 ⎫ ⎧0.1⎫ ⎧ 0 ⎫
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
vP = ω A ∧ RA = ⎨ 0 ⎬ ∧ ⎨ 0 ⎬ = ⎨− 0.8⎬
⎪− 8⎪ ⎪ 0 ⎪ ⎪ 0 ⎪
⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭
ωB y
⎧ 0 ⎫
⎪ ⎪
50 mm vP = ω B ∧ RB = ⎨− 0.8⎬
200 mm ⎪ 0 ⎪
⎩ ⎭
x
B ⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧− 0.2⎫
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
vP ⎨− 0.8⎬ = ⎨ 0 ⎬ ∧ ⎨ 0 ⎬
⎪ 0 ⎪ ⎪ω ⎪ ⎪ 0 ⎪
⎩ ⎭ ⎩ B ⎭ ⎩ ⎭
⎧0⎫
C ⎪ ⎪
ω B = ⎨0⎬ rad / s
⎪4⎪
⎩ ⎭
Joaquim Carneiro 25
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
ωB y
⎧0⎫ ⎧0.05⎫ ⎧ 0 ⎫
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
vC = ω B ∧ RC = ⎨0⎬ ∧ ⎨ 0 ⎬ = ⎨0.2⎬m / s
50 mm
⎪4⎪ ⎪ 0 ⎪ ⎪ 0 ⎪
⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭
200 mm
x
B
• Aceleração
y
⎧ 0 ⎫ ⎧0.1⎫ ⎧ 0 ⎫
αA
(aP )t ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
= α A ∧ RA = ⎨ 0 ⎬ ∧ ⎨ 0 ⎬ = ⎨0.15⎬m / s 2
100 mm ⎪1.5⎪ ⎪ 0 ⎪ ⎪ 0 ⎪
⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭
x
A
αB y
⎧ 0 ⎫
⎪
50 mm (aP )t = α B ∧ RB = ⎨0.15⎪⎬
(a P )t ⎪ 0 ⎪
⎩ ⎭
200 mm
x
B ⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧− 0.2⎫
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
⎨0.15⎬ = ⎨ 0 ⎬ ∧ ⎨ 0 ⎬ ⇒ α B = 0.75
⎪ 0 ⎪ ⎪− α ⎪ ⎪ 0 ⎪
⎩ ⎭ ⎩ B ⎭ ⎩ ⎭
C ⎧ 0 ⎫
⎪ ⎪
α B = ⎨ 0 ⎬ rad / s 2
⎪− 0.75⎪
⎩ ⎭
Joaquim Carneiro 26
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
αB y
50 mm
200 mm
⎧ 0 ⎫ ⎧0.05⎫ ⎧ 0 ⎫
B ⎪
(aC )t = α B ∧ RC = ⎨ 0 ⎪⎬ ∧ ⎪⎨ 0 ⎪⎬ = ⎪⎨− 0.0375⎪⎬m / s 2
⎪− 0.75⎪ ⎪ 0 ⎪ ⎪ 0 ⎪
⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭
v y = v oy + a y t
vy = 0.2 − 0.0375 * (2) = 0.125m / s
t = 2s
a y = −0.0375m / s 2
Joaquim Carneiro 27
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
A1 A2
B1
B2
Joaquim Carneiro 28
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Ø Velocidade
ωAB
Rotação
Translação rAB
B2
B1 B2
Ø Aceleração
Joaquim Carneiro 29
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
ωAB
A x
B
30º
ωBC
ωBC
+ =
B
x x
C x B -fixo C C
Joaquim Carneiro 30
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
y
ωCD
45º D
x
Como o ponto C é comum às barras BC e CD, então, este, deve ter as mesmas
componentes de velocidade em ambas as barras. Impondo esta condição obtém-se:
Joaquim Carneiro 31
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Ø Velocidade
A barra CD temi movimento de rotação centrado no ponto D.
C
y
ωCD
60º
x
D
ωBC
ωBC
+ =
B
C x B C-fixo x C x
Joaquim Carneiro 32
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
B
y ωAB
45º
A
x
Ø Aceleração
A barra CD tem movimento de rotação centrado no ponto D.
C
αCD
y
ωCD
60º
x
D
Joaquim Carneiro 33
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
αAB
y
ωAB
A 45º
x
Joaquim Carneiro 34
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
B C
y 60º
D
45º
A
x
Joaquim Carneiro 35
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Quando um corpo gira em relação a um ponto fixo (por ex. o movimento de um pião), o
vector velocidade angular não permanece fixo. De facto, para qualquer instante de tempo, um
corpo com um ponto fixo gira instantaneamente em relação a um eixo que passa pelo ponto fixo
(isto já foi referido anteriormente). Para ajudar à visualização do conceito de eixo instantâneo de
rotação, daremos um exemplo específico. A figura seguinte representa um rotor cilíndrico, feito
de plástico claro, contendo partículas escuras espalhadas por todo o seu volume. O rotor gira em
relação ao seu eixo com velocidade angular constante ω1, e o seu eixo, por sua vez, gira em
relação ao eixo vertical fixo com velocidade angular também constante ω2 nos sentidos
indicados.
n
ω2
ω1 v1
v2 A
P
o
Se o rotor for fotografado num dado instante durante o seu movimento, a fotografia
mostraria uma linha forte de pontos pretos, indicando que a sua velocidade, instantaneamente ,
seria nula. Tal linha de pontos sem movimento estabelece a posição instantânea do eixo de
rotação O – n. Qualquer ponto desta linha, tal como A, teria componentes de velocidade iguais e
opostas, v1 e v2 devido a ω2. Todos os outros pontos, tais como P, apareceriam fora do foco, e o
seu movimento mostraria manchas com a forma de pequenos aros circulares em planos
perpendiculares ao eixo O – n. Sendo assim, todas as partículas excepto aquelas sobre a linha O
– n, giram em arcos circulares relativamente ao eixo instantâneo de rotação. Se fosse tirada uma
sucessão de fotografias, observaríamos que o eixo de rotação seria definido por uma nova série
de pontos pretos, e que o eixo teria mudado de posição, tanto no espaço com em relação ao
corpo. Resumindo, diremos que para a rotação de um corpo rígido em relação a um ponto fixo, o
eixo de rotação não é uma linha fixa no corpo.
Joaquim Carneiro 36
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
n
ω
A
Cone espacial
O
Cone do corpo
α = Ω ∧ω
Joaquim Carneiro 37
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
A única diferença entre o caso de rotação em relação a um eixo fixo e rotação em relação a
um ponto fixo reside no facto de que, para a rotação em relação a um ponto fixo, a aceleração
angular α tem uma componente normal a ω devido à variação da direcção de ω, bem como uma
componente na direcção de ω, reflectindo as mudanças no módulo de ω. Por outro lado, para a
rotação em relação a um eixo fixo, α tem apenas componente, ao longo do eixo fixo, reflectindo a
variação do módulo de ω. Além disso, pontos do eixo fixo de rotação não têm, obviamente,
velocidade nem aceleração.
v =ω ∧ r α = Ω ∧ω
Cone do corpo
r Cone espacial ω
O O
Z z 1
= 350 mm
1 = 300 mm θ A
γ y
h = 150 mm
r = 120 mm O r
β
B
γ = 8 rad / s ; θ = 3 rad / s
h
X x Y
Joaquim Carneiro 38
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Velocidade:
v A = vB + v A B
⎡1 0 0 ⎤
[T12 ] = ⎢⎢0 cos β sin β ⎥
⎥
⎢⎣0 − sin β cos β ⎥⎦
ω1 = θ ; ω2 = γ
Assim, Virá:
∗ v A B = ω1 S ∧ rA B + ω 2 ∧ rA B
2
onde,
⎡1 0 0 ⎤ ⎧0 ⎫ ⎧ 0 ⎫
⎪ ⎪ ⎪ ⎪
ω1 S = ⎢0 cos β sin β ⎥ ⎨0 ⎬ = ⎨θ sin β ⎬
2 ⎢ ⎥
⎢⎣0 − sin β cos β ⎥⎦ ⎪⎩θ⎪⎭ ⎪⎩θ cos β ⎪⎭
Joaquim Carneiro 39
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Ficará:
⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧0 ⎫ ⎧ 0 ⎫
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
∗ v A B = ⎨θ sin β ⎬ ∧ ⎨1 ⎬ + ⎨γ ⎬ ∧ ⎨1 ⎬ =
⎪θ cos β ⎪ ⎪ r ⎪ ⎪0 ⎪ ⎪ r ⎪
⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭
⎧rθ sin β − 1θ cos β ⎫ ⎧rγ ⎫ ⎧θ (r sin β − 1 cos β ) + rγ ⎫ ⎧0.361⎫
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
vA B = ⎨ 0 ⎬ + ⎨ 0 ⎬ = ⎨ 0 ⎬ = ⎨ 0 ⎬
⎪ 0 ⎪ ⎪ 0 ⎪ ⎪ 0 ⎪ ⎪ 0 ⎪
⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭
Logo,
Aceleração:
a A = aB + a A B
∗ aB = ω1 ∧ (ω1 ∧ rB ) S =
2
⎧ 0 ⎫ ⎧− θ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ 2 ⎪ ⎪ ⎪
aB = ⎨θ sin β ⎬ ∧ ⎨ 0 ⎬ = ⎨− θ cos β ⎬ = ⎨− 2.728⎬
⎪θ cos β ⎪ ⎪ 0 ⎪ ⎪ θ 2 sin β ⎪ ⎪ 1.575 ⎪
⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭
∗ a A B = ω1 ∧ (ω1 ∧ rA B ) + ω 2 ∧ (ω 2 ∧ rA B ) + 2ω1 ∧ v rel
S2
S2
rel
=a
= a tr = a cor
⎧ 0 ⎫ ⎛ ⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎞ ⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫
tr ⎪ ⎪ ⎜ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎟ ⎪ 2 2 ⎪ ⎪ ⎪
a = ⎨θ sin β ⎬ ∧ ⎜ ⎨θ sin β ⎬ ∧ ⎨1 ⎬ ⎟ = ⎨θ (r sin β ⋅ cos β − 1 cos β )⎬ = ⎨− 1.56⎬
⎪θ cos β ⎪ ⎜ ⎪θ cos β ⎪ ⎪ r ⎪ ⎟ ⎪θ 2 ( sin β ⋅ cos β − r sin 2 β ) ⎪ ⎪ 0.899 ⎪
⎩ ⎭ ⎝ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎠ ⎩ 1 ⎭ ⎩ ⎭
Joaquim Carneiro 40
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
⎧ 0 ⎫ ⎧rγ ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫
cor ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
∗ a = 2 ⎨θ sin β ⎬ ∧ ⎨ 0 ⎬ = ⎨ 2 rθ γ cos β ⎬ = ⎨ 4.99 ⎬
⎪θ cos β ⎪ ⎪ 0 ⎪ ⎪− 2 rθ γ sin β ⎪ ⎪− 2.88⎪
⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭
Finalmente,
⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
a A = ⎨− 2.728⎬ + ⎨− 1.56⎬ + ⎨ 0 ⎬ + ⎨ 4.99 ⎬ = ⎨ 0.702 ⎬ m / s 2
⎪ 1.575 ⎪ ⎪ 0.899 ⎪ ⎪− 7.68⎪ ⎪− 2.88⎪ ⎪− 8.086⎪
⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭
a A = (0.702) 2 + (−8.086) 2 = 8.12 m s 2
Aceleração angular:
Z z
0.702 γ α = ω1 ∧ (ω1 + ω 2 ) S =
θ A y 2
aA
O β ⎧ 0 ⎫ ⎛ ⎧ 0 ⎫ ⎧0 ⎫ ⎞
B ⎪ ⎪ ⎜ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎟
8.086 α = ⎨θ sin β ⎬ ∧ ⎜ ⎨θ sin β ⎬ + ⎨γ ⎬ ⎟ =
X ⎪θ cos β ⎪ ⎜ ⎪θ cos β ⎪ ⎪0 ⎪ ⎟
x Y ⎩ ⎭ ⎝ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎠
Joaquim Carneiro 41
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
4 – Cinemática de massas
4.1 - Introdução
Para o estudo da dinâmica do sólido, que constitui o objectivo final desta disciplina,
vai ser necessário estabelecer as relações que existem entre forças aplicadas aos sólidos
e os movimentos que estes vão ter. Nestas relações intervêm, directa ou indirectamente,
a massa, o modo como esta se distribui no espaço e as distribuições espaciais de
velocidades e acelerações dos sistemas materiais.
Caracterizar-se-ão, neste capítulo, os sistemas de vectores quantidade de
movimento e quantidade de aceleração , em cuja definição intervém a massa e a
velocidade ou aceleração, respectivamente. Caracterizar-se-á ainda a energia cinética
dos sistemas materiais. A compreensão deste capítulo é fulcral para o domínio das
matérias que se lhe seguirão.
Por vezes interessa considerar apenas a grandeza, direcção e sentido de um vector. Diz-
se então que este é um vector livre.
V V
V1 Os vectores V1 são o mesmo vector ; V1 e V2 são
equipolentes , ou iguais mas não são o mesmo vector.
Designam-se tais vectores por vectores deslizantes. A um
conjunto de vectores deslizantes chama-se torsor. Outras vezes
V1
V2 ainda, interessa (não só a grandeza, direcção, sentido e recta
suporte, mas também) o ponto de aplicação (por ex., no estudo
da deformação de um sólido: a sua deformação depende do
ponto de aplicação da força).
Joaquim Carneiro 42
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
V = ∑ vi
i
Joaquim Carneiro 43
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
→
Q=∫ v dm = ∫ (vG + vP G ) dm = ∫ (vG + ω ∧ GP) dm =
M M M
→
Q=∫ vG dm + ∫ ω ∧ GP dm =
M M
→
Q = vG ∫ dm + ω ∧ ∫ GP dm = M vG
M M
Nota :
→
∫M GP dm = 0 → momento estático relativamente
Joaquim Carneiro 44
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Vector momento cinético em O - Ho
→
H o = ∫ OP ∧ v dm
M
→ → →
=∫ (OG + GP ) ∧ (vG + ω ∧ GP ) dm
M
→ → → →
= ∫ OG ∧ vG dm + ∫ OG ∧(ω ∧ GP ) dm + ∫ GP ∧vG dm
M M M
→ →
+ ∫ GP ∧(ω ∧ GP ) dm
M
→ →
⎛ →
⎞ ⎛ →
⎞
= OG ∧ vG ∫ dm + OG ∧ ⎜ ω ∧ ∫ GP dm ⎟ + ⎜ ∫ GP dm ⎟ ∧ vG
M M M
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
→ →
+ ∫ GP ∧(ω ∧ GP ) dm
M
→ → →
= OG ∧ M vG + ∫ GP ∧(ω ∧ GP ) dm
M
no entanto,
⎧ x ⎫ ⎛ ⎧ω x ⎫ ⎧ x ⎫ ⎞
→ →
⎪ ⎪ ⎜ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎟
∫M GP ∧(ω ∧ GP ) dm = ∫ ⎨ y ⎬ ∧ ⎜ ⎨ω y ⎬ ∧ ⎨ y ⎬ ⎟ dm
M
⎪ z ⎪ ⎜ ⎪ω ⎪ ⎪ z ⎪ ⎟
⎩ ⎭ ⎝ ⎩ z ⎭ ⎩ ⎭ ⎠
contudo,
2 2
⎧ x ⎫ ⎛ ⎧ω x ⎫ ⎧ x ⎫ ⎞ ⎧ x ⎫ ⎧ zω y − yω z ⎫ ⎧ ( y + z ) ω x − x y ω y − x z ω z ⎫
⎜
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎟ ⎪ ⎪ 2 2 ⎪
⎨ y ⎬ ∧ ⎜ ⎨ω y ⎬ ∧ ⎨ y ⎬ ⎟ = ⎨ y ⎬ ∧ ⎨ xω z − zω x ⎬ = ⎨− y x ω x + ( x + z ) ω y − y z ω z ⎬
⎪ z ⎪ ⎜ ⎪ω ⎪ ⎪ z ⎪ ⎟ ⎪ z ⎪ ⎪ yω − xω ⎪ ⎪− z x ω − z y ω + ( x 2 + y 2 ) ω ⎪
⎩ ⎭ ⎝ ⎩ z ⎭ ⎩ ⎭ ⎠ ⎩ ⎭ ⎩ x y ⎭ ⎩ x y z ⎭
mas,
∫M ( y 2 + z 2 ) dm = I xx ; −∫ x y dm = − ∫ y x dm = − I xy
M M
∫M ( x 2 + z 2 ) dm = I yy ; −∫ x z dm = − ∫ z x dm = − I xz
M M
∫M ( x 2 + y 2 ) dm = I zz ; −∫ y z dm = − ∫ z y dm = − I yz
M M
virá
⎡ I xx − I xy − I xz ⎤ ⎧ω x ⎫
→ →
⎢ ⎥ ⎪ ⎪
∫M GP ∧(ω ∧ GP ) dm = ⎢− I xy I yy − I yz ⎥ ⎨ω y ⎬ = [I G ] {ω }
⎢ − I xz
⎣ − I yz I zz ⎥⎦ ⎪ ⎪
⎩ω z ⎭
Joaquim Carneiro 45
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Assim, ficará:
→
H o = [I G ]{ω }+ OG ∧ M vG
ou
→ →
H o = [I G ]{ω }+ OG ∧ Q , ou H o = H G + OG ∧ Q
=HG
dm
rz
I xx = ∫ rx2 dm = ∫ ( y 2 + z 2 ) dm ry y
z
rx
I yy = ∫ ry2 dm = ∫ ( x 2 + z 2 ) dm
(M) G x
I zz = ∫ rz2 dm = ∫ ( x 2 + y 2 ) dm y
O momento cinético de um sistema contínuo, num dado ponto O, pode ser obtido
pela soma das seguintes duas parcelas:
1ª resulta da multiplicação da matriz de inércia do sistema, definida no seu centro de
massa [IG], pelo vector velocidade angular (caso o corpo esteja a a rodar em torno de
um eixo que passe por G, obviamente).
2ª é o produto vectorial do vector posição do centro de massa OG, pelo vector
quantidade de movimento do sistema Q.
Este resultado já era esperado. Com efeito, conhecido o vector principal e o
vector momento em G de um sistema de vectores deslizantes, podemos calcular o
vector momento num outro ponto qualquer, utilizando a expressão fundamental dos
campos dos momentos que acabou de se escrever. Tal equação traduz o conhecido
primeiro teorema de Koenig e é de uso muito frequente no cálculo de vectores
momento cinético.
Joaquim Carneiro 46
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Numa distribuição contínua de massa, o torsor das quantidades de aceleração terá definição
semelhante, bastando apenas substituir um somatório (associado à contribuição de vários
pontos materiais) por um integral estendido a toda a massa.
Z z
(M)
x G
P
Q = ∫ a dm a dm rG
M dm r y
→
K o = ∫ OP ∧ a dm o
M Y
X
Ko
Joaquim Carneiro 47
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
4.3.2 – Vector quantidade de aceleração - Q
Qualquer que seja o tipo de distribuição de massa (discreta ou contínua), é sempre possível
calcular o vector principal deste torsor, multiplicando a massa total pela aceleração do
centro de massa. Com efeito, tem-se:
d d d
Q = ∫ a dm = ∫ (v dm) = ∫ v dm = ( M vG ) = M aG
M M dt dt M dt
4.3.3 – Vector momento dinâmico em O - Ko
→
K o = ∫ OP ∧ a dm
M
contudo,
→ → →
OP = (OG + GP ) ; a = (aG + aP G )
então,
→ → → → → →
K o = ∫ (OG + GP ) ∧ (aG + aP G ) dm = ∫ (OG + GP ) ∧ [aG + ω ∧ GP + ω ∧ (ω ∧ GP ) ] dm
M M
→ → → → ⎛ →
⎞
= OG ∧ aG ∫ dm + OG ∧ ω ∧ ∫ GP dm + OG ∧ ω ∧ ⎜ ω ∧ ∫ GP dm ⎟ +
M M M
⎝ ⎠
⎛ →
⎞ → → → →
+ ⎜ ∫ GP dm ⎟ ∧ aG + ∫ GP ∧ (ω ∧ GP ) dm + ∫ GP ∧ [ω ∧ (ω ∧ GP ) ] dm =
M M M
⎝ ⎠
→ d → →
= OG ∧ M aG + ∫ GP ∧ (ω ∧ GP ) ] dm
dt
M
= KG
→
Nota : ∫M GP dm = 0
→ → → → d → →
∫M GP ∧ (ω ∧ GP ) dm + ∫ GP ∧ [ω ∧ (ω ∧ GP ) ] dm = ∫ GP ∧ (ω ∧ GP ) ] dm
M dt M
Então,
→
K 0 = K G + OG ∧ M aG
=HG
Joaquim Carneiro 48
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
⎡ I xx − I xy − I xz ⎤ ⎧ω x ⎫
⎪ ⎪
H G = [I G ]{ω } ; [IG ] = ⎢⎢− I xy I yy
⎥
− I yz ⎥ ;{ω } = ⎨ω y ⎬
⎢ − I xz − I yz I zz ⎥⎦ ⎪ω ⎪
⎣ ⎩ z ⎭
Admitindo como opção lógica, que o referencial Gxyz é tal que a matriz de inércia é
constante (em geral este referencial estará rigidamente ligado ao sólido), obtém-se:
d → → → → → →
∫M GP ∧ (ω ∧ GP ) ] dm = GP ∧ (ω ∧ GP ) dm
∫M ∫M + GP ∧ [ω ∧ (ω ∧ GP ) ] dm
dt
=[ I G ] {ω } ={ω }∧( [ I G ] {ω })
= KG = H G
K G = [ I G ] {ω } + {ω } ∧ ( [ I G ] {ω })
⎡ I x1 0 0 ⎤
[IG ] = ⎢⎢ 0 I y1 0 ⎥
⎥
⎢ 0 0 I z1 ⎥⎦
⎣
Joaquim Carneiro 49
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
1
T = m v2
2
Mais adiante, quando os conceitos de trabalho e energia forem estudados, esta
expressão será justificada. Num sistema contínuo, consideram-se um número infinito
de pontos materiais, cuja energia cinética global será:
z
vP
1
T= ∫ v 2dm
2 M y
dm P
(M) G
1 2 1 2 1
T= v dm = v dm = M vG ⋅ vG =
2 ∫M 2 ∫M
G G
2
⎧vGx ⎫
G vG
1 ⎪ ⎪ 1
(
= M { vGx , vG y , vGz } ⎨vG y ⎬ = M vG2 x + vG2 y + vG2 z
2
)
⎪v ⎪ 2 2
⎩ Gz ⎭ =vG
Joaquim Carneiro 50
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
1 → →
T= ( ω ∧ OP ) ⋅ ( ω ∧ OP ) dm =
2 ∫M
r P
1 1 2 vP
= ∫ ( ω R sin θ ) 2 dm = ω 2 ∫ r dm
2 M 2 M dm
(M) θ
R
O
1
T = I Δω 2
2
1 → →
T= ( v + ω ∧ GP ) ⋅ ( v + ω ∧ GP) dm =
2 ∫M
G G
1 2 1 → → →
= ∫ vG dm + ∫ (ω ∧ GP) ⋅ (ω ∧ GP) dm + ∫ v ⋅ (ω ∧ GP) dm Δ
2 M 2 M M z ω
→ →
∫M (ω ∧ GP) ⋅ ( ω ∧ GP) dm = ω 2 ∫ r 2 dm = I ΔG ω 2 O Y
M
X
Joaquim Carneiro 51
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
1 1
T = M vG2 + I ΔG ω 2
2 2
1 1 1
I ΔG ω 2 = (I ΔG ω ⋅ ω ) = (ω ⋅ [I G ]{ω }) =
2 2 2
⎡ I xx − I xy − I xz ⎤ ⎧ω x ⎫
1 ⎢ ⎥ ⎪ ⎪
= {ω x ,ω y ,ω z }⎢− I xy I yy − I yz ⎥ ⎨ω y ⎬ =
2
⎢ − I xz − I yz I zz ⎥ ⎪⎩ω z ⎪⎭
⎣ ⎦
⎧ I xx ω x − I xy ω y − I xz ω z ⎫
1 ⎪ ⎪
= {ω x ,ω y ,ω z }⎨− I xy ω x + I yy ω y − I yz ω z ⎬ =
2 ⎪ − I ω − I ω + I ω ⎪
⎩ xz x yz y zz z ⎭
1 1 1
= I xx ω x2 + I yy ω y2 + I zz ω z2 − I xy ω x ω y − I yz ω y ω z − I xz ω x ω z
2 2 2
1 1
I ΔG ω 2 = {ω}t [I G ] {ω}
2 2
Joaquim Carneiro 52
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Ou seja, tudo se passa como se houvesse uma projecção do vector momento cinético ([I] {ω})
na direcção do vector ω (obviamente colinear com o eixo de rotação). De facto, conhecida a
matriz de inércia de um sólido, se quisermos obter o valor do seu momento de inércia ( IΔ ), na
direcção de um dado eixo que tenha como co-senos directores l,m,n, faremos:
I Δ = {λ}t [I ] {λ}
Onde o vector λ , corresponde ao versor da direcção do eixo Δ, e que tem as seguintes
componentes:
λ = l i + m j + nk
l = cosθ x ; m = cosθ y ; n = cosθ z
Deste modo o 3º Teorema de Koenig pode ser escrito da modo mais compacto na seguinte
forma:
1 1
T = M vG ⋅ vG + {ω}t [I G ] {ω}
2 2
Exemplo de aplicação:
O sistema mecânico representado na figura é constituído por:
Suponha conhecidas as matrizes de inéricia dos dois corpos, em relação a eixos centrais
principais de inércia. Determine:
a) O torsor das Quantidades de Aceleração de cada corpo no respectivo centro de massa;
b) O torsor das Quantidades de Aceleração do mecanismo no ponto O;
c) A energia cinética do mecanismo.
Joaquim Carneiro 53
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
O ≡ G1
OG 2 = a (excentricidade) y1
y2 ϕ
OA = OB = 2
ϕ = cte.
x2 a
y1
G2
A ϕ
O+ x1
A B
Mm θ ;θ ;θ
G 1
B 2
z1 // z2
θ
x1
Resolução:
Iremos exprimir todas as grandezas no referencial S1 ( x1 , y1 , z1 ).
a) Corpo 1
_ quantidade de aceleração
Q1 = m1aG1 = m1a0 = 0
_ momento dinâmico
K G1 1 = H G1 1 + ω ∧ H G1 1
S1 S1 S1
⎧θ⎫ ⎡ I x1 0 0 ⎤ ⎧θ⎫
= H G1 1
⎪ ⎪ ⎢ ⎥ ⎪ ⎪
K G1 1 + ⎨0 ⎬ ∧ ⎢ 0 I y1 0 ⎥ ⎨0 ⎬
S1 S1
⎪0 ⎪ ⎢ 0 0 I z1 ⎥⎦ ⎪⎩0 ⎪⎭
⎩ ⎭ ⎣
⎧θ⎫ ⎧ I x1θ⎫ ⎧ I x1θ⎫ ⎧0⎫ ⎧ I x1θ⎫
= H G1 1
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
K G1 1 + ⎨0 ⎬ ∧ ⎨ 0 ⎬ ⇒ K G1 1 = ⎨ 0 ⎬ + ⎨0⎬ = ⎨ 0 ⎬
S1 S1 S1
⎪0 ⎪ ⎪ 0 ⎪ ⎪ 0 ⎪ ⎪0⎪ ⎪ 0 ⎪
⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭
Joaquim Carneiro 54
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Corpo 2
_ quantidade de aceleração
Q2 = m2 aG2
aG2 = a0 + ω ∧ OG2 + ω ∧ (ω ∧ OG2 )
=0
⎧ 0 ⎫ ⎧θ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫
⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
aG2 = ⎨ 0 ⎬ + ⎨0 ⎬ ∧ ⎨ 0 ⎬ = ⎨ 0 ⎬ + ⎨− aθ cos ϕ ⎬2
⎧ 0 ⎫
⎪ ⎪
Q2 = ⎨− m2 aθ cos ϕ ⎬
2
⎪ m aθcos ϕ ⎪ y1
⎩ 2 ⎭
_ momento dinâmico ϕ
v1
K G22 = H G22 + ω ∧ H G22 ϕ
S1 S1 S1 u1 x1
⎧ H G2 = [T2→1 ]H G2
⎪ 2 S1 2 S2
⎧u2 = u2,u + u2,v ⎧u = u cosϕ + v1 sin ϕ
⎪ 2 ⇒ ⎨ 2 1
⎨ H G2 S = I G2 ω 2
2
[ ] ⎨
⎩v2 = −v2,u + v2,v ⎩v2 = −u1 sin ϕ + v1 cosϕ
⎪
⎪ω 2 = [T1→2 ]ω
⎩
Joaquim Carneiro 55
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Joaquim Carneiro 56
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
HG22 = [T2→1 ]HG22
S1 S2
⎧ I ⎫
I θ cos 2 ϕ + x2 θ sin 2 ϕ
⎧ I θ cos ϕ ⎫ ⎪ x2
2 ⎪
⎡cos ϕ − sin ϕ 0⎤ ⎪ x2 ⎪ ⎪
⎪ 1 ⎪⎪ ⎪ I x2 ⎪
H G22 = sin ϕ cos ϕ 0 ⎨− I x2θ sin ϕ ⎬ = ⎨ I x2θ sin ϕ cos ϕ − θ sin ϕ cos ϕ ⎬
⎢ ⎥
S1 ⎢ ⎥ 2 2
⎢⎣ 0 0 1⎥⎦ ⎪ 0
⎪ ⎪
0
⎪
⎪⎩ ⎪⎭ ⎪ ⎪
⎪⎩ ⎪⎭
⎧ I x2 ⎫ ⎧ I x2 ⎫
⎪ 4 θ ( 3 + cos 2ϕ )⎪ ⎪ 4 θ ( 3 + cos 2ϕ )⎪
⎪ I ⎪ 2 ⎪ I ⎪
⎪ x2 ⎪ ⎪ x2 ⎪
H G22 = ⎨ θ sin 2ϕ ⎬ ⇒ H G2 = ⎨ θ sin 2ϕ ⎬
S1
⎪ 4 ⎪ S1
⎪ 4 ⎪
⎪ ⎪ ⎪ ⎪
⎪⎩ 0 ⎪⎭ ⎪⎩ 0 ⎪⎭
⎧ I x2 ⎫
⎪ θ ( 3 + cos 2ϕ ) ⎪ ⎧ ⎫
⎧θ⎫ ⎪ 4 ⎪ ⎪ 0 ⎪
⎪ ⎪ ⎪ I x2 ⎪ ⎪ ⎪
ω ∧ H G22 = ⎨0 ⎬ ∧ ⎨ θ sin 2ϕ ⎬ = ⎨ 0 ⎬
S1
⎪0 ⎪ ⎪ 4 ⎪ ⎪ I x2 2 ⎪
⎩ ⎭ ⎪ ⎪ ⎪⎩ 4 θ sin 2ϕ ⎪⎭
⎪⎩ 0 ⎪
⎭
K G22 = H G22 + ω ∧ H G22
S1 S1 S1
⎧ I x2 ⎫ ⎧ I x2 ⎫
⎪ 4 θ (3 + cos 2ϕ ) ⎪ ⎧ ⎫ ⎪ 4 θ (3 + cos 2ϕ ) ⎪
⎪ I ⎪ ⎪ 0 ⎪ ⎪ I ⎪
⎪ x2 ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ x2 ⎪
K G22 = ⎨ θ sin 2ϕ ⎬ + ⎨ 0 ⎬ = ⎨ θ sin 2ϕ ⎬
⎪ 4 ⎪ ⎪ 4
S1
⎪ ⎪ I x2 2 ⎪
⎪ ⎪ ⎪⎩ 4 θ sin 2ϕ ⎪⎭ ⎪ I x2
θ sin 2ϕ ⎪
2
⎪⎩ 0 ⎪
⎭ ⎩ 4
⎪ ⎪⎭
Joaquim Carneiro 57
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Q = Q1 + Q2
⎧ 0 ⎫ ⎧ 0 ⎫
⎪ ⎪ ⎪ ⎪
Q = 0 + ⎨− m2 aθ 2 cos ϕ ⎬ = ⎨− m2 aθ 2 cos ϕ ⎬
⎪ m aθcos ϕ ⎪ ⎪ m aθcos ϕ ⎪
⎩ 2 ⎭ ⎩ 2 ⎭
K o = K o1 + K o2
⎧ I x1θ⎫
1 ⎪ ⎪
K o = K G1 + OG1 ∧ Q1 = K G1 = ⎨ 0 ⎬
=0 ⎪ 0 ⎪
⎩ ⎭
⎧− a sin ϕ ⎫ ⎧ 0 ⎫
2 ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
2
K o = K G2 + OG2 ∧ Q2 = K G2 + ⎨ a cos ϕ ⎬ ∧ ⎨− m2 aθ cos ϕ ⎬
⎪ 0 ⎪ ⎪ m aθcos ϕ ⎪
⎩ ⎭ ⎩ 2 ⎭
⎧ I x2 ⎫
⎪ 4 θ (3 + cos 2ϕ )⎪
⎪ ⎪ ⎧ m2 a 2θcos 2 ϕ ⎫
⎪ I x2 ⎪ ⎪ ⎪
K o2 = ⎨ θ sin 2ϕ ⎬ + ⎨ 12 m2 a 2θsin 2ϕ ⎬
⎪ 4 ⎪ ⎪ 1 m a 2θ 2 sin 2ϕ ⎪
⎪ I x2 θ 2 sin 2ϕ ⎪ ⎩ 2 2 ⎭
⎪⎩ 4 ⎪⎭
⎧ ⎡ I x2 2 2 ⎤ ⎫
⎪θ ⎢ (3 + cos 2ϕ ) + m2 a cos ϕ ⎥ ⎪
⎪ ⎣ 4 ⎦ ⎪
2 ⎪ θ I x2
K o = ⎨ [ 2
] 2
2 + m2 a sin 2ϕ
⎪
⎬
⎪ ⎪
θ 2 I x2
⎪
⎪
[ 2 2
]
+ m2 a 2 sin 2ϕ ⎪
⎪
⎩ ⎭
Joaquim Carneiro 58
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
Então:
⎧ ⎡ I x2 ⎤ ⎫
⎪θ ⎢ I x 1 + (3 + cos 2ϕ ) + m2 a 2 cos 2 ϕ ⎥ ⎪
⎪ ⎣ 4 ⎦ ⎪
⎪
K 0 = ⎨
θ I x2
2 2
[ ]
+ m2 a 2 sin 2ϕ
⎪
⎬
⎪ ⎪
θ 2 I x2
⎪
⎪ 2
[
2
]2
+ m2 a sin 2ϕ ⎪
⎪
⎩ ⎭
m2 R
Se por exemplo, for m2 = 40 kg ; = 1.25 ; r = 2 cm ; R = 20 cm ; a = ; ϕ = 30
m1 5
e para um determinado instante se verificar que, θ = 290 rpm; θ = cte. = 15 rad s 2
ficará:
1
I x2 = m2 R 2 = 0.8 kg ⋅ m 2
2
1
I x1 = m1 r 2 = 6.4 × 10−3 kg ⋅ m 2
2
a = 0.04 m
290 × 2π
θ = = 30.37 rad s
60
então,
⎧ 0 ⎫ ⎧ 11.316 ⎫
⎪ ⎪ ⎪ ⎪
Q = ⎨− 1278⎬ N ; Ko = ⎨ 3.014 ⎬ N ⋅ m
⎪ 20.1 ⎪ ⎪185.314⎪
⎩ ⎭ ⎩ ⎭
T = T1 + T2
Corpo - 1 1 1 t
T1 = m1 (vG1 ⋅ vG1 ) + {ω } [ I G1 ] {ω }
2 2
=0
Joaquim Carneiro 59
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
⎡ I x1 0 0 ⎤ ⎧θ⎫
1 ⎢ ⎥ ⎪ ⎪
T1 = {θ , 0, 0} ⎢ 0 I y1 0 ⎥ ⎨0 ⎬
2
⎢ 0
⎣ 0 I z1 ⎥⎦ ⎪⎩0 ⎪⎭
⎧ I x1θ⎫
1 ⎪ ⎪ 1
T1 = {θ, 0, 0}⎨ 0 ⎬ ⇒ T1 = I x1θ 2
2 ⎪ 0 ⎪ 2
⎩ ⎭
Corpo - 2
1 1 t
T2 = m2 (vG2 ⋅ vG2 ) + {ω 2 } [ I G2 ] {ω 2 }
2 2
⎧ 0 ⎫
⎪ ⎪
vG2 ⋅ vG2 = {0, 0, θ a cos ϕ }⎨ 0 ⎬ = (θ a cos ϕ ) 2
⎪θ a cos ϕ ⎪
⎩ ⎭
⎡ I x2 0 0 ⎤ ⎧ θ cos ϕ ⎫
{ω 2 }t [ I G2 ] {ω 2 } = {θ cos ϕ , − θ sin ϕ , 0}⎢⎢ 0 I y2
⎥ ⎪ ⎪
0 ⎥ ⎨− θ sin ϕ ⎬
⎢ 0
⎣ 0 I z2 ⎥⎦ ⎪⎩ 0 ⎪⎭
⎧ I x2θ cos ϕ ⎫
⎪⎪ 1 ⎪⎪
{ω 2 } [ I G2 ] {ω 2 } = {θ cos ϕ , − θ sin ϕ , 0}⎨− I x2θ sin ϕ ⎬
t
⎪ 2 ⎪
⎪⎩ 0 ⎪⎭
Joaquim Carneiro 60
Física 1 (2008) Universidade do Minho
(Cinemática da Partícula e de Mecanismos) Departamento de Física
I x2
{ω 2 }t [ I G ] {ω 2 } = I x θ2 (cos2 ϕ + 1 sin 2 ϕ ) = θ 2 (3 + cos 2ϕ )
2 2
2 4
então,
1 Ix
T2 = m2 (θ a cos ϕ ) 2 + 2 θ 2 (3 + cos 2ϕ )
2 8
1 1 Ix
T = I x1θ 2 + m2 (θ a cos ϕ ) 2 + 2 θ 2 (3 + cos 2ϕ )
2
2 8
=T1 =T2
1 1 ⎡ 1 ⎤
T = m2 (θ a cos ϕ ) 2 + ⎢ I x1 + I x2 (3 + cos 2ϕ )⎥ θ 2
2 2 ⎣ 4 ⎦
40 1
T=
2 2
[
( 30.37 × 0.04 × cos 30 ) 2 + 6.4 × 10−3 + 0.25 × 0.8 (3 + cos 60 ) × 30.372 ]
Joaquim Carneiro 61