Você está na página 1de 8

Sonhos e Outras Verdades

Ficção

Poncio Arrupe

- 23 -
- 23 -
Isabel

Os convivas, adolescentes e adultos muito jovens, estão amontoados no canto direito


junto à lareira enorme, que preenche quase por completo uma das paredes ... Parece uma
festa, que decorre num apartamento de reduzidas dimensões. Isabel de vez em quando
abre a porta para deixar entrar novos convidados ... por vezes recusa um ou outro, com
gestos espalhafatosos e expressões faciais de desagrado ostensivo. Elemento masculino
sem gravata não entra ... todos tinham sido prevenidos, alguns não a tomaram a sério e
por isso têm que retroceder incrédulos. Os mais destituídos de coluna vertebral
regressam fazendo vénias e sorrindo submissamente, exibindo uma gravata ao pescoço.
Por vezes Isabel ajeita-lhes o nó antes de os introduzir na exígua divisão ... Cada vez
mais aquele cubículo se enche de gente aperaltada, que sofre horrores com o calor vindo
da enorme lareira, digna de uma sala de baile de um palácio. Sempre que novos
convidados são admitidos, logo Isabel os conduz para junto da dita e a apresenta com
gestos descritivos amplos que a desenham no ar, acompanhados de enormes sorrisos e
olhares arregalados de orgulho. A lareira é com certeza uma aquisição recente ... talvez
o principal pretexto para aquele evento. João, ainda adolescente, consegue ser admitido
sem gravata devido, na opinião de Isabel, ao seu belíssimo aspecto e ao da sua
vestimenta ... Isto faz com que fique durante todo o tempo a sentir-se como um intruso
porque se acha favorecido indevidamente e alvo, parece-lhe, dos olhares reprovadores
dos outros convivas ...
Beatriz, dentro do aquário com uns quantos recém nascidos, nos braços da
enfermeira, revela-se cedo perfeitamente obediente a sua avó, como é adequado ... Já
conseguiu com esse seu comportamento coleccionar umas quantas notas de mil escudos.
Embora não perceba, começa já a funcionar com o mesmo combustível do resto da
família. Aparentemente não precisa de oxigénio ao contrário dos demais mortais. Seu
pai, cá fora, médico, tem a boca preenchida o que lhe impossibilita a fala. É visível que
pretende dizer qualquer coisa, está intranquilo ... sempre que faz menção de emitir um
som sua sogra, avó de Beatriz, silencia-o, enfia-lhe pela boca a dentro um invoice de
hotel, um bilhete de avião para uma qualquer riviera, ou um convite para algum evento
comercial de lançamento de qualquer coisa. Por vezes a avó ciosa acrescenta: “Não é
nada, esta é uma das melhores clínicas do país, eles são óptimos profissionais”. E uma
vez ou outra ainda lhe lembra, ao pai de Beatriz: “Lindo menino ... Quem vai amanhã

Poncio Arrupe 131


chapinhar na piscina? Quem vai? ... Se se portar bem ...”. É que Beatriz, desde que
nasceu, há poucos minutos atrás, sustem a respiração, está roxa, e os necessários
“óptimos profissionais” não aparecem ... Naquela clínica privada nada de mal é suposto
– pode - acontecer uma vez que Isabel, mãe de Beatriz, do ponto de vista técnico, dados
os antecedentes da gravidez, nem sequer deveria lá estar. O seu lugar era num hospital
público devidamente equipado e com todos as especialidades médicas necessárias a
qualquer momento. Mas não, isso seria demasiado humilhante para a avó de Beatriz,
face à sua família de gente tonta, destituída de vida interior, mas conhecedora do que
exteriormente é recomendável. Isabel, naquele momento ainda lá dentro em recuperação
da cesariana, concordou apesar de seu marido médico, com pouca determinação, diga-
se, ter manifestado opinião contrária. Beatriz, por seu lado, alheia ao drama que se
desenrola por causa de si, inconsciente, sustem a respiração, interrompendo o devir de
modo a que nada esteja a acontecer, como convém, esperando o médico especialista que
não se sabe onde está, mas que há-de chegar e repor a bondade da decisão de se ter
optado por aquela clínica comprovadamente repleta de boa imagem. João, só, na plateia,
não sabe explicar porquê, refreia o impulso de saltar para o palco a correr, entrar pelo
aquário adentro, tirar Beatriz dos braços da enfermeira aflita, já paralisada de terror,
com vários pares de olhos e sorrisos imbecis, alvares, nas suas costa, e levá-la a correr à
enorme fábrica de partos ali ao lado, mesmo correndo o risco de se perderem as notas de
mil escudos pelo caminho ... Mas a dúvida sobre se essa seria a opção correcta ... afinal
o pai de Beatriz é médico, sem vontade própria, é certo, mas médico, o único naquele
momento presente naquela clínica exemplar ... Em desespero constata também que não
consegue emitir qualquer som para dentro de cena ... Entretanto chega o avô de Beatriz
num carro último modelo de uma marca de prestígio. Sai e logo um segurança lhe vem
dizer: “Lamentamos mas o senhor não pode estacionar o carro dentro da clínica”. A que
o visado responde alto e bom som, de modo a que todos em redor ouçam: ”Desculpe!
Senhor, não! Doutor!”. E acrescenta: “Como posso eu deixar o meu carro novo,
caríssimo, lá fora na rua? Esta é uma clínica de luxo que me está a custar muito dinheiro
... Deviam, ao menos, ter sítio para arrumar viaturas desta categoria!”. E aproxima-se a
avó de Beatriz: “E olhe que eu frequentei o primeiro ano de Direito ... – depois saí
porque achei muito chato o curso e não tinha necessidade de estudar, não precisava ... –
escusa por isso de chamar a polícia porque eu sei bem o que lhes dizer ...”. O médico
especialista chegou – finalmente! -, tomou as suas medidas, in extremis, veio-se a saber
mais tarde, e Beatriz pode começar a respirar, assumindo por inteiro como era devido, e

Sonhos e Outras Verdades, cap. 23 132


de outra forma não poderia ser, o seu ainda curto mas já perfeitamente apropriado papel
na saga familiar – nascida numa clínica recomendável e badalada, onde tudo correu “às
mil maravilhas”, e já com um pequeno pecúlio ganho com o sacrifício do seu próprio
corpo em prol de uma causa que a transcende: a imagem familiar ... Começa cedo a
aprender, para mais tarde, o que é o verdadeiro espírito de um casamento aconselhável.
João remexe-se várias vezes na sua cadeira. A cena em palco provoca-lhe profundo
desconforto. Ainda não se habituou à ideia de que alguém dê tanta importância ao
assunto e, até, que isso seja motivo de inveja e despeito. Ele próprio nunca se lembra ...
só quando outros se lhe referem. Sente-se por isso aviltado quando alguém demonstra
esses sentimentos mesquinhos em público, ou simplesmente desconfortável se esse
alguém age no pressuposto de que João dá igual importância à questão. O seu
parentesco comprovado com várias dinastias reinantes desde os primórdios da
cristandade na Europa é assunto que espanta e intriga muita gente, sobretudo Isabel e
sua mãe. Até há pouco tempo não imaginava sequer que outras pessoas soubessem tanto
sobre as suas ligações sanguíneas, que não lhe trazem qualquer benefício palpável, e a
que ele reserva um estatuto de apenas simples curiosidade. Naquela ocasião o motivo
para o tema voltar à baila e as invejas deslocadas serem avivadas é um jantar de amigos
a que João e Rita compareceram, e o suposto herdeiro do trono de Portugal também. A
propósito de nada, Isabel refere diversas vezes que também tinha sido em tempos
convidada para um jantar dado por um árabe muito rico, de sangue real. Na sua
ignorância não percebeu que se tratou simplesmente de um jantar de lançamento
comercial de um empreendimento turístico de uma empresa da qual o referido árabe era
o principal accionista. Que não foi um evento social privado, muito menos uma reunião
de amigos íntimos, mas sim uma promoção comercial em grande escala. Promoção essa
que saiu barata já que foi acompanhada por todos os media de cobertura nacional uma
vez que consistiu na oferta de um jantar com pompa e circunstância as uns milhares de
pessoas, e de portas abertas às câmaras fotográficas e da tv. E este era o grande e único
objectivo do árabe empresário, de sangue real, muito provavelmente primo afastado de
João por via de parentescos comuns com alguma ou algumas das primeiras e segundas
dinastias reinantes na Península Ibérica. João não sabe como se comportar nestas
ocasiões porque receia dar a entender que se rala com as atitudes dos outros em relação
a si próprio e às pessoas das suas relações. Por outro lado, sente-se desconfortável por
não agir, e faz um esforço para se conter, porque lhe daria algum prazer por a ridículo
em público a Isabel e sua mãe que sempre vão enganando alguns tontos. Mas há

Poncio Arrupe 133


crianças envolvidas ... Particularmente a propósito da aparição de Isabel num canal de tv
libertino, pornográfico a partir da meia-noite, como suposta respeitável apresentadora
aos olhos dos ignorantes ... E da sua preocupação secreta de que o segundo casamento
lhe desse dinheiro, já que o primeiro não lhe tinha dado a exposição pública que tanto
ambiciona, a todo o custo. E da sua inveja mal contida por Miguel, com pouco mais de
um ano, ter sido escolhido pela sua beleza e vivacidade para um anúncio de comida para
bebé ... sem cunhas, o que é uma impossibilidade no mundo medíocre de Isabel. E a
propósito dos muitos e diversos hotéis que um conhecido comum frequenta por motivos
profissionais ... e dos quais já está farto mas que aos olhos de Isabel, na sua pobreza de
espírito, seriam o melhor que há na vida para neles passear a sua indolência e as suas
nádegas tornadas firmes pelo milagre da ganga ... Talvez nessas circunstâncias
conseguisse dar o golpe do baú para o qual foi educada ... até agora em vão.
Beatriz, adolescente, na praia, algures no Algarve como não podia deixar de ser.
Joga cartas na areia com familiares da sua idade. Sua mãe Isabel e sua avó estão por
perto. O sol põe-se e faz-se noite. A praia fica deserta. Novo dia na praia. O mesmo
grupo a jogar cartas, mas falta Beatriz. Esta chega com um bebé ao colo. Todos a olham
surpreendidos. Atrás vem Isabel com um meio sorriso de quem não sabe se é apropriado
mostrar contentamento ou um ar circunspecto. Beatriz deu à luz no intervalo entre dois
dias de praia, sem perturbar as férias como convém, sem pré-aviso e alarido, sem
gravidez, sem trabalho de parto digno desse nome ... Tudo aconteceu e passou a facto
consumado em breves instantes, reduzindo ao mínimo os momentos de embaraço.
Isabel e Beatriz recebem as felicitações ... também do tio Filipe, com nariz e calças de
palhaço (João não entende porquê, sobretudo ali na praia ...), e da tia Francisca, também
com nariz de palhaça, segundo casamento, cinco filhos, virgem, e santa. Muitíssimo
embaraçados, em tom indisfarçado de pesar, enchem-se de coragem e de propósitos
edificantes, parecendo cumprir uma penosa mas moralizadora obrigação, adoptam uma
postura de clemência pateticamente deslocada perante Beatriz e dizem: “Felicidades
para o bebé! ... Sua marota! ...”. Os constituintes da prol de cinco não se apresentam
naquele dia na praia para serem poupados à constatação in loco, crua e irrefutável,
daquilo que nas suas mentes é uma impossibilidade de facto face à estrita e belíssima
educação religiosa de que são possuidores. Isabel, sempre com o seu meio sorriso, na
dúvida se deve torná-lo franco ou simplesmente fechá-lo, vai recebendo outras
felicitações ... No entanto não deixa de continuamente acariciar ao de leve com as mãos
uma e outra nádega alternadamente porque as calças de ganga que as revestem,

Sonhos e Outras Verdades, cap. 23 134


acabadinhas de estrear, de marca – caríssimas! -, justas, são merecedoras de toda a
atenção e lhe realçam favoravelmente o traseiro ... Disso não tem dúvidas! A avó, agora
bisavó, mãe de Isabel, não está presente ... constata e anota João. Apetece-lhe saltar para
o palco e pegar no bebé ... mas o acesso à cena é-lhe vedado por um misterioso e
resiliente obstáculo invisível.
Ouve ao longe um som familiar, agudo, intermitentemente sem cessar, que o
incomoda ... apercebe-se que está deitado na cama e que acabou de acordar. O som vem
agora mesmo dali, do seu telemóvel poisado na mesinha de cabeceira. Lança-lhe a mão,
tacteia até encontrar e pressiona o botão ... certo, constata aliviado ... Rita dorme a seu
lado, revolve-se incomodada, ... Revê num ápice o sonho que foi interrompido pelo
despertador. Detesta acordar a meio dos sonhos ... causa-lhe um profundo mal estar
físico ... uma sensação de que não dormiu o suficiente. Em compensação, essa é a única
forma de poder evocá-los acordado. Como os sonhos reduzem os comportamentos e os
eventos, os instantes, ao essencial! Como deitam fora o acessório, como desnudam
pessoas e cenários! Como neles é evidente que cada um de nós escolhe, melhor dito,
constrói, não se apercebendo que o faz, o mundo que quer, do qual é e quer ser parte.
Definitivamente não são necessárias, e nunca foram, os mass media modernos e a net de
banda larga para a construção da virtualidade real, para o afirmar que se é para se passar
a ser!
Como terão entretanto Isabel e sua mãe conseguido baptizar o rebento às
escondidas, evitando a exibição em público do constrangedor pecado e, sobretudo, a
convivência à vista de todos com a família paterna? Família esta que está longe de
corresponder aos cânones elementares de ... virgindade e santidade ... É que nunca
tiveram que suster a respiração porque sempre beneficiaram do serviço de saúde
público, e as mulheres sempre conceberam de pernas abertas ... Ou será que o baptizado
ainda não ocorreu? Que terão os tios do mundo dos palhaços a dizer sobre isso?
... Arranca para Lisboa, para um dia de trabalho. Põe a tocar um cêdê de música
Sufi. ... O sonho daquela noite retorna à sua consciência. As diferentes cenas e reflexões
que subiram ao palco vão-se esbatendo umas nas outras, por um lado, e, por outro, vão-
se arrumando na sua memória em pequenos episódios sincréticos, com princípio, meio e
fim, que introduzem clareza e ordem à sucessão caótica de imagens, cenários e
personagens. Que tornam simples aquilo que à partida é infinitamente complexo. Sabe
que é isso que sempre acontece quando se recorda dos seus sonhos. Sabe que, quando
acordado, não lhes tem acesso directo. Sabe que as suas memórias sobre os sonhos já

Poncio Arrupe 135


contêm em si uma explicação dos mesmos, já estão perpassadas pelas suas atitudes
quanto às pessoas e acontecimentos. E é, aliás, também o que se passa com todas as
suas memórias sobre o seu passado acordado. De outra maneira não poderia ser, tanto
consigo, como com todas as outras pessoas. ... Sorri por constatar mais uma vez que se
recorda de si no sonho como um espectador numa plateia vazia em frente ao palco onde
se desenrola a acção. E, a espaços, com algum obstáculo que lhe refreia um esporádico
impulso de saltar para o meio da cena ... Outro entendimento não seria de esperar ...
Sabe igualmente que as explicações e atitudes que se atribui, e as que atribui aos outros,
em sonhos ou acordado, não são mais do que diferentes perspectivas sobre algo que não
existe de per se. Que cada perspectiva não traduz nada que vá para além de si mesma,
que é uma totalidade que contém em si explicação para tudo, inclusive a não explicação
para aquilo que não é suposto ser explicado, que cada uma não é mais do que uma das
infinitas virtualidades, tornadas reais somente e precisamente porque perspectivadas em
determinado instante. São apenas virtualidades entre muitas possíveis, tornadas
especiais porque trazidas para a realidade de uma infinidade de possibilidades, de um
mundo de infinidades. Não são realidades virtuais – porque nada que exista é virtual –
mas sim virtualidades reais, virtualidades tornadas reais.
João, conduzindo pela auto-estrada, tenta simplificar e ilustrar com um exemplo
curial ... São igualmente reais e absolutamente diferentes o jogo de futebol visionado na
televisão e o visionado no calor emocional do estádio, como são igualmente reais e
diferentes o jogo de futebol visionado na bancada central e o visionado na bancada
lateral do mesmo estádio, como o visionado pelo adepto do clube x e o visionado pelo
adepto do clube y, como o visionado em directo e o visionado em diferido, seja este na
forma de resumo ou na sua totalidade, assim como o jogo presenciado e o recordado,
assim como o visionado pelo adepto confiante na vitória e o visionado por quem nela
não acredita, assim como o visionado no café entre amigos adeptos do mesmo clube e o
visionado no isolamento da própria residência, assim como o visionado como puro lazer
e o visionado como espectáculo/negócio, assim como o visionado por audiências
especializadas nas questões técnicas sobre futebol e o visionado por fãs de alguns dos
jogadores que evoluem no relvado ..., assim como o visionado e o sonhado ... Todos são
realidades e diferentes na medida em que emergem no contexto sentido de interacções
comunicativas e construção dos mundos cognitivo-emocionais in situ. Em suma, não
são necessários os modernos media electrónicos para criar realidades diferentes, e muito
menos esses media criam “não realidades”, como muitas boas consciências receiam,

Sonhos e Outras Verdades, cap. 23 136


pretendendo ao mesmo tempo alertar-nos contra o seu suposto efeito alienador, desses
media, que lhes seria intrínseco e de natureza incontornavelmente perversa. As
divergências entre mundos igualmente reais emergem, passe a redundância deliberada,
na emergência do humano nos contextos sentido, seja quais forem os media envolvidos.
Por exemplo, à atribuição ao ambiente perpassado pelos novos media de alguma
responsabilidade especial quanto à questão da formação de uma cultura de massas cada
vez mais “irreal”, alienadora e partilhada acriticamente pela maioria, João entende que
poderia contrapor precisamente a ideia contrária. Quer dizer, essa influência pode dar-se
precisamente no sentido da maior fragmentação dessa cultura dita de massas – inclusive
da sua maior individualização – pelas características cada vez mais interactivas,
policêntricas, e policontextuais desses media, o que lhes permite escapar cada vez mais
a controlos unilaterais eventualmente homogeneizantes. Mas João entende também que
não deve fazê-lo precisamente pelas mesmas razões que o levam a rejeitar a postura
contrária – é que a criação de mundos em contínuo, o que não é o mesmo que a
percepção ou explicação do mundo – que não existe -, está na essência do humano,
desde sempre. É o que aquela estátua do Marquês de Pombal, grandiosa, arrogante, lhe
diz com clareza. Abandona as suas reflexões, volta a concentrar-se na música Sufi, e
começa o processo de mentalização para o trabalho. Onde poderá tomar a sua
indispensável segunda bica do dia?, a sua abertura de parêntesis na vida que logo anseia
pela chegada do do fecho ... Que bom seria se conseguisse retirar tanto prazer e
entusiasmo do trabalho como retira das outras facetas da vida ...

Poncio Arrupe 137

Você também pode gostar