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Central de Concursos / Degrau Cultural Complemento para Auditor Fiscal do Trabalho - 1

COMPLEMENTO DE DIREITO DO TRABALHO


PARA AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO

- BASEADO NO ÚLTIMO EDITAL, DE 04/10/2003 -


COMPLEMENTA AS APOSTILAS “DIREITO DO TRABALHO” (CÓD. 0461) E “DIREITO DO TRABALHO PARA
AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO” (CÓD. 0071) E INSERE LEGISLAÇÃO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO

“DIREITO DO TRABALHO” (CÓD. 0461) to Nacional de Mão-de-Obra do Ministério do Trabalho e


Previdência Social.
Conteúdo existente na apostila: § 1º - O pedido de registro deve ser acompanhado dos
1. Relação de Trabalho e Relação de Emprego seguintes documentos:
2. A Figura Jurídica do Empregado e do Empregador I - prova de existência da firma individual ou da constitui-
3. Jornada de Trabalho ção da pessoa jurídica, com o competente registro na
4. Férias Junta Comercial da localidade em que tenham sede;
5. Contrato de Trabalho e, no apêndice: II - prova de nacionalidade brasileira do titular ou dos
- Lei nº 5.889, de 08/06/73 (Trabalho Rural) sócios;
- Lei nº 6.019, de 03/01/74 (Trabalho Temporário) III - prova de possuir capital social integralizado de, no
- Lei nº 6.494, de 07/12/77 (Estagiário) mínimo, 500 (quinhentas) vezes o valor do maior sa-
6. Proteção ao Trabalho do Adolescente lário-mínimo vigente no País, à época do pedido do
7. Insalubridade e Periculosidade registro;
8. Remuneração e Salário e, no apêndice: IV - prova de propriedade do imóvel sede ou recibo refe-
- Lei nº 8.036, de 11/05/90 (FGTS) rente ao último mês de aluguel;
9. Direito Coletivo do Trabalho e, no apêndice: V - prova de entrega da relação de trabalhadores a que se
- Lei nº 7.783, de 28/06/89 (Direito de Greve) refere o art. 360 da Consolidação das Leis do Trabalho;
10. Terceirização no Direito do Trabalho VI - prova de recolhimento da contribuição sindical;
11. Direito Administrativo do Trabalho VII - prova de inscrição no Cadastro Geral de Contribuin-
(exceto Decreto nº 4.552, de 27/12/02) tes do Ministério da Fazenda;
12. Jurisprudência Simulada VIII - Certificado de Regularidade de Situação, fornecido
- Enunciados 45, 60, 63, 81, 91, 94, 95, 101, 130, 151, pelo Instituto Nacional de Previdência Social.
172, 261, 264, 276, 331, 340 e 360. § 2º - O pedido de registro a que se refere o parágrafo
13. CLT - Consolidação das Leis de Trabalho anterior é dirigido ao Diretor-Geral do Departamento Na-
(no apêndice - artigos selecionados) cional de Mão-de-Obra e protocolado na Delegacia Regi-
onal do Trabalho no Estado em que se situe a sede da
empresa.
Conteúdo não existente (complemento): Art 5º - No caso de mudança de sede ou de abertura de
filiais, agências ou escritórios é dispensada a apresen-
5. Trabalho Temporário tação dos documentos de que trata o § 1º do artigo ante-
rior, exigindo-se, no entanto o encaminhamento prévio
ao Departamento Nacional de Mão-de-Obra de comuni-
Decreto nº 73.841, de 13/03/74 cação por escrito com justificativa e endereço da nova
sede ou das unidades operacionais da empresa.
Regulamenta a Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, Art 6º - No caso de alteração na constituição de empresa
que dispõe sobre o trabalho temporário. já registrada, seu funcionamento dependerá de prévia
comunicação ao Departamento Nacional de Mão-de-Obra
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que e apresentação dos documentos mencionados no item II
lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição e tendo do § 1.º do artigo 4º.
em vista a Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, Art 7º - A empresa de trabalho temporário é obrigada a
DECRETA: fornecer ao Departamento Nacional de Mão-de-Obra,
CAPÍTULO I quando solicitada, os elementos de informação julgados
Do Trabalho Temporário necessários ao estudo do mercado de trabalho.
Art 1º - Trabalho temporário é aquele prestado por pes- Art 8º - Cabe à empresa de trabalho temporário remune-
soa física a uma empresa, para atender necessidade rar e assistir os trabalhadores temporários relativamente
transitória de substituição de pessoal regular e perma- aos seus direitos, consignados nos artigos 17 a 20 deste
nente ou a acréscimo extraordinário de serviços. Decreto.
CAPÍTULO II Art 9º - A empresa de trabalho temporário fica obrigada a
Da Empresa de Trabalho Temporário registrar na Carteira de Trabalho e Previdência Social do
Art 2º - A empresa de trabalho temporário tem por finalida- trabalhador sua condição de temporário.
de colocar pessoal especializado, por tempo determina- Art 10. - A empresa de trabalho temporário é obrigada a
do, à disposição de outras empresas que dele necessite. apresentar à empresa tomadora de serviço ou cliente, a
Art 3º - A empresa de trabalho temporário, pessoa física seu pedido, Certificado de Regularidade de Situação, for-
ou jurídica, será necessariamente urbana. necido pelo Instituto Nacional de Previdência Social.
Art 4º - O funcionamento da empresa de trabalho tempo- Art 11. - A empresa de trabalho temporário é obrigada a
rário está condicionado a prévio registro no Departamen-
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apresentar ao agente da fiscalização, quando solicitada, o Parágrafo único. A duração normal do trabalho pode ser
contrato firmado com o trabalhador temporário, os com- acrescida de horas suplementares, em número não ex-
provantes de recolhimento das contribuições cedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre a
previdenciárias, bem como os demais elementos empresa de trabalho temporário e o trabalhador tempo-
probatórios do cumprimento das obrigações estabelecidas rário, sendo a remuneração dessas horas acrescida de,
neste Decreto. pelo menos 20% (vinte por cento) em relação ao salário-
Art 12. - É vedado à empresa de trabalho temporário: horário normal.
I - contratar estrangeiro portador de visto provisório de Art 19. - O trabalho noturno terá remuneração superior a
permanência no País; 20% (vinte por cento), pelo menos, em relação ao diurno.
II - ter ou utilizar em seus serviços trabalhador temporá- Art 20. - É assegurado ao trabalhador temporário des-
rio, salvo o disposto no artigo 16 ou quando contratado canso semanal remunerado nos termos do disposto na
com outra empresa de trabalho temporário. Lei nº 605, de 5 de janeiro de 1949.
Art 13. - Executados os descontos previstos em lei, é
defeso à empresa do trabalho temporário exigir do traba- CAPÍTULO V
lhador pagamento de qualquer importância, mesmo a Do Contrato de Trabalho Temporário
título de mediação, sob pena de cancelamento do regis- Art 21. - A empresa de trabalho temporário é obrigada a
tro para funcionamento, sem prejuízo de outras sanções celebrar contrato individual escrito de trabalho temporá-
cabíveis. rio com o trabalhador, no qual constem expressamente
os direitos ao mesmo conferidos, decorrentes da sua
CAPÍTULO III condição de temporário.
Da Empresa Tomadora de Serviço ou Cliente Art 22. - É nula de pleno direito qualquer cláusula proibitiva
Art 14. - Considera-se empresa tomadora de serviço ou da contratação do trabalhador pela empresa tomadora
cliente, para os efeitos deste Decreto; a pessoa física ou de serviço ou cliente.
jurídica que, em virtude de necessidade transitória de Art 23. - Constituem justa causa para rescisão do contra-
substituição de seu pessoal regular e permanente ou de to de trabalho temporário pela empresa:
acréscimo extraordinário de tarefas, contrate locação de I - ato de improbidade;
mão-de-obra com empresa de trabalho temporário. II - incontinência de conduta ou mau procedimento;
Art 15. - A empresa tomadora de serviço ou cliente é III - negociação habitual por conta própria ou alheia sem
obrigada a apresentar ao agente da fiscalização, quando permissão da empresa de trabalho temporário ou da
solicitada, o contrato firmado com a empresa de trabalho empresa tomadora de serviço ou cliente e quando cons-
temporário. tituir ato de concorrência a qualquer delas, ou prejudicial
ao serviço;
CAPÍTULO IV IV - condenação criminal do trabalhador, passada em jul-
Do Trabalhador Temporário gado, caso não tenha havido suspensão da execução da
Art 16. - Considera-se trabalhador temporário aquele pena;
contratado por empresa de trabalho temporário, para pres- V - desídia no desempenho das respectivas funções;
tação de serviço destinado a atender necessidade transi- VI - embriaguês habitual ou em serviço;
tória de substituição de pessoal regular e permanente ou VII - violação de segredo da empresa de serviço temporá-
a acréscimo extraordinário de tarefas de outra empresa. rio ou da empresa tomadora de serviço ou cliente;
Art 17. - Ao trabalhador temporário são assegurados os VIII - ato de indisciplina ou insubordinação;
seguintes direitos: IX - abandono do trabalho;
I - remuneração equivalente à percebida pelos emprega- X - ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no servi-
dos da mesma categoria da empresa tomadora ou clien- ço contra qualquer pessoa ou ofensas nas mesmas con-
te, calculada à base horária, garantido, em qualquer hi- dições, salvo em caso de legítima defesa própria ou de
pótese, o salário-mínimo regional; outrem;
II - pagamento de férias proporcionais, em caso de dis- XI - ato lesivo da honra e boa fama ou ofensas físicas
pensa sem justa causa ou término normal do contrato praticadas contra superiores hierárquicos, salvo em caso
temporário de trabalho, calculado na base de 1/12 (um de legítima defesa própria ou de outrem;
doze avos) do último salário percebido, por mês trabalha- XII - prática constante de jogo de azar;
do, considerando-se como mês completo a fração igual XIII - atos atentatórios à segurança nacional, devidamen-
ou superior a 15 (quinze) dias; te comprovados em inquérito administrativo.
III - indenização do tempo de serviço em caso de dispen- Art 24. - O trabalhador pode considerar rescindido o con-
sa sem justa causa rescisão do contrato por justa causa, trato de trabalho temporário quando:
do trabalhador ou término normal do contrato de trabalho I - forem exigidos serviços superiores às suas forças,
temporário, calculada na base de 1/12 (um doze avos) do defesos por lei, contrários aos bons costumes ou alhei-
último salário percebido, por mês de serviço, conside- os ao contrato;
rando-se como mês completo a fração igual ou superior II - for tratado pelos seus superiores hierárquicos com
a 15 (quinze) dias; rigor excessivo;
IV - benefícios e serviços da previdência social, nos ter- III - correr perigo manifesto de mal considerável;
mos da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, com as IV - não cumprir a empresa de trabalho temporário as
alterações introduzidas pela Lei nº 5.890, de 8 de junho obrigações do contrato;
de 1973, como segurado autônomo; V - praticar a empresa de trabalho temporário ou a em-
V - seguro de acidentes do trabalho, nos termos da Lei nº presa tomadora de serviço ou cliente, ou seus propostos,
5.316, de 14 de setembro de 1967. contra ele ou pessoa de sua família, ato lesivo da honra e
Art 18. - A duração normal do trabalho, para os trabalha- boa fama;
dores temporários é de, no máximo, 8 (oito) horas diári- VI - for ofendido fisicamente por superiores hierárquicos
as, salvo disposições legais específicas concernentes a da empresa de trabalho temporário ou da empresa
peculiaridades profissionais. tomadora de serviço ou cliente, ou seus propostos, salvo
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em caso de legitima defesa própria ou de outrem; Art 33 - O recolhimento das contribuições Previdenciárias,
VII - quando for reduzido seu trabalho, sendo este por inclusive as do trabalhador temporário, bem como da taxa
peça ou tarefa, de forma a reduzir sensivelmente a impor- de contribuição do seguro de acidentes do trabalho, cabe
tância dos salários; à empresa de trabalho temporário, independentemente
VIII - falecer o titular de empresa de trabalho temporário do acordo a que se refere o art. 237 do Regulamento apro-
constituída em firma individual. vado pelo Decreto n.º 72.771 de 6 de setembro de 1973.
§ 1.º - O trabalhador temporário poderá suspender a pres- De conformidade com instruções expedidas pelo INPS.
tação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver Art 34 - Aplicam-se às empresas de trabalho temporário,
de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com no que se refere às suas relações com o trabalhador , e
a continuação do serviço. perante o INPS. as disposições da Lei n.º 3.807, de 26 de
§ 2.º - Nas hipóteses dos itens IV e VII, deste artigo, pode- agosto de 1960, com as alterações introduzidas pela Lei
rá o trabalhador pleitear a rescisão do seu contrato de número 5.890, de 8 de junho de 1973.
trabalho, permanecendo ou não no serviço até final deci- Art 35 - A empresa de trabalho temporário , é obrigada a
são do processo. elaborar folha de pagamento especial para os trabalha-
Art 25. - Serão considerados razões determinantes de dores temporários.
rescisão, por justa causa, do contrato de trabalho tempo- Art 36 - Para os fins da Lei número 5.316, de 14 de se-
rário, os atos e circunstâncias mencionados nos artigos tembro de 1967, considera-se local de trabalho para os
23 e 24, ocorridos entre o trabalhador e a empresa de trabalhadores temporários, tanto aquele onde se efetua
trabalho temporário e entre aquele e a empresa tomadora a prestação do serviço, quando a sede da empresa de
ou cliente, onde estiver prestando serviço. trabalho temporário.
§ 1.º - A empresa tomadora de serviço ou cliente é obriga-
CAPÍTULO VI da a comunicar à empresa de trabalho temporário a ocor-
Do Contrato de Prestação de Serviço Temporário rência de acidente do trabalho cuja vitima seja trabalha-
Art 26. - Para a prestação de serviço temporário é obriga- dor posto à sua disposição.
tória a celebração de contrato escrito entre a empresa de § 2.º - encaminhamento do dentado ao Instituto Nacional
trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço ou de Previdência Social pode ser feito diretamente pela em-
cliente, dele devendo constar expressamente: presa tomadora de serviço, ou cliente, de conformidade
I - o motivo justificador da demanda de trabalho temporário; com normas expedidas por aquele Instituto.
II - a modalidade de remuneração da prestação de servi- Art 37. - Ao término normal do contrato de trabalho, ou por
ço, onde estejam claramente discriminadas as parcelas ocasião de sua rescisão, a empresa de trabalho tempo-
relativas a salários e encargos sociais. rário deve fornecer ao trabalhador temporário atestado,
Art 27. - O contrato entre a empresa de trabalho temporá- de acordo com modelo instituído pelo INPS.
rio e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um Parágrafo único. O atestado a que se refere este artigo
mesmo empregado, não poderá exceder de três meses, valerá, para todos os efeitos, como prova de tempo de
salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério serviço e salário-de-contribuição, podendo, em caso de
do Trabalho e Previdência Social, segundo instruções a dúvida ser exigida pelo INPS a apresentação pela empre-
serem baixadas pelo Departamento Nacional de Mão- sa de trabalho temporário, aos documentos que servi-
de-Obra. ram de base para emissão do atestado.
Art 28. - As alterações que se fizerem necessárias, du- Art 38. - O disposto neste Decreto não se aplica aos
rante a vigência do contrato de prestação de serviços re- trabalhadores avulsos.
lativas à redução ou ao aumento do número de trabalha-
dores colocados à disposição da empresa tomadora de CAPÍTULO IX
serviço ou cliente deverão ser objeto de termo aditivo ao Disposições Transitórias
contrato, observado o disposto nos artigos 26 e 27. Art 39. - A empresa de trabalho temporário, em funciona-
mento em 5 de março de 1974, data da vigência da Lei nº
CAPÍTULO VII 6.019. de 3 de janeiro de 1974, fica obrigada a atender os
Disposições Gerais requisitos contates do artigo 4.º deste Decreto até o dia 3
Art 29. - Compete à Justiça do Trabalho dirimir os litígios de junho de 1974,sob pena se suspensão de sue funcio-
entre as empresas de serviço temporário e seus traba- namento, por ato do Diretor-Geral do Departamento Naci-
lhadores. onal de Mão-de-Obra.
Art 30. - No caso de falência da empresa do trabalho Parágrafo único. Do ato do Diretor-Geral ao Departamen-
temporário, a empresa tomadora de serviço ou cliente é to Nacional de Mão-de-Obra que determinar a suspen-
solidariamente responsável pelo recolhimento das con- são do funcionamento da empresa de trabalho temporá-
tribuições Previdenciária no tocante ao tempo em que o rio, nos termos deste artigo, cabe recurso ao Ministro do
trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em Trabalho e Previdência Social, no prazo de 10 (dez) dias,
referência ao mesmo período, pela remuneração e inde- a contar da data da publicação do ato no Diário Oficial .
nização previstas neste Decreto. Art 40 - Mediante proposta da Comissão de Enquadramento
Art 31 - A contribuição Previdenciária é devida na seguin- Sindical do Departamento Nacional do Trabalho, o Minis-
te proporcionalidade: tro do Trabalho e Previdência Social incluirá as empre-
I - do trabalhador temporário no valor de 8% (oito por sas de trabalho temporário e os trabalhadores temporá-
cento) do salário efetivamente percebido observado o dis- rios em categorias existentes ou criará categorias espe-
posto no art. 224 do Regulamento aprovado pelo Decreto cíficas no Quadro de Atividades e Profissões a que se
nº 72.771, de 6 de setembro de 1973; refere o art. 577 da Consolidação das Leis do Trabalho.
II - da empresa de trabalho temporário, em quantia igual Art 41 - O presente Decreto entrará em vigor na data de
à devida pelo trabalhador. sua publicação revogadas as disposições em contrário.
Art 32 - É devida pela empresa de trabalho temporário a
taxa relativa ao costeio das prestações por acidente de Brasília, 13 de março de 1974; 153º da Independência e
trabalho. 86º da República.
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EMÍLIO G. MÉDICI ços de agentes de integração públicos e privados, entre o


Júlio Barata sistema de ensino e os setores de produção, serviços,
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. 13.3.1974 comunidade e governo, mediante condições acordadas
em instrumento jurídico adequado.
5. Estagiário Parágrafo único. Os agentes de integração mencionados
neste artigo atuarão com a finalidade de:
Decreto nº 87.497, de 18/08/82 a) identificar para a instituição de ensino as oportunida-
des de estágios curriculares junto a pessoas jurídicas de
Regulamenta a Lei nº 6.494, de 07 de dezembro de 1977, direito público e privado;
que dispõe sobre o estágio de estudantes de estabeleci- b) facilitar o ajuste das condições de estágios
mentos de ensino superior e de 2º grau regular e supleti- curriculares, a constarem do instrumento jurídico menci-
vo, nos limites que especifica e dá outras providências. onado no artigo 5º;
c) prestar serviços administrativos de cadastramento de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso das atribuições estudantes, campos e oportunidades de estágios
que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição, curriculares, bem como de execução do pagamento de
DECRETA: bolsas, e outros solicitados pela instituição de ensino;
Art . 1º O estágio curricular de estudantes regularmente d) co-participar, com a instituição de ensino, no esforço de
matriculados e com freqüência efetiva nos cursos vincula- captação de recursos para viabilizar estágios curriculares.
dos ao ensino oficial e particular, em nível superior e de 2º Art. 8º A instituição de ensino, diretamente, ou através de
grau regular e supletivo, obedecerá às presentes normas. atuação conjunta com agentes de integração, referidos
Art . 2º Considera-se estágio curricular, para os efeitos no “caput” do artigo anterior, providenciará seguro de aci-
deste Decreto, as atividades de aprendizagem social, pro- dentes pessoais em favor do estudante.
fissional e cultural, proporcionadas ao estudante pela par- Art. 9º O disposto neste Decreto não se aplica ao menor
ticipação em situações reais de vida e trabalho de seu aprendiz, sujeito à formação profissional metódica do ofí-
meio, sendo realizada na comunidade em geral ou junto a cio em que exerça seu trabalho e vinculado à empresa
pessoas jurídicas de direito público ou privado, sob res- por contrato de aprendizagem, nos termos da legislação
ponsabilidade e coordenação da instituição de ensino. trabalhista.
Art . 3º O estágio curricular, como procedimento didático- Art. 10. Em nenhuma hipótese poderá ser cobrada ao
pedagógico, é atividade de competência da instituição de estudante qualquer taxa adicional referente às providên-
ensino a quem cabe a decisão sobre a matéria, e dele cias administrativas para a obtenção e realização do es-
participam pessoas jurídicas de direito público e privado, tágio curricular.
oferecendo oportunidade e campos de estágio, outras Art. 11. As disposições deste Decreto aplicam-se aos
formas de ajuda, e colaborando no processo educativo. estudantes estrangeiros, regularmente matriculados em
Art . 4º As instituições de ensino regularão a matéria con- instituições de ensino oficial ou reconhecidas.
tida neste Decreto e disporão sobre: Art. 12. No prazo máximo de 4 (quatro) semestres letivos,
a) inserção do estágio curricular na programação didáti- a contar do primeiro semestre posterior à data da publi-
co-pedagógica; cação deste Decreto, deverão estar ajustadas às presen-
b) carga-horária, duração e jornada de estágio curricular, tes normas todas as situações hoje ocorrentes, com base
que não poderá ser inferior a um semestre letivo; em legislação anterior.
c) condições imprescindíveis, para caracterização e defi- Parágrafo único. Dentro do prazo mencionado neste arti-
nição dos campos de estágios curriculares, referidas nos go, o Ministério da Educação e Cultura promoverá a arti-
§§ 1º e 2º do artigo 1º da Lei nº 6.494, de 07 de dezembro culação de instituições de ensino, agentes de integrarão
de 1977; e outros Ministérios, com vistas à implementação das
d) sistemática de organização, orientação, supervisão e disposições previstas neste Decreto.
avaliação de estágio curricular. Art . 13. Este Decreto entrará em vigor na data de sua
Art. 5º Para caracterização e definição do estágio curricular publicação, revogados o Decreto nº 66.546, de 11 de maio
é necessária, entre a instituição de ensino e pessoas jurí- de 1970, e o Decreto nº 75.778, de 26 de maio de 1975,
dicas de direito público e privado, a existência de instru- bem como as disposições gerais e especiais que regu-
mento jurídico, periodicamente reexaminado, onde esta- lem em contrário ou de forma diversa a matéria.
rão acordadas todas as condições de realização daquele
estágio, inclusive transferência de recursos à instituição Brasília, em 18 de agosto de 1982; 161º da Independên-
de ensino, quando for o caso. cia e 94º da República.
Art . 6º A realização do estágio curricular, por parte de JOÃO FIGUEIREDO
estudante, não acarretará vínculo empregatício de qual- Rubem Ludwig
quer natureza. Este texto não substitui o publicado no D.O.U de 19.8.1982.
§ 1º O Termo de Compromisso será celebrado entre o
estudante e a parte concedente da oportunidade do está- 5. Trabalho Portuário
gio curricular, com a interveniência da instituição de ensi-
no, e constituirá comprovante exigível pela autoridade Lei nº 9. 719, de 27/11/98
competente, da inexistência de vínculo empregatício.
§ 2º O Termo de Compromisso de que trata o parágrafo Dispõe sobre normas e condições gerais de proteção ao
anterior deverá mencionar necessariamente o instrumen- trabalho portuário, institui multas pela inobservância de
to jurídico a que se vincula, nos termos do artigo 5º. seus preceitos, e dá outras providências.
§ 3º Quando o estágio curricular não se verificar em qual-
quer entidade pública e privada, inclusive como prevê o § Faço saber que o Presidente da República, adotou a Me-
2º do artigo 3º da Lei nº 6.494/77, não ocorrerá a celebra- dida Provisória nº 1.728-19, de 1998, que o Congresso
ção do Termo de Compromisso. Nacional aprovou, e eu, Antonio Carlos Magalhães, Presi-
Art. 7º A instituição de ensino poderá recorrer aos servi- dente, para os efeitos do disposto no parágrafo único do
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art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte Lei: Art. 4o É assegurado ao trabalhador portuário avulso ca-
Art. 1o Observado o disposto nos arts. 18 e seu parágra- dastrado no órgão gestor de mão-de-obra o direito de
fo único, 19 e seus parágrafos, 20, 21, 22, 25 e 27 e seus concorrer à escala diária complementando a equipe de
parágrafos, 29, 47, 49 e 56 e seu parágrafo único, da Lei trabalho do quadro dos registrados.
no 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, a mão-de-obra do Art. 5o A escalação do trabalhador portuário avulso, em
trabalho portuário avulso deverá ser requisitada ao órgão sistema de rodízio, será feita pelo órgão gestor de mão-
gestor de mão-de-obra. de-obra.
Art. 2o Para os fins previstos no art. 1o desta Lei: Art. 6o Cabe ao operador portuário e ao órgão gestor de
I - cabe ao operador portuário recolher ao órgão gestor de mão-de-obra verificar a presença, no local de trabalho,
mão-de-obra os valores devidos pelos serviços executa- dos trabalhadores constantes da escala diária.
dos, referentes à remuneração por navio, acrescidos dos Parágrafo único. Somente fará jus à remuneração o tra-
percentuais relativos a décimo terceiro salário, férias, Fun- balhador avulso que, constante da escala diária, estiver
do de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, encargos em efetivo serviço.
fiscais e previdenciários, no prazo de vinte e quatro horas Art. 7o O órgão gestor de mão-de-obra deverá, quando
da realização do serviço, para viabilizar o pagamento ao exigido pela fiscalização do Ministério do Trabalho e do
trabalhador portuário avulso; INSS, exibir as listas de escalação diária dos trabalhado-
II - cabe ao órgão gestor de mão-de-obra efetuar o paga- res portuários avulsos, por operador portuário e por navio.
mento da remuneração pelos serviços executados e das Parágrafo único. Caberá exclusivamente ao órgão gestor
parcelas referentes a décimo terceiro salário e férias, di- de mão-de-obra a responsabilidade pela exatidão dos
retamente ao trabalhador portuário avulso. dados lançados nas listas diárias referidas no caput deste
§ 1o O pagamento da remuneração pelos serviços exe- artigo, assegurando que não haja preterição do trabalha-
cutados será feito no prazo de quarenta e oito horas após dor regularmente registrado e simultaneidade na
o término do serviço. escalação.
§ 2o Para efeito do disposto no inciso II, o órgão gestor Art. 8o Na escalação diária do trabalhador portuário avul-
de mão-de-obra depositará as parcelas referentes às fé- so deverá sempre ser observado um intervalo mínimo de
rias e ao décimo terceiro salário, separada e respectiva- onze horas consecutivas entre duas jornadas, salvo em
mente, em contas individuais vinculadas, a serem aber- situações excepcionais, constantes de acordo ou con-
tas e movimentadas às suas expensas, especialmente venção coletiva de trabalho.
para este fim, em instituição bancária de sua livre esco- Art. 9o Compete ao órgão gestor de mão-de-obra, ao
lha, sobre as quais deverão incidir rendimentos mensais operador portuário e ao empregador, conforme o caso,
com base nos parâmetros fixados para atualização dos cumprir e fazer cumprir as normas concernentes a saúde
saldos dos depósitos de poupança. e segurança do trabalho portuário.
§ 3o Os depósitos a que se refere o parágrafo anterior Parágrafo único. O Ministério do Trabalho estabelecerá
serão efetuados no dia 2 do mês seguinte ao da presta- as normas regulamentadoras de que trata o caput deste
ção do serviço, prorrogado o prazo para o primeiro dia útil artigo.
subseqüente se o vencimento cair em dia em que não Art. 10. O descumprimento do disposto nesta Lei sujei-
haja expediente bancário. tará o infrator às seguintes multas:
§ 4o O operador portuário e o órgão gestor de mão-de- I - de R$ 173,00 (cento e setenta e três reais) a R$
obra são solidariamente responsáveis pelo pagamento 1.730,00 (um mil, setecentos e trinta reais), por infração
dos encargos trabalhistas, das contribuições ao caput do art. 7o;
previdenciárias e demais obrigações, inclusive acessó- II - de R$ 575,00 (quinhentos e setenta e cinco reais) a R$
rias, devidas à Seguridade Social, arrecadadas pelo Ins- 5.750,00 (cinco mil, setecentos e cinqüenta reais), por in-
tituto Nacional do Seguro Social - INSS, vedada a invoca- fração às normas de segurança do trabalho portuário, e de
ção do benefício de ordem. R$ 345,00 (trezentos e quarenta e cinco reais) a R$ 3.450,00
§ 5o Os prazos previstos neste artigo podem ser altera- (três mil, quatrocentos e cinqüenta reais), por infração às
dos mediante convenção coletiva firmada entre entida- normas de saúde do trabalho, nos termos do art. 9o;
des sindicais representativas dos trabalhadores e ope- III - de R$ 345,00 (trezentos e quarenta e cinco reais) a R$
radores portuários, observado o prazo legal para recolhi- 3.450,00 (três mil, quatrocentos e cinqüenta reais), por
mento dos encargos fiscais, trabalhistas e trabalhador em situação irregular, por infração ao pará-
previdenciários. grafo único do art. 7o e aos demais artigos.
§ 6o A liberação das parcelas referentes à décimo tercei- Parágrafo único. As multas previstas neste artigo serão
ro salário e férias, depositadas nas contas individuais graduadas segundo a natureza da infração, sua exten-
vinculadas, e o recolhimento do FGTS e dos encargos são e a intenção de quem a praticou, e aplicadas em
fiscais e previdenciários serão efetuados conforme regu- dobro em caso de reincidência, oposição à fiscalização e
lamentação do Poder Executivo. desacato à autoridade, sem prejuízo das penalidades
Art. 3o O órgão gestor de mão-de-obra manterá o regis- previstas na legislação previdenciária.
tro do trabalhador portuário avulso que: Art. 11. O descumprimento dos arts. 22, 25 e 28 da Lei no
I - for cedido ao operador portuário para trabalhar em ca- 8.630, de 1993, sujeitará o infrator à multa prevista no
ráter permanente; inciso I, e o dos arts. 26 e 45 da mesma Lei à multa
II - constituir ou se associar a cooperativa formada para prevista no inciso III do artigo anterior, sem prejuízo das
se estabelecer como operador portuário, na forma do art. demais sanções cabíveis.
17 da Lei no 8.630, de 1993. Art. 12. O processo de autuação e imposição das mul-
§ 1o Enquanto durar a cessão ou a associação de que tas prevista nesta Lei obedecerá ao disposto no Título VII
tratam os incisos I e II deste artigo, o trabalhador deixará da Consolidação das Leis do Trabalho ou na legislação
de concorrer à escala como avulso. previdenciária, conforme o caso.
§ 2o É vedado ao órgão gestor de mão-de-obra ceder Art. 13. Esta Lei também se aplica aos requisitantes
trabalhador portuário avulso cadastrado a operador por- de mão-de-obra de trabalhador portuário avulso junto
tuário, em caráter permanente. ao órgão gestor de mão-de-obra que não sejam opera-
6 - Complemento para Auditor Fiscal do Trabalho Central de Concursos / Degrau Cultural

dores portuários. Extinto, automaticamente, o vínculo empregatício com a


Art. 14. Compete ao Ministério do Trabalho e ao INSS a cessação das atividades da empresa, os salários só são
fiscalização da observância das disposições contidas devidos até a data da extinção.
nesta Lei, devendo as autoridades de que trata o art. 3o da Referências: Art. 467, Remuneração - Contrato Individual
Lei no 8.630, de 1993, colaborar com os Agentes da Ins- de Trabalho - Consolidação das Leis do Trabalho - DL-
peção do Trabalho e Fiscais do INSS em sua ação 005.452-1943
fiscalizadora, nas instalações portuárias ou a bordo de
navios. Enunciado do TST
Art. 15. Ficam convalidados os atos praticados com base Nº 188 - Res. 10/1983, DJ 09.11.1983
na Medida Provisória no 1.679-18, de 26 de outubro de 1998. O contrato de experiência pode ser prorrogado, respeita-
Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. do o limite máximo de 90 (noventa) dias.
Art. 17. Revoga-se a Medida Provisória no 1.679-18, de Referências: Art. 478, § 1º, Rescisão - Contrato Individual
26 de outubro de 1998. de Trabalho - Consolidação das Leis do Trabalho - DL-
005.452-1943
Congresso Nacional, em 27 de novembro de 1998; 177o
da Independência e 110o da República. Enunciado do TST
Nº 228 - Res. 14/1985, DJ 19.09.1985 - Nova redação -
12. Jurisprudência Simulada Res. 121/2003, DJ 21.11.2003
O percentual do adicional de insalubridade incide sobre
Enunciado do TST o salário mínimo de que cogita o art. 76 da CLT, salvo as
Nº 27 - RA 57/1970, DO-GB 27.11.1970 hipóteses previstas no Enunciado nº 17.
É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias Referências: Adicional de Insalubridade - Enunciado nº
feriados ao empregado comissionista, ainda que pracista. 17 - TST; Art. 76 da Consolidação das Leis do Trabalho
Referências: Art. 68, Períodos de Descanso - Duração do
Trabalho - Normas Gerais de Tutela do Trabalho - CLT - Enunciado do TST
Consolidação das Leis do Trabalho - DL-005.452-1943 Nº 230 - Res. 14/1985, DJ 19.09.1985
É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de
Enunciado do TST trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas cor-
Nº 110 - RA 101/1980, DJ 25.09.1980 respondentes.
No regime de revezamento, as horas trabalhadas em Referências: Arts. 9º e 442, Disposições Gerais - Contra-
seguida ao repouso semanal de 24 (vinte e quatro) ho- to Individual de Trabalho, CLT - Consolidação das Leis do
ras, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 (onze) horas Trabalho - DL-005.452-1943; Art. 487, Aviso Prévio - Con-
consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser trato Individual de Trabalho - CLT - Consolidação das Leis
remuneradas como extraordinárias, inclusive com o res- do Trabalho - DL-005.452-1943
pectivo adicional.
Referências: Art. 59, Jornada de Trabalho - Duração do Enunciado do TST
Trabalho - Normas Gerais de Tutela do Trabalho - CLT - Nº 248 - Res. 17/1985, DJ 13.01.1986
Consolidação das Leis do Trabalho - DL-005.452-1943 A reclassificação ou descaracterização da insalubridade,
por ato da autoridade competente, repercute na satisfa-
Enunciado do TST ção do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquiri-
Nº 146 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982 - do ou ao princípio da irredutibilidade salarial.
Ex-Prejulgado nº 18 - Nova redação - Res. 121/2003, DJ
21.11.2003 Enunciado do TST
O trabalho prestado em domingos e feriados, não com- Nº 265 - Res. 13/1986, DJ 20.01.1987
pensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da re- A transferência para o período diurno de trabalho implica
muneração relativa ao repouso semanal. a perda do direito ao adicional noturno.
Referências: Arts. 67 e 68, Períodos de Descanso - Duração Referências: Arts. 73, Trabalho Noturno - Duração do Tra-
do Trabalho - Normas Gerais de Tutela do Trabalho - CLT - balho e 381, Trabalho Noturno - Proteção do Trabalho da
Consolidação das Leis do Trabalho - DL-005.452-1943. Mulher - Normas Gerais de Tutela do Trabalho - CLT -
Consolidação das Leis do Trabalho - DL-005.452-1943
Enunciado do TST
Nº 171 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982 - Enunciado do TST
Ex-Prejulgado nº 51 - Nova redação - Res. 121/2003, DJ Nº 289 - Res. 22/1988, DJ 24.03.1988
21.11.2003 O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo
Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa empregador não o exime do pagamento do adicional de
causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empre- insalubridade, cabendo-lhe tomar as medidas que con-
gador ao pagamento da remuneração das férias propor- duzam à diminuição ou eliminação da nocividade, dentre
cionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo
(doze) meses (art. 142, parágrafo único, combinado com empregado.
o art. 132, da CLT). Referências: Art. 158, Disposições Gerais - Segurança e
Referências: Art. 7º, XVII, CF; Art. 129, Direito de Férias e da Medicina do Trabalho - Normas Gerais de Tutela do
da sua Duração - Férias Anuais - Normas Gerais de Tute- Trabalho - CLT - Consolidação das Leis do Trabalho - DL-
la do Trabalho - CLT - Consolidação das Leis do Trabalho 005.452-1943
- DL-005.452-1943; Art. 132, CLT; Art. 142, CLT
Enunciado do TST
Enunciado do TST Nº 328 - Res. 20/1993, DJ 21.12.1993
Nº 173 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982 - O pagamento das férias, integrais ou proporcionais, go-
Ex-Prejulgado nº 53 zadas ou não, na vigência da Constituição da República
Central de Concursos / Degrau Cultural Complemento para Auditor Fiscal do Trabalho - 7

de 1988, sujeita-se ao acréscimo do terço previsto em 3. Decorridos cinco anos, contados da data de entrada
seu Art. 7º, inciso XVII. em vigor desta Convenção e por ocasião do relatório ao
Conselho de Administração do Secretariado da Organi-
Enunciado do TST zação Internacional do Trabalho, nos termos do Artigo
Nº 348 - Res. 58/1996, DJ 28.06.1996 31, o mencionado Conselho de Administração exami-
É inválida a concessão do Aviso Prévio na fluência da nará a possibilidade de ser extinto, sem novo período
garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois de transição o trabalho forçado ou obrigatório em todas
institutos. as suas formas e deliberará sobre a conveniência de
incluir a questão na ordem do dia da Conferência.
“DIREITO DO TRABALHO PARA AUDITOR-FISCAL Artigo 2º
1. Para fins desta Convenção, a expressão “trabalho for-
DO TRABALHO” (CÓD. 0071) çado ou obrigatório” compreenderá todo trabalho ou ser-
viço exigido de uma pessoa sob a ameaça de sanção e
Conteúdo existente na apostila: para o qual não se tenha oferecido espontaneamente.
5. Contrato de Trabalho: 2. A expressão “trabalho forçado ou obrigatório” não com-
Estagiário preenderá, entretanto, para os fins desta Convenção:
- Decreto nº 87.497, de 18/08/82 a) qualquer trabalho ou serviço exigido em virtude de leis
Trabalho Portuário do serviço militar obrigatório com referência a trabalhos
- Lei nº 9.719, de 27/11/98 de natureza puramente militar;
11. Direito Administrativo do Trabalho/ Regulamento da b) qualquer trabalho ou serviço que faça parte das obriga-
Inspeção do Trabalho ções cívicas comuns de cidadãos de um pais soberano,
- Decreto nº 4.552, de 27/12/02 c) qualquer trabalho ou serviço exigido de uma pessoa
12. Do Direito Intenacional do Trabalho em decorrência de condenação judiciária, contanto que o
- Convenções nº 103 (Amparo à Maternidade); mesmo trabalho ou serviço seja executado sob fiscaliza-
Convenção nº 132 (Férias Remuneradas); nº 138 (Idade ção e o controle de uma autoridade pública e que a pes-
Mínima para Admissão no Emprego); nº 139 (Prevenção soa não seja contratada por particulares, por empresas
e Controle de Riscos Profissionais Causados por ou associações, ou posta á sua disposição;
Substâncias ou Agentes Cancerígeros); nº 147 (Normas * Data de entrada em vigor: 1º de maio de 1932.
Mínimas da Marinha Mercante) nº 148 (Contaminação do d) qualquer trabalho ou serviço exigido em situações de
Ar, Ruído e Vibrações); nº 155 (Segurança e Saúde dos emergência, ou seja, em caso de guerra ou de calamida-
Trabalhadores); nº 161 (Serviços de Saúde do Trabalho) de ou de ameaça de calamidade, como incêndio, inunda-
e nº 182 (Piores Formas de Trabalho Infantil e Ação Indireta ção, fome, tremor de terra, doenças epidêmicas ou
para sua Eliminação). epizoóticas, invasões de animais, insetos ou de pragas
13. A Segurança e a Saúde no Trabalho nos diplomas vegetais, e em qualquer circunstância, em geral, que po-
legais vigentes no país. nha em risco a vida ou o bem-estar de toda ou parte da
população;
Conteúdo não existente (complemento): e) pequenos serviços comunitários que, por serem exe-
cutados por membros da comunidade, no seu interesse
CONVENÇÃO (29) direto, podem ser, por isso, considerados como obriga-
SOBRE O TRABALHO FORÇADO OU OBRIGATÓRIO* ções cívicas comuns de seus membros, desde que es-
ses membros ou seus representantes diretos tenham o
A Conferência Geral da Organização Internacional do direito de ser consultados com referência á necessidade
Trabalho, desses serviços.
Convocada em Genebra pelo Conselho de Administra- Artigo 3º
ção do Secretariado da Organização Internacional do Tra- Para os fins desta Convenção, o termo “autoridade com-
balho e reunida, em 10 de junho de 1930, em sua Déci- petente” designará uma autoridade do país metropolita-
ma Quarta Reunião; no ou a mais alta autoridade central do território
Tendo decidido adotar diversas proposições relativas ao concernente.
trabalho forçado ou obrigatório, o que constitui a primeira Artigo 4º
questão da ordem do dia da reunião; 1. A autoridade competente não imporá nem permitirá
Tendo decidido que essas proposições se revistam da que se imponha trabalho forçado ou obrigatório em pro-
forma de uma convenção internacional, adota, no dia vin- veito de particulares, empresas ou associações.
te e oito de junho de mil novecentos e trinta, esta Conven- 2. Onde existir trabalho forçado ou obrigatório, em provei-
ção que pode ser citada como a Convenção sobre o Tra- to de particulares, empresas ou associações, na data
balho Forçado, de 1930, a ser ratificada pelos Países- em que for registrada pelo Diretor Geral do Secretariado
membros da Organização Internacional do Trabalho, con- da Organização Internacional do Trabalho a ratificação
forme as disposições da Constituição da Organização desta Convenção por um País-membro, esse País-mem-
Internacional do Trabalho. bro abolirá totalmente o trabalho forçado ou obrigatório a
Artigo 1º partir da data de entrada em vigor desta Convenção em
1. Todo País-membro da Organização Internacional do seu território.
Trabalho que ratificar esta Convenção compromete-se a Artigo 5º
abolir a utilização do trabalho forçado ou obrigatório, em 1. Nenhuma concessão feita a particulares, empresas
todas as suas formas, no mais breve espaço de tempo ou associações implicará qualquer forma de trabalho for-
possível. çado ou obrigatório para a produção ou coleta de produto
2. Com vista a essa abolição total, só se admite o recurso que esses particulares, empresas ou associações utili-
a trabalho forçado ou obrigatório, no período de transição, zam ou negociam.
unicamente para fins públicos e como medida excepcio- 2. Onde existirem concessões que contenham disposi-
nal, nas condições e garantias providas nesta Convenção. ções que envolvam essa espécie de trabalho forçado ou
8 - Complemento para Auditor Fiscal do Trabalho Central de Concursos / Degrau Cultural

obrigatório, essas disposições serão rescindidas, tão c) o trabalho ou serviço não representará um fardo exces-
logo quanto possível, para dar cumprimento ao Artigo 1º sivo para a população atual, levando-se em considera-
desta Convenção. ção a mão-de-obra disponível e sua capacidade para se
Artigo 6º desincumbir da tarefa;
Funcionários da administração, mesmo quando tenham o d) o trabalho ou serviço não implicará o afastamento do
dever de estimular as populações sob sua responsabili- trabalhador do local de sua residência habitual;
dade a se engajarem em alguma forma de trabalho, não e) a execução do trabalho ou a prestação do serviço será
as pressionarão ou a qualquer um de seus membros a conduzida de acordo com as exigências da religião, vida
trabalhar para particulares, companhias ou associações. social e da agricultura.
Artigo 7º Artigo 11
1. Dirigentes que não exercem funções administrativas 1. Só adultos do sexo masculino fisicamente aptos, cuja
não poderão recorrer a trabalhos forçados ou obrigatórios. idade presumível não seja inferior a dezoito anos nem
2. Dirigentes que exercem funções administrativas po- superior a quarenta e cinco, podem ser convocados para
dem, com a expressa autorização da autoridade compe- trabalho forçado ou obrigatório. Ressalvadas as catego-
tente, recorrer a trabalho forçado ou obrigatório nos ter- rias de trabalho enumeradas no Artigo 10º desta Con-
mos do Artigo 10º desta Convenção. venção, serão observadas as seguintes limitações e
3. Dirigentes legalmente reconhecidos e que não rece- condições:
bem adequada remuneração sob outras formas podem a) prévio atestado, sempre que possível por médico da
beneficiar-se de serviços pessoais devidamente regula- administração pública, de que as pessoas envolvidas
mentados, desde que sejam tomadas todas as medidas não sofrem de qualquer doença infecto-contagiosa e de
necessárias para prevenir abusos. que estão fisicamente aptas para o trabalho exigido e
Artigo 8º para as condições em que será executado;
1. Caberá á mais alta autoridade civil do território interes- b) dispensa de professores e alunos de escola primária
sado a responsabilidade por qualquer decisão de recor- e de funcionários da administração pública, em todos os
rer a trabalho forçado ou obrigatório. seus níveis;
2. Essa autoridade poderá, entretanto, delegar compe- c) manutenção, em cada comunidade, do número de ho-
tência ás mais altas autoridades locais para exigir traba- mens adultos fisicamente aptos indispensáveis á vida
lho forçado ou obrigatório que não implique o afastamen- familiar e social;
to dos trabalhadores do local de sua residência habitual. d) respeito aos vínculos conjugais e familiares.
Essa autoridade poderá também delegar competência 2. Para os efeitos a alínea “c” do parágrafo anterior, as
ás mais altas autoridades locais, por períodos e nas con- normas prescritas no Artigo 23 desta Convenção fixarão
dições estabelecidas no Artigo 23 desta Convenção, para a proporção de indivíduos fisicamente aptos da popula-
exigir trabalho forçado ou obrigatório que implique o afas- ção masculina adulta que pode ser convocada, em qual-
tamento do trabalhador do local de sua quer tempo, para trabalho forçado ou obrigatório, desde
residência habitual, a fim de facilitar a movimentação de que essa proporção, em nenhuma hipótese, ultrapasse
funcionários da administração, em serviço, e transportar vinte e cinco por cento. Ao fixar essa proporção, a autori-
provisões do Governo. dade competente levará em conta a densidade da popu-
Artigo 9º lação, seu desenvolvimento social e físico, a época do
Ressalvado o disposto no Artigo 10º desta Convenção, ano e o trabalho a ser executado na localidade pelas
toda autoridade competente para exigir trabalho forçado pessoas concernentes, no seu próprio
ou obrigatório, antes de se decidir pelo recurso a essa interesse, e, de um modo geral, levará em consideração
medida, assegurar-se-á de que: as necessidades econômicas e sociais da vida da cole-
a) o trabalho a ser feito ou o serviço a ser prestado é de tividade envolvida.
interesse real e direto da comunidade convocada para Artigo 12
executá-lo ou prestá-lo; 1. O período máximo, durante o qual uma pessoa pode
b) o trabalho ou serviço é de necessidade real ou premente; ser submetida a trabalho forçado ou obrigatório de qual-
c) foi impossível conseguir mão-de-obra voluntária para quer espécie, não ultrapassará 60 dias por período de
a execução do trabalho ou para a prestação do serviço doze meses, incluídos nesses dias o tempo gasto, de
com o oferecimento de níveis salariais e condições de ida e volta, em seus deslocamentos para a execução do
trabalho não inferiores aos predominantes na área inte- trabalho.
ressada para trabalho ou serviço semelhante; 2. Toda pessoa submetida a trabalho forçado ou obriga-
d) o trabalho ou serviço não representará um fardo exces- tório receberá certidão que indique os períodos do traba-
sivo para a população atual, levando-se em considera- lho que tiver executado.
ção a mão-de-obra disponível e sua capacidade para se Artigo 13
desincumbir da tarefa. 1. O horário normal de trabalho de toda pessoa submeti-
Artigo 10º da a trabalho forçado ou obrigatório será o mesmo adota-
1. Será progressivamente abolido o trabalho forçado ou do para trabalho voluntário, e as horas trabalhadas além
obrigatório exigido a título de imposto, a que recorre a auto- do período normal serão remuneradas na mesma base
ridade administrativa para execução de obras públicas. das horas de trabalho voluntário.
2. Entrementes, onde o trabalho forçado ou obrigatório for 2. Será concedido um dia de repouso semanal a toda
reclamado a título de imposto ou exigido por autoridades pessoa submetida a qualquer forma de trabalho forçado
administrativas para a execução de obras públicas, a au- ou obrigatório, e esse dia coincidirá, tanto quanto possí-
toridade interessada assegurar-se-á primeiramente que: vel, com o dias consagrados pela tradição ou costume
a) o trabalho a ser feito ou o serviço a ser prestado é de nos territórios ou regiões concernentes.
interesse real e direto da comunidade convocada para Artigo 14
executá-lo ou prestá-lo; 1. Com a exceção do trabalho forçado ou obrigatório a
b) o trabalho ou serviço é de necessidade real ou pre- que se refere o Artigo 10º desta Convenção, o trabalho
mente; forçado ou obrigatório, em todas as suas formas, será
Central de Concursos / Degrau Cultural Complemento para Auditor Fiscal do Trabalho - 9

remunerado em espécie, em base não-inferior á que pre- balho por longos períodos, a autoridade competente as-
valece para espécies similares de trabalho na região onde segurar-se-á de que:
a mão-de-obra é empregada ou na região onde é recruta- a) sejam tomadas todas as medidas necessárias para
da, prevalecendo a que for maior. proteger a saúde dos trabalhadores e lhes garantir as-
2. No caso de trabalho imposto por dirigentes no exercí- sistência médica indispensável e, especialmente:
cio de suas funções administrativas, o pagamento de I - sejam os trabalhadores submetidos a exame médico
salários, nas condições estabelecidas no parágrafo an- antes de começar o trabalho e a intervalos determinados
terior, será efetuado o mais breve possível. durante o período de serviço; II - haja serviço médico ade-
3. Os salários serão pagos a cada trabalhador, individu- quado, ambulatórios, enfermeiras, hospitais e material
almente, é não ao chefe de seu grupo ou a qualquer outra necessário para fazer face a todas as necessidades, e III
autoridade. - sejam satisfatórias as condições de higiene dos locais
4. Os dias de viagem, de ida e volta, para a execução do de trabalho, o suprimento de água potável, de alimentos,
trabalho, serão computados como dias trabalhados para combustível, e dos utensílios de cozinha e, se necessá-
efeito do pagamento de salários. rio, de alojamento e roupas;
5. Nada neste Artigo impedirá o fornecimento de refei- b) sejam tomadas medidas adequadas para assegurar
ções regulares como parte do salário; essas refeições a subsistência das famílias dos trabalhadores, em espe-
serão no mínimo equivalentes em valor ao que cial facilitando a remessa, com segurança, de parte do
corresponderia ao seu pagamento em espécie, mas ne- salário para a família, a pedido ou com o consentimento
nhuma dedução do salário será feita para pagamento de dos trabalhadores;
impostos ou de refeições extras, vestuários ou alojamen- c) corram por conta e responsabilidade da administração
to especiais proporcionados ao trabalhador para mantê- os trajetos de ida e volta dos
lo em condições adequadas a execução do trabalho nas trabalhadores, para execução do trabalho, facilitando a
condições especiais de algum emprego, ou pelo forneci- realização desses trajetos com a plena utilização de to-
mento de ferramentas. dos os meios de transportes disponíveis;
Artigo 15 d) corra por conta da administração o repatriamento do
1. Toda legislação ou regulamento referente a trabalhador no caso de enfermidade ou acidente que
indemnização por acidente ou doença resultante do em- acarrete sua incapacidade temporária para o trabalho;
prego do trabalhador e toda legislação ou regulamento e) seja permitido a todo o trabalhador, que assim o dese-
que prevejam indemnizações para os dependentes de jar, permanecer como trabalhador voluntário no final do
trabalhadores falecidos ou inválidos, que estejam ou es- período de trabalho forçado ou obrigatório, sem perda do
tarão em vigor no território interessado serão igualmente direito ao repatriamento gratuito num período de dois anos.
aplicáveis ás pessoas submetidas a trabalho forçado ou Artigo 18
obrigatório e a trabalhadores voluntários. 1. O trabalho forçado ou obrigatório no transporte de pes-
2. Incumbirá, em qualquer circunstância, a toda autori- soas ou mercadorias, tal como o de carregadores e bar-
dade empregadora de trabalhador em trabalho forçado queiros, deverá ser suprimido o quanto antes possível e,
ou obrigatório, lhe assegurar a subsistência se, por aci- até que seja suprimido, as autoridades competentes de-
dente ou doenças resultante de seu emprego, tomar-se verão expedir regulamentos que determinem, entre ou-
total ou parcialmente incapaz de prover suas necessi- tras medidas, as seguintes:
dades, e tomar providências para assegurar a manu- a) que somente seja utilizado para facilitar a movimenta-
tenção de todas as pessoas efetivamente dependentes ção de funcionários da administração em serviço ou para
desse trabalhador no caso de morte ou invalidez resul- o transporte de provisões do Governo ou, em caso de
tante do trabalho. urgente necessidade, o transporte de outras pessoas
Artigo 16 além de funcionários;
l. As pessoas submetidas a trabalho forçado ou obrigató- b) que os trabalhadores assim empregados tenham ates-
rio não serão transferidas, salvo em caso de real neces- tado médico de aptidão física, onde houver serviço médi-
sidade, para regiões onde a alimentação e o clima forem co disponível, e onde não houver, o empregador seja con-
tão diferentes daqueles a que estão acostumadas a que siderado responsável pelo atestado de aptidão física do
possam por em risco sua saúde. trabalhador e de que não sofre de qualquer doença
2. Em nenhum caso será permitida a transferência des- infectocontagiosa;
ses trabalhadores antes de se poder aplicar rigorosa- c) a carga máxima que pode ser transportada por esses
mente todas as medidas de higiene e de habitação ne- trabalhadores;
cessárias para adaptá-los às novas condições e prote- d) o percurso máximo a ser feito por esses trabalhadores
ger sua saúde. a partir do local de sua residência;
3. Quando for inevitável a transferência, serão adotadas e) o número máximo de dias por mês ou por qualquer outro
medidas que assegurem a adaptação progressiva dos período durante os quais esses trabalhadores podem ser
trabalhadores ás novas condições de alimentação e de utilizados, incluídos os dias de viagem de regresso;
clima, sob competente orientação médica. f) as pessoas autorizadas a recorrer a essa forma de
4. No caso de serem os trabalhadores obrigados a exe- trabalho forçado ou obrigatório, e os limites da faculdade
cutar trabalho regular com o qual não estão acostuma- de exigi-lo.
dos, medidas serão tomadas para assegurar sua adap- 2. Ao fixar os limites máximos mencionados nas alíneas
tação a essa espécie de trabalho, em particular no tocan- “c”, “d” e “e” do parágrafo anterior, a autoridade competente
te a treinamento progressivo, ás horas de trabalho, aos terá em conta todos os fatores pertinentes, notadamente o
intervalos de repouso e á melhoria ou ao aumento da desenvolvimento físico da população na qual são recruta-
dieta que possa ser necessário. dos os trabalhadores, a natureza da região através da qual
Artigo 17 viajarão e as condições climáticas.
Antes de autorizar o recurso a trabalho forçado ou obriga- 3. A autoridade competente providenciará ainda para que
tório em obras de construção ou de manutenção que im- o trajeto diário normal desses trabalhadores não exceda
pliquem a permanência do trabalhador nos locais de tra- distância correspondente á duração média de um dia de
10 - Complemento para Auditor Fiscal do Trabalho Central de Concursos / Degrau Cultural

trabalho de oito horas, ficando entendido que serão leva- dade, na medida em que tem o direito de aceitar obriga-
das em consideração não só a carga a ser transportada ções referentes a questões de jurisdição interna. Se, to-
e a distância a ser percorrida, mas também as condições davia, o País-membro quiser valer-se das disposições
da estrada, a época do ano os outros fatores pertinentes, do Artigo 35 da Constituição da Organização Internacio-
e, se exigidas horas extras além de um trajeto diário nor- nal do Trabalho, acrescerá á sua ratificação declaração
mal, essas horas serão remuneradas em base superior que indique:
á das horas normais. a) os territórios nos quais pretende aplicar, sem modifi-
Artigo 19 cações, as disposições desta Convenção;
1. A autoridade competente só autorizará o cultivo obriga- b) os territórios nos quais pretende aplicar, com modifica-
tório como precaução contra a fome ou a escassez de ções, as disposições desta Convenção, juntamente com
alimentos e sempre sob a condição de que o alimento ou o detalhamento das ditas modificações;
a produção permanecerá propriedade dos indivíduos ou c) os territórios a respeito dos quais pospõe sua decisão.
da comunidade que os produziu. 2. A dita declaração será considerada parte integrante da
2. Nada neste artigo será interpretado como derrogatório ratificação e terá os mesmos efeitos.
da obrigação de membros de uma comunidade, onde a É facultado a todo País-membro cancelar, no todo ou em
produção é organizada em base comunitária, por força parte, por declaração subseqüente, quaisquer ressalvas
da lei ou costume, e onde a produção ou qualquer resul- feitas em sua declaração anterior, nos termos das dispo-
tado de sua venda permanece da comunidade, de execu- sições das alíneas “a” e “c” deste Artigo.
tar o trabalho exigido pela comunidade por força de lei ou Artigo 27 - As ratificações formais desta Convenção serão
costume. comunicadas, para registro, ao Diretor Geral do Secreta-
Artigo 20 - Leis de sanções coletivas, segundo as quais riado da Organização Internacional do Trabalho.
uma comunidade pode ser punida por crimes cometidos Artigo 28
por qualquer de seus membros, não conterão disposi- 1. Esta Convenção obrigará unicamente os Países-mem-
ções de trabalho forçado ou obrigatório pela comunidade bros da Organização Internacional do Trabalho cujas rati-
como um dos meios de punição. ficações tiverem sido registradas no Secretariado da Or-
Artigo 21 - O trabalho forçado ou obrigatório não será ganização Internacional do Trabalho.
utilizado para trabalho subterrâneo em minas. 2. Esta Convenção entrará em vigor doze meses após a
Artigo 22 - Os relatórios anuais que os Países-membros data do registro pelo Diretor Geral das ratificações dos
que ratificam esta Convenção se comprometem a apre- Países-membros.
sentar ao Secretariado da Organização Internacional do 3. A partir de então, esta Convenção entrará em vigor,
Trabalho, sobre as medidas por eles tomadas para apli- para todo País-membro, doze meses após a data do re-
car as disposições desta Convenção, conterão as infor- gistro de sua ratificação.
mações mais detalhadas possíveis com referência a Artigo 29
cada território envolvido, sobre a incidência de recurso a 1. O Diretor Geral do Secretariado da Organização Inter-
trabalho forçado ou obrigatório nesse território; os fins nacional do Trabalho notificará todos os Países-mem-
para os quais foi empregado; os índices de doenças e de bros da Organização, tão logo tenham sido registradas
mortalidade; horas de trabalho; sistemas de pagamento as ratificações de dois Paísesmembros junto ao Secre-
dos salários e suas bases, e quaisquer outras informa- tariado da Organização Internacional do Trabalho. Do
ções pertinentes. mesmo modo lhes dará ciência do registro de ratifica-
Artigo 23 ções que possam ser comunicadas subseqüentemente
1. Para fazer vigorar as disposições desta Convenção, a por outros Paísesmembros da Organização.
autoridade competente baixará regulamentação 2. Ao notificar os Países-membros da Organização do
abrangente e precisa para disciplinar o emprego do tra- registro da segunda ratificação que lhe tiver sido
balho forçado ou obrigatório. comunicada, o Diretor Geral lhes chamará a atenção para
2. Esta regulamentação conterá, inter alia, normas que a data na qual esta Convenção entrará em vigor.
permitam a toda pessoa submetida a trabalho forçado ou Artigo 30
obrigatório apresentar ás autoridades reclamações rela- 1. O País-membro que ratificar esta Convenção poderá
tivas ás suas condições de trabalho e lhe dêem a garan- denunciá-la ao final de um período de dez anos, a contar
tia de que serão examinadas e levadas em consideração. da data de sua entrada em vigor, mediante comunicação
Artigo 24 - Medidas apropriadas serão tomadas, em to- ao Diretor Geral do Secretariado da Organização Interna-
dos os casos, para assegurar a rigorosa aplicação dos cional do Trabalho, para registro. A denúncia não terá
regulamentos concernentes ao emprego de trabalho for- efeito antes de se completar um ano a contar da data de
çado ou obrigatório, seja pela extensão ao trabalho força- seu registro.
do ou obrigatório das atribuições de algum organismo de 2. Todo País-membro que ratificar esta Convenção e que,
inspeção já existente para a fiscalização do trabalho vo- no prazo de um ano após expirado o período de dez anos
luntário, seja por qualquer outro sistema adequado. Ou- referido no parágrafo anterior, não tiver exercido o direito
tras medidas serão igualmente tomadas no sentido de de denúncia provido neste Artigo, ficará obrigado a um
que esses regulamentos sejam do conhecimento das novo período de dez anos e, daí em diante, poderá de-
pessoas submetidas a trabalho forçado ou obrigatório. nunciar esta Convenção ao final de cada período de dez
Artigo 25 - A imposição ilegal de trabalho forçado ou obri- anos, nos termos deste Artigo.
gatório será passível de sanções penais e todo País- Artigo 31 - O Conselho de Administração do Secretariado
membro que ratificar esta Convenção terá a obrigação de da Organização Internacional do Trabalho apresentará á
assegurar que as sanções impostas por lei sejam real- Conferência Geral, quando considerar necessário, rela-
mente adequadas e rigorosamente cumpridas. tório sobre o desempenho desta Convenção e examina-
Artigo 26 - Todo País-membro da Organização Internaci- rá a conveniência de incluir na ordem do dia da Conferên-
onal do Trabalho que ratificar esta Convenção compro- cia a questão de sua revisão total ou parcial.
mete-se a aplicá-la nos territórios submetidos á sua so- Artigo 32
berania, jurisdição, proteção, suserania, tutela ou autori- No caso de adotar a Conferência uma nova convenção
Central de Concursos / Degrau Cultural Complemento para Auditor Fiscal do Trabalho - 11

que reveja total ou parcialmente esta Convenção, a ratifi- crianças e dos adolescentes e a outras matérias conexas,
cação por um País-membro da nova convenção revista na medida em que os inspetores são encarregados de
implicará, ipso jure, a denúncia desta Convenção sem assegurar a aplicação das ditas disposições; b) de for-
qualquer exigência de prazo, a partir do momento em que necer informações e conselhos técnicos aos emprega-
entrar em vigor a nova Convenção revista, não obstante o dores e trabalhadores sobre os meios mais eficazes de
disposto no Artigo 30. observar as disposições legais;
2. A partir da data da entrada em vigor da convenção revis- c) de levar ao conhecimento da autoridade competen-
ta, esta Convenção deixará de estar sujeita a ratificação te as deficiências ou os abusos que não estão espe-
pelos Países-membros. cificamente compreendidos nas disposições legais
3. Esta Convenção continuará, entretanto, em vigor, na existentes.
sua forma e conteúdo atuais, para os Países-mem- 2. Se forem confiadas outras funções aos inspetores
bros que a ratificaram, mas não ratificarem a Conven- de trabalho, estas não deverão ser obstáculo ao exer-
ção revista. cício de suas funções principais, nem prejudicar de
Artigo 33 - As versões em inglês e francês do texto desta qualquer maneira a autoridade ou a imparcialidade
Convenção são igualmente oficiais. necessárias aos inspetores nas suas relações com
os empregadores.
CONVENÇÃO (81) Art. 4º
1. Tanto quanto isso for compatível com a prática ad-
INSPEÇÃO DO TRABALHO ministrativa do Membro, a inspeção do trabalho será
NA INDÚSTRIA E NO COMÉRCIO submetida à vigilância e ao controle de uma autorida-
de central.
Concernente à Inspeção do Trabalho na Indústria e no 2. Se tratar de Estado federativo, o termo “autoridade cen-
Comércio. tral” poderá designar, seja autoridade federal, seja autori-
Aprovada pelo Decreto Legislativo n.º 24, de 29 de maio dade central de uma entidade federada.
de 1956. Art. 5º - A autoridade competente deverá tomar medidas
Depósito de ratificação em 25 de abril de 1957. apropriadas para favorecer:
Promulgada pelo Decreto n.º 41.721, de 25 de junho de a) a cooperação efetiva entre os serviços de inspeção, de
1957. (DOU de 28/06/57) uma parte, e outros serviços governamentais e as insti-
Denunciada através do Decreto n.º 68.796, de 23/06/71. tuições públicas e privadas que exercem atividades aná-
Revigorada através do Decreto n.º 95.461, de 11/12/87. logas de outra parte;
(DOU de 14/12/87) b) a colaboração entre os funcionários da inspeção do
A Conferência Geral da Organização Internacional do trabalho e os empregadores e os trabalhadores ou suas
Trabalho. organizações.
Convocada em Genebra pelo Conselho de Administração Art. 6º - O pessoal da inspeção será composto de funcio-
da Repartição Internacional do Trabalho e aí se tendo reu- nários públicos cujo estatuto e condições de serviço lhes
nido em 19 de junho de 1947, em sua trigésima sessão, assegurem a estabilidade nos seus empregos e os tor-
Depois de adotar diversas disposições relativas à inspe- nem independentes de qualquer mudança de governo
ção do trabalho na indústria e no comércio, questão que ou de qualquer influência externa indevida.
constitui o quarto ponto na ordem do dia da sessão, Art. 7º - 1. Ressalvadas as condições às quais a legislação
Depois de decidir que essas proposições tomariam a nacional submeta o recrutamento dos membros dos servi-
forma de uma convenção internacional, adota, neste dé- ços públicos, os inspetores do trabalho serão recrutados
cimo primeiro dia de julho de mil novecentos e quarenta e unicamente sobre a base das aptidões para as funções.
sete, a convenção presente, que será denominada Con- 2. Os meios de verificar essas aptidões serão determina-
venção sobre a Inspeção do Trabalho de 1947. dos pela autoridade competente.
3. Os inspetores de trabalho deverão receber formação
I PARTE apropriada, para o exercício de suas funções.
Inspeção do Trabalho na Indústria Art. 8º - Tanto as mulheres quanto os homens poderão
Art. 1º - Cada Membro da Organização Internacional do ser nomeados Membros do pessoal do serviço de inspe-
Trabalho, para o qual a presente Convenção está em ção; se houver necessidade, poderão ser atribuídas tare-
vigor, deve ter um sistema de inspeção de trabalho nos fas especiais aos inspetores e inspetoras.
estabelecimentos industriais. Art. 9º - Cada Membro tomará as medidas necessárias
Art. 2º para assegurar a colaboração de especialistas e técni-
1. O sistema de inspeção de trabalho nos estabeleci- cos devidamente qualificados, técnicos em medicina, em
mentos industriais se aplicará a todos os estabelecimen- mecânica, eletricidade e química para o funcionamento
tos para os quais os inspetores de trabalho estão encar- da inspeção segundo os métodos julgados mais apro-
regados de assegurar a aplicação das disposições le- priados às condições nacionais, a fim de assegurar a
gais relativas às condições de trabalho e à proteção dos aplicação das disposições legais relativas à higiene e à
trabalhadores no exercício da profissão. segurança dos trabalhadores no exercício de suas pro-
2. A legislação nacional poderá isentar as empresas mi- fissões, e de se informar dos processos empregados,
nerais e de transporte, ou parte dessas empresas, da do material usado e dos métodos de trabalho, sobre a
aplicação da presente Convenção. higiene e a segurança dos trabalhadores.
Art. 3º - 1. O sistema de inspeção de trabalho será encar- Art. 10 - O número de inspetores de trabalho será o sufi-
regado: ciente para permitir o exercício eficaz das funções de ser-
a) de assegurar a aplicação das disposições legais rela- viço de inspeção e será fixado tendo-se em conta:
tivas às condições de trabalho e à proteção dos trabalha- a) a importância das tarefas que os inspetores terão de
dores no exercício de sua profissão, tais como as dispo- executar, notadamente:
sições relativas à duração do trabalho, aos salários, à I - o número, a natureza, a importância e a situação dos
segurança, à higiene e ao bem-estar, ao emprego das estabelecimentos sujeitos ao controle da inspeção;
12 - Complemento para Auditor Fiscal do Trabalho Central de Concursos / Degrau Cultural

II - o número e a diversidade das categorias de trabalha- rança dos trabalhadores.


dores ocupados nesses estabelecimentos; 3. Se o procedimento fixado no parágrafo 2º não for compa-
III - o número e a complexidade das disposições legais tível com a prática administrativa e judiciária do Membro,
cuja aplicação deve ser assegurada; os inspetores terão o direito de dirigir-se à autoridade com-
b) os meios materiais de execução postos à disposição petente para que ela formule prescrições ou faça tomar
dos inspetores; medidas de efeito executório imediato.
c) as condições práticas nas quais as visitas de inspe- Art. 14 - A inspeção do trabalho deverá se informada dos
ção deverão efetuar-se para ser eficazes. acidentes de trabalho e dos casos de enfermidade pro-
Art. 11 - 1. A autoridade competente tomará as medidas fissional, nos casos e da maneira determinados pela
necessárias no sentido de fornecer aos inspetores de legislação nacional
trabalho: Art. 15 - Ressalvadas as exceções que a legislação naci-
a) escritórios locais e organizados de maneira apropria- onal possa prever, os inspetores de trabalho:
da às necessidades do serviço e acessíveis a todos os a) não terão direito a qualquer interesse direto ou indireto
interessados; nas empresas submetidas a seu controle;
b) facilidades de transporte necessário ao exercício de b) serão obrigados, sob sanção penal ou de medidas
suas funções quando não existirem facilidade de trans- disciplinares apropriadas, a não revelar, mesmo depois
porte público apropriado. de terem deixado o serviço, os segredos de fabricação ou
2. A autoridade competente tomará as medidas neces- de comércio ou os processos de exploração de que pos-
sárias no sentido de indenizar os inspetores de trabalho sam ter conhecimento no exercício de suas funções;
de todos os gastos de locomoção e todas as despesas c) deverão tomar como absolutamente confidencial a fon-
acessórias necessárias ao exercício de suas funções. te de queixas que lhes tragam ao conhecimento um de-
Art. 12 feito de inspeção ou uma infração às disposições legais
1. Os inspetores do trabalho munidos de credenciais e deverão abster-se de revelar ao empregador ou a sua
serão autorizados: representante que sua visita de inspeção resultou de al-
a) a penetrar livremente e sem aviso prévio, a qualquer guma queixa.
hora do dia ou da noite, em qualquer estabelecimento Art. 16 - Os estabelecimentos deverão ser inspecionados
submetido à inspeção; com a freqüência e o cuidado necessários a assegurar a
b) a penetrar durante o dia em todos os locais que eles aplicação efetiva das disposições legais em questão.
possam ter motivo razoável para supor estarem sujeitos Art. 17
ao controle de inspeção; 1. As pessoas que violarem ou negligenciarem a obser-
c) a proceder a todos os exames, controles e inquéritos vância das disposições legais, de cuja execução estão
julgados necessários para assegurar que as disposi- incumbidos os inspetores de trabalho, serão passíveis
ções legais são efetivamente observadas, e notadamente: de perseguições legais imediatas sem aviso prévio. En-
I - a interrogar, seja só ou em presença de testemunhas, o tretanto, a legislação nacional poderá prever exceções
empregador ou o pessoal do estabelecimento sobre quais- nos casos em que uma advertência deva ser feita a fim
quer matérias relativas à aplicação das disposições legais; de remediar a situação ou de se tomarem medidas pre-
II - a pedir vistas de todos os livros, registro e documentos ventivas.
prescritos pela legislação relativa às condições de traba- 2. Os inspetores de trabalho terão a liberdade de fazer
lho, com o fim de verificar sua conformidade com os dispo- advertências ou de conselhos, em vez de intentar ou re-
sitivos legais, de os copiar ou extrair dados; comendar ações.
III - a exigir a afixação dos avisos previstos pelas disposi- Art. 18 - Sanções apropriadas por violação dos dispositi-
ções legais; vos legais cuja aplicação está submetida ao controle dos
IV - a retirar ou levar, para fim de análise, amostras de inspetores de trabalho e por obstrução feita aos inspeto-
materiais e substâncias utilizadas ou manipuladas, res de trabalho no exercício de suas funções serão pre-
contanto que o empregador ou seu representante seja vistas pela legislação nacional e efetivamente aplicadas.
advertido de que os materiais ou substâncias foram reti- Art. 19
radas ou levadas para esse fim. 1. Os inspetores de trabalho ou os escritórios de inspe-
2. Por ocasião de uma visita de inspeção, o inspetor de- ção locais, segundo o caso, serão obrigados a submeter
verá informar o empregador ou seu representante de usa à autoridade central de inspeção relatórios periódicos de
presença, a menos que julgue que tal aviso pode ser caráter geral sobre os resultados de suas atividades.
prejudicial à eficiência da fiscalização. 2. Esses relatórios serão feitos segundo a maneira pres-
Art. 13 crita pela autoridade central e tratarão os assuntos indi-
1. Os inspetores de trabalho serão autorizados a provi- cados de tempo em tempo pela autoridade central; eles
denciar medidas destinadas a eliminar defeitos encon- deverão ser apresentados tão freqüentemente quanto o
trados em uma instalação, uma organização ou em mé- prescreve a autoridade central, e, em qualquer hipótese,
todos de trabalho que eles tenham motivos razoáveis para pelo menos uma vez por ano.
considerar como ameaça à saúde ou à segurança dos Art. 20
trabalhadores. 1. A autoridade central de inspeção publicará um relatório
2. A fim de estarem aptos a provocar essas medidas, os anual de caráter geral sobre os trabalho de inspeção sub-
inspetores terão o direito, ressalvado qualquer recurso metidos a seu controle.
judiciário ou administrativo que possa prever a legisla- 2. Esses relatórios serão publicados dentro de um prazo
ção nacional, de ordenar ou de fazer ordenar: razoável que em nenhum caso exceda de doze meses, a
a) que sejam feitas nas instalações, dentro de um prazo partir do fim do ano ao qual eles se referem.
fixo, as modificações necessárias a assegurar a aplica- 3. Cópias dos relatórios anuais serão enviadas ao Diretor-
ção estrita das disposições legais concernentes à saúde Geral da Repartição Internacional do Trabalho dentro de
e segurança dos trabalhadores; um prazo razoável depois de seu aparecimento, mas, em
b) que sejam tomadas imediatamente medidas executi- qualquer caso, num prazo que não exceda de três meses.
vas no caso de perigo iminente para a saúde e a segu- Art. 21 - O relatório anual publicado pela autoridade cen-
Central de Concursos / Degrau Cultural Complemento para Auditor Fiscal do Trabalho - 13

tral de inspeção deverá tratar dos seguintes assuntos: ção ou do estado de seu desenvolvimento, a autoridade
a) as leis e regulamentos importantes para o serviço de competente considera impraticáveis os dispositivos da
inspeção do trabalho; presente Convenção, ela pode isentar as ditas regiões
b) pessoal do serviço de inspeção do trabalho; da aplicação da Convenção, seja de um modo geral, seja
c) estatísticas dos estabelecimentos submetidos à ins- com exceções que ela julgue apropriadas em relação a
peção e número dos trabalhadores ocupados nesses certos estabelecimentos ou certos trabalhos.
estabelecimentos; 2. Todo Membro deve indicar, no seu primeiro relatório
d) estatísticas das visitas de inspeção; anual sobre a aplicação da presente Convenção, que
e) estatísticas das infrações cometidas e das sanções será apresentada em virtude do artigo 22 da Constitui-
impostas; ção da Organização Internacional do Trabalho, todas as
f) estatísticas dos acidentes de trabalho; regiões nas quais se propõe a recorrer às disposições
g) estatísticas das enfermidades profissionais; do presente artigo e deve dar as razões por que se pro-
assim como sobre qualquer ponto referente a esses as- põe recorrer a elas. Posteriormente, nenhum membro
suntos, na medida em que esteja sob o controle da refe- poderá recorrer às disposições do presente artigo, salvo
rida autoridade central. no que concerne às regiões que houver assim indicado.
3. Todo Membro, que recorrer às disposições do presen-
II PARTE te artigo, deverá indicar nos seus relatórios anuais ulteri-
Inspeção do Trabalho no Comércio ores as regiões para as quais ele renuncia o direito de
Art. 22 - Cada Membro da Organização Internacional do recorrer às ditas disposições.
Trabalho para o qual esta parte da presente Convenção Art. 30
está em vigor deve possuir um sistema de inspeção de 1. No que concerne aos territórios mencionados no artigo
trabalho nos seus estabelecimentos comerciais. 35 da Constituição da Organização Internacional do Tra-
Art. 23 - O sistema de inspeção de trabalho nos estabe- balho tal qual foi emendada pelo instrumento de emenda
lecimentos comerciais se aplica aos estabelecimentos a Constituição da Organização Internacional do trabalho
nos quais os inspetores de trabalho estão encarregados de 1946, com exclusão dos territórios citados nos pará-
de assegurar a aplicações dos dispositivos legais relati- grafos 4º e 5º do dito artigo assim emendado, todo Mem-
vos às condições de trabalho e a proteção dos trabalha- bro da Organização que ratificar a presente convenção
dores no exercício de sua profissão. deverá comunicar ao Diretor-Geral da Repartição Interna-
Art. 24 - O sistema de inspeção de trabalho nos estabe- cional do Trabalho, no mais breve prazo possível depois
lecimentos comerciais deverá satisfazer às disposições de sua ratificação, uma declaração esclarecendo:
dos artigos 3º a 21 da presente Convenção, na medida a) os territórios nos quais ele se compromete a aplicar,
em que forem aplicados. sem modificação, as disposições da convenção;
b) os territórios nos quais ele se compromete a aplicar as
III PARTE disposições da Convenção com modificações, e em que
Medidas Diversas consistem as ditas modificações;
Art. 25 c) os territórios aos quais a convenção é inaplicável e,
1. Todo Membro da Organização Internacional do Traba- nesse caso, as razões pelas quais ela é inaplicável;
lho que ratifica a presente Convenção pode, em declara- d) os territórios para os quais ele reserva sua decisão.
ção anexa a sua ratificação, excluir a II Parte de sua acei- 2. Os compromissos mencionados nas alíneas “a” e “b”
tação da Convenção. do parágrafo primeiro do presente artigo serão reputados
2. Todo Membro que tiver feito tal declaração pode anulá- partes integrantes da ratificação e terão idênticos efeitos.
la em qualquer tempo com declaração ulterior. 3. Todo Membro poderá renunciar, em nova declaração,
3. Todo Membro, para o qual está em vigor uma declara- no todo ou em parte, às reservas contidas na sua decla-
ção feita de conformidade com o parágrafo 1º do presen- ração anterior em virtude das alíneas “b”, “c” e “d” do pará-
te artigo, indicará cada ano, no seu relatório anual sobre grafo 1º do presente artigo.
a aplicação da presente Convenção, o teor de sua legis- 4. Todo Membro poderá, durante os períodos em que a
lação e de sua prática no que se refere às disposições da presente Convenção pode ser denunciada de conformi-
Parte II da presente Convenção, esclarecendo até que dade com as disposições do artigo 34, comunicar ao
ponto se puseram ou se pretendem por em prática as Diretor-Geral nova declaração modificando em qualquer
ditas disposições. outro ponto os termos de qualquer declaração anterior e
Art. 26 - No caso em que haja certeza sobre se um esta- esclarecendo a situação dos territórios que especificar.
belecimento, uma parte ou um serviço de um estabeleci- Art. 31
mento estão submetidos à presente Convenção, é a au- 1. Quando as questões tratadas pela presente Conven-
toridade competente que deve decidir a questão. ção entram no quadro da competência própria das auto-
Art. 27 - Na presente Convenção a expressão “disposi- ridades de um território não metropolitano, o Membro res-
ções legais” compreende, além da legislação, as sen- ponsável pelas relações internacionais desse território,
tenças arbitrais e os contratos coletivos que têm foça de em acordo com seu próprio governo, poderá comunicar
lei, e cuja aplicação os inspetores de trabalho estão en- ao Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho
carregados de assegurar. uma declaração de aceitação, em nome desse território,
Art. 28 - Informações detalhadas concernentes a qual- das obrigações da presente Convenção.
quer legislação nacional que ponha em vigor as dispo- 2. Uma declaração de aceitação das obrigações da pre-
sições da presente Convenção deverão ser incluídas sente Convenção pode ser comunicada ao Diretor-Geral
nos relatórios anuais que devem ser apresentados con- da Repartição Internacional do Trabalho:
forme o artigo 22 da Constituição da Organização Inter- a) por dois ou mais Membro da Organização para um
nacional do Trabalho. território colocado sob sua autoridade conjunta;
Art. 29 b) por qualquer autoridade internacional responsável pela
1. Quando o território de um Membro compreende vastas administração de um território em virtude das disposições
regiões onde, em razão da pouca densidade da popula- da Carta das Nações Unidas ou de qualquer outra dispo-
14 - Complemento para Auditor Fiscal do Trabalho Central de Concursos / Degrau Cultural

sição em vigor, com respeito a esse território. lho de Administração da Repartição Internacional do Tra-
3. As declarações comunicada ao Diretor-Geral do Bureau balho deverá apresentar à Conferência geral um relatório
Internacional do Trabalho, de conformidade com as dis- sobre a aplicação da presente Convenção a decidirá da
posições dos parágrafos precedentes do presente arti- oportunidade de inscrever na ordem do dia da Conferên-
go, devem indicar se as disposições da Convenção se- cia a questão da sua revisão total ou parcial.
rão aplicadas no território com ou sem modificações; Art. 38
quando a declaração indica que as disposições da Con- 1. No caso em que a Conferência adote uma nova Conven-
venção se aplicam sob reserva de modificações, ela deve ção de revisão total ou parcial da presente Convenção, e a
especificar em que consistem as ditas modificações. menos que a nova Convenção disponha de outra forma:
4. O Membro ou os Membros ou autoridade internacional a) a ratificação por um Membro da nova Convenção de
interessados poderão renunciar inteiramente ou em par- revisão provocará, de pleno direito, não obstante o artigo
te, em declaração ulterior, ao direito de invocar uma modi- 34 acima, denúncia imediata da presente Convenção, quan-
ficação indicada em declaração anterior. do a nova Convenção de revisão tiver entrado em vigor;
5. O Membro ou os Membro ou autoridade internacional b) a partir da data da entrada em vigor da nova Convenção
interessados poderão, durante os períodos em que a de revisão, a presente Convenção não estará mais aber-
Convenção pode ser denunciada de conformidade com ta à ratificação dos Membros.
as disposições do artigo 34, comunicar ao Diretor-Geral 2. A presente Convenção ficará, em qualquer caso, em
nova declaração modificando em qualquer sentido os ter- vigor em sua forma e teor para os Membro que a tiverem
mos de qualquer declaração anterior e esclarecendo a ratificado e que não ratificarem a Convenção de revisão.
situação no que concerne à aplicação desta Convenção. Art. 39 - As versões em francês e em inglês do texto da
presente Convenção fazem igualmente fé.
IV PARTE O texto precedente é o texto autêntico da Convenção devi-
Art. 32 - As ratificações formais da presente Convenção damente adotada pela Conferência geral da Organização
serão comunicadas ao Diretor-Geral da Repartição Inter- Internacional do Trabalho, em sua trigésima sessão, re-
nacional do Trabalho e por ele registradas. alizada em Genebra e declarada encerrada a 11 de julho
Art. 33 de 1947.
1. A presente Convenção não obriga senão os Membros Em fé do que, apuserem suas assinaturas, neste décimo
da Organização Internacional do trabalho cuja ratificação nono dia de julho de 1957:
tenha sido registrada pelo Diretor-Geral.
2. Ela entrará em vigor doze meses depois que as ratifi- O Presidente da Conferência - Carl Joachim Hambro.
cações de dois Membros tiverem sido registradas pelo O Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho -
Diretor-Geral. Edward Phelan.
3. Em seguida, esta Convenção entrará em vigor para
cada Membro doze meses depois da data em que sua CONVENÇÃO (105)
ratificação for registrada. RELATIVA A ABOLIÇÃO DO TRABALHO FORÇADO*
Art. 34
1. Todo Membro que ratifique a presente Convenção pode A Conferência Geral da Organização Internacional do
denunciá-la no fim de um período de 10 anos depois da Trabalho,
data em que a Convenção entrou em vigor pela primeira Convocada pelo Conselho de Administração do Secreta-
vez, por ato comunicado ao Diretor-Geral da Repartição riado da Organização Internacional do Trabalho e reunida
Internacional do Trabalho e por ele registrado. Essa de- em Genebra, em 5 de junho de 1957, em sua Quadragé-
núncia não terá efeito senão um ano depois de registrada. sima reunião;
2. Todo Membro que, tendo ratificado a presente Conven- Tendo examinado o problema do Trabalho forçado que
ção, dentro do prazo de um ano depois da expiração do constitui a quarta questão da ordem do dia da reunião;
período de 10 anos mencionados no parágrafo prece- Tendo em vista as disposições da Convenção sobre o
dente, não fizer uso da faculdade de denúncia prevista Trabalho Forçado, de 1930;
pelo presente artigo, ficará comprometido por um perío- Tendo verificado que a Convenção sobre a Escravidão,
do de dez anos, e, posteriormente, poderá denunciar a de 1926, dispõe que sejam tomadas todas as medidas
presente Convenção no fim de cada período de dez anos necessárias para evitar que o trabalho forçado ou obriga-
nas condições previstas no presente artigo. tório produza condições análogas á escravidão, e que a
Art. 35 Convenção Suplementar Relativa á Abolição da Escravi-
1. O Diretor-Geral da Repartição Internacional do Traba- dão, do Tráfico de Escravos e de Instituições e Práticas
lho notificará a todos os Membros da Organização Inter- Análogas á Escravidão, de 1956, visa a total abolição do
nacional do Trabalho o registro de todas as ratificações, trabalho forçado e da servidão por dívida;
declarações e denúncias que lhe forem comunicadas Tendo verificado que a Convenção sobre a Proteção do
pelos Membros da Organização. Salário, de 1949, determina que o salário será pago re-
2. Notificando aos Membros da Organização o registro da gularmente e proíbe sistemas de pagamento que privem
segunda ratificação que lhe for comunicada, o Diretor-Ge- o trabalhador da real possibilidade de deixar o emprego;
ral chamará a atenção dos Membros da Organização so- Tendo resolvido adotar outras proposições relativas á
bre a data em que a presente Convenção entrar em vigor. abolição de certas formas de trabalho forçado ou obriga-
Art. 36 - A Repartição Internacional do Trabalho enviará ao tório que constituem uma violação dos direitos humanos
Secretário-Geral das Nações Unidas, para fins de registro, constantes da Carta das Nações Unidas e enunciadas
de conformidade com o artigo 102 da Carta das Nações na Declaração Universal dos Direitos Humanos;
Unidas, informações completas a respeito de todas as Tendo decidido que essas proposições se revistam da
ratificações, declarações e atos de denúncia que tiverem forma de uma convenção internacional, adota, no dia vin-
sido registrados conforme os artigos precedentes. te e cinco de junho de mil novecentos e cinqüenta e sete,
Art. 37 - À expiração de cada período de dez anos, a con- esta Convenção que pode ser citada como a Convenção
tar da entrada em vigor da presente Convenção, o Conse- sobre a Abolição do Trabalho Forçado, de 1957.
Central de Concursos / Degrau Cultural Complemento para Auditor Fiscal do Trabalho - 15

Artigo 1º Artigo 8º
Todo País-membro da Organização Internacional do Tra- O Conselho de Administração do Secretariado da Orga-
balho que ratificar esta Convenção nização Internacional do Trabalho apresentará á Confe-
compromete-se a abolir toda forma de trabalho forçado rência Geral, quando considerar necessário, relatório
ou obrigatório e dele não fazer uso: sobre o desempenho desta Convenção e examinará a
a) como medida de coerção ou de educação política ou conveniência de incluir na pauta da Conferência a ques-
como punição por ter ou expressar opiniões políticas ou tão de sua revisão total ou parcial.
pontos de vista ideologicamente opostos ao sistema po- Artigo 9º
lítico, social e econômico vigente; 1. No caso de adotar a Conferência uma nova convenção
b) como método de mobilização e de utilização da mão- que reveja total ou parcialmente esta Convenção, a me-
de-obra para fins de desenvolvimento econômico; nos que a nova Convenção disponha de outro modo
c) como meio de disciplinar a mão-de-obra; a) a ratificação por um País-membro da nova Convenção
d) como punição por participação em greves; revista implicará, ipso jure, a denúncia imediata desta
e) como medida de discriminação racial, social, nacional Convenção, a partir do momento em que a nova Conven-
ou religiosa. ção revista entrar em vigor, não obstante as disposições
Artigo 2º - Todo País-membro da Organização Internacio- do Artigo 5º;
nal do Trabalho que ratificar esta Convenção comprome- b) a partir da data de entrada em vigor da convenção re-
te-se a adotar medidas para assegurar a imediata e com- vista, esta Convenção deixará de estar sujeita a ratifica-
pleta abolição do trabalho forçado ou obrigatório, confor- ção pelos Países-membros.
me estabelecido no Artigo 1" desta Convenção. 2. Esta Convenção permanecerá, entretanto, em vigor,
* Data de entrada em vigor: 17 de janeiro de 1959. na sua forma e conteúdo atuais, para os Países-mem-
Artigo 3º - As ratificações formais desta Convenção se- bros que a ratificaram, mas não ratificarem a convenção
rão comunicadas, para registro, ao Diretor Geral do Se- revista.
cretariado da Organização Internacional do Trabalho. Artigo 10º
Artigo 4º As versões em inglês e francês do texto desta Convenção
1. Esta Convenção obrigará unicamente os Países-mem- são igualmente oficiais.
bros da Organização Internacional do Trabalho cujas ratifi-
cações tiverem sido registradas pelo Diretor Geral. CONVENÇÃO (111)
2. Esta Convenção entrará em vigor doze meses após a
data de registro, pelo Diretor Geral, das ratificações de
SOBRE A DISCRIMINAÇÃO EM MATÉRIA
dois Países-membros. DE EMPREGO E PROFISSÃO*
3. A partir de então, esta Convenção entrará em vigor para
todo País-membro doze meses após a data do registro A Conferência Geral da Organização Internacional do
de sua ratificação. Trabalho,
Artigo 5º Convocada em Genebra pelo Conselho de Administra-
1. Todo País-membro que ratificar esta Convenção pode- ção do Secretariado da Organização Internacional do
rá denunciá-la ao final de um período de dez anos, a Trabalho e reunida, em 4 de junho de 1958, em sua
contar da data de sua entrada em vigor, mediante comu- Quadragésima Segunda Reunião;
nicação ao Diretor Geral do Secretariado da Organização Tendo decidido adotar diversas proposições relativas à
Internacional do Trabalho, para registro. A denúncia não discriminação em matéria de emprego e profissão, o que
terá efeito antes de se completar um ano a contar da data constitui a quarta questão da ordem do dia da reunião;
de seu registro. Tendo decidido que essas proposições se revistam da
2. Todo País-membro que ratificar esta Convenção e que, forma de uma convenção internacional;
no prazo de um ano após expirado o período de dez anos Considerando que a Declaração de Filadélfia afirma que
referido no parágrafo anterior, não tiver exercido o direito todos os seres humanos, sem distinção de raça, credo
de denúncia provido neste Artigo, ficará obrigado a um ou sexo, têm o direito de buscar tanto o seu bem-estar
novo período de dez anos e, daí em diante, poderá de- material quanto seu desenvolvimento espiritual, em con-
nunciar esta Convenção ao final de cada período de dez dições de liberdade e de dignidade, de segurança eco-
anos, nos termos deste Artigo. nômica e de igual oportunidade;
Artigo 6º Considerando ainda que a discriminação constitui uma
1. O Diretor Geral do Secretariado da Organização Inter- violação dos direitos enunciados na Declaração Univer-
nacional do Trabalho dará ciência a todos os Países- sal dos Direitos Humanos, adota, aos vinte e cinco dias
membros da Organização Internacional do Trabalho do de junho do ano de mil novecentos e cinqüenta e oito,
registro de todas as ratificações e denúncias que lhe esta Convenção que pode ser citada como a Convenção
forem comunicadas pelos Países-membros da Organi- sobre a Discriminação (Emprego e Profissão), de 1958:
zação. Artigo 1º
2. Ao notificar os Países-membros da Organização sobre 1. Para os fins desta Convenção, o termo “discriminação”
o registro de segunda ratificação que lhe tenha sido compreende:
comunicada, o Diretor Geral lhes chamará a atenção para a) toda distinção, exclusão ou preferência, com base em
a data na qual entrará em vigor esta Convenção. raça, cor, sexo, religião, opinião política, nacionalidade ou
Artigo 7º origem social, que tenha por efeito anular ou reduzir a
O Diretor Geral do Secretariado da Organização Internaci- igualdade de oportunidade ou de tratamento no emprego
onal do Trabalho comunicará ao Secretário Geral das ou profissão;
Nações Unidas, para registro, de conformidade como b) qualquer outra distinção, exclusão ou preferência que
Artigo 102 da Carta das Nações Unidas, informações cir- tenha por efeito anular ou reduzir a igualdade de oportuni-
cunstanciadas sobre as ratificações e atos de denúncia dade ou tratamento no emprego ou profissão, conforme
por ele registrados, nos termos do disposto nos artigos pode ser determinado pelo País-membro concernente,
anteriores. após consultar organizações representativas de empre-
16 - Complemento para Auditor Fiscal do Trabalho Central de Concursos / Degrau Cultural

gadores e de trabalhadores, se as houver, e outros orga- Artigo 8 º


nismos adequados. 1. Esta Convenção obriga unicamente os Países-mem-
2. Qualquer distinção, exclusão ou preferência, com base bros da Organização Internacional do Trabalho cujas ratifi-
em qualificações exigidas para um determinado empre- cações tenham sido registradas pelo Diretor Geral.
go, não são consideradas como discriminação. 2. Esta Convenção entrará em vigor doze meses após a
3. Para os fins desta Convenção, as palavras “emprego” data do registro, pelo Diretor Geral, das ratificações de
e “profissão” compreendem o acesso à formação profis- dois Países-membros.
sional, acesso a emprego e a profissões, e termos e 3. A partir de então, esta Convenção entrará em vigor para
condições de emprego. todo País-membro doze meses após a data do registro
Artigo 2º de sua ratificação.
Todo País-membro, no qual vigore esta Convenção, com- Artigo 9 º
promete-se a adotar e seguir uma política nacional desti- 1. Todo País-membro que ratificar esta Convenção pode-
nada a promover, por meios adequados às condições e à rá denunciá-la ao final de um período de dez anos, a
prática nacionais, a igualdade de oportunidade e de trata- contar da data de sua entrada em vigor, mediante comu-
mento em matéria de emprego e profissão, objetivando a nicação ao Diretor Geral do Secretariado da Organização
eliminação de toda discriminação nesse sentido. Internacional do Trabalho, para registro. A denúncia não
Artigo 3º terá efeito antes de se completar um ano a contar da data
Todo País-membro, no qual vigore esta Convenção, com- de seu registro.
promete-se, por meios adequados às condições e à prá- 2. Todo País-membro que ratificar esta Convenção e que,
tica nacionais, a: no prazo de um ano após expirado o período de dez anos
* Data de entrada em vigor: 15 de julho de 1960. referido no parágrafo anterior, não tiver exercido o direito
a) buscara cooperação de organizações de empregado- de denúncia provido neste Artigo, ficará obrigado a um
res e de trabalhadores e de outros organismos novo período de dez anos e, daí em diante, poderá de-
apropriados, para promover a aceitação e observância nunciar esta Convenção ao final de cada período de dez
dessa política; anos, nos termos deste Artigo.
b) promulgar leis e promover programas educacionais Artigo 10º
de natureza que assegurem a aceitação e observância 1. O Diretor Geral do Secretariado da Organização Inter-
dessa política; nacional do Trabalho dará ciência a todos os Países-
c) revogar quaisquer disposições legais e modificar quais- membros da Organização do registro de todas as ratifica-
quer normas ou práticas administrativas incompatíveis ções e denúncias que lhe forem comunicadas pelos Pa-
com essa política; íses-membros da Organização.
d) pôr sob o controle direto de uma autoridade nacional a 2. Ao notificar os Países-membros da Organização sobre
execução dessa política referente a emprego; o registro da segunda ratificação que lhe tiver sido
e) assegurar a observância dessa política nas atividades comunicada, o Diretor Geral lhes chamará a atenção para
de orientação profissional, de formação profissional e de a data em que entrará em vigor a Convenção.
oferta de empregos; Artigo 11
f) indicar, em seus relatórios anuais sobre a aplicação da O Diretor Geral do Secretariado da Organização Internacio-
Convenção, as medidas adotadas na execução da políti- nal do Trabalho comunicará ao Secretário Geral da Orga-
ca e os resultados por elas alcançados. nização das Nações Unidas, para registro, em conformi-
Artigo 4 º dade com o Artigo 102 da Carta das Nações Unidas, infor-
Quaisquer medidas que afetem uma pessoa sobre a qual mações circunstanciadas sobre todas as ratificações e
recaia legítima suspeita de estar se dedicando ou se atos de denúncia por ele registrados, nos termos do dis-
achar envolvida em atividades prejudiciais à segurança posto nos artigos anteriores.
do Estado, não serão consideradas discriminatórias, Artigo 12
contanto que à pessoa envolvida assista o direito de ape- O Conselho de Administração do Secretariado da Orga-
lar para uma instância competente de acordo com a prá- nização Internacional do Trabalho apresentará à Confe-
tica nacional. rência Geral, quando considerar necessário, relatório
Artigo 5º sobre o desempenho desta Convenção e examinará a
1. Não são consideradas discriminatórias medidas es- conveniência de incluir na pauta da Conferência a ques-
peciais de proteção ou de assistência providas em ou- tão de sua revisão total ou parcial.
tras convenções ou recomendações adotadas pela Con- Artigo 13
ferência Internacional do Trabalho. 1. No caso de adotar a Conferência uma nova convenção
2. Todo País-membro pode, mediante consulta a organi- que reveja total ou parcialmente esta Convenção, a me-
zações representativas de empregadores e de trabalha- nos que a nova convenção disponha de outro modo,
dores, se as houver, definir, como não-discriminatórias, a) a ratificação, por um País-membro, da nova convenção
outras medidas especiais destinadas a atender a neces- revista implicará, ipso jure, a denúncia imediata desta
sidades particulares de pessoas que, por motivo de sexo, Convenção, a partir do momento em que entrar em vigor
idade, invalidez, encargos de família ou nível social ou cul- a Convenção revista, não obstante as disposições cons-
tural, necessitem de proteção ou assistência especial. tantes do Artigo 9º;
Artigo 6º b) a partir da datada entrada em vigor da convenção revis-
Todo País-membro que ratifique esta Convenção com- ta, esta Convenção deixará de estar sujeita a ratificação
promete-se a aplicá-la nos territórios nãometropolitanos pelos Países-membros.
de acordo comas disposições da Constituição da Orga- 2. Esta Convenção continuará, entretanto, em vigor, na sua
nização Internacional do Trabalho. forma e conteúdo atuais, para os Países-membros que a
Artigo 7º ratificaram, mas não ratificarem a convenção revista.
As ratificações formais desta Convenção serão Artigo 14
comunicadas, para registro, ao Diretor Geral do Secreta- As versões em inglês e francês do texto desta Convenção
riado da Organização Internacional do Trabalho. são igualmente oficiais.
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CONVENÇÃO (154) b) regular as relações entre empregadores e


SOBRE A PROMOÇÃO DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA* trabalhadores; e/ou
c) regular as relações entre empregadores ou suas
A Conferência Geral da Organização Internacional do organizações e uma organização de trabalhadores
Trabalho, ou organizações de trabalhadores.
Convocada em Genebra pelo Conselho de Administração Artigo 3°
do Secretariado da Organização Internacional do Trabalho 1. Onde a lei ou prática nacional reconhece a existência
e reunida, em 3 de junho de 1981, em sua Sexagésima de representantes de trabalhadores, conforme definido
Sétima Reunião; no Artigo 3º, alínea b), da Convenção sobre
Reafirmando disposição da Declaração de Filadélfia que Representantes de Trabalhadores, de 1971, a lei ou a
reconhece “a solene obrigação da Organização prática nacional pode definir até que ponto será também
Internacional do Trabalho de fomentar entre as nações estendido o termo “negociação coletiva”, para os efeitos
programas que obterão... o efetivo reconhecimento do desta Convenção, a negociações com esses
direito de negociação coletiva”, e considerando que esse representantes.
princípio é “plenamente aplicável aos povos de todo o 2. Quando, nos termos do Parágrafo 1 deste Artigo, a
mundo”; expressão “negociação coletiva” inclui também
Considerando a importância capital das atuais normas negociações com representantes dos trabalhadores
internacionais contidas na Convenção sobre a Liberdade referidos neste parágrafo, medidas condizentes serão
Sindical e a Proteção do Direito de Sindicalização, de tomadas, quando necessário, para assegurar que a
1948; na Convenção sobre o Direito de Sindicalização e existência desses representantes não seja utilizada para
a Negociação Coletiva, de 1949; na Recomendação enfraquecer a posição das organizações de
sobre Contratos Coletivos, de 1951; trabalhadores interessadas.
na Recomendação sobre a Conciliação e a Arbitragem
Voluntárias, de 1951; na Convenção e II. MÉTODOS DE APLICAÇÃO
Recomendação sobre Relações de Trabalho (Serviço Artigo 4°
Público), de 1978, e na Convenção e Recomendação As disposições desta Convenção entrarão em vigor por
sobre a Administração do Trabalho, de 1978; força de leis ou regulamentos nacionais, na medida
Considerando a conveniência de se desenvolverem emque não se tornam efetivas por meio de contratos
grandes esforços para alcançar os objetivos dessas coletivos, laudos arbitrais ou dealgumaoutra maneira
normas e, especialmente, os princípios gerais compatível com a prática nacional.
estabelecidos no Artigo 4º da Convenção sobre o Direito
de Sindicalização e a Negociação Coletiva, de 1949, e III. PROMOÇÃO DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA
no Parágrafo 1 da Recomendação sobre os Contratos Artigo 5°
Coletivos, de 1951; 1. Medidas condizentes com as condições nacionais
Considerando, por conseguinte, que essas normas serão tomadas para promover a negociação coletiva.
devem ser complementadas por medidas adequadas 2. Os objetivos referidos no Parágrafo 1 deste Artigo serão
nelas baseadas e destinadas a prover a livre e voluntária os seguintes:
negociação coletiva; a) a negociação coletiva deve estar ao alcance de todos
Tendo decidido adotar proposições com vista à promoção os empregadores e de todos os grupos de trabalhadores
da negociação coletiva, o que constitui a quarta questão nos ramos de atividade cobertos por esta Convenção;
da ordem do dia da reunião; b) a negociação coletiva deve ser progressivamente
Tendo determinado que essas proposições se revistam estendida a todas as matérias cobertas pelas alíneas
da forma de convenção internacional, adota, no dia a), b) e c) do Artigo 2º desta Convenção;
dezenove de junho do ano de mil novecentos e oitenta e c) o estabelecimento de normas de procedimento,
um, a seguinte Convenção que pode ser citada como a acordadas entre organizações de empregadores e de
Convenção sobre a Negociação Coletiva, de 1981: trabalhadores, deve ser estimulado;
d) a negociação coletiva não deve ser prejudicada por
I. ALCANCE E DEFINIÇÕES falta de normas que rejam o procedimento a ser usado
Artigo 1° ou pela inadequação ou impropriedade dessas normas;
1. Esta Convenção aplica-se a todos os ramos de e) órgãos e procedimentos para a solução de disputas
atividade econômica. trabalhistas devem ser concebidos para contribuir para
2. Será definida por leis ou regulamentos nacionais a a promoção da negociação coletiva.
extensão em que se aplicarão às forças armadas Artigo 6°
e à polícia as garantias providas nesta Convenção. As disposições desta Convenção não obstam a operação
3. Com relação ao serviço público, modalidades de sistemas de relações industriais em que a
especiais de aplicação desta Convenção podem ser negociação coletiva se desenvolve na infra-estrutura de
estabelecidas por leis ou regulamentos nacionais ou mecanismos ou instituições de conciliação e/ou
pela prática nacional. arbitragem, dos quais participam voluntariamente as
Artigo 2° partes do processo de negociação coletiva.
Para os efeitos desta Convenção, o termo “negociação Artigo 7°
coletiva” compreende todas as negociações Medidas adotadas por autoridades públicas para
que se realizam entre um empregador, um grupo de incentivar e promover o desenvolvimento da negociação
empregadores ou uma ou mais organizações de coletiva estarão sujeitas a consulta prévia e, sempre que
empregadores, de um lado, e uma ou mais organizações possível, a prévio acordo entre autoridades públicas e
de trabalhadores, de outro, para: organizações de empregadores e de trabalhadores.
* Data de entrada em vigor. 11 de agosto de 1983. Artigo 8°
a) definir condições de trabalho e termos de emprego; e/ As medidas tomadascom vista à promoção da
ou negociação coletiva não serão concebidasou aplicadas
18 - Complemento para Auditor Fiscal do Trabalho Central de Concursos / Degrau Cultural

de modo a cercear a liberdade de negociação coletiva. Artigo 12;


b) a partir da data de entrada em vigor da convenção
IV. DISPOSIÇÕES FINAIS revista, esta Convenção deixará de estar sujeita à
Artigo 9° ratificação pelos Países-membros.
A presente Convenção não revê nenhuma convenção ou 2. Esta Convenção continuará de qualquer maneira em
recomendação em vigor. vigor, em sua forma e conteúdo atuais, para os Países-
Artigo 10° membros que a ratificaram, mas não ratificarem a
As ratificações formais desta Convenção serão Convenção revista.
comunicadas, para registro, ao Diretor Geral do Artigo 17
Secretariado da Organização Internacional do Trabalho. As versões em inglês e francês do texto desta Convenção
Artigo 11 são igualmente oficiais.
1. Esta Convenção obrigará unicamente os Países-
membros da Organização Internacional do Trabalho DIREITO PREVIDENCIÁRIO
cujas ratificações tiverem sido registradas pelo Diretor
Geral. 14. Legislação da Previdência Social Aplicada ao Acidente
2. A Convenção entrará em vigor doze meses após a de Trabalho
data em que as ratificações de dois Paísesmembros
tiverem sido registradas pelo Diretor Geral.
LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991 -
3. A partir daí, esta Convenção entrará em vigor, para
todo País-membro, doze meses após a data do registro Atualizada até Janeiro/2005
de sua ratificação.
Artigo 12 Esta lei Dispõe sobre a organização da Seguridade Soci-
1. O País-membro que ratificar esta Convenção poderá al, institui Plano de Custeio, e dá outras providências.
denunciá-la ao final de um período de dez anos, a contar
da data de sua entrada em vigor, mediante comunicação, Destacamos os artigos pertinentes ao Ministério do Trabalho.
para registro, ao Diretor Geral do Secretariado da
Organização Internacional do Trabalho. A denúncia só Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à
produzirá efeito um ano após a data de seu registro. Seguridade Social, além do disposto no Art. 23, é de:
2. Todo País-membro que ratificaresta Convenção eque, II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57
no prazo de u m ano após expirado o período de dez e 58 da Lei 8213/91 (aposentadoria especial), e daque-
anos referido no parágrafo anterior, não tiver exercido o les concedidos em razão do grau de incidência de inca-
direito de denúncia provido neste Artigo, ficará obrigado pacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do
a um novo período de dez anos e, daí em diante, poderá trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou credi-
denunciar esta Convenção ao final de cada período de tadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados
dez anos, nos termos deste Artigo. e trabalhadores avulsos:
Artigo 13 a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja ativida-
1. O Diretor Geral do Secretariado da Organização de preponderante o risco de acidentes do trabalho seja
Internacional do Trabalho dará ciência a todos os Países- considerado leve;
membrosda Organizaçãodo registro de todasas ra b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja ativida-
tificaçõesedenúncias que lhe forem comunicadas pelos de preponderante esse risco seja considerado médio;
Países-membros da Organização. c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja ativida-
2. Ao notificarosPaíses-membrosda Organização sobre de preponderante esse risco seja considerado grave.
o registro da segunda ratificação que lhe tiversido
comunicada, o Diretor Geral lhes chamará a atenção Notas:
para a data em que a Convenção entrará em vigor. 1. De acordo com os arts. 10 e 14 da Medida Provisória
Artigo 14 nº 83, de 12 de dezembro de 2002, convertida na Lei nº
O Diretor Geral do Secretariado da Organização 10.666, de 8 de maio de 2003, estas alíquotas poderão
Internacional do Trabalho comunicará ao Secretário sofrer redução, conforme segue:
Geral da Organização das Nações Unidas, para registro, “ Art. 10. A alíquota de contribuição de um, dois ou três
em conformidade com o Artigo 102 da Carta das Nações por cento, destinada ao financiamento do benefício de
Unidas, informações circunstanciadas sobre todas as aposentadoria especial ou daqueles concedidos em ra-
ratificações e atos de denúncia por ele registrados, nos zão do grau de incidência de incapacidade laborativa
termos do disposto nos artigos anteriores. decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poderá
Artigo 15 ser reduzida, em até cinqüenta por cento, ou aumenta-
Quando considerar necessário, o Conselho de da, em até cem por cento, conforme dispuser o regula-
Administração do Secretariado da Organização mento, em razão do desempenho da empresa em rela-
Internacional do Trabalho apresentará à Conferência ção à respectiva atividade econômica, apurado em con-
Geral relatório sobre o desempenho desta Convenção e formidade com os resultados obtidos a partir dos índices
examinará a conveniência de incluir na ordem do dia da de freqüência, gravidade e custo, calculados segundo
Conferência a questão de sua revisão total ou parcial. metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Pre-
Artigo 16 vidência Social.
1. No caso de adotar a Conferência uma nova convenção ..............................................................................................................................................................................................................
que reveja total ou parcialmente esta Convenção, a Art. 14. O Poder Executivo regulamentará o Art. 10 desta
menos que a nova convenção disponha de outro modo, Lei no prazo de trezentos e sessenta dias.”
a) a ratificação, por um País-membro, da convenção revista
implicará, ipso jure, a partir do momento em que entrar 2. A partir de 1º de abril de 2003, fica estabelecida contri-
em vigor a Convenção revista, a denúncia imediata desta buição adicional a cargo da empresa tomadora de servi-
Convenção, não obstante as disposições constantes do ço de cooperado filiado a cooperativa de trabalho e da
Central de Concursos / Degrau Cultural Complemento para Auditor Fiscal do Trabalho - 19

cooperativa de produção, conforme estabelecido nos §§ Art. 81.


1º e 2º do Art. 1º da Medida Provisória nº 83, de 12 de O Instituto Nacional do Seguro Social-INSS divulgará, tri-
dezembro de 2002, convertida na Lei nº 10.666, de 8 de mestralmente, lista atualizada dos devedores das contri-
maio de 2003. buições previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do parágrafo
“Art. 1º As disposições legais sobre aposentadoria es- único do Art. 11, bem como relatório circunstanciado das
pecial do segurado filiado ao Regime Geral de Previ- medidas administrativas e judiciais.
dência Social aplicam-se, também, ao cooperado filiado ......................................................................................................
à cooperativa de trabalho e de produção que trabalha § 2º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social
sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde (Atualmente Ministério da Previdência Social) fica autori-
ou a sua integridade física. zado a firmar convênio com os governos estaduais e
§ 1º Será devida contribuição adicional de nove, sete ou municipais para extensão, àquelas esferas de governo,
cinco pontos percentuais, a cargo da empresa tomadora das hipóteses previstas no Art. 1º da Lei nº 7.711, de 22
de serviços de cooperado filiado a cooperativa de traba- de dezembro de 1988.
lho, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura
de prestação de serviços, conforme a atividade exercida Lei Nº 8.213, de 24 de julho de 1991 - DOU
pelo cooperado permita a concessão de aposentadoria de 14/08/98 - (Atualizada até julho/2005)
especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de con-
tribuição, respectivamente.
Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência
§ 2º Será devida contribuição adicional de doze, nove
Social e dá outras providências.
ou seis pontos percentuais, a cargo da cooperativa de
produção, incidente sobre a remuneração paga, devida
Destacado os artigos pertinentes ao Ministério do Trabalho.
ou creditada ao cooperado filiado, na hipótese de exercí-
cio de atividade que autorize a concessão de aposenta-
Art. 3º Fica instituído o Conselho Nacional de Previdência
doria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos
Social-CNPS, órgão superior de deliberação colegiada,
de contribuição, respectivamente.”
que terá como membros:
§3. A partir de 1º.4.2003, a retenção de que trata o Art. 31 I - seis representantes do Governo Federal;
sofrerá acréscimo nas situações que permita a conces- II - nove representantes da sociedade civil, sendo:
são de aposentadoria especial, conforme estabelecido a) três representantes dos aposentados e pensionistas;
no Art. 6º da Medida Provisória nº 83, de 12 de dezem- b) três representantes dos trabalhadores em atividade;
bro de 2002, convertida na Lei nº 10.666, de 8 de maio c) três representantes dos empregadores.
de 2003, como segue: ......................................................................................................
§ 8º Competirá ao Ministério do Trabalho e da Previdên-
“Art. 6º O percentual de retenção do valor bruto da
cia Social ( Atualmente Ministério da Previdência Social)
nota fiscal ou fatura de prestação de serviços relativa a
proporcionar ao CNPS os meios necessários ao exercí-
serviços prestados mediante cessão de mão-de-obra,
cio de suas competências, para o que contará com uma
inclusive em regime de trabalho temporário, a cargo
Secretaria-Executiva do Conselho Nacional de Previdên-
da empresa contratante, é acrescido de quatro, três ou
cia Social.
dois pontos percentuais, relativamente aos serviços
prestados pelo segurado empregado cuja atividade
Art. 15.
permita a concessão de aposentadoria especial após
Mantém a qualidade de segurado, independentemente
quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição,
de contribuições:
respectivamente.”
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribui-
ções, o segurado que deixar de exercer atividade remu-
§ 3º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social nerada abrangida pela Previdência Social ou estiver
(Atualmente Ministério da Previdência Social)poderá al- suspenso ou licenciado sem remuneração;
terar, com base nas estatísticas de acidentes do traba- III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segu-
lho, apuradas em inspeção, o enquadramento de em- rado acometido de doença de segregação compulsória;
presas para efeito da contribuição a que se refere o inciso IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado
II deste artigo, a fim de estimular investimentos em pre- retido ou recluso;
venção de acidentes. V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado
incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar;
Art. 28 VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribui-
§ 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins ções, o segurado facultativo.
desta. § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte
...................................................................................................... e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120
c) a parcela “in natura” recebida de acordo com os (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção
programas de alimentação aprovados pelo Ministério que acarrete a perda da qualidade de segurado.
do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da lei § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos
6321/76. de 12 (doze) meses para o segurado desempregado,
...................................................................................................... desde que comprovada essa situação pelo registro
m) os valores correspondentes a transporte, alimenta- no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Pre-
ção e habitação fornecidos pela empresa ao empregado vidência Social. (Atualmente Ministério da Previdên-
contratado para trabalhar em localidade distante da de cia Social - MPS.)
sua residência, em canteiro de obras ou local que, por Art. 19.
força da atividade, exija deslocamento e estada, observa- Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do tra-
das as normas de proteção estabelecidas pelo Ministé- balho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho
rio do Trabalho;
20 - Complemento para Auditor Fiscal do Trabalho Central de Concursos / Degrau Cultural

dos segurados referidos no inciso VII do Art. 11 desta Lei, e pelo Ministério da Previdência e Assistência Social.
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que § 2º A comprovação da efetiva exposição do segurado
cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou aos agentes nocivos será feita mediante formulário de-
temporária, da capacidade para o trabalho. nominado perfil profissiográfico previdenciário, na forma
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social,
medidas coletivas e individuais de proteção e segurança emitido pela empresa ou seu preposto, com base em
da saúde do trabalhador. laudo técnico de condições ambientais do trabalho expe-
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, dido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança
deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e do trabalho.
higiene do trabalho. § 3o Do laudo técnico referido no § 2o deverá constar in-
§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenori- formação sobre a existência de tecnologia de proteção
zadas sobre os riscos da operação a executar e do pro- coletiva, de medidas de caráter administrativo ou de or-
duto a manipular. ganização do trabalho, ou de tecnologia de proteção indi-
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social ( vidual, que elimine, minimize ou controle a exposição a
Atualmente Ministério do Trabalho e Emprego) fiscalizará agentes nocivos aos limites de tolerância, respeitado o
e os sindicatos e entidades representativas de classe estabelecido na legislação trabalhista. (Alterado pelo
acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos pará- Decreto nº 4.882 de,18/11/ 2003 - DOU DE 19/11/2003)
grafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento. ......................................................................................................
Art. 20. § 7o O laudo técnico de que tratam os §§ 2o e 3o deverá
Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do arti- ser elaborado com observância das normas editadas pelo
go anterior, as seguintes entidades mórbidas: Ministério do Trabalho e Emprego e dos atos normativos
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou expedidos pelo INSS. (Alterado pelo Decreto nº 4.882,de
desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a de- 18/11/ 2003 - DOU DE 19/11/2003)
terminada atividade e constante da respectiva relação ela-
borada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Art. 214
Social; ( Atualmente Ministério da Previdência Social) ......................................................................................................
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou § 9º Não integram o salário-de-contribuição, exclusiva-
desencadeada em função de condições especiais em mente:
que o trabalho é realizado e com ele se relacione direta- ......................................................................................................
mente, constante da relação mencionada no inciso I. III-a parcela in natura recebida de acordo com programa
de alimentação aprovado pelo Ministério do Trabalho e
Art. 93. Emprego, nos termos da Lei nº 6.321, de 14 de abril de
A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está 1976;
obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco ......................................................................................................
por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilita- XII - os valores correspondentes a transporte, alimenta-
dos ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, ção e habitação fornecidos pela empresa ao empregado
na seguinte proporção: contratado para trabalhar em localidade distante da de
I - até 200 empregados................................................2%; sua residência, em canteiro de obras ou local que, por
II - de 201 a 500..............................................................3%; força da atividade, exija deslocamento e estada, observa-
III - de 501 a 1.000..........................................................4%; das as normas de proteção estabelecidas pelo Ministé-
IV - de 1.001 em diante. ................................................5%. rio do Trabalho e Emprego;
§ 1º A dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficien-
te habilitado ao final de contrato por prazo determinado Art.339.
de mais de 90 (noventa) dias, e a imotivada, no contrato O Ministério do Trabalho e Emprego fiscalizará e os
por prazo indeterminado, só poderá ocorrer após a sindicatos e entidades representativas de classe acom-
contratação de substituto de condição semelhante. panharão o fiel cumprimento do disposto nos arts. 338
§ 2º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social e 343.
(Atualmente Ministério da Previdência Social) deverá ge-
rar estatísticas sobre o total de empregados e as vagas Art.338.
preenchidas por reabilitados e deficientes habilitados, A empresa é responsável pela adoção e uso de medidas
fornecendo-as, quando solicitadas, aos sindicatos ou coletivas e individuais de proteção à segurança e saúde
entidades representativas dos empregados. do trabalhador sujeito aos riscos ocupacionais por ela
gerados.
DECRETO nº 3.048 - de 6 de maio de 1999 -
Republicado em 12/05/99; Art.343.
Atualização até Novembro/2005 Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a
empresa de cumprir as normas de segurança e saúde
Aprova o Regulamento da Previdência Social. do trabalho.

Art.68.
A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológi-
cos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à
integridade física, considerados para fins de concessão
de aposentadoria especial, consta do Anexo IV.
§ 1º As dúvidas sobre o enquadramento dos agentes de COMPLEMENTO DE DIREITO DO TRABALHO
que trata o caput, para efeito do disposto nesta Subseção,
serão resolvidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego
PARA AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO
01/06

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