Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GESTÃO DE GESTÃO DA
MATERIAL E TECNOLOGIA
PATRIMÔNIO DA INFORMAÇÃO
GESTÃO DE
PESSOAS NA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
GESTÃO DE
QUALIDADE EM SERVIÇOS
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
E FINANCEIRA
ADMINISTRAÇÃO
FUNDAMENTOS PÚBLICA BRASILEIRA
DO DIREITO
PÚBLICO E PRIVADO
Coordenação Didático-Pedagógica
Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa
Redação Pedagógica
Tito Tortori
Revisão
Alessandra Muylaert Archer
Projeto Gráfico
Romulo Freitas
Diagramação
Clara Ishikawa Gestão de Qualidade em Serviços : apostila 1 / coordenação
Coordenação de Conteudistas didático-pedagógica: Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa ; redação
pedagógica: Tito Tortori ; projeto gráfico: Romulo Freitas ; diagramação:
Fernando Velôzo Gomes Pedrosa
Clara Ishikawa ; coordenação de conteudistas: Fernando Velôzo Gomes
Conteudistas Pedrosa ; conteudistas: Geraldo Mendes Gutian ... [et al.] ; revisão técnica:
Alexandre Duarte de Paiva Tatiana Braga Filippone : produção: Pontifícia Universidade Católica do
Edson Carmelo de Souza Rio de Janeiro ; realização: EsIE – Escola de Instrução Especializada [do]
Geraldo Mendes Gutian Exército Brasileiro. – Rio de Janeiro : PUC-Rio, CCEAD, 2014.
UNIDADE 2
GESTÃO PELA QUALIDADE TOTAL NO SETOR DE SERVIÇOS
APRESENTAÇÃO
O Curso de Habilitação ao Quadro de Auxiliar de Oficiais (CHQAO),
conduzido pela Escola de Instrução Especializada (EsIE), visa habilitar os sub-
tenentes à ocupação de cargos e ao desempenho de funções previstas para o
Quadro Auxiliar de Oficiais.
Boa leitura!
CONTEUDISTAS
Geraldo Mendes Gutian é bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agu-
lhas Negras (AMAN); possui graduação em Engenharia Química pelo Instituto Militar de En-
genharia (IME); é pós-graduado em Engenharia da Qualidade pela Faculdade de Engenharia
Química da Universidade de São Paulo (FAENQUIL/USP) e mestre pela Universidade Federal
de Itajubá (UNIFEI-MG) com ênfase em Implementação de Sistemas de Gestão. É professor
da Cadeira de Administração da AMAN. Nas Faculdades Dom Bosco ministra a disciplina de
Administração Estratégica no Curso de Administração; as disciplinas de Gestão de Pessoas e
Planejamento Estratégico e Desenvolvimento Regional no Curso de Gestão Pública; a disci-
plina de Gestão Integrada de Recursos Humanos no Curso de Gestão de Recursos Humanos
e a disciplina de Química Tecnológica no Curso de Engenharia de Produção Automotiva.
Tem experiência na área de gerência de Recursos Humanos, planejamento estratégico, ma-
peamento, análise e melhoria de processos.
Edson Carmelo de Souza é bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN) e licenciado em Geografia pelo Centro Universitário Moacyr Sreder
Bastos. Possui pós-graduação em bases geo-históricas para o pensamento estratégico pela
Escola de Comando e Estado Maior do Exército (ECEME) e mestrado em operações militares
pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESAO). É professor da Cadeira de Administração
da AMAN. Tem experiência na área de planejamento estratégico e no mapeamento, análise
e melhoria de processos.
Alexandre Duarte de Paiva é graduado em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN) e graduando em Administração na Associação Educacional Dom
Bosco (AEDB). Possui pós-graduação em Operações Militares pela Escola de Aperfeiçoamento
de Oficiais (EsAO) e cursa pós-graduação em Gestão pela Escola de Instrução Especializada
(EsIE) e Universidade Católica de Petrópolis (UCP). É professor da Cadeira de Administração da
AMAN. Tem experiência na área de gerência de recursos humanos e planejamento estratégico.
Weslei Jardim Batista possui graduação em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN); é pós-graduado em Operações Militares de Defesa Antiaérea e de
Defesa do Litoral pela Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (EsACosAAe) e em Opera-
ções Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). Cursa pós-graduação em
Gestão pela Escola de Instrução Especializada e Universidade Católica de Petrópolis (EsIE/
UCP). É professor da Cadeira de Administração da AMAN. Tem experiência e cursos na área
de administração pública, gerência de projetos, gestão estratégica de pessoas e planos de
carreira, recursos humanos, gestão ambiental e desenvolvimento sustentável, planejamen-
to estratégico, análise e melhoria de processos, modelo de Excelência em Gestão, ética no
serviço público, gestão da qualidade e excelência no atendimento.
ÍNDICE
UNIDADE I
1. INTRODUÇÃO 11
2. CONCEITOS DE QUALIDADE 13
3. GURUS DA QUALIDADE 17
3.1 WALTER A. SHEWHART 17
3.2 W. EDWARDS DEMING 18
3.3 JOSEPH MOSES JURAN 20
3.4 ARMAND FEIGENBAUM 21
3.5 PHILIP CROSBY 22
3.6 KAORU ISHIKAWA 23
3.7 GENICHI TAGUCHI 24
4. MODELO JAPONÊS 27
4.1 ELIMINAÇÃO DE DESPERDÍCIOS 27
4.2 PRODUÇÃO DE VEÍCULOS COM QUALIDADE OU FABRICAÇÃO
COM QUALIDADE 28
5. QUALIDADE NO SETOR DE SERVIÇOS 31
UNIDADE II
11
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U1
Nas décadas seguintes houve a implementação do TQC e CWQC por inúmeras
empresas em todo o mundo. No final da década de 1980 é criado o modelo
normativo de qualidade ISO 9000. Os fornecedores passam a ter que se certi-
ficar nesse modelo para garantir qualidade para seus clientes, o que passou a
ser critério de eliminação em licitações. Finalmente, nos tempos atuais, as em-
presas tentam retomar um pouco da época artesanal, voltando a se aproximar
das demandas dos clientes, porém com uma customização em massa.
Conheça o Programa de Exce- O Exército Brasileiro (EB) está no caminho certo, visto que o portal do Sistema
lência Gerencial acessando o
de Excelência informa que, no período entre 1996 e 2008, foram recebidos
site do Sistema de Excelência
do Exército Brasileiro. Dispo- um total de 250 prêmios pelas OMs demonstrando uma evolução dos prêmios
nível no link: <http://www. recebidos da área de gestão pelo EB e cadastrados no SISPEG-WEB. No período
portalpeg.eb.mil.br/>
entre 2003 e 2007 houve um vertiginoso crescimento de premiações, envol-
vendo, principalmente, a qualidade na gestão.
12
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
2 CONCEITOS DE QUALIDADE
Objetivo específico
13
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U1
Cliente: é qualquer um que recebe ou é afetado pelo
produto ou processo. Os clientes podem ser internos (são
afetados pelo produto e são membros da empresa que o
fabrica) ou externos (são afetados pelo produto, mas não
são membros da empresa que o produz).
14
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
Chiavenato entende o conceito de qualidade, indicando que existe uma quali-
dade interna e uma qualidade externa:
15
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U1
E em nosso dia a dia, como identificamos esta ideia de qualidade?
O fiscal administrativo solicita ao tenente QAO adjunto que verifique junto à sua
equipe de sargentos auxiliares a existência de distorções entre o controle patri-
monial da Organização Militar cadastrado no SIMATEX e o valor do patrimônio
do SIAFI. A qualidade com que esta prestação de serviço é realizada pelo tenente
QAO é de fundamental importância para a boa interpretação da situação patrimo-
nial da Organização Militar.
O fiscal administrativo deseja um produto. O tenente QAO é um cliente inter-
no dos seus auxiliares da seção, que são seus fornecedores. Ele vai receber de
uma equipe de auxiliares o controle financeiro, e de outra equipe de auxiliares o
controle patrimonial, vai tabular a informação e produzir o relatório final, que é o
produto desejado pelo seu cliente (fiscal administrativo).
16
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
3 GURUS DA QUALIDADE
Objetivo específico
O termo guru, na Índia con- Os líderes intelectuais costumam ser pessoas de grande conhecimento, capa-
temporânea e na Indonésia,
é usado para nomear a fun-
zes de mobilizar indivíduos e grupos humanos com suas ideias.
ção do “professor”. Contu-
do, no Ocidente, esse termo Muitas pessoas buscam mentores nas atividades que participam, sejam religio-
é correntemente usado para sas, profissionais, pessoais ou outra qualquer. Estes mentores, tão carismáticos
designar alguém que tem a
autoridade em um determi-
em suas ideias, são nossos “gurus.” Na gestão da qualidade não é diferente...
nado assunto em função do Existem os “gurus da qualidade”. Conheceremos a seguir algumas pessoas
seu grande conhecimento
que, por sua contribuição para o desenvolvimento dos conceitos e sua aplica-
ou perícia, embora não seja
necessário estar ligado a um ção prática, criaram e consolidaram a “qualidade” nas organizações.
estabelecimento de ensino, de
religião ou filosofia. De forma
análoga, o termo guru é ain-
da empregado para descrever 3.1 WALTER A. SHEWHART
alguém que tenha seguidores.
Walter A. Shewhart
17
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U1
A análise das causas da variação, à luz da estatística e dos gráficos, permitiu
que se detectasse mais facilmente as causas normais de variação e as especiais,
possibilitando assim uma análise mais efetiva do que causava cada uma delas.
Dessa forma, era possível agir de maneira proativa e preventiva ao invés de agir
de maneira somente reativa.
40
1 Causa Especial
30
Causas
Normais da
20 Variação
10
1 Causa Especial
0 5 10 15
Amostras
W. Edward Deming
Deming teve seu trabalho reconhecido nos Estados Unidos por suas contri-
buições para o avanço dos processos produtivos durante a Segunda Guerra
Mundial. Contudo, ficou mais conhecido pelo seu trabalho no Japão, onde,
após a Segunda Guerra Mundial, introduziu durante quase duas décadas os
modernos conceitos de qualidade e ensinou aos altos executivos formas de:
18
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
• Melhorar projetos;
8. Não lidere com base no medo. Evite usar um estilo autoritário de gestão.
13. Crie um ambicioso programa de formação para todos os empregadores. Para conhecer um pouco
mais sobre o Prêmio Deming
14. Imponha a mudança como sendo uma tarefa de todos os trabalhadores. (Deming Prize), acesse os
links <http://www5.fgv.
br/ctae/publicacoes/Ning/
Como homenagem, os japoneses instituíram o prêmio Deming de qualidade Publicacoes/00-Artigos/Jo-
“como a mais importante premiação anual atribuída às empresas japonesas goDeEmpresas/Karoshi/glos-
sario/PREMIO_DE.html> e
que se destacam pela qualidade de seus produtos e serviços” <http://www.juse.or.jp/e/
(CHIAVENATO, 2010, p.546). deming/>
19
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U1
3.3 JOSEPH MOSES JURAN
Foi o criador do conceito de qualidade total. Juran mostrou aos japoneses como
fazer a qualidade acontecer nas organizações, deixando de ser apenas uma preo-
cupação com a produção para tornar-se a principal prioridade em todos os níveis
e áreas da administração das organizações japonesas (CHIAVENATO, 2010).
20
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
Planejamento Controle de qualidade (durante as operações)
Qualidade
index.php?option=com_ho
Zona original de c a d ow n l o a d & v i ew = c at
20 controle de qualidade e g o r y & d ow n l o a d = 4 8 9
4:ainusitadahistoriadaqu
alidadetotal&id=210:ges
Zona nova de
tao-estrategica>
operações
Início das
Gasto crônico
controle de qualidade
Melhoria
da qualidade
Tempo
0
Armand Feignenbaum
21
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U1
Para ele, os fatores que afetam a qualidade são tecnológicos e humanos e a
opinião do cliente é fundamental na busca da qualidade total. Feigenbaum
propôs que a expressão “controle da qualidade total” exigiria:
Philip Crosby
Foi Crosby quem criou o programa Zero Defeito, muito utilizado em sua época.
Assim como Deming, também criou uma lista de 14 pontos para a qualidade
(CARVALHO, 2012). Sua lista é composta mais de tarefas do que de diretrizes:
22
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
Saiba mais: A empresa Phi-
1. Obter o compromisso da alta gestão com a qualidade. lip Crosby Associates exis-
te até hoje, conheça o site:
2. Instalar equipes de aperfeiçoamento da qualidade em todos os setores.
<http://www.philipcros-
3. Mensurar a qualidade na organização por meio de indicadores de by.com>.
qualidade, que devem indicar as necessidades de melhoria.
Kaoru Ishikawa
Ishikawa criou várias ferramentas de gestão e foi um dos japoneses que melhor
representou o movimento da qualidade. Contribuiu na formação do CWQC
(Controle de Qualidade por toda a empresa) e difundiu ferramentas e técnicas
de análise e solução de problemas e gerenciamento da rotina, em especial as
23
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U1
sete ferramentas da qualidade, utilizadas amplamente pelos CCQs (Círculos de
Controle da Qualidade):
• Análise de Pareto;
• Diagrama de causa-efeito;
• Histograma;
• Folhas de controle;
• Diagramas de escada;
• Gráficos de controle;
Genichi Taguchi
24
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
e resultam em perda de qualidade do produto. Este “prejuízo” pode ser avalia-
do através de uma “função perda”.
25
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U1
26
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
4 MODELO JAPONÊS
Objetivo específico
27
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U1
A preocupação inicial era eliminar o desperdício e as perdas sofridas pelas
indústrias e alavancar os níveis de produtividade por intermédio da aplicação
de métodos e técnicas da engenharia industrial.
28
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
4.2 PRODUÇÃO DE VEÍCULOS COM QUALIDADE
OU FABRICAÇÃO COM QUALIDADE
• Círculos de controle da qualidade (CQC): é um grupo de voluntários Conheça mais sobre a filo-
do mesmo setor que se reúne regularmente para estudar e propor a sofia do Sistema Toyota de
produção, lendo o artigo:
solução de problemas que estejam comprometendo a qualidade e a Sistema Toyota de Produção (Toyota
eficiência dos produtos. Way), de Carlos Magno dos
Anjos Veras. Disponível em:
Segundo o professor Tadashimoto (apud CARAVANTES, 2005, p.245) existem <http://www.ifma.edu.br/
três fatores que são críticos para a manutenção da alta produtividade: proen/arquivos/artigos.php/
sistema_toyota_de_produ-
cao.pdf>
• Treinamento em serviço (OJT – on the job training)
Algumas das estratégias articuladas pelos japoneses para criar uma revolução
na qualidade são citadas por Caravantes:
29
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U1
O que se percebe é que, para aumentar a eficiência e eficácia, o modelo japo-
nês de administração passou a diferenciar seus produtos na qualidade e não
exclusivamente nos preços.
Juran (1981 apud CARAVANTES, 2005) afirma que os japoneses foram os úni-
cos que conseguiram resultados excepcionais com os conhecimentos de gestão
do modelo americano, apesar de inúmeros países terem aprendido aquele
modelo. Os “novos ingredientes” são a sustentação do sucesso do modelo de
gestão chamado de “modelo japonês”.
30
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
5 QUALIDADE NO SETOR DE SERVIÇOS
Objetivo específico
31
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U1
Serviço: resultado gerado por atividades na ‘interface
entre fornecedor e cliente’ e por atividades internas do
fornecedor para atender às necessidades do cliente.
32
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
Alta Serviços profissionais:
• Consultoria
• Serviços médicos especializados
Grau de contato/ customização
Lojas de serviços:
Média • Bancos
• Lojas de Varejo
• Restaurantes
Serviços de Massa:
• Transporte Público
• Cursos à Distância
Baixa • Internet Banking
33
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U1
possibilidade de crescimento pessoal e profissional dos funcionários, a poten-
cialização do trabalho em equipe, a redução dos acidentes de trabalho e a
melhoria da autoestima dos funcionários.
34
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS
UNIDADE 2
GESTÃO PELA QUALIDADE TOTAL NO SETOR DE SERVIÇOS
1 CATEGORIAS
GENÉRICAS DE QUALIDADE
Objetivo específico
Já faz um bom tempo que a gestão pela Qualidade Total é um dos focos de
atenção e de grandes preocupações para a maioria dos executivos. A respon-
sabilidade para superar os desafios e as turbulências do momento econô-
mico obriga a escolha de metodologias ou linhas de atuação. Para superar
estes desafios, a Qualidade Total ou TQM (Total Quality Management) se
apresenta como uma ferramenta de fácil aplicação, que permite ao mesmo
tempo garantia de resultados financeiros e oportunidade de realização para
todos os funcionários.
• Desempenho
• Características
• Confiabilidade
• Conformidade
• Durabilidade
• Atendimento
• Estética
• Qualidade percebida
37
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U2
a. Desempenho: É a categoria que aborda as características básicas de
um produto ou serviço e, consequentemente, a capacidade do produto
de ser eficaz e eficiente, ou seja, efetivo.
Ex: A expressão “preciso como um relógio suíço” reflete bem este con-
ceito, pois é usada para designar algo com alta confiabilidade.
38
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
e. Durabilidade: Categoria que já foi uma das principais dimensões da Há, desde a década de 1920,
um conceito chamado “ob-
qualidade, expressa a vida útil de um produto. Tecnicamente, podemos solescência programada”,
definir durabilidade como o tempo pelo qual um produto mantém suas adotado pelos fabricantes,
em que a vida útil de um
características em perfeito funcionamento, em condições normais de uso.
produto é determinada de
Ex: Alguns produtos antigos costumam ser mais duráveis do que os forma a “forçar” os consu-
midores a comprar outro
atuais (carros, eletrodomésticos, etc.). produto mais rapidamente
por falha (exemplo: lâmpa-
f. Atendimento: É a categoria mais empírica da Qualidade e tem grande das com vida útil menor) ou
poder de afetar a percepção do cliente. Rapidez no atendimento, corte- por desejo de ter uma versão
mais recente do item (exem-
sia e facilidade de ter um problema solucionado encantam os clientes, plo: modelos de celulares).
pois eles não se preocupam somente com a possibilidade de ter pro-
blemas com um produto ou serviço, mas também com a eficiência do
fornecedor em sanar esses eventuais problemas (estratégias de pós-ven-
das são formuladas pelas empresas para manter a qualidade do serviço
prestado após a compra do produto ou utilização do serviço).
39
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U2
2 CONCEITOS E DESENVOLVIMENTO DE
TOTAL QUALITY MANAGEMENT (TQM)
Objetivos específicos
• Definir TQM
• Descrever as fases da evolução da qualidade.
O TQM é um modelo que tem se consolidado pelo uso extensivo e prática das
principais abordagens da qualidade total. De acordo com Calarge (2001), as
abordagens clássicas estabelecidas pelos “gurus” da qualidade (Feigenbaum,
Deming, Juran, Ishikawa, Taguchi, Crosby, etc.) são verificadas dentro da
abordagem do TQM por alguns autores como se estivessem falando um mes-
mo idioma através de diferentes dialetos. Assim sendo, os princípios comuns
servem tanto para definir a qualidade como para considerá-la através de todas
as atividades da empresa (OAKLAND, apud Calarge, 2001, p.197).
41
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U2
Uma definição adequada de TQM é apresentada por Folledo (2000, p.07), ao
afirmar que ela é:
A TQM pode ainda ser definida também como um conceito para se atingir
abordagens sistêmicas para a gestão da qualidade, integrando todos os aspec-
tos da qualidade que envolva pessoas, equipamentos, recursos computacionais
e estrutura organizacional.
42
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
Grupos
Sistemas Ferramentas
Comprometimento
Segundo Folledo (2000), para que um sistema de gestão possa ser caracteriza-
do como um sistema TQM são necessários os seguintes componentes:
43
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U2
Assim, podemos considerar alguns estágios na evolução da qualidade, ao lon-
go do século XX, conforme a sequência a seguir:
• Inspeção;
• Garantia da qualidade;
2.2.1 Inspeção
Durante muitos anos todo o lote produzido era inspecionado, porém o contro-
le de qualidade era restrito à contagem, classificação pela qualidade e reparos.
Soluções de problemas eram vistos como atividades fora das responsabilidades
deste departamento. “O que surgiu foi um conceito no qual a alta gerência
separou-se do processo de gerenciamento da qualidade” (JURAN, 1993, p.05).
44
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
2.2.2 Controle Estatístico da Qualidade
45
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U2
Segundo Campos (1992, p.217), o Total Quality Control é regido pelos seguin-
tes princípios básicos:
3. Ação orientada por fatos e dados: tomar decisões somente com fatos
e dados.
5. Controle de dispersão.
8. Ação de bloqueio.
46
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
2.2.4 Gestão estratégica da qualidade
Com o passar do tempo, a qualidade passou a ser percebida como uma dis-
ciplina estratégica, com foco maior no cliente e nos concorrentes, sendo uma
oportunidade de diferenciação da concorrência. Dessa forma, a qualidade faz
parte do planejamento estratégico.
47
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U2
3 FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO (FCS)
Objetivo específico
Cada objetivo deverá ser contemplado com alguns FCS que melhor se enqua-
drem, contudo, esses FCS podem condicionar a execução de outros objetivos.
O Grupo de Trabalho (GT) envolvido no desenvolvimento do planejamento
estratégico organizacional deve elaborar uma lista com os FCS para cada
objetivo. Após essa etapa, eles devem ser priorizados ou mesmo reduzidos a
49
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U2
um número compatível com as necessidades, tendo em foco fatores realmente
fundamentais. Para tal, o GT poderá utilizar, por exemplo, a técnica de brains-
torming seguida da técnica de votação múltipla:
Exemplo:
50
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
Os FCS propostos devem ser perseguidos por meio de estraté-
gias durante o período de vigência do Plano de Gestão, a fim
de que a OM possa atingir seus objetivos, cumprir a missão e
alcançar a visão de futuro.
• Lideranças comprometidas;
• Quadros capacitados em conhecimentos sobre gestão;
• Ambiente de trabalho favorável;
• Comprometimento dos integrantes da OM.
51
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U2
4 MODELO HOLÍSTICO DE TQM
Objetivos específicos
A filosofia holística, segundo o Como visto anteriormente nesta Unidade Didática, o TQM é mais que uma
Dicionário Michaelis on-line,
ferramenta, pois, segundo Folledo:
é a “compreensão da realida-
de em totalidades integradas
onde cada elemento de um É uma filosofia de liderança que visa garantir a sobre-
campo considerado reflete e vivência e o crescimento sustentado da organização,
contém todas as dimensões do através da detecção e satisfação total das necessidades e
campo, conforme a indicação
expectativas de todos os seus clientes, utilizando-se para
de um holograma, evidencian-
do que a parte está no todo, as- isso de uma metodologia científica orientada a promo-
sim como o todo está na parte, ver a melhoria contínua na qualidade de seus produtos,
numa inter-relação constante,
serviços e processos (FOLLEDO, 2000, p.7).
dinâmica e paradoxal”.
53
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U2
Modelos de administração do negócio com um enfoque estratégico, como o
TQM, vêm sendo adotados para dar respostas à necessidade de aprimoramen-
to imposta pelo mercado.
Saiba mais sobre o Prêmio Os sistemas de gestão devem ser desenvolvidos de forma a adequar-se aos
Nacional da Qualidade no
requisitos de gestão, os quais se caracterizam pelos seguintes aspectos:
portal da Fundação Nacional
da Qualidade a partir do link: • Liderança da Alta Direção;
<http://www.fnq.org.br/
avalie-se/pnq> • Visão sistêmica;
• Aprimoramento contínuo;
O termo “holismo” origina-se do grego holos, que significa todo. Essa filosofia
acredita que o homem é um ser indivisível que não pode ser entendido através
de uma análise separada de suas diferentes partes, ou seja, o todo não é a
soma das partes, mas a interligação sistêmica delas.
54
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
A visão holística de uma empresa equivale-se a ter uma “imagem única” de to-
dos os elementos da empresa, como um sistema. A empresa não pode ser vista
como um conjunto de departamentos (departamentalização) que executam ati-
vidades isoladas, mas como em conjunto único, um sistema aberto em contínua
integração, “abrangendo suas estratégias, atividades, informações, recursos e
organização (estrutura da empresa, cultura organizacional, qualificação do pes-
soal, assim como suas interrelações)” (FERREIRA, PEREIRA E REIS, 2006, p. 175).
55
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U2
A visão holística e sistêmica apresenta uma evolução em termos
de se perceber a empresa como um todo e não somente partes,
mas também oferece o risco de restringi-la. A visão holística
está mais para uma forma de pensar, de perceber a realidade,
do que para um modelo.
56
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
ELEMENTOS DEFINIÇÃO
57
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U2
5 BIBLIOGRAFIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMPOS, V.F. TQC. Controle da qualidade total (no estilo japonês). Belo
Horizonte: Fundação Christiano Ottoni: Bloch Editores, 1992.
59
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U2
FOLLEDO, Manuel. A Qualidade Total e a administração tradicional: Seu
impacto nos custos. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/
document/?down=66>. Acesso em: 18 out 2013.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
60
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
FREITAS, Christiane Souza de. Gestão da Qualidade. Curso de Administra-
ção. Centro Universitário do Norte (UNINORTE), Manaus, 2009.
KAHN, K.B; BARCZAK, G.; MOSS, R. Perspective: Establishing an NPD best prac-
tices Framework. Journal of Product Innovation Management, USA, v. 23,
n. 2, p.106-116, 2006.
61
GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U2
CCEAD – COORDENAÇÃO CENTRAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Coordenação Geral
Gilda Helena Bernardino de Campos
Gerente de Projetos
José Ricardo Basílio
Equipe CCEAD
Alessandra Muylaert Archer
Alexander Arturo Mera
Ana Luiza Portes
Angela de Araújo Souza
Camila Welikson
Ciléia Fiorotti
Clara Ishikawa
Eduardo Felipe dos Santos Pereira
Eduardo Quental
Frieda Marti
Gabriel Bezerra Neves
Gleilcelene Neri de Brito
Igor de Oliveira Martins
Joel dos Santos Furtado
Luiza Serpa
Luiz Claudio Galvão de Andrade
Luiz Guilherme Roland
Maria Letícia Correia Meliga
Neide Gutman
Romulo Freitas
Ronnald Machado
Simone Bernardo de Castro
Tito Ricardo de Almeida Tortori
Vivianne Elguezabal
EXÉRCITO BRASILEIRO