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As estacas são elementos estruturais

esbeltos que, colocados no solo por cravação ou


perfuração, têm a finalidade de transmitir
cargas ao mesmo, seja pela resistência sob sua
extremidade inferior (resistência de ponta), seja
pela resistência ao longo do fuste (atrito lateral)
ou pela combinação dos dois.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Quanto ao material, as estacas podem ser de:
a) Madeira;
b) Aço ou metálicas;
c) Concreto Armado e Protendido
Neste último item, incluem-se as estacas
pré-moldadas, as Straus, as do tipo Franki, Hélice
contínua, raiz e as estacas escavadas (com ou
sem o emprego de lama bentonítica).

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas de Deslocamento: são aquelas
introduzidas no terreno através de algum
processo que não provoca a retirada do solo.
•Estaca pré-moldada de concreto;
•Estaca metálica;
•Estaca de madeira;
•Estaca tipo Franki.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas pré-moldadas de concreto

•Confeccionadas em concreto armado ou


protendido, adensado por centrifugação ou
vibração;
•Seções mais comuns são circular maciça ou
vazada, quadrada, hexagonal e octogonal.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas pré-moldadas de concreto

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Estacas pré-moldadas de concreto

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas pré-moldadas de concreto

Detalhe de emenda de estacas

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas metálicas

•Peças de aço laminado ou soldado em perfis


de seção I e H;
•Chapas dobradas de seção circular, quadrada
ou retangular;
•Trilhos;
•Perfis e trilhos empregados de forma simples
ou paralela.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas metálicas

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas metálicas

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Estacas metálicas

• Empregadas desde à antiguidade na


construção civil;
• São troncos de árvores cravados por percussão;
• Estacas empregadas em obras marítimas;
• Eucalipto  Fundações em obras provisórias;
• Peroba, Aroeira, Maçaranduba, Ipê (madeiras
de Lei)  Obras definitivas.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas metálicas

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas moldadas no local – Tipo Franki
A execução é realizada através da cravação
de um tubo no solo através de golpes de um
pilão, em queda livre, onde uma bucha de
concreto seco é colocada na extremidade inferior
do tubo.
São estacas de carga elevada, são
necessários equipamentos específicos e mão de
obra especializada para sua execução.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas moldadas no local – Tipo Franki

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas Escavadas são aquelas executadas “in
situ” através da perfuração do terreno por
processo qualquer, com remoção de material,
com ou sem revestimento.
•Estaca tipo Strauss;
•Estaca trado rotativo;
•Estaca hélice contínua;
•Estaca Raiz.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas moldadas no local – Tipo Strauss
Estaca escavada com o emprego de uma
sonda, revestida por uma camisa metálica
recuperada que é cravada em toda sua
profundidade.
O revestimento garante a estabilidade da
perfuração e permite que não ocorra mistura com
o solo durante a concretagem.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas moldadas no local – Tipo Strauss

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas moldadas no local – trado rotativo

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas moldadas no local – Barrete

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas moldadas no local – Hélice contínua
É executada por meio de escavação com um
trado contínuo e injeção de concreto, sob pressão
controlada, através da haste central do trado
simultaneamente à sua retirada do terreno.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas moldadas no local – Hélice contínua

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Estacas moldadas no local – Hélice contínua

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Estacas moldadas no local – Hélice contínua

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas moldadas no local – Injetadas Tipo Raiz
A técnica de estacas injetadas foi
originalmente desenvolvida para reforço de
fundações e melhoramentos das características
mecânicas de solos. Inicialmente eram
denominadas estacas de pequeno diâmetro ou
micro estaca.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Estacas moldadas no local – Injetadas Tipo Raiz

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Estacas moldadas no local – Injetadas Tipo Raiz

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Uma vez escolhido o tipo de estaca cuja carga
admissível e espaçamento mínimo entre eixos
podem ser adotados com base nas tabelas
apresentadas mais a frente, o número de estacas
calcula-se por:

Nº de estacas= Carga do pilar / Carga


admissível da estaca

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
O cálculo da fórmula anterior
só é válido se o centro de carga
coincidir com o centro do
estaqueamento e se no bloco
forem usadas estacas do mesmo
tipo e do mesmo diâmetro.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
A disposição das estacas deve
ser feita sempre que possível de
modo a conduzir a blocos de
menor volume. A seguir serão
apresentadas algumas
disposições, mais comuns, para
as estacas
FUNDAÇÕES EM ESTACAS
No caso de haver
superposição das estacas de dois
ou mais pilares, pode-se unir os
mesmos por um único bloco.
Para pilares de divisa, deve-se
recorrer ao uso de viga de
equilíbrio.
FUNDAÇÕES EM ESTACAS
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FUNDAÇÕES EM ESTACAS
FUNDAÇÕES EM ESTACAS
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FUNDAÇÕES EM ESTACAS
FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Distância mínima recomendada entre as estacas hélice contínua é de 2,5 vezes o diâmetro.
As estacas hélice contínua podem ser executadas tangente as divisas se não houver
obstáculo para a torre da perfuratriz.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
FUNDAÇÕES EM ESTACAS
FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Bloco de Fundação
São utilizados para receber as ações dos pilares e transmiti-
las ao solo, diretamente ou através de estacas ou tubulões.
Estacas são elementos destinados a transmitir as ações ao
solo, por meio do atrito ao longo da superfície de contato e
pelo apoio da ponta inferior no solo. Há uma infinidade de
tipos diferentes de estacas, cada qual com finalidades
específicas.
Tubulões são também elementos destinados a transmitir as
ações diretamente ao solo, por meio do atrito do fuste com o
solo e da superfície da base.
Os blocos sobre tubulões podem ser suprimidos, com um
reforço de armadura na parte superior do fuste (cabeça do
tubulão).
FUNDAÇÕES EM ESTACAS
PILAR

BLOCO

ESTACA

TUBULÃO

a) b)
Figura - Bloco sobre: a) estacas e b) tubulão.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Figura – Esquema dos blocos sobre estaca da edificação

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Figura – Esquema dos blocos sobre estaca da edificação.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
O espaçamento (d) entre estacas deve ser
respeitado, não só entre as estacas do próprio bloco
mas também entre estacas de blocos contíguos.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
A distribuição das estacas deve ser feita, sempre
que possível, no sentido de maior dimensão do pilar.

Só será escolhido o bloco da figura “b”, quando o


espaçamento com as estacas do bloco contínuo for insuficiente.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Para os blocos com mais de um pilar, o “centro
de carga” deve coincidir com o centro de gravidade das
estacas.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Deve-se evitar a distribuição das estacas
indicada “a” por introduzir um momento de torção no
bloco.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
O estaqueamento deve ser feito, sempre que
possível, independente para cada pilar.
Deve-se evitar, quando possível, blocos
contínuos de grande extensão.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
No caso de bloco com duas estacas para dois
pilares, deve-se evitar a posição a posição da estaca
embaixo dos pilares.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Nos projetos comuns, não se devem misturar
estacas de diferentes diâmetros num mesmo bloco.
É recomendável indicar no projeto que os blocos
de uma estaca sejam ligados por vigas aos blocos
vizinhos, pelo menos em duas direções.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Para os blocos de duas estacas, devem ser
ligados pelo menos com uma viga.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Para os blocos de três estacas, não há
necessidade de vigas de amarração.
Essas vigas deverão ser dimensionadas para
absorver as excentricidades, permitidas por Norma,
que poderão ocorrer entre o eixo do pilar e o das
estacas.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Pilares de divisa:
A solução de pilares de divisa sobre
estacas é praticamente imediata, pois o valor da
excentricidade e fica determinado tão logo se
conheça o bloco de estacas que será usado,
uma vez que a distância das estacas à divisa já é
um dado do problema, estando o mesmo
indicado na tabela de estacas “a”.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Pilares com carga vertical e momento
O método que normalmente se usa é o da
superposição, que consiste em calcular a carga em
cada estaca somando-se separadamente os efeitos da
carga vertical e dos momentos.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Para ser válido este processo, os eixos x e y
devem ser os eixos principais de inércia e as estacas
devem ser verticais, do mesmo tipo, diâmetro e
comprimento.
A carga atuante numa esta genérica i de
coordenadas (xi, yi ) é dada por:

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Onde:
N é a carga vertical resultante, na cota de
arrasamento das estacas (incluindo o peso próprio
do bloco);
n é o numero de estacas;
Mx e My são os momentos, na cota de arrasamento
das estacas, considerados positivos conforme
indicado na figura anterior.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Os sinais a serem considerados nesta fórmula
dependem da posição da estaca. Tomando como
referência a figura anterior, quando se considera o
momento My, as estacas da direita terão sinal
positivo (+) e as da esquerda, negativo (-).
Analogamente, quando se considera o momento
Mx, as estacas de cima terão o sinal negativo (-) e as
de baixo, positivo (+).

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
O problema de estaqueamento sujeito a
momentos é resolvido por tentativas, lançando-se
um estaqueamento e calculando-se as cargas
atuantes nas estacas. O estaqueamento será aceito
se a carga nas estacas forem, no máximo, igual às
cargas admissíveis de compressão e de tração da
estaca.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
e.1.b

EXERCÍCIO
e.1.b

EXERCÍCIO
e.2

EXERCÍCIO
e.9

EXERCÍCIO

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