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Há seis anos a doutrina da ciência se encontra diante do público alemão. A acolhida que
teve, da parte de leitores variados, foi muito variada - encontrou na maioria deles
adversários veementes e apaixonados, em alguns deles apologistas insuficientemente
informados, em alguns poucos deles adeptos e colaboradores brilhantes. - Há cinco anos
encontra-se em minha mesa de trabalho uma nova exposição dessa ciência, segundo a
qual eu costumava orientar minhas aulas. Neste inverno estou cuidando de uma
elaboração dessa nova exposição e espero poder apresentá-la impressa ao público na
próxima primavera.
Gostaria muito que o público, provisoriamente, isto é, até que se torne possível sua
própria convicção, tivesse a bondade de acreditar em mim quanto às duas afirmações
seguintes e de tomá-las como pressupostos para a leitura dessa nova exposição. A
primeira: Que, com exceção de alguns poucos indivíduos (e meus ouvintes diretos, dos
quais não cabe falar aqui), é como se não houvesse entre o público intelectual nenhuma
notícia da doutrina da ciência. A segunda: Que essa ciência é uma ciência inteiramente
recém-inventada, da qual nem sequer a ideia existia antes, e que só pode ser tirada da
própria doutrina da ciência e só pode ser julgada a partir de si mesma.
Quanto ao primeiro ponto: A Fundação da Doutrina da ciência, publicada há seis anos
como manual para meus ouvintes, não foi, ao que eu saiba, entendida por quase
ninguém e não foi útil para quase ninguém, a não ser para meus ouvintes diretos. Ela
parece não poder legitimamente dispensar uma complementação oral. Em minha
Filosofia do Direito e em minha Filosofia dos Costumes tive, parece-me, mais êxito em
expor claramente meus pensamentos, mesmo sobre a filosofia em geral. Mas - não sei se
por terem habitualmente dado pouca atenção às introduções e aos primeiros capítulos
desses escritos, ou se porque em geral é difícil dar às proposições derivadas de meu
sistema, sem suas primeiras premissas, a mesma evidência que se pode com facilidade
dar às premissas - parece, a julgar por todas as manifestações que encontrei depois da
publicação desses livros e mesmo por ocasião dela, que mesmo com eles o público não
chegou muito mais longe em relação ao ponto capital. Só as duas introduções à doutrina
da ciência e o primeiro capítulo de uma nova exposição desse sistema, que foram
publicados em um jornal filosófico, parecem ter sido melhor compreendidos e ter
despertado, em alguns leitores imparciais, expectativas favoráveis quanto à doutrina da
ciência. Mas, com esses textos, só é possível engendrar, no máximo, um conceito
provisório de meu projeto; neles esse projeto não é, de nenhum modo, executado e
completado efetivamente.
Em que medida meu brilhante colaborador, o Professor Schelling, em seus escritos
referentes à ciência da natureza e em seu sistema do idealismo transcendental,
recentemente editado, teve mais êxito em facilitar o acesso ao ponto de vista
transcendental, é algo que não quero examinar aqui.
Já declarei certa vez, em outro lugar, que - quanto a mim - estou disposto a assumir toda
a responsabilidade pela incompreensão quase universal que meu sistema encontrou no
passado, se com isso puder levar o público a interessar-se novamente pelo assunto
trazido à baila. Em se tratando de um sistema totalmente novo, que não segue a via de
um desenvolvimento a partir da ciência anteriormente existente e que foi encontrado por
uma via inteiramente outra, seu inventor precisa de uma longa prática com os mais
variados indivíduos, para adquirir a habilidade de tirá-lo de seu próprio espírito e
apresentá-lo diante de outros espíritos.
Gostaria, portanto, para garantir melhor êxito ao estudo da investigação anunciada, que
- não apenas, como é óbvio, os conceitos filosóficos hauridos em outros sistemas, mas
também os conceitos sobre a doutrina da ciência engendrados a partir daquilo que
escrevi até agora sobre ela - fossem deixados inteiramente de lado no estudo da nova
exposição, que meus escritos anteriores fossem provisoriamente considerados como
inexistentes e que os leitores se acreditassem convidados para uma investigação nova,
jamais trazida à baila anteriormente. Provisoriamente - digo eu -, isto é, até que seja
possível retomar aqueles conceitos com mais legitimidade e com outra clareza, e
considerar sob outra luz aqueles escritos, que com isto não são, de modo nenhum,
declarados ineptos. Pois não se creia que a preocupação já várias vezes manifestada por
pessoas cautelosas que não gostam de ocupar-se aleatoriamente com as coisas do
pensamento - eu poderia, depois de ter atormentado o público com o estudo intensivo de
uma doutrina abstrata, mais cedo ou mais tarde retirá-la, e então toda a fadiga aplicada a
seu estudo estaria perdida -, que essa preocupação, digo eu, se tenha concretizado agora.
Só é possível retirar aquilo que se opinou; mas aquilo que se soube efetivamente não se
pode retirar. Aquilo que se pode saber é o que é cabalmente e permanentemente certo
para sempre; para quem essa certeza se revelou uma vez, ela permanece enquanto ele
próprio permanecer. Ora, se com a descoberta da doutrina da ciência engendrei em mim
um saber efetivo, como certamente o afirmo, então esse saber pode bem ser exposto
com mais clareza para outros (não para mim), mas nunca poderá ser retirado; e se algum
de meus leitores, por ocasião daqueles escritos, engendrou em si um saber, este não
pode nunca ser tomado dele, mesmo que eu, por doença ou velhice, viesse a cair em tal
fraqueza de espírito que deixasse de perceber aquilo que agora percebo muito bem,
deixasse de entender meus próprios escritos e nessa incompreensão os retirasse.
Passo ao segundo ponto. A doutrina da ciência, disse eu, é uma ciência cabalmente
nova. Antes dela não existiu nada que lhe fosse sequer semelhante.
Desde Kant - que ele conduziu a filosofia até uma altura nunca atingida antes é algo tão
certo, quanto é certo que sua Escola não foi mais adiante do que ele
(O Professor Beck, como autor de O Único Ponto de Vista Possível, eu não considero
como pertencente a essa escola, assim como também Kant se afastou dela. Ele estava a
caminho da doutrina da ciência. Se tivesse tornado seu projeto inteiramente claro para si
mesmo, ele a teria descoberto. Nota do Autor)
(Este último, em sua Clavis Fichtiana. Esta chave pode bem ser que não funcione, pois
seu fabricante não conseguiu entrar. Nota do Autor)
levaram a sério, de fazer preceder - digo: preceder! - a crítica da razão por uma
metacrítica da linguagem, deveria ter-se tornado claro que, já que na vida efetivamente
nos entendemos, teria de haver na razão, tanto para esse entendimento como para a
eterna cisão sobre a filosofia, um meio de unificação superior ao conceito e à sua cópia
de segunda mão, frequentemente tão falsificada, que é a palavra. E que esse meio de
unificação superior poderia ser a intuição, diante de cujo tribunal teriam de colocar-se o
próprio conceito e seu suplente, a palavra; de tal modo que, de agora em diante, uma
metacrítica da linguagem filosófica seria tão pouco necessária quanto uma metacrítica
das expressões: ponto matemático, linha, e assim por diante.
Logo, a filosofia seria um conhecimento da própria razão por si mesma - por intuição. A
primeira parte desta definição é a importante descoberta de Kant, que este, contudo, não
chegou a executar; a segunda, como condição de possibilidade dessa execução, foi
acrescentada pela doutrina da ciência; logo, esta é uma ciência inteiramente recém-
descoberta.
Só peço que não rejeitem de antemão e sem exame essa ideia, tão logo ouçam
pronunciar as palavras doutrina da ciência e intuição e intuição intelectual (pois é de tal
intuição que parte a doutrina da ciência) - à maneira de Kant, que recentemente se pôs a
explicar às pessoas as expressões que elas mesmas utilizam, de tal modo que estas têm
de ser consideradas incorretas de qualquer modo que se empreguem. "Doutrina da
ciência é...lógica pura; por isso é trabalho vão tentar extrair dela um objeto real".
Intuição intelectual "seria... uma intuição não sensível de algo consistente e em repouso;
o que é absurdo".
(Este é o sentido, ainda que não com as mesmas palavras, do artigo de Kant contra
Schlosser: Sobre o Tom Pomposo em Filosofia. Nota do Autor)
Doutrina da ciência, para mim, absolutamente não é lógica; chego a banir inteiramente a
lógica pura do âmbito da filosofia. Intuição intelectual, para mim, não é intuição de algo
consistente. O que ela seja, justamente porque toda intuição está em um plano superior
ao conceito, não pode tornar-se concebível; só é possível travar conhecimento com ela
tendo-a. Quem ainda não a conhece, que espere por nossa exposição; ou pense,
enquanto isso, em sua consciência do traçar uma linha (não na linha traçada), que -
espero eu - também não é algo consistente. A doutrina da ciência é máthesis, não
somente segundo a forma exterior, mas também segundo o conteúdo. Descreve uma
série contínua da intuição e demonstra todas as suas proposições na intuição. É a
máthesis da própria razão. Assim como, por exemplo, a geometria abrange o sistema
inteiro de nossas delimitações do espaço, ela abrange o sistema da razão inteira. - Eu
desejaria que ninguém se dispusesse ao estudo da doutrina da ciência sem algum
conhecimento da matemática - o único procedimento materialiter cabalmente científico
que existe entre nós - e sem uma clara penetração do fundamento da evidência imediata
e da validade universal dos postulados e teoremas matemáticos. A quem percebe, por
exemplo, por que a proposição: "Entre dois pontos só é possível uma linha reta" - colige
a infinidade dos casos possíveis em uma unidade e os presentifica, e de onde nasce a
certeza imediata de que, se a razão permanece razão, nunca ocorrerá nenhum caso que a
contrarie; a este posso prometer com bastante confiança que entenderá a doutrina da
ciência, em sua nova exposição, com a mesma facilidade com que entende a geometria.
Quem não o percebe - e tenho razões para acreditar que em muitos chega a faltar o
sentido para aquela evidência e validade universal, e que estes só não contradizem a
geometria porque esta está estabelecida como ciência evidente -, a estes eu poderia
desaconselhar o estudo da doutrina da ciência. Ela se encontra em um mundo
absolutamente inexistente para eles.
Porque a doutrina da ciência é matemática, ela tem as vantagens da matemática.
Em primeiro lugar, a mesma evidência imediata. Nela não tem lugar nenhuma
vacilação, nenhum vaivém da reflexão, nenhuma ponderação para saber se se quer ou
não aceitar uma afirmação. Quem não acerta o ponto correto, absolutamente não a
entende; quem o acerta é arrebatado por ela com clareza e necessidade imediatas; não
pode ver de outro modo, que não seja assim. - A mesma determinidade completa. Seja
qual for o signo a que ela vincule seu objeto, que ela o chame de eu, de não eu, de X ou
de Y - o signo não é nada: só aquilo que aparece na intuição imediata de cada um é o de
que se trata. Isto não pode vacilar e alterar-se entre as mãos, como um punhado precário
trazido de uma linguagem precária, ao qual um associou mais, outro menos em sua
fantasia, e que o mesmo sujeito desenvolve ora com mais precisão, ora com menos; mas
é para toda razão o mesmo, e permanece o mesmo para todo ser racional, pelo menos
enquanto este permanece para si mesmo. - A mesma irrefutabilidade. Sobre a doutrina
da ciência - e contra a doutrina da ciência - absolutamente não se pode discutir. Ou se
penetra sua proposição, e nesse caso ela é aceita imediatamente, ou não se penetra essa
proposição. Neste caso, ela absolutamente não está existindo para nós; e se contudo a
contradizemos, não estaremos contradizendo o que ela disse, mas algo que nós mesmos
forjamos. - Como, e a partir de que premissas, se pode então discutir contra aquela
ciência? Acaso, como até agora se tentou, a partir de conceitos e proposições
desenvolvidas por conceitos? Mas, segundo a regra de toda discussão, o adversário tem
de estar de acordo com aquilo a partir do qual se argumenta contra ele. Ora, a doutrina
da ciência não deixa, terminantemente e sem nenhuma exceção, valer nenhum conceito
que ela não tenha engendrado, no interior de seus limites, a partir da intuição; e nenhum
de seus conceitos vale para ela mais, ou algo outro, do que aquilo que estava contido na
intuição. - Ou quer-se recusar então a ela a intuição e o que está contido nesta? -Nesse
caso, ela é meramente negada, mas não refutada. Quem nega ao geômetra que entre dois
pontos não é possível mais de uma linha reta é, sem dúvida, alguém que não pode ser
convencido disso, e suprimiu a possibilidade de toda geometria. Mas penso que nenhum
homem de entendimento são se importará com ele.
Mas, como a filosofia não conta com a mesma autoridade que a geometria - será que
contra a matemática, quando esta foi tratada cientificamente pela primeira vez, não
foram levantadas as mesmas objeções que agora são feitas contra a filosofia; e será que
os não pensantes de nossa época são impedidos por outra coisa, que não a autoridade, de
fazer ainda hoje, contra a matemática, objeções semelhantes?
- como ainda não lhe é permitido deixar de se importar, sumariamente, com aquele que
afirma em seu domínio coisas semelhantes ao que seria, no domínio do geômetra, a
afirmação: "Entre dois pontos são possíveis infinitas linhas retas diferentes" - ela tem,
em contrapartida, um recurso que o matemático não tem em seu domínio, embora o
tenha em geral, para esse caso, na filosofia: consiste em poder fazer com que aquele que
a contradiz regrida da afirmação que faz para outra qualquer, que ele próprio não
entende e para cuja explicação não é capaz de pronunciar uma palavra inteligível
sequer; e assim torna claro para todos - e para ele próprio - que seu entendimento e sua
razão são derivados propriamente de um desentendimento e de uma irracionalidade
absoluta.
Praza aos céus que, com esta nova exposição - cujo entendimento garanto a todo aquele
que simplesmente seja dotado de inteligência cientifica -, o público filosofante tenha a
ocasião de, afinal, interessar-se seriamente pela doutrina da ciência. Desde Kant, as
cabeças um pouco melhores nesse domínio, com exceção de poucas, continuaram a falar
cada uma para si, sem escutarem umas às outras; e assim, em vez de um diálogo
cientifico, elevou-se um clamor selvagem, confuso e entrecruzado de todas. Revelou-se
alguma autonomia de pensamento; mas o dom de entender aos outros parece ter-se
perdido inteiramente. É tempo, para o bem da ciência, de encetar outro caminho. Por
mais profundamente que eu, quanto a mim, possa estar convencido da evidência e da
irrefutabilidade da doutrina da ciência, ainda assim, para com os outros, a fim de
reconhecer a autonomia de sua razão e simplesmente tornar possível o exame próprio de
cada um, e provisoriamente, isto é, até que a tenham estudado, devo-lhes a
pressuposição de que posso, contudo, ter-me enganado; do mesmo modo que o
matemático tem de pressupor isso, no início de seu ensino e quando, diante do
discípulo, parece ainda apenas procurar sua ciência. Faço aqui, explicitamente, essa
pressuposição; em contrapartida, exijo de todos os seres racionais, provisoriamente, isto
é, até que me tenham refutado, a pressuposição equivalente de que, do mesmo modo,
posso também estar certo.
Depois que, diante dos ouvidos do mundo todo, a partir de considerações como as que
foram feitas acima e que forçosamente levam a meditar todo aquele que sabe algo de
ciência, são feitas promessas como a que foi feita acima - depois de ter sido prometido,
como já ocorreu muitas vezes, que tal filosofia elevaria à pureza e à clareza todas as
outras ciências -, seria, sem dúvida, imperdoável que continuassem a falar, sem sequer
parar para ouvir o que será dito em seguida, ou, como tem ocorrido até agora, se
limitassem, quando muito, a atirar apressadamente ao autor um gracejo tolo ou um
insulto.
Leia-se, portanto, e aliás até ter entendido - em seguida aceite-a ou refute-a quem puder;
ou, quem não quiser fazer tudo isso,fique calado de agora em diante sobre tudo que diz
respeito à filosofia. Não é possível adotar razoavelmente, nestas circunstâncias, outro
critério. É preciso, em nome de Deus, levar a sério de uma vez por todas a revolução na
filosofia, sobre a qual há mais de um século se fala tão a torto e a direito. Que fique para
trás quem ficar para trás, mas que saiba que está atrás, se cale e não extravie os outros,
que querem seguir adiante.
Não me interessarei em assinalar os numerosos erros que, desde o aparecimento da
doutrina da ciência, contra esta ou sem tomar conhecimento dela, se elevaram no
domínio da filosofia. O que é passado passou. Mas, depois que a nova exposição - cujo
entendimento presumo, com todo direito, em todos, e a cujos princípios poderei referir-
me -, estiver diante do público, passarei a fiscalizar, em um periódico próprio, o
progresso da filosofia.
O choque provocado, mais uma vez, por este próprio anúncio e pelo seu tom, peço que
o contenham por ora, até terem entendido a própria exposição anunciada. Mesmo o tom
decorre do assunto e só pode ser julgado a partir dele.
Nas acusações de arrogância, feitas tão frequentemente contra mim e contra outros
defensores da doutrina da ciência, foi esquecido precisamente o ponto mais execrável de
nossas presunções, a saber, que com toda seriedade temos a pretensão de possuir e
ensinar ciência - eu digo: ciência. Aqueles que narram uns aos outros suas opiniões têm
de ser tolerantes e corteses entre si, pois a opinião do outro pode muito bem ter tanto
valor quanto a sua. Entre eles se diz: viver e deixar viver, conjeturar e deixar conjeturar.
Eles têm de ser modestos na forma exterior porque no essencial são completamente
arrogantes; pois é a mais monstruosa das arrogâncias acreditar que importa algo para o
outro saber o que nós opinamos. Mas alguém cuja ciência - que não é nunca assunto dos
indivíduos, e sim propriedade de todo o reino da razão - deva ser modesta para com a
ignorância, é uma das coisas que nunca pude conceber. Logo, tudo depende unicamente
de saber se nossa pressuposição - de que possuímos ciência - é correta. Decida-se
primeiro algo quanto a isso: em seguida, o mesmo se dará também quanto à arrogância.
Muito estranha é a excitação desses filósofos de bando contra o filósofo sozinho.
Quanto a este ponto, não o concebo de outro modo, a não ser assim: ou se é filósofo
sozinho ou se é não filósofo; e, enquanto não demonstrarem que somos este último,
consideraremos, depois como antes, que somos o primeiro.
Para concluir: Espero fazer tanto pela clareza e pela inteligibilidade nesta nova
exposição, que não seja preciso, quanto a isso, mais nenhum auxílio suplementar e
nenhuma nova exposição ainda mais clara. Quanto à elegância científica, a sequencia
rigorosa das partes, com exclusão de tudo o que for alheio, à determinação da
terminologia por signos verbais, a um sistema de signos para conceitos puros (como a
característica universal já buscada por Leibniz, que só é possível depois da doutrina da
ciência), cuidarei disso mais tarde, depois que se verificar que a época utilizou esta
próxima exposição e está preparada para uma exposição puramente científica.