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Discentes:
LAVRAS-MG
2018
INTRODUÇÃO
Os trocadores de calor tipo carcaça e tubos, por garantirem uma ótima área para
transferência de calor, são os TC mais utilizados em processos industriais, como:
aquecimento, resfriamento, condensação, evaporação, entre outros.
São estruturas com tubos normalmente circulares e paralelos, o qual existe o fluxo
de um fluido A, instalados internamente a carcaça que circula um fluido B. Projetados tanto
para a passagem do fluido a sofrer o processamento (aquecimento, resfriament, etc) pelos
tubos (flamatubular) ou pela carcaça (flamatubular).
Devido ao baixo custo, capacidade térmica e vantagens na sua fabricação, são
construídos preferencialmente com superfícies de troca de calor grandes e volume pequeno,
o que valoriza a condição do projeto e operação.
O projeto do TC se inicia sob a avaliação de uma unidade proposta, designada a um
serviço específico, sendo verificado a área de troca térmica e perda de carga, a fim de
mostrar a possibilidade útil do TC ou não.
OBJETIVO
O objetivo deste projeto é verificar se o fluxo de calor é suficiente para atende
demanda calórica para resfriamento de óleo de soja e saber se a temperatura final da água
de resfriamento atende ao limite aceitável.
CASO ESPECÍFICO
Em uma fábrica de alimentos existe um trocador de calor, de tipo carcaça e tubos,
que não está sendo utilizado, e o engenheiro de alimentos é incumbido da tarefa de analisar
a possibilidade de aproveitar esse equipamento para resfriar óleo de soja.
RESOLUÇÃO
Os cálculos foram feitos considerando duas temperaturas limites, na tentativa de
saber se seria possível adequar o uso do equipamento. Assim, estão apresentados os
cálculos considerando a temperando final da água de resfriamento a 20°C e a 38°C.
2. Características do Equipamento
2.1 Tubos
tfa = 21 °C
Figura 6 – Condutividade térmica óleo de soja obtido por Brock et. al (2008).
Os cálculos utilizados para obtenção dos valores do óleo de soja nos tubos são
dados pelas equações a seguir.
At = π . (Di)²/4 . Nt/Np
At = π .(0,0166)²/4 . 24/4
At = 1,3 .10-3 m²
5.1.3 Reynolds:
Rej = Di .Vmj .dj/ visj
Rej = 0,0166.1,1,854.922/0,0126
Rej = 2255,73
5.1.4 Prandtl:
Prj = Cpj .visj . 3600/kj
Prj = 0,47. 0,0126. 3600/0,1376
Prj = 154,94
Et = Pt – De
Et = 0,0254 – 0,0191
Et = 6,3.10-3 m
5.2.5 Reynolds:
5.2.6 Prandtl:
U=
( )
U=
( )
U = 337,91 kcal/h.m2°C
twi = 63,31 ºC
twe = 27,19 ºC
P= 0,571
X = 0,577
√
Fct =
√( )
√
Fct = 0,996726589
E= 3,4470 x 1019
G= (7/Rej)0,9 + 0,27(et/Di)
G = (7/2255.73)0,9+ 27 (0,000045/0,0166)
G = 0,006260705
F= 2,457 ln(1/G)16
F = 2,457 .ln (1/0,006260705)^16
F= 199,4479579
ft = 8 [(8/Rej)12+(E+F)-1,5](1/12) =
ft = 8 . [(8/2255.73)12 + (3,4470 x 1019+199,4479579) -1,5](1/12)
ft= 0,030353428
∆PL = 18,5534
∆PR = 3,6883
De = 0,01854m = 0,0608267736 ft
Res= 21387,553
∆Pc = 3628,88
2 Características do Equipamento
2.2 Tubos
3.4 Cálculo da temperatura da água na saída, para conferência, uma vez que
esse valor foi estimado:
Cpa = 0,998 kcal/kg°C
tfa = tia + (Qj/ma . Cpa)
tfa = 16 + (150400/8000. 0,998)
tfa = 38°C
Para o valor da condutividade térmica foi adotado o óleo de mamona, um outro óleo vegetal.
Os cálculos utilizados para obtenção dos valores do óleo de soja nos tubos são
dados pelas equações a seguir.
At = π . (Di)²/4 . Nt/Np
At = π .(0,0166)²/4 . 24/4
At = 1,3 .10-3 m²
5.1.3 Reynolds:
Rej = Di .Vmj .dj/ visj
Rej = 0,0166.1,1,854.922/0,0126
Rej = 2255,73
5.1.4 Prandtl:
Prj = Cpj .visj . 3600/kj
Prj = 0,47. 0,0126. 3600/0,145
Prj = 147,02
Et = Pt – De
Et = 0,0254 – 0,0191
Et = 6,3.10-3 m
Ga = ma/Ac . 3600
Ga = 6848,005245/2,88 .10-3.3600
Ga = 659,3787562 kg/m².h
5.2.5 Reynolds:
5.2.6 Prandtl:
U=
( )
U = 318,3471446kcal/h.m2°C
twi = 64,52442911 °C
twe = 32,47557089 °C
UC = 145,2448423Kcal/hm°C
P= 0,5405
X=
Fct = 0,911201199
E= 3,4470 x 1019
G= (7/Rej)0,9 + 0,27(et/Di)
G = (7/2255.73)0,9+ 27 (0,000045/0,0166)
G = 0,006260705
F= 2,457 ln(1/G)16
F = 2,457 .ln (1/0,006260705) 16
F= 199,4479579
ft = 8 [(8/Rej)12+(E+F)-1,5](1/12) =
ft = 8 . [(8/2255.73)12 + (3,4470 x 1019+199,4479579) -1,5](1/12)
ft= 0,030353428
∆PL = 0,124579161
∆PR = 3,688313891
∆Pc = 4,648690021
CONCLUSÃO
O aço inoxidável 304 foi selecionado para ser utilizado pois apresenta excelentes
propriedades, valendo destacar resistência a corrosão, resistência mecânica e facilidade de
limpeza. Além disso, o aço inox é inerte à grande maioria dos alimentos, normalmente não
forma fissuras e assim impossibilita a formação de biofilmes.
Existe um limite de segurança e economia para o funcionamento do trocador de calor
do tipo carcaça e tubos, para que não haja sobrecarregamento do equipamento. O trocador
de calor em questão era alimentado com água de refrigeração na temperatura inicial de
16°C, sendo que o limite de temperatura deveria ser de 38°C. Nos extremos de temperatura,
17 e 38°C, o trocador apresentou-se fornecendo uma taxa de transferência de calor abaixo
da margem de segurança encontrada.
A variação de temperatura de água de resfriamento está relacionada com o calor que
é transferido do equipamento. Quanto menor a diferença de temperatura da água no
trocador (entre a entrada e saída), maior será sua vazão pelo casco e maior o calor que o
equipamento irá transferir para resfriar o óleo de soja.
De acordo com os valores calculados, o trocador deveria fornecer uma taxa de calor
entre 157920 kcal/h e 172960 kcal/h. Considerando a temperatura da água na saída a 17 e
38°C, os valores encontrados para a taxa de calor fornecida foram, respectivamente,
99377,88 e 40631,88 kcal/h. Assim, pode-se concluir que nessas condições, o trocador de
calor não pode ser utilizado para resfriar o óleo de soja.
Para um trocador de calor do tipo carcaça e tubos é imprescindível definir onde os
fluidos devem circular: pelo lado interno (feixe tubular) e pelo lado externo (casco). Neste
projeto, o óleo de soja foi escolhido para circular no feixe tubular e a água de resfriamento,
no casco. A escolha foi feita pensado que o óleo de soja apresenta maior tendência à
incrustação quando comparada à água de resfriamento.
A velocidade de escoamento é mais uniforme e mais fácil de ser controlada pelo lado
dos tubos, e como a mesma influi no depósito de sujeira, recomenda-se circular o fluido
mais sujo (com maior fator de incrustação) no lado dos tubos. Além disso, a limpeza
mecânica e química é mais facilitada na tubulação. No casco, a limpeza mecânica, às
vezes, é impraticável e a limpeza química pode ser não tão eficiente, devido às zonas de
baixa turbulência.
Quanto ao escoamento do óleo de soja, a velocidade econômica está adequada,
uma vez que o valor encontrado foi de 1,854 m/s e o recomendado é que o valor seja menor
que 2,0 m/s.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS