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Engenharia de Processo Químico

Síntese de Sistemas de Integração


Energética
Tecnologia PINCH
• Economizar
energia
• Reduzir
consumo de
utilidades
• Reduzir custos
operacionais
Síntese de Sistemas de Integração
Energética
A integração energética consiste no aproveitamento
do calor das correntes quentes (aquelas que
precisam ser resfriadas) para aquecer as correntes
frias (aquelas que precisam ser aquecidas) com o
concomitante resfriamento das correntes quentes
promovendo a redução do consumo de utilidades
pelo processo.
O artifício adotado consiste em tratar o calor como
uma mercadoria demandada pelas correntes frias e
ofertada pelas correntes quentes. A rede de
trocadores serviria de entreposto de compra e venda
de calor.
Trocadores de Calor
São equipamentos que permitem a transferência de calor
entre duas correntes
Exemplo: Trocador de calor casco e tubo em contra corrente
60 oC 300 oC

200 oC Equações de Projeto 250 oC


1a Lei da
Termodinâmicacomo não há trabalho mecânico
(W) envolvido em um trocador de
calor
Onde F é vazão mássica e Cp é a
capacidade calorífica do fluido
considerada constante no intervalo de
temperatura do trocador .
Método LMTD (“Log-mean Temperature
Difference”)

Onde

1, 2 → extremidades do trocador

Coeficiente Global de Transferência de Calor


Exemplo: Seja o seguinte problema associado ao projeto de
um processo

?
C1 200oC

Reator
30oC
H1
350oC
? 150oC
C2
30oC
? 200oC

Dados das correntes:


Corrente F Cp (kW/oC) Tin (oC) Tout (oC)
C1 1,0 30 200

C2 1,5 30 200

H1 2,0 350 150

Dados das utilidades:


Temperatura: 230 Água de Temperatura: 32
Vapor Saturado: (oC) resfriamento: (oC)
Preço: 5x10-6 $/kJ Preço: 3x10-7 $/kJ
Dados dos projetos dos equipamentos:

U = 600 W/m2 K (com vapor) U = 400 W/m2 K (sem vapor)

Custo do trocador: para A em m2

Dados econômicos do projeto:

• Horizonte de Tempo: 10 anos;


• Taxa mínima de atratividade: 15%;
• Fator de anualização: 0,2;
• Número de horas de operação anuais:
8000h/ano.
Alternativa 1: Sem integração energética
C1 200oC

Reator
30oC
I H1

350oC 150oC
C2 III

30oC 200oC III → Água


II

I e II →
Vapor Custos Operacionais
Trocador Trocador II: Trocador III:
I:
Alternativa 1: Continuação - Investimento
Trocador I:

Trocador II:

Trocador III:

Total Custo Total Anualizado


: (CAT):
Alternativa 2: Com integração energética
C1 200oC

Reator
30oC
I H1

350oC
C2
30oC 200oC
II III →
Vapor

Custos Operacionais
Trocador Trocador II: Trocador III:
I:

Sem consumo de utilidades


Alternativa 2: Continuação - Investimento
Trocador I:

Trocador II:

Trocador III:

Total Custo Total Anualizado


: (CAT):
Exemplo: Conclusão

Sem integração energética

Com integração energética

Economia de 62948 $/ano


O problema de síntese;
“Dados um conjunto de correntes quentes, um
conjunto de correntes frias e um conjunto de
utilidades, determinar o sistema de custo mínimo
capaz de conduzir as correntes das suas
temperaturas de origem às suas temperaturas de
destino”.
Apesar de ser um critério de desempenho bastante adequado para o
problema de otimização da síntese de redes de trocadores de calor, a
minimização direta do custo total anualizado é uma tarefa complexa,
pois envolve variáveis inteiras e variáveis contínuas.
TECNOLOGIA PINCH

Metas

Busca do consumo Busca do número


mínimo de utilidades mínimo de
trocadores de calor
Observação:
Pode-se considerar que o consumo de utilidades e a área total da rede
estão ligadas, ou seja, redes de consumo de utilidades similares possuem
áreas totais similares. Desta forma, a otimização do investimento torna-
se melhor representada pelo número de equipamentos.
Etapas (Linnhoff e Hindmarsh, 1983):

➢ Determinação da rede de mínimo consumo de utilidades;

➢ Evolução controlada da rede para a redução do número de trocadores.


Integração energética

Aproveitamento do calor de correntes quentes, que


precisam ser resfriadas, para aquecer correntes
frias, que precisam ser aquecidas.

Redução do custo de utilidades de


resfriamento e de aquecimento da planta!!!
Exemplo Ilustrativo adaptado de Douglas (1988)

Tabela 1 – Dados térmicos levantados do processo


exemplo

F·Cp Tentrada Tsaída Q disponível


corrente Condição
(kW/oC) (oC) (oC) (kW)
H1 Quente 1 250 120 130
H2 Quente 4 200 100 400
C1 Fria 3 90 150 -180
C2 Fria 6 130 190 -360
Total disponível -10
=
Intervalos de Temperatura para cada corrente

250 240
1
200 190
2
150
150 3
130
120
4
100 5
90
Cp (kW/K) 1,0 4,0 3,0 6,0
Como Resolver Problemas de Integração energética

Corrente Quente Correntes que precisam perder


calor, serem resfriadas

Corrente Fria Correntes que precisam receber


calor, serem aquecidas

Faixa de troca: A temperatura da corrente quente


deve ser maior que a temperatura da corrente fria,
para que haja troca de calor!!!

Importante!!! Correntes frias não são


necessariamente as correntes do processo que
estão em temperatura baixas e vice versa.
O calor fornecido/requerido a uma corrente que passa
por um trocador de calor leva a variação de sua entalpia

Capacidade calorífica mássica


= Cp
Capacidade calorífica molar = Cp

onde Cp = F ×cp ou F ×cp , dado por exemplo, em


[KW].[°C]-1.
Com isto, um gráfico de Temperatura x Entalpia da
corrente
* inclinação dada por 1/CP

Eixo da entalpia está propositalmente iniciando em uma


entalpia H(in). O valor de início não é importante, uma vez que o
que importa neste caso é a quantidade de calor H que a
corrente precisa
• Correntes frias somente podem receber calor de correntes
quentes que tenham temperaturas mais elevadas, e vice-
versa.

• Em trocadores de calor, deve haver uma diferença mínima


de temperatura entre a corrente que cede calor e a corrente
que recebe calor.
• O valor mínimo permitido para esta diferença é
denominado ∆Tpinch. O termo pinch, do inglês,
representa estrangulamento, indicando o ponto
de aproximação máxima das correntes quentes
e frias.

• Valores muito altos de ∆Tpinch não permitem boa


integração energética; por outro lado, valores muito baixos
de ∆Tpinch podem requerer custo capital muito elevado para
a aquisição dos trocadores de calor, por exigir elevada área.

• Tipicamente, valores de ∆Tpinch situam-se entre 5-40°C.


Exemplo: Caso de um caso com duas
correntes, quente e fria
Exemplo: Ilustração do calor recuperado,
utilidades quentes e frias e ∆Tpinch
∆Tpinch = 20
0
C

Calor recuperado : Calor que pode ser integrado em um processo com correntes
quentes e frias.

Utilidades frias: Calor das correntes quentes do processo que não pode ser integrada.

Utilidades quentes: Calor das correntes frias do processo que não pode ser integrada.

ΔT pinch: Valor mínimo da faixa de troca. Ponto de aproximação máxima das correntes frias e correntes quentes
• Gráficos T&H - Permite visualizar facilmente o calor
recuperado, as utilidades frias e as utilidades quentes

• O eixo de H indica quanto calor a corrente precisa ceder


ou receber.

• A troca de calor deve respeitar o fato de que a


temperatura da corrente quente deve ser sempre ∆Tpinch
superior à da corrente fria.

• Claramente, as correntes que trocam calor não podem se


cruzar
Mas o processo compreende um grande
número
de correntes...

Curva Composta
Gráficos T&H contendo as correntes, frias ou
quentes,
agrupadas por faixa de temperatura.

Permite determinar a quantidade de calor por faixa de


temperatura.
Curvas Compostas
As demandas de utilidades de um sistema podem ser visualizadas
através de um diagrama Temperatura versus Entalpia (T vs H).
Essas curvas consistem nos perfis de T vs H do calor disponível no
processo (curva compósita quente) e da demanda de calor no
processo (curva compósita fria) desenhados juntos em uma mesma
representação gráfica.
Formação da curva composta quente. Fonte: (Kemp, 2007)
Exemplo 1: Monte a curva composta
considerando as seguintes correntes:

1) Elaborar a tabela de informações do


problema
2) Dispor as correntes por faixa de temperatura

3) Montar a tabela de cálculos por faixa de temperatura

4) Elaborar o gráfico T vs. H, a curva composta:


Exemplo 1: Monte a curva composta
considerando as seguintes correntes:
Determinação da Curva Composta

Exemplo Ilustrativo adaptado de Douglas (1988)


Tabela 1 – Dados térmicos levantados do processo
exemplo
Tentrada Tsaída
corrente Condição F·Cp (kW/oC)
(oC) (oC)
H1 Quente 1 250 120
H2 Quente 4 200 100
C1 Fria 3 90 150
C2 Fria 6 130 190
A) Construção da Curva Composta das Correntes Quentes:

Temperatura Q (kW) Qacumulado (kW)


(oC)
100 0 0
120 4 (120 – 100) 80
200 (4 +1) (200 – 120) 480
250 1 (250 – 200) 530

B) Construção da Curva Composta das Correntes Frias:

Temperatura Q (kW) Qacumulado (kW)


(oC)
90 0 0
130 3 (130 – 90) 120
150 (3 +6) (150 – 130) 300
190 6 (190 – 150) 540
T (oC)

250

200

150

100

100 200 300 400 500 600


H (kW)
T (oC)

250

200

150

100
70

60 100 200 300 400 500 600


H (kW)
Curvas Compostas representadas em um mesmo gráfico.
Fonte: (Beninca, 2008).
Smith, 2005 – Capítulo 16, Chemical Process Design and Integration
Determinação do Mínimo Consumo de
Utilidades
Exemplo Ilustrativo adaptado de Douglas (1988)
Tabela 1 – Dados térmicos levantados do processo
exemplo
F·Cp (kW/oC) Tentrada Tsaída
corrente Condição
(oC) (oC)
H1 Quente 1 250 120
H2 Quente 4 200 100
C1 Fria 3 90 150
C2 Fria 6 130 190
2.2 Passos para a resolução do problema
A) Determinação do intervalo de temperatura mínimo nas trocas
(“approach”mínimo):

O valor de é determinado pelo coeficiente de transferência de calor


global (U) e pela geometria do trocador de calor.

• trocador de casco e tubo deve estar entre 10 e 20 oC (petroquímica);

• trocadores de calor de placas 3-5oC (baixas temperaturas).

A seleção do valor de tem implicações tanto nos custos de


energia quanto de capital. Quanto menor for seu valor maior será a
área de troca requerida, enquanto quanto maior for essa diferença
menos energia será recuperada pela rede e, portanto, maior será a
demanda por utilidades.
B) Estabelecimento dos intervalos de temperatura –

TEMPERATURA DESLOCADA

Tq corresponde a temperatura da corrente quente, Tf corresponde a temperatura da corrente fria, T’q corresponde a
temperatura deslocada da corrente quente, T’f corresponde a temperatura deslocada da corrente fria.
B) Estabelecimento dos intervalos de temperatura –
temperatura deslocada;
245 oC
1
195 oC
2
155 oC

135 oC
3
115 oC 4
95 oC 5
C (kW/K) 1,0 4,0 3,0 6,0
C) Determinação da carga térmica líquida em cada intervalo;

para cada intervalo:


C) Determinação da carga térmica líquida em cada intervalo;

∆T oC
245 oC

50 (1) X (245 - 195) = + 50 kW


195 oC
40 (1 + 4 - 6) x (195 -155) = - 40
155 oC kW
20 ( 1 + 4 - 6 - 3) x ( 155 -135) = - 80
135 oC
20 kW
115 oC ( 1 + 4 - 3) x (135 - 115) = + 40 kW
95 oC 20 ( 4 - 3) x (115 - 95) = + 20 kW

C (kW/K) 1,0 4,0 3,0 6,0


C) Determinação da carga térmica líquida em cada intervalo;

para cada intervalo:

Q1 = (1) X (245 - 195) = + 50 kW

Q2 = (1 + 4 - 6) x (195 -155) = - 40 kW

Q3 = ( 1 + 4 - 6 - 3) x ( 155 -135) = - 80 kW

Q4 = ( 1 + 4 - 3) x (135 - 115) = + 40 kW

Q5 = ( 4 - 3) x (115 - 95) = + 20 kW

obtendo-se um total de – 10 kW. Este método leva ao mesmo valor


obtido pela 1a lei da termodinâmica, isto é, a diferença líquida entre o
calor disponível nas correntes quentes e frias.
Opção 1
Satisfazer o aquecimento e o resfriamento líquido requerido em
cada intervalo de temperatura a partir de uma utilidade.

50
-40
Utilidade Utilidade
Quente -80 Fria
40
20

Esse é o caminho mais pobre do ponto de vista de engenharia, pois


não se aproveita nada do calor disponível no processo.
D) Transferência do excesso/déficit de calor em cada intervalo
para o intervalo imediatamente inferior;
Qi Qin → Qout
245 oC

+50 0 → +50
195 oC
-40 +50 → +10
155 oC

135 oC
-80 +10 → -70
115 oC +40 -70 → -30
95 oC +20 -30 → -10
C (kW/K) 1,0 4,0 3,0 6,0
* Observação: O resultado obtido até esse ponto corresponde apenas a
aplicação da 1a Lei da Termodinâmica.
A 2a Lei da Termodinâmica foi
E) Adição do valor do maior déficit de energia cumulativo no topo
da cascata;
F) Repetição do processo de “cascateamento” do excesso de calor
ao longo dos intervalos;

Q*acumulado
245 oC

+50 +50 +70 → +120


195 oC
+10 -40 +120 → +80
155 oC
-70 -80 +80 → 0
135 oC Tpinch
115 oC -30 +40 0 → +40
95 oC -10 +20 +40 → +60
G) Identificação do consumo mínimo de utilidades nas
extremidades da cascata;

Utilidade * Acima do Pinch somente


Quente utilidade quente
+70
+50
+120
-40
O sistema é +80
subdividido em -80 * Não há transferência de
dois subsistemas 0 calor através do Pinch
+40
+40
+20
+60
Utilidade * Abaixo do Pinch somente
Fria utilidade fria
G) Identificação do consumo mínimo de utilidades nas
extremidades da cascata;
Utilidade Quente
QH = +(70) kW

Acima do
Pinch

Abaixo do
Pinch

Utilidade Fria
QC = +(60) kW
2.4 Grande Curva Composta (GCC)

A GCC mostra a variação do calor fornecido e demanda de calor do


processo. A partir desse diagrama, pode-se determinar a quantidade de
utilidade a ser utilizada.

Temperatura Q (kW)
(oC)
245 70
195 120
Média entre TH e Carga térmica
155 80
TC em cada acumulada
135 intervalo 0
115 40
95 60
T (oC)

250 Utilidade Quente

200

150
Tpinch = 135

100
Utilidade Fria

20 40 60 80 100 120
H (kW)
T (oC)

250 Utilidade Quente

Utilidade Quente
200

Utilidade Quente
150
Tpinch = 135

Utilidade Fria 1
100
Utilidade Fria Utilidade Fria 2

20 40 60 80 100 120
H (kW)
Determinação do Número Mínimo de
Trocadores de Calor
Conceito

Seja um problema de integração energética composto por NS


correntes e NU utilidades, o número mínimo de trocadores de calor é
dado por:

NTC = NS + NU -1
Na determinação do número mínimo de utilidades, a presença
do Pinch divide a rede em duas (ou mais) regiões (subproblemas).
Neste caso, esta restrição acarreta que o número mínimo de trocadores
seja a soma do resultado obtido em cada região separadamente.

No exemplo estudado:
NTCglobal = NS + NU -1 NTCc/ pinch = NTCacima do pinch + NTCabaixo do pinch
= 4 + 2 -1 = (4 + 1 -1) + (3 + 1 -1)
= 5 trocadores de calor = 7 trocadores de calor

Quando há Pinch, o mínimo de utilidades pode ser incompatível com o número


mínimo de trocadores de calor. Nestes casos, é possível reduzir o número de
trocadores de calor as custas de um maior consumo de utilidades ou violação do
ΔTmin. Este processo envolveria um “trade-off” entre estes fatores:

Consumo de Número de Área dos Número de


Utilidades trocadores trocadores trocadores
3.2 Área Mínima de Transferência de Calor da
Rede
Antes da síntese da rede, muitas vezes torna-se útil a determinação de
uma estimativa preliminar da área de troca térmica da mesma (ou seja,
da soma das áreas de todos os trocadores de calor). Esta estimativa
permite definir uma estimativa para o investimento da rede.

onde “i” é número de intervalos da curva composta,


definidos pelas regiões de inclinação constante

onde “j” é número de correntes presentes no


intervalo.
Exemplo ilustrativo:
Corrente h (W/m2 oC) RD (m2 oC/W)

H1 250 0,0001
H2 1000 0,0002
C1 1000 0,0001
C2 500 0,0002
HU 10000 0,0001
CU 1000 0,0004
T (oC)
6
250 7
5
200 4
3
2
150 1

100

100 200 300 400 500 600


H (kW)
Q = 60 kW Q = F Cp (TH,I – TH,O)
TC,I = 32 oC 60 = 4 (TH,I – 100)
Intervalo 1:
TC,O = 40 oC
TH,I = 115 oC
TH,O = 100 oC

32 oC 115
oC

100 oC 40 oC
Q = 20 kW Q = F Cp (TC,O – TC,I)
TC,I = 90 oC 20 = 3 (TC,O – 90)
Intervalo 2:
TH,I = 120 oC
TC,O = 96,7 oC
TH,O = 115 oC

90 oC 120 oC

115 96,7 oC
oC
Q = 100 kW Q = F Cp (TH,I – TH,O)
TC,I = 96,7 oC 100 = (4+1) (TH,I – 120)
Intervalo 3:
TC,O = 130 oC
TH,I = 140 oC
TH,O = 120 oC

96,7 oC 140 oC

120 oC 130 oC
Síntese de Redes de Trocadores de
Calor
Representação da Rede

As trocas de calor entre as diferentes correntes serão


representadas de acordo com o seguinte exemplo:

300 oC 200 oC
H1
350 oC 220 oC
C1
resfriador
300 oC 240 oC 200 oC
H1
350 oC 280 oC 220 oC
C1
Aquecedor Trocador de calor
Construindo um
Algoritmo

*Observação:
O Pinch é a região mais restringida do problema
justificando ser o ponto de partida da solução.
Então
O problema é subdividido em duas regiões Acima e
abaixo do Pinch
Construindo um
Algoritmo
• Acima do
Pinch: Pinch
T Pinch
T

ΔT2 ≤ ΔTmin
ΔT2 ≥ ΔTmin

ΔT1= ΔTmin
ΔT1= ΔTmin

Viáve inviável
H l H
(FCp)H ≤ (FCp)C (FCp)H ≥ (FCp)C
Pinch
90 oC

90 oC
no de correntes quentes
∆Tmin=10 oC

(80+∆T) oC 80 oC
no de correntes frias
viola ∆Tmin
C (kW/K) Pinch

1,0
3,0
5,0
“Split”
C (kW/K) Pinch

1,0
3,0
3,5
1,5
C (kW/K) Pinch
C (kW/K) Pinch

4,0 2,0
2,0 5,0
3,0 10,0
“Split” 1,0
C (kW/K) Pinch

1,5 “Split”
C (kW/K) Pinch
2,5
2,0
2,0
5,0
3,0
4,0
6,0
1,0
* Observação:
A abordagem de aplicar a máxima carga térmica possível em cada troca
busca reduzir o número de equipamentos porém pode acarretar um
aumento no consumo de utilidades.
4.2 Algoritmo de
Síntese
1) Determinação do mínimo consumo de utilidades, da
temperatura Pinch e do número mínimo de trocadores de calor.
2) Cálculo das cargas térmicas de cada corrente acima e abaixo
do Pinch.
3) Análise do problema acima do pinch
3.1) Verificar se no de correntes quentes ≤ no de correntes frias
se falso, ir para o passo 3.2;
se verdadeiro, ir para passo 3.3.
3.2) Dividir uma corrente fria e voltar ao passo 3.1.
3.3) Verificar se cada corrente quente pode trocar calor ao
longo do pinch respeitando: (FCp)H ≤ (FCp)C
se falso, ir para o passo 3.4;
se verdadeiro, ir para passo 3.5
3.4) Dividir uma corrente (usualmente quente) e voltar ao
passo 3.1.
3.5) Efetuar as trocas ao longo do pinch (considerando o
máximo de carga térmica possível).
3.6) Efetuar as demais trocas afastadas do pinch.
4) Análise do problema abaixo do pinch
4.1) Verificar se no de correntes quentes ≥ no de correntes frias
se falso, ir para o passo 4.2;
se verdadeiro, ir para passo 4.3.
4.2) Dividir uma corrente quente e voltar ao passo 4.1.
4.3) Verificar se cada corrente fria pode trocar calor ao longo
do pinch respeitando: (FCp)C ≤ (FCp)H
se falso, ir para o passo 4.4;
se verdadeiro, ir para passo 4.5
4.4) Dividir uma corrente (usualmente fria) e voltar ao passo
4.1.
4.5) Efetuar as trocas ao longo do pinch (considerando o
máximo de carga térmica possível).
4.6) Efetuar as demais trocas afastadas do pinch.
O algoritmo de síntese da tecnologia Pinch constrói a rede partindo do
pinch em cada extremidade da rede, através da utilização de duas regiões
de viabilidade nas trocas
Exemplo de Síntese
No exemplo estudado:
QH,min= 70 kW e QC,min = 60 kW e ΔTmin = 10 oC

245 245
1
195 195
2
145 145 3
Tpinch = 135 oC
4
5
95 95
Exemplo de Síntese

No exemplo estudado:
QH,min= 70 kW e QC,min = 60 kW e ΔTmin = 10 oC

Q (kW) C (kW/K) 140 oC C (kW/K) Q (kW)


60 kW

110 1,0 250 oC


1
120 oC 1,0 20

240 4,0 200 oC 100 oC 4,0 160

60 3,0 150 oC 90 oC 3,0 120

360 6,0 190 oC


6,0 0
130 oC
Q = 60 kW Q = F Cp (TH,I – TH,O)
TC,I = 130 oC
Trocador 1: 60 = 1 (TH,I – 140)
TC,O = 150 oC

TH,O = 140 oC TC,O = 200 oC


Exemplo de Síntese

No exemplo estudado:
QH,min= 70 kW e QC,min = 60 kW e ΔTmin = 10 oC

Q (kW) C (kW/K) 140 oC C (kW/K) Q (kW)


60 kW

50 1,0 250 oC 200 oC


1
120 oC 1,0 20
240kW

240 4,0 200 oC


2
100 oC 4,0 160

0 3,0 150 oC 90 oC 3,0 120

360 6,0 190 oC 0


130 oC
Q = 240 kW Q = F Cp (TC,O – TC,I)
TC,I = 130 oC
Trocador 2: 240 = 6 (TC,O – 130)
TH,I = 200 oC

TH,O = 140 oC TC,O = 170 oC


Exemplo de Síntese

No exemplo estudado:
QH,min= 70 kW e QC,min = 60 kW e ΔTmin = 10 oC

Q (kW) C (kW/K) 50 kW
140 oC C (kW/K) Q (kW)
60 kW

50 1,0 250 oC
3
200 oC
2
120 oC 1,0 20
240kW

0 4,0 200 oC
1
100 oC 4,0 160

0 3,0 150 oC 90 oC 3,0 120

120 6,0 170 oC 0


190 oC

130 oC
Q = 50 kW Q = F Cp (TC,O – TC,I)
TC,I = 170 oC
Trocador 3: 50 = 6 (TC,O – 170)
TH,I = 250 oC

TH,O = 200 oC TC,O = 178,3 oC


Exemplo de Síntese

No exemplo estudado:
QH,min= 70 kW e QC,min = 60 kW e ΔTmin = 10 oC

Q (kW) C (kW/K) 50 kW
140 oC C (kW/K) Q (kW)
60 kW

0 1,0 250 oC
3
200 oC
1
120 oC 1,0 20
240kW

0 4,0 200 oC
2
100 oC 4,0 160

0 3,0 150 oC 90 oC 3,0 120

70 6,0 H 0
190 oC
178,3 oC

130 oC
Q = F Cp (TC,O – TC,I)

Aquecedor: Q = 6 (190 – 178,3)

Q = 70 kW = (QH,min)
Exemplo de Síntese

No exemplo estudado:
QH,min= 70 kW e QC,min = 60 kW e ΔTmin = 10 oC

Q (kW) C (kW/K) 50 kW
140 oC C (kW/K) Q (kW)
60 kW

0 1,0 250 oC
3
200 oC
1
120 oC 1,0 20
240kW

0 4,0 200 oC
2
100 oC 4,0 160

0 3,0 150 oC 90 oC 3,0 120


70 kW

0 6,0 H 0
190 oC
178,3 oC

130 oC
Exemplo de Síntese

No exemplo estudado:
QH,min= 70 kW e QC,min = 60 kW e ΔTmin = 10 oC

Q (kW) C (kW/K) 50 kW
140 oC C (kW/K) Q (kW)
60 kW

0 1,0 250 oC
3
200 oC
1
120 oC 1,0 20
240kW
120 kW

0 4,0 200 oC
2 4
100 oC 4,0 160

0 3,0 150 oC 90 oC 3,0 120


70 kW

0 6,0 H 0
190 oC
178,3 oC

130 oC
Q = 120 kW Q = F Cp (TH,I – TH,O)
TC,I = 90 oC
Trocador 4: 120 = 4 (140– TH,O)
TC,O = 130 oC

TH,I = 140 oC TH,O = 110 oC


Exemplo de Síntese

No exemplo estudado:
QH,min= 70 kW e QC,min = 60 kW e ΔTmin = 10 oC

Q (kW) C (kW/K) 50 kW
140 oC C (kW/K) Q (kW)
60 kW

0 1,0 250 oC
3
200 oC
1 C1
120 oC 1,0 20
240kW
120 kW

0 4,0 200 oC
2 4
110 oC 100 oC 4,0 40

0 3,0 150 oC 90 oC 3,0 0


70 kW

0 6,0 H 0
190 oC
178,3 oC

130 oC
Q = F Cp (TC,O – TC,I)

Resfriador 1: Q = 1 (140 – 120,0)

Q = 20 kW = (QH,min)
Exemplo de Síntese

No exemplo estudado:
QH,min= 70 kW e QC,min = 60 kW e ΔTmin = 10 oC

Q (kW) C (kW/K) 50 kW
140 oC C (kW/K) Q (kW)
60 kW

0 1,0 250 oC
3
200 oC
1 C1
120 oC 1,0 0
240kW
120 kW

0 4,0 200 oC
2 4
110 oC
C2
100 oC 4,0 40

0 3,0 150 oC 90 oC 3,0 0


70 kW

0 6,0 H 0
190 oC
178,3 oC

130 oC
Q = F Cp (TC,O – TC,I)

Resfriador 2: Q = 4 (110 – 100)

Q = 40 kW = (QH,min)

QC = Qc1 + Qc2 = 20 + 40 = 60 kW = QC,min


Exemplo de Síntese

No exemplo estudado:
QH,min= 70 kW e QC,min = 60 kW e ΔTmin = 10 oC

Q (kW) C (kW/K) 50 kW
140 oC C (kW/K) Q (kW)
60 kW

0 1,0 250 oC
3
200 oC
1 C1
120 oC 1,0 0
240kW
120 kW

0 4,0 200 oC
2 4
110 oC
C2
100 oC 4,0 0

0 3,0 150 oC 90 oC 3,0 0


70 kW

0 6,0 H 0
190 oC
178,3 oC

130 oC
Fluxograma de Processo

190oC

A1
150oC
178,3oC
200oC 140oC 120oC
H1
250oC
R2

140oC 110oC 100oC


H2
200oC
R1

130oC 90oC

C2 C1

NTCc/ pinch = NTCacima do pinch + NTCabaixo do pinch


= (4 + 1 -1) + (3 + 1 -1)
Total = 7 = 7 trocadores de calor

trocadores
Evolução da Rede
- Conceito
Se o número de trocadores de uma rede for superior ao número
mínimo global (i.e. ignorando o Pinch), torna-se possível tentar reduzir
o número de trocadores através da identificação e quebra de “Loops”.
No exemplo estudado:
NTCglobal = NS + NU -1 NTCc/ pinch = NTCacima do pinch + NTCabaixo do pinc
= 4 + 2 -1 = (4 + 1 -1) + (3 + 1 -1
= 5 trocadores de calor = 7 trocadores de calo

- “Loop”
É uma rota que pode ser estabelecida ao longo da rede partindo
de um trocador e retornando ao ponto inicial.

CONSIDERE UMA UTILIDADE COMO UM TROCADOR ÚNICO


Exemplo

140 oC C (kW/K)
H1 250 oC
3 1 C1
120 oC 1,0

H2 200 oC
2 4 C2
100 oC 4,0

C1 150 oC 90 oC 3,0

C2 H 6,0
o
190 C

130 oC
Exemplo

140 oC C (kW/K)
H1 250 oC
3 1 C1
120 oC 1,0

H2 200 oC
2 4 C2
100 oC 4,0

C1 150 oC 90 oC 3,0

C2 H 6,0
o
190 C

130 oC
Exemplo

140 oC C (kW/K)
C1
H1 250 oC
3 1
120 oC 1,0

H2 200 oC
2 4 C2
100 oC 4,0

C1 150 oC 90 oC 3,0

C2 H 6,0
o
190 C

130 oC
- Quebra de “Loop”
É possível eliminar um trocador em um “loop”, promovendo sua
quebra através da transferência de carga térmica ao longo do “loop”.

Regra heurística: Quebrar preferencialmente o “loop” envolvendo a


menor carga térmica

C (kW/K) 140 oC C (kW/K)


X
50 kW 60 kW 20 kW

1,0 250 oC
3
o
200 C
1 C1
120 oC 1,0
240kW
120 kW 40 kW

4,0 200 oC
2 4 C2
100 oC 4,0
110 oC

3,0 150 oC 90 oC 3,0


70 kW

6,0 H
190 oC 178,3 oC 170 oC

130 oC
- Quebra de “Loop”
É possível eliminar um trocador em um “loop”, promovendo sua
quebra através da transferência de carga térmica ao longo do “loop”.

Regra heurística: Quebrar preferencialmente o “loop” envolvendo a


menor carga térmica

C (kW/K)
70 kW
140 oC C (kW/K)
X
50 kW 60 kW 20 kW

1,0 250 oC
3
o
200 C
1
120 oC
C1
120 oC 1,0
180 oC 220kW 60 kW
240kW
120 kW 40 kW
145 oC
4,0 200 oC
2 4 C2
100 oC 4,0
110 oC
115 oC

3,0 150 oC 90 oC 3,0


70 kW

6,0 H
190 oC 178,3 oC 170 oC
166,6 oC 130 oC
- Quebra de “Loop”
É possível eliminar um trocador em um “loop”, promovendo sua
quebra através da transferência de carga térmica ao longo do “loop”.

Regra heurística: Quebrar preferencialmente o “loop” envolvendo a


menor carga térmica

C (kW/K) 70 kW
140 oC C (kW/K)
60 kW

1,0 250 oC
3
180 oC
1
120 oC 120 oC 1,0
220kW 60 kW
120 kW
145 oC
4,0 200 oC
2 4
115 oC
C2
100 oC 4,0

3,0 150 oC 90 oC 3,0


70 kW

6,0 H
190 oC 178,3 oC 166,6 oC

130 oC
Como o exemplo ilustra, a quebra de um “loop” pode violar o ΔTmin da
rede (trocador 1).

C (kW/K) 70 kW
140 oC C (kW/K)
60 kW

1,0 250 oC
3
180 oC
1
120 oC 120 oC 1,0
220kW 60 kW
120 kW
145 oC
4,0 200 oC
2 4
115 oC
C2
100 oC 4,0

130 oC
3,0 150 oC 90 oC 3,0
70 kW

6,0 o
H
o Violação da 2a Lei
190 C o
178,3 C 166,6 C

130 oC da Temodinâmica
- Caminho
Um caminho é uma “rota” entre um aquecedor e um resfriador ao
longo da rede.

140 oC C (kW/K)
H1 250 oC
3 1
120 oC 1,0

H2 200 oC
2 4 C2
100 oC 4,0

C1 150 oC 90 oC 3,0

C2 H 6,0
o
190 C

130 oC
- Restabelecimento do ΔTmin
Através da transferência de carga térmica ao longo de um
caminho, é possível restabelecer o ΔTmin após a quebra de um “loop”.

10 kW 120 kW 140 oC C (kW/K)


70 kW 60 kW

H1 250 oC
3
180 oC
1
120 oC 1,0
240 oC 60 kW 120 kW
120 kW 60 kW
145 oC
H2 200 oC
2 4
o
C2
100 oC 4,0
115 C
110oC
130 oC
130 oC

C1 150 oC 90 oC 3,0
130 kW
70 kW

C2 H 6,0
o
190 C 166,6 oC
178,3 oC
168,3 oC 130 oC
- Quebrando o segundo “loop”.

C (kW/K)
H1 250 oC
X
10 kW
3
120 kW
1
120 oC 1,0
60 kW 120 kW
145 oC
H2 200 oC
2 4
130 oC
C2
100 oC 4,0
110oC

C1 150 oC 90 oC 3,0
130 kW

C2 H 6,0
o
190 C 166,6 oC
168,3 oC
- Quebrando o segundo “loop”.

130 kW
C (kW/K)
H1 250 oC
X
10 kW
3
o
240 C
120 kW
1
120 oC 1,0
230 kW 50 kW
142,5oC
60 kW 120 kW
220 kW 145 oC
H2 200 oC
2 4
130 oC
C2
100 oC 4,0
106,67oC
110oC

C1 150 oC 90 oC 3,0
130 kW

C2 H 6,0
o
190 C 166,6 oC
168,3 oC
- Quebrando o segundo “loop”.

130 kW
140 oC
C (kW/K)
H1 250 oC
1
120 oC 1,0
230 kW 50 kW 120 kW
142,5oC
H2 200 oC
2 4
130 oC
C2
100 oC 4,0

106,67oC
C1 150 oC 90 oC 3,0
130 kW

C2 H
oC
6,0
o
190 C 168,3

130 oC
Fluxograma de Processo

150oC
190oC

250oC 120oC
H1
A1

168,4oC 106,7oC

142,5oC 130oC 100oC


H2
200oC
R1

130oC 90oC

C1 C2

Total = 5
trocadores

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