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DE
ALTA PRESSÃO
Engenharia do Produto – Foco Energia
INTRODUÇÃO
CLASSES DE PRESSÃO
Engenharia do Produto
Introdução
Engenharia do Produto
Classes de Pressão
Na última década as caldeiras a bagaço de cana sofreram uma
evolução tecnológica muito grande, pois até então a máxima pressão de
operação destas caldeiras era 42 Kgf/cm², consideradas de alta pressão
pelo setor sucroalcooleiro, na mesma época as centrais termoelétricas a
óleo e carvão, assim como as indústrias de papel e celulose já utilizavam
caldeiras com pressões de 85 Kgf/cm² a 100 Kgf/cm².
Atualmente podemos definir as classes de pressão utilizadas pelo
setor conforme tabela abaixo;
CATEGORIA PRESSÃO DE OPERAÇÃO
Engenharia do Produto
Influência da elevação da pressão
no projeto das caldeiras
Destacamos abaixo as principais alterações no projeto das caldeiras
com a elevação da pressão:
1. Superfície convectiva (Boiler Bank, Feixe tubular):
À medida que se aumenta a pressão de operação das caldeiras a área de
troca térmica por convecção diminuem e a área de radiação aumenta.
Qt = U x A x LMTD; onde:
Qt = calor trocado.
U = coeficiente global de troca térmica.
A = área de troca térmica.
LMTD = média logarítmica das temperaturas
Quanto maior a pressão, menor o LMTD, tendência pela qual tende-se a
diminuir a área de troca em caldeiras de alta pressão.
Engenharia do Produto
Influência da elevação da pressão
no projeto das caldeiras
1.1 Feixe tubular Caldeira de dois tambores
Engenharia do Produto
Influência da elevação da pressão
no projeto das caldeiras
1.2 Feixe tubular caldeira Single Drum
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Influência da elevação da pressão
no projeto das caldeiras
2. Materiais utilizados :
Com o aumento da pressão necessitamos utilizar / substituir alguns
materiais da caldeiras com tensões de trabalho admissíveis superiores.
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Influência da elevação da pressão
no projeto das caldeiras
2.2 Tubos do superaquecedor:
Além do tubos de aço liga normalmente já utilizados, na parte final do
superaquecedor (maior temperatura de metal), utilizaremos ASTM A-213
T91, pois conforme tabela abaixo as tensões admissíveis são superiores.
Material 850 °F 1000 °F 1100 °F
A-213 T11
14.000 6.300 2.800
1 ¼ Cr- ½ Mo - Si
A-213 T22
16.600 8.000 3.800
2 ¼ Cr- 1 Mo
A-213 T91
20.300 16.300 10.300
9 Cr- 1 Mo - V
Notas:
Tensões admissíveis estão em psi.
Fonte ASME II, Part D.
Engenharia do Produto
Influência da elevação da pressão
no projeto das caldeiras
Engenharia do Produto
Influência da elevação da pressão
no projeto das caldeiras
4.1 Tambor de vapor da caldeira de 87 Kgf/cm² / 510 Gr.C
Engenharia do Produto
Influência da elevação da pressão
no projeto das caldeiras
Engenharia do Produto
Influência da elevação da pressão
no projeto das caldeiras
4.2 Tambor de vapor caldeira P proj. = 104 Kgf/cm²
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Influência da elevação da pressão
no projeto das caldeiras
Caldeira AT-275 SINGLE DRUM
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Elevação da pressão de operação
da Caldeira x Geração de Energia
Para estudo da pressão de operação x geração de energia vamos
considerar os dados reais de eficiência das caldeiras e fixar a energia de
entrada para cada caldeira, ou seja, a quantidade de combustível será sempre
a mesma (50.000 Kg/h), e simular para diferentes pressões e temperaturas à
vazão de vapor gerada e conseqüentemente a energia gerada.
O Combustível considerado é bagaço de cana com características médias
abaixo:
• Carbono = 23% peso
• Hidrogênio = 3,3% peso
• Oxigênio = 23% peso
• H2O = 50% peso
• Cinzas = 0,7% peso
• PCI = 1775 Kcal/Kg
• PCS = 2250 Kcal/Kg
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Elevação da pressão de operação
da Caldeira X Geração de Energia
CICLO DE RANKINE
Engenharia do Produto
Elevação da pressão de operação
da Caldeira X Geração de Energia
Engenharia do Produto
Elevação da pressão de operação
da Caldeira X Geração de Energia
Tabela 1 - Condensação
Pressão Temp. Ef. Caldeira/Temp Entalpia Entalpia Vazão do Energia Energia Energia % Geração
de do de Saída de da Água do Vapor Vapor Gerada consumida Líquida superior a
Geração vapor Gases h2 h3 gerada Q W3 – 4 na bomba (Kw) caldeira
(Kgf/cm2) (oC) (oC) (Kcal/Kg) (Kcal/Kg) (Kg/h) (Kw) W 12 (Kw) 21/300oC
65 480 87,5% / 160º C 110 804 111.900 33.055 302 32.753 35,3
92 520 87,5% / 160º C 110 820 109.375 34.345 416 33.929 40,2
120 540 87,5% / 160º C 110 826 108.460 34.815 537 34.278 41,7
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Elevação da pressão de operação
da Caldeira X Geração de Energia
Tabela 2 – (Contra Pressão 1,5 kgf/cm2 man)
Pressão Temp. Ef. Caldeira/Temp Entalpia Entalpia Vazão do Energia Energia Energia % Geração
de do de Saída de da Água do Vapor Vapor Gerada consumida Líquida superior a
Geração vapor Gases h2 h3 gerada Q W3 – 4 na bomba (Kw) caldeira
2 o o o
(Kgf/cm ) ( C) ( C) (Kcal/Kg) (Kcal/Kg) (Kg/h) (Kw) W 12 (Kw) 21/300 C
42 400 87,5% / 160º C 110 766 118.380 16.245 208 16.037 48,3
65 480 87,5% / 160º C 110 804 111.900 20.301 302 19.999 84,9
92 520 87,5%/ 160º C 110 820 109.375 21.879 416 21.463 98,4
120 540 87,5% / 160º C 110 826 108.460 22.453 537 21.916 102,6
Engenharia do Produto
Cuidados Especiais com
Equipamentos de Alta Pressão
Alguns cuidados adicionais devem ser levados em consideração nas
caldeiras de Alta Pressão :
Tratamento da Água
O sistema de tratamento da água deve ser selecionado e dimensionado
para evitar danos nas caldeiras e turbinas, tais como : Incrustações por
sais, Volatização da sílica e Controle da corrosão cáustica ou por oxigênio.
Operação
Devido as caldeiras de alta pressão trabalharem em condições críticas, a
operação e monitoramento devem ser diferenciados, principalmente no
que diz respeito aos controles de nível, temperaturas de metal e controle
da temperatura do vapor.
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Cuidados Especiais com
Equipamentos de Alta Pressão
Conservação
Normalmente nas caldeiras de Alta Pressão são aplicados materiais de
Aço Liga que requerem cuidados especiais durante o período em que não
estejam em operação, para evitar principalmente a corrosão desses
materiais por cloro ou sódio.
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