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CAPÍTULO 05 - GERADORES DE VAPOR

INTRODUÇÃO: Gerador de vapor é um trocador de calor complexo


que produz vapor a partir de energia térmica (combustível derivados
de petróleo, carvão, lenha, energia elétrica, etc.), ar e fluido
vaporizante. É constituído por diversos equipamentos associados,
perfeitamente integrados, como as mais simples unidades geradoras
de vapor de água, comumente conhecidas por caldeiras de vapor, ou
por unidades compactas, como os geradores de vapor de água
elétricos, para permitir a obtenção do maior rendimento térmico
possível.

Em casos específicos o fluido não vaporiza, sendo


aproveitado nos processos de calefação, ainda na fase líquida,
apenas com a temperatura elevada, formando a linha de geradores
de água quente.

O fluido térmico pode ser aquecido por meio de :

• combustão de gases de qualquer combustível sólido, líquido ou


gasoso;
• dissipação térmica da energia elétrica;
• dissipação térmica da energia nuclear;
• recuperação de calor de fluidos gasosos;
• recuperação de calor de fluidos líquidos.

As características das caldeiras são:

• potência térmica específica (kcal/kg);


• máxima pressão operativa (bar);
• temperatura e pressão do fluido;
• superfície aquecida usada para radiação e convecção (m2);
• carga de calor por unidade de volume, no tempo (kcal/hm3).

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A potência térmica pode ser definida a partir das diferentes
condições de carga:

• carga reduzida;
• carga normal;
• máxima carga continua;
• carga máxima.

A superfície aquecida pode ser definida no caso de tubos


acoplados:

• superfície projetada (o tubo é medido pelo seu diâmetro);


• superfície exposta a radiação (o tubo é medido pela metade de
sua circunferência);
• superfície global (o tubo é medido pela sua circunferência).

CLASSIFICAÇÃO DAS CALDEIRAS SEGUNDO SUAS


DIMENSÕES

As caldeiras podem ser classificadas em 3 categorias


básicas, de acordo com a potência e pressão, e também de acordo
com a dimensão da superfície aquecida:

pequenas médias grandes


características monobloco pré-fabricadas fabricadas
pré-fabricadas adaptáveis a para casos
transportáveis condições específicos
especiais
pressão 20 bar 100 bar 365 bar
temperatura 450 ºC 520 ºC 655 ºC
potência 40 t/h 200 t/h 2.250 t/h

EVOLUÇÃO DAS CALDEIRAS PEQUENAS E MÉDIAS

A demanda de novas caldeiras nos últimos ano tem sido


constante, o que provocou um aumento do desenvolvimento
tecnológico no projeto e nos processos de fabricação.

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A evolução responde ao uso cada vez mais freqüente de
combustíveis líquidos e gasosos, e também a automatização dos
processos de fabricação.

Estas considerações podem ser resumidas como:

• aumento da potência térmica de cada unidade;


• aumento da pressão e temperatura de trabalho;
• aumento do rendimento;
• aumento da flexibilidade da carga;
• redução das dimensões.

Esta evolução é resultado da melhora da tecnologia de


fabricação:

• adoção de solda nos engates, junções etc.;


• uso de paredes estreitas formada por tubos soldados;
• redução do diâmetro interno dos tubos;
• integração do recuperador de calor;
• automação dos processos de fabricação.

EVOLUÇÃO DAS CALDEIRAS DE GRANDES DIMENSÕES

A evolução das caldeiras de grande porte atingiu todas os


aspectos relacionados com o ciclo térmico e das possibilidades da
turbina a vapor.

Pode-se resumir esta evolução nos seguintes pontos:

• aumento da pressão;
• aumento do superaquecimento e re-superaquecimento;
• extração de vapor a partir de alimentação de água aquecida;
• radiação total;
• aumento da potência unitária.

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QUADRO EVOLUTIVO

unidades 1955 1961 1967 1971


potência bruta MW 125 250 600 700
potência líquida MW 117 240 585 685
fluxo de vapor t/h 360 700 1745 2000
pressão de vapor bar 147 190 190 190
temp. vapor re-aquecido ºC 540 565 540 540
temp água de alimentação ºC 245 252 257 245
pressão de condensação mbar 35 34 33 55
temp. gás (chaminé) ºC 115 110 160 160
consumo específico kcal/kwh 2330 2200 2220 2250

TIPOS DE GERADORES ELÉTRICOS DE VAPOR DE ÁGUA

São três os tipos fundamentais de geradores elétricos de


vapor de água:

• Caldeiras elétricas tipo resistência


• Caldeiras elétricas tipo eletrodo submerso
• Caldeiras elétricas tipo jato de água

Caldeiras Elétricas tipo Resistência

Características Principais: São caldeiras tipo resistência de


imersão, onde o calor é dissipado por efeito Joule, em virtude da
passagem de corrente elétrica através dos resistores, produz vapor
de água. São ideais para unidades de pequeno porte, onde é baixa a
necessidade de vapor (em média 3.500 kg/h), em pressões de
trabalho que podem variar até 20 kgf/cm2, ou para geração de água
quente, sendo aproveitada nos processos de calefação, aquecimento
de tanques ou piscinas, apoio a sistemas que utilizam energia solar,
etc...

Deve ser feito um tratamento na água utilizada, com o


objetivo de evitar a formação de depósitos sobre as paredes de

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revestimento dos resistores. Esses depósitos prejudicam a
transferência de calor, e portanto diminuem o rendimento do gerador
elétrico de vapor, que geralmente é muito elevado (95 a 99,5%).

O controle de carga nos geradores elétricos de vapor à


resistência é feito por sensores de pressão (produção de vapor) ou de
temperatura (aquecimento de água), quando estas tiverem pequena
capacidade.

Para produções mais elevadas o controle é feito por meio de


reostatos, controlando a produção de vapor através da potência
dissipada pelo resistor.

Caldeiras Elétrica tipo Eletrodo Submerso

Características principais: São constituídas basicamente por três


eletrodos, adequadamente dispostos um por fase, montados
verticalmente e suportados na parte superior da caldeira por meio de
buchas de entrada de corrente, convenientemente isoladas. Os
contra-eletrodos são montados solidamente fixados ao casco da
caldeira.

A corrente elétrica passa através da água na parte inferior da


caldeira entre o eletrodo e o contra eletrodo, aquecendo a água e
produzindo vapor que sobe para a parte superior da caldeira.

São supridas em baixa e em alta tensão, possuem elevado


rendimento térmico, podendo produzir elevadas vazões de vapor.
Operam com pressões que variam de 5 a 20 kgf/cm2 .

Caldeiras Elétrica tipo Jato de Água

Características principais: A água colocada na parte inferior do corpo


da caldeira é bombeada por uma bomba de circulação interna até a
parte superior da mesma na qual estão montados injetores para
jateamento de água. Os diversos jatos de água formados pelos
injetores fluem por gravidade contra os eletrodos criando diversos
caminhos para a passagem de corrente elétrica. Os três eletrodos (ou
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três grupos de eletrodos) correspondentes a cada fase, são dispostos
verticalmente, em círculo rodeando a parte superior da caldeira, na
parede da qual estão montados os conjuntos de injetores.

As conexões de tensão primária de alimentação são feitas


diretamente nos terminais dos eletrodos. A corrente elétrica passa
através dos jatos de água, provocando aquecimento e vaporização de
uma parte da mesma. Toda a água não evaporada nesta primeira
fase, flui para baixo, por um tubo coletor e cai formando um jato
contínuo sobre o contra-eletrodo, criando um segundo caminho para
passagem da corrente elétrica. A água não evaporada é recolhida na
parte inferior da caldeira. Produz-se, portanto, entre o ponto neutro do
sistema elétrico (constituído pelo corpo da caldeira, pelo tubo de
injetores e pelo contra-eletrodo) e os eletrodos, por cada fase, dois
caminhos de comprimento constante para a passagem de corrente:
um entre o tubo injetor e os eletrodos e o outro entre os contra-
eletrodos e os eletrodos. Nestes dois percursos a água é aquecida e
vaporizada parcialmente pela corrente que circula nas resistências
representadas pelos jatos de água.

São supridas em alta tensão, altíssimo rendimento térmico,


acima de 98%, podendo gerar elevadas vazões de vapor. As
pressões de trabalho que variam de 5 a 30 kgf/cm2 . Facilidade de
controle desde 0% a 100% de carga, dado que os primeiros jatos
liberados são os da parte superior do coletor central com uma boa
pressão estática, portanto feito, tempo de partida a frio muito curto,
não necessitando pré-aquecimento de água.

Geradores de Água Quente

De passagem

O aquecimento se dá através de passagem de água pelo


aquecedor, utilizando calor dissipado por efeito Joule através de
passagem da corrente pelo resistor, É utilizado para consumo
imediato.

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De passagem com acumulação

O gerador de passagem com acumulação consiste no


aquecimento da água através de um gerador de água quente de
passagem e posterior acumulação dessa água quente num
reservatório isolado termicamente. Com o consumo dessa água fria
no gerador de passagem. Quando a temperatura da água do
reservatório fica abaixo de um valor mínimo, o aquecedor passa a
fornecer água quente novamente para o acumulador, restabelecendo
a temperatura desejada. O gerador de passagem com acumulador é
utilizado para períodos de sobrecarga de consumo.

Boiler

São geradores de água quente com acumulação própria. A


água fria entra no Boiler, é aquecida quando passa pela fonte de calor
e é acumulada no próprio dispositivo. O boiler é também isolado
termicamente, e religa quando a temperatura da água fica abaixo de
um determinado valor mínimo.

Bomba de Calor

A bomba de calor consiste em aproveitar-se o calor


disponível a custo zero, (que é normalmente desperdiçado)
convertendo-o em energia térmica. A energia necessária para essa
conversão é geralmente muito menor que a energia final liberada,
constituindo a adicional vantagem da bomba de calor.

O princípio de funcionamento é simples, como veremos a


seguir:

O fluído refrigerante (normalmente Freon) é comprimido pelo


compressor no estado gasoso até chegar ao condensador, onde troca
calor com a fonte fria, cedendo o seu calor e passando para o estado
líquido, mantendo-se ainda com alta pressão. Do condensador o
líquido segue para uma válvula de expansão onde é aliviada as sua
pressão, parte então para o evaporador onde troca calor com a fonte

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quente, absorve calor, e passa para o estado gasoso, retorna então
para o compressor, reiniciando o ciclo térmico.

Como exemplo de aplicação pode-se considerar a fonte


quente (FQ) como sendo o meio ambiente, e a fonte fria (FF) como a
água de uma piscina a ser aquecida. A evaporação se dá utilizando o
calor do meio ambiente e a condensação utilizando o frio da água da
piscina.

A única energia paga, necessária para a conservação, é a


energia para acionar o compressor. Em função destes dados,
permite-se calcular o coeficiente de desempenho, ou de performance,
do equipamento, que é a relação entre a energia obtida e a energia
gasta para obtê-la.

Aplicações dos Geradores Elétricos de Vapor de Água

Quanto as principais aplicações de geradores elétricos de


vapor de água, pode-se ressaltar as seguintes:

• Indústria têxtil
• Indústria do fumo
• Indústria de papel e celulose
• Indústria química e farmacêutica
• Indústria de refrigerantes
• Indústria metalúrgica
• Indústria automobilística
• Hospitais
• Centrais nucleares
• Indústria alimentícia
• Indústria vinícola, sucos de frutas, cervejarias
• Indústria de conservas, chocolates
• Indústria de plástico, borracha
• Apoio a sistemas que utilizam energia solar para
aquecimento de água
• Aquecimento de tanques, piscinas
• Calefação, etc...

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Escolha do Equipamento

A escolha do tipo esta evidentemente condicionada ao


conhecimento com a maior profundidade possível do processo que
utilizará vapor de água, ou mesmo água quente, e ainda da
disponibilidade de fornecimento de energia elétrica por parte da
concessionária.

A definição da solução ótima para a caldeira, depende


sempre do estudo conjunto entre o usuário e o fabricante do
equipamento, devendo ser sempre considerados seguintes
parâmetros principais:

Planta da unidade consumidora, isto é, há necessidade de


se conhecer os processos que virão a utilizar vapor de água, ou
mesmo água quente, para que a caldeira utilize o espaço disponível e
se localize o mais próximo possível da subestação e ou do
consumidor de vapor (ou água quente).

Temperatura, pressão e vazão de vapor que os processos


exigem, uma vez que é comum existirem em uma mesma instalação
consumidora, unidades que operam com diferentes níveis de
utilização, evitando desta maneira sub ou superdimensionamento do
gerador.

Análise racional dos custos de investimentos e retorno de


capital, comparativamente com equipamentos similares que utilizam
outros energéticos.

Analisar a possibilidade de compor módulos, para se obter


unidades de grande capacidade produtiva, aumentando a eficiência e
a geração de vapor (ou água quente) com maior racionalidade.

Maximização da utilização de tarifas diferenciadas: todo o


projeto do gerador sistema de controle e equipamentos auxiliares
deverá ser executado tendo em vista a operação do gerador com
energia contratada com a concessionária, sem desvios para cima
(eventual pagamento de multa) ou para baixo (sub-aproveitamento da
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energia contratada. Este pressuposto implica uma grande
confiabilidade do limitador de potência.

Análise Técnica e vantagens dos Geradores de vapor e Água


Quente

• Apesar de representarem um investimento inicial relevante, os


geradores elétricos oferecem uma série de vantagens que devem
influir substancialmente na opção por este tipo de equipamento:

• Ausência de contaminação no meio ambiente, isto é, são


equipamentos não poluentes, não liberam gases nem cinzas de
combustão.

• Inexistentes os gastos com transporte, estocagem de combustíveis


e produtos resultantes da queima dos mesmos.

• Por serem equipamentos compactos, ocupam pequenas áreas, e


podem compor módulos, obtendo-se assim grande capacidade de
geração.

• Rapidez de partida, mesmo em dias frios.

• Versatilidade e rapidez nas variações de carga.

• Boas condições de carga para a rede elétrica, já que as caldeiras


elétricas proporcionam um elevado fator de potência (não
absorvem carga reativa), além de um bom fator de carga.

• Elevadíssimo rendimento para todos os regimes de funcionamento.

• As caldeiras elétricas, oferecem uma gama de valores para vazão


de vapor, pressão e temperatura de trabalho.

• Requerem pouca manutenção

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• Simplicidade e segurança de operação, grande grau de automação.

• Garantia no sentido de fornecimento de energia (combustível).

• Podem ser utilizadas em paralelo com outros tipos de caldeiras ( a


carvão, a lenha, óleo etc....).

Operação em Paralelo com Outras Caldeiras

A operação em paralelo de uma caldeira elétrica com outro


tipo de caldeira (a carvão, lenha, óleo, etc...) não apresenta qualquer
problema.

O objetivo principal é manter a caldeira elétrica no seu


máximo de produção de vapor, correspondente ao valor de energia
contratada.

Cada caldeira deve ter seu controlador de pressão


independente. Na maior parte dos casos é suficiente colocar o valor
de ajuste do controlador de pressão da caldeira elétrica um pouco
acima da outra caldeira: quando entra um novo consumidor apenas a
caldeira elétrica não responde, uma vez que esta já está na sua
produçao máxima e o limitador de demanda impede a subida de
carga. Se um consumidor de vapor sair de operação, aumenta a
pressão do sistema e a caldeira a combustível é a que reduz a carga,
pois têm valores ajustados de pressão mais baixos que a caldeira
elétrica.

Em certos casos em que não se consegue um boa diferença


nos valores de ajuste de pressão, a solução é a seguinte: o sinal para
diminuição de carga da caldeira elétrica só é liberado quando a
caldeira a combustível baixa a sua produção chegando ao mínimo
técnico de operação, que corresponde a uma vazão mínima de
combustível para a caldeira e portanto a uma posição mínima de
abertura da válvula de controle respectiva. Este sinal da caldeira a
combustível libera a ordem de diminuição de carga da caldeira
elétrica, dada pelo controlador de pressão.

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Na subida de carga quando entre em operação os
consumidores de vapor,, a primeira caldeira a subir a carga é a
elétrica, pois o seu tempo de resposta é muito menor do que a outra
caldeira a combustível. A caldeira elétrica pode subir a sua carga de 0
a 100% em dois minutos.

Cálculo da Potência de uma Caldeira Elétrica

A quantidade de vapor produzida por kWh de energia


consumida, considerando o equivalente térmico 1 kWh = 860 kcal é
determinado por:

860 * nel
D = -----------------
i” - i´

Donde:

D (kg/h) -> Potência de vaporização


nel -> Rendimento elétrico da caldeira, dependendo
do tipo de caldeira elétrica o nel pode ser
estimado entre 95 a 99%. Perdas por radiação e
da bomba de circulação não estão incluídos neste
cálculo.

I” (kcal/kg) -> Entalpia de 1 kg de vapor.


I´ (kcal/kg) -> Entalpia de 1 kg de água de alimentação.

Como:

GD
D= -----
P

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Temos então que:

860 * nel
GD = ------------
i” - i´

Donde:

GD * (i” - i´)
P = ----------------------
860 * nel

Sendo:

P (kw) -> Potência elétrica consumida na caldeira.


GD (kg/h) -> Vazão do vapor.

Pela fórmula indicada anteriormente, pode-se chegar a


valores aproximados da potência necessária para um gerador de
vapor de água. Valores aproximados porque não estão sendo
considerados, como já foi dito antes, perdas por radiação, perdas na
bomba de circulação, e perdas por purga, necessária para manter a
resistividade da água constante.

A determinação precisa das temperaturas de entrada da


água de alimentação e da saída de vapor, e a pressão de trabalho
são itens fundamentais para o cálculo da potência elétrica do gerador
de vapor.

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Tabelas práticas

220, 380 e 440 V 6000 a 13800 V


GD (kg/h P (kw) GD (kg/h) P (kW)
30 25 1000 730
50 40 2000 1450
100 75 3000 2200
200 150 4000 3000
300 230 5000 3600
400 300 6000 4400
500 400 7000 5100
600 450 8000 5800
700 520 9000 6500
800 620 10000 7200
900 700 13000 9400
1000 750 15000 11000
1250 950 18000 13000
1400 1100 20000 14500
1500 1200 25000 18000

Obs.: Estas tabelas podem ser utilizadas como exemplo para uma
eventual consulta, porém, em cada situação específica deverá ser
desenvolvido um estudo detalhado, visando estabelecer resultados
adequados ao processo.

Considerações Finais

O sistema de distribuição de vapor é, sem dúvida, o mais


importante elo de ligação entre o produtos (gerador de vapor), e o
consumidor de vapor.

O investimento feito na produção e utilização eficiente de


vapor, o custo inicial de um gerador elétrico é considerável, poderá
ser perdido se o sistema de distribuição não fizer com que o vapor
atinja seu objetivo a uma dada pressão e temperatura, livre de ar,
seco, se este for o caso, e em quantidade suficiente. Para isto é

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fundamental que o projeto enfoque os vários parâmetros que influem
no rendimento do equipamento.

Na maioria dos casos, devido a impraticabilidade da


utilização de calor no ponto de consumo, isto é feito em um trocador
de calor central (caldeira), a distribuição de vapor é feita através de
tubulações, que devem ser convenientemente isoladas.

A correlação existente entre pressão e temperatura, é uma


característica importante, tanto para processos com para sistemas de
aquecimento, mas particularmente para aqueles casos onde a
temperatura máxima não é efetuada, ou onde houver um limite
máximo de temperatura, acima da qual o produto poderá ser
danificado ou talvez tornar-se perigoso. Um exemplo típico disso é o
caso de certo processo de aquecimento de borracha, onde a
temperatura tem que ser mantida entre 150 ºC e 153 ºC, pois abaixo
de 150 ºC não haverá a necessária vulcanização, e acima de 153 ºC
iniciar-se-à um processo de endurecimento da borracha,
apresentando um produto de qualidade inferior.

Se não considerarmos os limites estabelecidos, uma


redução de pressão e consequentemente redução de temperatura,
poderá ocasionar uma diminuição da produtividade de um
determinado equipamento. Se uma bateria de aquecimento é
projetada a 6 kgf/cm2, e estiver trabalhando com vapor saturado a 4,7
kgf/cm2, sua produção deverá cair entre a 10% a 15%.

Torna-se evidente, pelo que foi visto, que existem uma série
de critérios que devem ser considerados em projeto, para evitar-se,
por exemplo, um sub-dimensionamento da linha de vapor, pois
teremos super dimensionada, teremos uma elevação considerável no
custo inicial de instalação, embora isto não prejudique, de forma
alguma, o funcionamento da mesma.

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BIBLIOGRAFIA

1 Fundamentos de Termodinâmica Classica


Gordon J. Van Wylen
Richard E. Sonntag

2 Geradores de vapor de Água (Caldeiras)


Engº Hildo Pera

3 Boliers and Hotwater Generators


Revista Power, 1978

4 Catálogo de Caldeiras Elétricas


HSI

5 Economic Applications on Eletric Boilers for Steam and Hot


Supplies
A Stucheli, Winterhur Engineering Works Division

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