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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS


TA035 - Laboratório de Operações Unitárias

Relatório 3 - Trocador de calor de feixe de tubos em arranjo


alternado

Grupo 8
Camila Duenias Gonçalves 214233
Igor Ganeo de Souza 217964
Giulia Sganzerla Oliveira 198166
Jessica Sanefuji 175832
Milena Tiemi 222580

Projeto apresentado a disciplina de


Laboratório de operações unitárias como
intuito de demonstrar os conhecimentos
adquiridos durante aulas teóricas e
práticas das primeiras semanas do
semestre de 2023 ao docente da disciplina

Campinas - SP
Abril 2023
1. INTRODUÇÃO 3
2. OBJETIVOS 3
3. MATERIAIS E MÉTODOS 3
3.1. Materiais 3
3.2. Métodos 3
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4
4.1. Resultados experimentais 4
4.1.1. Cálculo do coeficiente convectivo experimental (hex) 13
4.2. Memorial de Cálculos 14
4.2.1. Coeficiente convectivo por correlação de Hilpert (tubo isolado) 14
Para o tubo isolado na velocidade de 4, 8 e 12 m/s, determinou-se sua temperatura
média pela equação 5 e a partir da temperatura média do tubo em cada uma das
velocidades obteve-se as propriedades do ar interpolando a média obtida com os
valores da Tabela 4, o resultado pode ser visto na tabela 5 a seguir: 16
1. CONCLUSÃO 18
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19
1. INTRODUÇÃO
Na indústria os trocadores de calor têm grande importância por transferir
energia térmica entre tubos e um fluido em movimento e por aumentar a eficiência
enérgica na planta, o que permite sua utilização no processamento de diversos
alimentos. Eles podem ser classificados como trocadores de calor em placas e em
tubos, sendo os em tubos podendo ser classificados como trocadores de calor em
feixes.
Nesta prática será utilizado um equipamento composto por um túnel de vento
que possibilita a configuração de feixes, de modo que será analisado o
comportamento da transferência de calor de um feixe de cobre aquecido com ar em
escoamento externo.

2. OBJETIVOS
Analisar comportamento da transferência de calor convectiva no escoamento
externo de trocador feixe de tubos em arranjo alternado, considerando o modelo de
resistência interna desprezível e as correlações de Hilpert e Zhukauskas, a fim de
estimar o coeficiente convectivo e compará-lo com o valor experimentalmente obtido.

3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Materiais
Neste relatório foi utilizado um ventilador de secção de trabalho quadrada com
12,5 cm de largura por 12,5 cm de altura e com tubos de acrílico de 1,25 cm de
diâmetro, uma guilhotina na exaustão do ventilador para variação de descarga do ar,
um um elemento cilíndrico de cobre (com área externa de 0,00404 m2; massa de
0,10093 kg; calor específico de 0,0907 kcal/kg°C) que substitui um dos tubos de
acrílico e que dispõem de um termopar tipo cobre-constantan no seu interior, um tubo
de Pitot acoplado a um manômetro inclinado com escala em mm de coluna de água
para medir a velocidade do ar e um termopar para medir a temperatura do ar.
3.2. Métodos
Inicialmente, antes de iniciar a coleta de dados, foi verificado o nível do
manômetro e se a coluna de líquido se encontrava no zero, em seguida, foi fechada a
guilhotina e ligado o motor do ventilador. Por fim, foi regulada a velocidade do ar com
o auxílio do manômetro, que no caso foi de 4 m/s, 8 m/s e 12 m/s.
Para a coleta de dados foi inserido o cilindro de cobre no aquecedor até que se
atingisse a temperatura de 80°C, e, em seguida, este cilindro foi inserido na seção de
trabalho desejada. Assim que o cilindro foi inserido o cronômetro foi iniciado e
anotado a temperatura inicial (parâmetro t0), fazendo anotações da temperatura do
cobre a cada 5 segundos até que se atingisse uma temperatura de aproximadamente
10°C acima da temperatura. Este processo foi repetido para cada as 3 velocidades de
ar citadas acima em feixes nas posições 7, 13, 16 e isolado.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Resultados experimentais
Considerando um trocador de calor feixe-tubo configurado como arranjo
alternado, durante a prática, coletou-se a temperatura do bastão de cobre (T∞ (ºC))
após o mesmo ser inserido na seção de trabalho do equipamento. Além disso, cada
temperatura foi analisada em três diferentes velocidades de ar (4 m/s, 8 m/s e 12
m/s), sub analisadas na inserção do bastão em 3 diferentes posições de feixe (7, 13 e
16) e 1 posição isolada. Ademais, para cada uma dessas posições e isolamento,
mediu-se a temperatura do meio de acordo com o tempo (s) a cada 5 segundos. Os
resultados são encontrados na tabela 1 abaixo.
Tabela 1. Temperaturas obtidas no experimento.
v 4 m/s 8 m/s 12 m/s
posição 7 13 16 isolado 7 13 16 isolado 7 13 16 isolado
T∞ (°C) 21,7 20,6 20,7 20,9 21,5 20,4 21,1 20,8 21,0 20,7 21,3 20,7
Tempo (s) Temperatura (°C)
0 86,7 81,4 81,4 83,9 85,6 81,4 81,4 82,1 81,6 81,3 81,3 82,1
5 86,6 81,3 81,2 84,9 85,7 81,1 81,1 82,5 81,7 81,0 80,9 82,0
10 85,7 80,3 80,5 85,1 84,5 79,5 79,6 81,8 80,4 79,0 78,7 81,0
15 84,5 78,8 78,6 84,5 82,3 77,7 77,3 81,0 78,2 76,1 75,6 79,2
20 82,8 76,7 76,6 83,7 79,9 74,5 74,3 79,1 74,9 72,8 72,2 77,3
25 80,3 74,4 74,3 82,4 76,5 70,4 71,0 77,5 71,2 65,1 68,1 74,5
30 78,2 72,1 71,9 81,2 73,5 66,6 67,7 75,3 68,1 64,2 64,4 71,6
35 75,7 69,4 69,2 79,6 70,2 63,2 64,3 72,8 64,4 60,3 60,5 69,8
40 73,3 67,0 66,8 78,0 67,2 60,5 61,1 70,6 61,9 56,7 56,7 66,4
45 71,1 64,2 64,3 76,2 64,1 57,1 58,0 69,7 58,1 53,4 53,3 64,0
50 66,4 62,1 62,0 74,7 61,0 54,1 55,0 66,4 55,0 50,1 50,1 61,5
55 66,1 59,9 59,8 73,0 58,5 51,3 52,4 64,3 52,0 46,7 47,5 59,8
60 64,1 57,6 57,6 71,4 55,9 49,9 49,9 62,4 49,2 44,3 45,0 56,8
65 62,1 55,5 55,4 69,7 53,3 46,3 47,4 60,6 47,0 41,8 42,6 55,4
70 60,1 53,6 53,4 68,1 51,1 44,1 45,5 59,1 44,9 39,7 40,6 52,7
75 58,1 51,8 51,6 66,7 49,9 42,1 43,4 57,0 42,6 37,8 38,6 50,6
80 56,2 50,0 49,9 65,2 47,1 40,2 41,8 55,3 40,9 35,8 36,7 49,1
85 54,4 48,4 48,2 63,7 45,1 38,4 39,9 53,7 38,8 34,3 35,1 47,2
90 52,7 46,7 46,6 62,4 43,7 37,1 38,3 52,1 37,4 32,5 33,7 45,7
95 51,2 45,3 45,2 61,1 41,3 35,5 36,7 50,7 35,9 31,4 32,5 44,2
100 49,7 44,0 44,0 59,9 40,4 34,2 35,5 49,3 34,5 30,2 31,4 42,7
105 48,3 42,5 42,3 58,3 39,0 33,0 34,3 48,0 33,4 29,1 30,4 41,5
110 47,0 41,4 41,2 57,2 37,7 31,9 33,3 46,7 32,5 - 29,5 40,3
115 45,7 40,2 40,0 56,1 36,4 30,8 32,2 45,5 31,2 - - 39,1
120 44,5 39,1 39,0 55,1 35,3 29,9 31,2 44,3 30,3 - - 37,9
125 43,3 38,1 37,9 53,8 34,5 - 30,4 43,2 29,5 - - 36,5
130 42,2 36,2 36,9 52,2 33,5 - 29,6 42,1 - - - 35,8
135 41,3 35,3 36,0 51,1 32,5 - - 41,1 - - - 34,8
140 40,2 34,5 35,2 50,2 31,7 - - 40,0 - - - 34,1
145 39,2 33,7 34,3 49,2 30,9 - - 40,2 - - - 33,3
150 38,3 32,8 33,6 48,3 30,2 - - 39,5 - - - 32,7
155 37,5 32,2 32,8 47,5 29,6 - - 38,2 - - - 32,0
160 36,8 31,7 32,1 46,6 - - - 37,5 - - - -
165 35,9 31,1 31,5 45,7 - - - 36,7 - - - -
v 4 m/s 8 m/s 12 m/s
posição 7 13 16 isolado 7 13 16 isolado 7 13 16 isolado
T∞ (°C) 21,7 20,6 20,7 20,9 21,5 20,4 21,1 20,8 21,0 20,7 21,3 20,7
Tempo (s) Temperatura (°C)
170 35,2 30,4 30,8 45,0 - - - 36,0 - - - -
175 34,5 30,0 30,2 44,1 - - - 35,2 - - - -
180 34,0 - 29,8 43,4 - - - 34,7 - - - -
185 33,3 - - 42,7 - - - 34,1 - - - -
190 32,7 - - 42,0 - - - 33,3 - - - -
195 32,2 - - 41,3 - - - 32,8 - - - -
200 31,7 - - 40,6 - - - 32,2 - - - -
205 31,1 - - 39,9 - - - 32,0 - - - -
210 30,7 - - 39,3 - - - - - - - -
215 30,2 - - 38,7 - - - - - - - -
220 29,7 - - 38,2 - - - - - - - -
225 - - - 37,6 - - - - - - - -
230 - - - 37,1 - - - - - - - -
235 - - - 36,6 - - - - - - - -
240 - - - 36,1 - - - - - - - -
245 - - - 35,6 - - - - - - - -
250 - - - 35,2 - - - - - - - -
255 - - - 34,7 - - - - - - - -
260 - - - 34,2 - - - - - - - -
265 - - - 33,7 - - - - - - - -
270 - - - 33,3 - - - - - - - -
275 - - - 33,0 - - - - - - - -
280 - - - 32,6 - - - - - - - -
Fonte: Os autores, 2023.

Para a determinação do coeficiente experimental de transferência de calor


(hex), foram feitos os gráficos de ln((T - T∞) / (T0 - T∞)) vs tempo (Figuras 1 a 12), a
partir das temperaturas obtidas no experimento (tabela 1). Os valores de coeficiente
experimental estão apresentados na tabela 2 abaixo.
Tabela 2. Cálculo de ln((T - T∞) / (T0 - T∞)) para as temperaturas encontradas.
v 4 m/s 8 m/s 12 m/s
posição 7 13 16 isolado 7 13 16 isolado 7 13 16 isolado
T∞ (°C) 21,7 20,6 20,7 20,9 21,5 20,4 21,1 20,8 21,0 20,7 21,3 20,7

Tempo (s) ln((T - T∞) / (T0 - T∞)

0 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
5 -0,002 -0,002 -0,003 0,016 0,002 -0,005 -0,005 0,007 0,002 -0,005 -0,007 -0,002
10 -0,016 -0,018 -0,015 0,019 -0,017 -0,032 -0,030 -0,005 -0,020 -0,039 -0,044 -0,018
15 -0,034 -0,044 -0,047 0,009 -0,053 -0,063 -0,070 -0,018 -0,058 -0,090 -0,100 -0,048
20 -0,062 -0,080 -0,082 -0,003 -0,093 -0,120 -0,125 -0,050 -0,117 -0,151 -0,164 -0,081
25 -0,104 -0,122 -0,124 -0,024 -0,153 -0,199 -0,189 -0,078 -0,188 -0,311 -0,248 -0,132
30 -0,140 -0,166 -0,170 -0,044 -0,209 -0,278 -0,258 -0,118 -0,252 -0,332 -0,331 -0,188
35 -0,185 -0,220 -0,224 -0,071 -0,275 -0,354 -0,333 -0,165 -0,334 -0,425 -0,426 -0,224
40 -0,231 -0,270 -0,275 -0,098 -0,338 -0,419 -0,410 -0,208 -0,393 -0,521 -0,528 -0,295
45 -0,274 -0,333 -0,331 -0,130 -0,409 -0,508 -0,491 -0,226 -0,491 -0,617 -0,629 -0,349
50 -0,374 -0,382 -0,385 -0,158 -0,484 -0,593 -0,576 -0,296 -0,578 -0,723 -0,734 -0,409
55 -0,381 -0,436 -0,440 -0,190 -0,550 -0,680 -0,656 -0,343 -0,670 -0,846 -0,829 -0,451
60 -0,427 -0,497 -0,498 -0,221 -0,622 -0,726 -0,739 -0,388 -0,765 -0,943 -0,929 -0,531
65 -0,476 -0,555 -0,559 -0,255 -0,701 -0,857 -0,830 -0,432 -0,846 -1,055 -1,036 -0,571
70 -0,526 -0,611 -0,619 -0,289 -0,773 -0,945 -0,905 -0,470 -0,930 -1,160 -1,134 -0,652
75 -0,580 -0,667 -0,675 -0,319 -0,814 -1,034 -0,995 -0,527 -1,032 -1,265 -1,244 -0,720
80 -0,633 -0,727 -0,732 -0,352 -0,918 -1,125 -1,069 -0,575 -1,114 -1,390 -1,360 -0,771
85 -0,687 -0,783 -0,792 -0,387 -0,999 -1,221 -1,165 -0,622 -1,225 -1,494 -1,470 -0,840
90 -0,740 -0,846 -0,852 -0,417 -1,060 -1,295 -1,254 -0,672 -1,307 -1,636 -1,577 -0,899
95 -0,790 -0,901 -0,907 -0,449 -1,175 -1,396 -1,352 -0,718 -1,403 -1,734 -1,678 -0,960
100 -0,842 -0,955 -0,957 -0,480 -1,221 -1,486 -1,432 -0,766 -1,502 -1,853 -1,782 -1,026
105 -0,893 -1,021 -1,033 -0,521 -1,298 -1,577 -1,519 -0,813 -1,587 -1,976 -1,886 -1,082
110 -0,944 -1,073 -1,086 -0,551 -1,375 -1,669 -1,598 -0,862 -1,662 - -1,990 -1,142
115 -0,996 -1,132 -1,146 -0,582 -1,459 -1,769 -1,692 -0,909 -1,782 - - -1,205
120 -1,048 -1,190 -1,199 -0,611 -1,536 -1,860 -1,787 -0,959 -1,874 - - -1,273
125 -1,102 -1,245 -1,261 -0,650 -1,595 - -1,869 -1,007 -1,964 - - -1,357
130 -1,154 -1,360 -1,321 -0,700 -1,676 - -1,959 -1,057 - - - -1,403
135 -1,199 -1,420 -1,378 -0,735 -1,763 - - -1,105 - - - -1,471
140 -1,257 -1,476 -1,432 -0,766 -1,838 - - -1,161 - - - -1,522
145 -1,312 -1,535 -1,496 -0,800 -1,920 - - -1,151 - - - -1,584
150 -1,365 -1,606 -1,549 -0,833 -1,997 - - -1,187 - - - -1,633
155 -1,414 -1,657 -1,613 -0,862 -2,069 - - -1,259 - - - -1,693
160 -1,460 -1,701 -1,672 -0,897 - - - -1,300 - - - -
165 -1,521 -1,756 -1,726 -0,932 - - - -1,349 - - - -
170 -1,572 -1,825 -1,793 -0,961 - - - -1,394 - - - -
175 -1,625 -1,867 -1,855 -0,999 - - - -1,449 - - - -

v 4 m/s 8 m/s 12 m/s


posição 7 13 16 isolado 7 13 16 isolado 7 13 16 isolado
T∞ (°C) 21,7 20,6 20,7 20,9 21,5 20,4 21,1 20,8 21,0 20,7 21,3 20,7

Tempo (s) ln((T - T∞) / (T0 - T∞)

180 -1,665 - -1,898 -1,030 - - - -1,484 - - - -


185 -1,723 - - -1,061 - - - -1,528 - - - -
190 -1,776 - - -1,094 - - - -1,590 - - - -
195 -1,823 - - -1,128 - - - -1,631 - - - -
200 -1,872 - - -1,163 - - - -1,682 - - - -
205 -1,934 - - -1,199 - - - -1,700 - - - -
210 -1,977 - - -1,231 - - - - - - - -
215 -2,034 - - -1,264 - - - - - - - -
220 -2,095 - - -1,292 - - - - - - - -
225 - - - -1,328 - - - - - - - -
230 - - - -1,358 - - - - - - - -
235 - - - -1,389 - - - - - - - -
240 - - - -1,422 - - - - - - - -
245 - - - -1,455 - - - - - - - -
250 - - - -1,483 - - - - - - - -
255 - - - -1,518 - - - - - - - -
260 - - - -1,555 - - - - - - - -
265 - - - -1,594 - - - - - - - -
270 - - - -1,625 - - - - - - - -
275 - - - -1,650 - - - - - - - -
280 - - - -1,684 - - - - - - - -
Fonte: Os autores, 2023.
Figura 1. Linha ln((T - T∞) / (T0 - T∞)) versus tempo na Posição 7 para v = 4 m/s.

Fonte: Os autores, 2023.

Figura 2. Linha ln((T - T∞) / (T0 - T∞)) versus tempo na Posição 13 para v = 4 m/s.

Fonte: Os autores, 2023.

Figura 3. Linha ln((T - T∞) / (T0 - T∞)) versus tempo na Posição 16 para v = 4 m/s.

Fonte: Os autores, 2023.


Figura 4. Linha ln((T - T∞) / (T0 - T∞)) versus tempo na Posição Isolado para v = 4 m/s.

Fonte: Os autores, 2023.

Figura 5. Linha ln((T - T∞) / (T0 - T∞)) versus tempo na Posição 7 para v = 8 m/s.

Fonte: Os autores, 2023.

Figura 6. Linha ln((T - T∞) / (T0 - T∞)) versus tempo na Posição 13 para v = 8 m/s.

Fonte: Os autores, 2023.


Figura 7. Linha ln((T - T∞) / (T0 - T∞)) versus tempo na Posição 16 para v = 8 m/s.

Fonte: Os autores, 2023.

Figura 8. Linha ln((T - T∞) / (T0 - T∞)) versus tempo na Posição Isolado para v = 8 m/s.

Fonte: Os autores, 2023.

Figura 9. Linha ln((T - T∞) / (T0 - T∞)) versus tempo na Posição 7 para v = 12 m/s.

Fonte: Os autores, 2023.


Figura 10. Linha ln((T - T∞) / (T0 - T∞)) versus tempo na Posição 13 para v = 12 m/s.

Fonte: Os autores, 2023.

Figura 11. Linha ln((T - T∞) / (T0 - T∞)) versus tempo na Posição 16 para v = 12 m/s.

Fonte: Os autores, 2023.

Figura 11. Linha ln((T - T∞) / (T0 - T∞)) versus tempo na Posição Isolado para v = 12 m/s.

Fonte: Os autores, 2023.


4.1.1. Cálculo do coeficiente convectivo experimental (hex)
𝑇 − 𝑇∞)
A partir dos gráficos de ln( 𝑇0 − 𝑇∞ ) versus tempo apresentados nas figuras 1 a

12, é possível calcular os coeficientes angulares de cada reta. Na sequência, para o


cálculo do coeficiente convectivo experimental, tem-se a equação 1:

𝑎 . 𝑚 . 𝑐𝑝
ℎ𝑒𝑥 = 𝐴
(Equação 1)

𝑇 − 𝑇∞
Sendo a (s-1) igual ao coeficiente angular da reta do gráfico de ln( 𝑇0 − 𝑇
)

referente ao eixo Y, e tempo (s) referente ao eixo X do mesmo gráfico; “m” igual a
massa do bastão de cobre usado no experimento (em Kg); “Cp” igual ao calor
específico do bastão (em kcal/kg.°C) e “A” igual a área externa do bastão (em m2). Em
relação ao cálculo do coeficiente angular de reta, T, T0 e T∞ representam,
respectivamente, a temperatura em cada tempo (s), a temperatura inicial no tempo T
= 0 segundos e a temperatura ambiente medida em cada velocidade de ar, todas em
ºC.

Tabela 3. Cálculo do hex para cada Posição e Velocidade.

Velocidade [m/s] Posição Coef. angular (a) hex [kcal / s. m2.°C] hex [W / m2.°C]

7 -0,010 0,025 102,570


13 -0,011 0,027 112,828
4
16 -0,011 0,027 112,828
Isolado -0,006 0,015 61,542
7 -0,014 0,034 143,599
13 -0,016 0,039 164,113
8
16 -0,016 0,039 164,113
Isolado -0,009 0,022 92,313
7 -0,017 0,042 174,370
13 -0,020 0,049 205,141
12
16 -0,019 0,047 194,884
Isolado -0,012 0,029 123,085
Fonte: Os autores, 2023.
4.2. Memorial de Cálculos
Para a realização de cálculos dos coeficientes convectivos experimental (hex),
por correlação de Hilpert e por correlação de Zhukauskas, necessitou-se realizar
conversões de algumas unidades de medida, como kcal/m2.°C.s para W/m2.°C e
kcal/m.h.°C para W/m.ºC, da seguinte forma:

2 3 2
[𝑘𝑐𝑎𝑙/𝑚 . °𝐶. 𝑠] = [4, 18 . 10 . 𝐽/𝑚 . °𝐶. 𝑠]
2 3 2
sendo [J/s] = W ⇒ [𝑘𝑐𝑎𝑙/𝑚 . °𝐶. 𝑠] = [4, 18 . 10 . 𝑊/𝑚 . °𝐶]

3 2
[𝑘𝑐𝑎𝑙/𝑚 . ℎ . °𝐶] = [4, 18 . 10 . 𝐽/𝑚 . °𝐶. 3600 𝑠]
2
sendo [J/s] = W ⇒ [𝑘𝑐𝑎𝑙/𝑚 . ℎ . °𝐶] = [1, 16 𝑊 /𝑚 . °𝐶 ]

O número de Nusselt médio (Nu) relaciona o coeficiente médio de transferência


de calor por convecção (h), sendo que a transição na camada limite ocorrerá de
acordo com número de Reynolds (Re) enquanto o número de Prandtl (Pr) caracteriza
a natureza do escoamento do fluido (INCROPERA, 2008 apud TOMAZONI &
OLIVIECKI, 2011).
De acordo com o número de Nusselt, pode-se usar a correlação empírica
proposta por Hilpert, que considera condições média globais ou a correlação proposta
por Zukauskas (INCROPERA, 2008 apud TOMAZONI & OLIVIECKI, 2011). O cálculo
dessas correlações se encontram nos itens 4.2.1. e 4.2.2.

4.2.1. Coeficiente convectivo por correlação de Hilpert (tubo isolado)


Considerando que o elemento utilizado é um bastão de cobre, a correlação de
Hilpert é aplicada para determinar a transferência de calor convectivo em cilindro de
seção circular em escoamento cruzado. O valor do adimensional Nusselt é dado pela
Equação 2:

ℎ.𝐷. 𝑚 1/3
𝑁𝑢 = 𝑘
= 𝐶. 𝑅𝑒𝐷 . 𝑃𝑟 (Equação 2)

Sendo “Nu” igual ao valor de Nusselt, “h” igual o coeficiente convectivo


(W/m2.°C), “D” o diâmetro do tubo externo do bastão de cobre (em metros), “k” o valor
da condutividade térmica (W/m.s.°C), os valores C e m adimensionais de acordo com
o valor de Reynolds (calculado pela Equação 3) e Prandtl (Pr), o qual é um
adimensional dado pela Equação 4.

ρ.𝑉.𝐷.
𝑅𝑒𝐷 = μ
(Equação 3)

Sendo “ρ” é igual a densidade da temperatura média do ar (kg/m3), “V” é a


velocidade do ar escolhida (em m/s), “D” o diâmetro do bastão de cobre (em metros) e
a viscosidade do ar (Pa.s).

μ . 𝐶𝑝
𝑃𝑟 = 𝑘
(Equação 4)

A temperatura média do ar é dada pela Equação 5 abaixo, sendo T tempo

referente à temperatura média do bastão de cobre na posição ao longo do tempo (s) e


T∞ referente à temperatura do meio externo.

𝑇𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 + 𝑇∞
𝑇𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 2
(Equação 5)

Abaixo, tem-se os valores de constantes de C e M de Reynolds (ReD) para


cálculo de Nu pela correlação de Hilpert.

Tabela 4. Constantes C e m a partir de faixas de Reynolds - Correlação Hilpert

ReD C m

0,4 -4 0,989 0,330

4 - 40 0,911 0,385

40 - 4000 0,683 0,466

4000 - 40000 0,193 0,618

40000 - 400000 0,027 0,805

Fonte: Autores, 2023


A partir da temperatura média do ar calculada (Equação 4), determina-se as
propriedades de densidade, calor específico, condutividade térmica e viscosidade do
ar, as quais serão utilizadas para definir o coeficiente convectivo.

Tabela 5. Propriedades do ar de acordo com a literatura.

T (°C) (kg/m3) Cp (kcal/kg.°C) k (kcal/m.h.°C) (Pa.s)

0 1,293 0,240 0,0209 17,207. 106

20 1,205 0,240 0,0221 18,198 . 106

40 1,127 0,240 0,0233 19,129 . 106

60 1,060 0,241 0,0245 20,032 . 106

80 1,000 0,241 0,0257 20,934 . 106

Fonte: Autores, 2023

Para o tubo isolado na velocidade de 4, 8 e 12 m/s, determinou-se sua


temperatura média pela equação 5 e a partir da temperatura média do tubo em cada
uma das velocidades obteve-se as propriedades do ar interpolando a média obtida
com os valores da Tabela 5, o resultado pode ser visto na tabela 6 a seguir:

Tabela 6. Propriedades do ar utilizadas para o cálculo do coeficiente convectivo.

Velocidade 𝑇𝑚é𝑑𝑖𝑎 (°C) (kg/m3) Cp (J/kg.°C) k (W/m.°C) (Pa.s)


(m/s)

4 37,66 1,136 1008 0,0270 19,02E-06

8 36,79 1,138 1007,326 0,0270 18,98E-06

12 37,09 1,137 1007,390 0,0270 19,00E-06

Fonte: Autores, 2023


Com as Propriedades do ar estabelecidas foi possível calcular o Reynolds
(calculado pela Equação 3) e Prandtl (calculado pela Equação 4), para cada uma das
velocidades, os valores calculados estão apresentados na tabela 7 a seguir:

Tabela 7. Valores de Re e Pr para cada velocidade


v (m/s) Re Pr
4 29,87.102 70,96.102
8 59,93.102 70,94.102
12 89,75.102 70,93.102
Fonte: Autores, 2023

Com os valores de Re e Pr calculados, encontram-se os valores das


constantes necessárias na Tabela 3 (C e m) para calcular o coeficiente convectivo por
correlação de Hilpert. Os resultados obtidos podem ser visualizados na Tabela 8.

Tabela 8. Valores de Nu e h da correlação de Hilpert em diferentes velocidades do ar


v (m/s) Nu h (W/m2.°C)
4 25,36 54,82
8 37,19 80,39
12 47,73 103,18
.Fonte: Autores, 2023

4.2.2. Por correlação de Zhukauskas (tubo isolado)


Como já comentado no item 4.2, outra correlação, para cálculo de coeficiente
convectivo de transferência de calor em escoamento cruzado sobre único cilindro, é a
proposta por Zhukauskas, a qual considera o coeficiente PrS = 0,7, além de ajustar o
coeficiente 𝑛 segundo as faixas do valor do adimensional Pr e os coeficientes 𝐶 e 𝑚
de acordo com o adimensional Re. Em relação ao coeficiente n, este valerá 0,37
quando Pr < 10 e 0,36 quando Pr > 10. Portanto, a equação 6 indica como o Nusselt é
calculado via correlação de Zhukauskas:

ℎ.𝐷 𝑚 𝑛 𝑃𝑟 1/4
𝑁𝑢𝐷 = 𝑘
= 𝐶. 𝑅𝑒𝐷 . 𝑃𝑟 . ( 𝑃𝑟 ) (Equação 6)
𝑠
Tabela 9. Valores de C e m a partir de faixas de valor de Reynolds (Zhukauskas).

ReD C m

1 - 40 0,75 0,4

40 - 1000 0,51 0,5

1000 - 2 . 105 0,26 0,6

2 . 105 - 106 0,076 0,7

Fonte: Autores, 2023

Da mesma forma apresentada para a correlação de Hilpert, com os valores de


Re, Pr e constantes calculados, determina-se o coeficiente convectivo por correlação
de Zhukauskas. Os resultados obtidos estão na Tabela 10.

Tabela 10. Nu e h da correlação de Zhukauskas em diferentes velocidades do ar


v (m/s) Nu h (W/m2.°C)
4 27,95 60,42
8 42,45 91,75
12 54,08 116,90
Fonte: Autores, 2023

Portanto, comparando os valores encontrados de coeficiente convectivo entre


as tabelas 3, 9 e 10, observa-se que conforme aumenta a velocidade, o coeficiente h
é aumentado em todas as posições. Justifica-se devido ao aumento de velocidade
implicar em maior transferência de calor e, consequentemente, maior o valor de h
experimental.
Analisando a posição do feixe, espera-se que, em posições de feixes mais
distantes, ocorra o aumento de hexp, o qual foi um resultado verificado ao comparar as
posições 13 e 16 (mais distantes) em relação à posição 7 (menos distante). O mesmo
é esperado ao comparar com o tubo isolado. Essa tendência é justificada por conta
dos feixes inseridos implicarem em redução de espaço de passagem de ar, o que
promove maior turbulência ao meio e maior velocidade de circulação de ar. Portanto,
uma maior distância de posição estará em contato com um ar de maior velocidade,
obtendo maior transferência de calor convectivo.
Pela tabela 3, outro ponto a ser ressaltado se refere às posições 13 e 16 terem
apresentado mesmos resultados de coeficiente convectivo para as velocidades 4 m/s
e 8 m/s, diferente da velocidade 12 m/s, em que a posição 16 correspondeu a um
coeficiente menor do que h calculado para a posição 13, o que pode estar relacionado
à um erro experimental.
Em relação ao tubo isolado, comparando os resultados experimentais com os
obtidos entre as correlações de Hilpert e Zhukauskas, nota-se que os dados teóricos
são inferiores aos dados experimentais, sendo que os dados obtidos via Correlação
de Zhukauskas apresentam-se mais próximos aos dados do experimento.

5. CONCLUSÃO
Os objetivos propostos dessa aula prática foram alcançados uma vez que
realizou-se todas as análises pertinentes utilizando o trocador de calor de feixes e de
modo comparativo o coeficiente convectivo foi estimado por intermédio de correlações
de Zhukauskas e Hilpert.
Fundamentando-se por meio dos dados obtidos na literatura, assim como as
informações adquiridas em aula prática, pode-se concluir que a transferência de calor
apresenta maior variação, ou seja, maior troca térmica, caso a posição do tubo seja
13 ou 16, com todos os feixes encaixados, devido à maior turbulência do ar e quanto
maior for a velocidade desse fluido gasoso.
Os dados teóricos obtidos são inferiores em relação às informações adquiridas
durante o experimento, logo a correlação que mais se aproxima do valor do
coeficiente convectivo é a correlação proposta por Zhukauskas, porém é de suma
importância considerar a relação binômio posição-velocidade do ar, a quantidade de
feixes e a turbulência do fluido gasoso para que sejam efetuados os cálculos.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

TOMAZONI, Jackeline Teresinha Santin; OLIVIECKI, Neilor José. Determinação do


coeficiente de transferência de calor em um cilindro metálico aquecido
internamente e submetido a um escoamento cruzado em túnel de vento. ABCM -
Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas. Erechim, 21 a 24 de
novembro de 2011. Disponível em: https://abcm.org.br/anais/creem/2011/tsft/13.pdf

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