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Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA)

Bruna Kazumi Ido 213863

Jéssica Sanefuji 175832

Mariana Tiemi Haraoka 221906

Letícia Akemi Oi 178696

PROJETO SOBRE O CONTROLE DE QUALIDADE NO PROCESSO DE


PRODUÇÃO DE ÁGUA DE COCO

Atividade apresentada à disciplina


TA741 - Controle de Qualidade na
Indústria de Alimentos, turma A,
do curso de Engenharia de
Alimentos da Faculdade de
Engenharia de Alimentos da
Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp).

Docentes:
Profa. Flávia
Profa. Cintia Betim

CAMPINAS - SP
JUlHO 2022
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Dados de reclamações classificadas por tipo de


defeitos………………………………………………………………………………….5
Tabela 2. Folha de verificação para classificação dos produtos com
defeitos………………………………………………………………………………….7
Tabela 3. Aplicação do método PDCA nas reclamações majoritárias obtidas no
SAC……………………………………………………………………………………..8
Tabela 4. Plano de ação (5W1H)......................................................................13
Tabela 5. Aplicação do método PDCA sobre defeitos relacionados à
embalagens obtidas no SAC………………………………………………………..15
Tabela 6. Carta de controle por atributos para defeitos de abertura de
embalagem……………………………………………………………………………17
Tabela 7. Dados da avaliação de abertura ……………………………..…….….18
Tabela 8. Dados para construção da carta de
controle………………………………………………………………………………..20

2
LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Diagrama de pareto………………………………………….6


Figura 2. Reclamações mensais estratificadas por tipo e
período………………………………………………………………………….7
Figura 3. Diagrama de Ishikawa a respeito das causas do problema:
produto fora da especificação e com características fora do
esperado………………………………………………………………………12
Figura 4. Diagrama de Ishikawa a respeito das causas do
problema………………………………………………………………………15
Figura 5. Carta de controle de atributos……………………………..23
Figura 6. Fluxograma do processamento da água de
coco……………………………………………………………………………25

3
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………5
2. ANÁLISE DOS DEFEITOS…………………………………………………...6
3. IDENTIFICAÇÃO DAS POTENCIAIS CAUSAS……………………………9
4. PLANO DE AÇÃO (5W1H).....................................................................13
5. ANÁLISE DOS DEFEITOS RELACIONADOS ÀS
EMBALAGENS……………………………………………………………….13
6. ANALISE O FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DA ÁGUA DE
COCO E SUGIRA A IMPLEMENTAÇÃO DE UMA CARTA DE CONTROLE
POR ATRIBUTO. INDIQUE O QUE SERÁ AVALIADO (ITEM DE CONTROLE)
E QUE TIPO DE CARTA DEVERÁ SER
UTILIZADA……………………………………………………………………………23
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………………..25

4
1. Introdução

No decorrer dos últimos quatro meses, o Serviço de Atendimento ao


Consumidor (SAC) recebeu reclamações listadas por tipo de defeito com
relação ao produto produzido pela indústria alimentícia considerada neste
projeto (água de coco esterilizada e envasada em embalagem cartonada) e a
incidência dessas ocorrências registradas mês a mês
A equipe de Controle de Qualidade da indústria alimentícia cujo produto
foi supracitado ficou encarregada de solucionar de um dos problemas
levantados na coleta de dados no decorrer desses quatro meses, considerando
ferramentas de controle de qualidade para efetuar análises assertivas através
do emprego de métodos como PDCA-MASP e demais ferramentas.

Tabela 1. Dados de reclamações classificadas por tipo de defeitos

Defeito Janeiro Fevereiro Março Abril

Embalagem sem 0 2 1 2
validade

Gosto muito doce, sem 42 57 63 44


sabor característico

Difícil abertura da 11 19 15 7
embalagem

Material estranho 5 2 10 2

Sabor/aroma ranço 47 59 35 24

5
2. Análise dos defeitos

Através dos gráficos abaixo (Figura 1 e Figura 2), é possível concluir que
as reclamações de gosto muito doce, sem sabor característico e de
sabor/aroma rançoso são as mais frequentes, somando um total de mais de
80%, assim é possível concluir que as maiores reclamações estão relacionadas
ao sabor e aroma do produto final.

Figura 1. Diagrama de pareto

Figura 2. Reclamações mensais estratificadas por tipo e período

6
O gráfico acima apresenta a quantidade e tipo de ocorrências
registradas via SAC por mês e pelo tipo de reclamação sobre o produto
efetuada pelo consumidor final.

A folha de verificação que foi utilizada para preenchimento através das


reclamações efetuadas pelos clientes via SAC torna possível a rastreabilidade
e identificação dos problemas, além de permitir a tomada de ações corretivas
ao problema.

Tabela 2. Folha de verificação para classificação dos produtos com defeitos

FOLHA DE VERIFICAÇÃO - SAC - ÁGUA DE COCO 1L

Lote Fab. Val. Categoria da Tipo de Detalhamento Resposta Plano de


Reclamação Defeito Ação

Sensorial

Processo

Presença de
Pragas

Material
Estranho

Distribuição

Embalagem

Risco à
saúde

A partir das reclamações majoritárias citadas, construiu-se uma tabela


(Tabela 3) para a aplicação do Método de Análise e Solução de Problemas -
MASP. A finalidade do uso desta ferramenta é a identificação da causa
fundamental do problema, bem como de seu bloqueio definitivo.

7
Tabela 3. Aplicação do método PDCA nas reclamações majoritárias obtidas no SAC

A partir do Diagrama de Pareto e do


gráfico de Reclamações Mensais
estratificadas por tipo e período (figuras 1
e 2), conclui-se que o produto fora de
Identificação do problema
especificação, com gosto muito doce,
sem sabor característico ou com
sabor/aroma de ranço é o principal
problema registrado pelo SAC.

Com auxílio da folha de verificação


(tabela 2), obtém-se o lote do produto
defeituoso, permitindo realizar sua
rastreabilidade e identificar informações
sobre sua fabricação, como turno em que
foi produzido, facilitando a identificação
da causa. Ademais, a partir dos dados de
reclamação (tabela 1) e Diagrama de
Observação do problema
Pareto (figura 1), observa-se que 46%
das reclamações referem-se ao gosto
muito doce, sem sabor característico,
principalmente durante os meses de
março e fevereiro. Já o sabor/aroma
P ranço, este representa 37% das
reclamações, sendo mais recorrente em
fevereiro e janeiro.

A partir do Diagrama de Ishikawa (figura


3), foram analisadas as possíveis causas
do principal problema: produto fora da
Análise especificação e com características fora
do esperado. Concluiu-se que a causa
mais provável é a realização incorreta da
etapa de formulação.

Através do método 5W1H (tabela 4) a ser


discutido no tópico 4, realizou-se o plano
de ação. Definiu-se que haverá a
medição do pH e Brix com pHmetro e
refratômetro, possibilitando a realização
da correção destes parâmetros através
Plano de ação
da adição de ácido orgânico e da mistura
de lotes quando necessário. A ação deve
ser realizada pelos analistas do
laboratório e responsáveis pela
formulação do produto, em cada batelada
do processo.

8
Realizar o plano de ação estabelecido,
podendo haver também o treinamento de
D Ação
funcionários para um resultado mais
efetivo.

Analisar as reclamações recebidas pelo


SAC após implementação do plano de
C Verificação ação, com auxílio do Diagrama de Pareto,
para verificar se o bloqueio do problema
foi efetivo.

Elaborar um novo Procedimento


Operacional Padrão (POP), visando
padronizar o processo de fabricação e
Padronização
prevenir contra o reaparecimento do
A problema. Nesta etapa, a comunicação
interna e treinamentos são fundamentais.

Analisar os problemas remanescentes e


Conclusão aplicar o método de solução de
problemas.

3. Identificação das potenciais causas

Avaliando os defeitos de acordo com o índice de reclamações,


observa-se majoritariamente reclamações sobre o gosto muito doce, sem sabor
característico e com sabor/aroma ranço.

Como identificado no item anterior, o principal problema encontrado foi o


produto fora da especificação e com características fora do esperado,
resultando em um produto com gosto muito doce, sem sabor característico e
sabor/aroma ranço. Isso se deve ao fato de que quando há algum problema
durante o processo produtivo, o produto final pode sofrer alterações, as quais
muitas vezes não são desejáveis.

Visto a isso, observa-se que os pontos levantados (reclamações


majoritárias) possuem como problema comum a apresentação de um produto
com características que não se adequam às da Especificação Técnica do
produto (Parte 1 do Projeto): ao invés de sabor característico e levemente
adocicado, tem-se um gosto muito doce e sem sabor característico; além de
possuir características indesejáveis: presença de sabor e aroma ranço.

9
De acordo com o problema identificado, analisam-se as suas potenciais
causas. Para tanto, primeiramente, discorremos sobre as possíveis causas em
cada etapa, para depois, aplicar o Diagrama de Ishikawa na etapa que tem
maior influência no problema e, por fim, aprofundamos nas prováveis causas
desta etapa.

Discussão das etapas:

● Seleção de frutas realizada incorretamente: quando não há


descarte dos cocos que possuem defeitos (que são
excessivamente verdes, maduros, com rachadura ou que
apresentam deterioração). Na ocorrência deste, o produto pode
apresentar dificuldade na padronização com solução de sacarose
(podendo ocasionar em uma bebida muito doce), possibilidade de
contaminação e presença de microrganismo (podendo resultar na
rancificação/sabor ranço) e na alteração da qualidade sensorial
(principalmente em cocos com deterioração e que podem
ocasionar no defeito “sem sabor característico”) (ROSA et al.,
2000).

● Extração e Filtração da água de coco executadas incorretamente:


quando não se realiza a filtração juntamente com a extração,
podem ocorrer alterações de coloração pelos fragmentos da
casca na água de coco, causando reações enzimáticas de
polifenoloxidases e, consequentemente, em alterações sensoriais
no produto final (podendo resultar em sabor ranço ou sem sabor
característico) (CABRAL et al., 2005).

● Formulação realizada incorretamente: quando a correção do Brix


não foi realizada corretamente (podendo ocasionar no sabor
muito doce), ocorrência de erros de medida na aplicação do
metabissulfito de sódio INS 223 (diminuindo a eficácia da

10
conservação do produto e quando em excesso, pode
descaracterizar o sabor característico do produto) e pela inspeção
incorreta da qualidade microbiológica da água de coco devido ao
relato de sabor/aroma de ranço (CABRAL et al., 2005;
QUALICOCO, 2022).

● Pasteurização, Esterilização, Envase asséptico ou


Armazenamento executados sem rigor sanitário: se essas etapas
não forem realizadas corretamente, podem ocasionar em
contaminação microbiológica e, consequentemente, em
alterações sensoriais (como sabor ranço e sem sabor
característico). A execução corretas destas etapas se referem: ao
atendimento do binômio tempo-temperatura durante a
pasteurização e esterilização (para inativação de parte das
enzimas e microrganismos ou atingir a esterilidade comercial e
assegurar os atributos sensoriais do produto), realização do
envase asséptico de forma higiênica/sem contaminação do
produto e execução do armazenamento nas condições de
umidade/temperatura adequadas e sem exposição a vapores de
água, calor e longe de pragas (ROSA et al., 2000).

Após avaliação das potenciais causas do problema principal, observa-se


que a causa mais provável foi a formulação realizada incorretamente. Visto
que se fosse realizada adequadamente, seria possível ter corrigido os defeitos
causados pela etapa de seleção de frutas (por meio da correção do Brix, pH e
adição de INS 223), além de ser possível evitar a ocorrência de defeitos nas
demais etapas, visto que na formulação tem-se medidas que diminuem a
probabilidade de contaminação microbiana (pelo pH e INS 223) e faz-se
correção da doçura do produto (correção Brix).

Agora que definida a etapa, realiza-se o aprofundamento das causas por


meio do Diagrama de Ishikawa:

11
Figura 3. Diagrama de Ishikawa a respeito das causas do problema: produto fora da
especificação e com características fora do esperado

12
4. Plano de ação (5W1H)

Tabela 4. Plano de ação (5W1H)

O que? Por que? Onde? Quando? Quem? Como?

Medir o valor Obter É retirada Realizar A medição Realizar a


ºBrix e pH da produtos uma medições é feita medição do ºBrix
água de coco e cujas amostra do em cada pelos e pH com o
fazer a sua propriedade tanque de lote de analistas do auxílio de um
correção para s sensoriais armazenam matéria-pri laboratório refratômetro e
um valor de estejam de ento e as ma. Corrigir ea pHmetro,
5,2-6,0ºBrix e acordo com medições os valores correção é respectivamente,
pH entre 4-6,5. as são feitas de pH e realizada e fazer a correção
característic no °Brix em pelos através da adição
as da água laboratório. cada analistas do ácido orgânico
de coco. Já a batelada do responsáve e da mistura de
correção é processo is pela lotes de cocos
realizada de formulação mais maduros
no tanque fabricação. da água de com lotes de
de mistura. coco. cocos mais
verdes.

5. Análise de defeitos relacionados às embalagens


Tendo em vista que houve consumidores reclamando sobre embalagens
difíceis de abrir e com a ausência de informações relevantes (como a validade do
produto) a equipe da Qualidade decidiu implementar carta de controle por atributos
para o processo de fechamento da embalagem, focando no defeito: dificuldade de
abertura de embalagens, classificado como grave por ser um defeito que torna
inutilizável ou reduz a utilização do produto em suma.

A implantação da carta de controle foi iniciada a partir de uma coleta de dados


com o intuito de melhor rastreabilidade da raíz do problema e definição de plano de
ação.

O item de controle é o efeito final obtido através de controle e garantia da


gestão e adequação dos itens de verificação de cada etapa do processo (diagrama de
Ishikawa, ou espinha de peixe - Figura 4) em que os resultados são comparados com
as metas e satisfação dos consumidores finais.

Na situação da indústria de água de coco e considerando o defeito


supracitado, definiu-se como item de controle a abertura das embalagens, ou seja, o
que desejamos de resultado final e venha de encontro à características desejáveis e

13
esperadas pelos consumidores finais são embalagens que não sejam difíceis de
serem abertas, na etapa de fechamento da embalagem.

Figura 4. Diagrama de Ishikawa a respeito das causas do problema

O método de avaliação para este item de controle será o ciclo


PDCA (Planejar, Implementar, Verificar resultados e Atuar
corretivamente).

14
Tabela 5. Aplicação do método PDCA sobre defeitos relacionados à embalagens
obtidas no SAC

Partindo da coleta e análise das


ocorrências informadas via SAC, há 52
relatos de consumidores sobre o defeito
Identificação do problema da embalagem do produto que apresenta
defeito no momento de tentativa de
abertura da água de coco pelos
consumidores.

Partindo da identificação do defeito é


possível efetuar análises no processo,
desde a recepção de matérias-primas
Observação do problema para embalagem e nas etapas de envase
e fechamento do produto para
rastreabilidade da raiz deste defeito e
escolha de plano de ação assertivo.

A partir do Diagrama de Ishikawa (figura


3), foram analisadas as possíveis causas
P do principal problema: produto fora da
especificação e com características que
Análise
são divergentes às expectativas finais.
Por conseguinte, avalia-se que a causa
mais provável é a etapa de fechamento
do produto após o processo de envase.

Serão empregados testes de resistência


mecânica à abertura do lacre de plástico
da embalagem, assim como teste de
torque necessário para abertura da
mesma. Ademais, haverá controle de
recepção e armazenamento de
matéria-prima destinada à montagem e
Plano de ação
estrutura da embalagem cartonada,
controle e calibração de máquinas
durante o processo de montagem da
embalagem, envase e fechamento do
produto para garantia de evitar injúrias
mecânicas da tampa plastica ou
embalagem cartonada nessas etapas.

15
Realizar o plano de ação estabelecido,
devendo ser implementado também o
treinamento de funcionários para um
D Ação
resultado mais efetivo e melhor controle
de cada etapa supracitada no plano de
ação.

Analisar as reclamações recebidas pelo


SAC após implementação do plano de
ação, com auxílio do Diagrama de Pareto,
para verificar se o bloqueio do problema
foi efetivo, por intermédio de comparação
C Verificação
entre os resultados obtidos e os
resultados esperados, ou seja, redução
ou erradicação das incidências de
reclamações de consumidores acerca
deste defeito.

Elaborar um novo Procedimento


Operacional Padrão (POP), visando
padronizar o processo de fabricação e
prevenir contra o reaparecimento do
Padronização
problema. Nesta etapa, a comunicação
A interna, instruções didáticas e dispostas
no interior da fábrica e treinamentos são
fundamentais.

Analisar os resultados obtidos verificando


a efetividade do plano de ação e
estabelecimento de frequência de
Conclusão verificação de cada etapa com o objetivo
da garantia de melhoria contínua do
processo e satisfação dos
consumidores/clientes finais.

Com o intuito de determinar a frequência de retirada de amostras, a área


responsável pelo Controle de Qualidade da indústria de água de coco definiu
que a carta de controle por atributos seria o método com maior precisão para
tal análise.

A Tabela 6 apresenta a classificação das embalagens em conformes ou


não conformes de acordo com o item de verificação: abertura da embalagem,
trazendo alguns critérios de avaliação como resistência mecânica necessária

16
para abertura da embalagem, torque requerido para abertura da embalagem,
deformação do lacre de plástico da embalagem, lacre plástico com
posicionamento errado ou torto, entre outros defeitos que constituem em duas
distintas classificações conforme ou não conforme, ou seja, sem defeito e com
defeito.

A carta de controle apresenta-se na forma de formulário em que será


possível coletar informações de quantas embalagens foram classificadas em
cada tipo de critério e quais os critérios que são determinantes para a
classificação final em conformidade ou não-conformidade. É de suma
importância ressaltar que a partir de análises, foi definido para cada critério um
valor máximo e mínimo necessário quando se tratando de variáveis contínuas.

Tabela 6. Carta de controle por atributos para defeitos de abertura de embalagem

Carta de controle por atributos

Critérios de avaliação

Força necessária para abertura

Mínima Média Máxima

Conformes Não Conformes Não Conformes Não


conformes conformes conformes

Torque necessário para abertura

Mínimo Médio Máximo

Conformes Não Conformes Não Conformes Não


conformes conformes conformes

Lacre plástico com defeito

Torto Mal posicionado Sem ranhuras para atrito

Conformes Não Conformes Não Conformes Não


conformes conformes conformes

17
Embalagem cartonada com rigidez ou problemas estruturais

Maleável Rígida

Conformes Não conformes Conformes Não conformes

Após o emprego da carta de controle por atributos de no mínimo 50


unidades, é possível efetuar análise com maior precisão sobre qual critério
apresenta-se mais sensível para não conformidade do produto.

a. Em um primeiro momento foram retiradas 30 amostras. Os


resultados estão na Tabela 7.

Tabela 7. Dados da avaliação de abertura.

Amostra N° inspecionados N° defeituosos (%)

1 300 5

2 300 9

3 300 5

4 300 7

5 300 6

6 300 4

7 300 5

8 300 9

9 300 15

10 300 6

11 300 5

12 300 8

13 300 7

14 300 5

18
15 300 6

16 300 8

17 300 4

18 300 5

19 300 10

20 300 5

21 300 7

22 300 6

23 300 4

24 300 5

25 300 7

26 300 8

27 300 7

28 300 6

29 300 5

30 300 7

i. Os dados são suficientes para a construção das cartas de


controle? Justifique.

A tabela 7 apresenta o número de produtos inspecionados, sendo


este um valor constante e igual a 300, bem como a porcentagem de
itens defeituosos para as 30 amostras analisadas em termos de abertura
da embalagem.

Tendo em vista que os produtos inspecionados foram


classificados em “defeituosos” e “não-defeituosos”, a carta de controle a
ser utilizada é a carta por atributos. Além disso, visto que foram
fornecidas as porcentagens de itens defeituosos, ao invés do número de
defeituosos, a carta p mostra-se a mais adequada para a situação.

19
Para construção da carta p, é necessário conhecer o tamanho da
amostra (número de itens inspecionados) e a proporção de itens não
conforme. Ademais, é recomendado retirar, no mínimo, 25 amostras.
Portanto, visto que as informações mencionadas anteriormente foram
fornecidas, é possível afirmar que os dados são suficientes para
construção da carta de controle.

ii. Com os valores, construa as cartas e analise.

Para construção da carta de controle, inicialmente foi necessário


obter a proporção de itens não-conforme (p) a partir da porcentagem de
defeituosos. Os resultados obtidos encontram-se na tabela 8.

Tabela 8. Dados para construção da carta de controle.

Amostra N° inspecionados N° defeituosos (%) Proporção de


não-conformes (p)

1 300 5 0,05

2 300 9 0,09

3 300 5 0,05

4 300 7 0,07

5 300 6 0,06

6 300 4 0,04

7 300 5 0,05

8 300 9 0,09

9 300 15 0,15

10 300 6 0,06

11 300 5 0,05

12 300 8 0,08

13 300 7 0,07

14 300 5 0,05

20
15 300 6 0,06

16 300 8 0,08

17 300 4 0,04

18 300 5 0,05

19 300 10 0,1

20 300 5 0,05

21 300 7 0,07

22 300 6 0,06

23 300 4 0,04

24 300 5 0,05

25 300 7 0,07

26 300 8 0,08

27 300 7 0,07

28 300 6 0,06

29 300 5 0,05

30 300 7 0,07
Fonte: Os autores, 2022.

Posteriormente, calculou-se a média de itens não conformes no


processo a partir das equações abaixo.

Σ𝑝 1,960
𝑝 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 𝑛° 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑠
= 30
= 0, 065

Por fim, calculou-se a linha central e os limites inferior e superior


de controle a partir das equações apresentadas a seguir.

𝑝 𝑚é𝑑𝑖𝑜 (1−𝑝 𝑚é𝑑𝑖𝑜)


𝐿𝑆𝐶 = 𝑝 𝑚é𝑑𝑖𝑜 + 3 𝑛° 𝑖𝑡𝑒𝑛𝑠 𝑖𝑛𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠
= 0, 108

𝑝 𝑚é𝑑𝑖𝑜 (1−𝑝 𝑚é𝑑𝑖𝑜)


𝐿𝐼𝐶 = 𝑝 𝑚é𝑑𝑖𝑜 − 3 𝑛° 𝑖𝑡𝑒𝑛𝑠 𝑖𝑛𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠
= 0, 023

𝐿𝐶 = 𝑝 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 0, 065

21
A partir dos dados obtidos, obteve-se a carta de controle ilustrada
na figura 5.

Figura 5. Carta de controle de atributos.

Fonte: Os autores, 2022.

A partir da carta de controle, é possível observar que a amostra 9


apresentou uma proporção de itens não conforme acima do limite
superior de controle, indicando a atuação de uma causa especial e,
consequentemente, uma possível piora no desempenho do processo
para aquela amostra.

iii. O processo está sob controle estatístico? Pode ser


utilizado para a FASE 2? Justifique a resposta.

Visto que observou-se a presença de 1 ponto acima do Limite


Superior de Controle (LIC), ou seja, 3 desvios padrão acima da linha
central (LC), é possível afirmar que o processo não se encontra sob
controle estatístico e não pode ser utilizado para a fase 2.

22
iv. A gerência tem como meta para este defeito não mais que
1,5% das embalagens. Este processo, da maneira como
está sendo realizado pode alcançar esta meta?

Como o processo não se encontra sob controle estatístico, ele


não poderá alcançar esta meta sendo realizado desse jeito, além disso,
é possível notar que a média do processo é de 6%, sendo um valor
muito acima da meta.

v. Tendo em vista os resultados do item anterior, avalie se é


necessário melhorar o processo. Justifique a resposta.

É necessário melhorar o processo uma vez que ele não está


alcançando a meta de menos que 1,5% de embalagens defeituosas. Na
figura 1, é possível observar que a porcentagem de 1,5 de defeituosos é
muito abaixo do limite inferior de controle, além disso, a média do
processo não se encontra próximo dessa meta, com isso, pode-se
concluir que para que os dados mudem e o número de defeituosos
diminua, será necessário melhorar o processo.

6. Análise o fluxograma do processo de produção da água de coco


e sugira a implementação de uma carta de controle por atributo.
Indique o que será avaliado (item de controle) e que tipo de carta
deverá ser utilizado.

Primeiramente, observa-se o Fluxograma do Processo de Produção de


Água de Coco apresentado na Parte 1 do Projeto:

23
Figura 6. Fluxograma do processamento da água de coco

24
Por meio da análise do gráfico, propõe-se a aplicação da carta de
controle por atributo na seguinte etapa:

● Seleção visual de sujidades e defeitos nos cocos

Para a verificação dos cocos que chegam do fornecedor/proporção de


defeituosos:

○ item de controle: proporção de cocos defeituosos e proporção de


cocos com sujidades visuais
○ tipo de carta: Carta p (proporção dos cocos defeituosos com o
tamanho da amostra variável - cocos por lote)
○ motivo: avaliação da quantidade de cocos defeituosos e cocos
com sujidades visuais que chegam do fornecedor

7. Referências Bibliográficas

ABREU, F. A. P. de.; SOUZA, A. C. R. de. Água de Coco Pasteurizada


em sistemas HTST: Fabricação em Pequenas e Médias Escalas de
Processamento. Fortaleza, Ceará. 2017.

BRASIL. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 9, DE 30 DE JANEIRO DE


2020. Diário Oficial da União: Agência Nacional de Vigilância Sanitária,
[s. l.], 30 jan. 2020. Disponível em:
<https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-n-9-de-30-de-ja
neiro-de-2020-240823537>. Acesso em: 27 abr. 2022.

BRASIL. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 60, DE 23 DE DEZEMBRO DE


2019. Diário Oficial da União: Agência Nacional de Vigilância Sanitária,
[s. l.], 23 dez. 2019. Disponível em:
<https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-n-60-de-23-de-d
ezembro-de-2019-235332356>. Acesso em: 29 abr. 2022.

BRASIL. Materiais em contato com alimentos: Gerência geral de


alimentos. Perguntas & Respostas, Brasília, n. 5, p. 33, 6 mar. 2020.

25
Disponível em:
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/alimento
s/perguntas-e-respostas-arquivos/embalagens-materiais-em-contato-co
m-alimentos.pdf. Acesso em: 21 abr. 2022.

BRASIL. RESOLUÇÃO RDC N° 26, DE 2 DE JULHO DE 2015. Diário


Oficial da União: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, [s. l.], 2 jul.
2015. Disponível em:
<https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal
/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-bebidas/resolucao-rdc-no-26
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CABRAL, L. M. C.; PENHA, E. M.; MATTA, V. M. Água de coco verde


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