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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU

FARMÁCIA

YANNE BEATRIZ DE MELO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II


Indústria de cosméticos Bellobella Cosméticos

GARANHUNS
2024

1
YANNE BEATRIZ DE MELO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II


Indústria de cosméticos Bellobella Cosméticos

Relatório final, apresentado a


faculdade Maurício de Nassau,
Garanhuns, como parte das exigências
para obtenção do título de bacharel em
farmácia.

Garanhuns, 14 de abril de 2024

PROF. Joao Luiz Crespo Cavalcanti

Coordenador do núcleo de estágio

GARANHUNS
2024

2
Gostaria de expressar minha sincera
gratidão a Bellobella indústria de cosméticos
por me fornecer a oportunidade de realizar
meu estágio. Agradeço especialmente
Hélder Tenório Vilela pela orientação e
suporte ao longo deste período.

3
RESUMO

Durante o estágio supervisionado II, realizado na indústria de cosméticos


Bellobella, no período compreendido entre 30 de agosto de 2023 a 6 de outubro de
2023, pude vivenciar e destacar uma série de tarefas e responsabilidades que
destacam a importância do farmacêutico nesse cenário industrial, com um foco
especial sem controle de qualidade. Essa experiência foi enriquecedora e
proporcionou um aprofundamento significativo no entendimento das práticas e
processos que permeiam a produção de produtos cosméticos, e evidenciando o
papel do farmacêutico na indústria de cosméticos que é de extrema relevância para
garantir a segurança, eficácia e conformidade dos produtos.

Palavras chaves: Qualidade, indústria, análises.

4
LISTA DE FIGURAS

FIGURA
1.........................................................................................................22
FIGURA
2.........................................................................................................22
FIGURA
3.........................................................................................................22
FIGURA
4.........................................................................................................22
FIGURA
5.........................................................................................................23
FIGURA
6.........................................................................................................23
FIGURA
7.........................................................................................................23
FIGURA
8.........................................................................................................24

5
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................6
OBJETIVOS GERAIS E ESPECIFICOS..................................................... 7
ANALISES RELIZADAS.............................................................................. 9
3.1Analises físico-químicas..............................................................7
3.1.1 Determinação do pH.......................................................7
3.1.2 Determinação da Densidade..........................................7
3.1.3 Determinação da Viscosidade........................................7
3.1.4 Determinação de condutividade.....................................8
3.2 ANÁLISE MICROBIOLÓGICA..........................................................8
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS................................................................ 9
4.1 Análises dos produtos acabados.................................................9
4..1.1 Análise do álcool 70% INPM líquido.................................................9
4..1.2 Análise do álcool 46 % INPM líquido................................................10
4..1.3 Análise do álcool 70 % INPM Gel.....................................................10
4..1.4 Sabonete Líquido para as mãos – institucional................................11
5.1 Análises de materiais primas.......................................................12
5..1.1 Análise do álcool 96 GL...............................................................12
5.1.2 Lauril Éter sulfato de sódio c.........................................................13
5.1.4 Carbomero 940.............................................................................14
5.1.5 Benzoato de Denatônio – POLY BDN 100...................................15

6
5.1.6 Ácido cítrico..................................................................................15
5.1.7 Água purificada ............................................................................16
7. Amostragem de matéria prima.......................................................17
8. Retém............................................................................................18
9. CONCLUSÃO........................................................................................19
10. REFERÊNCIAS BIBIOGRAFICAS.......................................................20
11. ANEXOS...............................................................................................21

1.INTRODUÇÃO

Neste relatório, abordaremos os processos passo a passo das práticas feitas


em aula e os aprendizados que foram administrados no Estágio II de Controle de
Qualidade na indústria de cosméticos Bellobella, ministrado pelo preceptor Hélder
Tenório Vilela. O preceptor nos apresentou uma das materiais mais importantes que
todo profissional farmacêutico deve obter conhecimento total, a Farmacopeia
Brasileira Ed. 6. Este é o Código Oficial Farmacêutico aplicado no Brasil, cuja função
principal é estabelecer os requisitos mínimos de qualidade de medicamentos e
outras formas farmacêuticas para uso em saúde.
Dentre os pontos avaliados nos medicamentos estão a dose, pureza, perfil de
dissolução, desintegração e perfil microbiológico. Para auxiliar o controle de
qualidade no cumprimento de suas responsabilidades, técnicas analíticas cada vez
mais sensíveis, exatas e precisas foram treinadas e empregadas.
As indústrias farmacêuticas representam uma parcela importante na
economia do país. Tendo em vista que a necessidade de melhorias constantes em
seus processos exigiu a criação de métodos de controle e gestão da qualidade, os
quais têm sido uma ferramenta primordial de melhoria contínua e desenvolvimento
de novas fórmulas farmacêuticas.
Isso significa que é vital para a substituição do setor garantir a eficácia,
segurança e qualidade dos seus medicamentos, garantindo um produto esmagador
ao consumidor final. Com base nisso, a realização do controle de qualidade nas
indústrias farmacêuticas é de extrema importância para garantir a eficácia,
segurança, qualidade, alternativa e solidez dos medicamentos disponibilizados aos

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consumidores e com a finalidade de garantir e garantir que todas as questões
relativas à fabricação sejam cumpridas à risco
Foi reforçado no decorrer do estágio o que já temos como base de
aprendizado de outras aulas, o uso correto de todos os Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) e coletivo (EPC). Nos familiarizamos com os equipamentos
disponíveis, conhecendo o funcionamento de cada um, sua indicação de uso e a
maneira correta de manuseá-los, fazendo também, por fim, a higienização das
vitrines e equipamentos utilizados em cada final de experimento. Sendo também os
devidos cuidados aos quais devemos ficar atentos, como nunca fazer a inalação de
produtos químicos desconhecidos, não levá-los na direção aos olhos e boca, tendo
assim o risco de determinados acidentes ocasionados por essas razões; não mover
ou retirar os equipamentos das bancadas, pois podem haver alterações ou até
mesmo serem danificados ou descalibrados; antes de fazer uso da balança analítica,
observe a capacidade máxima e não exceda o peso indicado; não mexa nos
equipamentos sem instrução prévia ou leitura dos manuais correspondentes; e, por
fim, em caso de acidentes no ambiente do laboratório, comunicar imediatamente o
preceptor responsável.

3. ANÁLISES REALIZADAS.

3.2 Analises físico-químicas

3.2.1 Determinação do pH

Potencial Hidrogeniônico (pH) é uma escala numérica que varia de 0 a 14,


utilizada para classificação de substância como ácidas, neutras e básicas.
Substâncias com valores de pH inferiores a 7 são categorizadas como ácidas,
aquelas com pH igual a 7 são consideradas neutras, enquanto aquelas com valores
superiores a 7 são classificadas como básicas (SANTOS 2008).
O pH de uma solução está associado à quantidade de íons de hidrogênio (H+)
presentes nela.

8
3.2.2 Determinação da Densidade

Densidade absoluta, ou massa específica, é uma característica de cada


material existente para determinar a quantidade de material que está presente em
um espaço delimitado, que pode ser uma superfície, um comprimento ou uma
unidade de volume. Por meio de um cálculo de divisão, massa por volume (d = m/v),
você encontra a densidade de tal material. Quando se trabalha com densidade de
líquidos e sólidos, a unidade de medida trabalhada pode ser expressa em gramas
por mililitro (g/mL) ou gramas por centímetro cúbicos (g/cm³), já para gases a
densidade é expressa geralmente em gramas por litro (g/L). (ROCHA, 201-?)

3.2.3 Determinação da Viscosidade

A viscosidade, também conhecida como a espessura de um fluido, é uma


propriedade físico-química que permite medir a resistência ao escoamento de um
fluido. A viscosidade, em nível molecular, é resultado das interações entre as
moléculas presentes no fluido, podendo ser determinado como um tipo de atrito
entre essas moléculas. Semelhante ao atrito entre sólidos em movimento, a
densidade determina a quantidade de energia necessária para fazer o fluido fluir.
Quando um líquido é forçado a escoar, ele resiste à deformação por cisalhamento,
que é uma tensão causada por forças opostas e semelhantes nas diferentes
camadas do líquido, resultando em "a penetração das camadas do líquido". Em
outras palavras, é o atrito interno no líquido devido às interações intermoleculares.

3.2.4 Determinação de condutividade elétrica.

A condutividade elétrica de uma substância é definida como a capacidade


dessa corrente elétrica. O princípio no qual a maioria dos equipamentos de
medição de condutividade elétrica se baseia na medida de tensão quando uma
corrente alternada é aplicada em dois eletrodos de uma célula de condutividade
elétrica imersa em uma solução.

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A condutividade elétrica de uma solução depende da concentração do
soluto e do número de cargas presentes. No caso de soluções iônicas, existe
uma relação linear entre a condutividade específica e a raiz quadrada da
concentração, sendo a linearidade apenas encontrada para soluções diluídas de
eletrólitos fortes.

3.3 ANÁLISE MICROBIOLÓGICA

As análises microbiológicas desempenham um papel de extrema importância


no controle de qualidade de matérias primas, e produtos acabados,
independentemente de sua natureza ou especificamente. Esta abordagem é
fundamental para garantir a segurança, eficácia e integridade dos produtos, uma vez
que a contaminação microbiana pode ter sérias consequências.
Ao examinar um produto quanto à sua microbiologia, é possível identificar
e quantificar microrganismos, que podem estar presentes. Isso é essencial porque a
presença de outros microrganismos pode resultar em alterações importantes nas
propriedades físicas e químicas do produto. Por exemplo, a ação de bactérias pode
causar variações no produto, resultando em mudanças de cor, sabor, textura e odor.
Além disso, essas mudanças podem tornar o produto não apenas inaceitável para o
consumo, mas também potencialmente prejudiciais à saúde do usuári o, pois a
contaminação microbiana também representa um risco de infecção para os
consumidores (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, ANVISA, 2019).

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

A Bellobella Cosméticos mantém atualmente uma estrutura de controle de


qualidade composta por dois laboratórios especializados: o Laboratório Físico-
Químico, dedicado à análise dos parâmetros físico-químicos de amostras de
águas purificadas, matérias-primas e produtos acabados, e o Laboratório de
Microbiologia, focado na avaliação dos parâmetros microbiológicos.

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Para garantir a integridade das amostras, estas são coletadas obedecendo
a rigorosas condições de acondicionamento, com todos os procedimentos de
certificação e registro documentados nos arquivos da empresa.
As análises realizadas abrangem diversos aspectos, incluindo
características organolépticas e propriedades como densidade, particularidades,
pH, Graus INPM ou GL. Para orientar os profissionais responsáveis e
estagiários, os Procedimentos Operacionais Padrão (POP's) são disponibilizados
no laboratório. Esses POP's contêm instruções elaboradas para as análises e os
resultados esperados, sendo revisadas com base nas diretrizes da Farmacopeia
e pelos órgãos Reguladores.

4.1 Análises dos produtos acabados.

4..1.1 Análise do álcool 70% INPM líquido.

Parâmetros Físico-Químicos esperados:


 Aspecto: Líquido límpido, volátil, inflamável e higroscópico.
 Cor: Incolor.
 Odor: Característico.
 pH: 5,0 a 8,0.
 Densidade: 0,816 a 0,916 g/ml.
 Grau alcoólico INPM: mínimo 68,25%INPM

4..1.2 Análise do álcool 46 % INPM líquido.

 Parâmetros Físico-Químicos esperados:


 Parâmetros Físico-Químicos esperados:
 Aspecto: Líquido límpido, transparente e isento de partículas estranhas.
 Cor: Incolor.
 Odor: Característico.
 pH: 7,0 a 8,5.

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 Densidade: 0,870 a 0,970 g/ml.

4..1.3 Análise do álcool 70 % INPM Gel.

Parâmetros Físico-Químicos esperados:


 Aspecto: Gel homogêneo e levemente turvo.
 Cor: Incolor.
 Odor: Característico.
 PH: 5,0 a 7,0.
 Viscosidade: ≥8000cP
 Densidade: 0,813 a 0,913 g/ml.
 Grau alcoólico INPM: mínimo 68,25%INPM.

Observação: O álcool em gel, possui análises físico-químicas e


microbiológicas para o que o produto seja aprovado.

Parâmetros Microbiológicos esperados para a amostra:


 Mesófilos Totais: 5 x 103 UFC /ml .
 Pseudomonas aeruginosa: Ausência em 1g ou 1ml.
 Coliformes totais: Ausência em 1g ou 1ml.
 Coliformes Termotolerantes (E. coli): Ausência em 1g ou 1ml.
 Staphylococcus áureas: Ausência em 1g ou 1ml.

Obs.: A análise de pH é feita sempre a 25°C, já a Densidade, e os Graus


GL e INPM sempre a 20°C.
O grau °GL é obtido com auxílio de uma proveta e 1000ml, sempre
atento ao menisco para não alterar o resultado, o álcool precisa estar a 20°C e em
seguida é introduzido o Alcoômetro de Gay Lussac quase até o fundo da proveta,
não o deixando tocar nas paredes da proveta, e girando levemente logo em
seguida. Assim que estabilizar é possível fazer a leitura do grau alcoólico.

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Em seguida é feita a conversão do GL para o INPM. Assim que
identificado o grau GL é feita a transformação para massa onde o valor
encontrado no alcoômetro representa a quantidade de etanol presente na amostra
e o restante para 1000ml é de água. Essa quantidade de álcool encontrada é
multiplicada pela densidade e a quantidade de água encontrada é multiplicada
pela densidade da água. O resultado da multiplicação da quantidade de etanol e
sua densidade é x% e o resultado da soma dos valores obtidos pelas
multiplicações do etanol e da água por suas respectivas densidades equivale a
100%. É feita a regra de três e encontrado assim o grau INPM da amostra.
Para obter o grau GL do álcool em gel é um pouco diferente, utiliza-se
um refratômetro com a escala de GL.

4..1.4 Sabonete Líquido para as mãos – institucional

As análises físico-químicas feitas na amostra de sabonete líquido são


basicamente iguais a do álcool gel, excluindo apenas o grau alcoólico, tendo
diferença nos parâmetros. Já as análises e os parâmetros microbiológicos do
sabonete líquido são iguais às do álcool gel.

Parâmetros Físico-Químicos esperados:


 Aspecto: Líquido fluido, transparente.
 Cor: Amarelo alaranjado.
 Odor: Floral.
 pH: 6,0 a 7,5.
 Viscosidade: 100 a 400cP
 Densidade: 0,925 a 1,130 g/ml.

Parâmetros Microbiológicos esperados para a amostra:


 Mesófilos Totais: 5 x 103 UFC /ml .
 Pseudomonas aeruginosa: Ausência em 1g ou 1ml.
 Coliformes totais: Ausência em 1g ou 1ml.

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 Coliformes Termotolerantes (E. coli): Ausência em 1g ou 1ml.
 Staphylococcus aureaus: Ausência em 1g ou 1ml.

Para as análises de pH e da viscosidade do sabonete líquido é


necessário que a amostra esteja a 25°C. Já para a análise da densidade é
necessário que este a amostra esteja a 20°C. O viscosímetro precisa ser ajustado
para os diferentes tipos de líquidos pois possui sensores, tempo e velocidades
(rpm) para cada produto.

5.1 Análises de materiais primas.

5..1.1 Análise do álcool 96 GL.

O Álcool 96 GL é a matéria prima que mais chega na empresa. As


análises feitas para garantir a qualidade do álcool 96° GL partem da amostra de
retirada da carreta assim que chega na empresa. O RQ da análise fica anexado
junto a xerox da nota fiscal e em seguida essa amostra é devidamente
protocolada e arquivada no retém da empresa.

Parâmetros Físico-Químicos esperados:


 Aspecto: Líquido límpido, volátil, inflamável e higroscópico.
 Cor: Incolor.
 Odor: Característico.
 Condutividade: <100µS/m.
 pH: 6,0 a 8,0.
 Miscibilidade: Miscível com água, éter R e Glicerol R.
 Densidade: 0,805 a 0,812 g/ml.
 Grau alcoólico GL: 92,55°GL a 96,9°GL.
 Grau alcoólico INPM: 92,55%INPM a 95,16%INPM.
 Resíduo não volátil: ≤ 5mg.

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Obs.: A condutividade e pH sempre a 25°C e a Densidade, e os Graus GL
e INPM sempre a 20°C.

A análise da condutividade foi feita a partir do condutivímetro de


bancada com uma amostra em um béquer devidamente esterilizado. O pH
também foi obtido no Phmetro com a mesma amostra usada na condutividade
também a 25°C. A densidade foi feita com ajuda do picnômetro de vidro e pesado
na balança para ser aplicado o resultado na forma especifica usada no laboratório
para esse tipo de picnômetro.
M 1−26,620
d=
27,477

5.1.2 Lauril Éter sulfato de sódio c.

O lauril é uma matéria prima usada na fabricação do sabonete.

Parâmetros Físico-Químicos esperados:


 Aspecto: líquido levemente viscoso e transparente
 Cor: Incolor – levemente amarelado
 PH: 6 – 9

Parâmetros Microbiológicos esperados:


 Mesofilos Aeróbios totais: ≤ 5000 UFC/ML

5.1.3 Sharomix MCI- mistura de isotiazolinona.


O sharomix é uma matéria prima usada na fabricação do sabonete
institucional, para prevenção do crescimento de bactérias, fungos e bolores.

Parâmetros Físico-Químicos esperados:


 Aspecto: Líquido

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 Cor: incolor – amarelado
 Odor: Característico
 Densidade a 20°C: 1,017 – 1,037g/Ml
 PH: 3,0 – 3,8

5.1.4 Carbomero 940.

O carbomero 940, conhecido como Carbopol é um polímero


sintético amplamente utilizado na indústria para fabricação do álcool em gel 70%
INPM. Ele pertence à classe dos polímeros de carbômero, que são conhecidos por
suas propriedades espessantes e de estabilização. O Carbopol 940 é especialmente
valorizado por sua capacidade de formação de géis de alta qualidade em sistemas
aquosos.

Parâmetros Físico-Químicos esperados:

 Aspecto: Pó
 Cor: Branco
 PH (0,5% em água): 2,5 – 3,5

5.1.5 Benzoato de Denatônio – POLY BDN 100

O Poly BDN 100 é uma forma em pó de Benzoato de Denatônio, um


componente amplamente utilizado como desnaturante (amargante) em produtos que
contêm álcool. O Benzoato de Denatônio, também conhecido como Bitarom ou
Bitrex, é uma substância ativa responsável por conferir um sabor amargo a diversas
formulações, além de possuir propriedades desnaturantes quando combinado com
etanol.

Parâmetros Físico-Químicos esperados:

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 PH (solução a 3%): 6,5 – 7,5
 Perda por dessecação: < 1,0%

A análise de perda por dessecação consiste em pesar 1g da amostra


em um béquer de 50 mL e secar em estufa á 105° por 2 horas, e o peso encontrado
logo após sair da estufa tem que ser menor que 1,0%, caso contrário será reprovado
para uso.

5.1.6 Ácido cítrico

O ácido cítrico é um ingrediente amplamente utilizado na indústria de


cosméticos Bellobella para regular o pH do sabonete institucional. Ele desempenha
um papel crucial no controle do equilíbrio ácido-base, o que é essencial para a
estabilidade e eficácia do sabonete.

Parâmetros Físico-Químicos esperados:

 Aspecto: Pó
 Cor: Branca

Parâmetros Microbiológicos esperados:

 Salmonella: Ausência em 10g

5.1.7 Água purificada

A Bellobella Cosméticos mantém em operação um sistema de purificação de


água, destinado ao uso farmacêutico, garantindo que apenas a mais alta qualidade
de água seja utilizada em todos os nossos processos de fabricação. Este sistema é
uma combinação, incluindo a osmose reversa e procedimentos rigorosos de

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sanitização, que garantem que a água esteja livre de impurezas, micro-organismos e
qualquer contaminação.
A água purificada resultante deste sistema é então distribuída por meio de
uma complexa rede de tubulações que se estende por todos os nossos laboratórios,
salas de manipulação e áreas de lavagem. Isso garante que uma água de qualidade
esteja disponível para atender às necessidades de cada etapa do processo de
fabricação, desde a criação de novas formulações até a higienização de
equipamentos e produtos finais.
No entanto, o compromisso com a qualidade não termina com a purificação.
Existe um rigoroso programa de controle de qualidade que inclui a coleta regular de
amostras de água que chegam ao sistema de purificação, bem como de todos os
pontos de distribuição. Essas amostras são submetidas a análises tanto
microbiológicas quanto físico-químicas, a fim de garantir que a água atenda aos
mais altos padrões de pureza e qualidade farmacêutica.
As análises microbiológicas são conduzidas no laboratório de microbiologia
em intervalos semanais, permitindo-nos monitorar qualquer potencial crescimento de
microrganismos indesejados. Paralelamente, as análises físico-químicas são
realizadas diariamente, garantindo que a água cumpra as especificações
necessárias para a produção dos produtos.
Somente após os resultados dessas análises atenderem a todos os requisitos
de qualidade, a água é liberada para uso nos processos de fabricação. Isso reflete
no compromisso inabalável com a segurança e a eficácia dos produtos, bem como a
satisfação dos clientes.
Parâmetros Físico-Químicos esperados:

 Condutividade: 1,3µs/cm

Parâmetros Microbiológicos esperados:

 Bactérias heterotróficas: <100UFC/ml.


 Pesquisa de coliformes totais e fecais: Ausência.
 Pseudomonas aeruginosa: Ausência.

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7. AMOSTRAGEM DE MATÉRIA PRIMA.

A amostragem é o processo definido de coleta que é representativo de um


todo, conforme definido pelas especificações de um produto ou material
especifico. Todas as operações relacionadas como a amostragem devem ser
realizadas por pessoal qualificado e treinado, com o máximo de cuidados de
higiene, utilizando material e equipamentos apropriados. Qualquer contaminação
das amostras pode colocar em perigo a veracidade dos testes aplicados a estas.

7.1 Preparação para coleta de matéria prima.

7.1.1Com a nota fiscal em mãos, referente a matéria prima a ser coletada,


tem que ser preenchido a etiqueta de identificação de amostragem, na cor
laranja.
7.1.2 Em seguida colar a etiqueta de quarentena, na cor laranja, pois ela
significa que a matéria prima está em análise, e não pode ser utilizada até a
liberação do controle de qualidade.
7.1.3 Para quantidades iguais ou inferior a 10 volumes, tem que se abrir
todos os volumes e coletar de cada um a quantidade correspondente ao total da
amostra de acordo com a tebela abaixo:
Tabela 1 – quantidade das amostras.
amostra Quantidade a ser coletada
Líquido fluído ou viscoso 100mL
Pó ou granulado 10G

7.1.4 Para quantidades superiores a 10 volumes, extrair a raiz quadrada


do total de volumes recebidos conforme fórmula abaixo;

NÚMERO DE AMOSTRAS = √n+1

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Onde: n = total de volumes

7.1.4 Matérias primas que necessitam de análises microbiológicas e físico-


químicas, precisa que seja coleta uma amostra para cada laboratório.
7.1.5 Após o termino das análises, tem que se colocar a etiqueta de aprovado ou
reprovado por cima da etiqueta de quarentena.

8. RETÉM.

Na indústria de cosméticos Bellobella, todos os produtos acabados, matérias


primas, e materiais de embalagem que forem analisados, são arquivos amostras dos
lotes em uma sala chamada retém. Esses itens que são arquivos, possuem um
tempo limite para serem descartados.

Material de embalagem: fica retido por um ano.


Matéria prima: fica retido até a data de vencimento definida pelo fornecedor
Produto acabado: fica retido até um depois de sua validade.

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9. CONCLUSÃO

O período em que estive envolvido no estágio em Controle de Qualidade


Industrial de Cosméticos Bellobella tive uma experiência verdadeiramente
enriquecedora e fundamental para o meu crescimento profissional. Durante essa
fase, pude aplicar de maneira prática os conhecimentos teóricos que adquiri na
faculdade, aprimorando minhas habilidades técnicas e obtendo uma compreensão
mais profunda dos desafios e processos envolvidos na fabricação de cosméticos.
O contato próximo com profissionais experientes me proporcionou uma
valiosa oportunidade de aprendizado, onde pude absorver suas experiências e
adquirir um conhecimento prático sobre as normas de qualidade, regulamentações e
boas práticas na indústria de cosméticos. Além disso, trabalhar em um ambiente
industrial real me ensinou a importância da colaboração em equipe, da atenção aos
detalhes e do comprometimento com a excelência.
Ao longo do estágio, desenvolvi ainda mais minhas habilidades de resolução
de problemas, comunicação e organização, as quais são essenciais para o trabalhar
na área de qualidade em uma indústria. Aprendi a conduzir testes rigorosos,
identificar não conformidades e propor soluções eficazes. Além disso, a experiência

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de documentar processos e resultados reforçou a importância da rastreabilidade e
da responsabilidade em toda a cadeia de produção.
Este estágio me fez perceber a importância crítica do controle de qualidade
na indústria de cosméticos, pois os consumidores confiam na segurança e eficácia
dos produtos que utilizam diariamente.

10. REFERÊNCIAS BIBIOGRAFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).


Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 47, de 25 de outubro de 2013, dispõe
sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas de Fabricação para Produtos
Saneantes. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 28 de out. 2013.

FARMACOPEIA BRASILEIRA, ANVISA, 6ª edição, Volume 1 Dados 2019. Em:


<https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/farmacopeia-brasileira/
volume-1-fb6-com-capa.pdf>, acesso em 04/10/2023.

ANVISA. Ministério da Saúde. Guia de Controle e Garantia da Qualidade.


Em:<https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/
2020-05/garantia_qualidade.pdf>, acesso: 04/10/2023.

ROCHA, T. G.; GALENDE, S. B. A importância do controle de qualidade na


indústria farmacêutica. Revista UNINGÁ Review. V.20 n.2 pp. 97-103(Out – Dez
2014).

SANTOS, Wildson Luiz Pereira et al. Química e sociedade. São Paulo: Nova
Geração, p. 5, 2005.

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ROCHA, Jennifer. Densidade, definição de densidade e seu cálculo. [S. l.], 201-?
Disponível em: https://www.manualdaquimica.com/quimica -geral/densidade.htm.
Acesso em: 04 de outubro de 2023.

11. ANEXOS

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