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Apostila de Curso Introdutório à

Aromaterapia Profissional
Cassandra S. de Lyra

Sumário:

Parte 1: Teoria 03
1.1) Definições e conceitos 03
O que é Aromaterapia? 03
O que são óleos essenciais? 04
Como obter óleo essencial de qualidade na prática clínica? 04
Como se extrai óleo essencial? 05
Atenção a alguns pontos importantes 06
Outras definições 06
Quais as diferenças entre óleo essencial e óleo vegetal? 07
1.2) Como Aromaterapia funciona 08
O mecanismo de ação farmacológico 08
O mecanismo de ação olfativo 09
Quadro-resumo ação segundo PNEI 11
Teoria da memória olfativa 11
Aromaterapia e reflexologia 12
1.3) Estudos dos óleos essenciais 15
Elementos que dão dica de propriedade: família botânica 15
Elementos que dão dica de propriedade: região de extração 15
Elementos que dão propriedades gerais: yin/yang 16
Elementos que dão propriedades gerais: escalas 18
Elementos que dão propriedades gerais: grupos afinidade 19
Elementos que dão propriedades específicas: arquétipos 25
Elementos que dão propriedades específicas: composição química 28
Fichas dos óleos essenciais 32
Parte 2: Prática clínica 51
2.1) Introdução 51
O que é importante para a prática clínica eficiente? 51
2.2) Como fazer o produto aromaterapêutico 51
O que é o produto aromaterapêutico? 51
Passos para fazer o produto aromaterapêutico 51
Como fazer a sinergia aromaterapêutica 51
Quais bases podem ser usadas em Aromaterapia? 52
Quanta base deve ser produzida? 54
Como se junta a base com a sinergia? 54
Como se determina a concentração? 54
Qual a validade do produto? 55
2.3) Como aplicar o produto aromaterapêutico 55
Qual deve ser a frequência de atendimento? 55
Parte 3: Curiosidades e reflexões 56
3.1) História e panorama atual da Aromaterapia 56

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3.2) Reflexões a respeito da terapêutica 59
Reflexões éticas e práticas 59
O que é importante na anamnese em Aromaterapia? 59
Quais os principais itens da avaliação física? 59
Especificidades da aplicação com massoterapia 60
Bibliografia básica em Aromaterapia e saúde 63
Anexo 1: mini-dicionário de termos técnicos 64
Anexo 2: precauções, óleos essenciais a evitar 67

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Parte 1: Teoria

1.1) Definições e conceitos

O que é Aromaterapia?

A aromaterapia é uma terapia que se utiliza de óleos essenciais puros e de origem


controlada para o tratamento de distúrbios de saúde, assim como prevenção de doenças
e manutenção de saúde. Existem várias definições para Aromaterapia, como:

“Aplicação terapêutica de óleos essenciais naturais puros extraídos de plantas


aromáticas cuidadosamente cultivadas para a produção de um óleo essencial com
propriedades químicas constantes.” (Rose, 1999)

“Aromaterapia é uma parte da fitoterapia na qual se realiza a aplicação terapêutica


de plantas aromáticas (que são plantas ricas em óleos essenciais) ou óleos essenciais
naturais extraídos de diversas partes dessas plantas, por diversas vias de aplicação que
podem passar ou não pelo sistema olfativo, de forma que os óleos essenciais
desenvolvem efeitos terapêuticos fisiológicos e psicológicos de forma farmacológica,
sendo que, são adicionados aos efeitos farmacológicos os efeitos olfativos dos óleos
essenciais quando utilizadas as vias que passam pelo sistema olfativo.” (Lyra, 2010)

O que são óleos essenciais?

“Os óleos essenciais são óleos pouco viscosos e bastante voláteis, extraídos de
plantas aromáticas, que dão seu cheiro característico.” (Lubinic, 2003) Eles são
compostos por misturas de substâncias químicas que, em contato com o corpo, são
encaminhados pelo organismo a certos pontos, onde desempenham seu papel,
acarretando em seu efeito terapêutico. Esses óleos devem ser 100% puros e de origem
rigorosamente controlada a fim de que sua composição química e energética não se
altere, mantendo-se adequada para fins terapêuticos. Eles podem ser extraídos de
diversas regiões da planta: flor, folha, raiz, madeira, fruto, semente e resina.

Como obter um óleo essencial de qualidade na prática clínica?

Em plantações que se destinam à extração de óleo essencial, a qualidade


terapêutica do óleo essencial varia em função de diversos fatores, como:
● época do ano que foi feito o plantio e a colheita
● elementos químicos e fertilização do solo
● nível de irrigação do solo
● horário do dia na qual foi feita a colheita
● método de extração do óleo essencial
Para manter o valor terapêutico de um óleo essencial todas essas variáveis têm de
ser bem controladas. A fim de manter uma boa qualidade dos produtos e atendimentos na
prática clínica, é muito importante adquirir óleos essenciais de boa qualidade e de
produtores que regulam bem essas variáveis. Aromaterapia de qualidade se faz com óleo
essencial de qualidade. Algumas marcas confiáveis de óleo essencial (OBS: algumas
vendem essências, assim como óleos essenciais, fique atento ao produto que você está
adquirindo!):
● Baú das Ervas

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● Bellarome
● Bioessência
● Florestas
● Garden city
● La florina
● Neal's yard remedies
● Sono dos anjos
● Vida bothânica
● WNF
● Aroma & saúde
● Banho maria aromaterapia
● Bem querer aromas
● Tisserand
● Materia aromatica
● Aromakraut
● Samia

Como se extrai óleo essencial?

Os óleos essenciais podem ser extraídos de plantas aromáticas de diversas


formas. Cada método de extração oferece vantagens e desvantagens e cada planta tem
um método ideal de extração. A destilação a vapor é o método de extração mais usado
em Aromaterapia, mas existem diversos outros e todos podem ser usados para obtenção
de óleo essencial de qualidade aromaterapêutica. Seguem alguns dos métodos mais
frequentemente usados:
● Destilação a vapor (folhas, flores): seca, mói ou pica a planta, então se aquece a
planta sobre água de modo que o vapor da água seja forçado a passar pela planta,
carregando consigo o óleo essencial, em seguida o vapor é recolhido e resfriado.
Em seguida a fase óleo é separada da fase água (hidrolato). Curiosidades: no
Egito antigo usavam uma ``caixa solar'' para realizar esse processo; outro
destilador usado era o ``destilador de areia'', procedimento que demora cerca de
um dia; existe também o ``destilador de campo'' que é usado somente para plantas
que produzem óleo essencial na superfície, nas folhas e flores.

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● Enfloragem (flores): é feito um ``sanduíche'' de flores e gordura entre duas placas
de vidro canelado, é deixado em local quente e seco durante 36 horas, então é
retirado a gordura e colocada num vidro limpo. Nesse vidro se adiciona álcool 95%
e se deixa repousar por várias semanas, então se separa o álcool da gordura.

● Expressão (casca): uma camada externa fina da casca é retirada e comprimida e


deixada descansar. Após um tempo se separa o óleo essencial do suco da fruta.
Curiosidade: antigamente para se extrair o óleo essencial de frutas usava-se um
barril cheio de agulhas em buracos. As cascas eram colocadas nas agulhas e o
óleo essencial escorria pelas agulhas para dentro de barril junto com o suco da
fruta.

● Extração por solvente: a planta é colocada junto com um solvente químico num
vasilhame, deixado de repouso e então destilado o solvente, o que produz o
concreto do óleo essencial, que é semi-sólido.

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● Maceração (flores e folhas): amassadas e colocadas em gordura ou óleo vegetal
quente. Após algum tempo a mistura é filtrada, sobrando um óleo de massagem ou
um ungüento, pode-se dissolver tudo em álcool como é feito em enfloragem.

Atenção a alguns pontos importantes:

● Existem muitos produtos que se dizem aromaterapêuticos pelo comércio, porém


pouquíssimos são realmente, muitas vezes por falta de conhecimento dos
produtores e comerciantes.
● Temos que lembrar que a aromaterapia não é uma técnica diagnóstica! Não se faz
diagnóstico com aromaterapia. Para isso utilizamos outras técnicas, como medicina
chinesa, iridologia, simples anamnese, entre outras. Um bom diagnóstico é pelo
menos 50% de um bom tratamento, é muito importante se aperfeiçoar em bons
métodos-diagnóstico para desenvolver uma terapia eficiente.
● Para extração de óleo essencial no geral é necessário uma grande quantidade da
planta. É necessário que tenhamos grande respeito com a natureza e procuremos
sempre conservá-la e cuidar para que seus recursos não se extinguam. Por isso
temos que utilizar a aromaterapia com muita consciência. Lembrando sempre das
sábias palavras de Buda: ``O caminho do bem é o caminho do meio''.

Outras definições importantes:

● Óleo sintético: substância elaborada em laboratório que procura imitar um cheiro


natural.
● Essência: produto elaborado a partir de substâncias naturais e sintéticas que
procura imitar um cheiro natural.
● Óleo vegetal: óleos mais viscosos extraídos de plantas (aromáticas ou não
aromáticas), que não dão o aroma característico da planta.
● Óleo adulterado: vendido como óleo essencial puro, no entanto acrescido de óleo
vegetal.
● Óleo retificado: redestilado para uso farmacológico, perde algumas propriedades
terapêuticas para a Aromaterapia.
● Substância aromatizante: composto químico com propriedades aromáticas (pode
ser natural ou sintética e é como se fosse parte de um óleo essencial).
● Óleo reconstituído: óleo essencial “vencido” que é reaproveitado por processo
químicos.
● Aroma: produto químico com características gustativas (gosto) e olfativas (cheiro).

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Quais as diferenças de óleo essencial e óleo vegetal?

Na Aromaterapia se utilizam os óleos essenciais puros para os efeitos terapêuticos


e os óleos vegetais como emoliente e base. As principais diferenças entre esses dois são:

Óleo essencial Óleo vegetal


Moléculas pequenas (terpenos) Moléculas grandes (ácidos graxos)
Densidade ~ 1 Densidade < 1
Volátil Não volátil
Evapora sem deixar resíduos Evapora deixando nódoa
Ponto de ebulição < 100oC Ponto de ebulição > 100oC
Aromático Cheiro típico de óleo
Leve ao tato Untuoso ao tato
Não saponificável Saponificável
Diversos princípios ativos Poucos princípios ativos
Terapêutico Emoliente
Oxida = resinifica Oxida = ransifica

Resina: Ranço:

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1.2) Como Aromaterapia funciona

A Aromaterapia tem dois principais mecanismos de ação: o mecanismo de ação


farmacológico e o mecanismo de ação olfativo. Conhecer bem os mecanismos de ação
dos óleos essenciais é importante para se decidir como serão aplicados para cada caso.
A atuação do óleo essencial não é definida pelo seu modo de aplicação, mas cada modo
de aplicação poderá facilitar certa atuação desejada.

O mecanismo de ação farmacológico

O mecanismo de ação farmacológico se baseia na absorção dos componentes


químicos do óleo essencial, ou seja, os componentes chegam à corrente sanguínea. A
partir de lá, cada componente irá migrar para determinados tecidos por afinidade e
atração química. Para entender melhor a ação farmacológica dos óleos essenciais é
necessário compreender um pouco de farmacologia:
● Via de administração: por onde o produto entra no organismo.
○ via oral (pela boca, não usada no Brasil);
○ via respiratória ou inalatória (pela respiração, aplicação ambiental com difusor
ou spray e aplicação pessoal com inalador, spray ou difusor pessoal);
○ via dérmica ou tópica (pela pele, usada intensamente, principalmente em
massagem);
○ via ano-retal (pelo reto, inclui banho de assento);
○ injeções: subcutânea, intra-muscular e endovenosa ou intravenosa (não usada
em Aromaterapia).
● Absorção: quando o produto cai no sangue. Na aplicação dérmica o produto vai
passar por diversos tecidos: pele, tecido sub-cutâneo, tecido conjuntivo, fáscias,
músculos, ossos e articulações. Na administração oral o produto vai passar pelo
sistema digestivo, podendo ser absorvido em diversos órgãos, principalmente
estômago e intestinos. Na administração inalatória, o produto passa diretamente ao
sangue nos alvéolos pulmonares. Na administração ano-retal o produto cai
diretamente no sangue em absorção retal. A velocidade de absorção dá a curva de
concentração do produto no sangue, que indica a janela terapêutica.
● Distribuição: como o produto chega no tecido-alvo. Após a absorção cada
composto químico é encaminhado ao tecido alvo por quimiotaxia (afinidade
química por receptores específicos para o composto, encontrados em cada tecido
em quantidades diferentes dependendo do estado do tecido).
● Ação: como o produto causa seus efeitos (terapêuticos e colaterais) no organismo.
A ação dos óleos essenciais podem ser feitas de duas formas: diretamente no
tecido alvo (atuando em receptores e reagindo com outro compostos químicos) ou
indiretamente, via modulação do sistema nervoso central ou sistemas reflexos.
● Metabolismo: como o organismo lida com o produto preparando-o para ser
excretado. Dependendo da composição química do óleo essencial, ele terá mais
afinidade por um local ou outro de metabolização: moléculas hidrofílicas são mais
metabolizadas nos rins, na musculatura esquelética e nas glândulas adrenais,
ésteres são mais hidrolisados no fígado, citral é metabolizado no trato gastro-
intestinal, fenóis são metabolizados nos rins, moléculas lipofílicas são
metabolizadas no SNC. Na maioria dos casos, os óleos essenciais são
metabolizadas no fígado, tornando-se hidrofílicas por ação enzimática e inativo
metabolicamente.
● Excreção: como o organismo retira o produto do corpo. Os óleos essenciais

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também podem ser excretados de formas diferentes: dérmica (suor), excretora
(filtrado pelos rins e eliminado na urina), fecal (bolo fecal) e respiratória (expiração).
Da mesma forma que o metabolismo, a excreção depende da afinidade do óleo
essencial por uma ou outra via, mas a maioria é excretada na urina.
● Curva de concentração plasmática e janela terapêutica (ou índice terapêutico): a
curva de concentração plasmática é a concentração de um determinado produto no
plasma sanguíneo ao longo do tempo. Para ser eficaz e segura, qualquer terapia
farmacológica deve estar dentro da janela terapêutica. A janela terapêutica é a
janela que existe entre o mínimo eficaz (concentração mínima que produz efeito
terapêutico) e o máximo não tóxico (concentração máxima sem produzir efeitos
tóxicos). Os limites de segurança da Aromaterapia (que serão discutidos mais
adiante) orientados pela ABRAROMA (Associação Brasileira de Aromaterapia e
Aromacologia) garantem que a concentração plasmática permaneça dentro da
janela terapêutica, mais próximos ao mínimo eficaz.

O mecanismo de ação olfativo

Esse mecanismo se baseia na captação das moléculas dos compostos químicos


dos óleos essenciais na mucosa nasal. Quando captados pela mucosa nasal, os óleos
essenciais se ligam a receptores para moléculas aromáticas no epitélio olfativo. Esses
receptores são projeções nervosas do bulbo olfativo, que se comunica com o sistema
nervoso central em diversos níveis (corticais e sub-corticais). A partir dessa comunicação,
os aromas podem influenciar o funcionamento do sistema nervoso, influenciando,
portanto, as funções de centros mentais, emocionais e de controle físico, como, por
exemplo:
● amídala: aspectos de comportamento social, prazer, dor alegria, sofrimento,
emoções;
● hipocampo: atuação em memória recente, aprendizagem e emoções, identificação
de memórias olfativas (quando um cheiro nos lembra alguma sensação, momento,
pessoa...);
● córtex: atuação em processos intelectuais;
● hipotálamo: atuação em controle de agressão e comunicação com o mundo
externo, processos psicológicos sexuais, principal via de saída, na qual se originam
as respostas comportamentais, psicológicas e emocionais aos óleos essenciais,
controla a secreção hormonal por se conectar à hipófise, controla órgãos
endócrinos como glândula pituitária, tireóidea, gônadas e glândula supra-renal,
atuando nas emoções, no humor e no comportamento;
● sistema límbico (amígdala, hipocampo e hipotálamo): responsável pelo controle de

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aspectos comportamentais e viscerais (pode haver atuação física através do
sistema nervoso central);
● cerebelo: influência em movimento corporal e equilíbrio.
Existem muitos centros nervosos e os óleos essenciais podem atuar de diversas
formas diferentes nesses centros, aumentando ou diminuindo sua atividade. O modelo
psiconeuroendocrinoimunológico explica bem essa atuação. Esse modelo estuda a
interação entre os sistemas psíquico, neurológico, endócrino e imunológico e oferece
explicações quanto ao funcionamento integral do corpo humano. Ele se baseia nos eixos
neuro-endócrinos, como o eixo de ativação do stress (primeiro eixo neuro-endócrino
descrito em literatura):

Segundo a interpretação psiconeuroendocrinoimunológica da Aromaterapia, os


óleos essenciais podem atuar direta ou indiretamente no sistema psico-neural e
indiretamente nos outros sistemas do corpo quando aplicados de forma inalatória (agindo
pelo mecanismo olfativo).

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Quadro-resumo da ação farmacológica e olfativa, interpretados segundo o modelo
psiconeuroendocrinoimunológico:

Teoria da memória olfativa

A teoria da memória olfativa é mais usada por psicólogos no tratamento


aromaterapêutico. Segundo essa teoria, os aromas passam por um processo de
identificação no sistema nervoso central e o sistema nervoso central (principalmente a
amídala) relaciona-os diretamente a memórias pessoais ou coletivas. O sistema olfatório
é sistema sensorial que tem acesso mais direto ao sistema nervoso central, sendo um dos
sistemas mais antigos filogeneticamente e evolutivamente a aparecer. Com isso esse
sistema tem um acesso primordial e primitivo às emoções e processos psíquicos,
passando muitas vezes por processos psicológicos sub-consciente ou inconscientes.
A identificação do aroma ocorre por um processo que se inicia pela captação
epitelial e envio de informação neural ao bulbo olfatório. Em seguida a informação é
enviada ao sistema nervoso central chegando ao cérebro, onde os aromas são
reencaminhados a outras partes do sistema nervoso central. Essas outras partes podem
realizar a identificação do aroma ou realizar algum processo terapêutico, ou ambos.
No sistema nervoso central o rinencéfalo (nervo e trato olfatório, estria olfatória
lateral e uncus) recebe as informações do bulbo olfatório e realiza a percepção e
identificação do aroma. As informações então são novamente reencaminhadas a outras
partes do sistema nervoso central, processos complexos nos quais ocorre a integração do

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aroma com as memórias. Essa integração permite que memórias emocionais sejam
trazidas à tona e trabalhadas, realizando um processo terapêutico que relaciona o
momento atual com o histórico do paciente de uma forma indireta (não necessariamente
precisa haver verbalização).

Aromaterapia e reflexologia

A aromaterapia ainda pode ser aplicada indiretamente por sistemas reflexos


(reflexologia). A aplicação depende da teoria de reflexologia adotada e a atuação
depende das propriedades terapêuticas de cada óleo essencial. Para a compreensão
dessa aplicação é necessária a compreensão do sistema reflexo usado. Como exemplo,
temos abaixo alguns esquemas de sistemas reflexos:

Reflexologia plantar:

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Reflexologia palmar:

Reflexologia facial:

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Reflexologia por dor referida:

Reflexologia para acupuntura auricular:

Reflexologia de acupuntura:

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1.3) Estudos dos óleos essenciais

Elementos que dão dica de propriedade terapêutica: Família botânica

Os óleos essenciais de espécies filo-geneticamente próximas são quimicamente


semelhantes, com isso, quanto mais próximas as plantas filo-geneticamente, mais
semelhantes os efeitos terapêuticos dos óleos essenciais extraídos delas. Abaixo temos
as família botânicas e os óleos essenciais de cada uma, assim como as propriedades
mais comuns de cada família:
• Anonaceae: ilang-ilang. (---)
• Asteraceae: camomila, erva-doce. (Indicações: dores de cabeça, cólicas e
inflamações.)
• Burseraceae: mirra, olíbano. (Indicações: inflamação de pele, pulmão e seios.
Também usado em rituais e cerimônias religiosas.)
• Cupressaceae (coníferas): cedro, cipreste, junípero. (≅ Myrtaceae; Indicações: stress,
problemas pulmonares, deficiência no sistema nervoso, reumatismo, artrite.)
• Myrtaceae: eucalipto, tea-tree, cravo. (≅ Cupressaceae; Indicações: doenças
respiratórias e falta de equilíbrio energético.)
• Geraniaceae: geranio. (≅ Rosaceae; ---)
• Rosaceae: rosa. (≅ Geraniaceae; ---)
• Lamiaceae (Labiadas): alecrim, lavanda, manjerona, menta, patchouli, sálvia.
(Indicações: anemia, digestão lenta, diabetes, problemas respiratórios causados por
excesso de atividades psíquicas.)
• Lauraceae: canela, pau-rosa. (Indicações: digestão, desodorante, ação
antidepressiva, tônica, calmante, afrodisíaca e regenerativa.)
• Oleaceae: jasmim. (---)
• Poaceae (gramíneas): citronela, vetiver. (---)
• Rutaceae: bergamota, laranja, limão, néroli, petitgrain, tangerina. (Indicações:
Inflamações, Obesidade.)
• Santalaceae: sândalo. (Indicações: cistite, infecções genito-urinárias, impotência,
afrodisíaco.)
Atenção: a classificação botânica ainda passa por atualizações constantes e não é
uma boa forma de determinar as propriedades terapêuticas de uma planta. Algumas
famílias apresentam plantas com propriedades semelhantes, ou propriedades que se
repetem em diversas plantas. Mas outras famílias apresentam uma grande variedade de
propriedades terapêuticas dentre as plantas contidas na família.

Elementos que dão dica de propriedade terapêutica: Região de extração

Os óleos essenciais tem funções nas plantas de acordo com os locais onde são
produzidos, com isso, os óleos essenciais extraídos de regiões semelhantes tendem a ter
propriedades terapêuticas semelhantes, mesmo que sejam extraídos de plantas
diferentes. Mas isso não é uma regra, somente uma tendência. Na tabela abaixo vemos
as principais propriedades terapêuticas e os óleos essenciais extraídos de cada local das
plantas:

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Raiz Origem Propriedades físicas Propriedades Propriedades óleos essenciais
psíquicas energéticas

Sistema músculo- Funções vitais, pé Energia vital, vetiver


esquelético, sistema no chão, contato captação de energia
cardio-circulatório. com a realidade pesada que vem do
mundo.
Folha

Sistema respiratório Interação com o Energia vital, eucalipto, menta,


e sistema mundo, cinco interação com tea-tree, sálvia,
imunológico. emoções originais. energia sutil que patchouly, citronela,
vem do mundo. manjerona,
petitgrain
Flor

SNC (centros Todas as emoções Harmonização de alecrim, rosa,


emocionais), mais elaboradas, energias jasmim, néroli,
sistema uro-genital. concentração. conflituosas. sálvia, camomila,
ylang-ylang,
lavanda, gerânio,
cravo
Fruto Madeira Semente

Revigorante, Somatopsíquico. Energias básicas erva-doce


fortificante de todo o para o
corpo. desenvolvimento.
SNC (centros Concentração, Energias sutis sândalo, cedro, pau-
mentais). estados de internas e externas. rosa, pinho,
consciência, auto- cipreste, canela,
controle. petitgrain, tea-tree
Sistema digestivo, Psicossomática, Proteção contra cítricos (laranja,
sistema excretor. cinco emoções energias limão, bergamota,
originais, conflitantes. petitgrain,
organização, tangerina), junípero
proteção.
Resina

Sistema glandular, Cura, força. Proteção espiritual. mirra, olíbano


sistema endócrino.

Elementos que dão propriedades terapêuticas gerais: yin/yang

Os óleos essenciais desenvolvem suas funções terapêuticas de acordo com sua


característica yin/yang, mas isso não determina a propriedade terapêutica. Um óleo
essencial, por exemplo, pode ser relaxante e yang, significando que ele causa um
relaxamento tônico e não sedativo. Algumas das características yin e yang estão descritas
no quadro abaixo:

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Yin Yang
introversão extroversão
contração expansão
emocional racional
feminino masculino
repouso atividade
baixo alto
escuro claro
frio quente
pesado leve
duradouro passageiro
crônico agudo
retração dilatação
interior exterior
freia acelera
calmante estimulante
inerte impulsivo

Os óleos essenciais de cada tipo estão descritos na tabela abaixo:

Yin Yang
lavanda
camomila alecrim
cedro bergamota*(relaxante, calmante)
cipreste canela
citronela cravo
erva-doce laranja
eucalipto limão
*(impulsiona, masculino)
gerânio manjerona*(calmante, feminino)
ilang-ilang menta
jasmim mirra
junípero néroli
*(equilibrante)
pau-rosa olíbano
rosa patchouli
tea-tree petitgrain
sálvia*(feminino)
sândalo
tangerina*(calmante)
vetiver

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Elementos que dão propriedades terapêuticas gerais: escalas terapêuticas

Outra forma de descobrir as propriedades terapêuticas gerais de óleos


essenciais é pelas escalas terapêuticas. Os óleos são classificados como
sedativos-estimulantes ou calmantes-animadores de acordo com suas
propriedades gerais. As escalas não são precisas, um óleo pode ser mais ou menos
estimulante que outro dependendo de sua variação de composição química. De uma
forma geral, como introdução aos efeitos terapêuticos dos óleos essenciais no corpo,
podemos verificar a escala (aproximada) de sedação-equilíbrio-estimulação dos óleos
essenciais:
Sedativo Equilibrante Estimulante
Manjerona

Sálvia

Ilang-ilang

Pau-rosa

Cipreste

Cedro

Erva-doce

Petitgrain

Geranio

Eucalipto

Limao
Vetiver

Patchouli

Neroli
Junipero

Camomila
Sandalo
Rosa

Olíbano

Lavandin
Lavanda

Citronela
Tangerina

Laranja

Bergamota

Tea-tree

Menta

Canela
Jasmim

Alecrim

Cravo
A partir daí podemos verificar algumas das características específicas de cada óleo
essencial nesse âmbito:
OEs Sedativos OEs Equilibrantes OEs Estimulantes
Camomila (sedativo nervoso, Cedro (sedativo nervoso, Alecrim (etimulante circulatorio
tonico geral) estimulante circulatorio, tonico cortex adrenal e hepatobiliar e
geral) tonico nervoso geral)
Jasmim (sedativo geral, tonico Cipreste (tonico geral) Bergamota (relaxante, estimulante
uterino) geral, tonico geral)
Junipero (sedativo geral tonico Citronela (tonico geral) Canela (estimulante cardiaco,
geral) circulatorio e respiratorio)
Manjerona (sedativo geral tonico Ilang-ilang (sedativo nervoso, Cravo (estimulante geral)
geral) estimulante circulatorio e tonico
geral)
Olibano (sedativo geral, tonico Laranja (sedativo nervoso, Erva-doce (estimulante circulatorio
uterino, revigorante) estimulante digestivo e linfatico, e tonico geral)
tonico geral)
Rosa (sedativo nervoso, tonico Lavanda (equilibrante, Eucalipto (estimulante geral)
cardiaco, figado, estomago e sedativo/estimulante/tonico geral)
utero)
Sandalo (sedativo geral tonico Pau-rosa (estimulante celular Geranio (estimulante de cortex
geral) metabolico, estimulante imune, adrenal e tonico geral)
tonico geral)
Salvia (regulador de secrecoes, Limao (estimulante de globulos
sedativo geral, tonico uterino) brancos tonico geral)
Tangerina (sedativo geral, Menta (estimulante geral)
estimulante digestivo e linfatico,
tonico geral)
Vetiver (sedativo nervoso, Neroli (estimulante nervoso, tonico
estimulante circulatorio e producao cardiaco e circulatorio)
de globulos vermelhos, tonico
geral)
Patchouli (estimulante nervoso,
tonico geral)
Petitgrain (estimulante digestivo e
nervoso, tonico geral)

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Tea-tree (estimulante imune)

De uma forma geral, como introdução aos efeitos terapêuticos dos óleos
essenciais na psique (mente e emoções), podemos verificar a escala (aproximada)
de calmante-equilibrante-animador dos óleos essenciais:
Calmante Equilibrante Animador

Vetiver
Camomila
Cipreste
Citronela
Manjerona
Tangerina

Ilang-ilang

Laranja
Olíbano
Sândalo

Lavanda

Junípero
Bergamota

Tea-tree
Petitgrain

Gerânio

Limão
Menta
Canela
Jasmim

Néroli

Patchouli
Rosa

Cedro

Sálvia

Pau-rosa

Erva-doce

Cravo

Eucalipto

Alecrim
A partir daí podemos verificar algumas das características específicas de cada óleo
essencial nesse âmbito:
OEs Calmantes OEs Equilibrantes OEs Animadores
Camomila (consciência e Bergamota (relaxamento ideal) Alecrim (criatividade e
revelação) concretização)
Cedro (aconchego) Cravo (diminui ondas cerebrais Canela (euforia e revitalização)
aceleradas)
Cipreste (aconchego) Erva-doce (vontade de viver) Eucalipto (respiração e emoções
primárias)
Citronela (harmonia, limpeza e Junípero (revelação e Gerânio (coragem e ação)
relaxamento) revitalização)
Ilang-ilang (auto-estima e Lavanda (equilíbrio perfeito, Limão (defesa, casca-grossa,
sensualidade) animador e calmante) organização e clareza)
Jasmim (antidepressivo) Pau-rosa (estimulante leve, Menta (hiperatividade e
regenerador, jogo de cintura) comunicação)
Laranja (stress, tensão e Néroli (leve, ansiolítico)
organização)
Manjerona (aconchego e stress) Patchouli (flexibilidade e novidade)
Olíbano (meditação e proteção) Petitgrain (detalhes e novidade)
Rosa (emoções, stress, Tea-tree (aumenta energia)
sexualidade e insônia)
Sálvia (hormonal, sexualidade e
depressão)
Sândalo (mudanças e aceitação)
Tangerina (alegria e tranquilidade)
Vetiver (estrutura básica interna)

Elementos que dão propriedades terapêuticas gerais: grupos de afinidade

Os óleos essenciais tem propriedades semelhantes e afinidade por órgãos e sistemas


específicos. Cada óleo essencial realiza suas propriedades principalmente nos órgãos e sistemas
com os quais tem afinidade.

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Grupos de afinidade física:
Óleo Essencial Sistema

Articular
Cutâneo

Circulatório

Respiratório

Imune
Muscular

Digestivo

Genito-urinário

Nervoso
Nome Nome científico
popular

Alecrim Rosmarinus officinalis X X X X X X X X X


Bergamota Citrus aurantium v. bergamia X X X X X X
Camomila Anthemis nobilis X X X X X X X
Canela Cinnammomum zeylanicum X X X X X X
Cedro Cedrus atlantica X X X X X
Cipreste Cupressus sempervirens X X X X X X
Citronela Cymbopogon nardus X X X
Cravo Syzygyum aromaticum X X X X X
Erva-doce Foeniculum vulgare X X X X X X
Eucalipto Eucaliptus globulus X X X X X X X X
Gerânio Pelargonium odorantissimo X X X X X
Ilang-ilang Cananga odorata X X X
Jasmim Jasminum officinalis X X X X X
Junípero Juniperus communis X X X X X X
Laranja Citrus aurantium X X X X X X
Lavanda Lavandula officinalis X X X X X X X X
Limão Citrus limonum X X X X X X X X
Manjerona Origanum marjorana X X X X X X X X
Menta Mentha piperita X X X X X X X
Néroli Citrus vulgaris X X X
Olíbano Boswellia carterii X X X X X
Patchouli Pogostemon cablin X X
Pau-rosa Aniba roseadora X X X
Petigrain Citrus aurantium X X X X
Rosa Rosa damascena X X X X X X
Sálvia Salvia sclarea X X X X X X X
Sândalo Santalum album X X X X X
Tangerina Citrus nobilis v. tangerine X X X X
Tea-tree Melaleuca alternifolia X X X X
Vetiver Vetiveria zizanioide X X X X

De forma semelhante, os óleos tem grupos de afinidade psicológica. Mas os grupos


de afinidade psicológica não são por sistemas, mas sim por características terapêuticas
psicológicas comuns aos óleos essenciais do mesmo grupo. Abaixo podemos ver os
grupos de afinidade psicológica.

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Os óleos essenciais podem ser agrupados em “grupos de afinidade” por tratarem
elementos psíquicos semelhantes. Alguns exemplos de grupos de afinidade são:
● Equilíbrio: lavanda, lavandin e pau-rosa (parte da família lamiáceae).
● Direcionamento: pinheiros, cedro, cipreste, junípero, eucalipto, tea-tree e cravo
(família cupressaceae e mirtaceae).
● Organização: cítricos, limão, tangerina, laranja, bergamota, néroli, petitgrain
(família rutaceae).
● Comunicação: erva-doce, sálvia esclaréia, menta, lavanda, manjerona (parte das
famílias asteraceae e lamiaceae).
● Masculino (energia, luz, expansão, calor, etc): olíbano, alecrim, cravo, canela,
patchouli e cítricos (família burseraceae e parte das famílias lamiaceae e
lauraceae).
● Revelação: camomila e junípero (parte das famílias asteraceae e cupressaceae).
● Feminino (beleza, afeto, sensualidade, relacionamentos, sentimentos, etc): rosa,
ilang-ilang, gerânio, citronela, vetiver (famílias anonaceae, geraniaceaerosaceae e
poaceae).
● Sabedoria: eucalipto, cipreste, tea-tree, pau-rosa, olíbano, rosa, jasmim (família
burseraceae e parte das famílias lauraceae, oleaceae e rosaceae).
● Ciclos e opções: sândalo e cedro (parte das famílias cupressaceae e santalaceae).

Os óleos essenciais podem ser agrupados de acordo com os tipos de emoções que
trabalham:
● Sofrimento: sofrimento, desespero, desapontamento, dor, sentimento de perda,
pesar;
○ olíbano: suavizador das dores mentais e energizante do sistema nervoso,
revigorante para combater adversidade e melancolia, ajuda a cicatrizar feridas
emocionais, anti-depressivo, calmante, atua em raiva, libertar o passado,
tranquilidade mental, equilibra a respiração, ajuda quem tem medo do futuro;
○ manjerona: equilibrante, fortalece e relaxa os nervos, capaz de aliviar dores e
pesares, eficaz na depressão nervosa, eleva o ânimo, lidar com angústia e
exaustão emocional, calmante de preocupações, agitação e irritabilidade,
ameniza a sensação de solidão e o luto;
○ lavanda: atenua dor de padecimento, dissolução de stress, relaxa a mente,
contra insônia, tônico para o coração, suaviza feridas emocionais, tônico eficaz
contra depressão, dispersa dores e ferimentos mentais, diminui raiva e
pensamentos irritadiços, encoraja a aceitação das situações aflitivas e varre o
sofrimento;
○ sálvia: diminui dores e pesares, cura feridas emocionais, clareia as mentes
congestionadas por excesso de pensamentos e emoções, atenua raiva e
espasmos, levanta o ânimo e dissipa a depressão;
○ cipreste: equilibrante, usado contra altos e baixos, ajuda a alcançar relaxamento
e incrementa a recuperação emocional, reduz irritabilidade e frustrações,
dissolve remorso, eficaz contra medo, instaura otimismo;
○ néroli: anti-depressivo, tranquilizante, útil contra choques emocionais e traumas,
ajuda a dormir, eleva o ânimo quando aparece fadiga, alivia dor emocional que
mina esperança e alegria;
○ rosa: relaxante e eleva o ânimo, introduz alegria ao coração, dissipa depressão
ajuda o indivíduo a lidar com fadiga mental por falta de respostas, cura aflições
psicológicas, ameniza respiração e medo do futuro, acalma raiva e stress
emocional;

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● Raiva: raiva, irritabilidade, impaciência, suscetibilidade, frustração;
○ camomila romana: calmante, sedativo, suaviza explosões temperamentais e
frustração e raiva ocasionados por stress, resolve irritação por raiva intensa e
ressentimento, cura raiva, alivia o sentimento de “cólicas” emocionais, ajuda a
“digerir” emoções e aborrecimento;
○ bergamota: reanimador, calmante, sedativo em agitação, reanimador, suaviza
emoções e ajuda a esquecer pessoas e situações que desencadeiam ou
desencadearam raiva, ajuda a encarar sentimentos reprimidos e trancados
dentro de si, útil para expressar raiva de modo positivo, promove otimismo e
pensamento positivo, ajuda a perdoar, cura a raiva, restaurador da normalidade
de qualquer sentimento oriundo da contrariedade;
○ lavanda: sedativo e calmante, resolve a maior parte das condições emocionais
desse grupo, ameniza a dor emocional, frustração, raiva contida e encoraja
aceitação de situações dolorosas e perdão, cura rancor e outros sentimentos
semelhantes, contra irritabilidade e explosões temperamentais;
○ limão: calmante, resolução de raiva e ressentimento solidificado e somatizado
no organismo, eficaz contra raiva, fúria e ódio, reanimador, útil em situações
complicadas, amansa o afogueamento, bom para pessoas esquentadas e
aborrecidas e situações emotivas;
○ gerânio: curativo para raiva que levou a ressentimento e ódio, sentimentos que
precisam ser curados para a pessoa que sente e os outros em volta, suaviza a
aflição, diminui dor emocional, frustração e raiva interior, promove perdão, cura
contrariedade, alivia frustração quando raiva está entrelaçada com
desapontamento e desespero;
○ alecrim: suaviza raiva e ressentimento solidificado e somatizado, clareia a
mente, estimula o pensamento lógico e racional, promove força mental para
lidar com raiva, evita surgimento de retaliação desnecessária oriunda de
arrependimento, fortalece a pessoa, torna-a capaz de combater emoções como
raiva;
○ hortelã-pimenta: ameniza emoções acaloradas e raiva, desbloqueia raiva e
ressentimento sufocados, diminui esquentamento e irritabilidade;
● Medo: medo, apreensão, temor, desalento, pavor;
○ manjericão: alivia desordens nervosas, torna o coração mais feliz e contente,
fazer coração afligido de medo voltar ao caminho certo, diminui palpitação de
pavor e temor, acalma para exames e entrevistas profissionais, clareia e
fortalece a mente em situações perigosas, restaura compostura e serenidade,
dissipa dúvidas e indecisão, relaxante para todo o corpo, suaviza dor
relacionada a medo, suaviza sensação de náusea por medo;
○ manjerona: particularmente útil quando o medo está impedindo o sono, relaxa,
atenua sensação de aperto no peito, alivia dores relacionadas ao medo, ajuda a
diminuir ritmo respiratório, ameniza taquicardia e palpitação, abaixa pressão
sanguínea, relaxante de stress provocado por medo, reduz suor por medo,
incrementa a coragem;
○ bergamota: ideal para medo crônico, incrementa a coragem, diminui sintomas
de medo, estimulante para depressão por temor, ameniza qualquer tipo de
tensão, excelente para combater enfraquecimento digestivo por medo, ajuda a
digerir o medo, aliviador de medo e ansiedade;
○ lavanda: calmante, sedativo, reduz pressão sanguínea elevada por medo,
insônia associada a medo, incrementa a coragem, alivia tensões musculares
por medo, dissipa dores causadas por medo;

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○ alecrim: alivia palpitação, estimulante mental, dissipa dúvidas e indecisão,
fortalece a mente, relaxante para apertos típicos de medo, diminui dores
mentais recorrentes, ameniza indigestão e ajuda a digerir o medo;
○ Ilang-ilang: calmante, sedativo, contra medo crônico, especialmente eficaz
contra pressão alta por medo, relaxante para tensão relacionada a medo;
● Ciúme: ciúme, inveja;
○ alecrim: ameniza ciúme, desintoxicante da mente, dissolver rigidez de ciúme
instalado, expulsão de emoções desagradáveis do ser, curativo de feridas
emocionais, especialmente bom para ciúmes relacionados a raiva ou medo;
○ junípero: elimina ciúme, dissipa sentimentos enrijecidos, liberação de
sentimentos acarretados pelo ciúme, indutor de sono, limpa energia negativa
acumulada, extirpa a mente de ciúme e raiva;
○ manjericão: liberta a mente de sintomas de ciúme e inveja, alivia manifestações
aparentes de raiva ou medo relacionadas, fortalece coração e a mente,
encoraja o pensamento claro de como o ciúme afeta a saúde de forma
negativa, elimina pensamentos negativos;
○ bergamota: calmante, sedativo, útil para casos de raiva sufocada,
ressentimento e stress relacionados a ciúme, libera raiva, dissipa medo, eleva o
ânimo e diminui depressão, aplaca aborrecimento e libera a mente;
○ limão: todas as emoções relacionadas ao ciúme, elimina emoções negativas da
mente, dissolve sentimento de ciúme petrificado na mente, cura emoções,
suaviza raiva, excelente contra medo e ciúme;
● Culpa: culpa, remorso, remordimento, vergonha;
○ alecrim: bom depois de palavras premeditadas ou impensadas, dor mental,
descongestiona confusão emocional e emoções entaladas, diminui sensação de
cabeça-cheia, diminui culpa, reanimador, estimulante mental, clareia idéias e
revitaliza para ter energia para fazer o que for necessário e elaborar soluções
mais condizentes com a situação, cura especialmente quando tem constrição e
vergonha associados à culpa;
○ lavanda: cura culpa, remorso e etc, cura principalmente angústia e auto-
condenação, cura culpa profunda relacionada a sofrimento, encoraja aceitação
de situações dolorosas, cura de dores mentais relacionadas a culpa, melhora
atmosfera emocional depressiva, impulsiona a uma solução, combate insônia;
○ olíbano: suaviza e cura culpa, dissipa dores mentais e sofrimento, eleva ânimo,
diminui melancolia, anti-depressivo, energizante, imuno-estimulante, melhora a
condição física somatizada, atenua inflamação por raiva de si mesmo por algo
que tenha feito;
○ hortelã-pimenta: ajuda a digerir culpa, dissipa sentimentos de culpa decorrentes
de dor emocional, descongestionante e estimulante mental, favorece
concentração, purificador da mente congestionada por pensamentos conflitivos
e emoções confusas, clareia a névoa mental, medo das consequências que
podem advir de suas ações, atenua náusea e vômito nervoso, alivia
somatização, acalma crises intensas de raiva, sobretudo quando há
encobrimento de uma verdade interna;
● Apatia: apatia, tédio, letargia, indiferença;
○ alecrim: estimula a mente, usado com êxito para todas as emoções desse
grupo, estimulante, recomendado contra falta de determinação, aumenta
percepção e criatividade;
○ hortelã-pimenta: estimula a mente, apto para atenuar fadiga mental e apatia,
purificador mental, estimulante, desbloqueia emoções estocadas como raiva,

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suaviza irritação;
○ junípero: limpeza e purificação da mente, estimulante, útil contra letargia e
pessoas desligadas, enfado e falta de interesse em tudo, fortalece vontade e
restaura determinação;
○ gengibre: estimulante, revigorante, combate fadiga, eleva ânimo, afiar os
sentidos, estimulante para quem está debilitado, libera enfado e restaura
determinação, ajuda quem sofre de falta de perspectiva, ativa vontade, estimula
iniciativa, combate apatia, letargia e indiferença;
○ limão: imunoestimulante para quem cultivou desânimo, refrescante e animador,
clareia a mente, eleva o ânimo, contra cansaço e indolência, letargia e
indiferença;
○ manjerona: energizante para quem está mergulhado no desânimo, combate
enfado e estabiliza a mente, facilita a respiração, animador, energizante para
letargia crônica;
○ sálvia esclaréia: contra fadiga mental, apatia, letargia e indolência, elimina
toxinas do corpo e da mente, clareia a mente, restaura sensação de bem-estar,
produz novo ânimo mental e mocional, reestabelece clareza, regenerador
celular e renovação do organismo;
○ cipreste: revitalizante para quem está envolvido com emoções de apatia,
aumenta energia e vigor, redobra a percepção do indivíduo, torna a pessoa
mais otimista, como um empurrão pra frente, fortalece o sistema nervoso;
● Mau humor: desequilíbrio emocional, mau humor, mudanças de humor, caráter
temperamental;
○ sálvia esclaréia: mau humor decorrente de TPM, menopausa, ação próxima à
do estrogênio, calmante, neurotônico, acalma irritação de humor, ciúme, inveja,
mudanças de humor constantes e confusão emocional;
○ cipreste: estimulante do ovário, neurotônico, calmante, sedativo, TPM,
menopausa, contra irritabilidade, explosões de raiva, intensifica a estamina
emocional;
○ manjerona: neurotônico, sedativo, semelhante a hormônio tireóide superativa,
contra irritação e impaciência, alivia mau humor, equilibrante em mudanças de
humor, fortalece e relaxa os nervos, instabilidade emocional;
○ gerânio: suaviza a ansiedade, tônico para os nervos, contra mau humor, contra
mau humor que conduz à depressão, ação sedativa ameniza agitação e
irritação, atua sobre melancolia e mau humor;
○ lavanda: excelente no combate ao mau humor, calmante sedativo, combate
melancolia, fortalece coração, útil para pessoas temperamentais, útil na
instabilidade emocional e oscilação de humor;
● Timidez: timidez, sensibilidade, acanhamento, inadequação, desvalor,
incompletude, insegurança;
○ manjericão: estimula a mente, útil nos casos de taquicardia, recomendado para
auto-confiança, dá força e clareza à mente;
○ erva-doce: qualidade semelhante a hormônio, estimulante sobre o sistema
reprodutivo, excelente para menstruação e aleitamento, extensa lista de
propriedades tônicas, excelente para esse grupo de emoções;
○ manjerona: um doa mais úteis, tonifica os nervos, sistema respiratório e
digestivo, contra palpitação e taquicardia, também para timidez com medo, usar
em períodos de profunda indiferença e solidão;
○ alecrim: tonificante geral para timidez, estimulante mental, aguçar percepção e
criatividade, produz auto-determinação, boa escolha para baixa tuo-estima e

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insegurança;
○ hortelã-pimenta: neurotônico, estimula sistema reprodutor e digestivo,
estimulante da mente;
● Confusão: confusão, incerteza, perplexidade, atordoamento, irresolução, indecisão;
○ manjericão: indecisão;
○ sálvia esclaréia: indecisão;
○ limão: auxilia na tomada de decisão e dissipa confusão mental;
○ alecrim: dissipa a confusão mental;
● Divagação: avoado, ilógico, sonhador, infantil, romântico, esquecido;
○ tangerina: sedativo forte;
○ néroli: sedativo e neurotônico;
○ ilang-ilang: sedativo;
● Retraimento: reservado, reticente, acanhado;
○ gengibre;
○ hortelã-pimenta;
○ alecrim.

Elementos que dão propriedades terapêuticas específicas: arquétipos

Arquétipos são imagens estereotipadas que carregam consigo características


típicas. Os óleos essenciais podem ser descritos por arquétipos por trabalharem as
características contidas nesses arquétipos. Alguns dos arquétipos usados em
Aromaterapia são os seguintes: mãe, pai, mulher, homem, rainha, rei, donzela, guerreiro,
noiva, noivo, criança hiperativa, criança tímida, menopausa, crise de meia-idade, militar,
hippie, detalhista, generalista, entre outras. Os óleos essenciais de arquétipos opostos
são complementares, tendem a trazer o indivíduo ao equilíbrio e podem ser usados
juntos. Abaixo temos as características dos arquétipos de cada óleo essencial:
1. Alecrim, arquétipo do ARTISTA: criatividade, memória, concretização, criação
artística, sabedoria, animação, consciência, harmonia, alegria, descontração,
flexibilidade, determinação.
2. Tea-tree, arquétipo da ESTAFA: preocupação excessiva, sensação de vazio,
revitalizante, cansaço e fadiga crônica, acalma choques, buscar algo novo, retomar
a vida, indecisão, apatia, timidez, tristeza, desintegra energia negativa.
3. Camomila, arquétipo da CONFUSÃO: inquietação, irritabilidade, impaciência,
confusão, idéias desordenadas, raiva, mal humor, TPM, esgotamento mental,
revelar o problema, trazer à tona o que representa a situação, expressar
pensamentos e emoções.
4. Junípero, arquétipo da EXAUSTÃO: limpeza, purificação mental, emocional e
energética, viver no mundo da lua, perda de contato com a realidade, alienação,
refazer as energias, desgaste emocional, vampirismo, proteção contra influências
negativas.
5. Canela, arquétipo do HOMEM: ação e início de projetos, masculino, flexibilidade
para o novo, desapego, praticidade, racionalidade, diminui rigidez consigo mesmo,
diluir e entender mágoa e raiva, medo de errar, perfeccionismo.
6. Cravo, arquétipo da MULHER: meditação, relaxamento, excesso de atividades, se
centrar, diminui ondas cerebrais aceleradas, fala a noite e dorme mal, acorda
cansada, equilíbrio do lado feminino, bom humor, simpatia.
7. Citronela, arquétipo da LIMPEZA: equilíbrio ambiental, bem estar, harmonia,
limpesa física, ambientes conturbados, leveza, transparência, fluidez de energia
ambiental, confiança.

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8. Erva-doce, arquétipo da DESINTOXICAÇÃO: controle da fala e expressão, dúvida,
desatenção, vontade de viver e saber o que se quer da vida, governa forças vitais,
inteligência, organização, lembrança, pensamentos obsessivos, segurança,
aconchego, calmante, conscientização espiritual, fé em momentos difíceis, vício,
abstinência, desintoxicação, proteção.
9. Gerânio, arquétipo do GUERREIRO: auto-confiança, capacidade, coragem, ação,
impulso, atitude, adaptabilidade, imunoestimulante, entrega (corpo faz e alma
quer), anti-depressivo, medos crônicos, medo de falar em público, ansiedade,
descontrole diante de uma emergência, perdão, humildade excessiva, falta de
amor próprio, postura corporal.
10. Ilang-ilang, arquétipo da DONZELA: amor próprio, auto-confiança, alto astral,
sedução, sensualidade, feminilidade, delicadeza, tempos de mudança, acalma
frustração e raiva, baixa auto-estima, age sobre ciúmes, egoísmo e ressentimento.
11. Jasmim, arquétipo do rei: comando, organização, auto-imagem, gerenciamento de
atividades, anti-depressivo, praticidade.
12. Rosa, arquétipo da RAINHA: feminilidade e carisma, relações interpessoais,
aquietação da mente, limite e proteção, choque emocional, consciência, lutar para
preservar seu espaço, amor-próprio, auto-aceitação (homossexualismo), medo e
insegurança, harmonia do ser, sentir e fazer.
13. Laranja, arquétipo do NOIVO: levanta o ânimo, depressão, tristeza, solidão, medos,
negativismo, desassossego, ansiedade, temor, palpitações, stress por excesso de
trabalho, queda imune (desgaste mental), estimulante intelectual, entendimento,
organização, fortificante da memória, tranquiliza ambiente, trabalha criança interna
e emoções.
14. Néroli, arquétipo da NOIVA: ansiedade antes de acontecimento específico, histeria,
dificuldades sexuais de fundo nervoso, auxiliar no tratamento de choques, traumas
e desgosto.
15. Limão, arquétipo do MILITAR: inconsciência dos sentimentos, durão, não
demonstra emoção, ressentimento e irritação, dificuldade de se envolver e
emoções confusas, defensivo, longe, frio, insociável, máscara externa de poder,
clareia idéias, desfaz nódulos musculares, depressão sem causa conhecida, saúde
de ferro, apatia e sonolência, integrar, vontade de participar da vida, reavaliação e
passar vida a limpo.
16. Patchouli, arquétipo do HIPPIE: resgata lembranças da juventude, espírito idealista
e criativo, flexibilidade, sair da inércia, colocar projetos em ação, estimula centros
psíquicos, ajuda a manter acordado, afrodisíaco, conciliar idéias e determinar seu
ponto de vista, padrões novos, determinação.
17. Manjerona, arquétipo da MÃE: aflição e insônia (em inalação), comunicação,
desassossego e dificuldade de mostrar emoções, desequilíbrio, esforço mental,
hiperatividade, preocupações, “enfiou na cabeça”, sedativo, relaxa tensões e TPM,
trabalha amor universal e lado feminino, respiração (interação com a vida), passar
a vida a limpo, remove estagnação emocional e respiratória, resgata criança,
alegria e passado, processos novos de vida e vontade de viver.
18. Olíbano, arquétipo do PAI: acalma emoções, preocupação, depressão e
esgotamento, estafa mental (organização, clareza e sabedoria), fortifica centros
psíquicos e meditação, limpeza de energias pesadas e protege os chacras e aura,
transforma medo, pesadelo, insegurança em coragem e proteção, sabedoria
interna e desenvolvimento espiritual, fortalece pessoal e otimismo, segurança,
saber o que quer e satisfação com a vida, relaxa rigidez física e mental.
19. Menta, arquétipo da HIPERATIVIDADE: acalma aceleração da mente, ficar

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desperto e concentrado, clareza de idéias e reflexão, anti-depressivo e stress,
desmaio, vertigem e enjôo, induz lembrança de infância, sensibilidade a influências
externas, medo de não agradar, timidez, graça, simpatia, criança interna,
criatividade, controla devaneios, decisão, determinação e negativismo, telepatia,
discernimento, lei e limites, impaciência, insatisfação, intolerância, irritabilidade e
pressa.
20. Tangerina, arquétipo da TÍMIDEZ: depressão, perdas do passado, alegria de viver,
calmante, alivia tensão nervosa, desorganização interna, conflitos emocionais,
impaciência e irritabilidade, apatia, comunicação e expressão, aborrecimento e
raiva, desgosto e falta de felicidade.
21. Petitgrain, arquétipo do PERFECCIONISTA: reduz cansaço mental e confusão de
idéias, coragem de se auto-trabalhar, depressão de inverno, insônia, solidão e
infelicidade, esgotamento mental, memória fraca, falta de concentração, só vê
detalhes e perde geral, apatia, complexo de inferioridade.
22. Vetiver, arquétipo do REALISTA: inspiração e desejo, eleva a menta a planos
superiores, pé no chão, chacra laríngeo, equilíbrio do corpo com a mente, equilibra
articulações, ossos e músculos, flexibilidade, aceitação, entendimento do caminho
a percorrer, paciência e harmonia, ritmo do processo interno do desejo e da ação,
postura diante do mundo, pensamentos desorganizados e sem base.
23. Sálvia, arquétipo da MENOPAUSA: voltar à realidade, tempo de mudança
hormonal, emocional e ocupacional, aceitar a vida e si mesmo, aquece, bom
humor, capacidade de mudar, medo do novo, decodifica desejo e vontade,
flexibilidade, relaxamento, segurança, tolerância.
24. Sândalo, arquétipo da CRISE DE MEIA-IDADE: auto-expressão, meditação e
terceira visão, capacidade de perdoar, aceitar modo de vida, rejeição, desapego,
se portar naturalmente sem se preocupar com o que os outros vão dizer, visão
clara da situação, luz interior, envelhecer com sabedoria.
25. Bergamota, arquétipo do RELAXAMENTO: falta de energia, frustração, estafa,
ansiedade, TPM, suavidade, cansaço físico e mental, relaxamento e serenidade,
bem estar.
26. Cedro, arquétipo do ACONCHEGO: depressão, medo de confronto e da situação,
insegurança, se colocar sem conflito, dor de perda, verdade interior, consciência do
valor pessoal, desenvolvimento da força espiritual.
27. Cipreste, arquétipo do DESCANSO: fases de transição, perda de amigos e entes
queridos, término de relacionamentos, luto, passar para frente, entender o fim e
encerrar, conforto em fases difíceis de abandono, rejeição e fraqueza, restabelecer
saúde, principalmente emocional.
28. Eucalipto, arquétipo da RESPIRAÇÃO: estimula espiritualidade, angústias mentais,
colocar sentimentos para fora, mexe com águas paradas, verbalização, limpa
internamente, emoções relacionadas à respiração e aos relacionamentos.
29. Lavanda, arquétipo do EQUILÍBRIO: todas as formas de ansiedade e tensão,
medo, pesadelos, pânico, palpitação e tremores, medo de falar, medo de não ser
aceito, traumas sexuais, aceitação e noção do seu direito de ser, perfeito equilíbrio
entre yin e yang.
30. Pau-rosa, arquétipo do JOGO DE CINTURA: jogo de cintura, atitudes rígidas,
pessoas críticas com os outros e consigo mesmas, respeito pelos outros, liberdade
e tolerância, aceitação de si, permissão interna para sentir, ser e agir, dificuldade
de desvencilhar de algo atual, equilibra confusão mental, fortelece opinião própria.

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Elementos que dão propriedades terapêuticas específicas: composição química

Os óleos essenciais são extraídos de plantas aromáticas, existem cerca de 400


plantas aromáticas bem catalogadas, mas somente aproximadamente 200 são usadas na
aromaterapia atualmente, por razões econômicas (baixa rendição, alto custo) e de saúde
(nem todas as plantas aromáticas têm efeitos terapêuticos que se sobrepõem a efeitos
colaterais). Os óleos essenciais usados na Aromaterapia podem ter de 2 a mais de 200
componentes ativos, a média é em torno de 100-150. Os componentes totais podem ser
mais que 20.000, mas nesses casos há muitos “traços” de componentes.
A formação química dos óleos essenciais começa na biogênese das plantas, na
fotossíntese. Nas plantas há locais onde existem células funcionais, são essas células
funcionais que fazem a biogênese dos óleos essenciais. O local onde vai se formar o óleo
essencial (folha, caule, rizoma, etc) depende da planta e de suas características. O CO2
entra na folha através de poros na sua superfície que têm ``válvulas'' que não permitem a
saída do gás. O rizoma absorve água do solo e juntamente com o CO2 e a luz solar,
forma-se a glicose, um açúcar que é o ponto de partida de tudo. Existem duas grandes
vias de formação do óleo essencial: via do Ácido Shiquímico e via do AcetilCoA.
Via do Ácido Shiquímico: a glicose sofre diversas reações até o ácido shiquímico,
depois a fenilanina (tirosivo), o ácido cinâmico e então fenilpropanóides. Essa via forma
os derivados de fenilpropano.
Via Mevalonato (AcetiCoA): a glicose sofre glicólise formando um composto
intermediário (fosfoenolpiruvato), então parte dessa substância é oxidada e forma o
AcetilCoA (acetil coenzima A) que forma irreversivelmente um outro composto
intermediário e então o ácido mevalônico (daí o nome de via mevalonato), que por sua
vez sofre reações e forma o isopreno ativo (que não existe sozinho na natureza, só no
mínimo em pares), que é o esqueleto dos terpenos. Essa via forma os compostos
derivados terpênicos e os terpenos.
Número de carbonos Nome Número de terpenos
10 terpeno 1
15 sesquiterpeno 1,5
20 diterpeno 2
25 sesterterpeno 2,5
40 ou mais borracha natural 4 ou mais
Quanto menos carbono houver, mais leve e mais volátil será o composto. No corpo
entram pela pele até os diterpenos, os sesterterpenos já não conseguem mais entrar, por
serem muito grandes. Óleos vegetais de cozinha são ácidos graxos, que têm de 60 a 65
carbonos. Os compostos menores entram pela pele pelos ductos glandulares e pelos
folículos pilosos. O corpo segura as moléculas e vai aos poucos soltando no corrente
sanguínea por esses compostos fazerem mal à saúde em grandes quantidades. Os
terpenos são um tipo de hidrocarboneto e podem formar aldeídos e cetonas.
A composição química define todos os efeitos de um óleo essencial se:
1. soubermos a exata composição química desse OE;
2. soubermos todas as propriedades de cada composto químico;
3. conhecermos a interação medicamentosa de todos os compostos químicos.
O óleo essencial é uma “gestalt”, seu “todo” é mais que a soma de suas partes, é o

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efeito sinérgico (uma composto aumenta os efeitos terapêuticos do outro e diminui seus
efeitos colaterais). Mas a ciência ainda está longe de conhecer todos os compostos de um
óleo essencial. Organizar os compostos químicos em categorias ajuda a compreender
como os compostos atuam no corpo e quais propriedades terapêuticas eles produzem. Os
tipos de compostos que podem existir no óleo essencial e seus efeitos terapêuticos são,
principalmente álcoois, aldeídos, cetonas, ésteres, fenilpropano, fenóis, hidrocarbonetos,
lactonas e óxidos. Suas principais propriedades terapêuticas podem ser resumidas em:
• Álcoois monoterpênicos (terpineno-4-ol, linalol, terpineol): tônico, anti-séptico,
anti-viral, imuno-estimulante, tônico nervoso, imuno-estimulante, anti-
bacteriano, tônico da pele, animador, energizante.
• Álcoois sesquiterpênicos: calmante, anti-viral, estabilizante, anti-séptico,
fungicida.
• Aldeídos (citral, citronellal, cuminal): sedativo, anti-inflamatório, anti-viral,
afrodisíaco, hipotensor, anti-flogístico.
• Cetonas (tujona, verbenona): regenerador celular, mucolítico, neurotóxico,
expectorante, mental.
• Esteres (acetato linalílico, acetato lavandulílico, acetato citronelílico, tiglato
geranílico): anti-espasmódico, equilibrante, anti-fúngico, harmonizante,
calmante, espasmolítico, sedativo, tonificante, anti-inflamatório, equilibrante
cardio-vascular.
• Fenilpropanos (aldeído cinnâmico, eugenol): irritante da pele, anti-bacteriano,
estimulante.
• Fenilpropanos (anethol, metil cavicol, estragol): anti-espasmódico, equilibrante
do SNAutônomo.
• Fenóis (thymol): anti-bacteriano forte, imuno-estimulante, aquentador,
estimulante.
• Hidrocarbonetos monoterpênicos (alfa-pineno, beta-pineno, limoneno): anti-
viral, semelhante a corticóides, estimulante SNC, concentração, anti-
bacteriano, anti-séptico, calmante, estimulante, tonifica, analgésico.
• Hidrocarbonetos sesquiterpênicos (camazuleno, cariofileno): anti-inflamatório,
anti-alérgico, equilibrante emocional, calmante, anti-viral, anti-bacteriano,
analgésico, desinfetante, tônico estomacal, espasmolítico.
• Lactonas: mucolítico.
• Óxidos (cineol, óxido linalílico): expectorante.

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Tipos de compostos químicos (Schnaubelt, 1998):

Propriedades terapêuticas dos tipos de compostos químicos (Schnaubelt, 1998):

Tipos de compostos químicos e suas propriedades terapêuticas:

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Composição química dos óleos essenciais:

Fenilpropano (ac, e)

Fenilpropano (a, mc, e)


Álcool monoterpênico

Álcool sesquiterpênico

Cetona

HC monoterpênico

HC sesquiterpênico

Lactona
Ester

Fenol
Aldeído

Óxido
OE

Alecrim X X X
Bergamota X X
Camomila X
Canela X
Cedro X
Cipreste X
Citronela X X X
Cravo X
Erva-doce X X
Eucalipto X X X
Gerânio X X
Ilang-ilang X X
Jasmim X X
Junípero X X
Laranja X X
Lavanda X X
Limão X X
Manjerona X X
Menta X
Néroli X X X
Olíbano X X
Patchouli X X
Pau-rosa X X
Petitgrain X
Rosa X
Sálvia X
Sândalo X X
Tangerina X
Tea-tree X
Vetiver X X X X

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Algumas precauções importantes quanto aos componentes químicos e interações
medicamentosas:
• psoralenas (bergapteno, xantotoxinas) e furo-cumarina são fotossensíveis, não
expor ao sol por 12 horas após o uso tópico, em geral massagem, pois produz
pigmentação escura, hiperemia, exantema e degeneração actínia da pele;
• óleos com cânfora não deves ser usados com homeopatia por anular o efeito da
homeopatia (alecrim, cânfora, manjerona, mirra, orégano, patchouly, menta não
tem cânfora, mas não é recomendada);
• óleos com alfa terpineol aumentam a absorção da prednisolona, que trata
eczemas, psoríase, artrite, asma (manjerona, tea-tree, zimbro);
• óleos com limoneno aumentam a absorção da indometacina, que trata tendinite,
gota, osteoartrite, espondilite (alcaravia, abeto, terebintina, zimbro, pinheiro);
• nenhum óleo deve ser usado com paracetamol por exaurir a glutationa que faz
as reações;
• óleos (anis2,8, ilang-ilang7,8, eucalipto34) aumentam a taxa de absorção do 5-
fluoruracil, anticancerígeno (seio, ovário, bexiga, estômago e intestino)
• menta não deve ser usada com quinidina (remédio para o coração), pode dar
bradicardia;
• óleos de cravo, canela, louro, alho, cebola não devem ser usados com aspirina
ou warfarina por deixarem o sangue ralo e não coagular, somente nos casos de
quem for hemofílico, tiver lúpus eritematoso ou câncer de próstata.

Fichas dos óleos essenciais

01. Alecrim
Nome científico: Rosmarinus officinalis
Nota: baixa.
Yin/Yang: yang.
Cinco elementos: atua principalmente em madeira (VB e F), fogo (ID e C), terra (E) e
metal (IG).
Região de extração: folha.
Arquétipo: criatividade.
Par de oposição: Tea-tree (estafa).
Composição química: cetonas, hidrocarbonetos monoterpênicos e óxidos.
Família botânica e grupo de afinidade: lamiaceae.
Propriedades: analgésico, antimicrobiano, antioxidante, anti-reumático, anti-séptico,
antiespasmódico, afrodisíaco, adstringente, carminativo, cefálico, colagogo, colerético,
cicatrizante, cordial, citofilático, diaforético, digestivo, emenagogo, fungicida, hepático,
hipertensivo, nervino, parasiticida, restaurativo, rubefaciente, estimulante (circulatório,
córtex adrenal, hepatobiliar), estomáquico, sudorífico, tônico (nervoso, geral), vulnerário.
Usos tradicionais:
Pele: acne, caspa, dermatite, eczema, cabelo oleoso, repelente de insetos,
crescimento capilar, regula seborréia, estimulante do couro cabeludo, lêndea, veias
varicosas.
Circulação, músculo e articulações: arteriosclerose, retenção de líquidos, gota,
dores musculares, palpitação, má circulação, reumatismo.
Sistema respiratório: asma, bronquite, tosse.
Sistema digestivo: colite, dispepsia, flatulência, distúrbios hepáticos,

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hipercolesterolemia.
Sistema genito-urinário: dismenorréia, leucorréia.
Sistema imune: resfriado, gripe, infecção.
Sistema nervoso: fraqueza, dor de cabeça, hipotensão, nevralgia, fadiga nervosa,
exaustão nervosa, stress.
Precauções:
-queima se colocado na região genital
-excesso causa envenenamento
-induz a epilepsia
-induz medo e timidez em animais
-não usar durante a gravidez
-não usar com hipertensos, epiléticos, lactantes
-irritante
-pode causar insônia se usado à noite
-antídoto homeopático

02. Bergamota
Nome científico: Citrus aurantium v. bergamia
Nota: alta.
Yin/Yang: yang.
Cinco elementos: atua principalmente em madeira (VB), fogo (ID e C), terra (BP) e água
(B).
Região de extração: fruto.
Arquétipo: Relaxamento ideal.
Composição química: ésteres e hidrocarbonetos monoterpênicos.
Família botânica e grupo de afinidade: rutaceae (organizadores).
Propriedades: analgésico, anti-helmíntico, antidepressivo, anti-séptico (pulmonar, genito-
urinário), antiespasmódico, antitóxico, carminativo, digestivo, diurético, desodorante,
febrífugo, laxante, parasiticida, rubefaciente, estimulante, estomáquico, tônico, vermífugo,
vulnerário.
Usos tradicionais:
Pele: acne, bolhas, esfolados, eczema, repelente de insetos, picadas de insetos,
pele oleosa, psoríase, manchas, úlceras varicosas, feridas.
Sistema respiratório: halitose, infecções orais, dor de garganta, amigdalite.
Sistema digestivo: flatulência, perda de apetite.
Sistema genito-urinário: cistite, leucorréia, prurido.
Sistema imune: resfriado, febre, gripe, doenças infecciosas.
Sistema nervoso: ansiedade, depressão, stress, refrescante e animador.
Precauções:
-fotossensível, não tomar sol
-cuidado com a pele sensível
-máximo de 1% em massagens
-não usar com hipotensos pois abaixa a pressão arterial

03. Camomila

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Nome científico: Anthemis nobilis
Nota: média.
Yin/Yang: yin.
Cinco elementos: atua principalmente em madeira (VB), fogo (ID), terra (E, BP) e metal
(IG).
Região de extração: flor.
Arquétipo: agitação.
Par de oposição: Junípero (exaustão).
Composição química: ésteres.
Família botânica e grupo de afinidade: asteraceae.
Propriedades: analgésico, anti-anêmico, antinevrálgico, antiflogístico, anti-séptico,
antiespasmódico, bactericida, carminativo, colagogo, cicatrizante, digestivo, emenagogo,
febrífugo, hepático, hipnótico, sedativo nervoso, estomáquico, sudorífico, tônico,
vermífugo, vulnerário.
Usos tradicionais:
Pele: acne, alergia, bolhas, queimaduras, cortes, esfolados, dermatite, dor de
ouvido, eczema, cuidados com os cabelos, inflamação, picada de insetos, pele sensível,
dor de dente, feridas.
Sistema circulatório, músculos e articulações: artrite, juntas inflamadas, dores
musculares, nevralgia, reumatismo, entorses.
Sistema digestivo: dispepsia, cólica, indigestão, náusea.
Sistema genito-urinário: dismenorréia, menopausa, menorragia.
Sistema nervoso: dor de cabeça, insônia, tensão nervosa, enxaqueca, stress.
Precauções:
-crise da cura (piora antes de melhorar)
-aflora emoção na parte do corpo que precisa ser trabalhada
-há muita falsificação de camomila azul como artemísia
-nunca usar na gravidez

04. Canela
Nome científico: Cinnamomum zeylanicum
Nota: baixa
Yin/Yang: yang.
Cinco elementos: atua principalmente em madeira (VB, F), fogo (TA, CS), terra (E, BP)
metal (IG, P) e água (B, R).
Região de extração: árvore.
Arquétipo: homem.
Par de oposição: Cravo (mulher).
Composição química: fenilpropanos (1).
Família botânica e grupo de afinidade: lauraceae.
Propriedades: anti-helmíntico, antidiarreico, antídoto (para veneno), antimicrobiano, anti-
séptico, antiespasmódico, anti-putrescente, afrodisíaco, adstringente, carminativo,
digestivo, emenagogo, hemostático, orexigênico, parasiticida, refrigerante, espasmolítico,
estimulante (cardíaco, circulatório, respiratório), estomáquico, vermífugo.
Usos tradicionais:
Pele: lêndea, esfolados, cuidados com dentes e gengiva, verrugas, picada de

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vespa.
Sistema circulatório, muscular e articular: má circulação, reumatismo.
Sistema digestivo: anorexia, colite, diarréia, dispepsia, infecção intestinal, má
digestão, espasmo.
Sistema genito-urinário: parto (estimula contrações), frigilidade, leucorréia,
metrorragia, períodos irregulares.
Sistema imune: resfriado, arrepio, gripe, doenças infecciosas.
Sistema nervoso: fraqueza, exaustão nervosa, stress.
Precauções:
-máximo de 1%
-não aplicar diretamente na pele
-alta dosagem é irritante e abortivo
-melhor usar em compressa, spray ambiental e aromatizador
-não usar durante a gravidez
-não usar com quem tem miomas nem na menopausa
-cuidado pois aumenta o fluxo sanguíneo e antecipa a menstruação
-limpa o sangue e deixa o sangue mais fino

05. Cedro
Nome científico: Cedrus altlantica
Nota: baixa
Yin/Yang: yin.
Cinco elementos: atua principalmente em terra (E).
Região de extração: árvore.
Arquétipo: Aconchego.
Composição química: aldeídos.
Família botânica e grupo de afinidade: cupressaceae (direcionadores).
Propriedades: anti-séptico, anti-putrescente, anti-seborrêico, afrodisíaco, adstringente,
diurético, expectorante, fungicida, mucolítico, sedativo (nervoso), estimulante
(circulatório), tônico.
Usos tradicionais:
Pele: acne, caspa, dermatite, eczema, infecções fúngicas, pele oleosa, queda de
cabelo, erupções cutâneas, úlceras.
Sistema circulatório, muscular e articular: artrite, reumatismo.
Sistema respiratório: bronquite, catarro, congestão, tosse.
Sistema genito-urinário: cistite, leucorréia, prurido.
Sistema nervoso: tensão nervosa, stress.
Precauções:
-não usar durante a gravidez
-não usar com hipertensos
-pode irritar a pele

06. Cipreste
Nome científico: Cupressus sempervirens
Nota: baixa.

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Yin/Yang: yin.
Cinco elementos: atua principalmente em fogo (TA) e água (B).
Região de extração: folha.
Arquétipo: Descanso espiritual.
Composição química: hidrocarbonetos monoterpênicos.
Família botânica e grupo de afinidade: cupressaceae (direcionadores).
Propriedades: anti-reumático, anti-séptico, antiespasmódico, adstringente, desodorante,
diurético, hepático, sudorífico, tônico, vasoconstritor.
Usos tradicionais:
Pele: hemorróidas, pele oleosa, transpiração excessiva, repelente de insetos,
sangramento de gengiva, veias varicosas, feridas.
Sistema circulatório, muscular e articular: celulite, câimbra muscular, edema, má
circulação, reumatismo.
Sistema respiratório: asma, bronquite, tosse espasmódica.
Sistema genito-urinário: dismenorréia, menopausa, menorragia.
Sistema nervoso: tensão nervosa, stress.
Precauções:
- excesso pode causar entorpecimento cerebral.

07. Citronela
Nome científico: Cymbopogon nardus
Nota: alta.
Yin/Yang: yin.
Cinco elementos: atua principalmente em terra (E).
Região de extração: folha.
Arquétipo: limpeza.
Par de oposição: Erva-doce (desintoxicação).
Composição química: aldeídos, ésteres e óxidos.
Família botânica e grupo de afinidade: poaceae.
Propriedades: anti-séptico, antiespasmódico, bactericida, desodorante, diaforético,
diurético, emenagogo, febrífugo, fungicida, inseticida, estomáquico, tônico, vermífugo.
Usos tradicionais:
Pele: transpiração excessiva, pele oleosa, repelente de insetos.
Sistema imune: resfriado, gripe, infecções leves.
Sistema nervoso: fadiga, dor de cabeça, enxaqueca, nevralgia.
Precauções:
-não usar em casos de problemas cardíacos
-pode causar taquicardia ou simples aceleramento dos batimentos cardíacos
-pode causar alergia

08. Cravo
Nome científico: Syzygyum aromaticum
Nota: baixa
Yin/Yang: yang.

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Cinco elementos: atua principalmente em madeira (VB, F) e fogo (C).
Região de extração: flor.
Arquétipo: mulher.
Par de oposição: Canela (homem adulto).
Composição química: fenilpropanos (1).
Família e grupo de afinidade: myrtaceae.
Propriedades: anti-helmíntico, antibiótico, antiemético, anti-histamínico, anti-reumático,
antinevrálgico, antioxidante, anti-séptico, antiviral, afrodisíaco, carminativo, contra-
irritante, expectorante, larvicida, espasmolítico, estimulante, estomáquico, vermífugo.
Usos tradicionais:
Pele: acne, pé-de-atleta, esfolado, queimaduras, cortes, repelente de mosquito, dor
de dente, úlcera, feridas.
Sistema circulatório, muscular e articular: artrite, reumatismo, entorses.
Sistema respiratório: asma, bronquite.
Sistema digestivo: cólica, dispepsia, náusea.
Sistema imune: resfriado, gripe, infecções leves.
Precauções:
-não usar internamente
-pode aquecer muito a pele
-não aplicar em feridas expostas
-máximo de 1%

09. Erva-doce
Nome científico: Foeniculum vulgare
Nota: média
Yin/Yang: yin.
Cinco elementos: atua principalmente em madeira (VB), fogo (CS, C), terra (E, BP), metal
(IG, P), água (B, R).
Região de extração: semente.
Arquétipo: desintoxicação.
Par de oposição: Citronela (limpeza).
Composição química: fenóis e hidrocarbonetos sesquiterpênicos.
Família botânica e grupo de afinidade: asteraceae.
Propriedades: aperitivo, antiinflamatório, antimicrobiano, anti-séptico, antiespasmódico,
carminativo, depurativo, diurético, emenagogo, expectorante, galactagogo, laxante,
orexigênico, estimulante (circulatório), esplênico, estomáquico, tônico, vermífugo.
Usos tradicionais:
Pele: esfolados, pele sem vida, envelhecida e oleosa, piorréia.
Sistema circulatório, muscular e articular: celulite, obesidade, edema, reumatismo.
Sistema respiratório: asma, bronquite.
Sistema digestivo: anorexia, cólica, constipação, dispepsia, flatulência, soluço,
náusea.
Sistema genito-urinário: amenorréia, leite insuficiente (em mãe em fase de
amamentação), menopausa.
Precauções:

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-pode irritar a pele
-pode causar excitação, alucinação e até convulsão

10. Eucalipto
Nome científico: Eucalyptus globulus, staigeriana ou citriodora
Nota: alta
Yin/Yang: yin.
Cinco elementos: atua principalmente em fogo (TA), metal (P) e água (R).
Região de extração: folha.
Arquétipo: respiração plena.
Composição química: alcoóis sesquiterpênicos, hidrocarbonetos monoterpênicos e
óxidos.
Família botânica e grupo de afinidade: myrtaceae (direcionadores).
Propriedades: analgésico, antinevrálgico, anti-reumático, anti-séptico, antiespasmódico,
antiviral, balsâmico, cicatrizante, descongestionante, desodorante, depurativo, diurético,
expectorante, febrífugo, hipoglicêmico, parasiticida, profilático, rubefaciente, estimulante,
estimulante, vermífugo, vulnerário.
Usos tradicionais:
Pele: queimaduras, farpas, cortes, herpes, picada de insetos, repelente de insetos,
lêndea, infecções de pele, feridas.
Sistema circulatório, muscular e articular: dores musculares, má circulação, artrite
reumatóide, entorses e outros.
Sistema respiratório: asma, bronquite, catarro, tosse, sinusite, infecções de
garganta.
Sistema genito-urinário: cistite, leucorréia.
Sistema imune: varicela, resfriado, gripe, epidemia, sarampo.
Sistema nervoso: fraqueza, dor de cabeça, nevralgia.
Precauções:
-pode irritar a pele
-pode sufocar crianças de até 6 anos
-quando usado para acalmar usar em baixa concentração
-antídoto homeopático
-cuidado com verbalização

11. Gerânio
Nome científico: Pelargonium odorantissimo
Nota: média.
Yin/Yang: yin.
Cinco elementos: atua principalmente em fogo (C), terra (E) e água (B).
Região de extração: flor.
Arquétipo: guerreiro.
Par de oposição: Ilang-ilang (donzela).
Composição química: alcoóis monoterpênicos e ésteres.
Família botânica e grupo de afinidade: geraniaceae.
Propriedades: antidepressivo, anti-hemorrágico, antiinflamatório, anti-séptico,

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adstringente, cicatrizante, desodorante, diurético, fungicida, hemostático, estimulante
(córtex adrenal), tônico, vermífugo, vulnerário.
Usos tradicionais:
Pele: acne, esfolados, capilares rompidos, queimaduras, pele congestionada,
cortes, dermatite, eczema, hemorróidas, lêndea, pele oleosa e envelhecida, repelente de
mosquito, úlcera, feridas, tínea.
Sistema circulatório, muscular e articular: celulite, mamas engorgitadas, edema, má
circulação.
Sistema respiratório: dor de garganta, amigdalite.
Sistema genito-urinário e endócrino: glândulas adrenocorticais, distúrbios
menstruais, TPM.
Sistema nervoso: tensão nervosa, nevralgia, stress.
Precauções:
-diluir para peles sensíveis
-não usar durante a gravidez

12. Ilang-ilang
Nome científico: Cananga odorata
Nota: média.
Yin/Yang: yin.
Cinco elementos: atua principalmente em madeira (F), fogo (TA, CS, C), metal (P) e água
(B, R).
Região de extração: flor e folha.
Arquétipo: donzela.
Par de oposição: Gerânio (guerreiro).
Composição química: alcoóis sesquiterpênicos e ésteres.
Família botânica e grupo de afinidade: anonaceae.
Propriedades: afrodisíaco, antidepressivo, antiinfeccioso, anti-seborrêico, anti-séptico,
eufórico, hipotensor, nervino, regulador, sedativo (nervoso), estimulante (circulatório),
tônico.
Usos tradicionais:
Pele: acne, crescimento capilar, condicionador capilar, picadas de insetos, pele
irritada e oleosa, cuidados gerais com a pele.
Sistema circulatório, muscular e articular: pressão arterial alta, hiperpnéia,
taquicardia, palpitação.
Sistema nervoso: depressão, frigilidade, impotência, insônia, tensão nervosa,
stress.
Precauções:
-não usar com hipotensos
-em alta dosagens dá dor de cabeça e náusea

13. Jasmim
Nome científico: Jasminum officinalis
Nota: média
Yin/Yang: yin.

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Cinco elementos: atua principalmente em terra (E, BP), metal (IG, P) e água (B, R).
Região de extração: flor.
Arquétipo: rei.
Par de oposição: Rosa (rainha).
Composição química: alcoóis monoterpênicos e ésteres.
Família botânica e grupo de afinidade: oleaceae.
Propriedades: analgésico leve, antidepressivo, antiinflamatório, anti-séptico,
antiespasmódico, afrodisíaco, carminativo, cicatrizante, expectorante, galactagogo,
sedativo, tônico (uterino).
Usos tradicionais:
Pele: pele seca, irritada e sensível.
Sistema circulatório, muscular e articular: espasmos musculares, entorses.
Sistema respiratório: dismenorréia, frigilidade, dores de parto, distúrbios uterinos.
Sistema nervoso: depressão, exaustão nervosa, stress.
Precauções:
- contra-indicado no primeiro trimestre de gravidez
- cuidado com o excesso

14. Junípero
Nome científico: Juniperus communis
Nota: baixa
Yin/Yang: yin.
Cinco elementos: atua principalmente em fogo (C), terra (E, BP), metal (P) e água (R).
Região de extração: fruto.
Arquétipo: exaustão.
Par de oposição: Camomila (agitação).
Composição química: alcoóis monoterpênicos e hidrocarbonetos monoterpênicos.
Família botânica e grupo de afinidade: cupressaceae.
Propriedades: anti-reumático, anti-séptico, antiespasmódico, antitóxico, afrodisíaco,
adstringente, carminativo, cicatrizante, depurativo, diurético, emenagogo, nervino,
parasiticida, rubefaciente, sedativo, estomáquico, sudorífico, tônico, vulnerário.
Usos tradicionais:
Pele: acne, dermatite, eczema, queda de cabelo, hemorróidas, pele oleosa, tônico
da pele, feridas.
Sistema circulatório, muscular e articular: acúmulo de toxinas, arteriosclerose,
celulite, gota, obesidade, reumatismo.
Sistema imune: resfriado, gripe, infecções.
Sistema genito-urinário: amenorréia, cistite, dismenorréia, leucorréia.
Sistema nervoso: ansiedade, tensão nervosa, stress.
Precauções:
-muito diurético
-não usar em caso de cálculo renal
-evitar em caso de hemodiálise
-não usar durante a gravidez

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15. Laranja
Nome científico: Citrus cinensis v. dulce ou Citrus aurantium v. amara
Nota: alta.
Yin/Yang: yang.
Cinco elementos: atua principalmente em madeira VB), fogo (ID), terra (BP) e água (B, R).
Região de extração: fruto
Arquétipo: noivo.
Par de oposição: Néroli (noiva).
Composição química: alcoóis monoterpênicos e ésteres.
Família botânica e grupo de afinidade: rutaceae (organizadores).
Propriedades: antidepressivo, antiinflamatório, anti-séptico, bactericida, carminativo,
colerético, digestivo, fungicida, hipotensor, sedativo (nervoso), estimulante (digestivo,
linfático), estomáquico, tônico.
Usos tradicionais:
Pele: pele sem vida e oleosa, úlceras orais.
Sistema circulatório, muscular e articular: obesidade, palpitação, retenção de
líquidos.
Sistema respiratório: bronquite, arrepios.
Sistema digestivo: constipação, dispepsia, espasmos.
Sistema imune: resfriado, gripe.
Sistema nervoso: tensão nervosa, stress.
Precauções:
-não usar durante a gravidez
-não usar com crianças pequenas (só diluído)
-usar com muito cuidado com pessoas que tem mioma
-não tomar sol
-máximo de 1%

16. Lavanda
Nome científico: Lavandula officinalis
Nota: média
Yin/Yang: yin-yang.
Cinco elementos: atua principalmente em fogo (C) e terra (E), mas a lavanda em especial
atua equilibrando todos.
Região de extração: flor.
Arquétipo: equilíbrio perfeito.
Composição química: alcoóis monoterpênicos e ésteres.
Família botânica e grupo de afinidade: lamiaceae (equilibrantes).
Propriedades: analgésico, anticonvulsivo, antidepressivo, antimicrobiano, anti-reumático,
anti-séptico, antiespasmódico, antitóxico, carminativo, colagogo, colerético, cicatrizante,
cordial, citofilático, desodorante, diurético, emenagogo, hipotensivo, inseticida, nervino,
parasiticida, rubefaciente, sedativo, estimulante, sudorífico, tônico, vermífugo, vulnerário.
Usos tradicionais:
Pele: abcessos, acne, alergia, pé-de-atleta, bolhas, esfolados, queimaduras, caspa,

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dermatite, dor de ouvido, eczema, inflamação, picada de insetos, repelente de insetos,
lêndea, psoríase, tínea, escabiose, dores, manchas, todos os tipos de pele, queimadura
solar, feridas.
Sistema circulatório, muscular e articular: lumbago, dor muscular, reumatismo,
entorses.
Sistema respiratório: asma, bronquite, catarro, halitose, laringite, infecção de
garganta, tosse.
Sistema digestivo: cólicas abdominais, dispepsia, flatulência, náusea.
Sistema genito-urinário: cistite, dismenorréia, leucorréia.
Sistema imune: resfriado.
Sistema nervoso: depressão, dor de cabeça, hipertensão, insônia, enxaqueca,
tensão nervosa, stress, TPM, dor ciática, choque, vertigem.
Precauções:
-nenhuma

17. Limão
Nome científico: Citrus limonum
Nota: alta
Yin/Yang: yang.
Cinco elementos: atua principalmente em madeira (F).
Região de extração: fruto.
Arquétipo: militar.
Par de oposição: Patchouli (hippie).
Composição química: aldeídos e hidrocarbonetos monoterpênicos.
Família botânica e grupo de afinidade: rutaceae (organizadores).
Propriedades: antianêmico, antimicrobiano, anti-reumático, anti-esclerótico,
antiescorbútico, anti-séptico, antiespasmódico, antitóxico, adstringente, bactericida,
carminativo, cicatrizante, depurativo, diaforético, diurético, febrífugo, hemostático,
hipotensor, inseticida, rubefaciente, estimulante dos glóbulos brancos, tônico, vermífugo.
Usos tradicionais:
Pele: acne, anemia, unhas quebradiças, bolhas, esfolados, cortes, pele oleosa,
herpes, picada de insetos, úlceras orais, manchas, veias varicosas, verrugas.
Sistema circulatório, muscular e articular: artrite, celulite, pressão arterial alta,
sangramento nasal, obesidade, congestão, má circulação, reumatismo.
Sistema respiratório asma, infecções de garganta, bronquite, catarro.
Sistema digestivo: dispepsia.
Sistema imune: resfriado, gripe, febre, infecção.
Precauções:
-não usar à noite pois pode causar insônia
-usar com moderação
-pode irritar a pele
-não expor a pele ao sol
-banhos no máximo de 5 minutos

18. Manjerona

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Nome científico: Origanum marjorana
Nota: média
Yin/Yang: yang.
Cinco elementos: atua principalmente em madeira (VB), fogo (TA, CS) e terra (BP).
Região de extração: folha.
Arquétipo: mãe.
Par de oposição: Olíbano (pai).
Composição química: alcoóis monoterpênicos e ésteres.
Família botânica e grupo de afinidade: lamiaceae.
Propriedades: analgésico, anafrodisíaco, antioxidante, anti-séptico, antiespasmódico,
antiviral, bactericida, carminativo, cefálico, cordial, diaforético, digestivo, diurético,
emenagogo, expectorante, fungicida, hipotensor, laxante, nervino, sedativo, estomáquico,
tônico, vasodilatador, vulnerário.
Usos tradicionais:
Pele: esfolados, carrapatos.
Sistema circulatório, muscular e articular: artrite, lumbago, dor e rigidez muscular,
reumatismo, entorses, distensões.
Sistema respiratório: asma, bronquite, tosse.
Sistema digestivo: cólica, constipação, dispepsia, flatulência.
Sistema genito-urinário: amenorréia, dismenorréia, leucorréia, TPM.
Sistema imune: resfriado.
Sistema nervoso: dor de cabeça, hipertensão, insônia, enxaqueca, tensão nervosa,
stress.
Precauções:
-pode dar dor de cabeça
-anafrodisíaco
-desaconselhável durante a gravidez
-não usar durante a menopausa
-não usar com hipotensos
-narcótico em dose elevada

19. Menta
Nome científico: Mentha piperita
Nota: alta.
Yin/Yang: yang.
Cinco elementos: atua principalmente em fogo (ID, TA), terra (E) e metal (IG).
Região de extração: folha.
Arquétipo: criança hiperativa.
Par de oposição: Tangerina (criança tímida).
Composição química: alcoóis monoterpênicos.
Família botânica e grupo de afinidade: lamiaceae.
Propriedades: analgésico, antiinflamatório, antimicrobiano, antiflogístico, anti-prurítico,
anti-séptico, antiespasmódico, antiviral, adstringente, carminativo, cefálico, colagogo,
cordial, emenagogo, expectorante, febrífugo, hepático, nervino, estomáquico, sudorífico,
vasoconstritor, vermífugo.

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Usos tradicionais:
Pele: acne, dermatite, tínea, escabiose, dor de dente.
Sistema circulatório, muscular e articular: nevralgia, dor muscular, palpitação.
Sistema respiratório: asma, bronquite, halitose, sinusite, tosse espasmódica.
Sistema digestivo: cólica, cólicas menstruais, dispepsia, flatulência, náusea.
Sistema imune: resfriado, gripe, febre.
Sistema nervoso: desmaio, dor de cabeça, fadiga mental, enxaqueca, stress
nervoso, vertigem.
Precauções:
-pode dar insônia se usado à noite
-máximo de 1%
-não usar com crianças recém-nascidas
-não usar em pessoas com cálculo biliar
-cuidado com pele sensível
-antídoto homeopatia
-não usar com hipertensos
-não usar com cardíacos
-durante a gravidez somente usar por inalação
-pode ser abortivo
-neurotóxico em doses elevadas

20. Néroli
Nome científico: Citrus vulgaris
Nota: média.
Yin/Yang: yang.
Cinco elementos: atua principalmente em fogo (TA, C) e água (B, R).
Região de extração: flor.
Arquétipo: noiva.
Par de oposição: Laranja (noivo).
Composição química: alcoóis monoterpênicos, ésteres e hidrocarbonetos
sesquiterpênicos.
Família botânica e grupo de afinidade: rutaceae.
Propriedades: antidepressivo, anti-séptico, antiespasmódico, afrodisíaco, bactericida,
carminativo, cicatrizante, cordial, desodorante, digestivo, fungicida, hipnótico leve,
estimulante (nervoso), tônico (cardíaco, circulatório).
Usos tradicionais:
Pele: cicatrizes, estrias, veias rompidas, pele sensível e envelhecida, tônico da
pele, rugas.
Sistema circulatório, muscular e articular: palpitação, má circulação.
Sistema digestivo: diarréia crônica, cólica, flatulência, espasmo, dispepsia nervosa.
Sistema nervoso: ansiedade, depressão, tensão nervosa, TPM, choque, stress,
emocional.
Precauções:
-máximo de 1%
-bom para pele sensível, crianças e gestantes

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21. Olíbano
Nome científico: Boswellia carterii
Nota: baixa
Yin/Yang: yang.
Cinco elementos: atua principalmente em fogo (ID, TA), terra (BP), metal (IG, P) e água
(B, R).
Região de extração: resina.
Arquétipo: pai.
Par de oposição: Manjerona (mãe).
Composição química: hidrocarbonetos monoterpênicos e hidrocarbonetos
sesquiterpênicos.
Família botânica e grupo de afinidade: burceraceae (espirituais).
Propriedades: antiinflamatório, antiséptico, adstringente, carminativo, cicatrizante,
citofilático, digestivo, diurético, emenagogo, expectorante, sedativo, tônico, uterino,
vulnerário.
Usos tradicionais:
Pele: pele seca e envelhecida, cicatrizes, feridas, rugas.
Sistema respiratório: asma, bronquite, catarro, tosse, laringite.
Sistema genito-urinário: cistite, dismenorréia, leucorréia, metrorragia.
Sistema imune: resfriado, gripe.
Sistema nervoso: ansiedade, tensão nervosa, stress, meditação.
Precauções:
-não usar de estômago vazio
-não usar com hipotensos
-pode irritar a pele
-mexe profundamente com a energia

22. Patchouli
Nome científico: Pogostemon cablin
Nota: baixa.
Yin/Yang: yang.
Cinco elementos: atua principalmente em fogo (C).
Região de extração: folha.
Arquétipo: hippie.
Par de oposição: Limão (militar).
Composição química: alcoóis sesquiterpênicos e hidrocarbonetos sesquiterpênicos.
Família botânica e grupo de afinidade: lamiaceae.
Propriedades: antidepressivo, antiinflamatório, antiemético, antimicrobiano, antiflogístico,
antiséptico, antitóxico, antiviral, afrodisíaco, adstringente, bactericida, carminativo,
cicatrizante, desodorante, digestivo, diurético, febrífugo, fungicida, nervino, profilático,
estimulante (nervoso), estomáquico, tônico.
Usos tradicionais:
Pele: acne, pé-de-atleta, pele rachada, caspa, dermatite, eczema, infecções
fúngicas, cuidados com os cabelos, impetigo, repelente de insetos, esfolados, dores, pele
oleosa, cabelo oleoso, poros abertos, feridas, rugas.

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Sistema nervoso: frigilidade, exaustão nervosa, stress.
Precauções:
-pode causar dor de cabeça
-em excesso o efeito estimulante é revertido em sedativo

23. Pau-rosa
Nome científico: Aniba roseadora
Nota: média.
Yin/Yang: yin.
Cinco elementos: atua principalmente em fogo (C) e terra (E), mas, como a lavanda, o
pau-rosa também trabalha equilibrando todos os elementos.
Região de extração: árvore.
Arquétipo: jogo de cintura.
Composição química: alcoóis monoterpênicos e óxidos.
Família botânica e grupo de afinidade: lauraceae (equilibrantes).
Propriedades: analgésico leve, anticonvulsivo, antidepressivo, antimicrobiano, antiséptico,
afrodisíaco, bactericida, estimulante celular, cefálico, desodorante, estimulante (imune),
regenerador tecidual, tônico.
Usos tradicionais:
Pele: acne, dermatite, cicatrizes, feridas, rugas, cuidados gerais com a pele, para
todos os tipos de pele.
Sistema imune: resfriado, gripe, febre.
Sistema nervoso: frigilidade, dor de cabeça, náusea, tensão nervosa, stress.
Precauções:
-tem que ser de boa procedência pois é muito adulterado

24. Petitgrain
Nome científico: Citrus aurantium
Nota: alta.
Yin/Yang: yang.
Cinco elementos: atua principalmente em madeira (F), fogo (ID, C), terra (E) e metal (IG).
Região de extração: folhas e frutos novos.
Arquétipo: detalhista.
Par de oposição: Vetiver (generalista).
Composição química: ésteres.
Família botânica e grupo de afinidade: rutaceae (organizadores).
Propriedades: antiséptico, antiespasmódico, desodorante, digestivo, nervino, estimulante
(digestivo, nervoso), estomáquico, tônico.
Usos tradicionais:
Pele: acne, transpiração excessiva, pele oleosa, cabelos oleosos, tônico da pele.
Sistema digestivo: dispepsia, flatulência.
Sistema nervoso: convalescênça, insônia, exaustão nervosa, stress.
Precauções:
-se a extração inclui o fruto verde não tomar sol pois se torna fotossensível

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25. Rosa
Nome científico: Rosa damascena
Nota: média
Yin/Yang: yin.
Cinco elementos: atua principalmente em fogo (C) e metal (P).
Região de extração: flor.
Arquétipo: rainha.
Par de oposição: Jasmim (rei).
Composição química: alcoóis monoterpênicos.
Família botânica e grupo de afinidade: rosaceae.
Propriedades: antidepressivo, antiflogístico, antiséptico, antiespasmódico, anti-tubercular,
antiviral, afrodisíaco, adstringente, bactericida, colérico, cicatrizante, depurativo,
emenagogo, hemostático, hepático, laxante, regulador do apetite, sedativo (nervoso),
estomáquico, tônico (coração, fígado, estômago, útero).
Usos tradicionais:
Pele: capilares rompidos, conjuntivite (água de rosas), pele seca, eczema, herpes,
pele envelhecida e sensível, rugas.
Sistema circulatório, muscular e articular: palpitação, má circulação.
Sistema respiratório: asma, bronquite, febre do feno.
Sistema digestivo: colecistite, congestão hepática, náusea.
Sistema genito-urinário: menstruação irregular, leucorréia, menorragia, distúrbios
uterinos.
Sistema nervoso: depressão, impotência, insônia, frigilidade, dor de cabeça, tensão
nervosa, stress.
Precauções:
-não usar em pele oleosa e em acne pois tem substâncias nutritivas que nutrem os
microrganismos
-o verdadeiro é a-tóxico

26. Sálvia
Nome científico: Salvia sclarea
Nota: média.
Yin/Yang: yang.
Cinco elementos: atua principalmente em terra (E).
Região de extração: folha.
Arquétipo: menopausa.
Par de oposição: Sândalo (crise de meia idade).
Composição química: cetonas.
Família botânica e grupo de afinidade: lamiaceae.
Propriedades: anticonvulsivo, antidepressivo, antiflogístico, antiséptico, antiespasmódico,
afrodisíaco, adstringente, bactericida, carminativo, cicatrizante, desodorante, digestivo,
emenagogo, hipotensor, nervino, regulador (de seborréia), sedativo, estomáquico, tônico,
uterino.
Usos tradicionais:

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Pele: acne, bolhas, caspa, queda de cabelo, condições inflamadas, pele oleosa,
cabelo oleoso, oftalmia, úlceras, rugas.
Sistema circulatório, muscular e articular: pressão arterial alta, dor muscular.
Sistema respiratório: asma, infecções de garganta, tosse.
Sistema digestivo: cólica, cólica menstrual, dispepsia, flatulência.
Sistema genito-urinário: amenorréia, dores de parto, dismenorréia, leucorréia.
Sistema nervoso: depressão, frigilidade, impotência, enxaqueca, tensão nervosa,
stress.
Precauções:
-não usar durante amamentação
-na inalação usar máximo de 10 minutos a cada 6 horas
-pode causar hemorragia
-evitar tomar álcool
-neurotóxico acima de 10 gotas
-não usar durante a gravidez
-não usar com epiléticos
-não usar com hipertensos
-não usar com freqüência e nem por tempo prolongado
-pode causar bradicardia (60bpm)

27. Sândalo
Nome científico: Sandalum album
Nota: baixa.
Yin/Yang: yang.
Cinco elementos: atua principalmente em metal (P).
Região de extração: árvore.
Arquétipo: crise de meia-idade.
Par de oposição: Sálvia (mulher de meia idade).
Composição química: alcoóis monoterpênicos e aldeídos.
Família botânica e grupo de afinidade: santalaceae.
Propriedades: antidepressivo, antiflogístico, antiséptico (urinário e pulmonar),
antiespasmódico, afrodisíaco, adstringente, bactericida, carminativo, cicatrizante,
diurético, expectorante, fungicida, inseticida, sedativo, tônico.
Usos tradicionais:
Pele: acne, pele seca, pele rachada, loção pós-barba, pele oleosa, hidratante.
Sistema respiratório: bronquite, catarro.
Sistema digestivo: diarréia, náusea.
Sistema genito-urinário: cistite.
Sistema nervoso: depressão, insônia, tensão nervosa, stress.
Precauções:
-causa calor no estômago e enjôo se ingerido (5 gotas)
-em alta dosagem irrita o trato gástrico, os rins e a derme

28. Tangerina
Nome científico: Citrus nobilis v. tangerine

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Nota: alta.
Yin/Yang: yang.
Cinco elementos: atua principalmente em madeira (F).
Região de extração: fruto.
Arquétipo: criança tímida.
Par de oposição: Menta (criança hiperativa).
Composição química: hidrocarbonetos monoterpênicos.
Família botânica e grupo de afinidade: rutaceae (organizadores).
Propriedades: antiséptico, antiespasmódico, carminativo, digestivo, diurético leve, laxante
leve, sedativo, estimulante (digestivo e linfático), tônico.
Usos tradicionais:
Pele: acne, pele congestionada e oleosa, cicatrizes, manchas, estrias, tônico.
Sistema circulatório, muscular e articular: retenção de líquidos, obesidade.
Sistema digestivo: problemas digestivos, dispepsia, soluço, problemas intestinais.
Sistema nervoso: insônia, tensão nervosa, inquietação.
Precauções:
-máximo de 2%
-pode ser usado à noite
-não tomar sol de jeito nenhum
-pode usar durante a gravidez e com crianças e idosos

29. Tea-tree
Nome científico: Melaleuca alternifolia
Nota: baixa.
Yin/Yang: yin.
Cinco elementos: atua principalmente em madeira (F), fogo (CS) e água (B).
Região de extração: folhas.
Arquétipo: estafa.
Par de oposição: Alecrim (criatividade).
Composição química: alcoóis monoterpênicos.
Família botânica e grupo de afinidade: myrtaceae.
Propriedades: antiinfeccioso, antiinflamatório, antiséptico, antiviral, bactericida, balsâmico,
cicatrizante, diaforético, expectorante, fungicida, imuno-estimulante, parasiticida,
vulnerário.
Usos tradicionais:
Pele: abcessos, acne, pé-de-atleta, vesículas, bolhas, queimaduras, esfolados,
caspa, herpes, picada de insetos, pele oleosa, manchas, verrugas, feridas infeccionadas,
urticária.
Sistema respiratório: asma, bronquite, catarro, tosse, sinusite, tuberculose.
Sistema genito-urinário: candidíase, vaginite, cistite, prurido.
Sistema imune: resfriado, gripe, febre, doenças infecciosas.
Precauções:
-nenhuma

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30. Vetiver
Nome científico: Vetiveria zizanioide
Nota: baixa.
Yin/Yang: yang.
Cinco elementos: atua principalmente em terra (E).
Região de extração: raízes.
Arquétipo: generalista.
Par de oposição: Petitgrain (detalhista).
Composição química: alcoóis sesquiterpênicos, cetonas, ésteres e hidrocarbonetos
sesquiterpênicos.
Família botânica e grupo de afinidade: poaceae.
Propriedades: antiséptico, antiespasmódico, depurativo, rubefaciente, sedativo (nervoso),
estimulante (circulatório, produção de glóbulos vermelhos), tônico, vermífugo.
Usos tradicionais:
Pele: acne, cortes, pele oleosa, feridas.
Sistema circulatório, muscular e articular: artrite, dor muscular, reumatismo,
entorses, rigidez.
Sistema nervoso: fraqueza, depressão, insônia, tensão nervosa.
Precauções:
-nenhuma

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Parte 2: Prática clínica

2.1) Introdução

O que é importante para a prática clínica eficiente da Aromaterapia profissional?

São necessários três itens principais para a prática clínica eficaz da Aromaterapia
profissional:
● Obter um bom diagnóstico e conhecer bem a patologia a ser tratada. Para isso, é
necessário saber avaliar adequadamente (que iremos discutir mais adiante) e
estudar o caso de casa paciente detalhadamente. Além disso, o trabalho
multidisciplinar sempre enriquece o tratamento.
● Conhecimentos para a produção correta de um produto aromaterapêutico
adequado para cada casso, assim como a aplicação correta do produto. Todos os
elementos para isso serão abordados no curso: limites de segurança, bases,
sinergia, modos de aplicação...).
● Material de qualidade (principalmente o óleo essencial).

2.2) Como fazer o produto aromaterapêutico

O que é o produto aromaterapêutico?

O produto aromaterapêutico não é somente a junção dos aromas usados para o


tratamento de um determinado caso (sinergia). Ele consiste em um certo volume de base
(em ml) acrescido de algumas gotas de sinergia (a mistura de óleos essenciais).

Passos para fazer o produto aromaterapêutico:


1. Avaliação do paciente: escolher quais óleos essenciais serão usados;
2. Escolher a melhor via de administração: escolher qual base será usada;
3. Definir tempo de tratamento e modo de aplicação: escolher a quantidade de base;
4. Definir a concentração de OE a ser usada: definir quantidade total de sinergia no
produto;
5. Finalizar a sinergia: definir quantidade de cada óleo essencial na sinergia e no
produto.

Como fazer a sinergia aromaterapêutica?

As sinergias aromaterapêuticas são misturas de óleos essenciais puros e podem


durar anos se guardadas corretamente (lacrada, longe de luz, calor e umidade). Toda
sinergia tem um tempo de maturação de 15 a 20 dias, período no qual pode reagir e “dar
errado” ou “estragar”. No entanto, se forem respeitadas as regras de formulação de

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sinergias, as chances disso ocorrer são muito pequenas.
Existem muitas técnicas para misturar óleos essenciais de forma a melhorar o
efeito sinérgico da mistura. Uma das técnicas mais usadas é a técnica das notas
aromáticas. Segundo essa técnica existem três notas aromáticas: alta (ou de cabeça),
média (ou de corpo) e baixa (ou de base ou básica), que descrevem a característica
volátil do óleo. Os óleos são classificados nessas três notas e a mistura deve ter 50-80%
de notas de corpo/médias, 10-15% de notas de base/baixas e 5-10% de notas de cabeça/
altas. A princípio todos os óleos essenciais podem ser misturados, no entanto pode
acontecer de uma sinergia não dar certo e ficar com um odor desagradável. O melhor
para saber realizar uma boa sinergia é uma mistura de bom senso, experiência e prática.
Abaixo podemos ver as notas de cada óleo essencial e as quantidades ideais de cada
nota na sinergia final.
● Alta (5-10%): Laranja, Limão, Mentha, Eucalipto, Citronela, Tangerina, Petitgrain,
Bergamota.
● Média (50-80%): Rosewood (pau rosa), Gerânio, Lavanda, Lavandin, Camomila,
Manjerona, Erva-doce, Jasmim, Rosa, Ylang-ylang, Néroli, Salvia.
● Baixa (10-15%): Patchouly, Mirra, Olíbano, Cedro, Vetiver, Junípero, Cravo,
Canela, Tea-tree, Cipreste, Alecrim, Sândalo.

Quais bases podem ser usadas em Aromaterapia?

Existem mutias bases e produtos que podem ser usados em Aromaterapia. Para
cada objetivo terapêutico e cliente, há um produto aromaterápico ideal. Quais serão
usados depende do terapeuta. As principais bases possíveis são:
• spray: utilizado mais em aromaterapia ambiental (muito eficiente para utilizar em
sala de espera e para limpar o ambiente entre sessões), pode ser também
utilizado pessoalmente. Não tem nenhuma propriedade particular. O spray não
deve ser borrifado em espelhos e móveis envernizados, pois pode causar
manchas. O ideal é borrifar dentro de móveis, em carpete e tapetes, cortinas e
no chão.
• shampoo: bom para tratamentos capilares e psicológicos (por aumentar a
inalação do óleo essencial), não tem nenhuma propriedade particular.
• creme hidratante: bom para pele seca, muito bom se utilizado juntamente com
óleos contra secura e rugas.
• loção hidratante: bom para pele normal, é mais suave que o creme e hidrata a
pele.
• gel: bom para peles oleosas ou sensíveis, principalmente do rosto, pois os
outros produtos podem causar acne e alergias em pessoas hipersensíveis.
• sal de banho: bom para tratamentos energéticos e psicológicos, porém o
produto tem menor tempo de validade, pois o óleo essencial volatiliza mais
facilmente.
• sabonete em barra: bom para tratamentos em grandes áreas corporais, porém o
óleo essencial da superfície evapora rapidamente, então deve ser utilizado por
mais tempo durante cada aplicação e tem validade menor (o sabonete não
estraga, mas perde suas propriedades terapêuticas).
• sabonete líquido: melhor para aromaterapia, pode se adicionar loção hidratante
ao sabonete em caso de peles sensíveis ou ressecadas.
• óleo vegetal: utilizado mais em massagens, cada um tem suas características
principais.

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○ óleo vegetal de semente de uva: inodoro, suave e incolor, fino, facilmente
absorvido pela pele, purificante, tônico, emoliente.
○ óleo vegetal de amêndoas doce: muito emoliente, protetor solar, acalma
a pele após exposição ao sol.
○ óleo vegetal de abacate: amacia os cabelos, em especial os secos,
atuação muscular, hidratante e nutritivo para pele, penetração muito
profunda na pele.
○ óleo vegetal de calêndula: atuação ótima em queimaduras e inflamações,
acelera reepitelização e reparação tecidual, anti-inflamatório, emoliente,
anti-séptico, calmante, cicatrizante, absorção cutânea rápida.
○ óleo vegetal de andiroba: anti-reumático, anti-inflamatório muito bom,
levemente anti-alérgico e tônico da pele (bom para doenças de pele),
diminui hematomas, mata piolhos.
○ óleo vegetal de castanha do pará: dá brilho e maciez a cabelos secos,
atua em cabelos danificados dando força e intensificam tons escuros de
cabelo.
○ óleo vegetal de cenoura: bronzeador, bom para pele seca.
○ óleo vegetal de gergelim: emoliente e nutriente da pele, protetor solar
bom, anti-oxidante natural.
○ óleo vegetal de germe de trigo: rico em vitaminas, anti-oxidante
poderoso, estimulante de regeneração tecidual, promove elasticidade da
pele (rejuvenescedor), usado até 20\% da mistura por ser muito viscoso.
○ óleo vegetal de girassol: emoliente e reepitelizante, cicatrizante e
relaxante muscular leve.
○ óleo vegetal de maracujá: muito estável, relaxante muscular bom.
○ óleo vegetal de noz macadâmia: fino, inodoro, incolor, facilmente
absorvido pela pele, estimulante de regeneração tecidual, bom para
peles oleosas ou mistas, hidratante e tonificante da pele, devolve vida,
brilho e hidratação a cabelos danificados, evita formação de rugas e
envelhecimento precoce.
○ óleo vegetal de jojoba: na realidade é cera, muito viscoso, não se
rancifica rapidamente (ajuda a prolongar a vida e validade do produto),
emoliente, pode obstruir os poros se usado frequentemente, bom para os
cabelos.
• solução inalatória: em geral é feita com soro fisiológico adicionado de gotas da
sinergia, não mais que 3 gotas, em geral o ideal é que seja 1 ou 2 gotas, sendo
inalado em 10 a 30 minutos com bacia ou inalador elétrico.
• solução para difusor: no difusor ambiental é colocada água destilada e
adicionado a sinergia (por volta de 10 gotas para um ambiente de tamanho
médio, como a sala de casa), no difusor pessoal são colocadas gotas da
sinergia em um chumaço pequeno de algodão e colocado no difusor.
• solução para banho terapêutico: pode ser sinergia pura na água do banho ou
juntamente com sais de banho, espuma de banho ou óleo vegetal. Em geral
não se coloca mais que 10 gotas para um banho.
OBS: velas e incensos não são bons produtos para Aromaterapia por queimarem o óleo
essencial.
Os óleos vegetais podem ser divididos nos mais terapêuticos (ainda muito pouco
terapêuticos quando comparados a óleos essenciais) e os mais emolientes (mais neutros
e suaves, usados em maior quantidade). Os óleos vegetais mais terapêuticos são:
abacate, calêndula, andiroba, castanha do pará, cenoura, maracujá e noz moscada. Os

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óleos vegetais mais emolientes são: semente de uva, amêndoas doce, gergelim, germe
de trigo, girassol e jojoba.

Quanta base deve ser produzida?

Em Aromaterapia não se faz produtos com grande volume por duas razões: primeiro
porque o produto artesanal não tem uma validade muito longa e segundo porque o
tratamento deve evoluir ao longo do tempo e terceiro porque não se deve fazer aplicações
intensas e prolongadas (como por exemplo, massagem no corpo inteiro diariamente). Em
linhas gerais é feito:
● Máx. 100ml, no geral 15 a 20 ml (que duram por volta de 15 dias):
● Para 1 aplicação (feita em terapia):
○ Massagem de corpo inteiro: 10 a 15 ml;
○ Banho de imersão: 10 a 15 ml;
○ Inalação: 5 a 10 ml;
○ Máscara facial: 10 a 15 ml;
● Por várias aplicações (produto domiciliar):
○ Aplicação tópica local: 5 a 10 ml (1 semana);
○ Spray pessoal: 10 ml (2 meses);
○ Spray ambiental: 30 ml (1 mês).

Como se junta a base com a sinergia?

Para juntar a base com a sinergia, deve-se seguir as regras de limites de


segurança. Para diferentes países essas regras variam. No Brasil as regras são
orientadas pela ABRAROMA (Associação Brasileira de Aromaterapia e Aromacologia) e
os limites são de 0,5% a 2% de óleo essencial em base. Isso equivale a:
● 10ml de base + 1 a 4 gotas de OE
● 15ml de base + 2 a 6 gotas de OE
● 5ml de uma base 10ml de outra base + 2 a 6 gotas de OE
● 20ml de base + 2 a 8 gotas de OE
● 30ml de base + 3 a 12 gotas de OE
● 50ml de base + 5 a 20 gotas de OE

OBS: somente para perfume usa-se por volta de 0,1%. Aromaterapia é diferente de
aromatização de produto.

Como se determina a concentração do produto dentro dessa janela 0,5% a 2%?

Existem algumas tendências de resposta do paciente que podem orientar o


terapeuta na determinação da concentração do produto, mas há variação de resposta
entre os indivíduos, de forma que é necessário tentativa e erro para encontrar a
concentração ideal para o paciente em cada momento.

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Tender a 0,5% Tender a 2%
Distúrbio psíquico/energético Distúrbio físico
Paciente ativo Paciente sedentário
Paciente “natureba” Paciente “hipocondríaco”
Aplicação inalatória/ano retal Aplicação dérmica
Ação olfativa Ação farmacológica
Distúrbio crônico Distúrbio agudo/crônico em crise
Manutenção de quadro clínico Alteração de quadro clínico
Reeducação terapêutica Resolução de problema pontual

Qual a validade do produto aromaterapêutico?

A validade de produtos aromaterapêuticos depende de como ele foi fabricado. Em


linhas gerais temos que:
● Produtos naturais (frutas e etc) = 1 semana.
● Produto artesanal, feitos na hora s/ conservantes = 30 dias (usar em 15 dias).
● Produtos de farmácia de manipulação = 3 meses.
● Produtos industrializados = 6 meses a 1 ano.
● OE puro = 2 a 3 anos, pode durar + se bem armazenados.
Devo ressaltar que os produtos aromaterapêuticos devem guardados longe de luz,
calor e umidade, em vidro fumê ou potes opacos. Bem guardados eles podem durar até
alguns meses, mas é melhor que sejam usados em até um mês. Não se utilizam
conservantes em aromaterapia, o que pode-se fazer é adicionar vitamina E (anti-oxidante)
para aumentar o tempo de conservação de alguns produtos, mas produtos naturais (como
máscara de argila ou de frutas) não duram mais nem com adição vitamina E, esses
produtos devem ser feitos para utilização imediata.

2.3) Como aplicar o produto aromaterapêutico

Os produtos aromaterapêuticos podem ser aplicados de diversas formas,


dependendo do tipo de produto, do objetivo terapêutico e do profissional. Em geral,
quando se quer realizar um tratamento psicológico procura-se utilizar o mecanismo de
ação olfativo. Já no tratamento físico procura-se utilizar o mecanismo de ação
farmacológico. Não é possível isolar um dos dois mecanismos, mas é possível favorecer
um ou outro:
● Aplicação farmacológica: favorece mecanismo de ação farmacológico:
○ Atua mais no corpo, fisicamente, mas pode atuar no sistema psíquico
farmacologicamente!
● Aplicação inalatória pode favorecer ambas:
○ Respiração lenta e profunda: favorece absorção no pulmão;
○ Respiração relaxada superficial: favorece passagem do OE pela cavidade nasal
e favorece o mecanismo de ação olfativo.

Qual deve ser a frequência de atendimento durante o tratamento?

A frequência de tratamento pode variar bastante, dependendo do que está sendo


tratado, do momento no qual se encontra o paciente, seu estado de saúde e outros

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fatores. Há a necessidade de tentativa e erro para encontrar a frequência ideal de
tratamento, mas existem algumas linhas gerais de orientação para o profissional
determinar a frequência de tratamento:
● Regra geral: 3x/dia até 1x/quinzenalmente.
● Na terapia se faz aplicação em maior escala (massagem de corpo todo, grandes
porções de pele, inalação...): em geral 1 ou 2x/semana em crise e
1x/quinzenalmente durante manutenção de ganhos.
● O paciente deve sempre fazer continuação do tratamento em casa com produto de
uso domiciliar em uso em menor escala (aplicação local ou menor concentração):
em geral 1 a 3x/dia em crise (ou mais se necessário) e 3x/semana durante
manutenção de ganhos.
OBS: a frequência deve ser homogênea ao longo do tempo, não se aplica 3x/dia
3x/semana.

Parte 3: Curiosidades e reflexões

3.1) História e panorama atual da Aromaterapia

A aromaterapia é uma terapia utilizada a milhões de anos para tratar de problemas


físicos, emocionais, psicológicos, energéticos e espirituais, entre diversos outros fins. O
modo de utilização e extração dos óleos essenciais foi passado de geração a geração de
modo oral em muitas culturas, tornando-se uma terapia de senso comum e cultural em
diversos locais (como França, Alemanha e Egito). Esse caráter cultural e empírico acabou
por acarretar em dificuldade da aceitação da aromaterapia como ciência e terapia válida,
mesmo que essa técnica exista há séculos e tenha seus efeitos comprovados de forma
empírica. Isso aconteceu, também, no Brasil, onde ela não é uma tradição terapêutica,
Os efeitos dos óleos essenciais ainda não foram todos cientificamente
comprovados. No entanto, têm aumentado muito o número de estudos científicos sobre a
utilização dos óleos essenciais. O estudo dos usos tradicionais dos óleos essenciais é
importante porque, apesar de não explicarem exatamente como atuam os óleos
essenciais, demonstram as comprovações empíricas de séculos de utilização.
Hoje em dia a aromaterapia é uma terapia procurada por muitas pessoas para o
tratamento de diversas queixas e distúrbios. Como todas as terapias holísticas, ela tem

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um papel importante para melhorar a qualidade de vida de cada indivíduo, visando o
tratamento integral. Além disso, a aromaterapia pode ser realizada em conjunto com
outras terapias, somando-se aos benefícios de outras terapias, desde que algumas
diretrizes sejam respeitadas.
Conhecer a história da Aromaterapia ajuda a compreender seu panorama atual e
ajuda no entendimento de como as aborda a Aromaterapia na clínica e porque. O termo
aromaterapia foi primeiro utilizado em 1938, por um químico francês chamado René-
Maurice Gattefossé. Ele trabalhava na área de perfumaria e pesquisava as propriedades
cosméticas dos óleos essenciais. Diz-se que um dia ele trabalhava em seu laboratório e
sofreu um acidente no qual queimou seu braço com uma explosão. No momento, para
aliviar as dores da queimadura ele mergulhou o braço numa tina cheia de óleo essencial
de lavanda. Então ele sentiu um alívio imediato da dor, havendo uma resolução
excepcionalmente rápida do quadro (em algumas horas) sem deixar nenhuma cicatriz. A
partir desse momento Gattefossé começou seus estudos das propriedades terapêuticas
dos óleos essenciais. Em 1938 ele publicou seu primeiro artigo com seus achados,
usando o termo “aromathérapie” para o uso terapêutico dos óleos essenciais.
Apesar do nome ter surgido somente no início do século XX, existem diversos
registros do uso anterior da aromaterapia. Muito antes de ser descoberto o processo da
destilação (primeiro método para extração de óleos essenciais), já se usavam as plantas
aromáticas de forma terapêutica. Análise de pólen fossilizado identificou diversas dessas
plantas em muitos sítios arqueológicos.
Imagina-se que o homem primitivo tenha descoberto o uso das plantas aromáticas
por utilizar algumas plantas em sua alimentação e perceber a melhora de sintomas ou por
perceber uma alteração do humor dos indivíduos ao redor de uma fogueira após uma erva
aromática ser jogada no fogo e exalar seu cheiro característico. Por isso muitas das ervas
foram concebidas como “espirituais” e utilizadas em rituais para facilitar o contato com o
divino, como os rituais xamânicos indígenas.
Sabe-se por papiros (sendo o mais antigo de 2890 a. C.) que os egípcios utilizavam
diversas substâncias aromáticas (incluindo óleos essenciais puros, ungüentos e outros)
com fins cosméticos, medicinais e até no embalsamamento dos corpos dos mortos no
processo de mumificação (incluindo anis, cedro, alho, cominho, e outros). A própria
Cleópatra, famosa por sua beleza e poder, mas também muito inteligente e politicamente
ativa, utilizava os óleos essenciais e ungüentos juntamente com substâncias naturais
como mel e leite para se preparar fisicamente, mentalmente, emocionalmente e
espiritualmente para encontros importantes com os poderosos da época.
Os gregos antigos adquiriram boa parte de seus conhecimentos médicos do Egito
antigo. Hipócrates se referiu a diversas ervas aromáticas para uso terapêutico. Nessa
época era comum utilizar óleo de oliva para absorver os aromas de diversas ervas.
Durante as guerras, os soldados costumavam carregar consigo um vasilhame com óleo
de oliva e mirra para o tratamento de feridas. Galeno, médico de Marco Aurélio e que
iniciou sua vida profissional como cirurgião em uma escola de gladiadores, costumava
utilizar óleos essenciais em suas cirurgias e diz-se que não houveram mortes de
gladiadores por ferimentos durante o seu exercício. Ele foi um dos primeiros a classificar
as ervas em diversas categorias, conhecidas como “galênicas” e também inventou o
“creme de limpeza” que originou todos os ungüentos atualmente em uso. Na época de
Nero outro médico se dedicou ao estudo das plantas aromáticas: Dioscóride, que viajou
por diversos países colhendo informações sobre as plantas e escreveu um livro chamado
“Matéria Médica” com seus achados.
Os escritos que continham as informações sobre aromaterapia foram, praticamente
maciçamente, agrupados na biblioteca de Alexandria, onde começaram a entrar em

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contato com o mundo oriental. Sendo passados primeiramente par ao mundo árabe por
um médico chamado Abu Bahr Muhammad Ibn Zakaria al-Razi em por volta de 900 d. C..
Depois desse médico houve o maior médico árabe, conhecido como Avicena, Abu Ali Ibn
Sina, que deixou valiosos escritos com descrição e efeitos de mais de 800 plantas
medicinais. Existe uma hipótese de que foi esse médico quem descobriu ou formalizou o
método da destilação para extração dos óleos essenciais de forma a manter seus
princípios básicos inalterados, tornando os “perfumes da arábia” (óleos essenciais)
famosos por sua alta qualidade.
Apesar desse contato inicial entre aromaterapia ocidental e oriental ter ocorrido
somente nessa época (por volta de 900 d. C.), é conhecido que existia o uso de plantas
aromáticas e óleos essenciais no oriente, assim como no ocidente, antes dessa época.
Na Índia as ervas aromáticas eram utilizadas dentro da concepção filosófica e religiosa do
povo. Os textos religiosos frequentemente se referem de forma metafórica à plantas. O
escrito mais antigo conhecido é o “Rigveda” (aproximadamente 2000 a. C.), que contém
diversas fórmulas para o uso das plantas aromáticas, dava-se grande importância às
condições de cultivo e as pessoas envolvidas no manuseio das ervas.
Ao mesmo tempo, na China há uma tradição enorme do uso de plantas aromáticas,
sendo que o mais famoso escrito é o “Livro de Medicina Interna do Imperador Amarelo”
(mais de 2000 a. C.). Outro grande clássico oriental, o “Pen ts'ao kang-mou” relaciona
8160 fórmulas diferentes, incluindo plantas (aromáticas e não aromáticas) e alguns
poucos elementos minerais (como enxofre).
Após esse momento de troca de informações entre ocidente e oriente ocorreu a era
medieval na Europa, era conhecida como Idade das Trevas por sua falta de registros
consistentes. Nessa época muitos dos conhecimentos foram perdidos pois, além da perda
da biblioteca de Alexandria, os conhecimentos foram limitados à igreja e muitos dos
estudiosos foram caçados como “bruxos” por não obedecerem os dogmas da igreja
quanto à não utilização das plantas medicinais (tidas como religiões pagãs e heresia).
Com isso a aromaterapia voltou a ter uma característica primordialmente cultural e
empírica. Por exemplo: a lavanda era pendurada nas portas das residências pois se
acreditava que trazia bênção e proteção divinas. Essa crença surgiu do fato de que o óleo
essencial de lavanda é um excelente anti-séptico e, na época da peste negra, as casas
que tinham a erva pendurada na porta tinha menos casos de peste do que as outras
casas.
A partir desse momento começou-se a estudar a utilização de substâncias
químicas na medicina, algumas dessas poderiam ser até tóxicas, como mercúrio, mas
com a necessidade de tratamentos médicos que não fossem taxados de bruxaria, muitos
começaram a explorar novas possibilidades. Foi o início da quimioterapia e da medicina
alopática.
Ao mesmo tempo muitos químicos e médicos continuaram a estudar os efeitos dos
compostos das plantas ao longo dos séculos. Muitos dos compostos acabaram sendo
utilizados em medicamentos alopáticos (como cafeína, quinino, morfina e atropina).
Gradativamente os medicamentos naturais foram sendo suplantados pelos remédios
alopáticos sintéticos e a aromaterapia foi perdendo força juntamente com outras terapias
naturais como fitoterapia, voltando a ter maiores estudos principalmente com Gattefossé
nos anos 30.
Dado todas essas passagens culturais e mudanças, o panorama da Aromaterapia
não é bem definido mesmo na atualidade. Hoje em dia, ela é uma terapia essencialmente
européia (onde foi mais desenvolvida) e dividida entre a visão científica e os
conhecimentos empíricos históricos não comprovados.

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3.2) Reflexões a respeito da terapêutica

Reflexões éticas e práticas

A primeira pergunta antes de se começar a usar a Aromaterapia é: o que a


Aromaterapia trata? É importante compreender que existem os limites da técnica e os
limites do profissional. Nenhuma técnica e nenhum profissional conseguirá resolver todos
os problemas. Mas no geral, dentro da visão holística, a Aromaterapia pode tratar todos
os aspectos do ser humano: físico, energético, mental, emocional e espiritual, além do
ambiental. A OMS define o ser humano como um ser biopsicosocial, então não se deve
deixar de lado o aspecto social e ambiental das patologias e dos pacientes tratados.
A Aromaterapia pode tratar muitas coisas, pode, inclusive curar diversas coisas. É
importante entender a diferença entre tratar e curar. Há diferenças entre promoção,
prevenção, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde. Como terapia holística a
Aromaterapia pode abordar todos esses aspectos do ser humano e o terapeuta deve
sempre procurar uma abordagem integral do paciente. No entanto, não é porque a
aromaterapia pode, a princípio, tratar corpo, energia, emoção, mente, espírito e ambiente,
que se deve utilizar todas essas abordagens. É necessário CRITÉRIO e
FUNDAMENTAÇÃO. Uma determinada abordagem pode não ser limitada pela terapia,
mas sim pelo profissional.
Cada profissional deve meditar a respeito de suas capacidades e competências
para que fique claro sua área de atuação. Não é vergonhoso encaminhar um paciente
grave a outro profissional ou pedir ajuda de um profissional mais experiente. Vergonhoso
é aceitar tratar um paciente que não se tem competência para tratar deixando de oferecer
a possibilidade de um bom tratamento com outro profissional, ou, pior, prejudicando o
paciente por falta de conhecimento.

O que é importante na anamnese em Aromaterapia?

A anamnese em Aromaterapia realizada por cada terapeuta deve ser diferente,


depende da abordagem do terapeuta e sua visão da Aromaterapia e do cliente. Nem
sempre dá pra fazer uma anamnese completa, às vezes demora tempo demais, por isso
cada terapeuta deverá se focar em sua especialidade e adaptar a avaliação do paciente à
sua visão. Mas é importante manter uma visão do estado de saúde geral do paciente,
incluindo potenciais problemas a serem evitados e distúrbios que podem ser tratados
mesmo se o paciente não se queixar deles inicialmente. Alguns dos tópicos básicos para
uma boa anamnese são:
● Contatos e dados pessoais;
● Hábitos de vida (ambiental);
● Histórico familiar (social);
● Avaliação de sistemas (biopsico);
● Queixa (biopsicosocial);
● Precauções;
● Outros.

Quais os principais itens de avaliação física?

A avaliação física de Aromaterapia é a mesma para diversas outras terapias.


Consiste principalmente em inspeção, palpação e testes especiais. A inspeção é o ato de
olhar a região afetada procurando alterações de cor, volume, textura, etc. É sempre bom

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tirar fotografia da região afetada antes e depois do tratamento, porque ajuda o paciente a
ver a sua melhora. Mas deve-se obter consentimento do paciente para registrar qualquer
foto e essas fotos não devem ser utilizadas em nenhum documento publicado, garantindo-
se o anonimato e a privacidade do paciente.
A palpação é o ato de tocar a região afetada para identificar alterações de
consistência, textura, dor, etc. Não é todo profissional que realiza palpação e é necessário
treinamento para realizar uma palpação correta. Mas a palpação simples procurando algia
e outras alterações é sempre importante, por dar informações ao terapeuta.
Os testes especiais são específicos de cada área e não é todo profissional que
pode realizá-los. Os testes são muito usados em ortopedia, mas também podem ser
usados na detecção de alterações de órgãos internos e outras alterações. É necessário
treinamento para realizar testes. Exames complementares também podem ser
considerados testes e só podem ser pedidos por médicos e requerem conhecimento para
sua interpretação.
Um teste importante de conhecer em Aromaterapia é o teste de sensibilidade. Ele
procura identificar alergia e hipersensibilidade do paciente a componentes da fórmula
utilizada. Ele é realizado da seguinte forma:
1. Fabricar um produto com o dobro da concentração pretendida;
2. Coloque duas gotas numa gaze não-asséptica da mistura já diluída;
3. Afixe-a no interior do antebraço;
4. Espere 4 a8 horas;
Vermelhidão local significa um teste positivo. Se ocorrer sensibilização, lave com
sabão neutro, espere secar e passe creme neutro. Repita o teste com maior dose se
houver dúvida do resultado.

Especificidades da aplicação com massoterapia

Diversos fatores alteram a absorção percutânea (quanto mais x maior a absorção):


• temperatura;
• excipiente emulsivo (óleo em água);
• revestimento da epiderme (com pano após massagem);
• menor viscosidade do carreador;
• volatilidade;
• pele rachada ou machucada;
• pele limpa (após o banho).
Após a aplicação do produto na pele a absorção pode demorar de 20 minutos até 3
dias. A aplicação com massoterapia diminui o tempo de absorção, principalmente por
aquecer a pele e abrir os poros. Por ser uma das vias mais utilizadas vale a pena discuti-
la mais profundamente. Existem alguns toques para a massagem aromaterapêutica ideal:
• a massagem aromaterapêutica não precisa ser forte, o importante eu o toque
deve passar ao cliente segurança e confiança. Lembrem que, para a
massoterapia, metade do vínculo terapêutico se forma através do toque. O ideal
é que o toque seja suave, firme, constante e previsível.
• a quantidade produto que deve ser colocada é o suficiente para a mão deslizar
sem que o cliente fique inteiro melecado, lembre que o excesso que ficar na
pele não será absorvido imediatamente, a porção óleo essencial irá volatilizar
ao ambiente e a porção base irá ficar na pele até absorver ou ser retirada
mecanicamente. Portanto: usem bom senso sobre a quantidade a ser colocada.
• é interessante que a massagem seja realizada de distal para proximal,
centrípeta, seguindo circulação sanguínea ou o sentido das fibras musculares,

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mas isso não é indispensável, cada técnica de massagem poderá seguir seu
próprio modo.
• da mesma forma pressão, freqüência, velocidade e ritmo podem seguir a
técnica individual.
• a massagem aromaterapêutica deverá durar entre 30 minutos e 1:15-1:30. Se
forem usados óleos hipotensores pode ser mais indicado que a massagem seja
mais breve, dependendo da situação do cliente.
• para ser considerado um tratamento aromaterapêutico devem ser realizadas
pelo menos 3 sessões de massagem num período de até 3 semanas. O ideal é
que seja feito 1 a 2 vezes por semana por alguns meses e não é indicado
realizar em dias seguidos.
• lembre de manter sua postura para não sobrecarregar sua coluna.
• o profissional deverá usar roupas que considera confortável, preferencialmente
com mangas curtas para não sujar muito sua roupa. Além disso é interessante
que use jaleco.
• o cliente poderá usar traje de banho ou roupas íntimas de acordo com sua
preferência, mas é aconselhável que no dia da terapia use roupas que possam
sujar de óleo (alguns óleos podem manchar a roupa no momento, depois sai
com aplicação de maisena e lavando, mas para o resto do dia fica manchado).
• preste atenção durante a massagem! O massoterapeuta deverá estar
completamente presente e atencioso às necessidades e reações do cliente
durante a massagem. Não se costuma conversar muito durante a massagem,
mas é interessante que se converse um pouco, sempre perguntando se há dor
ou mal estar e evitando que o paciente durma muito pesadamente, pois isso
poderá atrapalhar o relaxamento consciente, mas isso não é dogma, é só
sugestão.
• cuide de suas mãos, elas são seu maior instrumento de trabalho. Elas devem
ser macias, limpas, com unhas curtas, sem bijuterias nem nada que possa
machucar o cliente.
• tenha uma postura ética.
• lembre que metade de um bom tratamento é um diagnóstico bem feito.
• a massagem com aromaterapia pode ser feita com base nos meridianos
chineses: seguindo o fluxo dos meridianos, genericamente para cima estimula e
aumenta a energia yin e para baixo relaxa e aumenta a energia yang.
Além desses pontos prático, devemos levar em consideração os efeitos fisiológicos
da própria massagem, que serão adicionados aos efeitos dos óleos essenciais. Efeitos
fisiológicos da massagem:
• relaxamento muscular, por diminuir o reflexo H (reflexo de contração);
• hiperemia, aumento da circulação sanguínea superficial e aumento da
microcirculação sanguínea;
• diminui a freqüência respiratória;
• integra informações sensoriais;
• aumenta a resposta imune;
• acalma e melhora a concentração;
• diminui sinais vitais aumentados (muito útil em UTI);
• diminui stress, principalmente de trabalho;
• diminui dor relacionada a tensão muscular;
• aumenta atividade intestinal e renal;
• aumenta comutações vasomotoras;
• melhora o ânimo;

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• facilita a percepção normalmente inibida de sensações corporais;
• permite um estado geral de relaxamento entre vigília e sono;
• acelera recuperação de doenças e diminui o período de convalescença;
• atua em rejuvenescimento por melhorar a circulação e diminuir stress;
• diminui edema (drenagem linfática, as outras poderão aumentá-lo);
• tem efeitos de acordo com a reflexologia do local no qual é aplicado;
• atua na fáscia muscular e em todo tecido conjuntivo, permitindo melhor
mobilidade e função;
• reorganiza a interação entre os músculos e as fáscias;
• diminui restrição de movimentos;
• diminui astenia muscular;
• melhora a resposta muscular ao meio ambiente diminuindo o espasmo
muscular exagerado e mantendo o espasmo protetor;
• redução da resistência cutânea;
• dissolução de nódulos fibrosados;
• diminuição de contração muscular involuntária;
• melhora a biomecânica geral do corpo diminuindo sobrecarga em determinados
músculos (não trata encurtamento e fraqueza diretamente);
• atua nas respostas autônomas;
• atuação particular de cada técnica (do fluxo energético dos meridianos
chineses, da reflexologia, dos óleos essenciais utilizados...).
Assim como a aromaterapia, a massoterapia tem contra indicações:
• lesão na pele sobre o local a ser tratado (nesse caso pode-se utilizar técnicas
reflexas);
• quadros infecciosos agudos (poderá intensificar o quadro por ser tônico
imunológico);
• fratura no local (poderá piorar a cicatrização por formar microfraturas);
• compensação respiratória, é necessário atuar diretamente nesses casos no
distúrbio respiratório antes de iniciar um tratamento de massoterapia;
• hipertensão arterial não controlada;
• hemorragias graves;
• trombose (poderá deslocar o trombo causando problemas sérios de bloqueio
vascular);
• tumor maligno (poderá facilitar a metástase por aumentar o fluxo sanguíneo);
• infecção e febre (poderá intensificar o quadro);
• distúrbio cardíaco grave;
• dor excessiva (de acordo com a técnica, o uso de técnicas mais suaves de
início poderá funcionar);
• lesão muscular (técnicas mais suaves poderão ajudar o músculo a se refazer
da melhor forma, mas técnicas mais intensas poderão causar mais
microfraturas e dificultar a cicatrização, além de aumentar a dor);
• diabete (deve ser bem analisado de acordo com cada caso);
• gravidez (principalmente sobre a área abdominal, mas poderá haver
sensibilidades físicas e emocionais, o cuidado deve ser redobrado nesses
casos);
• menstruação (causa hipersensibilidade em algumas mulheres);
• problemas de pele (a massagem é um estímulo intenso para a pele e poderá
causar quadros alérgicos ou intensificar quadros de doenças de pele).

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Bibliografia básica em Aromaterapia e saúde

1. HUDSON, Clare Maxwell. Aromaterapia e massagem, São Paulo: Ed. Vitória


régia, 1999.
2. ROSE, Jeanne. O Livro da aromaterapia, Rio de Janeiro: Ed. Campos, 1995.
3. LAVABRE, Marcel. Aromaterapia a cura pelos óleos essenciais, 4a edição, Rio
de Janeiro: Ed. Nova era, 1997.
4. SILVA, Adão Roberto da. Tudo sobre aromaterapia, São Paulo: Ed. Roka, 1998.
5. PRICE, Shirley. Aromaterapia e as emoções, Rio de Janeiro: Ed. Bertrand
Brasil, 2000.
6. DAVIS, Patricia. Aromaterapia, São Paulo: Ed. Martins fontes, 1996.
7. TISSERAND, Robert. A arte da aromaterapia, 13a edição, São Paulo: Ed. Roca,
1993.
8. NEAL'S YARD REMEDIES. Natural Health & Body Care, London: 2000.
9. LAWLESS, Julia. The Encyclopedia of essential oils, London: Thorsons editor,
2002.
10. LAWLESS, Julia. Illustrated elements of essencial oils, London: Element editor,
2002.
11. TISSERAND, Robert; BALACS, Tony. Essential oil safety, London: Churchill
livingstone, 1995.
12. CORAZZA, Sonia. Aromacologia, uma ciência de muitos cheiros, São Paulo:
Ed. SENAC, 2002.
13. http://www.aromaterapia.org.br (site oficial da ABRAROMA: Associação
Brasileira de Aromterapia e Aromacologia)
14. KUMAR; COTRAN; COLLINS. Pathologic Basis of Disease, Philadelphia: W. B.
Saunders Company, 1999.
15. GUYTON & HALL. Textbook of medical physiology, 10th edition, Philadelphia:
W. B. Saunders Company, 2001.
16. GUYTON. Fisiologia humana, 6a edição, Rio de Janeiro: Guanabara koogan,
1988.
17. DORLAND. Dicionário médico ilustrado, São Paulo: Editora Manole, 1999.
18. BRUICE, Paula Yurkins. Organic chemistry, 2nd edition, New Jersey: Prentice
Hall, 1998.
19. JAWETZ; MELNICK; ADELBERG. Microbiologia médica, 21a edição, Rio de
Janeiro: Ed. Guanabara koogan, 1998.
20. VOET, Donald; VOET, Judith G.; PRATT, Charlotte W.. Fundamentos de
bioquímica, São Paulo: Ed. Artmed, 2000.
21. DANGELO; FATTINI. Anatomia humana sistêmica e segmentar, 2a edição, São
Paulo: Ed. Atheneu, 2000.
22. RANG; DALE; RITTER. Farmacologia, 4a edição, Rio de Janeiro: Guanabara
koogan, 2001.
23. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana, 2a edição, Porto Alegre:
Novarti, 2000.
24. Dicionário de termos médicos e de enfermagem, 1a edição, São Paulo: Ed.
Rideel, 2002.
25. DOMENICO, Elizabeth C.; WOOD, Giovanni de. Técnicas de massagem de
Beard, 4a edição, São Paulo: Ed. Manole, 1998.
26. REID, Daniel. The Complete book Of Chinese Health and Healing, Boston:
Shambhala, 1994.

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Anexo 1: Mini dicionário de termos técnicos:

• abortivo: que induz contrações uterinas podendo causar aborto.


• adstringente: diminui secreção e fluidos.
• afrodisíaco (ou erógeno): estimula o apetite sexual.
• anabolizante: que induz anabolismo (processo metabólico construtivo que
transforma substâncias químicas em outras substâncias químicas da arquitetura
do organismo).
• anafrodisíaco (ou anti-erógeno): diminui o apetite sexual.
• analgésico: que alivia a dor sem a perda de consciência nem de tato.
• anestésico: que inibe a condução de impulsos nervosos causando perda da
sensibilidade.
• animador: que causa sensação de bem estar e ânimo.
• ansiolítico: que diminui ansiedade.
• anti-acne: que impede o desenvolvimento e instalação de acne.
• anti-anorexia: que impede o desenvolvimento e instalação do processo de
anorexia.
• anti-bacteriano: atua em bactérias, bacteriostático é aquele que impede a
reprodução das bactérias e bactericida é aquele que mata bactérias.
• anti-convulsivo: inibe a convulsão.
• anti-depressivo: estimula a reação à depressão.
• anti-helmíntico: que inibe helmintos.
• anti-emético: que previne ou alivia náusea e vomito.
• anti-espasmódico: diminui o espasmo muscular.
• anti-flogístico: que se contrapõe a inflamação e febre.
• anti-histamínico: que estimula a liberação de histamina aos tecidos ou impede a
retirada da histamina dos tecidos.
• anti-infeccioso: que mata ou impede a proliferação de agentes infecciosos.
anti-inflamatório: que inibe o processo inflamatório.
• anti-parasitário: que destrói parasitas.
• anti-prurítico: que diminui prurido (coceira).
• anti-putrescente: inibe os microorganismos que apodrecem alimentos e causam
necrose.
• anti-reumático: que alivia ou previne reumatismo.
• anti-séptico: que inibe o crescimento e desenvolvimento de microrganismos,
causando assepsia e impedindo a putrefação ou decomposição.
• anti-térmico (ou febrífugo): que reduz ou alivia a febre.
• anti-tubercular: contra a tuberculose.
• anti-virótico: que mata ou restringe crescimento ou multiplicação de vírus.
• ativador de cortisona: ativa a liberação de cortisona.
• balsâmico: característica de odor.
• calmante: agente que acalma excitação e causa sedação.
• carminativo: que alivia flatulência e acalma dor e expele gases intestinais.
• cefálico: estimulante do encéfalo.
• cicatrizante: que estimula os processos cicatriciais (diferente dos regenerativos).
• citofilático: estimula regeneração celular.
• colagogo: estimula fluxo de bile da vesícula biliar ao duodeno.
• colerético: que estimula a produção de bile pelo figado.
• cordial: revigorante e estimulante de ânimo e alegria.
• depurativo do sangue: purifica o sangue.

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• dermatofílico: que tem afinidade pela pele.
• descongestionante: que diminui congestão (principalmente de vias aéreas).
• desinfetante: que livra de infecção (principalmente em objetos inanimados).
• desodorante: que neutraliza odores.
• diaforético: sudorífico (indutor de suor).
• digestivo: que ativa os mecanismos digestivos.
• dispepsia: indigestão ou digestão difícil.
• diurético: que aumenta ou ativa a excreção de urina (baixa pressão arterial e
elimina toxinas em processos de intoxicação).
• emenagogo: indutor de menstruação.
• equilibrante: que traz ao equilíbrio.
• espasmolítico: que diminui espasmos (em geral musculares, pode ser
musculatura lisa de órgãos ou estriada esquelética).
• esplênico: tônico do baco.
• estimula o apetite: que aumenta o apetite.
• estimula a regeneração: que estimula os processos de regeneração celular.
• estimula as secreções: que estimula a produção e secreção de secreções.
• estimulante: que aumenta a velocidade de metabolismo (inibe sono).
• estomáquico: que tonifica o estômago.
• expectorante: que induz a ejeção de muco, catarro e líquidos dos pulmões e
vias aéreas.
• febrífugo: reduz febre.
• fungicida: mata fungos.
• galactagogo: que estimula a produção de leite na mama.
• harmonizante: que causa harmonia de todo o organismo mental ou
emocionalmente.
• hemostático: que diminui sangramento, estanca.
• hipertensor: aumenta a pressão arterial.
• hipoglicêmico: reduz o nível de glicose no sangue.
• hipotensor: que causa queda da pressão arterial por centros nervosos
reguladores ou por vasodilatação.
• imunoestimulante: estimula as reações do sistema imune.
• lenitivo: que acalma a irritação de superfícies inflamadas ou escoriadas.
• mata piolho: que mata piolho.
• mucolítico: que destrói ou dissolve muco.
• nervino: exerce ação sobre o sistema nervoso.
• orexigênico: que estimula o apetite.
• repelente: que repele insetos.
• restaurativo: estimula o equilíbrio do próprio organismo.
• rubefaciente: que causa vermelhidão na pele por vasodilatação superficial.
• sedativo: tem efeito calmante no sistema nervoso, que acalma excitação e induz
o sono.
• sudorífero ou sudorífico: que estimula produção e secreção de suor.
• tônico (ou tonificante): estimulante de certo órgão, sistema ou tecido (diz-se
tônico do órgão, como tônico estomacal ou tônico imune) ou revigorante
corporal.
• tranqüilizante: que tem efeito calmante nas emoções.
• vasoconstritor: causa contração da parede de vasos sanguíneos periféricos
aumentando a pressão arterial.
• vasodilatador: causa dilatação das paredes de vasos sanguíneos periféricos

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diminuindo a pressão arterial.
• vermífugo: que expulsa parasitas intestinais ou vermes.
• vulnerário: mesmo que cicatrizante.

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Anexo2: Precauções, óleos essenciais que NÃO devem ser usados

● dores de cabeça freqüentes (patchouli, ylang-ylang, menta; em doses altas:


lavanda, manjerona, junípero, néroli, olíbano, tea-tree, alecrim, canela, cipreste,
eucalipto)
● gravidez (cânfora, tuia, sálvia, sálvia esclaréia, funcho, erva-doce, anis estrelado,
wintergreen, bétula, alecrim, camomila, canela, cedro, cipreste, gerânio, junípero,
laranja, manjerona, menta, mirra, sálvia)
● lactação (alecrim, erva-doce)
● recém nascidos ou crianças (eucalipto, laranja, manta, usar sempre doses mais
baixas independente do óleo essencial)
● hipertensão (cânfora, alecrim, cedro, menta)
● hipotensão (alho, cebola, lavanda, pau-rosa, palmarosa, eucalipto globulus,
bergamota, ylang-ylang, manjerona, mirra, olíbano, sálvia)
● hiperatividade (óleos muito estimulantes devem ser usados com cautela e em
baixas doses)
● hipoatividade (manjerona, óleos muito sedativos ou calmantes devem ser usados
com cautela e em doses baixas)
● menopausa (canela, manjerona)
● cálculo biliar ou renal (limão, bergamota, salsa, wintergreen, bétula, junípero,
menta)
● pele sensível (de acordo com a sensibilidade da pele a cada óleo essencial, ficar
atento para alergias pessoais, sempre utilizar doses baixas quando aplicadas
diretamente em pele sensível, especialmente de óleos fortes, como menta)
● baixo apetite sexual (manjerona, óleos sedativos)
● alto apetite sexual (patchouli, ylang-ylang)
● está tomando homeopatia (alecrim, eucalipto, menta)
● problemas cardíacos (citronela, menta, sálvia)
● hipersensibilidade ou hipossensibilidade (verificar a melhor dosagem para cada
pessoa seguindo sempre os limites de segurança)
● epilepsia (cânfora, alecrim, sálvia)
● problemas de insônia ou sono conturbado (não utilizar óleos estimulantes após as
18:00, e se o caso for grave de insônia, não usar nenhum óleo estimulante)
● irritação ou distúrbios gastro-intestinais (alecrim, tea-tree)
● distúrbios energéticos, emocionais ou físicos graves (ter acompanhamento de
aromaterapeuta profissional, e profissionais necessários a cada quadro – médico,
psicólogo...)
● miomas uterinos ou cistos no ovário (canela)
● depressão emocional (lavanda, pau-rosa, rosewood, melissa, valeriana, rosa)
● depressão imunológica (sempre estimular o sistema imune nesses casos, pois as
reações que o indivíduo pode ter ao tratamento com óleos essenciais poderá
causar ou não queda momentânea de sistema imune)
● sensibilidade emocional (cuidado com óleos que tenham efeito forte e profundo
sobre emoção)
● glaucoma e hiperplasia prostática (citronela, eucalipto citriodora)
● hemofilia e distúrbios de coagulação sanguínea (wintergreen, bétula)
● distúrbios hepáticos (menta, hortelã, canela, cassia, funcho, erva-doce, anis
estrelado, cravo, pennyroyal, buchu, sassafrás, savin, óleos com bastante
furocumarinas, ylang-ylang em excesso, )
● hemodiálise (junípero)

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