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passado e buscam reivindicar seu lugar no mundo como sujeitos da História, como é o
caso dl movimento negro que reivindica a consciência de uma identidade negra a partir
da reinterpretação historiográfica do seu passado na história brasileira. Portanto, a
memória é a vida e atravessa a existência humana, conferindo significação, sentido,
afetividade, auxiliando no entendimento enquanto sujeitos dentro de um grupo
específico e em relação a outros grupos em diferentes temporalidades. Nesse sentido,
a escola, sendo potencialmente moldada por memórias, é o centro desse debate, em
especial, o que consiste o ensino em História.
Vale salientar que, Memória e História não são sinônimo, além do mais, é
importante entender as diferenças e similaridades, tal como, uma prescinde da outra
para existir. Manoel salgado Guimarães diz que, a memória aponta as "certezas" ao
passo que a história não passa pela identificação, destinando-se a análise do passado,
aberta a dúvidas e críticas, sendo uma representação imperfeita do passado. Nora
(1993) diz que: "memória é o absoluto e a história só conhece o relativo".
Tais saberes buscam aproximar o aluno, por intermédio do conhecimento
histórico da construção da empatia histórica potencializada. Sendo assim, é importante
analisar como o tema é abordado nas mais importantes ferramentas de suporte
didático e na formação de professores, sendo está, o livro didático.
Portanto, o estudo realizado com 16 coleções didáticas de história do 6º ao 9º
ano do Ensino Fundamental gerou um total de 69 livros analisados. A pesquisa
mostrou que a definição de História - presente em 87,50% das obras - é, em geral,
pouco desenvolvida, limitando-se aos livros do 6º ano. A Memória, por sua vez -
tematizado em apenas 25% dos livros de História -, em suas dimensões de
epistemologia e potência de aprendizagem, é fracamente secundarizada em boa parte
das coleções.
Outro problema está na descontinuidade de tais temas nos anos consecutivos
de escolarização. Além do mais, a relação História e Memória é ignorado em 6,25%
das coleções. 50% das obras abordam ambos os campos (História e Memória), porém
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não como sendo complementares e distintos, mas sim sendo tratados como sinônimos.
12,50% distingue os campos, mas não desenvolve uma reflexão mais ampla. Quanto
aos manuais dos docentes, a relação entre Memória e História é tematizada em 50%
desses materiais, apontando que essa relação acontece mais frequentemente nos
manuais que nos livros didáticos. Pressupõe-se que, a temática de Memória é um
campo que precisa ser mais explorados dentro do ensino de História, principalmente
nas coleções que as tratam como indissociáveis e/ou sinônimos.
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REFERÊNCIAS