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I PARTE

ο NOTAS DE AULA PARA DEQ526


Versão 20--.1 (em construção)

ο MODELAGEM E SIMULAÇÃO DE
PROCESSOS QUÍMICOS DEQ526

1
SUMÁRIO

Página

CAPÍTULO 1

Uma Introdução Geral

1 Conceitos Básicos de Modelagem e Simulação em Engenharia


Química e de Processos

2 O Que é Um Modelo Matemático?

3 Modelagem de processos químicos. Classificação de Modelos e


Metodologia de Modelagem

4 Exercícios

2
Uma Introdução Geral

Modelos? _ nada mais do que uma imitação da realidade! Alguns


são físicos, outros matemáticos. Estão presentes em toda a
atividade humana: economia, lazer, meio ambiente,
cosmologia, engenharia.. O grande interesse na atividade de
construir um modelo e usá-lo se justifica pela necessidade em se
conhecer o comportamento dos sistemas, provando-os,
controlando-os e otimizando-os. Certo é que tal atividade não é
nova!

. A ideia de Modelo

Um modelo é uma imitação da realidade e um modelo


matemático se constitui numa forma particular de sua
representação. A aplicação que leva ao modelo nunca deve ser
esquecida. No processo de construção do modelo, traduz-se um
problema do mundo real em outro equivalente
matematicamente, o qual é resolvido e interpretado. Tal tarefa
é realizada para se ganhar 'insight' na situação original real ou
para se usar o modelo para controle, otimização ou estudos de
segurança. Aris [ ] considerou o conhecido conceito de
mudança de escala como estando na raiz da palavra " modelo" .
A modelagem relaciona juntos um objetivo, P, com um sujeito
ou sistema físico, S e o sistema de equações M que representam
o modelo. Uma série de experimentos E podem ser aplicados a
M a fim de responderem questões a respeito do sistema S.

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Claramente, ao se construir um modelo certas características do
sistema real podem ser representadas pelo mesmo. Elas
incluem:
. a direção de resposta correta das saídas, à medida em que as
entradas mudam;
.uma estrutura válida que representa corretamente a conexão
entre as entradas, as saídas e as variáveis internas;
. o comportamento correto do modelo.

4 passos no processo geral de modelagem

passo 1- Da realidade para a matemática


Aqui, tem-se que traduzir o problema real naquele
representado em termos matemáticos. Por exemplo:
. o que se entende a respeito do problema no mundo real?
. para que se pretende utilizar o modelo matemático?
.quais os fenômenos e/ou mecanismos presentes no sistema?
. que forma de modelo é exigida?
. como o modelo deveria ser estruturado e documentado?
. quão acurado deve ser o modelo?
. quais os dados disponíveis no sistema e qual a acuracidade e a
qualidade desses dados?
.quais são as entradas, saídas, estados e disturbances do
sistema?

passo 2 – Solução matemática


Tendo-se gerado alguma descrição matemática do sistema do
mundo real, é necessário resolverem-se as variáveis
desconhecidas que representam aquele sistema. Importante
aqui:
. que variáveis devem ser escolhidas no modelo para a
satisfação dos graus de liberdade?

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. o modelo tem solução?
. a estrutura do problema pode ser explorada para melhorar a
velocidade de solução ou sua robustez?
. que forma de representação deveria ser utilizada para a
apresentação dos resultados (gráficos 2D, visualização 3D)?
. quão sensível a solução na saída será às variações nos
parâmetros do sistema ou nas entradas?

passo 3 – Interpretação das saídas do modelo


Neste ponto são necessários procedimentos e testes que
chequem se o modelo obtido foi corretamente implementado e
se perguntar se ele imita o mundo real até uma acuracidade
suficiente à do objetivo inicial.
Pontos importantes:
. como se verificará a implementação do modelo?
. que tipo de validação do modelo é apropriada e possível para o
problema?
. o modelo resultante é identificável?
. o que precisa ser modificado, adicionado ou retirado do
modelo como um resultado da validação?
. que nível de simplificação é justificado?
. que qualidade e quantidade de dados será necessária para a
validação e a estimação de parâmetros?
. que nível de acuracidade será necessário?
.que parâmetros do sistema, entradas ou perturbações
necessitam ser conhecidas seguramente a fim de assegurar
qualidade preditiva?

passo 4 – Usando os resultados no mundo real.


Nesse ponto, deve-se preocupar com a implementação do
modelo ou seus resultados dentro do mundo real, para onde o
modelo foi direcionado. Algumas considerações importantes:

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. para aplicações on-line, onde a velocidade é essencial, é
necessário se reduzir a complexidade do modelo?
. como a atualização do modelo pode ser realizada e que dados
são necessários para isso?
. quem irá realmente usar os resultados e em que forma eles
devem aparecer?
. que nível de documentação será necessário?

Deve-se, portanto, ter em mente que: a modelagem é muito


mais e vai muito além de simplesmente gerarem-se conjuntos de
equações. Deve-se incluir um conjunto de outros fatores que
seguem desde a especificação de um modelo, uma geração clara
de hipóteses e considerações, geração de equações, calibração
subsequente do modelo obtido, validação e uso final.

.. Aplicação de Modelos : em equipamentos e sistemas em


Engenharia Química.

6
CAPÍTULO I
_______________

1 Conceitos Básicos de Modelagem e Simulação em Engenharia


Química e de Processos

2 O Que é Um Modelo Matemático?

3 Modelagem de processos químicos. Classificação de Modelos e


Metodologia de Modelagem

4 Exercícios

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1 Conceitos Básicos de Modelagem e Simulação em
Engenharia Química e de Processos

A modelagem de processos se constitui numa atividade de engenharia com uma


tecnologia relativamente madura. Os princípios básicos na construção do modelo
estão relacionados com outras disciplinas em engenharia de processos, como:
matemática, química e física. Na verdade, uma boa base nessas disciplinas é
fundamental. Termodinâmica, operações unitárias, cinética reacional, catálise,
controle de processos, flowsheeting de processos se tornam prerrequisitos para a
modelagem de processos. Métodos numéricos, álgebra linear, equações algébricas e
diferenciais, programação em alguma linguagem estruturada também são úteis.

A modelagem matemática de fenômenos físicos e químicos,


elementos de processos químicos ou processos químicos completos se
constitui numa parte integral da engenharia química.Enquanto no passado a
estrutura complexa de objetos reais na tecnologia química teve de fazer
simplificações drásticas para a resolução dos modelos matemáticos, a atual
possibilidade de utilização de computadores de alto desempenho permite
uma modelagem mais detalhada, levando em conta fenômenos
fluidodinâmicos especiais, difusão multicomponente ou a estrutura
estocástica de processos moleculares.

Modelagem e simulação estão intrinsecamente ligados a instrumentação


e controle. O projeto de controladores eficazes é significativamente
facilitado pelo entendimento da dinâmica de um determinado processo.Tal
entendimento é dependente da disponibilidade de um modelo de processo,
e os modelos de processos são apresentados formalmente através da
matemática.O modelo matemático é, em princípio, uma coleção de relações

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matemáticas entre variáveis do processo que descrevem o comportamento
de um sistema físico.Diz-se, então, que o primeiro passo na analise e/ou
projeto de um sistema de controle se constitui no desenvolvimento
adequado de um modelo matemático.Torna-se bastante útil se utilizar o
modelo matemático para a investigação de respostas diversas do sistema a
varias condições de entrada, sem se ter de interferir, na prática, no processo
real.Com a existência dos modelos matemáticos, torna-se bastante comum
a classificação dos processos químicos de acordo com a natureza dos
modelos utilizados para sua descrição matemática.Por exemplo, um
processo descrito por equações lineares é classificado como linear, enquanto
o processo não-linear é descrito por equações não - lineares.Um processo de
parâmetros concentrados (que pode ser linear ou não) é aquele em que,
fisicamente, suas variáveis de processo mudam somente no tempo, mas não
na posição espacial.Eles são descritos por equações diferenciais
ordinárias.As variáveis de processo de um processo de parâmetros
distribuídos, por outro lado, têm modificações de valores com a posição
espacial bem como no tempo.O termo 'sistema' se usa para denotar o
processo em si bem como seu modelo.
A modelagem matemática de um objeto real (protótipo) consiste em
se criar seu análogo matemático.Um modelo matemático deveria
representar as propriedades essenciais do objeto original, para um
determinado propósito. Engenheiros químicos já utilizam os princípios de
modelagem matemática na resolução de vários problemas
tecnológicos.Porém, o conceito é utilizado em um sentido mais amplo para
diferentes objetivos:

-projeto (design) de equipamentos químicos e plantas;

-simulação do comportamento de uma unidade, sob diferentes


condições de contorno;

-otimização de condições operacionais no steady-state, estado


estacionário;

-controle dinâmico de uma unidade;

-entendimento mais aprofundado de fenômenos básicos.

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Mas..

2. O Que é Um Modelo Matemático?

A definição de Modelo Matemático é ampla, vários autores têm


diversas opiniões.

"Um modelo matemático é uma representação , em termos matemáticos,


de certos aspectos de um sistema não-matemático.Arte e habilidade da
modelagem matemática são exibidos na construção de modelos, que não
apenas são consistentes, mas que refletem o comportamento de seus
protótipos, servindo a algum propósito externo" (Aris, 1999).

Outras definições:

O termo `modelo` tem sido sujeito ao que vários autores chamam de


uma feliz confusão de opiniões e, deixando ainda ambiguidades quanto a sua
definição . Bunge ( ), reconheceu que existe um 'objeto de
modelo', supostamente um esboço de fenômenos supostos, que devem ser
considerados para um modelo matemático no processo de construção do
modelo.

O modelo como um 'imitator': adota-se a posição Aristotélica de que a


poesia é uma forma de imitação ou mimesis, sendo fácil aceitar a
modelagem matemática como uma atividade poética, pois, em se fazendo
isso, está-se ligado a uma forma de imitar a natureza em termos
matemáticos.Existe o primeiro passo óbvio de representar quantidades

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físicas como variáveis matemáticas ou parâmetros, mas, além disso, precisa-
se incorporar leis físicas e a constituição dos materiais em questão.Isso é
feito considerando-se que os processos de matemática 'imitam' de alguma
forma os processos da natureza e o fazem de certa forma que os liberam de
acidentes de particularidades que estão ligadas a qualquer investigação
experimental. `Do que nós dissemos`, escreve Aristóteles, `será visto que a
função do poeta é descrever, não a coisa que aconteceu, mas um tipo de
coisa que pode acontecer`, i.e., o que é possível como sendo provável ou
necessário`.A distinção que Aristóteles faz entre o poeta e o historiador, a
saber, é que o último `descreve a coisa que foi`, enquanto o primeiro
`descreve o tipo de coisa que pode ser`, pode servir como uma distinção
entre Simulação e Modelagem.No primeiro, há uma tentativa definitiva em
se reproduzir o detalhe da realidade, como vista dos olhos das observações
feitas e a se fazer.O modelo é, na realidade, `algo mais filosófico e de
importância mais Grave, do que a Simulação, `ja que suas considerações são
de natureza universal, não particular.É considerado, então, que o propósito
de um modelo tem de ser considerado em sua formulação.

O simples caso de um movimento planetário, o objeto do modelo deve


consistir de dois pontos mássicos representando o sol a soma e seu
satélite.Se esse exemplo for considerado a partir da teoria da gravidade
Newtoniana, resultará num modelo Newtoniano do movimento
planetário.Por outro lado, se o mesmo problema for tratado sob o ponto de
vista da Teoria da Relatividade de Einstein, surgirá um modelo relativista que
um simples movimento planetário envolve.

Apostol ( ) formalizou as relações de modelagem como: R


[S,P,M,T], a qual explica que o Sujeito, S, toma, com um certo propósito ou
objetivo em mente, P, a entidade, M como um modelo para o protótipo T.
Essa relação é interessante, pois reconhece o papel do modelador, chamado
de `sujeito`, S. Aris ( ) enfatiza que o modelo precisa ser julgado
sob a luz de seu propósito, para o qual ele é construído e também as
habilidades do modelador.O conhecimento pessoal dos elementos
importantes para a construção do modelo é fundamental.O termo
`modelo` é, na realidade, vastamente utilizado pelos filósofos da ciência.De
uma forma geral, o modelo matemático será a estrutura matemática que
relaciona a situação específica de volta a uma teoria mais geral (com seu
modelo físico associado).Sua validade como uma explicação de o que está

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acontecendo em uma dada situação se resume a três questões: a -adequação
de sua representação da situação, b-sua correção interna, c-a aceitação da
teoria geral que é envolvida.

Um modelo matemático se constitui em um conjunto consistente de


equações algébricas, diferenciais ou integrais, descrevendo certos aspectos
do comportamento de um sistema ou subsistema.Os modelos usados em
engenharia química, em sua maioria, são derivados de princípios físico-
químicos e têm base nas equações para conservação de massa, energia e
quantidade de movimento.As equações constitutivas contêm parâmetros
que devem ser conhecidos antes da resolução do modelo.Se esses
parâmetros não forem as propriedades físicas (características para
mecanismos elementares), eles devem ser determinados de experimentos
com o original, por regressão no modelo (parâmetros de regressão). Suas
dependências sobre as variáveis operacionais do sistema são geralmente
correlacionadas por números adimensionais.Considerando-se que os objetos
a serem modelados em engenharia química são frequentemente de natureza
complexa, recomenda-se que se estruture um modelo matemático
hierarquicamente, de um nível molecular a um nível micro ou
macromolecular.Esse formato consecutivo de construção de um modelo
matemático tem como referência a invariância e a autonomia dos
componentes do modelo.Porém, para se chegar a uma forma conveniente
do modelo para propósitos de engenharia, a agregação de informação é
indispensável, na maioria dos casos.A complexidade de um modelo pode ser
medida pela dificuldade de sua resolução.

3 Modelagem de processos químicos. Classificação de


Modelos e Metodologia de Modelagem

12
Classificação de Modelos

Os modelos em engenharia química podem ser classificados da seguinte


forma:

TIPOS SOLUÇÕES

DETERMINÍSTICO Equações algébricas


Equações diferenciais ordinárias
Equações diferenciais parciais
Equações integrais
Equações de diferenças finitas

ESTOCÁSTICO

Se um modelo descreve variáveis dependentes do tempo ou não, ele


é classificado em dinâmico ou estacionário, respectivamente.Se o objeto a
ser modelado e tido como um continuum ou não, o modelo se classificado
como contínuo ou discreto (em estágios) e se ele envolve variações locais em
uma ou duas variáveis espaciais, ele é chamado de unidimensional ou
bidimensional. Ele pode ser descrito como determinístico ou
estocástico.Cada classe de modelos possui sua matemática característica e
compõe diferentes problemas numéricos durante a solução das equações do
modelo.Na era pré-computador, apenas alguns modelos relativamente
simples, estacionários, discretos, determinísticos, unidimensionais eram
mais usados em engenharia química.Apenas para esses modelos soluções
analíticas e gráficas podiam ser encontradas.Exemplos típicos seriam o
modelo para um CSTR, reação irreversível, isotérmico ou uma coluna de
destilação binária ideal, a pressão coinstante.Com os computadores,
modelos mais complexos já são resolvidos. Atualmente, então, a solução
numérica não é o problema central da resolução de um modelo mais
complexo e sim, a habilidade em se identificarem os mecanismos básicos
envolvidos no comportamento do objeto, bem como o custo computacional
que justifique a resolução de um modelo de alta complexidade.

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A ausência de um suporte adequado para o desenvolvimento de
modelos matemáticos para processos restringe a aplicação de técnicas
baseadas em modelos, no projeto e operação de plantas químicas
complexas.Uma solução para isso seria realizar a sistematização do processo
do desenvolvimento do modelo, a modelagem do processo.Devido a
regulações ambientais e de segurança, a demanda crescente da qualidade
dos produtos gerados, mercados competitivos, bem como a melhoria
contínua de processos químicos, assim como o desenvolvimento de novas
tecnologias se tornam um pré-requisito para o sucesso de indústrias de
processos químicos.O tempo curto e as restrições de gastos e custos forçam
essas indústrias a continuamente reduzir seu aparato experimental durante
o desenvolvimento do processo e facilitar, até gerar uma rotina de aplicação
de processos tecnológicos tendo como base modelos, model-based. Porém,
o grande esforço para se estabelecer um modelo matemático detalhado
para um processo químico é bastante grande, motivado pela grande
variedade de unidades de processos químicos e fenômenos físicos, bem
como as exigências crescentes na sofisticação dos modelos. Qual seria a
SOLUÇÃO: sistematização da modelagem e desenvolvimento de
ferramentas de modelagem auxiliadas pelo computador.Na literatura
técnica, tem-se encontrado trabalhos apresentando a estruturação de
modelos, bem como a introdução de objetos de modelagem canônicos.
Objetos de modelagem para a descrição estrutural e fenomenológica de
processos químicos sob a perspectiva da engenharia química são
fundamentais.A representação formal de objetos de modelagem por meio
de um modelo de dados baseado em objeto, VeDa, existe. Essas
perspectivas são sob o ponto de vista orientadas – ao –produto .Outra análise
pode ser a orientada – ao -processo ou à atividade. Esse enfoques levam em
conta o fato de que grande parte do conhecimento na modelagem de
processos químicos se suporta na metodologia e experiência de COMO os
modelos dos processos químicos são estabelecidos. Na realidade, a ênfase
não é na estruturação do modelo, mas na sistematização do processo de
modelagem, em particular, sob o ponto de vista da engenharia química.
Definições de modelagem adequadas permitem que se tenha informação
sobre a seleção de objetos de modelagem ou de ações a serem executadas,
levando a um aumento da qualidade de modelos em termos de correção,
consistência, robustez e apropriado grau de detalhamento.Considerando-se
que a qualidade de um modelo precisa ser produzida, o processo de
modelagem executado durante o desenvolvimento do modelo é responsável

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pela sua qualidade. Adicionalmente, o processo de modelagem possui um
papel importante na redução dos tempos de desenvolvimento de
modelos.O engenheiro que modela (modeller) pode se abster de realizar a
redução dimensional das equaçõeso de balanço, se passos de modelagem
apropriados tiverem sido definidos. Geralmente, 50% do tempo de
desenvolvimento de modelos é gasto na procura de informação existente.
Os tempos de desenvolvimento do modelo podem também ser reduzidos
pelo fornecimento de conhecimento (expertise), dependendo do estado do
modelo.Outra implicação importante é que o desenvolvimento do modelo
seja adequadamente documentado, permitindo a reutilização do mesmo,
bem como o registro das experiências ganhas durante seu desenvolvimento.
Isso inclui traçamento automático dos objetos a serem selecionados,
especificados e agregados.Tal informação pode auxiliar na melhoria do
processo de modelagem-com base-na-experiência-adquirida (experience-
based-learning) que irá melhorar a qualidade do modelo, levando a tempos
de desenvolvimento mais curtos.O processo de modelagem pode ser um
tutorial para os engenheiros de modelagem.

Metodologia de Modelagem

Os passos básicos para a modelagem matemática são:

-entendimento do fenômeno mecanístico/mecanicista e conexões


estruturais no sistema a ser modelado;

-estabelecimento do grau de sofisticação necessário;

-definição das variáveis dependentes e independentes;

-formulação das equações da conservação, preferencialmente na


forma adimensional;

-especificação das restrições (constraints)

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Para a solução do modelo, condições iniciais e de contorno para as
variáveis devem ser especificados, adicionalmente.A principal vantagem de
um modelo matemático está em sua habilidade de predizer o curso de um
evento sem que haja experimentação, o que pode ser mais rápido, seguro e
menos oneroso do que a experimentação com o objeto real (se ele existir). A
qualidade de um modelo deve ser julgada por sua capacidade de previsão.No
entanto, se o conhecimento de um objeto for insuficiente ou limitado, a
modelagem poderá se tornar num processo iterativo.Um melhor
conhecimento sobre o objeto e técnicas mais eficazes e poderosas de lidar
com sistemas matemáticos complexos permitirão a existência de melhores
modelos.
Considerando-se que a metodologia para o estabelecimento de
processo químicos não está sistematizada na literatura técnica, Marquardt (
) sugere a seguinte abordagem abaixo:

~O processo de modelagem pode ser interpretado como uma trajetória em


um espaço tridimensional caracterizado pelas coordenadas de
especificação, representação e concordância, em analogia com a
representação dos requisitos para um processo em engenharia dentro da
engenharia de software.

Figura 1.0 Marquardt , 1996.

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A dimensão especificação se relaciona com o entendimento do modelo
e com os conceitos utilizados para a modelagem de processo químicos em
diferentes níveis de granularidade.Uma especificação grosseira se concentra
no nível da planta e descreve, p.e., diferentes seções de uma planta. Mais
detalhes são adicionados no nível de unidade do processo. Escalas de
especificação macroscópica e microscópica podem ser distinguidas até que
todos os fenômenos físico-químicos ocorrendo no processo químico sejam
finalmente especificados a nível de detalhes.

A dimensão representação lida com diferentes formalismos utilizados


para representar o conhecimento do sistema.Nos primeiros estágios da
modelagem de processos químicos, apenas representações informais e
naturais de linguagem são utilizadas. Em seguida, flowsheets semi-formais e
outros desenhos esquemáticos são adicionados. Linguagens formais
(modelos de dados conceituais) deveriam ser empregados para representar
a especificação do processo químico explicitamente e completamente.
Finalmente, o modelo é representado pelas equações matemáticas.

A dimensão concordância captura o grau de concordância alcançado


entre diferentes experts ( modeladores, experts para algumas operações
unitárias, pessoal da operação etc..) envolvidos no projeto de
modelagem.Argumentos em um certo contexto são empregados e
apresentam a posição de algum membro da equipe, que forma a base para a
detecção de conflito subsequente, bem como sua resolução.

O processo de modelagem pode ser visualizado como uma trajetória


através desse espaço de problema. Se o modelo é desenvolvido sem o uso
de elementos de modelos existentes, essa trajetória pode se iniciar no canto
inferior esquerdo do cubo (estado inicial), como um conhecimento grosseiro
do processo químico a ser modelado, uma representação informal e visões
pessoais dos modeladores envolvidos.Essa trajetória termina próximo ao
canto direito superior do cubo (estado do objetivo) com uma especificação
completa do modelo para o processo químico, o qual é representado por um
conjunto de equações matemáticas, e um conjunto de argumentos em
concordância, explicando o porquê de o modelo ser da maneira que é. Sob o
ponto de vista da inteligência artificial, a qual descreve a solução de um
problema como um movimento no state-space, espaço de estados, o passo

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desde o ponto inicial até o objetivo de estado final poderá ser planejado, se
todas as atividades forem adequadamente compreendidas. Porém, para a
modelagem de processos isso não é verdadeiro.

PASSOS DE MODELAGEM

Com a finalidade de reduzir a complexidade, torna-se razoável fazer a


decomposição do processo de modelagem nos chamados passos de
modelagem. Tais passos podem ser definidos como atividades de
recuperação de informações, decisões, ações etc.. Isso leva à modificação do
estado do modelo.Os passos de modelagem podem ser compostos, se eles
podem ser decompostos em passos de modelagem mais refinados
(subpassos), ou elementares, se eles não podem ser decompostos. Ambos os
passos de modelos elementares e compostos deveriam ser independentes
de um problema de modelagem especifico.Uma vez tendo sido definidos
para um projeto de modelagem específico e generalizados
subsequentemente, os passos de modelagem podem ser reutilizados em
projetos seguintes apenas como objetos de modelagem.Existem alguns
atributos que podem caracterizar os passos de modelagem:

-nome- cada passo de modelagem deveria ter um nome inequívoco, sem


ambiguidades

-objetivo- tal atributo localiza o objetivo final, a direção para onde o passo de
modelagem é direcionado. Então, o propósito de um passo de modelagem
consiste em se alcançar esse objetivo.Dois passos de modelagem que
diferirem somente no atributo de objetivo devem levar a resultados
diferentes.

-pré- e pós-condições- precondições determinam que subconjunto de todos


os passos de modelagem podem ser executados em um certo ponto da
trajetória da figura 1, cubo.Essas condições checam, p.e., se todos os objetos
de modelagem necessários para um passo de modelagem existem e se esses
objetos de modelagem são corretamente definidos. EX-o passo de

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modelagem, pe, defina a cinética da reação requer que a espécie química que
reage tenha sido definida.As pós-condições checam se o resultado do passo
de modelagem corresponde ao desejado, ou seja, se o objetivo do passo de
modelagem foi alcançado.As pré-condições são reforçadas durante o
processo de modelagem.Como uma consequência, apenas aquelas pré-
condições deveriam ser definidas como absolutamente necessárias por
razões de consistência e correção para não restringir a criatividade do
modelador.

-Schedule- Como as pré e pós-condições, um schedule captura o


conhecimento de passos de modelagem sequenciais. Porém, enquanto as
pré e pós-condições restringem o número de possíveis sequências de sub-
passos, o schedule guia os modeladores pela proposição de uma sequência de
passos de modelagem.Em consequência, o schedule define em processos
bem conhecidos, um plano no sentido de planejamento para se alcançar o
objetivo de um passo composto.Esse plano não é reforçado, tal que os
desvios do passo de solução sugerido são possíveis.Trocando-se a
consistência do schedule com as pre-condições dos passos de modelagem
compostos alternativos podem ser estratégias alternativas de captura pré-
definida, planos.Adicionalmente, ao se propor uma estratégia, este atributo
serve para traçar a estratégia escolhida por um modelador durante a atuação
do passo de modelagem composto.

-objetos de modelagem- os objetos de modelagem como as quantidades de


processos ou as equações de modelos são uma parte importante da
descrição dos estados no espaço do problema envolvido pelas três
dimensões da modelagem do processo.Como um passo de modelagem vai
de um estado (input state) para outro (output state), existe uma relação
próxima entre passos de modelagem e objetos de modelagem, a qual pode
ser subdividida em objetos de modelagem de entrada e de saída.Para se
assegurar que há um movimento dentro da direção do estado-objetivo
durante a execução do processo de modelagem, ou seja, mais e mais
informação sobre o modelo é especificada, os objetos de modelagem de
saída (output) deveriam ser especializações dos objetos de
entrada.Obviamente, dois passos de modelagem diferentes podem ter o
mesmo estado de entrada, se um passo se dividir em duas alternativas, ou,
para o mesmo estado de saída, se dois passos se unirem.

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-status- dependendo das pré e pós-condições, bem como do schedule, o
status de um passo de modelagem pode se modificar.

-ações- este atributo descreve tudo que precisa ser feito para se alcançar o
objetivo de um passo elementar de modelagem.De acordo com o grau de
formalidade deste atributo, diferentes tipos de passos de modelagem
podem ser distinguidos. Exs. -passos de modelagem automáticos, como a
manipulação simbólica de equações de modelos, a qual pode ser executada
em uma forma algorítmica, ou passos de modelagem manuais, como se
escrever uma equação de um novo modelo, exigindo pelo menos
parcialmente o conhecimento do modelador.

-Subpassos- a introdução de passos de modelagem compostos, que por


definição se tornam decompostos em passos mais refinados, subsets, leva a
uma hierarquia de passos de modelagem.Considerando-se que cada passo
de modelagem esta relacionado com um objetivo, esta hierarquia de passos
de modelagem age em paralelo com uma hierarquia de objetivos.

-decisões- durante a execução de passos de modelagem elementares e


compostos, varias decisões devem ser realizadas, tal que o apoio à tomada
de decisões e traçamento das mesmas inclui seus " raciocínio" como um
importante pré-requisito para o suporte do processo de modelagem e sua
melhora baseada em conhecimento.Existem na teoria de decisão dois
modelos, o MADM (multiple attribute decision making) e o IBIS (issue-based
information system model).O MADM descreve uma decisão por 4 (quatro)
componentes.O primeiro componente descreve um conjunto de
alternativas, das quais uma só deve ser selecionada.O segundo componente
consiste num conjunto de critérios, contra os quais as alternativas devem ser
resolvidas.O terceiro se constitui num conjunto de ratings, performances, de
cada alternativa em relação a cada critério.O quarto corresponde a um
conjunto de funções de valor, as quais descrevem, com base nos ratings, as
preferências das pessoas envolvidas na decisão.O estabelecimento de
funções de valor é muito difícil e consome bastante tempo.O modelo IBIS foi
desenvolvido na teoria de projetos. De acordo com esse modelo de decisão,
cada alternativa, posição, para se resolver um problema de decisão, é
resolvida com base na argumentação, argumentos, a qual é particularmente
importante para tomada de decisões em grupo.

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Figura 2.0 Refinamento hierárquico de uma equação de balanço.

AGREGAÇÃO DE PASSOS DE MODELAGEM - Antes de se direcionar a um


novo problema de modelagem, um novo processo de modelagem a ser
realizado durante o desenvolvimento do modelo tem que ser agregado dos
passos de modelagem ou, pelo menos um processo de modelagem existente
deve ser adaptado.A agregação de passos de modelagem corresponde à
definição de uma completa hierarquia de passos de modelagem compostos
ou elementares, tais que o passo composto no topo dessa hierarquia
corresponda ao processo de modelagem completo.Tal agregação inclui a
proposição de uma estratégia que será seguida durante o desenvolvimento
do modelo pela definição de schedulings para a elaboração dos passos da
modelagem. Duas estratégias alternativas gerais de desenvolvimento de
modelo são as aproximações de cima-para-baixo (top-down) e as de-baixo-
para-cima (bottom-up) .Exemplo- as top-down começam com a equação do
balanço de massa e vão refinando o problema a outros níveis. A bottom-up
iria iniciar, p.e., pela especificação do coeficiente de transferência de massa
para o mesmo problema. Normalmente se utiliza uma mistura entre essas
duas aproximações.

---Especificações em um primeiro passo, o engenheiro que modela deve


escrever as exigências do modelo a ser construído, pe -objetivo do modelo,
grau desejado de detalhamento ou considerações maiores.Essa etapa
deveria poder acontecer durante todo o processo de modelagem,
considerando-se que só com o desenvolvimento da modelagem, outras
características do problema são descobertas.

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---Definição da estrutura do modelo- Tal estrutura é modelada por duas
classes distintas de objetos de modelagem estrutural, os devices e as
conexões, os quais são distinguidos de acordo com a funcionalidade a eles
relacionada durante o processo de modelagem.O papel do device e a
transformação de suas variáveis de estado internas de acordo com fontes
conhecidas e fluxos atuando no device, a partir do meio.Uma conexão
estabelece os fluxos para os devices vizinhos de acordo com as forças
potenciais determinadas pelos estados nos devices vizinhos.Em contraste ao
device, uma conexão jamais armazena qualquer quantidade extensiva.
Devices e conexões são compostos, se eles formam agregados de devices e
conexões e elementares, se não, são decompostos em um certo contexto da
modelagem.
---Definição do comportamento-depois de estabelecer a estrutura do
modelo, o comportamento dos objetos de modelagem deve ser descrito.Se
uma estratégia top-down é aplicada, inicia-se pelas equações de balanço e,
em seguida se refinam seus termos (termo fonte, termos de troca etc) e
depois se escrevem as relações constitutivas. A pré-condição do passo
`especificar as equações de balanço` é que um objeto de modelagem
estrutural correspondente existe e é completamente definido; ou seja, todos
os atributos que o caracterizam os especificados.A pós-condição deve checar
se as equações de balanço são corretas.A decisão sobre a dependência
espacial das equações de balanço é importante para se incluírem as
condições iniciais e de contorno. Um esquema de classificação de passos de
modelagem é visto na Figura 3.

Figura 3.0 Um esquema de classificação de passos de modelagem.

22
Figura 4.0

Figura 5

23
O PROCESSO DA MODELAGEM MATEMÁTICA - levando-se em conta uma
revisão breve e informal do processo de modelagem, toma-se em conta que
deve existir algum encontro entre o modelador com o fenômeno.Ele será
mediado pelo ponto de vista do sujeito, S.Nesse ponto, isso pode ser
bastante geral, quando, p.e., uma pessoa se aproxima de um novo
fenômeno como algo a ser explicado dentro da ciência natural, opondo-se a
explicá-lo como um ato mágico.Nada mais do que a presunção de que a
uniformidade da natureza estar envolvida nesse caso.Considere-se, porém,
que o modelador reflete sobre o fenômeno e concebe um objetivo propósito
para o mesmo.Isto pode envolver uma aplicação e exigir a construção de um
modelo que seria de valor em predizer seu comportamento futuro.Ou, o
propósito pode ser simplesmente entender os possíveis mecanismos para o
fenômeno e associá-los a outras regiões conhecidas do conhecimento
científico.Tendo decidido seu objetivo, o sujeito retorna ao fenômeno com
um ponto de vista teórico mais explícito.Esse ponto de vista seria a
`teoria`.Na verdade, o sujeito deve aproximar o fenômeno do ponto de vista
da teoria da gravitação Newtoniana.Isso não implica em modificações
subsequentes em algumas outras bases teóricas; se a teoria Newtoniana
falha para apresentar um modelo adequado, o sujeito pode retornar e
aproximar o modelo sob o ponto de vista relativista.Nesse ponto, existe
algum encontro para o estado teórico onde o modelo irá evoluir.Isso
corresponderia ao `modelo teórico`de Bunge.O modelo surge quando
algumas considerações particulares são feitas a respeito do fenômeno e
métodos de descrição apropriados, correspondendo ao ' objeto do modelo`,
na terminologia de Bunge.

FORMULACAO DE MODELOS DE PROCESSOS

.O princípio geral de conservação

-O que permanece acumulado dentro das fronteiras de um sistema e a


diferença entre o que foi adicionado ao sistema e o que foi retirado, mais o
que foi gerado por produção interna.

Acúmulo=Entrada - Saída + Produção Interna.

24
Em termos de taxas, tem-se:

Taxa de acúmulo de uma quantidade q=Taxa de Entrada de q-Taxa de


Saída de q + Taxa de Produção de q.

(ou: a taxa de acúmulo de uma quantidade conservada q dentro das


fronteiras de um sistema e a diferença entre a taxa na qual esta quantidade é
adicionada ao sistema e a taxa na qual ela é retirada mais a taxa de produção
interna).

-Conservação de massa, momentum e energia

- Independente da grande variedade de sistemas de processos químicos, as


quantidades fundamentais que são conservadas são ou massa ou
momentum ou energia, ou combinações entre elas.Na realidade, a aplicação
do princípio de conservação especificamente para massa, momentum ou
energia oferece informações importantes quanto ao modelo matemático a
ser obtido.Os balanços podem ser efetuados sobre todo o sistema (balanços
macroscópicos), ou podem ser aplicados a porções do sistema de tamanhos
diferenciais, dando balanços diferenciais ou microscópicos.

...Balanço de massa - pode ser com respeito a massa dos componentes


individuais em uma mistura, balanço por componentes, ou com respeito ao
balanço global.A forma geral da equação seria:

Taxa de acúmulo de massa = taxa de entrada de massa + taxa de geração de


massa - taxa de saída de massa - taxa de depleção de massa.

Se existirem n componentes em uma mistura, então, n balanços de massa


por componentes desta forma darão lugar a n equações, uma para cada
componente.Se se formula um balanço de massa total, global, deve-se

25
lembrar que somente n das n+1 equações são independentes.O balanço de
massa total não terá quaisquer termos de geração ou consumo, eles serão
sempre zero.A razão é que embora a massa de um componente dentro do
sistema possa mudar, em função de reações químicas, a massa total dentro
do sistema será constante.O que desaparecer em um componente aparecerá
em outro, já que a matéria não pode nunca ser totalmente criada ou
totalmente destruáda em sistemas de processos químicos que operam sob
condições não relativistas.

...Balanço de energia - Para a conservação da energia, tem-se o seguinte


balanco:

taxa de acúmulo de energia =taxa de entrada de energia + taxa de geração


de energia - taxa de saída de energia - taxa de perda de energia via trabalho
realizado nas vizinhanças.

A equação acima é um equivalente da primeira lei da Termodinâmica.

-Equações/relações constitutivas
O próximo passo na formulação da descrição matemática de um sistema de
processo envolve a introdução de expressões explícitas para as taxas que
aparecem em suas equações de balanços.Muito usuamente, essas
expressões estão relacionadas com leis físicas e químicas, bem como os
mecanismos que se operam durante o processo.As mais extensivamente
utilizadas são:
. equações de propriedades da matéria- definições s básicas de massa,
momentum, e energia, em termos de propriedades físicas como: densidade,
capacidades caloríficas especificas, temperaturas etc..

.equações de transporte -Lei de Newton da viscosidade (para transporte de


momentum), Lei da condução de calor de Fourier (pra transferência de
calor), Lei da difusão de Fick (para transporte de massa).

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.Expressões de taxas de cinéticas químicas - Expressão de Arrhenius da
dependência da temperatura com as constantes cineticas.

-Relações termodinâmicas- equações de estado, de gás ideal, de van der


Waals .

-Tipos de Modelos e algumas aplicações

-Modelos em termos de variáveis desvio - steady-state.

-Modelos no domínio da transformada-análise dinâmica linear, envolvendo


funções de entrada bem conhecidas, projeto de sistema de controle.

-Modelos de resposta frequencial- modelos não-paramétricos e lineares,


para processos de estrutura matemática arbitrária, projeto de controle de
sistema.

-Modelos de resposta inversa - sistemas dinâmicos.

-Modelos de resposta impulso -análise dinâmica linear envolvendo funções


de entrada arbitrárias, análise dinâmica e projeto de controlador para
processos com estruturas de modelos não usuais.

-Modelos state-space ou espaço-de-estados. Em tempo contínuo e em


tempo discreto - simulações em tempo real do comportamento do sistema,
análise dinâmica não-linear.
-Modelos em tempo contínuo - para processos em tempo contínuo, os seja,
aqueles cujas variáveis não são amostradas em pontos discretos do tempo,
os modelos de equação diferencial que relacionam a variável de estado com
as variáveis de entrada e saída se referem aos modelos state-space ou
espaço de estados. A origem do termo state-space data da época do início da
teoria moderna de controle, onde as ideias da variável de estado foram
primeiramente entendidas.De acordo com o conceito original, o estado do
processo em qualquer tempo e considerado como pertencendo a um espaço
abstrato, n-dimensional, chamado de space state, espaço de estado, daí o
termo.

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Tipos

-linear, parâmetros concentrados, processo de entrada e saída únicos.


-linear, parâmetros concentrados, processo multivariável.
-não-linear, sistemas de parâmetros concentrados.
-sistemas de parâmetros distribuídos.
-em tempo discreto-quando as variáveis estão em pontos discretos no
tempo, os modelos state-space tomam a forma de equações de diferença.
Exemplos-
-linear, discreto, processos de entrada e saída única.
-linear, discreto, processos multivariáveis.
-não-lineares, processos discretos.

Considerando-se que as equações de modelos determinísticos são


formuladas com o tempo como a variável independente, os modelos space-
state são a forma mais útil de obtenção do comportamento em tempo real
de sistemas de processo.As formulações em tempo discreto são
especialmente adequadas para simulações computacionais do
comportamento dinâmico, bem como para a análise de sistemas não-
lineares.Outro importante uso dos modelos state-space está na
representação de processos nos quais alguns estados não são medidos.

4 Exercícios

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