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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU

BIOMEDICINA

Celciane Oliveira da Silva

RESENHA CRÍTICA COMPARATIVA

São Luís/MA
2019
Celciane Oliveira da Silva

RESENHA CRÍTICA COMPARATIVA

Resenha apresentada para a disciplina


Micologia e Virologia, no curso de
Biomedicina, da Faculdade Maurício de
Nassau.

Prof. Maria Cristiane

São Luís/MA
2019
RESENHA CRÍTICA COMPARATIVA

Bibliografia:
MENDES, Célia Regina. Estudo comparativo de técnicas parasitológicas: Kato-
Katz e coprotest, 2005.
ARAÚJO, Ana Julia U. Santos. - Coprotest® quantitativo: quantificação de ovos
de helmintos em amostras fecais utilizando-se sistema de diagnóstico
commercial, 2002.

Os artigos em análise tratam do método Coprotest. No primeiro artigo foi


desenvolvido um estudo comparativo para avaliar a concordância entre os
métodos Kato-Katz e coprotest na detecção de helmintos em 332 indivíduos do
município de Pedro de Toledo. Já no segundo a técnica coproparasitológica de
concentração em formol acetato de etila foi empregada para a quantificação de
ovos de helminto. O método quantitativo proposto foi padronizado utilizando-se
o sistema comercial Coprotest.

Tanto Mendes, quanto Araújo procuram, através de estudos, mostrar o


método de Coprotest quantitativo como uma aplicação viável, fornecendo
resultados comparáveis a outros métodos quantitativos já descritos na
literatura. Ambos têm como proposta padronizar uma metodologia de
quantificação de ovos de helmintos, através do sistema Coprotest, como
alternativa viável para aplicação em áreas de baixa endemicidade para a
esquistossomose e helmintoses intestinais, que permitisse também o
diagnóstico de espécies parasitárias não-detectadas pela técnica de Kato-Katz,
que são regulamente empregada em estudos populacionais.

No artigo de Célia Mendes foi desenvolvido um estudo comparativo para


avaliar a concordância entre os métodos Kato-Katz e coprotest na detecção de
helmintos em 332 indivíduos do município de Pedro de Toledo. Nesse estudo
comparativo foi destacado uma diferença significativa para Trichuris trichiura,
16,2% no Kato-Katz e 7,5% no coprotest. Diante dessa diferença foram
comparadas amostras positivas e negativas do método de coprotest com
número de ovos por grama de fezes obtido pelo método de Kato-Katz.
No artigo de Ana Araújo foi desenvolvido um estudo para a comparação
do Coprotest quantitativo com outros métodos de quantificação de ovos. Para
isso foi preparada em laboratório uma série de amostras fecais, com carga
decrescente de ovos de A. lumbricoides, Trichuris trichiura e Schistosoma
mansoni.

Os métodos utilizados por Célia Mendes foram a experimental,


estatística, e comparativos, a partir das técnicas de Kato-Katz e de coprotest.
Já Ana Araújo, se utiliza dos métodos experimental e comparativos, com as
técnicas do estudo em laboratório, observação de amostras, além da
comparação do coprotest quantitativo com outros métodos de quantificação.

Um importante dado estatístico trazido por Célia Mendes foi da diferença


na taxa de infecção por T. trichiura em relação as mesmas técnicas (KatoKatz
16,6% e coprotest 7,5%). Como no artigo de Ana Araújo o coprotest foi inferior
ao Kato-Katz para detecção de T. trichiura, não é aconselhável usá-lo como
único método de concentração em uma rotina laboratorial, quando as cargas
parasitárias são baixas.

No artigo de Ana Araújo, os resultados obtidos através do método de


Kato-Katz para A. lumbricoides, mostraram maior número de ovos em relação
às demais metodologias quantitativas empregadas. Nas amostras produzidas
em laboratório, demonstrouse boa concordância entre o Coprotest quantitativo
e os outros métodos de quantificação, quando se compararam os resultados
obtidos para ovos de A. lumbricoides com coeficientes de correlação próximos
ao máximo.

Sendo assim, nos estudos de Ana Araújo, o método de Coprotest


quantitativo mostrou ser de aplicação viável, fornecendo resultados
comparáveis aos de outros métodos quantitativos. A possibilidade de se
diagnosticar infecções por espécies parasitárias não-passíveis de serem
detectadas através do Kato-Katz, como cistos e oocistos de protozoários, além
de larvas de helmintos, faz do Coprotest quantitativo um método importante
que merece ser mais bem avaliado e aperfeiçoado para aplicação em estudo
populacional.

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