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A Sociologia do Conservadorismo de Karl Mannheim

Objetivo: O que é o conservadorismo? Como a sociologia trata da questão do


conservadorismo? A despeito da atualidade dessas questões, há muito que
elas são objeto da sociologia. Um dos primeiros autores a se debruçar sobre
elas foi o sociólogo húngaro Karl Mannheim. Neste curso, discutiremos a
contribuição de Mannheim sobre a questão do conservadorismo, apresentando
sua obra mais completa sobre o assunto - ainda não traduzida para o
português -, e buscando mostrar como esse clássico pode ajudar a iluminar as
questões acima, que continuam presentes. O objetivo do curso é mostrar a
relevância da contribuição de Mannheim para a sociologia do pensamento
conservador, e fornecer aos alunos ferramentas analíticas para melhor
compreender problemas e conceitos do mundo político e social.

Programa
Todos os textos a serem discutidos terão acesso facilitado e virtual. Para fins
de organização do material do curso, os textos também serão disponibilizados
via Google Drive, assim como as indicações de material complementar
utilizados em aulas.

Aula 1 – 21 de julho
Na primeira aula, vamos contextualizar o debate em dois níveis. Primeiro,
referindo autor e obra ao contexto de discussão em que ela foi escrita.
Segundo, mostrando como o problema do conservadorismo se inscreve no
interstício entre a sociologia do conhecimento e a sociologia política.

Aula 2 – 23 de julho
Nesta aula, vamos apresentar o primeiro capítulo do livro “Konservatismus” de
Karl Mannheim. A discussão se concentrará nos aspectos teórico-
metodológicos de seu trabalho.
Aula 3 – 28 de julho
Na terceira aula, vamos apresentar o segundo capítulo de “Konservatismus”: o
conceito de conservadorismo, sua natureza, história, morfologia e a relação
com o conceito de liberdade.

Aula 4 – 30 de julho
Dedicaremos a última aula a aplicar algumas das ideias desenvolvidas por
Mannheim para pensar formas contemporâneas do pensamento conservador;
O conservadorismo segundo os conservadores. Algumas ideias de Scruton,
Oakshott e Nisbet.

Referências bibliográficas:

MANNHEIM, Karl (1986). “O pensamento conservador”. In: MARTINS, José de


S. (Org.). Introdução critica à sociologia rural. São Paulo: Hucitec, 1986. cap 3,
p.77-131.

Bibliografia de apoio

ESCORSIM NETTO, Leila. (2013) “O conservadorismo como objeto da


sociologia do conhecimento (K. Mannheim)”. In: O conservadorismo clássico:
elementos de caracterização e crítica. São Paulo: Cortez.

GARCÍA, José M. G. (1993), “Reflexiones sobre «El Pensamiento


Conservador» de Karl Mannheim”. In: Revista española de investigaciones
sociológicas, n. 62, p. 61-81.

FRISBY, David P. (1992). The alienated mind: the sociology of knowledge in


Germany. Routledge: Londres.

LEPENIES, Wolf (1996). “O espírito alemão em perigo: E. R. Curtius, Karl


Mannheim e T. S. Elliot”. In: As três culturas. São Paulo: Edusp, pp. 309-328.

LONGHURST, Brian (1989). Karl Mannheim and the Contemporary Sociology


of Knowledge. London: MacMillan Press.
MANNHEIM, Karl (1984). Korservatismus – Ein Beitrag zur Soziologie des
Wissens (orgs. KETTLER, David; MEJA, Volker; STEHR, Nico). Frankfurt am
Main: Surkhamp Taschebuch Wissenschaft. [Em inglês: (1986), Conservatism –
A contribution to the sociology of Knowledge (orgs. KETTLER, David; MEJA,
Volker; STEHR, Nico). Londres, Nova York: Routledge & Kegan Paul.]

MANNHEIM, Karl (1998). Ideology and Utopia (Routledge Classics in


Sociology). Routledge. [Em português: (1968). Ideologia e Utopia. Rio de
Janeiro: Zahar.]

MANNHEIM, Karl (1927). “Das konservative Denken: soziologische Beiträge


zum Werden des politisch-historischen Denkens in Deutschland”. In: Archiv für
Sozialwissenschaft und Sozialpolitik, v. 57, pp. 68-142 (p. I) e 470-495 (p. II).
[Em inglês: (1954) “Conservative thought”. In: Essays on Sociology and Social
Psychology. Londres, Nova York: Routledge & Kegan Paul, pp. 74-164. Em
francês: (2009) "La pensée conservatrice." Éditions de la revue Conférence.]

MEJA, Volker, STEHR, Nico (orgs.) (2006). Der Streit um die


Wissenssoziologie. Frankfurt am Main: Surkhamp Taschenbuch Wissenschaft.

NELSON, Rodney D. (1992). “The Sociology of Styles of Thought”. In: The


British Journal of Sociology, vol. 43, no. 1, pp. 25-54.

NISBET, Robert (1952). Conservatism and sociology. American Journal of


Sociology, 58(2), 167-175. [Em Português: (1986) "As idéias-unidades da
Sociologia; Conservadorismo e Sociologia." In: MARTINS, José de S. (org.).
Introdução Crítica à Sociologia Rural (2ª edição). Universidade de São Paulo &
Hucitec.

NISBET, Robert (1986). Conservatism: dream and reality. Transaction


publishers. [Em Português: O conservadorismo. (1987) Tradução M. F.
Gonçalves de Azevedo. Lisboa: Editorial Estampa (Col. Temas de Ciências
Sociais)].

OAKESHOTT, Michael. (1991). On being conservative. Rationalism in politics


and other essays, 407-437. [Em Português: Conservadorismo. (2016) Tradução
de André Bezamat. Belo Horizonte: Editora yiné.
ROUVILLOIS, Frederic., DARD, Olivier., & BOUTIN, Christophe. (2017). Le
dictionnaire du conservatisme. Les éditions du Cerf.

RINGER, Fritz (2010). “A sociologia da cultura e do conhecimento”. In: O


declínio dos mandarins alemães. São Paulo: Edusp, pp. 384-397.

SCRUTON, Roger. (1980). The meaning of conservatism. Harmondsworth:


Penguin Books. [Em Português: O que é conservadorismo? (2015). São Paulo.
Ed É Realizações. Capítulos I e II, pp. 45-95.]

VILLAS BOAS, Glaucia (2006). A recepção da sociologia alemã no Brasil. Rio


de Janeiro: Topbooks.

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