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O discurso filosófico
da modernidade
Doze lições
Tradução
LUIZ SÉRGIO REPA
RODNEI NASCIMENTO
Martins Fontes
São Paulo 2000
Esta obra foi publicada originalmente em aiemào com o título
DER PHILOSOPHISCHE DISKURS DER MODERN £, por Suhrkamp VeNag.
Copyright © Suhrkamp Veríag, Frankfurt am Main, 1985.
Copyright © Livraria Martins Fontes Editora Ltda..
São Paulo. 2600, para a presente edição.
I1 edição
junho de 2000
Tradução
LUIZ SÉRGIO REPA
RODNEI NASCIMENTO
Revisão da tradução
Karina Jannini
Marlene Hohhausen
Preparação do original
Andréa Stahel M. da Silva
Revisão gráfica
Márcia da Cruz Nóbau Leme
Ana Maria de O, M. Barbosa
Produção gráfica
Geraldo Alves
Paginação/Fotolitos
Studio 3 Desenvolvimento Editorial (6957-7653)
00-22S6 CDD-193
Prefácio................................................................................. 1
II
19. “Etn poucas palavras, para que toda modernidade seja digna de tor
nar-se antiguidade, é necessário que dela se extraia a beleza misteriosa que a
vida humana involuntariamente lhe confere.” (Baudelajre, Ges. Schriften,
vol. IV, p. 288; trad., p. 26.)
20. Baudelaire, Ges. Schriften, vol. IV, p. 271; trad., p. 10.
21. Baudelaire. Ges. Schriften, vol. IV, p. 325; trad., p. 70.
16 JÜRGEN HABERMAS
24. Benjamin, W. “Über den Begriff der Geschichte”. ín: Ges. Schriften,
vol. I, 2, p. 701. Trad., “Sobre o conceito da história”. In: Obras escolhidas.
São Paulo, Brasiliense, vol. I, p. 230.
25. Ibid., p. 704; trad., p. 232.
18 JÜRGEN HABERMAS
Excurso sobre
as teses de filosofia da história de Benjamin
III
32. H., vol. VII, p. 439, mais documentação no art. “Modeme Welt" (O
mundo moderno), Obras, vol. de índices, pp. 417 ss.
33. H, vol. XX, p. 329.
34. H-, vol. VII, p. 311.
26 JÜRGEN HABERMAS
41. Ibid.
42. H., vol. VII, p. 204.
43. H„ vol. XIII, p. 95.
44. H., vol. XIII, p. 94.
28 JÜRGEN HABERMAS
IV
II
19. Sem considerar a filosofia real de Jena em que uma teoria da inter-
subjetividade esboçada nos escritos de juventude deixou seus vestígios. Cf.
Habermas, J. “Arbeit und Interaktion” (Trabalho e interação). In; Technik und
fVissenschaft ais “Ideologic " (Técnica e ciência como “ideologia"}. Frankfurt
am Main, 1968, pp. 9 ss.
46 JÜRGEN HABERMAS
III
21. H., vol. I, p. 236. Trad, brasileira: “O mais antigo programa sistemá
tico do idealismo alemão”. In: Schelling, F. W. J. Obras escolhidas. São
Paulo, Nova Cultural (Os Pensadores, vol. 14), 1991, p. 41.
22. “Assim, esclarecidos e não-esclarecidos precisarão, enfim, dar-se as
mãos; a mitologia terá de tomar-se filosófica e o povo, racional e a filosofia
terá de tomar-se mitológica para tomar sensíveis os filósofos.” H., vol. I, p.
236. Trad. bras. p. 41.
23. Cf. o excurso a este capitulo.
24. Henrich, 1971, pp. 61 ss.
25. H., vol. II, p. 23.
48 JÜRGEN HABERMAS
IV
48. "Quando aos pobres o evangelho não é mais pregado, quando o sal
se toma insípido e todas as principais festas são abolidas cm silêncio, então o
povo, para cuja razão, que sempre será escassa e concisa, a verdade só pode
estar na representação, já nao sabe mais lidar com o impulso de seu interior"
(H, vol. XVII,p. 343).
60 JÜRGEN HABERMAS
absoluto, essa razão assume, por fim, uma forma tão avas
saladora que não apenas resolve o problema inicial de uma
autocertificação da modernidade, mas o resolve demasiado
bem: z questão sobre a autocompreensão genuína da mo
dernidade submerge sob a gargalhada irônica da razão. Já
que a razão ocupa agora o lugar do destino e sabe que todo
acontecimento de significado essencial já está decidido.
Dessa maneira a filosofia de Hegel satisfaz a necessidade
da modernidade de autofundamentação apenas sob o preço
de urna desvalorização da atualidade e de um embotamento da
crítica. Por fim, a filosofia tira o peso de seu presente, des-
trói o interesse por ele e lhe nega a vocação para a renovação
autocrítica. Os problemas da época perdem a categoria de
provocações, porque a filosofia, que está à altura do tempo,
priva-os de seu significado.
Em 1802, Hegel inaugurara o Jornal critico de filoso
fia com um artigo introdutório intitulado “Sobre a essência
da critica filosófica”. Distingue nele dois tipos de crítica. Um
que se exerce contra as falsas positividades da época; ela se
compreende como uma maiêutica da vida oprimida que re
pele as formas empedernidas: “Se a crítica não pode admi
tir a obra e o ato como a forma da idéia, mesmo assim não
ignorará sua aspiração; o interesse propriamente científico
(!) consiste em esfolar a casca que ainda impede à aspiração
interior se manifestar.”50 É fácil reconhecer aqui a crítica
que o jovem Hegel praticou contra os poderes positivos da
religião e do Estado. Hegel dirige outro tipo de crítica con
tra o idealismo subjetivo de Kant e Fichte, Em relação a
esse idealismo, pode-se considerar “que a idéia da filosofia
se tomou conhecida de modo muito mais claro, mas que a
subjetividade, na medida em que se toma necessário salvar
Sl./èM
O DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 63
II
III
7. Marx, K. & Engels, F. Werke, vol. IV. Berlim, 1959, p. 465. Citadas
no que se segue como M/E.
8. M/E, vol. I, p. 379.
0 DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 87
16. Cf. Taylor, Ch. Hegel. Cambridge, 1975, cap. I, pp. 3 ss.
17. Cf. minha critica aos fundamentos da filosofia da práxis. In: Ha;
BERMAS, J. Vorstudien und Ergãnzungen zur Theorie des kommunikativen Hatvt
JelrK (Estudos prévios e complementos para a teoria da ação comunicativa),
Frankfurt am Main, 1984, pp. 482 ss. 5
0 DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 93
IV
II
15. Frank, M. Der kommende Coll. Vorlesungen Uber die tieue Mytholo-
gie (O deus porvinãouro. Lições sobre a nova mitologia). Frankfurt am Main,
1982, pp. 180 ss.
16. Schelling, IFerke (Obras), M. Schrõter, vol. II, p. 629.
17. Schlegel, F. Kritische Ausgabe (Edição crítica), vol. II, p. 312.
18. H., vol. I,p. 235-
130 JÜRGEN HABERMAS
25. Sobre esta expressão cf. Lange, W. “Tod ist bei Gõttem immer ein
Vorteil” (A morte nos deuses é sempre uma vantagem). In: Bohrer, 1983, p. 127.
26. Frank, 1982, pp. 12 ss.
0 DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 133
III
29. Jacob Taubes observa a esse respeito que Schelling, considerando esse
limiar, distinguiu de modo acentuado entre consciência histórica e arcaica, en
tre a filosofia da mitologia e a filosofia da revelação: “O programa do último
Schelling não se denomina, portanto, Ser e tempo, mas Ser e tempos. Tempo
mitico e tempo da revelação são qualitativamente distintos” (Taubes, J. “Zur
Konjuntur des Polytheismus” (Conjuntura do politeísmo). In: Bohrer, 1983,
p. 463).
0 DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 135
33. Sócrates, que cai no erro de considerar que o pensamento pode chegar
até os mais profundos abismos do ser, é estilizado por Nietzsche como antípo-
da teórico do artista: “Pois se o artista, a cada revelação da verdade, sempre fica
preso, com olhar extasiado, àquilo que tnesrno agora, após a revelação, perma
nece sendo o invólucro, o homem teórico se deleita e se satisfaz com o invó
lucro lançado fora" (N., vol. 1, p. 88). Com igual energia Nietzsche se bate
com a explicação moral do estético que se estende de Aristóteles a Schiller:
“Para a explicação do mito trágico, a primeira exigência é justamente procurar
o prazer que lhe é peculiar na esfera estética pura, sem qualquer intrusão no
terreno da compaixão, do medo, do moralmente sublime. Como é que o feio e
o desarmõnico - o conteúdo do mito trágico - podem suscitar um prazer esté
tico?" (N., vol. I, p. 152. Trad., p. 141).
0 DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 137
35. N., vol. I, pp. 17 ss.; vol. V, p. 168; vol. XII, p, 140.
36. Habermas, J. “Zu Nietzsches Erkenntsiistheorie” (A teoria do co
nhecimento de Nietzsche). In: Zur Logik der Sozialwissenshaften (Para a lógi
ca das ciências sociais). Frankfurt am Main, 1982, pp. 505 ss.
O DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 139
IV
II
III
16. Sobre isso chama atenção. G. Deleuze, Nietzsche und die Philoso
phic (Nietzsche e a filosofia). Munique, 1976, pp. 38 ss.
17. N., vol. V, p. 402. Trad.: Genealogia da moral, p. 174.
176 JÜRGEN HABERMAS
18. N., vol. V, p. 158. Trad., Além do bem e do mal, prelúdio a uma filo
sofia do futuro. São Paulo, Companhia das Letras, 1993, p. 129.
19. N., vol. V, p. 15. Trad,, id., p. 9.
0 DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 177
IV
II
III
26. Heidegger, Sein und Zeit (Ser e tempo). Tübingen, 1949, pp, 47-8,
204 JÜRGEN HABERMAS
IV
29. Aliás, isso se mostra também na forma das proposições com a ajuda
das quais Tugendhat se propõe uma reconstrução semântica do conteúdo da
segunda seção de Ser e tempo. Cf. Tugendhat, E. Selbstbewusstsein und
Selbstbestímmung (Consciência de si e autodeterminação). Frankfurt am Main,
1979, lições 8-10.
214 JÜRGEN HABERMAS
10. Derrida, J., Die Schrift und die Differenz. Frankfurt am Main, 1972,
pp. 21-2. Trad., A escritura e a diferença. São Paulo, Perspectiva, 1971, p. 23.
O DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 233
11. Derrida, J., “Signatur, Ereignis, Kontext”. In: id., 1976, pp. 124 ss.,
particularmente pp. 133 e 141. Trad., “Assinatura, acontecimento e contexto”.
In: Margens da filosofia, pp. 401 ss., em especial pp. 401 e 41S.
12. Derrida, J., 1974, p. 120. Trad., Gramatologia, p. 84.
13. Derrida, J., 1974, p. 37. Trad., Gramatologia, p. 24.
0 DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 235
II
14. Derrida, J., Die Stimme und das Phãnomen. Frankfurt am Main,
1979 (Trad.: A voz e o fenômeno, Rio de Janeiro, Zahar, 1994). Cf. também o
ensaio complementário: “La forme et le vouloir-dire. Note sur la phénoméno-
logie du langage” (A forma e o querer-dizer. Nota sobre a fenomenologia da
linguagem). In: Revue Internationale de philosophic, n° 81, 1967. Esse ensaio
foi incluído na edição inglesa: Speech and Phenomenon, Evanston, 1973. (Uma
segunda versão consta em Margens da filosofia. N. dos T.)
15. Husserl, E. Logische Untersuchungen (Investigações lógicas), vol.
11. Tubingen, 1913-80, pp. 23 ss.
236 JÜRGEN HABERMAS
18. Aliás, a partir daí, pode-se ver que também o semanticismo esclare
cido pela análise da linguagem ainda está prisioneiro dos pressupostos da filo
sofia da consciência.
19. Husserl, E., 1913, p. 33.
20. Husserl, E., 1913, p. 33.
O DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 239
III
IV
42. Derrida, J., 1974, p. 169; trad., Gramatologia, p. 118. Cf. também
a entrevista com Julia Kristeva. In: Derrida, J. Positions. Chicago, 1981, pp.
35-6.
43. Derrida diz sobre a différance'. “Não comanda nada, não reina sobre
nada e não exerce em parte alguma qualquer autoridade. Não se anuncia por
nenhuma maiúscula. Não somente não há qualquer reino da différance como
esta fomenta a subversão de todo e qualquer reino.” (Derrida, 1976, p. 29; trad.
Margens, p. 58.)
256 JÜRGEN HABERMAS
J
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45. Scholem, G. Z.ur Kabbala und ihrer Symbolik (A cabala e sua sim-
bologia'), Frankfurt am Main, 1973, pp. 47-8.
258 JÜRGEN HABERMAS
II
48. Isso vale sobretudo para os críticos de Yale, Paul de Man, Geoffrey
Hartmann, Hillis Miller e Harold Bloom. Cf. Arac, J., Godzich, W. & Mar-
O DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 269
55. Searle, J. Speech Acts (ed. port., Os actos de fala, Coimbra, Altnedina,
1981). Cambridge, 1969; id., Expression and Meaning (ed. bras., Expressão e
significado. São Paulo, Martins Fontes, 1995). Cambridge, 1979.
56. Culler, I, 1983,-pp. 121-2.
O DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 277
texto aduzidas criem ou não uma ordem que altere a força ilo-
cucionária dos enunciados.”57
Searle reagiu a essa dificuldade com a restrição de que
o significado literal de uma proposição não fixa por com
pleto as condições de validade do ato de fala no qual a pro
posição é empregada, mas está ordenado por um comple
mento tácito mediante um sistema de hipóteses de fundo
quanto à normalidade das condições gerais do mundo. Essas
certezas pré-reflexivas de fundo são de natureza holística;
não podem ser esgotadas por uma quantidade finita e nume
rável de especificações. Os significados das proposições,
ainda que muito bem analisados, só têm valor relativo a um
saber de fundo compartilhado e constitutivo do mundo da
vida de uma comunidade lingüística. No entanto, Searle es
clarece que, de modo algum é introduzido com esse relacio-
nismo o relativismo semântico pretendido por Derrida, En
quanto os jogos de linguagem funcionarem e a pré-com
preensão constitutiva do mundo da vida não desmoronar, os
participantes contam, e evidentemente com razão, com as
condições do mundo pressupostas como “normais” em sua
comunidade lingüística. E para o caso em que algumas des
sas convicções de fundo se tomem problemáticas, partem
ademais do princípio de que poderíam alcançar um acordo
racionalmente motivado. Ambas são suposições fortes, isto
é, suposições idealizadoras; mas essas idealizações não são
atos arbitrários logocêntricos, que o teórico impõe a contextos
não domesticáveis a fim de aparentemente dominá-los, mas
pressuposições que os próprios participantes têm de fazer,
caso a ação comunicativa deva ser possível de modo geral.
c) O papel das suposições idealizadoras pode tomar-se
claro também tomando-se por base outras conseqüências da
III
IV
J
O DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 293
de status, tão pouco totalitária, que contra ela não pode ser convocada uma crí
tica totalizante da razão. Cf. a esse respeito Habermas, J. “Die Philosophic ais
Platzhalter und Interprete”. In: Moralbewusstsein und kommunikatives Han-
deln. Frankfurt am Main, 1983, pp. 7 ss. Trad. “A filosofia como guardador de
lugar e intérprete”. In: Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro,
Tempo Brasileiro, pp. 17 ss.
CAPÍTULO VIII
ENTRE EROTISMO E ECONOMIA
GERAL: BATAILLE
II
i
■i
O DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 311
III
26. Bataille, 1975, p. 164. Trad., A parte maldita, ed. cit., p. 160.
27. Bataille, 1978, p. 57.
316 JÜRGEN HABERMAS
IV
II
loucos estavam alojados e que assim o homem de razão estava protegido deles.
Agora, revela que o louco (selecionado) está liberado e que, nessa liberdade
que o coloca no mesmo nível das leis da natureza, se reajusta ao homem de ra
zão ... Embora nas instituições nada tenha sido realmente mudado, o sentido
da exclusão e da internação começa a se alterar. Assume lentamente valores po
sitivos, e o espaço neutro, vazio e noturno, no qual se restituía outrora a des-
razão ao seu nada, começa a se povoar com uma natureza (medicamente domi
nada), à qual a loucura, liberada, é obrigada a se submeter (como patologia)”
(Foucault, 1969, p. 343; trad., História da loucura, pp. 335-6. Os adendos entre
parêntesis são meus).
344 JÜRGEN HABERMAS
10. “Na periferia, uma construção em forma de anel; no centro, uma tor
re; esta é vazada por janelas largas que se abrem para a face interior do anel;
a construção periférica é divida em células, das quais cada uma atravessa toda
a espessura da construção; elas têm duas janelas, uma para o interior, corres
pondendo às janelas da torre, a outra para o exterior, permitindo à luz atraves
sar a célula de ponta a ponta. Basta, então, colocar um vigia na torre e em cada
célula um louco, um doente, um condenado, um operário ou um estudante. Pelo
efeito da contraluz pode-se perceber da torre, exatamente recortadas sobre a
luz, as pequenas silhuetas cativas nas células da periferia. Cada jaula é um
pequeno teatro em que o ator está só, perfeitamente individualizado e constan
temente visível” (Foucault, M. Überwachen und Strafen. Frankfurt am Main,
1978, pp. 256-7. Trad., Vigiar e punir. O nascimento da prisão. Petrópolis, Vo
zes, 1987, p. 177). Das funções do antigo cárcere - encerrar, privar de luz e
ocultar - só restou a primeira: a restrição da liberdade de movimento é neces
sária para satisfazer as condições, de certo modo experimentais, da instalação
do olhar reificante: “O panóptico é uma máquina de dissociar o par ver-ser-
visto: no anel periférico, alguém é totalmente visto, sem nunca ver; na torre
central alguém vê tudo, sem ser jamais visto” (ibid., p. 259. Trad., p. 178).
O DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 345
J
O DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 347
12. Foucault, M., Die Ordnung der Disburse, Munique, 1974, pp. Well.
(Citado 1974 b.) Trad. A ordem do discurso. São Paulo, Loyola, 1996, pp. 13-4.
13. Ibid., pp. 14 e 15. Trad., pp. 19-20.
348 JÜRGEN HABERMAS
III
I 15. Foucault, M. “F. Nietzsche, die Genealogie, die Historie". In: Fou
cault, 1974, p. 89. Trad., “Nietzsche, a genealogia e a história”, in Microfisica
16. Foucault, M., 1973, pp. 14-5. Trad. A arqueologia do saber. Pe-
trópolis/Lisboa, Vozes/Centro do Livro Brasileiro, 1972, p. 14.
352 JÜRGEN HABERMAS
21. Cf. a autocrítica in: Foucault, 1973, p. 29: “De maneira geral a His
tória da loucura atribuía uma parcela demasiado importante, e de resto bem
enigmática, àquilo que nela se encontra designado como uma ‘experiência’,
mostrando, nessa ocasião, o quanto se estava próximo de admitir um sujeito anô
nimo e geral da história." Trad., À arqueologia do saber, p. 25.
O DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 355
IV
34. Foucault, M., 1971, p. 403; trad., /is palavras e as coisas, p. 350.
O DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 371
4. Dreyfus, Rabinow, 1982, p. 84; cf. também Honneth, A., 1985, pp.
133 ss.
O DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 377
II
III
20. Foucault, M., 1978, p. 191. Trad., “Não ao sexo rei”, in Microfi-
sica do poder, ed. cit., p. 238.
396 JÜRGEN HABERMAS
IV
4. Cf. Habermas, J., 1973, pp. 411 ss.; H. Dahmer, Libido und Ge
sellschaft (Libido e sociedade). Frankfurt am Main, 1982, pp. 8 ss.
O DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 419
II
III
IV
26. Cf. o ensaio que intitula o livro. In: Habermas, 1983, particularmen-
te pp. 152 Ss. Trad., Consciência moral e agir comunicativo, ed. cit., pp. 164 ss.
466 JÜRGEN HABERMAS
II
III
IV
/_______
20. Como alguém habituado a ser vítima de tais operações, sei natural
mente que não se faz justiça à riqueza de uma teoria, quando se a aborda rigo
rosamente sob um único aspecto - porém é somente sob esse aspecto que eia
nos interessa no presente contexto.
0 DISCURSO FILOSÓFICO DA MODERNIDADE 513
II
51,187-225,227-30,233-4,
Jacobi, F. H. 35, 45
242, 249,253-5, 258, 260-4,
Jaeggi, U. 115
294-5, 298, 300-4, 333-4,
Jakobson, R. 270, 280, 283-4
349, 356-9, 366, 370, 373,
Jamme, Chr. 46
412-3, 428-31, 436, 441,
Jaspers, K. 231
443-4,455,459, 461-2, 468,
Jauss, H. R. 2, 14, 50
470
Joas, H. 182
Heinrich, K. 156, 450-1
Jonas 450-1
Held, D. 448
Jung, C. G. 429
Heller, A. Ill, 113-5
Jünger, E. 190
Henrich, D. 37, 47, 49, 57-8,
368,490-1
Kant, 24, 28-30, 32, 35-6, 38,
Herder, J. G. 91, 247 42, 48, 61,65,69,74, 112,
Hess, M. 74, 83 177, 202-3,215,341,358-9,
Hesse, M. 448 365-6, 368, 370, 373, 397,
Hinrichs, H, F. W. 98-9 404,412,420-2,425-6,429,
Hobbes, T. 153, 360, 362 432, 447,491,511-3,519
Hplderlin, F. 33, 46-9, 132-4, Kautsky, K. 83
336, 370, 422 Kierkegaard, S. 75, 77, 206,
Holthusen, H. E. 7 212, 221
Honegger, C. 352, 408 Kittler, F. A. 182, 358
538 JÜRGEN HABERMAS