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LEANDRO VELLOSO
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RESUMO DE DIREITO
ADMINISTRATIVO
VOLUME I
TEMAS ESSENCIAIS
PETROBRÁS S/A
ADVOGADO
2012
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1) ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1) Princípios da administração pública. Administração centralizada e
descentralizada. Serviço público. Empresas estatais. Sociedades de economia
mista. 6.6. Fundações públicas. Autarquias. Entidades autárquicas. Princípios do
Direito Administrativo: legalidade, supremacia do interesse público, presunção
de legitimidade, autoexecutoriedade, especialidade, autotutela, impessoalidade,
moralidade,publicidade, eficiência, hierarquia, indisponibilidade do interesse
público, isonomia, razoabilidade.
I - A ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
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Entidades Estatais: são pessoas jurídicas de Direito Público que integram a estrutura
constitucional do Estado e têm poderes políticos a administrativos, tais como a
União, os Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal;
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A atuação dos órgãos é imputada à pessoa jurídica que eles integram, mas nenhum
órgão a representa juridicamente; a representação legal da entidade é atribuição de
determinados agentes, tais como Procuradores judiciais e administrativos e, em
alguns casos, o próprio Chefe do Executivo (CPC, art, 12, I,II e VI).
II - A ATIVIDADE ADMINISTRATIVA
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2) ATOS ADMINISTRATIVOS
1. ATOS DA ADMINISTRAÇÃO
A expressão “ato da Administração” tem sentido mais amplo do que a expressão
“ato administrativo”.
Como atos da Administração podemos citar:
1. os atos regidos pelo direito privado - são os que a Administração pratica
se nivelando ao particular, abrindo mão de sua supremacia de poder;
2. os atos materiais (Hely Meirelles e Cretella Júnior os chamam de “fatos
administrativos”) - todas as realizações materiais da Administração, em cumprimento
a alguma decisão administrativa. O ato material ou fato administrativo é sempre
conseqüência do ato administrativo que o determina.
3. os atos políticos, que estão sujeitos ao regime jurídico-constitucional, são
os praticados com margem de discrição e diretamente em obediência à Constituição,
no exercício de função puramente política;
4. os atos administrativos propriamente ditos.
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5. CLASSIFICAÇÃO
A diversidade é a característica entre os administrativistas. Consideraremos a
classificação de Hely Meirelles, não em sua totalidade, mas apenas nos seus aspectos
mais requeridos.
1. Quanto aos destinatários:
Atos Gerais - também chamados de atos regulamentares. “São aqueles
expedidos sem destinatários determinados, com finalidade normativa, alcançando
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todos os sujeitos que se encontrem na mesma situação de fato abrangida por seus
preceitos.”
Atos Individuais - também chamados de atos especiais. “São todos
aqueles que se dirigem a destinatários certos, criando-lhes situação jurídica
particular.”
2. Quanto ao alcance:
Atos Internos - “são os destinados a produzir efeitos no recesso das
repartições administrativas, e por isso mesmo incidem, normalmente, sobre os órgãos
e agentes da Administração que os expediram.”
Atos Externos - também chamados, mais propriamente, de atos de
efeitos externos. “São todos aqueles que alcançam os administrados, os contratantes
e, em certos casos, os próprios servidores, provendo sobre seus direitos, obrigações,
negócios, ou conduta perante a Administração.”
3. Quanto ao objeto:
Atos de Império - também chamados de atos de autoridade. “São todos
aqueles que a Administração pratica usando de sua supremacia sobre o administrado
ou servidor e lhes impõe obrigatório atendimento.”
Atos de Gestão - “são os que a Administração pratica sem usar de sua
supremacia sobre os destinatários. Tal ocorre nos atos puramente de administração
dos bens e serviços públicos e nos negociais com os particulares, que não exigem
coerção sobre os administrados.”
Atos de Expediente - “são todos aqueles que se destinam a dar
andamento aos processos e papéis que tramitam pelas repartições públicas,
preparando-os para a decisão de mérito a ser proferida pela autoridade competente.”
Esta classificação é fortemente criticada por vários administrativistas.
4. Quanto ao regramento:
Atos Vinculados - também chamados de atos regrados. “São aqueles
para os quais a lei estabelece os requisitos e condições de sua realização.” Impõe-se à
Administração o dever de motivá-los, no sentido de evidenciar a conformação de sua
prática com as exigências e requisitos legais que constituem pressupostos necessários
de sua existência e validade. É a lição de Hely Meirelles.
Atos Discricionários - “são os que a Administração pode praticar com
liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua conveniência, de
sua oportunidade e do modo de sua realização.” Ato discricionário não se confunde
com ato arbitrário: o primeiro é praticado dentro dos limites da lei; o segundo, é ação
contrária ou excedente da lei.
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6. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
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8. VINCULAÇÃO E DISCRICIONARIEDADE
A atuação da Administração Pública no exercício da função administrativa é
vinculada ou discricionária. É vinculada quando a lei estabelece a única solução
possível diante de determinada situação de fato; ela fixa todos os requisitos, cuja
existência a Administração Pública deve limitar-se a constatar, sem qualquer margem
de apreciação subjetiva. É discricionária quando a Administração, diante do caso
concreto, tem a possibilidade de apreciá-lo segundo critérios de oportunidade e
conveniência e escolher uma dentre duas ou mais soluções, todas válidas para o
direito. Discricionariedade, averba Celso Antônio, é “a margem de liberdade
conferida pela lei ao administrador a fim de que este cumpra o dever de integrar com
sua vontade ou juízo a norma jurídica, diante do caso concreto, segundo critérios
próprios, a fim de dar satisfação aos objetivos consagrados no sistema legal.” Na
mesma linha, preleciona Carlos Ari Sundfeld: traduz-se na “faculdade de o agente
escolher o momento, o motivo, o conteúdo do ato que vai praticar, em vista de
padrões de conveniência e oportunidade por ele mesmo estabelecidos e não sujeitos
ao controle judicial.”
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1. Quanto à abrangência:
1.1 Ab-rogação (total)
1.2 Derrogação (parcial)
2. Quanto à manifestação da Administração Pública:
2.1 Expressa;
2.2 Tácita.
Objeto
Retirar, total ou parcialmente, ato válido do ordenamento jurídico.
A revogação é um ato secundário, porque pressupõe um ato primário que
anteriormente dispôs sobre a mesma questão colhida pelo ato revogador. De
conseguinte, a revogação não incide sobre fatos; incide sobre atos ou relações por
eles constituídas.
Motivo
Inconveniência ou inoportunidade do ato revogado. Inadequação ao interesse
público.
Efeitos
“Ex nunc”. A revogação suprime um ato ou seus efeitos, mas respeita os efeitos
que já transcorreram.
Competência para Revogar
Administração (agente que praticou o ato ou autoridade superior). É
competência discricionária.
Vale lembrar que a competência da Administração para revogar (e também
anular) seus atos é expressão do princípio da autotutela, consagrado na Súmula 473
do S.T.F:
“A administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada em todos os casos, a apreciação judicial.”
Fundamento
Inesgotabilidade da competência. Disponibilidade atual sobre o objeto, por
envolver competência não exaurida.
Irrevogabilidade
Se a regra é a revogabilidade, a irrevogabilidade é a exceção.
Para Gasparini, são irrevogáveis:
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5) SERVIÇOS PÚBLICOS
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Gerais: são prestados sem ter usuários determinados, para atender à coletividade no
seu todo, como os de polícia, iluminação pública; são indivisíveis; devem ser
mantidos por imposto; a suspensão do fornecimento é ilegal.
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Serviço Centralizado: é o que o Poder Público presta por seus próprios órgãos em
seu nome e sob sua exclusiva responsabilidade.
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I - Autarquias
São entes administrativos autônomos, criados por lei específica, com personalidade
jurídica de Direito Público interno, patrimônio próprio e atribuições estatais
específicas; estão sujeitas ao controle da entidade estatal a que pertencem; não age
por delegação, age por direito próprio e com autoridade pública, na medida do que
lhe foi outorgado; devem executar serviços próprios do Estado, em condições
idênticas, com os mesmos privilégios e passíveis dos mesmos controles dos atos
administrativos.
Os Contratos estão sujeitos a licitação, sob pena de nulidade. O pessoal está sujeito
ao regime jurídico único da entidade-matriz.
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II - Fundações Públicas
Serviços concedidos são todos aqueles que o particular executa em seu nome, por sua
conta e risco, remunerados por tarifa, na forma regulamentar. mediante delegação
contratual ou legal do Poder Público concedente.
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Serviços Autorizados: são aqueles que o Poder Público, por ato unilateral, precário e
discricionário, consente na sua execução por particular para atender a interesses
coletivos instáveis ou emergência transitória; a renumeração é tarifada pela
Administração.
6) AGENTES PÚBLICOS
As entidades estatais são livres para organizar seu pessoal para o melhor atendimento
dos serviços a seu cargo, devendo ser observada 3 regras fundamentais, que não
podem postergar: a que exige que a organização se faça por lei; a que prevê a
competência exclusiva da entidade; e a que impõe a observância das normas
constitucionais pertinente ao funcionalismo.
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menor renumeração, mas nunca pagar-lhes mais, de modo a criar uma injusta
disparidade, já que o teto salarial máximo são os pagos pelo Executivo, para os
funcionários com funções iguais ou assemelhadas do Legislativo e do Judiciário.
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São todos integrantes das Forças Armadas, das Polícias Militares e dos Corpos de
Bombeiros ( CF, art. 42); tem por base a hierarquia e a disciplina.
7) BENS PÚBLICOS
Classificação dos Bens Públicos: todos são bens nacionais, integram o patrimônio
da Nação, na sua unidade estatal, mas, embora politicamente componham o acervo
nacional, civil e administrativamente pertencem a cada uma das entidades públicas
que os adquiriram.
Bens de uso comum do povo ou do domínio público: são os mares, praias, rios,
estradas, ruas, enfim, todos os locais abertos à utilização pública.
Bens de uso especial ou do patrimônio administrativo: são os que se destinam
especialmente à execução dos serviços públicos, Ex. edifícios de repartições públicas,
etc.
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Utilização dos bens públicos: se destinam ao uso comum do povo ou a uso especial,
o Estado interfere como poder administrador, disciplinando e policiando a conduta do
públicos e dos usuários especiais;
Uso Comum do Povo: é todo aquele que se reconhece à coletividade em geral sobre
os bens públicos, sem discriminação de usuários ou ordem especial para sua fruição;
não exige qualquer qualificação ou consentimento especial; os usuários são
anônimos, indeterminados, e os bens utilizados o são por todos os membros da
coletividade.
Uso Especial: é todo aquele que, por um título individual, a Administração atribui a
determinada pessoa para fruir de um bem público com exclusividade, nas condições
convencionadas. As formas administrativas para o uso especial são:
a) Autorização de uso: é o ato unilateral, discricionário e precário pelo qual a
Administração consente na prática de determinada atividade individual
incidente sobre um bem público.
b) Permissão de uso: é o ato negocial, unilateral, discricionário e precário através
do qual é facultado ao particular a utilização individual de determinado bem
público.
c) Cessão de uso: é a transferência gratuita da posse de um bem público de uma
entidade ou órgão para outro, a fim de que o cessionário o utilize nas
condições estabelecidas no respectivo termo, por tempo certo ou
indeterminado.
d) Concessão de uso: é o contrato administrativo pelo qual é atribuída a
utilização exclusiva de um bem de seu domínio a particular, para que o explore
segundo sua destinação específica.
e) Concessão de direito real de uso: é o contrato pelo qual é transferido o uso
renumerado ou gratuito de terreno público a particular, como direito real
resolúvel, para que dele se utilize em fins específicos de urbanização,
industrialização, edificação, cultivo ou qualquer outra exploração de interesse
social.
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I - Terras Públicas
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Terrenos de Marinha: são todos que, banhados pelas águas do mar ou dos rios
navegáveis, em sua foz, vão até a distância de 33 metros para a parte da terra,
contados desde o ponto em que chega o preamar médio.
Terrenos Acrescidos: são todos aqueles que se formam com a terra carreada pela
caudal.
Terrenos Reservados: são as faixas de terras particulares, marginais dos rios, lagos,
e canais públicos, na largura de 15 metros, oneradas com a servidão de trânsito; a
faixa reservada é feita para obras e serviços públicos, não à utilização de particulares.
II - Águas Públicas
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sua vinculação a fatos memoráveis da História pátria, ou por seu excepcional valor
artístico, arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou ambiental. Tombamento é a
declaração pelo Poder Público do valor histórico, artístico, paisagístico, turístico,
cultural ou científico de coisas ou locais que, por essa razão, devam ser preservados,
de acordo com a inscrição em livro próprio; A abertura do processo de tombamento
assegura a preservação do bem até a decisão final, a ser proferida dentro de 60 dias;
em princípio não obriga a indenização, salvo as condições e, contrário.
Ação Civil Pública para proteção ambiental: A lei 7347/85 legitima precipuamente
o MP para propô-la como, também , as entidades que indica (art. 5º) e estabelecendo
regras específicas para o ajuizamento e julgamento.
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I - Intervenção na Propriedade
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9) CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO
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I - Controle Administrativo
Meios de Controle
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Princípios:
a) Legalidade objetiva: exige que o processo administrativo seja instaurado com
base e para a preservação da lei; baseia-se numa norma legal específica;
b) Oficialidade: atribui a movimentação do processo à Administração, ainda que
provocado por particular, uma vez iniciado; o Poder Público o impulsiona até a
decisão final;
c) Informalismo: dispensa ritos sacramentais e formas rígidas, principalmente
para os atos a cargo do particular; bastam as formalidades necessárias à
obtenção da certeza jurídica;
d) Verdade material: autoriza a Administração a valer-se de qualquer prova de
que a autoridade processante ou julgadora tenha conhecimento, desde que a
faça trasladar para o processo;
e) Garantia de defesa: entende-se não só a observância do rito adequado como a
cientificação do processo ao interessado, a oportunidade para contestar a
acusação, produzir prova de seu direito, acompanhar os atos de instrução e
utilizar-se dos recursos cabíveis.
Modalidades:
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II - Controle Legislativo
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- atos políticos: são os que, praticados por agentes do Governo, no uso de sua
competência constitucional, se fundam na ampla liberdade de apreciação da
conveniência ou oportunidade de sua realização, sem se aterem a critérios jurídicos
preestabelecidos; seu discricionarismo é a conseqüência das restrições para o controle
judicial.
- atos legislativos: a lei, propriamente dita, não ficam sujeitos a anulação judicial
pelos meios processuais comuns, e sim pela via especial da Ação direta de
Inconstitucionalidade, tanto para a lei em tese como para os demais atos normativos.
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- ação civil pública: ampara os direitos difusos e coletivos, não se presta para
direitos individuais, nem se destina à reparação de prejuízos; (Lei 7347/85; CF art.
129, III)
- mandado de injunção: ampara quem se considerar prejudicado pela falta de norma
regulamentadora que torne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes a direitos e liberdades constitucionais e à
nacionalidade, à soberania e à cidadania. (CF, art. 5º. LXXI)
IV - A Administração em Juízo
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Execução do Julgado: por quantia certa, seus bens não se sujeitam a penhora nem a
arresto, mas pode haver seqüestro da importância devida se não for atendida a
requisição do Judiciário competente na ordem dos precatórios expedidos. (CF, art.
100; CPC, arts. 730 e 731)
Execução Fiscal: regida pela Lei 6830/80, agilizou o processo, mas com vantagens
para a Fazenda Pública, desigualando as partes.
Obs: deve ser visto mais profundamente.
I - A Administração Federal
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As atividades auxiliares, serão organizadas sob a forma de sistema, por ato do Poder
Executivo, desde que, a seu critério, necessitem de coordenação central; os serviços
que a integram, ficam sujeitos a orientação normativa, a supervisão técnica e a
fiscalização do respectivo órgão central.
IX - Administração Municipal
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Presidência da República
Subchefia para Assuntos Jurídicos
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ANEXO
REGULAMENTO DO PROCEDIMENTO LICITATóRIO SIMPLIFICADO
DA PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRÁS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
1.1 Este Regulamento, editado nos termos da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997,
e do art. 173, § 1º, da Constituição, com a redação dada pela Emenda nº 19, de
4 de junho de 1998, disciplina o procedimento licitatório a ser realizado pela
PETROBRÁS, para contratação de obras, serviços, compras e alienações.
1.2 A licitação destina-se a selecionar a proposta mais vantajosa para a realização
da obra, serviço ou fornecimento pretendido pela PETROBRÁS e será
processada e julgada com observância dos princípios da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da igualdade, bem como da
vinculação ao instrumento convocatório, da economicidade, do julgamento
objetivo e dos que lhes são correlatos.
1.3 Nenhuma obra ou serviço será licitado sem a aprovação do projeto básico
respectivo, com a definição das características, referências e demais elementos
necessários ao perfeito entendimento, pelos interessados, dos trabalhos a
realizar, nem contratado, sem a provisão dos recursos financeiros suficientes
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a) A CONCORRÊNCIA
b) A TOMADA DE PREÇOS
c) O CONVITE
d) O CONCURSO
e) O LEILÃO
3.1. CONCORRÊNCIA - é a modalidade de licitação em que será admitida a
1 participação de qualquer interessado que reuna as condições exigidas no edital.
3.1. TOMADA DE PREÇOS - é a modalidade de licitação entre pessoas, físicas ou
2 jurídicas previamente cadastradas e classificadas na PETROBRÁS, no ramo
pertinente ao objeto.
3.1. CONVITE - é a modalidade de licitação entre pessoas físicas ou jurídicas, do
3 ramo pertinente ao objeto, em número mínimo de três, inscritas ou não no
registro cadastral de licitantes da PETROBRÁS.
3.1. CONCURSO - é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados, para
4 escolha de trabalho técnico ou artístico, mediante a instituição de prêmios aos
vencedores.
3.1. LEILÃO - é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados, para a
5 alienação de bens do ativo permanente da PETROBRÁS, a quem oferecer maior
lance, igual ou superior ao da avaliação.
3.2 De acordo com a complexibilidade e especialização da obra, serviço ou
fornecimento a ser contratado, as licitações poderão ser dos seguintes tipos:
a) DE MELHOR PREÇO - quando não haja fatores especiais de ordem técnica
que devam ser ponderados e o critério de julgamento indicar que a melhor
proposta será a que implicar o menor dispêndio para a PETROBRÁS, ou o maior
pagamento, no caso de alienação, observada a ponderação dos fatores indicados
no ato de convocação, conforme subitem 6.10;
b) DE TÉCNICA E PREÇO - que será utilizada sempre que fatores especiais de
ordem técnica, tais como segurança, operatividade e qualidade da obra, serviço
ou fornecimento, devam guardar relação com os preços ofertados;
c) DE MELHOR TÉCNICA - que será utilizada para contratação de obras,
serviços ou fornecimentos em que a qualidade técnica seja preponderante sobre
o preço.
3.2. O tipo da licitação será indicado pela unidade requisitante interessada e constará,
1 sempre, do edital ou carta-convite.
3.2. Nos casos de utilização de licitação de Técnica e Preço e de Melhor Técnica, a
2 unidade administrativa interessada indicará os requisitos de técnica a serem
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à eventual contratação;
f) compromisso de que o consórcio não terá sua composição ou constituição
alteradas ou, sob qualquer forma, modificadas, sem prévia e expressa anuência,
escrita, da PETROBRÁS, até a conclusão integral dos trabalhos que vierem a
ser contratados;
g) compromissos e obrigações de cada um dos consorciados, individualmente,
em relação ao objeto de licitação.
4.10. A capacidade técnica e financeira do consórcio, para atender às exigências da
2 licitação, será definida pelo somatório da capacidade de seus componentes.
4.10. Nos consórcios integrados por empresas nacionais e estrangeiras serão
3 obedecidas as diretrizes estabelecidas pelos órgãos governamentais
competentes, cabendo, sempre, a brasileiros a representação legal do consórcio.
4.10. Não se aplicará a proibição constante da letra " f " do subitem 4.10.1 quando as
4 empresas consorciadas decidirem fundir-se em uma só, que as suceda para
todos os efeitos legais.
4.10. Aplicar-se-ão aos consórcios, no que cabíveis, as disposições deste
5 Regulamento, inclusive no tocante ao cadastramento e habilitação de licitantes.
4.10. O Certificado do Registro do Consórcio será expedido com a finalidade
6 exclusiva de permitir a participação na licitação indicada no pedido de
inscrição.
4.10. O edital de licitação poderá fixar a quantidade máxima de firmas por
7 consórcios e estabelecerá prazo para que o compromisso de consorciação seja
substituído pelo contrato de constituição definitiva do consórcio, na forma do
disposto no art. 279 da Lei nº 6.404 de 15/12/76, sob pena de cancelamento da
eventual adjudicação.
4.11 A PETROBRÁS poderá promover a pré-qualificação de empresas para
verificação prévia da habilitação jurídica, capacidade técnica, qualificação
econômico-financeira e regularidade fiscal, com vista à participação dessas
empresas em certames futuros e específicos.
4.11. O edital de chamamento indicará, além da(s) obra(s), serviço(s) ou
1 fomecimento(s) a ser(em) contratado(s), os requisitos para a pré-qualificação e
o seu prazo de validade.
4.11. Uma vez pré-qualificadas, a convocação das empresas interessadas será feita de
2 forma simplificada, mediante carta-convite.
4.12 O Certificado fornecido aos cadastrados substituirá os documentos exigidos
para as licitações processadas dentro do seu prazo de validade, ficando, porém,
assegurado à PETROBRÁS o direito de estabelecer novas exigências, bem
como comprovação da capacidade operativa atual da empresa, compatível com
o objeto a ser contratado.
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CAPÍTULO V
PROCESSAMENTO DA LICITAÇÃO
5.1 As licitações da PETROBRÁS serão processadas por Comissões Permanentes
ou Especiais, designadas pela Diretoria ou, mediante delegação desta, pelo
titular da unidade administrativa interessada.
5.1. O procedimento da licitação será iniciado com o ato do titular da unidade
1 administrativa interessada, que deverá indicar o objeto a ser licitado, prazo para
a execução da obra, serviço ou fornecimento desejado, bem como os recursos
orçamentários aprovados ou previstos nos programas plurianuais
correspondentes.
5.1. Quando for o caso, o pedido de licitação deverá vir acompanhado do ato de
2 designação da Comissão Especial que a processará.
5.2 O pedido de licitação deverá conter, dentre outros, os seguintes elementos:
I - NO CASO DE OBRA OU SERVIÇO:
a) descrição das características básicas e das especificações dos trabalhos a
serem contratados;
b) indicação do prazo máximo previsto para a conclusão dos trabalhos;
c) indicação do custo estimado para a execução, cujo orçamento deverá ser
anexado ao pedido;
d) indicação da fonte de recursos para a contratação;
e) requisitos de capital, qualificação técnica e capacitação econômico-financeira
a serem satisfeitos pelas firmas interessadas na participação;
f) local e unidade administrativa onde poderão ser obtidos, pelos interessados,
elementos e esclarecimentos complementares sobre a obra ou serviço, bem como
o preço de aquisição das especificações técnicas, plantas e demais elementos da
licitação.
II - NO CASO DE COMPRA:
a) descrição das características técnicas do material ou equipamento a ser
adquirido;
b) indicação da fonte de recursos para a aquisição;
c) indicação, quando for o caso, dos requisitos de capacitação econômico-
financeira, qualificação e tradição técnica a serem satisfeitos pelos fornecedores
interessados;
d) indicação ou requisitos de qualidade técnica exigidos para o material ou
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5.6. A carta-convite será entregue, aos interessados, contra recibo, com antecedência
1 mínima de três dias antes da data fixada para a apresentação das propostas. A
carta-convite será acompanhada das características e demais elementos técnicos
da licitação e deverá conter as indicações mínimas, necessárias à elaboração das
propostas.
5.6. A cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, a
2 convocação será estendida a, pelo menos, mais uma firma, dentre as cadastradas
e classificadas no ramo pertinente.
CAPíTULO VI
JULGAMENTO DAS LICITAÇÕES
6.1 As licitações serão processadas e julgadas com a observância do seguinte
procedimento:
a) abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação, e sua
apreciação;
b) devolução dos envelopes fechados aos licitantes inabilitados, desde que não
tenha havido recurso ou após a sua denegação;
c) abertura dos envelopes contendo as propostas dos licitantes habilitados,
desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havido
desistência expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos;
d) verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do
instrumento convocatório, promovendo-se a desclassificação das propostas
desconformes ou incompatíveis;
e) classificação das propostas e elaboração do Relatório de Julgamento;
f) aprovação do resultado e adjudicação do objeto ao vencedor.
6.2 A abertura dos envelopes contendo os documentos de habilitação e as
propostas, será realizada sempre em ato público, previamente designado, do
qual se lavrará ata circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e pela
Comissão de Licitação.
6.3 Todos os documentos de habilitação e propostas serão rubricados pelos
licitantes e pela Comissão de Licitação.
6.4 O disposto no item 6.1 aplica-se, no que couber, ao leilão e ao convite.
6.5 O concurso será processado com a observância do procedimento previsto no
respectivo instrumento convocatório.
6.6 Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes e abertas as propostas, não
cabe desclassificá-las por motivo relacionado com a habilitação, salvo em razão
de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento.
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valor global para a realização da obra ou serviço, assim considerado aquele que
implicar o menor dispêndio para a PETROBRÁS, ou o maior pagamento, no
caso de alienação.
6.20 Nas licitações de TÉCNICA E PREÇO e MELHOR TÉCNICA o julgamento
das propostas será feito em duas etapas.
6.20. Na primeira, a Comissão fará a análise das propostas com base nos fatores de
1 avaliação previamente fixados no edital, tais como: qualidade, rendimento,
assistência técnica e treinamento, prazo e cronograma de execução, técnica e
metodologia de execução, tradição técnica da firma, equipamentos da firma,
tipo e prazo da garantia de qualidade oferecida, podendo solicitar dos licitantes
as informações e esclarecimentos complementares que considerar necessários,
vedada qualquer alteração das condições já oferecidas.
6.20. Concluída a avaliação das propostas técnicas, a Comissão convocará os
2 licitantes, por escrito, e, no dia, hora e local designados, em sessão pública,
divulgará o resultado da 1ª etapa do julgamento e proclamará as propostas
classificadas tecnicamente. Após a leitura do Relatório Técnico, o Presidente da
Comissão prestará aos licitantes os esclarecimentos e justificativas que forem
solicitados. As indagações dos licitantes e os esclarecimentos prestados pelo
Presidente constarão da ata da sessão. Em seguida, o Presidente da Comissão
fará a abertura dos envelopes das propostas financeiras, cujos documentos
serão lidos e rubricados pelos membros da Comissão e pelos licitantes. Serão
restituídos, fechados, aos respectivos prepostos, os envelopes de preços dos
licitantes cujas propostas técnicas tenham sido desclassificadas.
6.20. O Presidente da Comissão não fará a abertura dos envelopes de preços das
3 firmas cujas propostas técnicas tenham sido objeto de impugnação, salvo se,
decidida, de plano, a improcedência desta, o impugnante declarar, para ficar
consignado na ata, que aceita a decisão da Comissão e renuncia a recurso ou
reclamação futura sobre o assunto.
6.20. Também não serão abertos, permanecendo em poder da Comissão, os
4 envelopes de preços das firmas cujas propostas técnicas tenham sido
desclassificadas e que consignarem em ata o propósito de recorrer contra tal
decisão, bem assim os daquelas contra as quais tenha sido impugnada a
classificação, até a decisão final sobre o recurso ou impugnação.
6.20. O resultado da avaliação das propostas técnicas constará de RELATÓRIO
5 TÉCNICO, no qual deverão ser detalhadamente indicados:
a) as propostas consideradas adequadas às exigências de ordem técnica da
licitação;
b) as razões justificadoras de eventuais desclassificações.
6.20. Na segunda etapa do julgamento, a Comissão avaliará os preços e sua
6 adequação à estimativa da PETROBRÁS para a contratação, bem assim as
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a) advertência;
b) multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
c) suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar
com a PETROBRÁS, por prazo não superior a dois anos;
d) proibição de participar de licitação na PETROBRÁS, enquanto perdurarem os
motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação,
perante a própria autoridade que aplicou a pena.
7.3. Constituem motivo, dentre outros, para rescisão do contrato:
1 a) o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou
prazos;
b) o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou
prazos;
c) a lentidão no seu cumprimento, levando a PETROBRÁS a presumir a não-
conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados;
d) o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;
e) a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia
comunicação à PETROBRÁS;
f) a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação da contratada
com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, exceto se admitida no
edital e no contrato, bem como a fusão, cisão ou incorporação, que afetem a boa
execução deste;
g) o desatendimento das determinações regulares do preposto da PETROBRÁS
designado para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus
superiores;
h) o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas em registro
próprio;
i) a decretação da falência, o deferimento da concordata, ou a instauração de
insolvência civil;
j) a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;
k) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa,
que, a juízo da PETROBRÁS, prejudique a execução da obra ou serviço;
l) o protesto de títulos ou a emissão de cheques sem suficiente provisão de
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CAPÍTULO IX
RECURSOS PROCESSUAIS
9.1 Qualquer interessado, prejudicado por ato de habilitação, classificação ou
julgamento, praticado pela Comissão de Licitação, ou por representante
autorizado da PETROBRÁS, em função deste Regulamento, poderá recorrer,
mediante:
a) Pedido de Reconsideração;
b) Recurso Hierárquico.
9.1. O Pedido de Reconsideração será formulado em requerimento escrito e assinado
1 pelo interessado, dirigido à Comissão de Licitação ou à unidade responsável
pelo ato impugnado e deverá conter:
a) a identificação do recorrente e das demais pessoas afetadas pelo ato
impugnado;
b) a indicação do processo licitatório ou administrativo em que o ato tenha sido
praticado;
c) as razões que fundamentam o pedido de reconsideração, com a indicação do
dispositivo deste Regulamento ou, quando for o caso, da legislação
subsidiariamente aplicável.
9.1. O Pedido de Reconsideração será apresentado no protocolo local da
2 PETROBRÁS, instruído com os documentos de prova de que dispuser o
recorrente. Quando assinado por procurador, deverá vir acompanhado do
correspondente instrumento do mandato, salvo quando este já constar do
processo respectivo.
9.1. Mediante o pagamento do custo correspondente, a parte poderá requerer cópias
3 das peças do processo da licitação, ou de quaisquer outros documentos
indispensáveis à instrução do recurso.
9.1. Quando o interessado o requerer, o Pedido de Reconsideração poderá converter-
4 se em Recurso Hierárquico, na hipótese de indeferimento da Comissão de
Licitação ou da unidade administrativa à qual tenha sido dirigido.
9.1. O Recurso Hierárquico, formulado com observância do disposto no subitem
5 9.1.1, será dirigido à unidade administrativa imediatamente superior àquela
responsável pelo ato impugnado.
9.1. Quando se referir a ato praticado em processo de licitação, o requerimento do
6 Recurso Hierárquico será apresentado, através do protocolo local da
PETROBRÁS, à Comissão de Licitação, que o encaminhará a unidade
administrativa competente, com as informações justificativas do ato praticado,
caso decida mantê-lo.
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apreciar a constitucionalidade das Leis e dos Atos do Poder Público”. Contra essa
decisão do TCU (Acórdão n° 2.115/2008), a Petrobrás impetra o presente mandado
de segurança, alegando que: a) o TCU não possui competência para declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. A Súmula 347 do STF foi editada em
1963, tendo como base o art. 77 da Constituição de 1946, há muito revogado. A regra
do Regimento Interno do TCU, que prevê essa competência, não pode se sobrepor à
Constituição; b) a Petrobrás, empresa integrante da Administração Indireta, está
submetida ao princípio da legalidade e, portanto, deve cumprir o art. 67 da Lei n°
9.478/97 e o Decreto n° 2.745/98, que permanecem vigentes, e determinam que os
contratos celebrados pela impetrante, para aquisição de bens e serviços, serão
precedidos de procedimento licitatório simplificado, afastando a aplicação da Lei n°
8.666/93. c) por força do § 1o do art. 40 da LC n° 73/93, a Petrobrás está obrigada a
cumprir o Parecer AC-15, da Advocacia-Geral da União, que conclui que “a
inaplicação (do Decreto n° 2.745/98) – por alegada inconstitucionalidade do regime
simplificado – à todo o Grupo Petrobrás, esbarra no respeito ao princípio da
presunção de constitucionalidade das leis e da legalidade dos atos da administração
até que sobrevenha decisão judicial em contrário, sendo insuficiente a opinião do
TCU, a quem cabe tão só julgar a regularidade das contas”. d) após a Emenda
Constitucional n° 9/95, que alterou o § 1o do art. 177 da Constituição, a impetrante
passou a atuar na exploração do petróleo em regime de livre concorrência com outras
empresas. Com isso, o art. 67 da Lei n° 9.478/97 determinou a submissão da
impetrante a um procedimento licitatório simplificado, afastando a aplicação da Lei
n° 8.666/93, que estabelece um regime de licitação e contratação inadequado para a
atuação da empresa num ambiente de livre competição. Quanto à urgência da
pretensão cautelar, a impetrante sustenta que “o não cumprimento da prefalada
decisão, como por ela já firmemente sinalizado, acarretará na aplicação das mais
diversas penalidades, tais como multas, inabilitação para o exercício de cargo ou
função, e arresto de bens, como estampado, v.g, nos arts. 45, § 1o, inc. III, 58, incs.
II, IV, VII e § 1o, 60 e 61, todos da Lei n° 8.443/92” (fl. 11). Assim, a impetrante
requer a concessão da medida liminar para suspender a decisão proferida pelo TCU
(Acórdão n° 2.115/2008) no processo TC n° 009.131/2003-7 (Relatório de Auditoria).
Passo a decidir. Em situação análoga a dos autos, deferi pedido de medida liminar
para suspender os efeitos de decisão proferida pelo TCU, nos seguintes termos:
DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar,
impetrado pela Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRÁS, contra ato do Tribunal de
Contas da União, consubstanciado em decisão que determinou à impetrante e seus
gestores que se abstenham de aplicar o Regulamento de Procedimento Licitatório
Simplificado, aprovado pelo Decreto n° 2.745, de 24/08/1998, do Exmo. Sr.
Presidente da República. Consta da petição inicial que o Tribunal de Contas da
União, ao apreciar o processo TC n° 008.210/2004-7 (Relatório de Auditoria),
determinou que a impetrante (Acórdão n° 1.498/2004): a) justifique, de modo
circunstanciado, a aplicação das sanções previstas no art. 87 da Lei n° 8.666/93,
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