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Sistema de Telefonia Rural

E M R 250

Manual Técnico
SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................ 2
2 INDICADORES DO PAINEL FRONTAL ......................................................... 2
3 INSTALAÇÃO ...................................................................................................... 3
4 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ........................................................................ 6
5 TRANSMISSÃO DE DADOS .............................................................................. 8
6 IDENTIFICAÇÃO DE CHAMADAS ................................................................. 8
7 DESCRIÇÃO DOS CIRCUITOS ........................................................................ 8
8 ANEXO I .............................................................................................................. 13
9 ANEXO II............................................................................................................. 14
10 ANEXO III ........................................................................................................... 15
Sistema de Telefonia Rural EMR250

1 APRESENTAÇÃO

O sistema consiste na instalação de um telefone, residencial ou comercial, num local distante


dos centros urbanos como, por exemplo, num sítio ou fazenda, sem necessidade da instalação
de uma linha física.
O sistema utiliza um enlace via rádio, operado na faixa de VHF/FM de 240 a 262 MHz,
composto basicamente de:
• Uma unidade Central e uma unidade Assinante, cada qual com suas respectivas
interfaces com a linha telefônica/telefone;
• Duplexadores de alta rejeição permitindo a utilização de uma mesma antena para as
funções simultâneas de transmissão e recepção;
• Fontes de alimentação projetadas para operação sob condições de variações bruscas
de voltagem, com carregador flutuador de baterias, permitindo a operação do
equipamento mesmo quando há falta de energia elétrica;
• Protetores de entrada CA e de linha telefônica;
• Antenas direcionais de alto ganho.
O alcance do sistema dependerá da topografia da região onde for instalado.
A interface central (instalada no equipamento situado num centro urbano) emulará todos os
comandos que um equipamento de telefone comum envia para a central telefônica, traduzindo
os sinais elétricos que recebe da central telefônica em comandos digitais que serão
transmitidos para o equipamento do assinante.
A interface assinante emula todos os sinais de uma linha telefônica, que poderá ser estendida
até 2km entre o equipamento e o telefone, podendo ser instaladas extensões, fax, modem,
tronco de Mini-PABX, secretária eletrônica, identificador de chamadas telefônicas, etc.
(*) – É necessária a instalação de um módulo (MIB), de fabricação da RELM Chatral® no
equipamento central, para possibilitar esta identificação.

2 INDICADORES DO PAINEL FRONTAL

O sistema EMR250 disponibiliza indicadores no painel frontal que permitem uma avaliação da
funcionalidade do equipamento.
Led “Ligado” (vermelho).
Aceso: equipamento alimentado pela rede elétrica ou bateria.
Apagado: falta de energia elétrica ou bateria descarregada/ desligada.
Led “Conexão” (verde)
Unidade assinante (aceso): fone fora do ganho e transmissor acionado.
Unidade central (aceso): ocorrendo uma ligação.

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Leds “PD” (amarelos): acendem proporcionalmente, do inferior ao superior, à potência


de saída do equipamento. Máxima potência deve apresentar os 04(quatro) leds
acesos. Caso o equipamento tenha sido ajustado para meia potência, somente 02
(dois) leds acenderão quando o equipamento entrar no modo transmissão;
Leds “IS” (amarelos): acendem proporcionalmente, do inferior ao superior, à
intensidade de sinal de RF que o receptor do equipamento recebe.

3 INSTALAÇÃO

Para se obter um melhor desempenho do sistema, seguir os procedimentos de instalação


abaixo:

Local
Instalar as duas unidades, central e assinante, em local arejado, de fácil acesso e protegido
contra intempéries. Definir onde serão instaladas as antenas já considerando a topografia
do local, altura de mastro ou torre e o comprimento e tipo dos cabos coaxiais para o
enlace.

Cabos
O modelo de cabo coaxial a ser utilizado irá depender da distância entre a antena e o
equipamento. Para que o enlace não seja comprometido pela perda de inserção do cabo,
recomendamos:
• Até 10m: cabo coaxial RGC-58;
• Acima de 10m: cabo coaxial RGC-213.

Instalação das antenas


1. Verificar o local mais apropriado para instalação das antenas em relação à topografia
da região;
2. Providenciar a instalação de torres ou mastros com a altura adequada;
3. Fixar as antenas, observando que o direcionamento das mesmas, uma em relação à
outra (central – assinante), é de vital importância para a correta operação do sistema.
Recomenda-se a utilização de bússola para esta etapa;
4. Soldar os conectores machos ao cabo coaxial. É fundamental que tanto o condutor
central quanto a malha do cabo sejam soldados. Recomenda-se utilizar ferro de solda
de, no mínimo, 100W. Uma sugestão para facilitar a solda da malha do cabo coaxial à
carcaça do conector é a remoção, com uma lima, do banho de proteção da carcaça ao
redor dos furos por onde a solda deverá penetrar;

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Nota: os cabos coaxiais RGC-58 e RGC-213 apresentam uma proteção interna de


papel condutivo, que deve ser removido durante o processo de soldagem dos
conectores. Isto reduz a probabilidade de curto-circuito.
5. Certificar-se, utilizando um multiteste, de que não existe um curto-circuito entre a malha
(carcaça do conector) e o condutor central do cabo coaxial;
6. Conectar uma das extremidades do cabo coaxial ao conector fêmea da antena;
7. Isolar a conexão com fita de auto-fusão. Aplicar a fita de baixo para cima. Ao terminar a
aplicação prender a ponta com uma fita isolante comum até a fusão da mesma;
8. Levar a outra extremidade do cabo coaxial até o ponto onde será conectada ao
equipamento (unidade central ou assinante). Observar que antes da entrada do cabo
coaxial no local, deverá ser feita uma curva para baixo com o mesmo – “pingadeira” –
evitando que a água de chuva escorra pelo cabo e possa penetrar no equipamento
(unidade central ou unidade assinante), causando danos aos circuitos internos;
9. Recomenda-se fortemente a instalação de pára-raios, assim como um ponto de
aterramento para se conectar aos equipamentos..

Instalação da unidade central


1. Identificar o equipamento com a indicação “Unidade Central” no painel traseiro;
2. Ligar a linha telefônica no conector com a identificação “Linha Telefônica”. Não manter
um aparelho telefônico em paralelo com a linha.
3. Interligar a unidade central à fonte de alimentação no conector com a indicação “VCC”;
4. Conectar o cabo coaxial no conector “Antena”;
5. Ligar um fio-terra no terminal identificado com o símbolo terra, no painel traseiro da
fonte de alimentação;
6. Certificar-se de que o fusível da fonte está corretamente instalado;
7. Verificar se a chave seletora de tensão 110/220 VCA da fonte está na posição
adequada à rede de alimentação do local;
8. Ligar a bateria, caso for utilizada, nos terminais “BAT” da fonte de alimentação.
Observar a polaridade dos terminais. Utilizar uma bateria automotiva de 12VCC com no
mínimo 36AH e no máximo 65AH;
9. Ligar o cabo de alimentação à rede elétrica.

Instalação da unidade assinante


1. Identificar o equipamento com a indicação “Unidade Assinante” no painel traseiro;
2. Ligar o aparelho telefônico no conector com a identificação “Telefone”;
a. Poderão ser instalados até 02 (dois) aparelhos telefônicos (extensão) em
paralelo. Em casos onde houver necessidade de instalar o aparelho telefônico
distante do equipamento, manter a distância máxima em até 02 (dois) km.
Neste caso, é importante:
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a. Utilizar fio FE (fio telefônico constituído por dois


condutores de liga de cobre, isolado por material
termoplástico);
b. Não passar o fio diretamente na terra, utilizar
tubulações;
c. Instalar proteções, centelhador a gás e varistores;
d. Manter esta linha a pelo menos 40 cm da rede elétrica.
3. Interligar a unidade assinante à fonte de alimentação no conector com a indicação
“VCC”;
4. Conectar o cabo coaxial no conector “Antena”;
5. Ligar um fio-terra no terminal identificado com o símbolo terra, no painel traseiro da
fonte de alimentação;
6. Certificar-se de que o fusível da fonte está corretamente instalado;
7. Verificar se a chave seletora de tensão 110/220 VCA da fonte está na posição
adequada à rede de alimentação do local;
8. Ligar a bateria, caso for utilizada, nos terminais “BAT” da fonte de alimentação.
Observar a polaridade dos terminais. Utilizar uma bateria automotiva de 12VCC com no
mínimo 36AH e no máximo 65AH;
9. Ligar o cabo de alimentação à rede elétrica.
Nota Importante: caso o local de instalação da unidade assinante não disponha de
energia elétrica e seja utilizada apenas bateria para alimentar o equipamento,
proceder da seguinte forma:
a. Ligar a bateria nos terminais “BAT” da fonte. Observar a polaridade dos
terminais;
b. Pressionar o botão “START BAT” no painel frontal da fonte.
c. Verificar que o led “LIGADO” (vermelho), da unidade assinante, está
aceso;

Utilização de Painéis Solares e Controladores de Carga


Consideramos para as recomendações a seguir uma condição na qual os equipamentos
estarão em transmissão durante 25% do tempo.

1. Observar a tabela a seguir para especificação dos fios a utilizar no sistema solar. A
recomendação é para fio flexível, singelo com perda máxima até 5% para tensão em
12 VCC.

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TABELA DE ESPESSURA DE FIO PARA SISTEMA SOLAR A 12 Vdc


Bitola
1,5 2,5 4 6 10 16 25 35 50 70 95
mm2
Ampères Distância em metros
1 32 51 81 130 205 325 517 652 822 1308 1650
2 16 26 40 64 102 163 259 326 411 654 825
4 8 13 20 33 51 81 129 163 205 327 412
6 5 8 14 22 34 54 86 109 137 218 275
8 4 6 10 16 26 41 65 82 103 164 206
10 3 5 8 13 20 33 52 65 82 131 165
15 2 3 5 8 14 22 34 43 55 87 110
20 - 2 4 6 10 16 26 33 41 65 83
25 - - 3 5 8 13 21 26 33 52 66
30 - - 2 4 7 11 17 22 27 44 55
35 - - - 3 6 9 15 19 23 37 47
40 - - - - 5 8 13 16 20 33 41
45 - - - - 4 7 11 14 18 29 37
50 - - - - 3 6 10 13 17 26 33

2. Utilizar 01 (um) painel solar com potência de 70 W;


3. O controlador de carga deverá ter uma capacidade de 7 A;
4. Para esta aplicação, a bateria deverá possuir capacidade de 105 AH.

Validação da Instalação
1. Efetuar uma ligação telefônica e verificar a qualidade da comunicação;
2. Se apresentar ruído excessivo, observar os leds identificados como “IS” no painel
frontal dos equipamentos, durante a ligação. Caso os 04 (quatro) leds não estejam
acesos, redirecionar gradativamente as antenas até que todos acendam;
3. Observar os leds identificados como PD no painel frontal. O número de leds acesos
deve ser proporcional à potência de saída para a qual o equipamento está ajustado.

4 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Geral
• Faixa de freqüências: 240 a 262 MHz
• Número de canais (programáveis internamente através de Dip Switch): 200
• Operação: full duplex
• Tipo de emissão: 16K0F3E
• Tipo de estação: fixa
• Controle de freqüência: circuito PLL
• Espaçamento de canais: 25 KHz
• Largura de faixa (sem reajuste do duplexador): +/- 125 KHz

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• Seletividade: através de filtros a cristal e cerâmico


• Estabilidade: +/- 5PPM ( 0º C a 50º C, ref. 25º C)
• Tensão de alimentação: 13,8 VCC +/- 5%
• Consumo:
o em stand by: 600 mA;
o em transmissão: 3,0 A.

Receptor
• Tipo de circuito: supereteródino de dupla conversão
• Sensibilidade (12 dB SINAD (EIA)): melhor que 0,35 uV
• Limiar de abertura do silenciador: melhor que 0,30 uV
• Seletividade: 70 dB
• Intermodulação: > 60 dB
• Rejeição de imagens e espúrios: > 60 dB
• Saída de áudio (sobre 600 Ohms): 0 dBm
• Distorção harmônica (saída de áudio nominal): < 3% (0 dBm)
• Resposta de áudio( de-ênfase de 6 dB/ 8a de +2 a –6 dB): 300 a 3KHz
• 1a e 2a FI: 21,4 MHz e 455KHz

Transmissor
• Potência de RF: 10W +/- 10%
• Emissão de harmônicos e espúrios: < 60 dB
• Sensibilidade de modulação para 3,3 KHz de desvio: 250 mV
• Ruído de FM: < 50 dBmp
• Resposta de áudio (pré-ênfase de 6 dB/ 8a de +1 a –3 dB: 300 a 3 KHz
• Distorção de áudio: < 3%

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5 TRANSMISSÃO DE DADOS

O sistema EMR250 está preparado para comunicação de dados. A velocidade típica de


conexão situa-se entre 19200 a 24000 baud. Deve-se, entretanto, considerar que alguns
fatores influenciam diretamente a velocidade neste tipo de comunicação:
a. Nível de ruído do enlace de rádio-freqüência;
b. Qualidade da linha telefônica utilizada;
c. Tipo de modem instalado;
d. Qualidade do provedor de internet local.

6 IDENTIFICAÇÃO DE CHAMADAS

O sistema EMR250 está preparado para operar com identificadores de chamada telefônica,
mediante a instalação, na Unidade Central, do acessório “MIB”, fabricado pela RELM
Chatral® Telecomunicações Ltda.

7 DESCRIÇÃO DOS CIRCUITOS

O sistema EMR250 é composto por transceptores VHF/FM operando na faixa de


freqüências entre 240 e 262 MHz, pelas interfaces central e assinante, protetores de rede
CA e de linha telefônica, duplexadores e conversores de alimentação CA/CC.
A seguir descrevemos os principais circuitos:
Interface Central – vide Diagrama de Blocos no ANEXO II.
• Transforma os sinais da linha telefônica pública a dois fios em quatro fios,
compatibilizando-os com os sinais do transceptor full-duplex;
• Executa as funções de controle da Unidade Central;
• Codifica um tom pré-estabelecido com a finalidade de ativar a chamada na
Unidade Assinante.
• Possui os seguintes circuitos:
o Híbrida (T1/ T2): destina-se a transformar a linha telefônica balanceada
(linha a dois fios) em dois ramais independentes de áudio (Tx e Rx), sendo
ambos desbalanceados;
o Acoplador Ótico (IC1): efetua a isolação entre a linha telefônica e o circuito
de detecção de ring. Detecta a tensão de chamada;
o Chaveamento Ring (Q2): habilita o circuito de acionamento do transmissor
e o circuito de chaveamento de tom (condição saturado);

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o Acionamento do Transmissor (Q8/ Q9): aciona o transmissor com nível


zero no ponto APF (corte de Q8 e saturação de Q9);
o Conexão/ Discagem (Q1): comanda o acionamento do relè RL-1 para a
conexão da linha telefônica;
o Chaveamento Discagem (Q10): ativa o circuito de conexão da linha
telefônica Q1, sendo comandado pelo decodificador de tons IC3;
o Chaveamento de Portadora (Q5): ativa o circuito de conexão da linha
telefônica Q1, quando do recebimento de portadora através do nível zero
no ponto “PORT”;
o Codificador de tom DTMF (IC4): a função do codificador de tom IC4 é gerar
o tom DTMF “D” a ser enviado à Unidade Assinante para ativar o circuito
de chamada (ring). IC4 é ativado com nível zero no pino 1, via circuito de
Chaveamento de Tom (Q8/ Q9). A saída de tom (pino 13) é aplicada via
trimpot R43 ao circuito amplificador TX, IC2A;
o Amplificador de Áudio TX: formado por IC2A e Q4, que constituem o
misturador dos níveis de tom e modulação e os amplificam para serem
aplicados ao áudio TX do transceptor.

Interface Assinante – vide Diagrama de Blocos no ANEXO III.


• Supervisiona as funções dos circuitos de linha e do transceptor full-duplex que
formam a Unidade Assinante;
• Possui os seguintes circuitos:
o Gerador de Ring: o sinal de ring é gerado pelo circuito oscilador formado
por U3A e U3D, o qual é comandado por Q3. O sinal de saída do oscilador,
pino 4 de U3D, é aplicado ao filtro de entrada U1A e, em seguida, ao
amplificador formado por U1B e em Q1 e Q2. A saída do amplificador é
acoplada ao transformador isolador T1. A saída de ring é aplicada ao
aparelho telefônico por meio dos contatos de K1A e na base de Q5, por
meio de R33;
o Fonte de 48VCC: é composta basicamente pelo oscilador formado por
Q13, Q14, T4 e componentes associados. O sinal é retirado no secundário
de T4, e aplicado ao dobrador de tensão formado por D14, D15, C32 e
C33, originando uma tensão CC de 48V, utilizada para alimentação do
gerador de corrente e do telefone. O trimpot R55 é utilizado para efetuar o
ajuste de simetria, igualando os tempos de saturação e corte de Q14
evitando-se, desta forma, um superaquecimento do mesmo;
o Gerador de Corrente: é formado pelos transistores Q6, Q10, Q9, Q12, Q7,
Q11 e componentes associados. Q9 e Q12 formam um amplificador

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diferencial que, juntamente com Q10, funcionam como um elemento de


controle. O caminho a ser seguido pela corrente, a partir da fonte de
48VCC, é formado por R32, Q6, T2 (enrolamentos 3 e 4), contato de
K1A(C3, C1), carga constituída pelo telefone, contato de K1A (C4, C6), T3
(enrolamentos 3 e 4), Q7 e R43. O telefone, com o monofone no gancho,
apresenta uma impedância maior que 10M Ohms, o que mantém a
corrente no circuito praticamente nula. Quando o monofone é retirado do
gancho, a impedância do telefone cai para um valor menor que 500 Ohms
e o Gerador de Corrente passa a fornecer uma corrente de
aproximadamente 20 mA ao circuito. Este acréscimo de corrente, provoca
o desenvolvimento de uma tensão sobre R43, que é utilizada como
sinalização de monofone fora do gancho;
o Sensor de Corrente e APF: em paralelo com R43, Gerador de corrente,
tem-se um divisor resistivo formado por R42 e R44. Este divisor retira uma
amostra da tensão desenvolvida sobre R43 e polariza a base de Q8,
levando-o à saturação sempre que o monofone é retirado do gancho. Com
a saturação de Q8, o acoplador ótico U6 é polarizado diretamente,
enviando a sinalização de fone fora do gancho para acionamento do APF e
inibição do circuito oscilador de ring, através de Q21;
o Híbrida: formada pelos transformadores T2, T3 e componentes associados,
além de fazer parte do circuito do Gerador de Corrente, é também o
dispositivo utilizado para acoplamento dos sinais de áudio provenientes do
telefone, assim como dos sinais dirigidos a ele;
o Decodificador de Tom DTMF (U2): sua função é decodificar o tom DTMF
“D” recebido da Unidade Central para ativar o Gerador de Ring. Quando
U2 decodificar o tom “D”, aplicado via R21 e C14 no pino 7, suas saídas
D1, D2 D4 e D8 terão nível zero e o pino 12, nível 1, após detectar o par de
tons DTMF. Deste modo, Q16 é cortado e Q3 saturado (Chave Ring)
aplicando um nível zero ao circuito Gerador de Ring.

Transceptor – vide Diagrama de Blocos no ANEXO IV.


• Receptor, vide esquema RC-5350: tipo super-heteródino de dupla conversão com
filtro a cristal na 1a FI de 21,4 MHz e filtro cerâmico na 2a FI de 455 KHz. A seguir a
descrição dos principais circuitos:.
o Pré-seletor de RF: o sinal vindo do duplexador é aplicado ao circuito
sintonizado de entrada formado por L14 e L15, sendo, em seguida,
amplificado pelo FET Q10. Em sua saída (dreno), o sinal é sintonizado por
L8 e L9 sendo aplicado ao 1º misturador;

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o 1º Misturador e Amplificador de FI: o sinal de entrada vindo do Pré-seletor


de RF é aplicado ao gate 1 do 1º misturador, formado pelo FET Dual Gate
Q9. O sinal de conversão vindo do sintetizador RX é aplicado ao gate 2 de
Q9, via C53. Na saída (dreno) do misturador, tem-se a diferença dos sinais
aplicados (21,4 MHz).
O sinal na freqüência de 21,4 MHz (1a FI) é sintonizado por L12, filtros a
cristal (FT2, FT3) e L13 sendo aplicado ao gate 1 do amplificador de FI,
Q8. O sinal de FI é amplificado por Q8, sintonizado novamente por L11 e
aplicado à entrada de IC7 (pino 16), por meio de C57 e C58. Os diodos D9
e D10 limitam a amplitude do sinal na entrada de IC7.
O sinal de saída do misturador (pino 3) passa por um filtro cerâmico de 455
KHz (FT1) que é, em seguida, aplicado a um amplificador/ limitador de seis
estágios, com entrada no pino 5. Este sinal excita internamente o
demodulador e externamente, via pinos 7 e 8, sofre a influência da bobina
de quadratura L10. Este circuito de quadratura externo proporciona uma
variação de fase de 90º no centro da freqüência de FI, recuperando as
freqüências de áudio. O áudio recuperado, consistindo de componentes de
freqüência da 2a FI (455 KHz) e o sinal de modulação, passa através de
um amplificador/ filtro passa-baixa para reduzir os componentes da
freqüência da 2a FI saindo, em seguida, pelo pino 9.
A ausência do sinal de recepção é indicado pela presença de ruído no pino
9 de IC4. Ruído este, utilizado para o acionamento do circuito silenciador.
O sinal retirado do pino 5 de IC4 é amplificado por Q5 e Q6, e obtida a
indicação de intensidade de sinal (IS), constituída por 04 LEDs indicativos
no painel frontal, vide esquema RC-5352.
O coletor de Q11 vai a nível zero com presença de sinal na antena,
formando o circuito “Presença de Portadora”;
o Áudio e Filtro: quando há sinal de áudio demodulado pelo receptor, este é
aplicado a um filtro passa-faixa (300 a 3400 Khz), formado por IC3-A e
circuito associado. Na saída de IC3-A (pino1), o sinal de áudio é aplicado,
via trimpot de volume R52, à entrada do amplificador de áudio (IC5). R63 e
C88 efetuam a de-ênfase de 6dB/ oitava na entrada do amplificador (IC5).

• Transmissor, vide esquema RC-5351: opera na faixa de VHF (240 a 262 MHz),
sendo as freqüências sintetizadas através do VCO TX. A seguir a descrição dos
principais circuitos:
o Estágio Modulador: o sinal de modulação é aplicado via L7, C44 ao pino 5
do amplificador IC3-B. O sinal de saída (pino 7) é aplicado ao filtro passa-
baixa IC3-A O sinal do pino 1 de IC1-A é então aplicado ao trimpot de
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ajuste de desvio R41, que acopla o sinal via C51 e R40 ao varicap de
modulação D6 do VCO, modulando-o em freqüência. Em se tratando de
um rádio operando em full-duplex, as freqüências de transmissão e de
recepção possuem uma diferença de 13,750 MHz;
o Módulo de Potência de RF, vide esquema RC-5349: Este módulo é
formado por Q1 (alimentado com uma tensão de 12VCC direta), Q2, Q3,
Q4 (alimentados com 12VCC no momento em que o APF é acionado) e
circuitos sintonizados de entrada (L9 e L13) e de saída (L3, C8,C9).
O filtro de harmônicos é formado por L4, L5, e L6.
O transistor de saída é protegido contra curto-circuito e ausência de antena
pelo circuito “refletômetro”, de onde é retirada a tensão para o ajuste de
potência de saída, através de R10.
Tanto a potência de direta quanto a refletida controlam a tensão do coletor
de Q2. Ainda do “refletômetro” é retirada a tensão que controla os 04 LEDs
indicadores de potência direta (PD), situados no painel frontal, vide
esquema RC-5352.

• Sintetizadores, vide esquemas RC-5350 e RC-5351: o transceptor utiliza dois


sintetizadores independentes, sendo um para o receptor, programável através da
dip switch “SW1” na placa RC-5350, e outro para o transmissor, programável
através da dip switch “SW-1” na placa RC-5351. Ambos são formados basicamente
por um microcontrolador que, ao ser energizado, envia um trem de pulsos ao PLL
programando-o de acordo com a freqüência selecionada nas dip switches do
transmissor e do receptor.
A função do PLL é detectar e seguir as pequenas diferenças de fase e freqüência
existentes entre o cristal de referência (12,8 MHz) e a freqüência gerada pelo VCO.
A combinação das dips switches proporcionam o afastamento de 13,75 MHz entre
a freqüência de Tx e Rx, além de fornecerem a freqüência de conversão para que
o receptor apresente o resultado da 1a FI em 21,4 MHz.
Os osciladores de referência (12,8 MHz) também são independentes e têm suas
freqüências ajustadas por trimmers (C15 para Tx e C34 para Rx), para se obter
nos VCOs as freqüências exatas para Tx e Rx.

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8 ANEXO I

Diagrama de Blocos Unidade Central

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9 ANEXO II

Diagrama de Blocos Unidade Assinante

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10 ANEXO III

Diagrama de Blocos do Transceptor

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