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FLAUTA SOPRANO

CURSO DE APRENDIZAGEM DE FLAUTA SOPRANO

Introdução ao aprendizado de flauta doce


Autor: Jeferson da Silva
Co-autor: Amaury de Souza
Aprendendo a tocar Falta Soprano
Autor: Jeferson da Silva
Co-autor: Amaury de Souza
Partituras: Amaury de Souza

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Introdução ................................................................................................................... 9
Flauta Soprano (DOCE) .............................................................................................. 10
História .................................................................................................................. 10
A Flauta .................................................................................................................. 12
Cuidados com a Flauta ........................................................................................... 13
Como Segurar a Flauta ........................................................................................... 14
Mão esquerda .................................................................................................... 14
Mão Direita ........................................................................................................ 14
Outras Flautas ........................................................................................................ 15
Teoria Musical ........................................................................................................... 17
Notas Musicais ....................................................................................................... 17
Oitava .................................................................................................................... 19
Pausa ..................................................................................................................... 20
Ponto de Aumento ................................................................................................. 20
Clave ...................................................................................................................... 21
Clave de Sol ........................................................................................................ 22
Clave de Dó ........................................................................................................ 23
Clave de Fá ......................................................................................................... 23
Clave de Percussão ............................................................................................ 24
Compasso .............................................................................................................. 25
Conceitos Básicos de Compassos: ...................................................................... 26
Fórmula do Compasso........................................................................................ 26
Numerador .................................................................................................... 27
Denominador ................................................................................................. 28
Classificações dos Compassos ............................................................................ 28
Compasso Simples ......................................................................................... 28
Compasso Composto ..................................................................................... 29
Compasso Binário .......................................................................................... 30
Compasso Ternário ........................................................................................ 30
Compasso Quaternário .................................................................................. 31
Compasso Complexo ...................................................................................... 31
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Compassos Complexos Particulares ............................................................... 31
Combinações de Compassos Complexos ........................................................ 32
Compassos Correspondentes ......................................................................... 32
Repetição de Compassos ................................................................................... 33
Exercícios Para Flauta Doce Soprano. ........................................................................ 34
Notas Sol, Lá e Si .................................................................................................... 34
Notas de Quatro Tempos (Sol, Lá e Si)................................................................ 34
Notas De Dois Tempos (Sol, Lá e Si).................................................................... 35
Notas Dó, Lá e Si2 .............................................................................................. 35
Notas de Meio Tempo ........................................................................................ 36
POSIÇÕES DAS NOTAS NA FLAUTA ............................................................................. 37
POSIÇÕES DAS NOTAS NA PAUTA .............................................................................. 40
ESCALAS ..................................................................................................................... 41
Escala de Dó Natural .............................................................................................. 41
Escala de SOL ......................................................................................................... 42
Escala de RÉ ........................................................................................................... 43
Escala de LÁ ........................................................................................................... 44
Escala de FÁ ........................................................................................................... 45
Escala de SIb .......................................................................................................... 46
Símbolos Mais Usados em Partituras ......................................................................... 47
Linhas .................................................................................................................... 47
Figuras e Pausas ..................................................................................................... 47
Marcas de Interrupção ........................................................................................... 48
Acidentes e Armaduras de Claves .......................................................................... 48
Armadura de Clave ................................................................................................ 49
Fórmula de Compasso............................................................................................ 49
Articulação ............................................................................................................. 50
Dinâmica ................................................................................................................ 51
Acentos .................................................................................................................. 52
Ornamentos ........................................................................................................... 53
Oitavas ................................................................................................................... 54
4
Marcas de Pedal .................................................................................................... 54
Repetição e Codas.................................................................................................. 55
PARTITURAS............................................................................................................... 56
01 – OLD Mac DONALD .............................................................................................. 56
02 – CANÇÃO DE NINAR DA FRANÇA ......................................................................... 56
03 – MARIA TINHA UM CARNEIRINHO ....................................................................... 56
04 – BRILHA, BRILHA ESTRELINHA .............................................................................. 56
05 – A CANOA VIROU ................................................................................................. 57
06 – TEMA DA NONA SINFONIA (EM SI) ..................................................................... 57
6.1 – TEMA DA NONA SINFONIA (EM MI) .................................................................. 57
07 – ASA BRANCA ...................................................................................................... 58
08 – PEIXE VIVO ......................................................................................................... 58
09 – LUAR DO SERTÃO ............................................................................................... 58
10 – DANZA KOZAK .................................................................................................... 59
11 – TITANIC .............................................................................................................. 59
12 – FIVE HUNDRED MILES ........................................................................................ 60
13 - DETALHES ........................................................................................................... 60
14 - ANUNCIAÇÃO...................................................................................................... 61
15 – CARRUAGEM DE FOGO ...................................................................................... 61
16 – SAMBA LELE ....................................................................................................... 62
17 – GREENSLEEVS ..................................................................................................... 63
18 – PARABÉNS PRA VOCÊ ......................................................................................... 64
19 – MAMY BLUE ....................................................................................................... 64
20 – NATAL DAS CRIANÇAS ........................................................................................ 65
21 – ARME UM BELO PINHEIRINHO ........................................................................... 66
22 – ENTÃO É NATAL ................................................................................................. 67
23 – O VELHINHO (SAPATINHO DE NATAL) ................................................................ 68
24 – AS QUATRO ESTAÇÕES ....................................................................................... 68
25 – NOITE FELIZ ........................................................................................................ 69
26 – EU NAVEGAREI ................................................................................................... 70
27 - CANÇÃO DE NATAL ............................................................................................. 71
5
28 - DEUS E EU NO SERTÃO ........................................................................................ 72
29 – JINGLE BELLS (NATAL) ........................................................................................ 73
30 – BEM-TE-VI .......................................................................................................... 74
31 – CORAÇÃO DE PAPEL ........................................................................................... 75
32 – A DANÇA DAS HORAS ......................................................................................... 76
33 – BLOWIN` IN THE WIND ....................................................................................... 77
34 – ROMANCE .......................................................................................................... 78

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Índice de Figuras e Tabelas
Partes da Flauta - Ilustração: Carlos Alberto Nunes Ferreira. ..................................... 13
Uso das Mãos ............................................................................................................ 15
Tipos de Flauta - Da esquerda para direita: Sopranino, Soprano, Contralto, Tenor e
Baixo. ......................................................................................................................... 15
Tipos de Flauta - Flauta Doce Subcontrabaixo. ........................................................... 16
Tipos de Flauta - Flauta Transversal. .......................................................................... 16
Pentagrama ............................................................................................................... 17
Partes que compõem a nota. ..................................................................................... 17
Divisão das Notas ....................................................................................................... 18
Comparação de Notas e Pausas. ................................................................................ 18
Notas, Pausas e Seus Respectivos Tempos. ................................................................ 19
Representação esquemática de uma oitava. .............................................................. 20
Claves ........................................................................................................................ 21
Leitura das Notas Conforme a Clave de SOL, DÓ e de FÁ. .......................................... 24
Mesmas Notas, Claves diferentes. ............................................................................. 25
Relação Entre as Claves.............................................................................................. 25
Exemplo de Compasso Simples. ................................................................................. 29
Equivalência de Notações. ......................................................................................... 33
Notas Graves ............................................................................................................. 37
Notas Agudas ............................................................................................................. 37
Notas em DÓ ............................................................................................................. 37
Notas em RÉ ............................................................................................................. 38
Notas em MI .............................................................................................................. 38
Notas em FÁ .............................................................................................................. 38
Notas em SOL ............................................................................................................ 39
Notas em LÁ .............................................................................................................. 39
Notas em SI................................................................................................................ 39
Pentagrama. .............................................................................................................. 40
Escala de DÓ NATURAL .............................................................................................. 41
Escala de DÓ NATURAL (notas agudas - uma oitava acima) ....................................... 41
Escala de SOL. ............................................................................................................ 42
Escala de SOL (Três últimas notas uma oitava acima – aguda). .................................. 42
Escala de RÉ. .............................................................................................................. 43
Escala em RÉ (uma oitava acima - agudas). ................................................................ 43
Escala de LÁ. .............................................................................................................. 44
Escala de FÁ. .............................................................................................................. 45
Escala de SIb. ............................................................................................................. 46

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Introdução
A flauta é um dos instrumentos musicais mais antigos da história e mesmo
assim continua em alta no cenário musical. Com um som melodioso, de timbre suave
e doce, sendo encontrada em diversos estilos de músicas continuando assim, com
força na música.
Seu aprendizado é relativamente fácil servindo de base para diversos
instrumentos de sobro, tais como: Flauta transversal, Clarinet, Oboé, Saxsofone, etc.

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Flauta Soprano (DOCE)
A flauta doce ou flauta de bisel é um dos mais antigos instrumentos musicais, é
mais precisamente um aerofone de aresta. Sua origem está ligada aos antigos
instrumentos folclóricos. É um instrumento musical de sopro direto, com um tubo
cilíndrico aberto contendo diversos furos, no qual o som é produzido pela vibração do
ar no tubo oco. Para que ocorra a vibração do ar é necessário soprar no bocal que
contem um apito, dirigido a uma aresta que, ao passar o ar, este vibra e produz o
som. Para se alcançar as diversas alturas do som são é necessário abrir ou fechar os
orifícios existentes no corpo da flauta doce.

A origem deste instrumento está nos antigos instrumentos folclóricos que


ainda hoje podem ser encontrados em diversas partes da Europa, como o Czakan na
Hungria (6 furos) ou a flauta dupla da antiga Iugoslávia. Muitos destes instrumentos
eram feitos de tubos de bambu ou canas naturais, enquanto a flauta doce era um
instrumento torneado em madeira com buracos para sete dedos e um buraco para o
dedo polegar que serve como abertura de oitava. É o mais antigo dos instrumentos
da família de tubo interno e foi o instrumento musical mais popular na Idade Média.
Como todo instrumento musical, para ser tocado se faz necessário o estudo das
técnicas.

História

O instrumento mais antigo e completo sobrevivendo, é a chamada flauta doce de


Dordrecht datada de meados do século XIII. Esta "flauta doce medieval" é
caracterizada obviamente por seu corpo estreito e cilíndrico (o transcurso largo do
tubo interno no meio do instrumento é responsável pela afinação e resposta sonora)
A segunda flauta doce medieval mais ou menos completa e datando do século XIV foi
reportado de Göttingen (norte da Alemanha) onde foi achada em uma latrina na
Weender Straßer número 26 em 1987. A “flauta doce de Göttingen” faz parte da
coleção do Stadtarchäologie Göttingen.

No século XV a flauta doce se desenvolveu e passou a ser chamada como a “flauta da


renascença” que alcançou seu apogeu em meados do século XVI.

Durante o século XVII foi mais usada como instrumento solo. Antes era composta de
uma ou duas partes, neste século ela já era formada por três partes. Sua feição
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permitia produzir som com mais intensidade e com mais possibilidade de expressão.
Muitas dessas formas ainda existem nos dias de hoje em condições de uso. Assim a
flauta foi sendo usada até se tornar no século XVIII um instrumento profissional e
como instrumento amador no século XIX, até que foi sendo quase que substituída
pela flauta transversal.

A flauta doce alcançou seu espaço no Novo Mundo, a partir do momento em que os
colonizadores perceberam que os índios utilizavam uma cana como instrumento que
era assemelhada a flauta doce. A presença física de flautas doce na América do Norte
foi documentada já em 1633 quando um inventário de uma plantação em New
Hampshire listou 15 flautas doces, e um inventário semelhante feito em outra
proprieda de New Hampshire informou a presença de 26 flautas doce (Música 1983;
Pichierri 1960: 14).

Depois do surgimento da orquestra clássica, os compositores procuravam


instrumentos com maiores recursos dinâmicos. Assim, começa o declínio da flauta
doce perante a flauta transversal que já por volta de 1750 praticamente desaparecia
do repertório de qualquer compositor. Assim a flauta doce ficou presente apenas na
história dos instrumentos musicais. Somente no final do século XIX que alguns
músicos começaram a ter contato com este instrumento novamente, através de
pesquisa de músicas antigas, através de literaturas musicais existentes no museu.
Como por exemplo Cristopher Welch (1832-1915) e Canon Francis Galpin. Galpin,
além de estudar este instrumento, ensinou sua família a tocá-lo. Mas foi o inglês
Arnold Dolmetsch (1858-1940) que concluiu que a flauta doce só renasceria se sua
reconstrução recebesse o mesmo tratamento dos demais instrumentos. O fruto de
suas pesquisas o permitiu construir um quarteto de flautas e tocá-las com sua família
em um concerto histórico no Festival Haslemere em 1926. Seu filho Carl se tornou um
virtuoso no instrumento e elevou a flauta a um nível de alta interpretação. Esse
conjunto de flautas feitos por Arnold Dolmetsch foram copiadas e produzidas em
série na Alemanha onde se tornaram muito populares.

Tubos de bambu foram introduzidos em escolas dos EUA nos anos 1920 e depois nas
escolas da Grã-Bretanha, quando Hilda King, diretora de uma escola em Londres,
começou a ensinar seus alunos em 1926. O “Grêmio de Flautistas de Bambu”,
fundado por Margaret James em 1932, foi patrocinado por Louise Hanson-Dyer na
França, onde ela pôde promover compositores como Auric, Ibert, Milhaud, Roussel,
Poulenc, Arthur Benjamin da Austrália e Margaret Sutherland, para escrever para
este meio. Em 1935 Edgar Hunt introduzia o ensino de flauta doce nas escolas
primárias inglesas, e em 1937 foi fundada a "Society of Recorder Player". Aos poucos
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a flauta doce ressurgia e os compositores começaram a escrever para o instrumento.
Com o aumento do número de grandes intérpretes a flauta doce se tornou um
instrumento de pesquisa e técnicas alternativas de execução.

Hoje em dia as flautas doces fabricadas possuem um som mais suave do que as
flautas do século XVIII nas quais elas são baseadas. No entanto estas flautas doces
neobarrocas permanecem como instrumentos para solo. Temos também hoje, a
produção em série de flautas de plástico a partir de cópias de originais como, por
exemplo, as japonesas Yamaha, Aulus e Zen-on, além de uma série de edições
modernas facsímiles e edições antigas e manuscritos editados na Europa. Há o
conhecido fundo musical (para quem assistiu e prestou atenção).,"may it be" que
toca sempre em momentos especiais dos Hobbits, como Frodo lembrar do condado,
ou quando lembra de Bilbo, e geralmente nas primeiras cenas (a sociedade do anel) e
no final, pra fechar.

A Flauta
A flauta é composta por três partes como descrito na figura abaixo, o bocal, o
corpo e o pé

Ao montar e desmontar sempre faça a limpeza na flauta, assim elas estarão


sempre limpas sem prejudicar o som.

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Partes da Flauta - Ilustração: Carlos Alberto Nunes Ferreira.

1- Espiráculo, Alma ou Windway 8- Thumbhole (Orifício do dedo


polegar da mão esquerda)
2- Janela 9- Wistle ou Bisel (Cabeça)
3- Bucha 10 - Cova de Bisel
4- Lingueta, Martinete ou Entalhe 11 - Manga de Deslizamento Interno
ou Junta
5- Tonehole ou Fingerhole 12 - Corpo
6- Rebaixo Tangencial (Orifícios de 13 - Cova do Sino
Sonoridade)
7- Lígula ou Lábio 14 - Sino (Pé)

Cuidados com a Flauta


Os cuidados com uma flauta devem se expandir para qualquer e todo tipo de
flauta, seja ela doce ou transversal, de metal, plastico ou de madeira.
Podemos resumir os cuidados com uma flauta em manutenção e limpeza. O
manuseio do instrumento também deve ser feito de modo cuidadoso para evitar
danos que possam prejudicar o desenvolvimento musical.

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Alguns dos cuidados com uma flauta a serem tomados são:

Sempre guarde o estojo com a flauta num lugar fora do alcance de crianças
que não saibam como manuseá-la ou de pessoas curiosas;
Nunca deixe a flauta montada em cima de uma cadeira ou cama. São locais
perigosos, pois sem querer podemos sentar em cima do instrumento. Utilize
uma mesa ou uma superfície plana;
Mantenha sua flauta longe de fontes de calor (estufas, aquecedores) e
também de fontes frias (mármore, pedras);
Não deixe a flauta dentro de porta-malas ou fechada dentro do carro. Além do
calor que toma indiretamente do sol, corre o risco de ser roubada;
Ao terminar seus estudos diários enxugue a flauta por dentro com um pano
bem absorvente e que não solte fiapos, enrolado numa vareta;
Após enxugar a flauta por dentro é aconselhável utilizar uma flanela para
limpá-la por fora, tirando assim as marcas da transpiração;
Limpe-a periódicamente em solução de água e detergente para remover
impurezas e microorganismos indesejáveis.

Como Segurar a Flauta


Para retirar o som da flauta é necessário saber como segurá-la corretamente.

Mão esquerda
A mão esquerda deve segurar a parte superior da flauta, sendo utilizado os
dedos polegar, indicado, médio e anelar.
Polegar: Utilizado para tampar o orifício da parte de baixo da flauta, sendo
movimentado quando necessário para mudança de oitava, extraindo assim, os
sons graves e agudos;
Indicador: Utilizado para tampar o primeiro furo na parte de cima da flauta;
Médio: Utilizado para tampar o segundo furo na parte de cima da flauta;
Indicador: Utilizado para tampar o terceiro furo na parte de cima da flauta;
Mínimo: Não é utilizado para tocar, pode ser utilizado para auxiliar a segurar a
flauta (caso ache necessário).

Mão Direita
A mão direita deve segurar a parte inferior da flauta, sendo utilizado os dedos
indicador, médio, anelar e mínimo.

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Polegar: Não é utilizado para tocar, pode ser utilizado para auxiliar a segurar a
flauta (caso ache necessário);
Indicador: Utilizado para tampar o quarto furo na parte de cima da flauta;
Médio: Utilizado para tampar o quinto furo na parte de cima da flauta;
Indicador: Utilizado para tampar o sexto furo na parte de cima da flauta;
Mínimo: Utilizado para tampar o sétimo furo na parte de cima da flauta.

Uso das Mãos

Outras Flautas

Tipos de Flauta - Da esquerda para direita: Sopranino, Soprano, Contralto, Tenor e Baixo.

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Tipos de Flauta - Flauta Doce Subcontrabaixo.

Tipos de Flauta - Flauta Transversal.

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Teoria Musical
O som tem algumas propriedades importantes.
Duração: é o tempo de produção do som.
Altura: é a propriedade do som de ser mais grave ou mais agudo. O apito de
um trem é grave. A sirene de uma ambulância é aguda.
Intensidade: é a propriedade do som de ser mais forte ou mais fraco.
Timbre: é a qualidade do som que permite uma pessoa reconhecer sua
origem.

Na escrita musical, estas propriedades do som são representadas assim:


Duração: pela figura da nota e pelo andamento.
Intensidade: pelos sinais de dinâmica. Por exemplo: Forte, Piano, Mezopiano,
Mesoforte...
Altura: pela posição da nota no pentagrama.
Timbre: pela indicação da voz ou instrumento que deve executar a música.

A melodia é escrita em uma pauta, composta por pentagramas.


Pentagrama: é um conjunto de cinco linhas horizontais eqüidistantes e quatro
espaços.

Pentagrama

Notas Musicais

O som musical é representado no papel por um sinal chamado nota. A figura


da nota varia, de acordo com a duração do som.

Partes que compõem a nota.

As notas musicais de acordo com a sua altura recebem os seguintes nomes:


(Dó) – (Dó# ou Réb) – (Ré) – (Ré# ou Mib) – (Mi) – (Fá) – (Fá# ou Solb) –(Sol) – (Sol#
ou Láb) – (Lá) – (Lá# ou Sib) – (Si).
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Ou, usando notação encontrada em cifras:
C – C# ou Db – D – D# ou Eb – E – F – F# ou Gb – G – G# ou Ab – A – A# ou Bb – B.
Esses nomes se repetem de sete em sete, do mais grave para o mais agudo, mudando
de posição no pentagrama, conforme a clave a ser usada.
A figura da nota indica a duração do som.
As figuras atualmente usadas são as seguintes:

Começando da semibreve, que tem a maior duração, cada uma dessas notas vale
duas da seguinte:

Divisão das Notas

Comparação de Notas e Pausas.

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NOME NOTA VALOR TEMPO QUALIDADE PAUSA

Máxima Duração R × 8 32 FORA DE USO

Duração: R ×
Longa 16 FORA DE USO
4
Duração: R ×
Breve 8 FORA DE USO
2
Semibreve Duração: R 4 1

Mínima Duração: R/2 2 2

Semínima Duração: R/4 1 4

Colcheia Duração: R/8 ½ 8

Semi Colcheia Duração: R/16 ¼ 16

Fusa Duração: R/32 1/8 32

Semi Fusa Duração: R/64 1/16 64

Duração:
Quartifusa R/128
1/32 128

Notas, Pausas e Seus Respectivos Tempos.

Oitava
Em música, uma oitava é o intervalo entre uma nota musical e outra com a
metade ou o dobro de sua frequência “grave ou no agudo”. Refere-se igualmente
como sendo um intervalo musical de 2/1.
O nome de oitava tem a ver com a sequência das oito notas da escala maior:
dó, ré, mi, fá, sol, lá, si e dó a que se chama igualmente "uma oitava". E diz-se que o
segundo dó, o último grau da escala, está "uma oitava acima" do primeiro. O nome
tem a ver com os intervalos entre as notas: a partir de uma nota dada (por exemplo,
dó), a seguinte está separada por um intervalo "de segunda", a seguinte por um
intervalo "de terceira", e assim até a “oitava”.

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Representação esquemática de uma oitava.

Pausa
É um silêncio na música e tem duração variável. As pausas obedecem a mesma
proporção das figuras das notas, isto é, cada qual vale duas da seguinte.

Ponto de Aumento
É um ponto que se escreve à direita da nota para aumentar metade do seu
valor. O ponto de aumento também é usado nas pausas com o mesmo resultado. A
nota ou pausa com ponto de aumento se chama “nota pontuada”, ou “pausa
pontuada”.

20
Clave
As claves servem para indicar ao músico como ler o pentagrama. Como a
notação musical é relativa, cada nota pode ocupar qualquer linha ou espaço na
pauta. A clave indica qual a posição de uma das notas e todas as demais são lidas em
referência a essa nota. Cada tipo de clave define uma nota diferente de referência.
Dessa maneira, a "chave" usada para decifrar a pauta é a clave, pois é ela que vai
dizer como as notas devem ser lidas. Daí vem o termo "clave", derivado do latim
"clavis", que significa "chave". A figura abaixo mostra as claves mais freqüentes e as
notas que elas definem. A nota destacada ao final de cada pauta é a nota de
referência.

Sendo assim, a clave é um sinal que se escreve no pentagrama para dar nome
às notas.

São três as claves mais usadas: sol, dó e fá. São assim chamadas porque nas
linhas onde são escritas, se encontram as notas: sol, dó e fá.

Claves

21
Clave de Sol
A clave de sol é um símbolo musical que indica a posição
da nota sol em uma pauta. Atualmente é usada sobre a
segunda linha da pauta, indicando que a terceira oitava
da nota sol, ocasionalmente chamada de sol3, escrever-
se-á sobre esta linha.

A clave de sol origina-se da letra "G", usada no sistema antigo de notação para
indicar a nota sol. Como a música antiga destacava a voz sobre qualquer outra coisa,
necessitavam-se tipos de escrita que adequassem cada voz ao sistema de notação e
as músicas existentes. Como a notação musical é relativa, a princípio cada nota pode
ocupar qualquer linha ou espaço na pauta. Por isso, em alguns lugares
(essencialmente mosteiros) costumou-se colocar no início da pauta um sinal que
indicava qual nota estaria sobre qual linha. No caso, todas as notas através de sua
cifra (na época seu nome) poderiam ser colocadas como claves. Visto que a pauta
não era necessariamente o pentagrama atual, e podia ter de 1 a 11 linhas, a clave
indicava com facilidade em qual linha estaria a nota da cifra da clave, e todas as
demais poderiam ser lidas em referência a essa nota.

Por exemplo, se colocássemos a clave de sol na primeira linha, de baixo para


cima, esta linha seria a nota sol3, na linha seguinte a nota si3 e assim por diante. Se
colocássemos a clave de ré na segunda linha, sobre esta seria a nota ré e portanto,
sobre a próxima a nota fá, e assim por diante.

Com o passar do tempo, a clave de sol foi tomando destaque e passou a ser
usada para vozes agudas. De mesmo modo, seu uso em outras linhas foi diminuindo
até que ficou basicamente na segunda linha da pauta, indicando a nota sol3 sobre
esta. Como a escrita da época era ornamentada, e copiada à mão pelos copistas, o
desenho da clave foi evoluindo de um "G" para o formato atual.

Atualmente, ela indica sons agudos com boa precisão (especialmente do dó3
para o agudo) e é usada pela grande maioria dos instrumentos musicais.

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Clave de Dó
A Clave de Dó define a altura da nota Dó e é indicada pelo
centro da figura (o encontro entre os dois C`s invertidos).
Originalmente a clave de dó foi criada para representar as
vozes humanas. Cada voz era escrita com a clave de dó
em uma das linhas. O alto era representado
com a clave na terceira linha, o tenor na quarta linha e o mezzo-soprano era
representado com a clave de Dó na segunda linha. Este uso se tornou cada vez menos
frequente e esta clave foi substituída pelas de sol para as vozes mais agudas e a de fá
para as mais graves.

Hoje em dia, a posição mais frequente é a mostrada na figura, com o dó na terceira


linha, representando uma tessitura média, exatamente entre as de sol e fá. Um dos
poucos instrumentos a utilizar esta clave na sua escrita normal é a viola. Esta clave
também pode aparecer ocasionalmente em passagens mais agudas do trombone.
Seu uso vocal ainda ocorre quando são utilizadas partituras antigas.

Sua origem é uma evolução da letra "g", e geralmente é indicada para guiar a pauta
para instrumentos de sons médios, percussão e semi-agudo.

Clave de Fá
A Clave de fá é uma das claves musicais existentes. Seu
símbolo musical, em forma de um "F" estilizado, é a letra
que representava a nota no antigo sistema de notação
musical (letras de A à G), sendo que, entre os dois pontos
encontra-se a linha na qual se assenta a nota Fá.
Geralmente é aplicada na terceira ou quarta linha da pauta musical (contando-se de
baixo para cima), todavia, pode ser aplicada nas outras linhas. É utilizada
principalmente para instrumentos graves como o baixo, a tuba, o contrabaixo, a
parte esquerda do piano, para a voz dos baixos, no passado esta clave era utilizada
para o barítono, mas seu uso na música atual é raro.

Também é possível escrever a clave de fá na terceira linha, possibilitando um registro


ligeiramente mais agudo.

Nesta clave, a linha de referência é indicada pelos dois pontos e assume a nota Fá-2.
A posição mais frequente é a quarta linha. Com esta configuração, a nota Dó-3 do
central do piano ocupa a primeira linha suplementar superior. Por esta razão,
costuma-se dizer que a clave de sol começa onde a de fá termina.

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Esta clave é utilizada na escrita da mão esquerda dos instrumentos de teclado,
instrumentos de registro grave, como o violoncelo, o contrabaixo, o fagote, o
trombone e o eufônio em Dó bem como as vozes mais graves.

Clave de Percussão
Esta clave não tem o mesmo uso das demais. Sua
utilização não permite determinar a altura das linhas e
espaços da pauta. Serve apenas para indicar que a clave
será utilizada para representar instrumentos de
percussão de altura não determinada, como uma
bateria, um tambor ou um conjunto de congas.
Neste caso as notas são posicionadas arbitrariamente na pauta, indicando apenas as
alturas relativas. Por exemplo, em uma bateria, o bumbo pode ser representado na
primeira linha por ser o tambor mais grave e um chimbal pode estar em uma das
linhas mais altas por se tratar de instrumento mais agudo.
Os instrumentos de percussão afináveis utilizam notação com as claves
melódicas. Os tímpanos, por exemplo, são escritos na clave de fá.

Exemplos:

Leitura das Notas Conforme a Clave de SOL, DÓ e de FÁ.

O objetivo é de que a maior parte das notas seja escrita em linhas de pauta e
não em linhas suplementares, já que seriam neste caso, mais difíceis de ler. Assim, a
clave de Sol usa-se para notas correspondentes a sons de médios a agudos, a clave de
Dó para os médios e a de Fá para sons graves a médios.

24
Ao lado estão representadas exatamente
as mesmas notas em cada clave.
É notória a diferença resultante da
utilização de diferentes claves para
escrever exatamente o mesmo trecho!

Mesmas Notas, Claves diferentes.

Relação Entre as Claves.

As claves de Dó, Fá e Sol podem ser modificadas por números de oitavas. Um


oito ou quinze sobre a clave indica que a tessitura da pauta será elevada em uma ou
duas oitavas respectivamente. De forma similar um oito ou quinze sob a clave rebaixa
a tessitura em uma ou duas oitavas respectivamente.

Compasso
Na notação musical, um compasso é uma forma de dividir quantizadamente
em grupos os sons de uma composição musical, com base em pulsos e repousos.
Muitos estilos musicais tradicionais já presumem um determinado compasso, a valsa,
por exemplo, tem o compasso 3/4 e o rock tipicamente usa os compassos 4/4,12/8
ou 3/4.
Os compassos facilitam a execução musical, ao definir a unidade de tempo, o
pulso e o ritmo da composição ou de partes dela. Os compassos são divididos na
partitura a partir de linhas verticais desenhadas sobre a pauta. A soma dos valores
temporais das notas e pausas dentro de um compasso deve ser igual à duração
definida pela fórmula de compasso.
Resumidamente pode-se afirmar que o compasso é a divisão da música em
pequenas partes de duração igual ou variável. É escrita no início da música, logo após
a clave.

Conceitos Básicos de Compassos:


Tempo: é uma parte do compasso. Os compassos podem ter tempos
diferentes:
o Compasso binário: tem 2 tempos.
o Compasso ternário: tem 3 tempos.
o Compasso quaternário: tem 4 tempos.
Unidade de tempo ou qualidade da nota: é a nota que representa um tempo
do compasso. As mais usadas são a mínima, a semínima e a colcheia.

Exemplos:
Unidade de tempo de mínima:

Unidade de tempo de semínima:


O “C” serifado é uma notação alternativa a 4/4 significando, por isso, que a duração
de cada compasso é a de 4 semínimas.

Unidade de tempo de colcheia:

Fórmula do Compasso
Em uma fórmula de compasso, o denominador indica em quantas partes uma
semibreve deve ser dividida para obtermos uma unidade de tempo (na notação atual,
a semibreve é a medida com maior duração possível para ser atribuída a um tempo,
sendo ela tomada como referência para as demais durações). O numerador define
quantas unidades de tempo o compasso contém. No exemplo abaixo estamos
perante um tempo de "quatro por quatro". Isso significa que a unidade de tempo tem
26
duração de 1/4 da semibreve (uma semínima) e o compasso tem 4 unidades de
tempo. Neste caso, uma semibreve iria ocupar todo o compasso. Cada compasso
pode ter qualquer combinação de notas e pausas, mas a soma de todas as durações
nunca pode ser menor nem maior que quatro unidades de tempo (Neste exemplo).

“Dois por Quatro” “Quatro por Quatro”


“Seis por Oito”

A fórmula de compasso é escrita no início da composição ou de cada uma de suas


seções e quando ocorre mudança de fórmula durante a música (nesse caso esta
mudança é escrita diretamente no compasso que tem a nova duração).

Certas composições podem ter uma estrutura rítmica que alterna fórmulas de
compasso de uma forma sempre igual. Neste caso, todas as fórmulas podem ser
indicadas no início da partitura ou da seção correspondente.

A escolha da fórmula de compasso permite determinar uma pulsação à música. Cada


pulsação, ou tempo, tem a mesma duração. Geralmente o primeiro tempo de um
compasso é tocado de forma mais forte ou mais acentuada. Em alguns tipos de
compasso, existe ainda um tempo com intensidade intermediária. Esta alternância de
pulsos fortes e fracos cria uma sensação de repetição ou circularidade. Existem
composições que não apresentam ritmo perceptível, chamadas composições com
tempo livre. Para estas não é necessário utilizar fórmulas ou linhas de compasso na
partitura.

Numerador
Como já foi citado anteriormente, o número de cima (numerador) da fórmula
de compasso indica a quantidade de tempos de cada compasso. Como este número
indica a quantidade de pulsos em cada compasso, pode ser utilizado qualquer valor
de numerador, desde que a estrutura do compasso esteja vinculada a uma idéia
musical. Embora haja alguns valores mais comuns, nada impede que um compositor
utilize fórmulas com estruturas bastante complexas, principalmente em jazz e música
erudita contemporânea, onde fórmulas como 17/16, 19/16, 13/8 ou outros são
comuns.

27
Denominador
O número inferior da fórmula, tanto nos compassos simples como nos compostos,
representa as seguintes notas:

.....
No compasso simples o número inferior indica a unidade de tempo e o superior o
número de tempos.

No compasso composto, o número inferior indica as notas em que se subdivide a


unidade de tempo e o superior, o total dessas notas num compasso.

Classificações dos Compassos


Os compassos podem ser classificados de acordo com dois critérios: se
levarmos em conta as notas que o compõem podemos dividi-los em simples e
compostos. Se por outro lado considerarmos a métrica, eles podem ser binários,
ternários, quaternários ou complexos.

Compasso Simples
Compasso simples é aquele em que cada unidade de tempo corresponde à
duração determinada pelo denominador da fórmula de compasso. Por exemplo, um
compasso 2/4 possui dois pulsos com duração de 1/4 (uma semínima) cada. Os tipos
mais comuns de compassos simples possuem 2 ou 4 no denominador (2/2, 2/4, 3/4
ou 4/4).

28
Exemplo de Compasso Simples.

Compasso Composto
É aquele em que cada unidade de tempo é subdividida em três notas, cuja
duração é definida pelo denominador da fórmula de compasso. Por exemplo, no
compasso 6/8, o denominador indica que uma semibreve foi dividida em 8 partes
(em colcheias) e o numerador indica quantas figuras preenchem o compasso, ou seja,
o compasso é formado por 6 colcheias. No entanto a métrica deste compasso pode
ser binária, ou seja, dois pulsos por compasso. Por isso cada unidade de tempo não é
uma colcheia, mas sim um grupo de três colcheias (ou uma semínima pontuada).
Como cada pulso é composto de três notas, esse compasso é definido como
composto. Obtém-se um compasso composto multiplicando um compasso simples
pela fração de 3/2 por exemplo: o compasso 2/4 é binário simples, (2/4)*(3/2)=6/8
que corresponde a um binário composto. 3/4 é ternário simples, (3/4)*(3/2)=9/8 que
corresponde a um ternário composto 4/4 é quaternário simples, (4/4)*(3/2)=12/8
que corresponde a um quaternário composto.

29
Compasso Binário
Célula rítmica formada por dois tempos. O pulso é forte - fraco, ou seja, o
primeiro tempo do compasso é forte e o segundo é fraco. Um ritmo binário pode ser
simples ou composto. Exemplos de binários simples são os compassos 2/8, 2/4, 2/2.
Alguns exemplos de binário composto são 6/4 6/8, 6/16, desde que haja divisão
binária.

O ritmo binário é utilizado em marchas, em algumas composições, música erudita e


de jazz, além de muitos ritmos populares, tais como o frevo, baião, ska, samba, blues,
polca, rumba fado, bossa nova, etc. Na forma composta, pode ser encontrado nos
minutos e em muitos ritmos latinos.

Compasso Ternário
Métrica formada por três tempos. Também o ternário pode ser simples (por
exemplo, 3/4, 3/2) ou composto (como 9/8, 9/16, sempre em divisão ternária). Os
principais ritmos a utilizar o ternário simples é a valsa e a guarânia. A forma composta
é usada principalmente em danças medievais, na música erudita e no jazz.

30
Compasso Quaternário
Compõe-se de quatro tempos. Pode ser formada pela aglomeração de dois
binários, simples ou compostos. A aglomeração pode ser notada quando o primeiro
tempo é acentuado, segundo e quarto são fracos e o terceiro tem intensidade
intermediária.
São alguns exemplos de compasso quaternário simples 4/2, 4/4, 4/8, 4/16. De
quaternários compostos, podemos citar 12/4, 12/8, 12/16.

Compasso Complexo
Uma característica auditiva não nos permite realizar compassos acima de
quatro tempos sem contá-los ou subdividi-los em outros. Por isso, os compassos
acima de 4 tempos apresentam sempre uma subdivisão interna em partes menores
ou iguais a 4 tempos.

Alguns compositores utilizam compassos com métricas 5/4, 5/8, 7/8, 10/8,
11/8 e várias outras, trata-se sempre de aglomerações. No 5/4, por exemplo, trata-se
da justaposição de um 2/4, seguido de um 3/4 (ou vice-versa). Outro exemplo é o 7/4
que pode se formar por um 2/4, um 3/4 e outro 2/4, ou por um 4/4 e um 3/4 e assim
por diante, de tantas maneiras quanto for possível dividir em unidades binárias,
ternárias e quaternárias. Também pode-se dizer compasso irregular ou alternado.

É interessante notar que o que chamamos de compasso composto são


justaposições de unidades ternárias.

Compassos Complexos Particulares


Um interessante tipo de compasso complexo é a justaposição 3/X + 3/X + 2/X,
formando um compasso teoricamente 8/X. Essa subdivisão é muito comum na
31
música de todo o mundo ocidental e também de diversos outros povos (é a divisão
utilizada, por exemplo, na rumba). Por ter um uso tão amplo, a grafia 8/X nas
partituras deu lugar a grafias mais simples, relacionadas mais ao estilo de cada caso
que à correção meticulosa da notação. Em alguns casos o que aparece na partitura é
2/4 (na verdade 3/16 +3/16 + 2/16); em outros, 4/4 (na verdade 3/8 + 3/8 + 2/8) ou
2/2 (igualmente, mas com divisão binária).

Combinações de Compassos Complexos


Vastamente utilizado por bandas de rock progressivo, dão grande
complexidade e unicidade às músicas. Exemplos: 4/4, 3/4 (dando a idéia de 7/4);
15/16, 4/4, 7/8, 19/16 (de maior complexidade); 6/8, 6/8, 6/8, 5/8; etc. Permitindo
qualquer combinação de compassos, mesmo sendo apenas entre os mais simples,
amplia-se a concepção de compassos não apenas como divisões facilitadoras, mas
como unidades básicas de uma composição musical.

Compassos Correspondentes
Todo o compasso simples tem um correspondente composto e vice-versa. É
fácil encontrar um compasso correspondente através das figuras de tempo. Levando
em conta os compassos 2/4 e 6/8, simples e composto respectivamente, temos no
primeiro a figura de duas semínimas por compasso, e no segundo, o de duas
semínimas pontuadas por compasso (dois pares de colcheia). Lembrando que apesar
da leitura ser de seis colcheias por compasso, o compasso de 6/8 é um 2/4 composto.
Um compasso simples transforma-se no seu correspondente composto,
fazendo as seguintes operações:

32
1. Multiplica-se o numerador da fração por 3 e o denominador por 2;
2. Aplica-se um ponto de aumentação às figuras que preenchem cada tempo;
Um compasso composto transforma-se no seu correspondente simples, pelas
operações inversas:
1. Divide-se o numerador da fração por 3 e o denominador por 2;
2. Suprime-se o ponto de aumentação às figuras que preenchem cada tempo;

Exemplo:
2/4 (simples) e 6/8 (composto) são correspondentes binários;
3/4 (simples) e 9/8 (composto) são correspondentes ternários;
4/4 (simples) e 12/8 (composto) são correspondentes quaternários;

Equivalência de Notações.

Repetição de Compassos
A repetição de compassos pode ser abreviada por sinais. Quando muitos
compassos se repetem usamos a barra dupla com dois pontos chamados de ritornello
para voltarmos ao começo da música. Ao encontrarmos o terceiro ritornello,
voltamos para o segundo conforme o exemplo.

Quando o trecho deve ser repetido do início, usamos a expressão “Da capo” ou
abreviamos com D.C.

33
Exercícios Para Flauta Doce Soprano.
Para a realização dos exercícios nesta fase inicial segure a flauta fechando a
mão direita entorno do pé. Só a mão direta segura a flauta.
Para obter o som, pouse suavemente o bocal da flauta sobre o lábio inferior e
cubra-o levemente com o lábio superior. O sopro deve ser firme como o apagar da
chama de uma vela. Emita este sopro como um ataque, pronunciando um tu. Se você
assim o fizer estará emitindo um lindo som com a sua flauta.

Notas Sol, Lá e Si

O ponto preto deslocado a esquerda de cada coluna de pontos é tampado com o


dedo polegar, os outros são o indicador, o médio e o anular da mão esquerda,
tapando os buracos da flauta do bocal para o pé.
Assim fazendo estará digitando as notas Sol, Lá e Si.
Com a digitação de cada uma das notas, realize agora um sopro suave como se
soprasse uma vela pronunciando um tut. Treine para que você consiga um som doce,
cheio, vibrante. A intensidade do sopro vai até onde o som produzido na flauta não
esguichar. Treine este limite.
Notas no Pentagrama

Notas de Quatro Tempos (Sol, Lá e Si)

Os exercícios estão escritos em compassos quaternários. Deve-se contar


mentalmente 1, 2, 3, 4, enquanto toca na flauta cada uma das notas musicais escritas
no pentagrama. Outra forma seria bater com o pé ou balançar o corpo para frente e

34
para trás, enquanto conta os tempos. Faça inicialmente a leitura das notas,
pronunciando seus nomes. Se você conseguir lê-las no tempo, com certeza irá tocá-
las corretamente.
Cada nota deve ser iniciada com um novo sopro.

Notas De Dois Tempos (Sol, Lá e Si)

O mesmo se aplica com as notas de dois tempos. Cuidado com a nota final (quatro
tempos).

Notas De Um Tempo (Sol, Lá e Si)

Sempre um novo sopro para cada nota. O ataque da nota é muito importante para
emitir o som limpo e suave da flauta doce. Sopre como se apagasse uma vela,
pronuncie um tut.
Lembre-se de que um erro repetido torna-se um aprendizado difícil de ser corrigido.
Portanto estude corretamente com dedicação e disciplina. É muito importante esta
fase do seu aprendizado, ele ficará registrado para sempre na sua memória musical.
Corrija seu sopro (tut). Marque os tempos (1, 2...). Cada nota um novo sopro e respire
à vontade sempre que tiver necessidade.

Notas Dó, Lá e Si2

A novidade nesta lição é o Si2. Soando igual ao Si1 ele tem uma importância enorme
como uma técnica para o flautista executar melhor suas músicas. Portanto estude
com dedicação para nesta fase dominar o Si2 e registrar na sua memória musical uma
técnica primorosa.
Notas no Pentagrama
35
Nota de Quatro Tempos

Notas de Dois Tempos

Notas de Um Tempo

Na escala ascendente use o Si1. Na escala descendente use o Si2.

Notas de Meio Tempo

Como executar as notas de meio tempo? Lembra-se daquela dica de bater o pé?
Imagine o movimento do pé, para baixo e para cima. As notas de meio tempo serão
executadas uma quando o pé baixar e a próxima quando o pé levantar. Assim o
movimento do pé executando as notas de um tempo agora subdivide-se em duas
secções para formar dois meios tempos. No exercício acima o aluno toca o sol
quando baixar o pé e toca o si quando levantar. No momento seguinte toca o lá
quando baixar o pé e toca o dó quando levantar. O movimento pode ser batendo o
pé ou balançando o corpo para frente e para trás.

36
POSIÇÕES DAS NOTAS NA FLAUTA

Notas Graves

Notas Agudas

Notas em DÓ

37
Notas em RÉ

Notas em MI

Notas em FÁ

38
Notas em SOL

Notas em LÁ

Notas em SI

39
A música como regra geral é escrita num conjunto de 5 linhas paralelas que
chamamos de PAUTA ou PENTAGRAMA. Pauta é o nome do conjunto de linhas
utilizado para escrever as notas musicais de uma partitura no sistema de notação da
música ocidental.

Pentagrama.

POSIÇÕES DAS NOTAS NA PAUTA

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ESCALAS
Escala de Dó Natural
Todas as notas são naturais, ou seja, sem a presença de notas com acidentes (#
ou b). Na execução deste exercício iniciamos com notas de 4 tempos decaindo o
tempo das notas a cada repetição.

Escala de DÓ NATURAL

Repita o exercício agora com as notas agudas.

Escala de DÓ NATURAL (notas agudas - uma oitava acima)

41
Escala de SOL
Na escala de SOL existe uma nota com acidente sustenido (#), sendo o FA#.
Como no exercício anterior iniciamos com notas de 4 tempos decaindo o tempo das
notas a cada repetição.
O sustenido (#) faz com que a nota dessa ou caia meio tom, ou seja ela fica ½ tom
abaixo da nota natural.

Escala de SOL.

Repita o exercício convertendo as notas MI, FA# e o último SOL em notas


agudas.

Escala de SOL (Três últimas notas uma oitava acima – aguda).

42
Escala de RÉ

Na escala de RÉ existem duas notas com acidente sustenido (#), sendo o FA# e
DÓ#. Como no exercício anterior iniciamos com notas de 4 tempos decaindo o tempo
das notas a cada repetição.

Escala de RÉ.

Repita o exercício com as notas agudas, uma oitava acima.

Escala em RÉ (uma oitava acima - agudas).

43
Escala de LÁ

Na escala de LÁ existem três notas com acidente sustenido (#), sendo o DÓ#,
FÁ# e SOL#. Como no exercício anterior iniciamos com notas de 4 tempos decaindo o
tempo das notas a cada repetição.

Escala de LÁ.

44
Escala de FÁ

Na escala de FÁ existe uma nota com acidente bemol (b), sendo o SIb. Como
no exercício anterior iniciamos com notas de 4 tempos decaindo o tempo das notas a
cada repetição.

Escala de FÁ.

45
Escala de SIb

Na escala de SIb existem duas notas com acidente bemol (b), sendo o SIb e
MIb. Como no exercício anterior iniciamos com notas de 4 tempos decaindo o tempo
das notas a cada repetição.

Escala de SIb.

Para entender as partituras, você precisa conhecer um pouco melhor os símbolos


mais usados.

46
Símbolos Mais Usados em Partituras

Linhas
Pauta ou Pentagrama
São cinco linhas e quatro espaços. A pauta musical serve para
escrever as partituras (feitas com notas, pausas, claves, etc.)
Linhas e Espaços Suplementares
São linhas que existem acima ou abaixo da pauta porque nem
sempre as 5 linhas e 4 espaços são suficientes para receberem
todas as notas da música e representam sons agudos (quando
acima da pauta) e sons graves (quando abaixo da pauta).
Linhas de Compasso
Usada para separar dois compassos.
Linha de compasso dupla
Usada para separar duas seções da música.
Linha de compasso tracejada
Subdivide compassos.
Barra final
Marca o fim de uma composição.

Figuras e Pausas
Notas unidas
Linhas de união conectam grupos de colcheias e notas menores,
para facilitar a leitura.
Nota pontuada
O uso de pontos à direita da figura permite prolongar a duração
de uma nota. Um ponto aumenta a duração de uma nota em
metade do tempo original. Dois pontos aumentam três quartos
da duração original, três pontos aumentam sete oitavos e assim
por diante. Pausas também podem ser pontuadas da mesma
forma que as notas.
Compassos de espera
Marcação abreviada de pausa, indicando por quantos compassos
deve-se manter a pausa.

47
Marcas de Interrupção
Marca de respiração
Em uma partitura vocal, indica o momento correto de fazer uma
inspiração.
Cesura
Indica que o músico deve silenciar completamente seu
instrumento entre uma nota e a próxima.

Acidentes e Armaduras de Claves


Os acidentes modificam a altura das notas à sua direita e de todas as notas na
mesma posição na pauta até o final do compasso corrente.
Duplo bemol
Abaixa a altura da nota em seu nível em um tom(dois semitons).

Bemol e meio
Abaixa a altura da nota que se segue em três quartos de tom.

Bemol
Abaixa a altura da nota que se segue em um semitom.

Meio bemol
Abaixa a altura da nota que se segue em um quarto de tom.

Bequadro
Cancela qualquer acidente prévio na mesma nota.
Meio sustenido
Eleva a altura da nota que se segue em um quarto de tom.

Sustenido
Eleva a altura da nota que se segue em um semitom.

Sustenido e meio
Eleva a altura da nota que se segue em três quartos de tom.
Duplo sustenido
Eleva a altura da nota em seu nível em um tom(dois semitons).

48
Armadura de Clave
Define a tonalidade da música, indicando quais notas têm sua altura modificada por
bemóis ou sustenidos durante toda a música ou até que uma nova armadura de
clave seja utilizada. Se nenhum acidente for colocado junto à clave, o tom da música
é Dó maior ou Lá menor. Os exemplos mostrados estão em clave de sol.
Armadura com Bemóis
Abaixa a altura de todas as notas indicadas pelos bemóis nas
posições indicadas junto à clave e as notas de mesmo nome em
qualquer oitava. Os bemóis são acrescentados de acordo com a
sequência do ciclo das quartas, ou seja Sib, Mib, Láb, Réb, Sólb,
Dób e Fáb. Tonalidades diferentes são indicadas pelo número de
acidentes. Por exemplo, se os dois primeiros bemóis são usados
(Sib e Mib), a tonalidade é Sib maior ou Sol menor.
Armadura com Sustenidos
Eleva a altura de todas as notas indicadas pelos sustenidos nas
posições indicadas junto à clave e as notas de mesmo nome em
qualquer oitava. Os sustenidos são acrescentados de acordo com
a sequência do ciclo das quintas, ou seja Fá#, Dó#, Sol#, Ré#, Lá#,
Mi# e Si#. Tonalidades diferentes são indicadas pelo número de
acidentes. Por exemplo, se os quatro primeiros sustenidos são
usados (Fá#, Dó#, Sol# e Ré#), a tonalidade é Mi maior ou Dó#
menor.

Fórmula de Compasso
A marcação de Tempo define a métrica das notas, a duração dos compassos e a
pulsação da composição.
Fórmula de Compasso
O númerador indica o tamanho do compasso em batidas ou
pulsos. O denominador indica qual valor de nota (em frações de
uma semibreve) serve de referência de tempo para o pulso. Por
exemplo 4/4 indica que há quatro pulsos por compasso e a
semínima (1/4 de uma semibreve) é a unidade de tempo.
Tempo Quaternário
Este é o tempo mais usado e representa abreviadamente uma
fórmula de 4/4.
Tempo 2/2
Indica um tempo de 2/2.

Marca de metrônomo
Escrita no início da partitura, indica precisamente a duração de
uma unidade de tempo (ou de um pulso), em batidas por
minuto. Neste exemplo, a marca indica que 120 unidades de
tempo (semínimas) ocupam um minuto, ou que a pulsação é de
120 batidas por minuto (120 BPM).
49
Articulação
Ligadura
A ligadura é um sinal de forma semicircular que se coloca acima
ou abaixo das notas para ligar sons. Existem 3 tipos de ligadura:
valor, articulação e de frase ou fraseado. A de valor é a união de
duas ou mais notas da mesma altura e mesmo nome. As
durações das notas são somadas e ela é tocada como uma única
nota. A ligadura de articulação liga duas notas de nomes
diferentes. A ligadura de frase ou fraseado liga três ou mais
notas de nomes diferentes.
Legato ou ligadura
Notas cobertas por este símbolo devem ser tocadas sem
nenhuma interrupção como se fosse uma só.

Glissando
Uma variação contínua de altura entre os dois extremos.

Marca de Fraseado
Indica como as notas devem ser ligadas para formar uma frase. A
execução varia de acordo com o instrumento.
Tercina
Condensa três notas na duração que normalmente seria ocupada
por apenas duas. Se as notas forem unidas por uma barra de
ligação, as chaves ao lado do número podem ser omitidas.
Grupos maiores podem ser formados e recebem o nome
genérico de quiálteras, em que um certo número de notas é
condensado na duração da maior potência de dois menor que
aquele número. Por exemplo, seis notas tocadas na duração que
seria ocupada por quatro notas.
Acorde
Três ou mais notas tocadas simultaneamente. Se apenas duas
notas são tocadas isso é chamado de intervalo.
Arpejo, Harpejo ou Arpeggio
Como um acorde, mas as notas não são tocadas
simultaneamente, mas sim uma de cada vez em seqüência.

50
Dinâmica
É a forma como a intensidade ou volume de som varia ao longo da música.
Pianíssimo
Execução muito suave.
Piano
Suave.
Mezzo-piano
Suave, mas ligeiramente mais forte que o piano.
Mezzo-forte
Metade da intensidade do forte.
Forte
Execução com intensidade elevada.

Fortíssimo
Muito forte.

Sforzando
Denota um aumento súbito de intensidade.

Crescendo
Um crescimento gradual do volume. Esta marca pode ser
estendida ao longo de muitas notas para indicar que o volume
cresce gradualmente ao longo da frase musical.

Diminuendo
Uma diminuição gradual do volume. Pode ser estendida como o
crescendo.

51
Acentos
Indicam como notas individuais devem ser tocadas. A combinação de vários
símbolos pode indicar com mais precisão a execução esperada.
Staccato
A nota é destacada das demais por um breve silêncio. Na prática
há uma diminuição no tempo da nota. Literalmente significa
"destacado".
Staccatissimo
A nota é mais curta ficando mais separada das demais.

Acento
A nota deve ser atacada com vigor e suavizada em seguida.
Pizzicato
Uma nota de um instrumento de corda com arco, em que a
corda é pinçada ao invés de tocada com o arco.
Snap Pizzicato (Pizzicato Bartók)
Em um instrumento de corda indica que a corda é muito esticada
longe do corpo do instrumento e solta para provocar um estalo.
Harmônica Natural
Tocada em um instrumento de corda pela divisão suave da corda
em frações da série harmônica. Produz um timbre diferente da
execução normal.
Tenuto
Uma nota sustentada. A combinação de um tenuto com um
staccato produz um "portato", ou portamento em que cada nota
é tocada pelo tempo normal, como o marcato mas levemente
ligada às notas vizinhas.
Fermata
Uma nota sustentada indefinidamente, tendo sua duração
original prolongada ao gosto do executante. A fermata também
pode aparecer sobre pausa, indicando uma suspensão, ou sobre
a barra de compasso, indicando uma cesura.
Sull'arco
Em um instrumento de corda, a nota é produzida pela subida do
arco.

Giù arco
Como o anterior, mas na descida do arco.

52
Ornamentos
Provocam diversas alterações na altura, duração ou forma de execução de cada
nota.
Trilo ou trinado
Uma alternância rápida entre a nota especificada e o semitom
imediatamente mais agudo, durante toda a duração da nota.
Mordente
A execução da nota especificada seguida do semitom abaixo do
especificado e a volta à altura normal, durante o valor da nota
Equivale a tocar três notas ligadas no tempo do valor da nota. Na
forma da figura é chamado de mordente inferior. Sem a linha
vertical, o semitom inserido na nota é acima da nota normal e o
mordente é chamado de superior.
Grupetto
O grupetto é uma figura(ornamento musical) que se parece com
um "S" deitado, que transforma a execução da nota marcada
como se fosse um mordente superior e um inferior nesta ordem,
de acordo com a duração da nota. Sua execução é feita tocando-
se a nota acima da marcada, seguindo com a nota marcada, a
nota abaixo da marcada e então a nota marcada novamente. O
tempo da execução do grupetto deve ser o mesmo tempo da
nota marcada.
Appoggiatura
A primeira metade da duração da nota principal é tocada com a
altura da nota ornamental.
Acciaccatura
Semelhante à appoggiatura, mas a nota ornamental é tocada
muito rapidamente e não chega a "roubar" metade do tempo da
nota principal.

53
Oitavas
Ottava Alta
Ou oitava acima. Notas abaixo da linha pontilhada são tocadas
uma oitava acima do escrito.
Ottava Bassa
Ou oitava abaixo. Notas abaixo da linha pontilhada são tocadas
uma oitava abaixo do escrito.

Quindicesima Alta
Notas abaixo da linha pontilhada são tocadas duas oitavas acima
do escrito.

Quindicesima Bassa
Notas abaixo da linha pontilhada são tocadas duas oitavas abaixo
do escrito.

Marcas de Pedal
Usadas pelos pianistas.
Inicia pedal
Indica ao pianista que pise no pedal de sustentação.
Libera pedal
Indica ao pianista que solte o pedal de sustentação.

Marca de Pedal Variável


Denota o uso freqüente do pedal de sustentação. A linha inferior
indica que o pedal deve permanecer abaixado por todas as notas
em que ela se encontra. As marcas em V invertido indicam que o
pedal deve ser liberado brevemente e apertado novamente.

54
Repetição e Codas
Tremolo
Uma nota repetida rapidamente. Se a marca está entre duas
notas então elas devem ser alternadas rapidamente.
Marcas de Repetição ou Rittornello
Delimitam uma passagem que deve ser tocada mais de uma vez.
Se não houver uma marca à esquerda, a marca à direita faz
retornar para o início da música.
Simile
Indica que os grupos precedentes de compassos ou tempos
devem ser repetidos.
Chaves de Volta
Denotam que uma passagem repetida deve ser tocada de forma
diferente a cada vez. A chave 1 é tocada antes da repetição, o
trecho anterior é repetido e quando chega novamente ao
mesmo ponto, a execução passa para a segunda chave. Pode
haver variações para uma terceira repetição e assim
sucessivamente.
Da Capo
Indica que o músico deve repetir a última parte. Em obras
extensas, freqüentemente indica voltar ao início da peça. Se
seguido por al fine indica que a música só deve ser repetida até a
marca fine. Se for seguida por al coda a música deve ir até a
marca de coda (ver abaixo) e pular para o trecho final.
Dal Segno
Indica que a execução deve ir para o segno mais próximo. É
seguido por al fine ou al coda, da mesma forma que da capo.
Segno
Marca usada com dal segno.
Coda
Indica um pulo para frente na música até a passagem final,
indicada pelo mesmo sinal. Só é usada depois que a música já foi
executada uma vez e uma indicação D.S. al coda ou D.C. al coda
foi seguida.

55
PARTITURAS

01 – OLD Mac DONALD

02 – CANÇÃO DE NINAR DA FRANÇA

03 – MARIA TINHA UM CARNEIRINHO

04 – BRILHA, BRILHA ESTRELINHA

56
05 – A CANOA VIROU

06 – TEMA DA NONA SINFONIA (EM SI)


Bethovem

6.1 – TEMA DA NONA SINFONIA (EM MI)

57
07 – ASA BRANCA

08 – PEIXE VIVO

09 – LUAR DO SERTÃO

58
10 – DANZA KOZAK

11 – TITANIC

59
12 – FIVE HUNDRED MILES

13 - DETALHES

60
14 - ANUNCIAÇÃO

15 – CARRUAGEM DE FOGO

61
16 – SAMBA LELE

62
17 – GREENSLEEVS

Tocar somente no final

63
18 – PARABÉNS PRA VOCÊ

19 – MAMY BLUE

64
20 – NATAL DAS CRIANÇAS

65
21 – ARME UM BELO PINHEIRINHO

66
22 – ENTÃO É NATAL

67
23 – O VELHINHO (SAPATINHO DE NATAL)
Octávio Filho

24 – AS QUATRO ESTAÇÕES
Vivaldi

68
25 – NOITE FELIZ
Franz Gruber

69
26 – EU NAVEGAREI

70
27 - CANÇÃO DE NATAL

71
28 - DEUS E EU NO SERTÃO

Repetir duas vezes somente no final

72
29 – JINGLE BELLS (NATAL)
Folclore Ingles

73
30 – BEM-TE-VI

74
31 – CORAÇÃO DE PAPEL

75
32 – A DANÇA DAS HORAS

76
33 – BLOWIN` IN THE WIND

77
34 – ROMANCE

http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADmbolos_da_nota%C3%A7%C3%A3o_musical_moderna

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