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DISCIPLINA Art. 3º. Hierarquia militar estadual é a ordenação pro-
LEGISLAÇÃO DA PM gressiva da autoridade, em graus diferentes, da qual decorre a
PROFESSOR
Airton Queiroz obediência, dentro da estrutura da Polícia Militar e do Corpo
de Bombeiros Militar, culminando no Governador do Estado,
Chefe Supremo das Corporações Militares do Estado.
§ 1º. A ordenação da autoridade se faz por postos e
1 – Código Disciplinar atualizado até a
graduações, de acordo com o escalonamento hierárquico, a
Lei 15.797 de 2015..................................................03 antiguidade e a precedência funcional.
2 – Estatuto da PM/CE atualizado até a § 2º. Posto é o grau hierárquico dos oficiais, conferido
por ato do Governador do Estado e confirmado em Carta
Lei 15.797 de 2015..................................................22 Patente ou Folha de Apostila.
3 – Lei Complementar 98..............................................43 § 3º. Graduação é o grau hierárquico das praças, conferido
pelo Comandante-Geral da respectiva Corporação Militar.
4 – Lei de Promoção.....................................................49 Art. 4º. A Antiguidade entre os militares do Estado, em
igualdade de posto ou graduação, será definida,
Assunto 1: sucessivamente, pelas seguintes condições:
I - data da última promoção;
Código Disciplinar atualizado até a Lei 15.797 II - prevalência sucessiva dos graus hierárquicos
de 2015 anteriores;
III - classificação no curso de formação ou habilitação;
LEI Nº 13.407, DE 21.11.03 (D.O. DE 02.12.03) IV - data de nomeação ou admissão;
Atualizado até a lei 14.933 de 2011; 15.051 de 2011 e V - maior idade.
15.797/15. Parágrafo único. Nos casos de promoção a
Segundo-Tenente ou admissão de Cadetes ou Alunos-
Institui o Código Disciplinar da Polícia Soldados prevalecerá, para efeito de antiguidade, a
Militar do Ceará e do Corpo de Bombeiros ordem de classificação obtida nos respectivos cursos ou
Militar do Estado do Ceará, dispõe sobre o concursos. (Redação dada pela lei 15.797\15).
comportamento ético dos militares Art. 5º. A precedência funcional ocorrerá quando, em
estaduais, estabelece os procedimentos para igualdade de posto ou graduação, o oficial ou a praça:
apuração da responsabilidade I - ocupar cargo ou função que lhe atribua superiori-
administrativo-disciplinar dos militares dade funcional sobre os integrantes do órgão ou serviço que
estaduais e dá outras providências. dirige, comanda ou chefia;
II - estiver no serviço ativo, em relação aos inativos.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
CAPÍTULO II
Faço saber que a Assembleia Legislativa
decretou e eu sanciono a seguinte Lei: Da Deontologia Policial-Militar
Seção I
CAPÍTULO I Disposições Preliminares
Das Disposições Gerais Art. 6º. A deontologia militar estadual é constituída pe-
los valores e deveres éticos, traduzidos em normas de
conduta, que se impõem para que o exercício da profissão do
Art. 1º. Esta Lei institui o Código Disciplinar da Polícia
militar estadual atinja plenamente os ideais de realização do
Militar do Ceará e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
bem comum, mediante:
Ceará, Corporações Militares Estaduais organizadas com base
I - relativamente aos policiais militares, a preservação
na hierarquia e na disciplina, dispõe sobre o comportamento
da ordem pública e a garantia dos poderes constituídos;
ético dos militares estaduais e estabelece os procedimentos
para apuração da responsabilidade administrativo-disciplinar II - relativamente aos bombeiros militares, a proteção
dos militares estaduais. da pessoa, visando sua incolumidade em situações de risco,
Art. 2º. Estão sujeitos a esta Lei os militares do Estado infortúnio ou de calamidade.
do serviço ativo, os da reserva remunerada, nos termos da § 1º. Aplicada aos componentes das Corporações
legislação vigente. Militares, independentemente de posto ou graduação, a
deontologia policial-militar reúne princípios e valores úteis e
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica:
lógicos a valores espirituais superiores, destinados a elevar a
I - aos militares do Estado, ocupantes de cargos
profissão do militar estadual à condição de missão.
públicos não militares ou eletivos;
§ 2º. O militar do Estado prestará compromisso de honra,
II - aos Magistrados da Justiça Militar;
em caráter solene, afirmando a consciente aceitação dos valores
III - aos militares reformados do Estado. e deveres militares e a firme disposição de bem cumpri-los.

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Seção II XII - procurar manter boas relações com outras
Dos Valores Militares Estaduais categorias profissionais, conhecendo e respeitando-lhes os
Art. 7º. Os valores fundamentais, determinantes da limites de competência, mas elevando o conceito e os padrões
moral militar estadual, são os seguintes: da própria profissão, zelando por sua competência e autoridade;
I - o patriotismo; XIII - ser fiel na vida militar, cumprindo os
compromissos relacionados às suas atribuições de agente
II - o civismo;
público;
III - a hierarquia;
XIV - manter ânimo forte e fé na missão militar, mesmo
IV - a disciplina; diante das dificuldades, demonstrando persistência no
V - o profissionalismo; trabalho para superá-las;
VI - a lealdade; XV - zelar pelo bom nome da Instituição Militar e de
VII - a constância; seus componentes, aceitando seus valores e cumprindo seus
VIII - a verdade real; deveres éticos e legais;
IX - a honra; XVI - manter ambiente de harmonia e camaradagem na
X - a dignidade humana; vida profissional, solidarizando-se com os colegas nas
dificuldades, ajudando-os no que esteja ao seu alcance;
XI - a honestidade;
XVII - não pleitear para si, por meio de terceiros, cargo
XII - a coragem.
ou função que esteja sendo exercido por outro militar do
Seção III Estado;
Dos Deveres Militares Estaduais XVIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e
Art. 8º. Os deveres éticos, emanados dos valores particular;
militares estaduais e que conduzem a atividade profissional XIX - conduzir-se de modo não subserviente, sem ferir
sob o signo da retidão moral, são os seguintes: os princípios de hierarquia, disciplina, respeito e decoro;
I - cultuar os símbolos e as tradições da Pátria, do XX - abster-se do uso do posto, graduação ou cargo
Estado do Ceará e da respectiva Corporação Militar e zelar por para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para
sua inviolabilidade; encaminhar negócios particulares ou de terceiros, exercer
II - cumprir os deveres de cidadão; sempre a função pública com honestidade, não aceitando
III - preservar a natureza e o meio ambiente; vantagem indevida, de qualquer espécie;
IV - servir à comunidade, procurando, no exercício da XXI - abster-se, ainda que na inatividade, do uso das de-
suprema missão de preservar a ordem pública e de proteger a signações hierárquicas em:
pessoa, promover, sempre, o bem estar comum, dentro da a) atividade político-partidária, salvo quando candidato
estrita observância das normas jurídicas e das disposições a cargo eletivo;
deste Código; b) atividade comercial ou industrial;
V - atuar com devotamento ao interesse público, c) pronunciamento público a respeito de assunto
colocando-o acima dos anseios particulares; militar, salvo os de natureza técnica;
VI - atuar de forma disciplinada e disciplinadora, com d) exercício de cargo ou função de natureza civil;
respeito mútuo a superiores e a subordinados, e com
XXII - prestar assistência moral e material ao lar, condu-
preocupação para com a integridade física, moral e psíquica de
zindo-o como bom chefe de família;
todos os militares do Estado, inclusive dos agregados,
envidando esforços para bem encaminhar a solução dos XXIII - considerar a verdade, a legalidade e a
problemas surgidos; responsabilidade como fundamentos de dignidade pessoal;
VII - ser justo na apreciação de atos e méritos dos XXIV - exercer a profissão sem discriminações ou restri-
subordinados; ções de ordem religiosa, política, racial ou de condição social;
VIII - cumprir e fazer cumprir, dentro de suas XXV - atuar com prudência nas ocorrências militares,
atribuições legalmente definidas, a Constituição, as leis e as evitando exacerbá-las;
ordens legais das autoridades competentes, exercendo suas XXVI - respeitar a integridade física, moral e psíquica da
atividades com responsabilidade, incutindo este senso em seus pessoa do preso ou de quem seja objeto de incriminação,
subordinados; evitando o uso desnecessário de violência;
IX - dedicar-se em tempo integral ao serviço militar XXVII - observar as normas de boa educação e de
estadual, buscando, com todas as energias, o êxito e o discrição nas atitudes, maneiras e na linguagem escrita ou
aprimoramento técnico-profissional e moral; falada;
X - estar sempre disponível e preparado para as XXVIII - não solicitar publicidade ou provocá-lo visando
missões que desempenhe; a própria promoção pessoal;
XI - exercer as funções com integridade e equilíbrio, XXIX - observar os direitos e garantias fundamentais,
segundo os princípios que regem a administração pública, não agindo com isenção, equidade e absoluto respeito pelo ser
sujeitando o cumprimento do dever a influências indevidas; humano, não se prevalecendo de sua condição de autoridade
pública para a prática de arbitrariedade;

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XXX - não usar meio ilícito na produção de trabalho IV - a correção de atitudes;
intelectual ou em avaliação profissional, inclusive no âmbito V - as manifestações espontâneas de acatamento dos
do ensino; valores e deveres éticos;
XXXI - não abusar dos meios do Estado postos à sua dis- VI - a colaboração espontânea na disciplina coletiva e
posição, nem distribuí-los a quem quer que seja, em na eficiência da Instituição.
detrimento dos fins da administração pública, coibindo, ainda, § 2º. A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser
a transferência, para fins particulares, de tecnologia própria mantidos, permanentemente, pelos militares do Estado, tanto
das funções militares; no serviço ativo, quanto na inatividade.
XXXII - atuar com eficiência e probidade, zelando pela § 3º. A camaradagem é indispensável à formação e ao
economia e conservação dos bens públicos, cuja utilização lhe convívio do militar, incumbindo aos comandantes incentivar e
for confiada; manter a harmonia e a solidariedade entre os seus
XXXIII - proteger as pessoas, o patrimônio e o meio am- comandados, promovendo estímulos de aproximação e
biente com abnegação e desprendimento pessoal; cordialidade.
XXXIV - atuar onde estiver, mesmo não estando em § 4º. A civilidade é parte integrante da educação
serviço, para preservar a ordem pública ou prestar socorro, policial-militar, cabendo a superiores e subordinados atitudes
desde que não exista, naquele momento, força de serviço de respeito e deferência mútuos.
suficiente; Art. 10. As ordens legais devem ser prontamente
XXXV - manter atualizado seu endereço residencial, em acatadas e executadas, cabendo inteira responsabilidade à
seus registros funcionais, comunicando qualquer mudança; autoridade que as determinar.
XXXVI – cumprir o expediente ou serviços ordinário e § 1º. Quando a ordem parecer obscura, o subordinado,
extraordinário, para os quais, nestes últimos, esteja ao recebê-la, poderá solicitar que os esclarecimentos
nominalmente escalado, salvo impedimento de força maior. necessários sejam oferecidos de maneira formal.
§ 1º. Ao militar do Estado em serviço ativo é vedado § 2º. Cabe ao executante que exorbitar no cumpri-
exercer atividade de segurança particular, comércio ou tomar mento da ordem recebida à responsabilidade pelo abuso ou
parte da administração ou gerência de sociedade empresária excesso que cometer, salvo se o fato é cometido sob coação
ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista, cotista irresistível ou sob estreita obediência à ordem, não
ou comanditário. manifestamente ilegal, de superior hierárquico, quando só
§ 2º. Compete aos Comandantes fiscalizar os subordinados será punível o autor da coação ou da ordem.
que apresentarem sinais exteriores de riqueza, incompatíveis com a
remuneração do respectivo cargo, provocando a instauração de CAPÍTULO IV
procedimento criminal e/ou administrativo necessário à
Da Violação dos Valores, dos Deveres e da Disciplina
comprovação da origem dos seus bens.
Seção I
§ 3º. Aos militares do Estado da ativa são proibidas
manifestações coletivas sobre atos de superiores, de caráter Disposições Preliminares
reivindicatório e de cunho político-partidário, sujeitando-se as
manifestações de caráter individual aos preceitos deste Art. 11. A ofensa aos valores e aos deveres vulnera a
Código. disciplina militar, constituindo infração administrativa, penal
§ 4º. É assegurado ao militar do Estado inativo o direito ou civil, isolada ou cumulativamente.
de opinar sobre assunto político e externar pensamento e § 1º. O militar do Estado é responsável pelas decisões
conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente que tomar ou pelos atos que praticar, inclusive nas missões
ao interesse público, devendo observar os preceitos da ética expressamente determinadas, bem como pela não-
militar e preservar os valores militares em suas manifestações observância ou falta de exação no cumprimento de seus deve-
essenciais. res.
CAPÍTULO III § 2º. O superior hierárquico responderá solidariamente,
Da Disciplina Militar na esfera administrativo-disciplinar, incorrendo nas mesmas
Art. 9º. A disciplina militar é o exato cumprimento dos sanções da transgressão praticada por seu subordinado
deveres do militar estadual, traduzindo-se na rigorosa quando:
observância e acatamento integral das leis, regulamentos, I - presenciar o cometimento da transgressão deixando
normas e ordens, por parte de todos e de cada integrante da de atuar para fazê-la cessar imediatamente;
Corporação Militar. II - concorrer diretamente, por ação ou omissão, para o
§ 1º. São manifestações essenciais da disciplina: cometimento da transgressão, mesmo não estando presente
I - a observância rigorosa das prescrições legais e no local do ato.
regulamentares; § 3º. A violação da disciplina militar será tão mais grave
II - a obediência às ordens legais dos superiores; quanto mais elevado for o grau hierárquico de quem a
cometer.
III - o emprego de todas as energias em benefício do
serviço; §4º A disciplina e o comportamento do militar estadual
estão sujeitos à fiscalização, disciplina e orientação pela

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Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança próprios dos estabelecimentos de ensino onde estiver
Pública e Sistema Penitenciário, na forma da lei:” (NR). matriculado.
(OBS: Mesmo com o advento da LC 98 que criou a § 5º. A aplicação das penas disciplinares previstas neste
controladoria e através da lei 14.933 que alterou o parágrafo Código independe do resultado de eventual ação penal ou
4º do artigo 11, a versão do código que se encontra no site da cível.
Controladoria mantém a redação dos incisos abaixo (I,II,V e VII) Art. 13. As transgressões disciplinares são classificadas,
e o parágrafo 5º.) de acordo com sua gravidade, em graves (G), médias (M) e
I - instaurar e realizar sindicância por suposta leves (L), conforme disposto neste artigo.
transgressão disciplinar que ofenda a incolumidade da pessoa º
§ 1 São transgressões disciplinares graves:
e do patrimônio estranhos às estruturas das Corporações I - desconsiderar os direitos constitucionais da pessoa
Militares do Estado; no ato da prisão (G);
II - receber sugestões e reclamações, dando a elas o II - usar de força desnecessária no atendimento de
devido encaminhamento, inclusive de denúncias que cheguem ocorrência ou no ato de efetuar prisão (G);
ao seu conhecimento, desde que diversas das previstas no
III - deixar de providenciar para que seja garantida a
inciso I deste parágrafo, bem como acompanhar as suas
integridade física das pessoas que prender ou detiver (G);
apurações e soluções;
IV - agredir física, moral ou psicologicamente preso sob
III - REVOGADO.
sua guarda ou permitir que outros o façam (G);
IV - REVOGADO.
V - permitir que o preso, sob sua guarda, conserve em
V - propor retificação de erros e exigir providências seu poder instrumentos ou outros objetos proibidos, com que
relativas a omissões e à eliminação de abuso de poder; possa ferir a si próprio ou a outrem (G);
VI - REVOGADO. VI - faltar com a verdade (G);
VII - REVOGADO. VII - ameaçar, induzir ou instigar alguém para que não
VIII - criar grupos de trabalho ou comissões, de caráter declare a verdade em procedimento administrativo, civil ou
transitório, para atuar em projetos e programas específicos, penal (G);
contando com a participação de outros órgãos e entidades da VIII - utilizar-se do anonimato para fins ilícitos (G);
Administração Pública do Estado.
IX - envolver, indevidamente, o nome de outrem para
§ 5º REVOGADO. esquivar-se de responsabilidade (G);
Seção II X - publicar, divulgar ou contribuir para a divulgação ir-
Da Transgressão Disciplinar restrita de fatos, documentos ou assuntos administrativos ou
técnicos de natureza militar ou judiciária, que possam
Art. 12. Transgressão disciplinar é a infração admi- concorrer para o desprestígio da Corporação Militar:
nistrativa caracterizada pela violação dos deveres militares, XI - liberar preso ou detido ou dispensar parte de
cominando ao infrator as sanções previstas neste Código, sem ocorrência sem competência legal para tanto (G);
prejuízo das responsabilidades penal e civil. XII - receber vantagem de pessoa interessada no caso
§ 1º. As transgressões disciplinares compreendem: de furto, roubo, objeto achado ou qualquer outro tipo de
I - todas as ações ou omissões contrárias à disciplina ocorrência ou procurá-la para solicitar vantagem (G);
militar, especificadas no artigo seguinte, inclusive os crimes XIII - receber ou permitir que seu subordinado receba,
previstos nos Códigos Penal ou Penal Militar; em razão da função pública, qualquer objeto ou valor, mesmo
II - todas as ações ou omissões não especificadas no quando oferecido pelo proprietário ou responsável (G);
artigo seguinte, mas que também violem os valores e deveres XIV - apropriar-se de bens pertencentes ao patrimônio
militares. público ou particular (G);
§ 2º. As transgressões disciplinares previstas nos itens I XV - empregar subordinado ou servidor civil, ou desviar
e II do parágrafo anterior, serão classificadas como graves, qualquer meio material ou financeiro sob sua
desde que venham a ser: responsabilidade ou não, para a execução de atividades
I - atentatórias aos Poderes Constituídos, às instituições diversas daquelas para as quais foram destinadas, em proveito
ou ao Estado; próprio ou de outrem (G);
II - atentatórias aos direitos humanos fundamentais; XVI - provocar desfalques ou deixar de adotar providên-
III - de natureza desonrosa. cias, na esfera de suas atribuições, para evitá-los (G);
§ 3º. As transgressões previstas no inciso II do § 1º e XVII - utilizar-se da condição de militar do Estado para
não enquadráveis em algum dos itens do § 2º, deste artigo, obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para
serão classificadas pela autoridade competente como médias encaminhar negócios particulares ou de terceiros (G);
ou leves, consideradas as circunstâncias do fato. XVIII - dar, receber ou pedir gratificação ou presente
§ 4º. Ao militar do Estado, aluno de curso militar, com finalidade de retardar, apressar ou obter solução
aplica-se, no que concerne à disciplina, além do previsto neste favorável em qualquer ato de serviço (G);
Código, subsidiariamente, o disposto nos regulamentos XIX - fazer, diretamente ou por intermédio de outrem,

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agiotagem ou transação pecuniária envolvendo assunto de pública ou grave alteração do serviço ou de sua marcha, logo
serviço, bens da administração pública ou material cuja que tenha conhecimento (G);
comercialização seja proibida (G); XXXVIII - omitir, em boletim de ocorrência, relatório ou
XX - exercer, o militar do Estado em serviço ativo, a qualquer documento, dados indispensáveis ao esclarecimento
função de segurança particular ou administrar ou manter dos fatos (G);
vínculo de qualquer natureza com empresa do ramo de XXXIX - subtrair, extraviar, danificar ou inutilizar docu-
segurança ou vigilância (G); mentos de interesse da administração pública ou de terceiros
XXI - exercer qualquer atividade estranha à Instituição (G);
Militar com prejuízo do serviço ou com emprego de meios do XL - deixar de assumir, orientar ou auxiliar o
Estado ou manter vínculo de qualquer natureza com atendimento de ocorrência, quando esta, por sua natureza ou
organização voltada para a prática de atividade tipificada amplitude, assim o exigir (G);
como contravenção ou crime(G); XLI - passar a ausente (G);
XXII - exercer, o militar do Estado em serviço ativo, o XLII - abandonar serviço para o qual tenha sido de-
comércio ou tomar parte na administração ou gerência de signado ou recusar-se a executá-lo na forma determinada (G);
sociedade empresária ou dela ser sócio, exceto como acio-
XLIII - faltar ao expediente ou ao serviço para o qual es-
nista, cotista ou comanditário (G);
teja nominalmente escalado (G);
XXIII - deixar de fiscalizar o subordinado que apresentar
XLIV - afastar-se, quando em atividade militar com
sinais exteriores de riqueza, incompatíveis com a remuneração
veículo automotor, aeronave, embarcação ou a pé, da área em
do cargo (G);
que deveria permanecer ou não cumprir roteiro de
XXIV - não cumprir, sem justo motivo, a execução de patrulhamento predeterminado (G);
qualquer ordem legal recebida (G);
XLV - dormir em serviço de policiamento, vigilância ou
XXV - dar, por escrito ou verbalmente, ordem mani- segurança de pessoas ou instalações, salvo quando autorizado
festamente ilegal que possa acarretar responsabilidade ao (G);
subordinado, ainda que não chegue a ser cumprida (G);
XLVI - fazer uso, estar sob ação ou induzir outrem ao
XXVI - deixar de assumir a responsabilidade de seus uso de substância proibida, entorpecente ou que determine
atos ou pelos praticados por subordinados que agirem em dependência física ou psíquica, ou introduzi-las em local sob
cumprimento de sua ordem (G); administração militar (G);
XXVII - aconselhar ou concorrer para não ser cumprida XLVII - ingerir bebida alcoólica quando em serviço ou
qualquer ordem legal de autoridade competente, ou serviço, apresentar-se alcoolizado para prestá-lo (G);
ou para que seja retardada, prejudicada ou embaraçada a sua
XLVIII - portar ou possuir arma em desacordo com as
execução (G);
normas vigentes (G);
XXVIII - dirigir-se, referir-se ou responder a superior de
XLIX - andar ostensivamente armado, em trajes civis,
modo desrespeitoso (G);
não se achando de serviço (G);
XXIX - recriminar ato legal de superior ou procurar des-
L - disparar arma por imprudência, negligência, imperí-
considerá-lo (G);
cia, ou desnecessariamente (G);
XXX - ofender, provocar ou desafiar superior, igual ou
LI - não obedecer às regras básicas de segurança ou não
subordinado hierárquico ou qualquer pessoa, estando ou não
ter cautela na guarda de arma própria ou sob sua
de serviço (G);
responsabilidade (G);
XXXI - promover ou participar de luta corporal com
LII - dirigir viatura ou pilotar aeronave ou embarcação
superior, igual, ou subordinado hierárquico (G);
policial com imperícia, negligência, imprudência ou sem
XXXII - ofender a moral e os bons costumes por atos, habilitação legal (G);
palavras ou gestos (G);
LIII - retirar ou tentar retirar de local, sob administração
XXXIII - desconsiderar ou desrespeitar, em público ou militar, material, viatura, aeronave, embarcação ou animal, ou
pela imprensa, os atos ou decisões das autoridades civis ou mesmo deles servir-se, sem ordem do responsável ou
dos órgãos dos Poderes Constituídos ou de qualquer de seus proprietário (G);
representantes (G);
LIV - entrar, sair ou tentar fazê-lo, de Organização
XXXIV - desrespeitar, desconsiderar ou ofender pessoa Militar, com tropa, sem prévio conhecimento da autoridade
por palavras, atos ou gestos, no atendimento de ocorrência competente, salvo para fins de instrução autorizada pelo
militar ou em outras situações de serviço (G); comando (G);
XXXV - evadir-se ou tentar evadir-se de escolta, bem LV - frequentar ou fazer parte de sindicatos, associa-
como resistir a ela (G); ções profissionais com caráter de sindicato, ou de associações
XXXVI - tendo conhecimento de transgressão cujos estatutos não estejam de conformidade com a lei (G);
disciplinar, deixar de apurá-la (G); LVI - divulgar, permitir ou concorrer para a divulgação
XXXVII - deixar de comunicar ao superior imediato ou, indevida de fato ou documento de interesse da administração
na ausência deste, a qualquer autoridade superior toda pública com classificação sigilosa (G);
informação que tiver sobre iminente perturbação da ordem LVII - comparecer ou tomar parte de movimento

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reivindicatório, no qual os participantes portem qualquer tipo XX - desrespeitar medidas gerais de ordem militar, judi-
de armamento, ou participar de greve (G); ciária ou administrativa, ou embaraçar sua execução (M);
LVIII - ferir a hierarquia ou a disciplina, de modo XXI - não ter, pelo preparo próprio ou de seus subordi-
comprometedor para a segurança da sociedade e do Estado nados ou instruendos, a dedicação imposta pelo sentimento
(G). do dever (M);
§ 2º. São transgressões disciplinares médias: XXII - causar ou contribuir para a ocorrência de
I - reter o preso, a vítima, as testemunhas ou partes não acidente de serviço ou instrução (M);
definidas por mais tempo que o necessário para a solução do XXIII - apresentar comunicação disciplinar ou repre-
procedimento policial, administrativo ou penal (M); sentação sem fundamento ou interpor recurso disciplinar sem
II - espalhar boatos ou notícias tendenciosas em observar as prescrições regulamentares (M);
prejuízo da boa ordem civil ou militar ou do bom nome da XXIV - dificultar ao subordinado o oferecimento de re-
Corporação Militar (M); presentação ou o exercício do direito de petição (M);
III - provocar ou fazer-se, voluntariamente, causa ou XXV - faltar a qualquer ato em que deva tomar parte ou
origem de alarmes injustificados (M); assistir, ou ainda, retirar-se antes de seu encerramento sem a
IV - concorrer para a discórdia, desarmonia ou cultivar devida autorização (M);
inimizade entre companheiros (M); XXVI - afastar-se de qualquer lugar em que deva estar
V - entender-se com o preso, de forma velada, ou por força de dispositivo ou ordem legal (M);
deixar que alguém o faça, sem autorização de autoridade XXVII - permutar serviço sem permissão da autoridade
competente (M); competente (M);
VI - contrair dívida ou assumir compromisso superior às XXVIII - simular doença para esquivar-se ao cumpri-
suas possibilidades, desde que venha a expor o nome da mento do dever (M);
Corporação Militar (M); XXIX - deixar de se apresentar às autoridades
VII - retardar, sem justo motivo, a execução de competentes nos casos de movimentação ou quando designa-
qualquer ordem legal recebida (M); do para comissão ou serviço extraordinário (M);
VIII - interferir na administração de serviço ou na exe- XXX - não se apresentar ao seu superior imediato ao
cução de ordem ou missão sem ter a devida competência para término de qualquer afastamento do serviço ou, ainda, logo
tal (M); que souber que o mesmo tenha sido interrompido ou
IX - procurar desacreditar seu superior ou subordinado suspenso (M);
hierárquico (M); XXXI - dormir em serviço, salvo quando autorizado (M);
X - deixar de prestar a superior hierárquico continência XXXII - introduzir bebidas alcoólicas em local sob admi-
ou outros sinais de honra e respeito previstos em regulamento nistração militar, salvo se devidamente autorizado (M);
(M); XXXIII - comparecer ou tomar parte de movimento
XI - deixar de corresponder a cumprimento de seu su- reivindicatório, no qual os participantes não portem qualquer
bordinado (M); tipo de armamento, que possa concorrer para o desprestígio
XII - deixar de exibir, estando ou não uniformizado, do- da corporação militar ou ferir a hierarquia e a disciplina;
cumento de identidade funcional ou recusar-se a declarar seus XXXIV - ter em seu poder, introduzir, ou distribuir em
dados de identificação quando lhe for exigido por autoridade local sob administração militar, substância ou material
competente (M); inflamável ou explosivo sem permissão da autoridade
XIII - deixar de fazer a devida comunicação disciplinar competente (M);
(M); XXXV - desrespeitar regras de trânsito, de tráfego aéreo
XIV - deixar de punir o transgressor da disciplina, salvo ou de navegação marítima, lacustre ou fluvial, salvo quando
se houver causa de justificação (M); essencial ao atendimento de ocorrência emergencial (M);
XV - não levar fato ilegal ou irregularidade que XXXVI - autorizar, promover ou executar manobras
presenciar ou de que tiver ciência, e não lhe couber reprimir, perigosas com viaturas, aeronaves, embarcações ou animais,
ao conhecimento da autoridade para isso competente (M); salvo quando essencial ao atendimento de ocorrência
XVI - deixar de manifestar-se nos processos que lhe emergencial (M);
forem encaminhados, exceto nos casos de suspeição ou XXXVII - não ter o devido zelo, danificar, extraviar ou
impedimento, ou de absoluta falta de elementos, hipótese em inutilizar, por ação ou omissão, bens ou animais pertencentes
que essas circunstâncias serão declaradas (M); ao patrimônio público ou particular, que estejam ou não sob
XVII - deixar de encaminhar à autoridade competente, sua responsabilidade (M);
no mais curto prazo e pela via hierárquica, documento ou XXXVIII - negar-se a utilizar ou a receber do Estado
processo que receber, se não for de sua alçada a solução (M); fardamento, armamento, equipamento ou bens que lhe sejam
XVIII - trabalhar mal, intencionalmente ou por desídia, destinados ou devam ficar em seu poder ou sob sua
em qualquer serviço, instrução ou missão (M); responsabilidade (M);
XIX - retardar ou prejudicar o serviço de polícia judiciá- XXXIX - deixar o responsável pela segurança da
ria militar que deva promover ou em que esteja investido (M); Organização Militar de cumprir as prescrições regulamentares

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com respeito à entrada, saída e permanência de pessoa LVI - procrastinar injustificadamente expediente que
estranha (M); lhe seja encaminhado, bem como atrasar o prazo de conclusão
XL - permitir que pessoa não autorizada adentre prédio de inquérito policial militar, conselho de justificação ou
ou local interditado (M); disciplina, processo administrativo-disciplinar, sindicância ou
XLI - deixar, ao entrar ou sair de Organização Militar similar (M);
onde não sirva, de dar ciência da sua presença ao Oficial-de- LVII - manter relações de amizade ou exibir-se em público
Dia ou de serviço e, em seguida, se oficial, de procurar o com pessoas de notórios e desabonados antecedentes criminais
comandante ou o oficial de posto mais elevado ou seu ou policiais, salvo por motivo relevante ou de serviço (M);
substituto legal para expor a razão de sua presença, salvo as LVIII - retirar, sem autorização da autoridade
exceções regulamentares previstas (M); competente, qualquer objeto ou documento da Corporação
XLII - adentrar, sem permissão ou ordem, aposentos Militar (M);
º.
destinados a superior ou onde este se encontre, bem como § 3 São transgressões disciplinares leves:
qualquer outro lugar cuja entrada lhe seja vedada (M); I - deixar de comunicar ao superior a execução de
XLIII - abrir ou tentar abrir qualquer dependência da ordem dele recebida, no mais curto prazo possível (L);
Organização Militar, desde que não seja a autoridade II - retirar-se da presença do superior hierárquico sem
competente ou sem sua ordem, salvo em situações de obediência às normas regulamentares (L);
emergência (M); III - deixar, tão logo seus afazeres o permitam, de
XLIV - permanecer em dependência de outra apresentar-se ao seu superior funcional, conforme prescrições
Organização Militar ou local de serviço sem consentimento ou regulamentares (L);
ordem da autoridade competente (M); IV - deixar, nas solenidades, de apresentar-se ao supe-
XLV - deixar de exibir a superior hierárquico, quando rior hierárquico de posto ou graduação mais elevada e de
por ele solicitado, objeto ou volume, ao entrar ou sair de saudar os demais, de acordo com as normas regulamentares
qualquer Organização Militar (M); (L);
XLVI - apresentar-se, em qualquer situação, mal V - consentir, o responsável pelo posto de serviço ou a
uniformizado, com o uniforme alterado ou diferente do sentinela, na formação de grupo ou permanência de pessoas
previsto, contrariando o Regulamento de Uniformes da junto ao seu posto (L);
Corporação Militar ou norma a respeito (M); VI - içar ou arriar, sem ordem, bandeira ou insígnia de
XLVII - usar no uniforme insígnia, medalha, condecoração autoridade (L);
ou distintivo, não regulamentares ou de forma indevida (M); VII - dar toques ou fazer sinais, previstos nos
XLVIII - comparecer, uniformizado, a manifestações ou regulamentos, sem ordem de autoridade competente (L);
reuniões de caráter político-partidário, salvo por motivo de VIII - conversar ou fazer ruídos em ocasiões ou lugares
serviço (M); impróprios (L);
XLIX - autorizar, promover ou participar de petições ou IX - deixar de comunicar a alteração de dados de
manifestações de caráter reivindicatório, de cunho político- qualificação pessoal ou mudança de endereço residencial (L);
partidário, religioso, de crítica ou de apoio a ato de superior,
X - chegar atrasado ao expediente, ao serviço para o
para tratar de assuntos de natureza militar, ressalvados os de
qual esteja nominalmente escalado ou a qualquer ato em que
natureza técnica ou científica havidos em razão do exercício da
deva tomar parte ou assistir (L);
função militar (M);
XI - deixar de comunicar a tempo, à autoridade
L - frequentar lugares incompatíveis com o decoro
competente, a impossibilidade de comparecer à Organização
social ou militar, salvo por motivo de serviço (M);
Militar (OPM ou OBM) ou a qualquer ato ou serviço de que
LI - recorrer a outros órgãos, pessoas ou instituições deva participar ou a que deva assistir (L);
para resolver assunto de interesse pessoal relacionado com a
XII - permanecer, alojado ou não, deitado em horário
corporação militar, sem observar os preceitos estabelecidos
de expediente no interior da Organização Militar, sem
neste estatuto (M);
autorização de quem de direito (L);
LII - assumir compromisso em nome da Corporação
XIII - fumar em local não permitido (L);
Militar, ou representá-la em qualquer ato, sem estar
devidamente autorizado (M); XIV - tomar parte em jogos proibidos ou jogar a
dinheiro os permitidos, em local sob administração militar, ou
LIII - deixar de cumprir ou fazer cumprir as normas
em qualquer outro, quando uniformizado (L);
legais ou regulamentares, na esfera de suas atribuições (M);
XV - conduzir veículo, pilotar aeronave ou embarcação
LIV - faltar a ato judiciário, administrativo ou similar,
oficial, sem autorização do órgão militar competente, mesmo
salvo motivo relevante a ser comunicado por escrito à
estando habilitado (L);
autoridade a que estiver subordinado, e assim considerado por
esta, na primeira oportunidade, antes ou depois do ato, do XVI - transportar na viatura, aeronave ou embarcação
qual tenha sido previamente cientificado (M); que esteja sob seu comando ou responsabilidade, pessoal ou
material, sem autorização da autoridade competente (L);
LV - deixar de identificar-se quando solicitado, ou
quando as circunstâncias o exigirem (M); XVII - andar a cavalo, a trote ou galope, sem necessidade,
pelas ruas da cidade ou castigar inutilmente a montada (L);

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XVIII - permanecer em dependência da própria figurando, entretanto, no registro de informações de punições
Organização Militar ou local de serviço, desde que a ele para oficiais, ou na nota de corretivo das praças.
estranho, sem consentimento ou ordem da autoridade Parágrafo único. A sanção de que trata o caput
competente (L); aplica-se exclusivamente às faltas de natureza leve,
XIX - entrar ou sair, de qualquer Organização Militar, constituindo ato nulo quando aplicada em relação à falta
por lugares que não sejam para isso designados (L); média ou grave.
XX - ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em local
sob administração militar, publicações, estampas ou jornais Seção III
que atentem contra a disciplina, a moral ou as instituições (L); Da Repreensão
XXI - usar vestuário incompatível com a função ou
descurar do asseio próprio ou prejudicar o de outrem (L);
Art. 16. A repreensão é a sanção feita por escrito ao
XXII - estar em desacordo com as normas transgressor, publicada em boletim, devendo sempre ser
regulamentares de apresentação pessoal (L); averbada nos assentamentos individuais.
XXIII - recusar ou devolver insígnia, salvo quando a Parágrafo único. A sanção de que trata o caput
regulamentação o permitir (L); aplica-se às faltas de natureza leve e média, constituindo ato
XXIV - aceitar qualquer manifestação coletiva de nulo quando aplicada em relação à falta grave.
subordinados, com exceção das demonstrações de boa e sã
camaradagem e com prévio conhecimento do homenageado
Seção IV
(L);
Da Permanência Disciplinar
XXV - discutir ou provocar discussão, por qualquer
veículo de comunicação, sobre assuntos políticos, militares ou
policiais, excetuando-se os de natureza exclusivamente Art. 17. A permanência disciplinar é a sanção em que o
técnica, quando devidamente autorizado (L). transgressor ficará na OPM ou OBM, sem estar circunscrito a
XXVI - transferir o oficial a responsabilidade ao escrivão determinado compartimento.
da elaboração de inquérito policial militar, bem como deixar Parágrafo único. O militar do Estado sob permanência
de fazer as devidas inquirições (L); disciplinar comparecerá a todos os atos de instrução e serviço,
XXVII - acionar desnecessariamente sirene de viatura internos e externos.
policial ou bombeirística (L). Art. 18. A pedido do transgressor, o cumprimento da
§ 4º. Aos procedimentos disciplinares, sempre serão sanção de permanência disciplinar poderá, a juízo
garantidos o direito a ampla defesa e o contraditório. devidamente motivado, da autoridade que aplicou a punição,
ser convertido em prestação de serviço extraordinário, desde
CAPÍTULO V que não implique prejuízo para a manutenção da hierarquia e
da disciplina.
Das Sanções Administrativas Disciplinares
§ 1º. Na hipótese da conversão, a classificação do com-
Seção I
portamento do militar do Estado será feita com base na
Disposições Gerais sanção de permanência disciplinar.
Art. 14. As sanções disciplinares aplicáveis aos militares § 2º. Considerar-se-á 1 (um) dia de prestação de serviço
do Estado, independentemente do posto, graduação ou extraordinário equivalente ao cumprimento de 1 (um) dia de
função que ocupem, são: permanência, salvo nos casos em que o transgressor não
I - advertência; possua nenhuma falta grave ou média, quando 1 (um) dia de
II - repreensão; prestação de serviço extraordinário equivalerá ao
III - permanência disciplinar; cumprimento de 2 (dois) dias de permanência.
IV - custódia disciplinar; § 3º. O prazo para o encaminhamento do pedido de
V - reforma administrativa disciplinar; conversão será de 3 (três) dias úteis, contados da data da
publicação da sanção de permanência.
VI - demissão;
§ 4º. O pedido de conversão elide o pedido de
VII - expulsão;
reconsideração de ato.
VIII - proibição do uso do uniforme e do porte de arma.
§ 5º. Nos casos em que o transgressor não possua
Parágrafo único. Todo fato que constituir transgressão
nenhuma falta grave ou média, o pedido de conversão não
deverá ser levado ao conhecimento da autoridade competente
elidirá o pedido de reconsideração de ato.
para as providências disciplinares.
Art. 19. A prestação do serviço extraordinário, nos
Seção II termos do caput do artigo anterior, consiste na realização de
atividades, internas ou externas, por período nunca inferior a 6
Da Advertência
(seis) ou superior a 8 (oito) horas, nos dias em que o militar do
Art. 15. A advertência, forma mais branda de sanção, é Estado estaria de folga.
aplicada verbalmente ao transgressor, podendo ser feita
§ 1º. O limite máximo de conversão da permanência
particular ou ostensivamente, sem constar de publicação,
disciplinar em serviço extraordinário é de 5 (cinco) dias.

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§ 2º. O militar do Estado, punido com período superior Seção VII
a 5 (cinco) dias de permanência disciplinar, somente poderá Da Demissão
pleitear a conversão até o limite previsto no parágrafo
anterior, a qual, se concedida, será sempre cumprida na fase
final do período de punição. Art. 23. A demissão será aplicada ao militar do Estado
§ 3º. A prestação do serviço extraordinário não poderá na seguinte forma:
ser executada imediatamente após ou anteriormente a este, I - ao oficial quando:
ao término de um serviço ordinário. a) for condenado na Justiça Comum ou Militar a pena
privativa de liberdade por tempo superior a 2 (dois) anos, por
Seção V sentença passada em julgado, observado o disposto no
Da Custódia Disciplinar art. 125, § 4º, e art. 142, § 3º, VI e VII, da Constituição Federal,
o o
e art. 176, §§ 8 e 9 da Constituição do Estado;
Art. 20. A custódia disciplinar consiste na retenção do b) for condenado a pena de perda da função pública,
militar do Estado no âmbito de sua OPM ou OBM, sem por sentença passada em julgado;
participar de qualquer serviço, instrução ou atividade e sem c) for considerado moral ou profissionalmente inidôneo
estar circunscrito a determinado comportamento. para a promoção ou revelar incompatibilidade para o exercício
§ 1º. Nos dias em que o militar do Estado permanecer da função militar, por sentença passada em julgado no
custodiado perderá todas as vantagens e direitos decorrentes Tribunal competente;
do exercício do posto ou graduação, inclusive o direito de II - à praça quando:
computar o tempo da pena para qualquer efeito.
a) for condenada na Justiça Comum ou Militar a pena
§ 2º. A custódia disciplinar somente poderá ser aplicada
privativa de liberdade por tempo superior a 2 (dois) anos, por
quando da reincidência no cometimento de transgressão
sentença passada em julgado, observado o disposto no art.
disciplinar de natureza grave.
125, § 4º. da Constituição Federal e art. 176, § 12, da
Art.21. A custódia disciplinar será aplicada pelo
Constituição do Estado;
Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
Pública e Sistema Penitenciário, pelo Secretário de Segurança b) for condenada a pena de perda da função pública,
Pública e Defesa Social, Comandante Geral e pelos demais por sentença passada em julgado;
oficiais ocupantes de funções próprias do posto de Coronel. c) praticar ato ou atos que revelem incompatibilidade com a
§ 1º. A autoridade que entender necessária a aplicação função militar estadual, comprovado mediante processo regular;
da custódia disciplinar providenciará para que a d) cometer transgressão disciplinar grave, estando há
documentação alusiva à respectiva transgressão seja remetida mais de 2 (dois) anos consecutivos ou 4 (quatro) anos
à autoridade competente. alternados no mau comportamento, apurado mediante
§2º Ao Governador do Estado compete conhecer da processo regular;
sanção disciplinar prevista neste artigo em grau de recurso,
e) houver cumprido a pena consequente do crime de
quando tiver sido aplicada pelo Controlador Geral de Disciplina
deserção, após apurada a motivação em procedimento regular,
dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário,
onde lhe seja assegurado o contraditório e a ampla defesa.
cabendo ao Conselho de Disciplina e Correição o
conhecimento do recurso quando a aplicação da sanção f) considerada desertora e capturada ou apresentada,
decorrer de ato das autoridades previstas no caput deste tendo sido submetida a exame de saúde, for julgada incapaz
artigo.” (NR). definitivamente para o serviço militar.
Parágrafo único. O oficial demitido perderá o posto e a
Seção VI patente, e a praça, a graduação.
Da Reforma Administrativa Disciplinar
Seção VIII
Art. 22. A reforma administrativa disciplinar poderá ser
aplicada, mediante processo regular: Da Expulsão
I - ao oficial julgado incompatível ou indigno
profissionalmente para com o oficialato, após sentença Art. 24. A expulsão será aplicada, mediante processo
passada em julgado no Tribunal competente, ressalvado o caso regular, à praça que atentar contra a segurança das
de demissão; instituições nacionais ou praticar atos desonrosos ou ofensivos
II - à praça que se tornar incompatível com a função ao decoro profissional.
militar estadual, ou nociva à disciplina, e tenha sido julgada Parágrafo único. A participação em greve ou em
passível de reforma. passeatas, com uso de arma, ainda que por parte de terceiros,
Parágrafo único. O militar do Estado que sofrer reforma configura ato atentatório contra a segurança das instituições
administrativa disciplinar receberá remuneração proporcional nacionais.
ao tempo de serviço militar.

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Seção IX II - identificação do responsável pela aplicação da
Da Proibição do Uso de Uniformes e de Porte de Arma medida;
III - comunicação imediata do local onde se encontra
Art. 25. A proibição do uso de uniformes militares e de recolhido a pessoa por ele indicada;
porte de arma será aplicada, nos termos deste Código, IV - ocupação da prisão conforme o seu círculo
temporariamente, ao inativo que atentar contra o decoro ou a hierárquico;
dignidade militar, até o limite de 1 (um) ano. V - apresentação de recurso.
§ 7º. O recurso do recolhimento transitório será
interposto perante o Comandante da Corporação Militar onde
CAPÍTULO VI estiver recolhido o militar.
Do Recolhimento Transitório § 8º. Na hipótese do recolhimento transitório ser
determinado pelo Comandante da Corporação Militar para
Art. 26. O recolhimento transitório não constitui sanção onde for recolhido o militar, o recurso será interposto perante
disciplinar, sendo medida preventiva e acautelatória da ordem esta autoridade, que imediatamente o encaminhará ao seu
social e da disciplina militar, consistente no desarmamento e superior hierárquico, a quem incumbirá a decisão.
recolhimento do militar à prisão, sem nota de punição § 9º. A decisão do recurso será fundamentada e
publicada em boletim, podendo ser excepcionalmente proferida no prazo de dois dias úteis. Expirado esse prazo, sem
adotada quando houver fortes indícios de autoria de crime a decisão do recurso, o militar será liberado imediatamente.
propriamente militar ou transgressão militar e a medida for
necessária:
I – ao bom andamento das investigações para sua CAPÍTULO VII
correta apuração; ou Do Procedimento Disciplinar
II – à preservação da segurança pessoal do militar e da Seção I
sociedade, em razão do militar:
Da Comunicação Disciplinar
a) mostrar-se agressivo e violento, pondo em risco a
própria vida e a de terceiros; ou,
Art. 27. A comunicação disciplinar dirigida à autoridade
b) encontrar-se embriagado ou sob ação de substância
competente destina-se a relatar uma transgressão disciplinar
entorpecente.
cometida por subordinado hierárquico, quando houver
§ 1º. A condução do militar do Estado à autoridade indícios ou provas de autoria.
competente para determinar o recolhimento transitório
Art. 28. A comunicação disciplinar será formal, tanto
somente poderá ser efetuada por superior hierárquico ou por
quanto possível, deve ser clara, concisa e precisa, contendo os
oficial com precedência funcional ou hierárquica sobre o
dados capazes de identificar as pessoas ou coisas envolvidas, o
conduzido.
local, a data e a hora do fato, além de caracterizar as
§ 2º. São autoridades competentes para determinar o circunstâncias que o envolveram, bem como as alegações do
recolhimento transitório aquelas elencadas no art. 31 deste faltoso, quando presente e ao ser interpelado pelo signatário
Código. das razões da transgressão, sem tecer comentários ou
§3º As decisões de aplicação do recolhimento opiniões pessoais.
transitório serão sempre fundamentadas e imediatamente § 1º. A comunicação disciplinar deverá ser apresentada
comunicadas ao Juiz Auditor, Ministério Público e Controlador no prazo de 5 (cinco) dias, contados da constatação ou
Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema conhecimento do fato, ressalvadas as disposições relativas ao
Penitenciário, no caso de suposto cometimento deste crime, recolhimento transitório, que deverá ser feita imediatamente.
ou apenas a este último, no caso de suposta prática de
§ 2º. A comunicação disciplinar deve ser a expressão da
transgressão militar.” (NR).
verdade, cabendo à autoridade competente encaminhá-la ao
§ 4º. O militar do Estado sob recolhimento transitório, indiciado para que, por escrito, manifeste-se preliminarmente
nos termos deste artigo, somente poderá permanecer nessa sobre os fatos, no prazo de 3 (três) dias.
situação pelo tempo necessário ao restabelecimento da
§ 3º. Conhecendo a manifestação preliminar e conside-
normalidade da situação considerada, sendo que o prazo
rando praticada a transgressão, a autoridade competente
máximo será de 5 (cinco) dias, salvo determinação em
elaborará termo acusatório motivado, com as razões de fato e
contrário da autoridade judiciária competente.
de direito, para que o militar do Estado possa exercitar, por
§ 5º. O militar do Estado não sofrerá prejuízo funcional escrito, o seu direito a ampla defesa e ao contraditório, no
ou remuneratório em razão da aplicação da medida preventiva prazo de 5 (cinco) dias.
de recolhimento transitório.
§ 4º. Estando a autoridade convencida do cometimento
§ 6º. Ao militar estadual preso nas circunstâncias deste da transgressão, providenciará o enquadramento disciplinar,
artigo, são garantidos os seguintes direitos: mediante nota de culpa ou, se determinar outra solução,
I - justificação, por escrito, do motivo do recolhimento deverá fundamentá-la por despacho nos autos.
transitório; § 5º. Poderá ser dispensada a manifestação preliminar

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do indiciado quando a autoridade competente tiver elementos Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
de convicção suficientes para a elaboração do termo Penitenciário: a todos os militares do Estado sujeitos a este
acusatório, devendo esta circunstância constar do respectivo Código;
termo. III - os oficiais da ativa: aos militares do Estado que
Art. 29. A solução do procedimento disciplinar é da inteira estiverem sob seu comando ou integrantes das OPM ou OBM
responsabilidade da autoridade competente, que deverá aplicar subordinadas.
sanção ou justificar o fato, de acordo com este Código. IV - os Subcomandantes da Polícia Militar e do Corpo de
§ 1º. A solução será dada no prazo de 30 (trinta) dias, Bombeiros Militar: a todos sob seu comando e das unidades
contados a partir do recebimento da defesa do acusado, subordinadas e às praças inativas da reserva remunerada;
prorrogável, no máximo, por mais 15 (quinze) dias, mediante V - os oficiais da ativa: aos militares do Estado que
declaração de motivos. estiverem sob seu comando ou integrantes das OPM ou OBM
§ 2º. No caso de afastamento regulamentar do subordinadas.
transgressor, os prazos supracitados serão interrompidos, Parágrafo único. Ao Controlador Geral de Disciplina e
reiniciada a contagem a partir da sua reapresentação. aos Comandantes-Gerais da Polícia Militar e do Corpo de
§ 3º. Em qualquer circunstância, o signatário da Bombeiros Militar compete conhecer das sanções disciplinares
comunicação disciplinar deverá ser notificado da respectiva aplicadas aos inativos da reserva remunerada, em grau de
solução, no prazo máximo de 90 (noventa) dias da data da recurso, respectivamente, se oficial ou praça.” (NR).
comunicação.
§ 4º. No caso de não cumprimento do prazo do Seção II
parágrafo anterior, poderá o signatário da comunicação Dos Limites de Competência das Autoridades
solicitar, obedecida a via hierárquica, providências a respeito
da solução.
Art. 32. O Governador do Estado é competente para
aplicar todas as sanções disciplinares previstas neste Código,
Seção II cabendo às demais autoridades as seguintes competências:
Da Representação I - ao Controlador Geral de Disciplina : todas as sanções
disciplinares exceto a demissão de oficiais;” (NR).
Art. 30. Representação é toda comunicação que se refe- II - ao respectivo Subcomandante da Corporação Militar
rir a ato praticado ou aprovado por superior hierárquico ou e ao Subchefe da Casa Militar, as sanções disciplinares de
funcional, que se repute irregular, ofensivo, injusto ou ilegal. advertência, repreensão, permanência disciplinar, custódia
§ 1º. A representação será dirigida à autoridade disciplinar e proibição do uso de uniformes, até os limites
funcional imediatamente superior àquela contra a qual é máximos previstos;
atribuída a prática do ato irregular, ofensivo, injusto ou ilegal. III - aos oficiais do posto de coronel: as sanções
§ 2º. A representação contra ato disciplinar será feita disciplinares de advertência, repreensão, permanência
somente após solucionados os recursos disciplinares previstos disciplinar de até 20 (vinte) dias e custódia disciplinar de até
neste Código e desde que a matéria recorrida verse sobre a 15 (quinze) dias;
legalidade do ato praticado. IV - aos oficiais do posto de tenente-coronel: as sanções
§ 3º. A representação nos termos do parágrafo anterior disciplinares de advertência, repreensão e permanência
será exercida no prazo estabelecido no § 3º, do art. 58. disciplinar de até 20 (vinte) dias;
§ 4º. O prazo para o encaminhamento de V - aos oficiais do posto de major: as sanções
representação será de 5 (cinco) dias úteis, contados da data do disciplinares de advertência, repreensão e permanência
conhecimento do ato ou fato que a motivar. disciplinar de até 15 (quinze) dias;
VI - aos oficiais do posto de capitão: as sanções
CAPÍTULO VIII disciplinares de advertência, repreensão e permanência
Da Competência, do Julgamento, da Aplicação e do disciplinar de até 10 (dez) dias;
Cumprimento das Sanções Disciplinares VII - aos oficiais do posto de tenente: as sanções
disciplinares de advertência, repreensão e permanência
Seção I
disciplinar de até 5 (cinco) dias. (Acrescentado pela lei 14.933
Da Competência passando a vigorar com a seguinte redação.)
(OBS: Devido a nova lei, interpreta se Tenente como: 2º e 1º
Art. 31. A competência disciplinar é inerente ao cargo, Tenentes).
função ou posto, sendo autoridades competentes para aplicar Parágrafo único. Nos casos de sanções aplicadas pelas
sanção disciplinar: autoridades previstas nos incisos II a VII, deverá ser
I - o Governador do Estado: a todos os militares do comunicada no prazo de 10 (dez) dias ao Controlador Geral de
Estado sujeitos a este Código; Disciplina, sob pena de responsabilidade disciplinar.” (NR)
II - o Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, o
respectivo Comandante Geral e o Controlador Geral de

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Seção III Seção IV
Do Julgamento Da Aplicação
Art. 33. Na aplicação das sanções disciplinares serão
sempre considerados a natureza, a gravidade e os motivos Art. 37. A aplicação da sanção disciplinar abrange a
determinantes do fato, os danos causados, a personalidade e análise do fato, nos termos do art. 33 deste Código, a análise
os antecedentes do agente, a intensidade do dolo ou o grau da das circunstâncias que determinaram a transgressão, o
culpa. enquadramento e a decorrente publicação.
Art. 34. Não haverá aplicação de sanção disciplinar Art. 38. O enquadramento disciplinar é a descrição da
quando for reconhecida qualquer das seguintes causas de transgressão cometida, dele devendo constar,
justificação: resumidamente, o seguinte:
I - motivo de força maior ou caso fortuito, plenamente I - indicação da ação ou omissão que originou a
comprovados; transgressão;
II – em preservação da ordem pública ou do interesse II - tipificação da transgressão disciplinar;
coletivo; III - alegações de defesa do transgressor;
III - legítima defesa própria ou de outrem; IV - classificação do comportamento policial-militar em
IV - obediência a ordem superior, desde que a ordem que o punido permaneça ou ingresse;
recebida não seja manifestamente ilegal; V - discriminação, em incisos e artigos, das causas de
V - uso de força para compelir o subordinado a cumprir justificação ou das circunstâncias atenuantes e ou agravantes;
rigorosamente o seu dever, no caso de perigo, necessidade VI - decisão da autoridade impondo, ou não, a sanção;
urgente, calamidade pública ou manutenção da ordem e da
VII - observações, tais como:
disciplina.
a) data do início do cumprimento da sanção disciplinar;
Art. 35. São circunstâncias atenuantes:
b) local do cumprimento da sanção, se for o caso;
I - estar, no mínimo, no bom comportamento;
c) determinação para posterior cumprimento, se o
II - ter prestado serviços relevantes;
transgressor estiver baixado, afastado do serviço ou à
III - ter admitido a transgressão de autoria ignorada ou, disposição de outra autoridade;
se conhecida, imputada a outrem;
d) outros dados que a autoridade competente julgar
IV - ter praticado a falta para evitar mal maior; necessários;
V - ter praticado a falta em defesa de seus próprios VIII - assinatura da autoridade.
direitos ou dos de outrem;
Art. 39. A publicação é a divulgação oficial do ato ad-
VI - ter praticado a falta por motivo de relevante valor ministrativo referente à aplicação da sanção disciplinar ou à
social; sua justificação, e dá início a seus efeitos.
VII - não possuir prática no serviço; Parágrafo único. A advertência não deverá constar de
VIII - colaborar na apuração da transgressão disciplinar. publicação em boletim, figurando, entretanto, no registro de
Art. 36. São circunstâncias agravantes: informações de punições para os oficiais, ou na nota de
I - estar em mau comportamento; corretivo das praças.
II - prática simultânea ou conexão de duas ou mais Art. 40. As sanções aplicadas a oficiais, alunos-oficiais,
transgressões; subtenentes e sargentos serão publicadas somente para
III - reincidência; conhecimento dos integrantes dos seus respectivos círculos e
superiores hierárquicos, podendo ser dadas ao conhecimento
IV - conluio de duas ou mais pessoas;
geral se as circunstâncias ou a natureza da transgressão e o
V - ter sido a falta praticada durante a execução do ser- bem da disciplina assim o recomendarem.
viço;
Art. 41. Na aplicação das sanções disciplinares previstas
VI - ter sido a falta praticada em presença de neste Código, serão rigorosamente observados os seguintes
subordinado, de tropa ou de civil; limites:
VII - ter sido a falta praticada com abuso de autoridade I - quando as circunstâncias atenuantes
hierárquica ou funcional ou com emprego imoderado de preponderarem, a sanção não será aplicada em seu limite
violência manifestamente desnecessária. máximo;
§ 1º. Não se aplica a circunstância agravante prevista II - quando as circunstâncias agravantes
no inciso V quando, pela sua natureza, a transgressão seja preponderarem, poderá ser aplicada a sanção até o seu limite
inerente à execução do serviço. máximo;
§ 2º. Considera-se reincidência o enquadramento da III - pela mesma transgressão não será aplicada mais de
falta praticada num dos itens previstos no art. 13 ou no inciso uma sanção disciplinar, sendo nulas as penas mais brandas
II do § 1º. do art. 12. quando indevidamente aplicadas a fatos de gravidade com
elas incompatível, de modo que prevaleça a penalidade devida
para a gravidade do fato.

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Art. 42. A sanção disciplinar será proporcional à gravidade Seção V
e natureza da infração, observados os seguintes limites: Do Cumprimento e da Contagem de Tempo
I - as faltas leves são puníveis com advertência ou
Art. 49. A autoridade que tiver de aplicar sanção a
repreensão e, na reincidência, com permanência disciplinar de
subordinado que esteja a serviço ou à disposição de outra
até 5 (cinco) dias;
autoridade requisitará a apresentação do transgressor.
II - as faltas médias são puníveis com permanência
Parágrafo único. Quando o local determinado para o
disciplinar de até 8(oito) dias e, na reincidência, com cumprimento da sanção não for a respectiva OPM ou OBM, a
permanência disciplinar de até 15(quinze) dias; autoridade indicará o local designado para a apresentação do
III - as faltas graves são puníveis com permanência militar punido.
disciplinar de até 10 (dez) dias ou custódia disciplinar de até 8 Art. 50. Nenhum militar do Estado será interrogado ou
(oito) dias e, na reincidência, com permanência de até 20 ser-lhe-á aplicada sanção se estiver em estado de embriaguez,
(vinte) dias ou custódia disciplinar de até 15 (quinze) dias, ou sob a ação de substância entorpecente ou que determine
desde que não caiba demissão ou expulsão. dependência física ou psíquica, devendo, se necessário, ser,
Art. 43. O início do cumprimento da sanção disciplinar desde logo, recolhido transitoriamente, por medida
dependerá de aprovação do ato pelo Comandante da Unidade preventiva.
ou pela autoridade funcional imediatamente superior, quando Art. 51. O cumprimento da sanção disciplinar, por mi-
a sanção for por ele aplicada, e prévia publicação em boletim, litar do Estado afastado do serviço, deverá ocorrer após a sua
ressalvados os casos de necessidade da medida preventiva de apresentação na OPM ou OBM, pronto para o serviço militar,
salvo nos casos de interesse da preservação da ordem e da
recolhimento transitório, prevista neste Código.
disciplina.
Art. 44. A sanção disciplinar não exime o militar
Parágrafo único. A interrupção de afastamento
estadual punido da responsabilidade civil e criminal emanadas
regulamentar, para cumprimento de sanção disciplinar,
do mesmo fato. somente ocorrerá quando determinada pelo Governador do
Parágrafo único. A instauração de inquérito ou ação Estado ou pelo Controlador Geral dos Órgãos de Segurança
criminal não impede a imposição, na esfera administrativa, de Pública e Sistema Penitenciário.” (NR).
sanção pela prática de transgressão disciplinar sobre o mesmo
fato. Art. 52. O início do cumprimento da sanção disciplinar
Art. 45. Na ocorrência de mais de uma transgressão, deverá ocorrer no prazo máximo de 5(cinco) dias após a
sem conexão entre elas, serão impostas as sanções ciência, pelo militar punido, da sua publicação.
correspondentes isoladamente; em caso contrário, quando § 1º. A contagem do tempo de cumprimento da sanção
forem praticadas de forma conexa, as de menor gravidade começa no momento em que o militar do Estado iniciá-lo,
serão consideradas como circunstâncias agravantes da computando-se cada dia como período de 24 (vinte e quatro)
transgressão principal. horas.
Art. 46. Na ocorrência de transgressão disciplinar en- § 2º. Não será computado, como cumprimento de
volvendo militares do Estado de mais de uma Unidade, caberá sanção disciplinar, o tempo em que o militar do Estado passar
ao comandante da área territorial onde ocorreu o fato apurar em gozo de afastamentos regulamentares, interrompendo-se
ou determinar a apuração e, ao final, se necessário, remeter os a contagem a partir do momento de seu afastamento até o
seu retorno.
autos à autoridade funcional superior comum aos envolvidos.
§ 3º. O afastamento do militar do Estado do local de
Art. 47. Quando duas autoridades de níveis hierárqui-
cumprimento da sanção e o seu retorno a esse local, após o
cos diferentes, ambas com ação disciplinar sobre o
afastamento regularmente previsto no § 2º, deverão ser
transgressor, conhecerem da transgressão disciplinar, objeto de publicação.
competirá à de maior hierarquia apurá-la ou determinar que a
menos graduada o faça.
CAPÍTULO IX
Parágrafo único. Quando a apuração ficar sob a
Do Comportamento
incumbência da autoridade menos graduada, a punição
resultante será aplicada após a aprovação da autoridade Art. 53. O comportamento da praça militar demonstra
superior, se esta assim determinar. o seu procedimento na vida profissional e particular, sob o
Art. 48. A expulsão será aplicada, em regra, quando a ponto de vista disciplinar.
praça militar, independentemente da graduação ou função Art. 54. Para fins disciplinares e para outros efeitos, o
que ocupe, for condenado judicialmente por crime que comportamento militar classifica-se em:
também constitua infração disciplinar grave e que denote I - Excelente - quando, no período de 10 (dez) anos, não
incapacidade moral para a continuidade do exercício de suas lhe tenha sido aplicada qualquer sanção disciplinar, mesmo
funções, após a instauração do devido processo legal, por falta leve;
garantindo a ampla defesa e o contraditório. II - Ótimo - quando, no período de 5 (cinco) anos, lhe
tenham sido aplicadas até 2 (duas) repreensões;

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III - Bom - quando, no período de 2 (dois) anos, lhe gido de forma respeitosa, precisando o objetivo e as razões
tenham sido aplicadas até 2 (duas) permanências disciplinares; que o fundamentam, sem comentários ou insinuações
IV - Regular - quando, no período de 1 (um) ano, lhe desnecessários, podendo ser acompanhado de documentos
tenham sido aplicadas até 2 (duas) permanências disciplinares comprobatórios.
ou 1 (uma) custódia disciplinar; § 6º. Não será conhecido o pedido de reconsideração
V - Mau - quando, no período de 1 (um) ano, lhe intempestivo, procrastinador ou que não apresente fatos ou
tenham sido aplicadas mais de 2 (duas) permanências argumentos novos que modifiquem a decisão anteriormente
disciplinares ou mais de 1 (uma) custódia disciplinar. tomada, devendo este ato ser publicado, obedecido o prazo do
§ 1º. A contagem de tempo para melhora do § 3º deste artigo.
comportamento se fará automaticamente, de acordo com os Art. 58. O recurso hierárquico, interposto por uma
prazos estabelecidos neste artigo. única vez, terá efeito suspensivo e será redigido sob a forma
§ 2º. Bastará uma única sanção disciplinar acima dos de parte ou ofício e endereçado diretamente à autoridade
limites estabelecidos neste artigo para alterar a categoria do imediatamente superior àquela que não reconsiderou o ato
comportamento. tido por irregular, ofensivo, injusto ou ilegal.
§ 3º. Para a classificação do comportamento fica § 1º. A interposição do recurso de que trata este artigo,
estabelecido que duas repreensões equivalerão a uma a qual deverá ser precedida de pedido de reconsideração do
permanência disciplinar. ato, somente poderá ocorrer depois de conhecido o resultado
deste pelo requerente, exceto na hipótese prevista pelo § 4º
§ 4º. Para efeito de classificação, reclassificação ou
do artigo anterior.
melhoria do comportamento, ter-se-ão como bases as datas
em que as sanções foram publicadas. § 2º. A autoridade que receber o recurso hierárquico
deverá comunicar tal fato, por escrito, àquela contra a qual
Art. 55. Ao ser admitida, a praça militar será classificada
está sendo interposto.
no comportamento “bom”.
§ 3º. Os prazos referentes ao recurso hierárquico são:
CAPÍTULO X I - para interposição: 5(cinco) dias, a contar do
Dos Recursos Disciplinares conhecimento da solução do pedido de reconsideração pelo
interessado ou do vencimento do prazo do § 4º. do artigo
Art. 56. O militar do Estado, que considere a si próprio, anterior;
a subordinado seu ou a serviço sob sua responsabilidade II - para comunicação: 3 (três) dias, a contar do
prejudicado, ofendido ou injustiçado por ato de superior protocolo da OPM ou OBM da autoridade destinatária;
hierárquico, poderá interpor recursos disciplinares.
III - para solução: 10 (dez) dias, a contar do
Parágrafo único. São recursos disciplinares: recebimento da interposição do recurso no protocolo da OPM
I - pedido de reconsideração de ato; ou OBM da autoridade destinatária.
II - recurso hierárquico. § 4º. O recurso hierárquico, em termos respeitosos,
Art. 57. O pedido de reconsideração de ato é recurso precisará o objeto que o fundamenta de modo a esclarecer o
interposto, mediante parte ou ofício, à autoridade que ato ou fato, podendo ser acompanhado de documentos
praticou, ou aprovou, o ato disciplinar que se reputa irregular, comprobatórios.
ofensivo, injusto ou ilegal, para que o reexamine. § 5º. O recurso hierárquico não poderá tratar de
§ 1º. O pedido de reconsideração de ato deve ser enca- assunto estranho ao ato ou fato que o tenha motivado, nem
minhado, diretamente, à autoridade recorrida e por uma única versar sobre matéria impertinente ou fútil.
vez. § 6º. Não será conhecido o recurso hierárquico
§ 2º. O pedido de reconsideração de ato, que tem intempestivo, procrastinador ou que não apresente fatos ou
efeito suspensivo, deve ser apresentado no prazo máximo de 5 argumentos novos que modifiquem a decisão anteriormente
(cinco) dias, a contar da data em que o militar do Estado tomar tomada, devendo ser cientificado o interessado, e publicado o
ciência do ato que o motivou. ato em boletim, no prazo de 10 (dez) dias.
§ 3º. A autoridade a quem for dirigido o pedido de Art. 59. Solucionado o recurso hierárquico, encerra-se
reconsideração de ato deverá, saneando se possível o ato para o recorrente a possibilidade administrativa de revisão do
praticado, dar solução ao recurso, no prazo máximo de 10 ato disciplinar sofrido, exceto nos casos de representação
(dez) dias, a contar da data de recebimento do documento, previstos nos §§ 3º. e 4º. do art. 30.
dando conhecimento ao interessado, mediante despacho Art. 60. Solucionados os recursos disciplinares e
fundamentado que deverá ser publicado. havendo sanção disciplinar a ser cumprida, o militar do Estado
§ 4º. O subordinado que não tiver oficialmente conheci- iniciará o seu cumprimento dentro do prazo de 3 (três) dias:
mento da solução do pedido de reconsideração, após 30 I - desde que não interposto recurso hierárquico, no
(trinta) dias contados da data de sua solicitação, poderá caso de solução do pedido de reconsideração;
interpor recurso hierárquico no prazo previsto no inciso I do § II - após solucionado o recurso hierárquico.
3º, do artigo seguinte.
Art. 61. Os prazos para a interposição dos recursos de
que trata este Código são decadenciais.
§ 5º. O pedido de reconsideração de ato deve ser redi-

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CAPÍTULO XI classificação de seu comportamento e será registrado nos
Da Revisão dos Atos Disciplinares assentamentos.
Art. 69. A dispensa do serviço é uma recompensa
Art. 62. As autoridades competentes para aplicar
militar e somente poderá ser concedida por oficiais dos postos
sanção disciplinar, exceto as ocupantes dos postos de tenente
a major, quando tiverem conhecimento, por via recursal ou de de tenente-coronel e coronel a seus subordinados funcionais.
ofício, da possível existência de irregularidade ou ilegalidade Parágrafo único. A concessão de dispensas do serviço,
na aplicação da sanção imposta por elas ou pelas autoridades observado o disposto neste artigo, fica limitada ao máximo de
subordinadas, podem, de forma motivada e com publicação, 6(seis) dias por ano, sendo sempre publicada em boletim.
praticar um dos seguintes atos: Art. 70. O cancelamento de sanções disciplinares
(OBS: Se na prova aparecer 1º Tenente no lugar de Tenente consiste na retirada dos registros realizados nos
coloque a questão como correta, pois se trata do texto original.) assentamentos individuais do militar da ativa, relativos às
I - retificação; penas disciplinares que lhe foram aplicadas, sendo inaplicável
II - atenuação; às sanções de reforma administrativa disciplinar, de demissão
III - agravação; e de expulsão.
IV - anulação. § 1º O cancelamento de sanções é ato do Comandante
Art. 63. A retificação consiste na correção de irregula- Geral de Oficio, comprovados em seus assentamentos, e
ridade formal sanável, contida na sanção disciplinar aplicada depois de decorridos os lapsos temporais a seguir indicados,
pela própria autoridade ou por autoridade subordinada. de efetivo serviço sem qualquer outra sanção, a contar da data
Art. 64. A atenuação é a redução da sanção proposta ou da última pena imposta: (Redação dada pelo Art.1º da Lei
aplicada, para outra menos rigorosa ou, ainda, a redução do 15.051/2011)
número de dias da sanção, nos limites do art. 42, se assim o a) para o cancelamento de advertência: 2 anos;
exigir o interesse da disciplina e a ação educativa sobre o b) para o cancelamento de repreensão: 3 anos;
militar do Estado.
c) para o cancelamento de permanência disciplinar ou,
Art. 65. A agravação é a ampliação do número dos dias
anteriormente a esta Lei, de detenção: 7 anos;
propostos para uma sanção disciplinar ou a aplicação de
sanção mais rigorosa, nos limites do art. 42, se assim o exigir o d) para o cancelamento de custódia disciplinar ou,
interesse da disciplina e a ação educativa sobre o militar do anteriormente a esta Lei, de prisão administrativa: 10 anos.
Estado. § 2º Independentemente das condições previstas neste
Parágrafo único. Não caberá agravamento da sanção artigo, o Controlador Geral de Disciplina poderá cancelar uma
em razão da interposição de recurso disciplinar pelo militar ou mais punições do militar que tenha praticado qualquer
acusado. ação militar considerada especialmente meritória, que não
Art. 66. Anulação é a declaração de invalidade da san- chegue a constituir ato de bravura. (Redação dada pelo Art.1º
ção disciplinar aplicada pela própria autoridade ou por da Lei 15.051/2011)
autoridade subordinada, quando, na apreciação do recurso, Configurado ato de bravura, assim reconhecido, o
verificar a ocorrência de ilegalidade, devendo retroagir à data Comandante-Geral poderá cancelar todas as punições do
do ato. militar, independentemente das condições previstas neste
Parágrafo único. A anulação de sanção administrativo- artigo. (Redação dada pelo Art.1º da Lei 15.051/2011)
disciplinar somente poderá ser feita no prazo de 5 (cinco) anos,
§ 3º. O cancelamento de sanções não terá efeito
a contar da data da publicação do ato que se pretende invalidar,
retroativo e não motivará o direito de revisão de outros atos
ressalvado o disposto no inciso III do art. 41 deste Código.
administrativos decorrentes das sanções canceladas.

CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
Das Recompensas Militares
Do Processo Regular
Art. 67. As recompensas militares constituem reconhe- Seção I
cimento dos bons serviços prestados pelo militar do Estado e Disposições Gerais
consubstanciam-se em prêmios concedidos por atos
meritórios e serviços relevantes. Art. 71. O processo regular de que trata este Código,
Art. 68. São recompensas militares: para os militares do Estado, será:
I - elogio; I - o Conselho de Justificação, para oficiais;
II - dispensa de serviço; II - o Conselho de Disciplina, para praças com 10 (dez)
III - cancelamento de sanções, passíveis dessa medida. ou mais anos de serviço militar no Estado;
Parágrafo único. O elogio individual, ato administrativo III - o processo administrativo-disciplinar, para praças
com menos de 10 (dez) anos de serviço militar no Estado;
que coloca em relevo as qualidades morais e profissionais do
militar, poderá ser formulado independentemente da IV - o procedimento disciplinar previsto no Capítulo VII
desta Lei.

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§ 1 º O processo regular poderá ter por base Seção II
investigação preliminar, inquérito policial-militar ou Do Conselho de Justificação
sindicância instaurada, realizada ou acompanhada pela
Controladoria Geral dos Órgãos de Segurança Pública e Art. 75. O Conselho de Justificação destina-se a apurar
Sistema Penitenciário.” (NR). as transgressões disciplinares cometidas por oficial e a
§ 2º. A inobservância dos prazos previstos para o incapacidade deste para permanecer no serviço ativo militar.
processo regular não acarreta a nulidade do processo, porém Parágrafo único. O Conselho de Justificação aplica-se
os membros do Conselho ou da comissão poderão responder também ao oficial inativo presumivelmente incapaz de
pelo retardamento injustificado do processo. permanecer na situação de inatividade.
Art. 72. O militar do Estado submetido a processo re- Art. 76. O oficial submetido a Conselho de Justificação e
gular deverá, quando houver possibilidade de prejuízo para a considerado culpado, por decisão unânime, deverá ser
hierarquia, disciplina ou para a apuração do fato, ser agregado disciplinarmente mediante ato do Comandante-
designado para o exercício de outras funções, enquanto Geral, até decisão final do Tribunal competente, ficando:
perdurar o processo, podendo ainda a autoridade instauradora I - afastado das suas funções e adido à Unidade que lhe
proibir-lhe o uso do uniforme e o porte de arma, como medida for designada;
cautelar. II - proibido de usar uniforme e de portar arma;
Parágrafo único. Não impede a instauração de novo III - mantido no respectivo Quadro, sem número, não
processo regular, caso surjam novos fatos ou evidências concorrendo à promoção.
posteriormente à conclusão dos trabalhos na instância Art. 77. A constituição do Conselho de Justificação dar-
administrativa, a absolvição, administrativa ou judicial, do se-á por ato do Governador do Estado, ou do Controlador
militar do Estado em razão de: Geral de Disciplina, composto cada um, por 3 (três) oficiais,
I - não haver prova da existência do fato; sejam Militares ou Bombeiros Militares Estaduais, ou das
II - falta de prova de ter o acusado concorrido para a Forças Armadas, dos quais, 1 (um) Oficial intermediário,
transgressão; ou, recaindo sobre o mais antigo a presidência da Comissão, outro
III - não existir prova suficiente para a condenação. atuará como interrogante e o último como relator e escrivão.
(Redação dada pelo art. 2º da lei 15.051/2011)
Art. 73. Aplicam-se a esta Lei, subsidiariamente, pela .
§ 1º. Quando o justificante for oficial superior do
ordem, as normas do Código do Processo Penal Militar, do
último posto, o Conselho será formado por oficiais daquele
Código de Processo Penal e do Código de Processo Civil.
posto, da ativa ou na inatividade, mais antigos que o
Art. 74. Extingue-se a punibilidade da transgressão justificante, salvo na impossibilidade. Quando o justificante for
disciplinar pela: oficial da reserva remunerada, um dos membros do Conselho
I - passagem do transgressor da reserva remunerada poderá ser da reserva remunerada.
para a reforma ou morte deste; § 2º. Não podem fazer parte do Conselho de
II - prescrição. Justificação:
§ 1º. A prescrição de que trata o inciso II deste artigo se I - o Oficial que formulou a acusação;
verifica: II - os Oficiais que tenham entre si, com o acusador ou
a) em 2 (dois) anos, para transgressão sujeita à com o acusado, parentesco consanguíneo ou afim, na linha
advertência e repreensão; reta ou até o quarto grau de consanguinidade colateral ou de
natureza civil;
b) em 3 (três) anos, para transgressão sujeita à
permanência disciplinar; III - os Oficiais que tenham particular interesse na
decisão do Conselho de Justificação; e
c) em 4 (quatro) anos, para transgressão sujeita à
custódia disciplinar; IV - os Oficiais subalternos.
§ 3º. O Conselho de Justificação funciona sempre com a
d) em 5 (cinco) anos, para transgressão sujeita á
totalidade de seus membros, em local que a autoridade
reforma administrativa; disciplinar, demissão, expulsão e
nomeante, ou seu presidente, julgue melhor indicado para a
proibição do uso do uniforme e do porte de arma;
apuração dos fatos.
e) no mesmo prazo e condição estabelecida na
Art. 78. O Conselho de Justificação dispõe de um prazo
legislação penal, especialmente no código penal ou penal
de 60(sessenta) dias, a contar da data de sua nomeação, para
militar, para transgressão compreendida também como crime.
a conclusão de seus trabalhos relativos ao processo, e de mais
§ 2º. O início da contagem do prazo de prescrição de 15 (quinze) dias para deliberação, confecção e remessa do
qualquer transgressão disciplinar é da data em que foi relatório conclusivo.
praticada, interrompendo-se pela instauração de sindicância, Art. 79. Reunido o Conselho de Justificação, convocado
de conselho de justificação ou disciplina ou de processo previamente por seu Presidente, em local, dia e hora
administrativo-disciplinar ou pelo sobrestamento destes. designados com antecedência, presentes o acusado e seu
defensor, o Presidente manda proceder à leitura e a autuação
dos documentos que instruíram e os que constituíram o ato de
nomeação do Conselho; em seguida, ordena a qualificação e o

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interrogatório do justificante, previamente cientificado da defesa. (Redação dada pelo art. 5º da lei 15.051/2011).
acusação, sendo o ato reduzido a termo, assinado por todos os Art. 84. Apresentadas as razões finais de defesa, o
membros do Conselho, pelo acusado e pelo defensor, fazendo- Conselho de Justificação passa a deliberar sobre o julgamento
se a juntada de todos os documentos por este acaso do caso, em sessão, facultada a presença do defensor do
oferecidos em defesa. militar processado, elaborando, ao final, relatório conclusivo.
§ 1º. Sempre que o acusado não for localizado ou (Redação dada pelo art. 6º da lei 15.051/2010).
deixar de atender à intimação formal para comparecer § 1º. O relatório conclusivo, assinado por todos os
perante o Conselho de Justificação serão adotadas as membros do Conselho de Justificação, deve decidir se o oficial
seguintes providências: justificante:
a) a intimação é publicada em órgão de divulgação com I - é ou não culpado das acusações;
circulação na respectiva OPM ou OBM; II - está ou não definitivamente inabilitado para o
b) o processo corre à revelia do acusado, se não acesso, o oficial considerado provisoriamente não habilitado
atender à publicação, sendo desnecessária sua intimação para no momento da apreciação de seu nome para ingresso em
os demais atos processuais. Quadro de Acesso;
§ 2º. Ao acusado revel ou não comparecimento do III - está ou não incapaz de permanecer na ativa ou na
defensor nomeado pelo acusado em qualquer ato do processo, situação em que se encontra na inatividade.
será nomeado defensor dativo, por solicitação do Controlador § 2º. A decisão do Conselho de Justificação será tomada
Geral de Disciplina, para promover a defesa do oficial por maioria de votos de seus membros, facultada a
justificante, sendo o defensor intimado para acompanhar os justificação, por escrito, do voto vencido.
atos processuais. (Redação dada pelo art. 3º da lei 15.051/2011)
Art. 85. Elaborado o relatório conclusivo, será lavrado
§3º Reaparecendo, o revel poderá acompanhar o termo de encerramento, com a remessa do processo, pelo
processo no estágio em que se encontrar, podendo nomear Presidente do Conselho de Justificação, ao Controlador Geral
defensor de sua escolha, em substituição ao defensor dativo.” de Disciplina, para fins previstos no Art. 28-A, da Lei
(Redação dada pelo art. 3º da lei 15.051/2011). complementar nº 98, de 20 de junho de 2011. (Redação dada
§ 4º. Aos membros do Conselho de Justificação é lícito pelo art. 16 da lei 15.051/2011).
reinquirir o acusado e as testemunhas sobre o objeto da Art. 86. Recebidos os autos do processo regular do
acusação e propor diligências para o esclarecimento dos fatos. Conselho de Justificação, o Governador do Estado decidirá se
O reconhecimento de firma somente será exigido quando aceita ou não o julgamento constante do relatório conclusivo,
houver dúvida de autenticidade. determinando:
§ 5º. Em sua defesa, pode o acusado requerer a I - o arquivamento do processo, caso procedente a
produção, perante o Conselho de Justificação, de todas as justificação;
provas permitidas no Código de Processo Penal Militar. A
II - a aplicação da pena disciplinar cabível, adotando as
autenticação de documentos exigidos em cópias poderá ser
razões constantes do relatório conclusivo do Conselho de
feita pelo órgão administrativo.
Justificação ou concebendo outros fundamentos;
§ 6º. As provas a serem colhidas mediante carta
III - a adoção das providências necessárias à
precatória serão efetuadas por intermédio da autoridade
transferência para a reserva remunerada, caso considerado o
Policial-Militar ou, na falta desta, da Policia Judiciária local.
oficial definitivamente não habilitado para o acesso;
Art. 80. O acusado poderá, após o interrogatório, no
IV - a remessa do processo ao Auditor da Justiça Militar
prazo de três dias, oferecer defesa prévia, arrolando até três
do Estado, caso a acusação julgada administrativamente
testemunhas e requerer a juntada de documentos que
procedente seja também, em tese, crime;
entender convenientes à sua defesa.
V - a remessa do processo ao Tribunal de Justiça do
Art. 81. Apresentada ou não a defesa, proceder-se-á à
Estado, quando a pena a ser aplicada for a de reforma
inquirição das testemunhas, devendo as de acusação, em
administrativa disciplinar ou de demissão, em conformidade
número de até três, serem ouvidas em primeiro lugar.
com o disposto no art. 176, § 8º , da Constituição Estadual.
Parágrafo único. As testemunhas de acusação que
Art. 87. No Tribunal de Justiça, distribuído o processo, o
nada disserem para o esclarecimento dos fatos, a Juízo do
relator mandará citar o oficial acusado para, querendo,
Conselho de Justificação, não serão computadas no número
oferecer defesa, no prazo de 10 (dez) dias, sobre a conclusão
previsto no caput, sendo desconsiderado seu depoimento.
do Conselho de Justificação e a decisão do Governador do
Art. 82. O acusado e seu defensor, querendo, poderão Estado, em seguida, mandará abrir vista para o parecer do
comparecer a todos os atos do processo conduzido pelo Conselho Ministério Público, no prazo de 10(dez) dias, e, na sequência,
de Justificação, sendo para tanto intimados, ressalvado o caso de efetuada a revisão, o processo deverá ser incluído em pauta
revelia. (Redação dada pelo art. 4º da lei 15.051/2011). para julgamento.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à § 1º. O Tribunal de Justiça, caso julgue procedente a
sessão secreta de deliberação do Conselho de Justificação. acusação, confirmando a decisão oriunda do Executivo,
Art. 83. Encerrada a fase de instrução, o oficial acusado declarará o oficial indigno do oficialato ou com ele
será intimado para apresentar, por seu defensor nomeado ou incompatível, decretando:
dativo, no prazo de 15 (quinze) dias, suas razões finais de

19
I - a perda do posto e da patente; ou, surgirem indícios de crime comum ou militar, o presidente
II - a reforma administrativa disciplinar, no posto que o deverá extrair cópia dos autos, remetendo-os, por ofício, à
oficial possui na ativa, com proventos proporcionais ao tempo autoridade competente para início do respectivo inquérito
de serviço militar. policial ou da ação penal cabível.
§ 2º. Publicado o acórdão do Tribunal, o Governador do Art. 91. Será instaurado apenas um processo quando o
Estado decretará a demissão ex officio ou a reforma ato ou atos motivadores tenham sido praticados em concurso
administrativa disciplinar do oficial transgressor. de agentes.
§ 1 º Havendo 2(dois) ou mais acusados pertencentes a
Seção III Corporações Militares diversas, o processo será instaurado
pelo Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, ou pelo
Do Conselho de Disciplina
Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
Pública e Sistema Penitenciário.”
Art. 88. O Conselho de Disciplina destina-se a apurar as § 2º. Existindo concurso ou continuidade infracional,
transgressões disciplinares cometidas pela praça da ativa ou deverão todos os atos censuráveis constituir o libelo
da reserva remunerada e a incapacidade moral desta para acusatório da portaria.
permanecer no serviço ativo militar ou na situação de
§ 3º. Surgindo, após a elaboração da portaria,
inatividade em que se encontra.
elementos de autoria e materialidade de infração disciplinar
§ 1º. A constituição do Conselho de Disciplina dar-se-á conexa, em continuidade ou em concurso, esta poderá ser
por ato do Controlador Geral de Disciplina, composto, cada aditada, abrindo-se novos prazos para a defesa.
um, por 3 (três) Oficiais, sejam Militares ou Bombeiros
Art. 92. O Conselho de Disciplina dispõe de um prazo de
Militares Estaduais, ou das Forças Armadas, dos quais, um
45(quarenta e cinco) dias, a contar da data de sua nomeação,
Oficial Intermediário, recaindo sobre o mais antigo a
para a conclusão de seus trabalhos relativos ao processo, e de
presidência da Comissão, outro atuará como interrogante e o
mais 15 (quinze) dias para deliberação, confecção e remessa
último como relator e escrivão. (Redação dada pela lei
do relatório conclusivo.
15.051/2011).
Art. 93. Reunido o Conselho de Disciplina, convocado
§ 2º. O mais antigo do Conselho, no mínimo um capi-
previamente por seu Presidente, em local, dia e hora
tão, será o presidente e o que se lhe seguir em antiguidade ou
designados com antecedência, presentes o acusado e seu
precedência funcional será o interrogante, sendo o relator e
defensor, o Presidente manda proceder a leitura e a autuação
escrivão o mais moderno.
dos documentos que instruíram e os que constituíram o ato de
§ 3º. Entendendo necessário, o presidente poderá no- nomeação do Conselho; em seguida, ordena a qualificação e o
mear um subtenente ou sargento para funcionar como interrogatório da praça, previamente cientificada da acusação,
escrivão no processo, o qual não integrará o Conselho. sendo o ato reduzido a termo, assinado por todos os membros
§ 4º. Não podem fazer parte do Conselho de Disciplina: do Conselho, pelo acusado e pelo defensor, fazendo-se a
I - o Oficial que formulou a acusação; juntada de todos os documentos por este acaso oferecidos em
II - os Oficiais que tenham entre si, com o acusador ou defesa.
com o acusado, parentesco consanguíneo ou afim, na linha § 1º. Sempre que a praça acusada não for localizada ou
reta ou até o quarto grau de consanguinidade colateral ou de deixar de atender à intimação formal para comparecer
natureza civil; e, perante o Conselho de Disciplina serão adotadas as seguintes
III - os Oficiais que tenham particular interesse na providências:
decisão do Conselho de Disciplina. a) a intimação é publicada em órgão de divulgação com
§ 5º. O Conselho de Disciplina funciona sempre com a circulação na respectiva OPM ou OBM;
totalidade de seus membros, em local que a autoridade b) o processo corre à revelia do acusado, se não
nomeante, ou seu presidente, julgue melhor indicado para a atender à publicação, sendo desnecessária sua intimação para
apuração dos fatos. os demais atos processuais.
§ 6º. A instauração de Conselho de Disciplina importa § 2º. Ao acusado revel ou não comparecimento do
no afastamento da praça do exercício de qualquer função defensor nomeado pelo acusado em qualquer ato do
policial, para que permaneça à disposição do Conselho. processo, será nomeado defensor dativo, para promover a
Art. 89. As autoridades referidas no artigo anterior po- defesa da praça, sendo o defensor intimado para acompanhar
dem, com base na natureza da falta ou na inconsistência dos os atos processuais. (Redação dada pelo Art. 8º da lei
fatos apontados, considerar, desde logo, insuficiente a 15.051/2011).
acusação e, em consequência, deixar de instaurar o Conselho § 3º. Reaparecendo, o revel poderá acompanhar o
de Disciplina, sem prejuízo de novas diligências. processo no estágio em que se encontrar, podendo nomear
Art. 90. O Conselho de Disciplina poderá ser instaurado, defensor de sua escolha, em substituição ao defensor dativo.
independentemente da existência ou da instauração de (Redação dada pelo Art. 8º da lei 15.051/2011).
inquérito policial comum ou militar, de processo criminal ou § 4º. Aos membros do Conselho de Disciplina é lícito
de sentença criminal transitada em julgado. reinquirir o acusado e as testemunhas sobre o objeto da
Parágrafo único. Se no curso dos trabalhos do Conselho acusação e propor diligências para o esclarecimento dos fatos.

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O reconhecimento de firma somente será exigido quando II - a aplicação da pena disciplinar cabível, adotando as
houver dúvida de autenticidade. razões constantes do relatório conclusivo do Conselho de
§ 5º. Em sua defesa, pode o acusado requerer a Disciplina ou concebendo outros fundamentos;
produção, perante o Conselho de Disciplina, de todas as III - a adoção das providências necessárias à efetivação
provas permitidas no Código de Processo Penal Militar. A da reforma administrativa disciplinar ou da demissão ou da
autenticação de documentos exigidos em cópias poderá ser expulsão;
feita pelo órgão administrativo. IV - a remessa do processo ao Auditor da Justiça Militar
§ 6º. As provas a serem colhidas mediante carta do Estado, caso a acusação julgada administrativamente
precatória serão efetuadas por intermédio da autoridade procedente seja também, em tese, crime.
policial-militar ou bombeiro-militar, na falta destas, da Polícia § 1º. A decisão proferida no processo deve ser
Judiciária local. publicado oficialmente no Boletim da Corporação e transcrita
Art. 94. O acusado poderá, após o interrogatório, no nos assentamentos da Praça.
prazo de três dias, oferecer defesa prévia, arrolando até três § 2º. A reforma administrativa disciplinar da Praça é
testemunhas e requerer a juntada de documentos que efetivada no grau hierárquico que possui na ativa, com
entender convenientes à sua defesa. proventos proporcionais ao tempo de serviço.
Art. 95. Apresentada ou não a defesa, proceder-se-á à Art. 100. O acusado ou, no caso de revelia, o seu
inquirição das testemunhas, devendo as de acusação, em Defensor que acompanhou o processo pode interpor recurso
número de até três, serem ouvidas em primeiro lugar. contra a decisão final proferida no Conselho de Disciplina, no
Parágrafo único. As testemunhas de acusação que prazo de 5 (cinco) dias, para a autoridade que instaurou o
nada disserem para o esclarecimento dos fatos, a Juízo do processo regular.
Conselho de Disciplina, não serão computadas no número Parágrafo único. O prazo para a interposição do recurso
previsto no caput, sendo desconsiderado seu depoimento. é contado da data da intimação pessoal do acusado ou de seu
Art. 96. O acusado e seu defensor, querendo, poderão defensor, ou, havendo qualquer dificuldade para estas se
comparecer a todos os atos do processo conduzido pelo efetivarem, da data da publicação no Boletim da Corporação.”
Conselho de Disciplina, sendo para tanto intimados, ressalvado (Redação dada pelo Art. 11 da lei 15.051/2011).
o caso de revelia. (Redação dada pelo Art. 9º da lei Art. 101. Cabe à autoridade que instaurou o processo
15.051/2011). regular, em última instância, julgar o recurso interposto contra
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à a decisão proferida no processo do Conselho de Disciplina, no
sessão secreta de deliberação do Conselho de Disciplina. prazo de 30 (trinta) dias, contados da data do recebimento do
Art. 97. Encerrada a fase de instrução, a praça acusada processo com o recurso.
será intimada para apresentar, por seu advogado ou defensor, Art.102. A decisão do Secretário de Segurança Pública e
no prazo de 8 (oito) dias, suas razões finais de defesa. Defesa Social e do Controlador Geral de Disciplina, proferida
(Redação dada pelo Art. 10 da lei 15.051/2011). em única instância, caberá revisão processual ao Governador
Art. 98. Apresentadas as razões finais de defesa, o do Estado, e nos demais casos ao Controlador Geral de
Conselho de Disciplina passa a deliberar sobre o julgamento do Disciplina, desde que contenha fatos novos, será publicada em
caso, em sessão, facultada a presença do defensor do militar boletim, e o não atendimento desta descrição ensejará o
processado, elaborando, ao final, o relatório conclusivo. indeferimento liminar.” (NR).
(Redação dada pelo Art. 11 da lei 15.051/2011).
§ 1º. O relatório conclusivo, assinado por todos os Seção IV
membros do Conselho de Disciplina, deve decidir se a praça Do Processo Administrativo-Disciplinar
acusada:
I - é ou não culpada das acusações; Art. 103. O processo administrativo-disciplinar é o
II - está ou não incapacitada de permanecer na ativa ou processo regular, realizado por comissão processante formada
na situação em que se encontra na inatividade. por 3 (três) oficiais, designada por portaria do Controlador-
§ 2º. A decisão do Conselho de Disciplina será tomada Geral de Disciplina, destinado a apurar as transgressões
por maioria de votos de seus membros, facultada a disciplinares cometidas pela praça da ativa, com menos de 10
justificação, por escrito, do voto vencido. (dez) anos de serviço militar no Estado e a incapacidade moral
desta para permanecer no serviço ativo, observado o
Art. 99. Elaborado o relatório conclusivo, será lavrado
procedimento previsto na Seção anterior. (Redação dada pelo
termo de encerramento, com a remessa do processo, pelo
art. 13 da Lei nº 15.051/2011).
presidente do Conselho de Disciplina, à autoridade
competente para proferir a decisão, a qual dentro do prazo de Parágrafo único: A comissão processante dispõe de um
20 dias, decidirá se aceita ou não o julgamento constante do prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de sua nomeação,
relatório conclusivo, determinando: para a conclusão de seus trabalhos relativos ao processo, e de
mais 15 (quinze) dias para confecção e remessa do relatório
I - o arquivamento do processo, caso improcedente a
conclusivo.”.
acusação, adotando as razões constantes do relatório
conclusivo do Conselho de Disciplina ou concebendo outros
fundamentos;

21
CAPÍTULO XIV Assunto 2:
Disposições Finais
Estatuto da PM/CE atualizado pela Lei
15.797/15, Lei 16.009/16 e Lei 16.010/16
Art. 104. Para os efeitos deste Código, considera-se
Comandante de Unidade o oficial que estiver exercendo
funções privativas dos postos de coronel e de tenente-coronel. LEI Nº13.729, DE 11 DE JANEIRO DE 2006.
Parágrafo único. As expressões diretor e chefe têm o (Publicada no DOE nº 010, de 13/01/2006)
mesmo significado de Comandante de Unidade. Dispõe sobre o Estatuto dos Militares
Art. 105. Os Comandantes-Gerais poderão baixar Estaduais do Ceará e dá outras
instruções complementares conjuntas, necessárias à providências.
interpretação, orientação e fiel aplicação do disposto neste Atualizações: Lei nº 13.768/2006, n.º
Código. 14.113/2008, nº 14.930/2011, nº
Art. 106. Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias após 14.931/2011, nº 14.933/2011, nº
a data de sua publicação, revogadas todas as disposições em 93/2011, 15.456/13 , nº 15.797/15, nº
contrário, em especial as Leis nºs. 10.280, de 5 de julho de 31.804/15, nº 16.009, nº16.010 e nº
1989, e 10.341, de 22 de novembro de 1979, o Decreto nº. 16.023.
14.209, de 19 de dezembro de 1980, e as constantes da Lei nº. O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ.
10.072, de 20 de dezembro de 1976, e de suas alterações. Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu
sanciono a seguinte Lei:
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza,
21 de novembro de 2003. TÍTULO I
GENERALIDADES

Art. 1º. Esta Lei é o Estatuto dos Militares Estaduais do


Ceará e regula a situação, direitos, prerrogativas, deveres e
obrigações dos militares estaduais.
Art. 2º. São militares estaduais do Ceará os membros
das Corporações Militares do Estado, instituições organizadas
com base na hierarquia e disciplina, forças auxiliares e reserva
Lúcio Gonçalo de Alcântara
do Exército, subordinadas ao Governador do Estado e
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
vinculadas operacionalmente à Secretaria da Segurança
Iniciativa: Poder Executivo Pública e Defesa Social, tendo as seguintes missões
fundamentais:
I - Polícia Militar do Ceará: exercer a polícia ostensiva,
________________________________________________ preservar a ordem pública, proteger a incolumidade da pessoa
e do patrimônio e garantir os Poderes constituídos no regular
___________________________________________________ desempenho de suas competências, cumprindo as requisições
___________________________________________________ emanadas de qualquer destes, bem como exercer a atividade
de polícia judiciária militar estadual, relativa aos crimes
__________________________________________________ militares definidos em lei, inerentes a seus integrantes;
___________________________________________________ II - Corpo de Bombeiros Militar do Ceará: a proteção da
pessoa e do patrimônio, visando à incolumidade em situações
___________________________________________________ de risco, infortúnio ou de calamidade, a execução de
__________________________________________________ atividades de defesa civil, devendo cumprimento às
requisições emanadas dos Poderes estaduais, bem como
___________________________________________________ exercer a atividade de polícia judiciária militar estadual,
relativa aos crimes militares definidos em lei, inerentes a seus
___________________________________________________
integrantes.
__________________________________________________ Parágrafo único. A vinculação é ato ou efeito de ficarem as
Corporações Militares do Estado sob a direção operacional da
__________________________________________________
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social.
___________________________________________________ Art. 3º. Os militares estaduais somente poderão estar
em uma das seguintes situações:
___________________________________________________
I - na ativa:
a) os militares estaduais de carreira;
b) os Cadetes e Alunos-Soldados de órgãos de formação

22
de militares estaduais; (Redação dada pela Lei nº 15.797/15). definida pelos dispositivos constitucionais que lhes forem
c) os alunos dos cursos específicos de Saúde, Capelania aplicáveis, por este Estatuto e pela legislação estadual que lhes
e Complementar, na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros outorguem direitos e prerrogativas e lhes imponham deveres e
Militar, conforme dispuser esta Lei e regulamento específico; ( obrigações.
Alínea c, com a redação dada pela Lei nº 13.768, de Parágrafo único: Os atos administrativos do
04/05/2006(DOE nº 085, de 08/05/2006.) Comandante-Geral, com reflexos exclusivamente internos,
d) os componentes da reserva remunerada, quando serão publicados em Boletim Interno da respectiva Corporação
convocados; Militar. (Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 13.768, de
II - na inatividade: 04/05/2006(DOE nº 085, 08/05/2006).
a) os componentes da reserva remunerada, Art.9º. O disposto neste Estatuto aplica-se, no que
pertencentes à reserva da respectiva Corporação, da qual couber, aos militares estaduais da reserva remunerada e aos
percebam remuneração, sujeitos, ainda, à prestação de serviço reformados.
na ativa, mediante convocação; Parágrafo único. O voluntário incluído com base na Lei
b) os reformados, quando, tendo passado por uma das nº 13.326, de 15 de julho de 2003, estará sujeito a normas
situações anteriores, estejam dispensados, definitivamente, da próprias, a serem regulamentadas por Decreto do Chefe do
prestação de serviço na ativa, mas continuem a perceber Poder Executivo, na conformidade do art.2º da citada Lei.
remuneração pela respectiva Corporação.
Art.4º. O serviço militar estadual ativo consiste no TÍTULO II
exercício de atividades inerentes à Polícia Militar e ao Corpo DO INGRESSO NA CORPORAÇÃO MILITAR ESTADUAL
de Bombeiros Militar, compreendendo todos os encargos CAPÍTULO I
previstos na legislação especifica e relacionados com as DOS REQUISITOS ESSENCIAIS
missões fundamentais da Corporação.
Art.5º. A carreira militar estadual é caracterizada por Art. 10. O ingresso na Polícia Militar e no Corpo de
atividade continuada e inteiramente devotada às finalidades e Bombeiros Militar do Ceará dar-se-á para o preenchimento de
missões fundamentais das Corporações Militares estaduais, cargos vagos, mediante prévia aprovação em concurso público
denominada atividade militar estadual. de provas ou de provas e títulos, promovido pela Secretaria da
Parágrafo único. A carreira militar estadual é privativa Segurança Pública e Defesa Social em conjunto com a
do pessoal da ativa das Corporações Militares do Estado, Secretaria do Planejamento e Gestão, na forma que dispuser o
iniciando-se com o ingresso e obedecendo-se à sequência de Edital do concurso, atendidos os seguintes requisitos
graus hierárquicos. cumulativos, além dos previstos no Edital:
Art.6º. Os militares estaduais da reserva remunerada (O Art. 10, com a redação dada pela Lei nº 14.113, de
poderão ser convocados para o serviço ativo e poderão 12/05/2008 (DOE nº 088, de 13/05/2008).
também ser para este designados, em caráter transitório e I - ser brasileiro;
mediante aceitação voluntária, por ato do Governador do
II – ter, na data de inscrição no curso de formação
Estado, quando: para o qual convocado, idade igual ou superior a 18
I - se fizer necessário o aproveitamento dos (dezoito) anos e, na data de inscrição no concurso:
conhecimentos técnicos e especializados do militar estadual; a) idade inferior a 30 (trinta) anos, para as
II - não houver, no momento, no serviço ativo, militar carreiras de praça e oficial do Quadro de Oficiais Policiais
estadual habilitado a exercer a função vaga existente na Militares - QOPM, ou Quadro de Oficiais Bombeiros
Corporação Militar estadual. Militares - QOBM;
§1º. O militar estadual designado terá os direitos e b) idade inferior a 35 (trinta e cinco) anos, para a
deveres dos da ativa, em igual situação hierárquica, exceto carreira de oficial do Quadro de Oficiais de Saúde da
quanto à promoção, à qual não concorrerá, contando esse Polícia Militar - QOSPM, Quadro Complementar
tempo como de efetivo serviço. Bombeiro Militar - QOCPM/BM e Quadro de Oficiais
Capelães - QOCplPM/BM.
§2º. Para a designação de que trata o caput deste
artigo, serão ouvidas a Secretaria da Segurança Pública e (O inciso II e as alíneas “a” e “b”, alterados com a
Defesa Social e a Secretaria da Administração. redação dada pela LEI Nº16.010, 05 de maio de 2016).
Art.7º. São equivalentes às expressões “na ativa”, “da c) 30 (trinta) anos, quando militar, para as carreiras de
ativa”, “em serviço ativo”, “em serviço na ativa”, “em serviço”, Praça e Oficial.
“em atividade” ou “em atividade militar”, conferida aos III - possuir honorabilidade compatível com a situação
militares estaduais no desempenho de cargo, comissão, de futuro militar estadual, tendo, para tanto, boa reputação
encargo, incumbência ou missão militar, serviço ou atividade social e não estando respondendo a processo criminal, nem
militar ou considerada de natureza ou interesse militar, nas indiciado em inquérito policial;
respectivas Corporações Militares estaduais, bem como em IV - não ser, nem ter sido, condenado judicialmente por
outros órgãos do Estado, da União ou dos Municípios, quando prática criminosa;
previsto em lei ou regulamento. V - estar em situação regular com as obrigações
Art.8º. A condição jurídica dos militares estaduais é eleitorais e militares;

23
VI - não ter sido isentado do serviço militar por considerados, os quais terão caráter classificatório.
incapacidade definitiva; §2º Somente será aprovado o candidato que atender a
VII - ter concluído, na data da posse, o ensino todas exigências de que trata o parágrafo anterior, caso em
médio para ingresso na Carreira de Praças e curso de que figurará entre os classificados e classificáveis.
nível superior para ingresso na Carreira de Oficiais, ( O §3º, do Art. 10, foi revogado pelo Art. 7º da Lei nº
conforme dispuser o edital, ambos reconhecidos pelo 14.113, de 12/05/2008 (DOE nº 088, de 13/05/2008).
Ministério da Educação;
XV - ser portador de carteira nacional de habilitação
(Inciso VII alterado com a redação dada pela LEI classificada, no mínimo, na categoria “B”, na data da matrícula
Nº16.010, 05 de maio de 2016). no Curso de Formação Profissional.
(Inciso XV alterado com a redação dada pela LEI
VIII - não ter sido licenciado de Corporação Militar ou Nº16.010, 05 de maio de 2016).
das Forças Armadas no comportamento inferior ao “bom”;
§4º Para aprovação no Curso de Formação
IX - não ter sido demitido, excluído ou licenciado ex Profissional, a que se refere a alínea “c” do inciso XIII,
officio “a bem da disciplina”, “a bem do serviço público” ou deste artigo, o candidato deverá obter pontuação mínima
por decisão judicial de qualquer órgão público, da na Avaliação de Verificação de Aprendizagem e na Nota
administração direta ou indireta, de Corporação Militar ou das de Avaliação de Conduta, conforme estabelecido no
Forças Armadas; Plano de Ação Educacional – PAE, do respectivo curso,
X - ter, no mínimo, 1,62 m de altura, se candidato do a cargo da Academia Estadual de Segurança Pública do
sexo masculino, e 1,57m, se candidato do sexo feminino; Ceará – AESP/CE.” (NR)
XI - se do sexo feminino, não estar grávida, por ocasião (Parágrafo acrescido com a redação dada pela LEI
da realização do Curso de Formação Profissional, devido à Nº16.010, 05 de maio de 2016).
incompatibilidade desse estado com os exercícios exigidos;
(Inciso XI, com a redação dada pela Lei nº 14.113, de Art.11. O ingresso de que trata o artigo anterior, dar-se-
12/05/2008 (DOE nº 088, de 13/05/2008). á, exclusivamente:
XII – ter conhecimento da legislação militar, I - para a carreira de Praça, como Aluno-Soldado do
conforme dispuser o edital do concurso; Curso de Formação de Soldados;
(Inciso XII alterado com a redação dada pela LEI II - para a carreira de Oficial combatente, como Cadete
Nº16.010, 05 de maio de 2016). do Curso de Formação de Oficiais;
XIII - ter obtido aprovação em todas as fases do III - para as carreiras de Oficial de Saúde, Oficial Capelão
concurso público, que constará de 3 (três) etapas: e Oficial Complementar na Polícia Militar e no Corpo de
a) a primeira etapa constará dos exames intelectuais Bombeiros Militar, como aluno.
(provas), de caráter classificatório e eliminatório, e títulos, (Inciso III com a redação dada pela Lei nº 13.768, de
quando estabelecido nesta Lei, esse último de caráter 04/05/2006(DOE nº 085, de 08/05/2006).
classificatório; §1º As nomeações decorrentes dos Concursos Públicos
b) a segunda etapa constará de exames médico- das Corporações Militares serão processadas através da
Secretaria da Administração do Estado.
odontológico, biométrico e toxicológico, de caráter
eliminatório; §2º É vedada à mudança de quadro, salvo no caso de
aprovação em novo concurso público.
c) a terceira etapa constará do Curso de Formação
Profissional de caráter classificatório e eliminatório, durante o
qual serão realizadas a avaliação psicológica, de capacidade CAPÍTULO II
física e a investigação social, todos de caráter eliminatório; DO INGRESSO NO QUADRO DE OFICIAIS DE SAÚDE DA
POLÍCIA MILITAR
§1° O Edital do concurso público estabelecerá os assuntos
a serem abordados, as notas e as condições mínimas a serem
atingidas para obtenção de aprovação nas diferentes etapas do Art.12. A seleção, para ingresso no Quadro de Oficiais
concurso e, quando for o caso, disciplinará os títulos a serem de Saúde, ocorre por meio de concurso público de provas, de
considerados, os quais terão apenas caráter classificatório. caráter eliminatório, e títulos, de caráter classificatório, que
visa à seleção e à classificação dos candidatos de acordo com o
(Inciso XIII, com a redação dada pela Lei nº 14.113, de número de vagas previamente fixado.
12/05/2008 (DOE nº 088, de 13/05/2008).
Parágrafo único. O ingresso no Quadro de Oficiais de
XIV - atender a outras condições previstas nesta Lei, Saúde deverá obedecer ao disposto no art. 92 desta Lei.
que tratam de ingresso específico, conforme cada Quadro ou (O Parágrafo único com a redação dada pela Lei nº
Qualificação. 13.768, de 04/05/2006(DOE nº 085, 08/05/2006).
§1º O Edital do concurso público estabelecerá as notas Art.13. O concurso de admissão tem como objetivo
mínimas das provas do exame intelectual, as performances e selecionar os candidatos que demonstrem possuir capacidade
condições mínimas a serem alcançadas pelo candidato nos intelectual, conhecimentos fundamentais, vigor físico e condições
exames médico, biométrico, físico, toxicológico, psicológico e de saúde que lhes possibilitem desenvolver plenamente as
de habilidade específica, sob pena de eliminação no certame, condições do cargo pleiteado, bem como acompanhar os estudos
bem como, quando for o caso, disciplinará os títulos a serem por ocasião do Curso de Formação de Oficiais.

24
Art.14. Os candidatos devem satisfazer as seguintes I - ser sacerdote, ministro religioso ou pastor,
condições, além das previstas no art.10 desta Lei: pertencente a qualquer religião que não atente contra a
I - ser diplomado por faculdade reconhecida pelo hierarquia, a disciplina, a moral e as leis em vigor;
Ministério da Educação na área de saúde específica, conforme (O inciso II, do Art. 17, foi revogado pelo Art. 7º da Lei
dispuser o Edital do concurso; nº 14.113, de 12/05/2008 (DOE nº 088, de 13/05/2008).
(O inciso II, do Art. 14, foi revogado pelo Art. 7º da Lei III - possuir o curso de formação teológica regular, de
nº 14.113, de 12/05/2008 (DOE nº 088, de 13/05/2008). nível universitário, reconhecido pela autoridade eclesiástica de
III - para os médicos, ter concluído o curso de sua religião;
especialização, residência ou pós-graduação até a data de IV - ter sido ordenado ou consagrado sacerdote,
inscrição do concurso, conforme dispuser o Edital do concurso; ministro religioso ou pastor;
IV - para os farmacêuticos, ter concluído o curso de V - possuir pelo menos 02 (dois) anos de atividade
Farmácia, com o apostilamento do diploma em Farmácia- pastoral como sacerdote, ministro religioso ou pastor,
Bioquímica ou Farmácia-Industrial até a data de inscrição do comprovada por documento expedido pela autoridade
concurso, conforme dispuser o Edital do concurso; eclesiástica da respectiva religião;
V - para os dentistas, ter concluído o curso de VI - ter sua conduta abonada pela autoridade
especialização ou residência até a data de inscrição no eclesiástica de sua religião;
concurso, conforme dispuser o Edital do concurso. VII - ter o consentimento expresso da autoridade
Art.15. O concurso público para os cargos de Oficiais do eclesiástica competente da respectiva religião;
Quadro de Saúde, dar-se-á na seguinte sequência: VIII - ser aprovado e classificado em prova escrita geral
I - Exame Intelectual, que constará de provas escritas de Português e específica de Teologia.
geral e específica; §1º os candidatos aprovados no concurso, dentro do
II - Inspeção de Saúde, realizada por uma Junta de limite de vagas estipuladas, participarão do Curso de Formação
Inspeção de Saúde Especial, com a convocação respectiva de Oficiais, num período de 6(seis) meses, durante o qual
acontecendo de acordo com a aprovação e classificação no serão equiparados a Cadete do 3º ano do Curso de Formação
Exame Intelectual, dentro do limite de vagas oferecidas. de Oficiais, fazendo jus à remuneração correspondente;
§1º Os candidatos aprovados no concurso, dentro do § 2° Após o Curso de Formação de Oficiais, ou Curso de
limite de vagas estipuladas, participarão de Curso de Formação Formação Profissional, se considerado aprovado, o candidato
de Oficiais, num período de 06 (seis) meses, durante o qual será nomeado 2° Tenente, por ato do Governador do Estado.
serão equiparados a Cadete do 3º ano do Curso de Formação (Redação dada pela Lei nº 15.767\15).
de Oficiais, fazendo jus à remuneração correspondente. §3º O ingresso no Quadro de Oficiais Capelães, deverá
§ 2° Após o Curso de Formação de Oficiais, ou Curso de obedecer ao disposto no art. 92 desta Lei.
Formação Profissional, se considerado aprovado, o candidato §4º O Serviço Religioso Militar do Estado será
será nomeado 2° Tenente, por ato do Governador do Estado. proporcionado pela Corporação, ministrado por Oficial
(Redação dada pela Lei nº 15.767\15). Capelão, na condição de sacerdote, ministro religioso ou
§3º As vagas fixadas para cada Quadro serão pastor de qualquer religião, desde que haja, pelo menos, um
preenchidas de acordo com a ordem de classificação final no terço de militares estaduais da ativa que professem o credo e
Curso de Formação. cuja prática não atente contra a Constituição e as leis do País,
(§ 3º com a redação dada pela Lei nº 13.768, de e será exercido na forma estabelecida por esta Lei.( §§ 3º e 4º
04/05/2006(DOE nº 085, 08/05/2006). com as redações dadas pela Lei nº 13.768, de 04/05/2006(DOE
Art.16. O Oficial do Quadro de Saúde, quando afastado nº 085, 08/05/2006).
ou impedido definitivamente ou licenciado do exercício da Art.18. O Oficial do Quadro de Capelães, quando
medicina, da farmácia ou da odontologia, por ato do Conselho afastado ou impedido definitivamente ou licenciado do
competente, será demitido da Corporação, por exercício do ministério eclesiástico, por ato da autoridade
incompatibilidade para com a função de seu cargo, sendo-lhe eclesiástica competente de sua religião, será demitido da
assegurado o contraditório e a ampla defesa. Corporação, por incompatibilidade para com a função de seu
cargo, sendo-lhe assegurado o contraditório e a ampla defesa.
CAPÍTULO III
DO QUADRO DE OFICIAIS CAPELÃES DA POLÍCIA MILITAR CAPÍTULO IV
Art.17. A seleção, para posterior ingresso no Quadro de DOS QUADROS DE OFICIAIS DE ADMINISTRAÇÃO
Oficiais Capelães, do Serviço Religioso Militar do Estado,
Seção I
destinado a prestar apoio espiritual aos militares estaduais,
dentro das respectivas religiões que professam, ocorre por Generalidades
meio de concurso público de provas ou de provas e títulos, de
caráter eliminatório e classificatório, que visa à seleção e à Art. 19. Os Quadros de Oficiais de Administração - QOA,
classificação dos candidatos de acordo com o número de vagas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar serão
previamente fixado, devendo atender às seguintes condições, constituídos de Segundos-Tenentes, Primeiros-Tenentes,
além das previstas no art.10 desta Lei: Capitães e Majores. (Redação dada pela Lei nº 15.767\15).

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Art. 20. O Quadro de Oficiais de Administração destina- OBS: O Decreto N. 31.804/2015 Trouxe modificações
se a prestar apoio as atividades da Corporação, mediante o quanto a este artigo. A atualização dependerá de
desempenho de funções administrativas e operacionais.” (NR) previsão no edital.
Art. 21. Os Oficiais do QOA exercerão as funções Art.24. Para a seleção e ingresso no Curso de Habilitação
privativas de seus respectivos cargos, nos termos de Oficiais, deverão ser observados, necessária e
estabelecidos nas normas dos Quadros de Organização da cumulativamente, até a data de encerramento das
inscrições, os seguintes requisitos:
respectiva Corporação, observando-se o disposto no artigo
anterior.” (NR) I - ser Subtenente do serviço ativo da respectiva
Corporação, e:
Art. 22. Fica autorizada a designação de oficial integrante
a) possuir o Curso de Formação de Sargentos – CFS, ou o
do QOA para as funções de Comando e Comando Adjunto de
Curso de Habilitação a Sargento - CHS;
subunidades. (Redação dada pela Lei nº 15.767\15).
Art.23. Ressalvadas as restrições expressas nesta Lei, os
b) possuir o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos – CAS,
Oficiais do QOA têm os mesmos direitos, regalias,
ou Curso de Habilitação a Subtenente - CHST;
prerrogativas, vencimentos e vantagens atribuídas aos oficiais
de igual posto dos demais Quadros.” (NR)
c) ter, no mínimo, 15 (quinze) anos de efetivo serviço na
Seção II Corporação Militar do Estado do Ceará, computados até a
Da Seleção e Ingresso no Curso de Habilitação de Oficiais e data de encerramento das inscrições da seleção;
Ingresso no Quadro
d) ser considerado apto, para efeito de curso, pela
Art.24. Para a seleção e ingresso no Curso de Coordenadoria de Perícia Médica, bem como em exame
Habilitação de Oficiais, deverão ser observados, necessária e físico, por Comissão designada pelo Comandante-Geral,
cumulativamente, até a data de encerramento das inscrições, após classificado nos termos do art.25, deste Decreto;
os seguintes requisitos:
I - ser Subtenente do serviço ativo da respectiva Corporação, e: e) estar classificado, no mínimo, no “bom”
a) possuir o Curso de Formação de Sargentos – CFS, ou o Curso comportamento;
de Habilitação a Sargento - CHS; f) possuir diploma de curso de nível superior, devidamente
b) possuir o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos – CAS, ou reconhecido, observado o disposto no parágrafo único,
Curso de Habilitação a Subtenente - CHST; art.5º, da Lei nº15.797/2015.
c) ter, no mínimo, 15 (quinze) anos de efetivo serviço na
Corporação Militar do Estado do Ceará, computados até a data II – não estar enquadrado em nenhuma das situações
de encerramento das inscrições do concurso; abaixo:
d) ser considerado apto, para efeito de curso, pela Junta de
Saúde de sua Corporação; a) submetido a Conselho de Disciplina ou indiciado em
e) ser considerado apto em exame físico; inquérito policial militar, ressalvados nos casos previstos no
art.7º, II, da Lei nº15.797/ 2015;
f) estar classificado, no mínimo, no “ótimo” comportamento;
g) possuir diploma de curso superior de graduação plena,
b) condenado à pena de suspensão do exercício de cargo
reconhecido pelo Ministério da Educação.
ou função, durante o prazo que persistir a suspensão;
II – não estar enquadrado em nenhuma das situações abaixo:
a) submetido a Processo Regular (Conselho de Disciplina) ou c) cumprindo sentença, inclusive o tempo de sursis;
indiciado em inquérito policial militar;
b) condenado à pena de suspensão do exercício de cargo ou d) gozando Licença para Tratar de Interesse Particular - LTIP;
função, durante o prazo que persistir a suspensão;
c) cumprindo sentença, inclusive o tempo de sursis; e) no exercício de cargo ou função temporária, estranha à
d) gozando Licença para Tratar de Interesse Particular - LTIP; atividade da Segurança Pública, com exceção daqueles
e) no exercício de cargo ou função temporária, estranha à previstos no art.2º, da Lei nº14.113/2008 e art.1º, do
atividade policial ou bombeiro militar ou à Segurança Pública; Decreto nº28.711/2007;
f) estiver respondendo a processo-crime, salvo quando
decorrente do cumprimento de missão policial militar ou f) estiver respondendo a processo-crime, ressalvados nos
bombeiro militar; casos previstos no art.7º, II, da Lei nº15.797/2015;
g) ter sido punido com transgressão disciplinar de natureza
grave nos últimos 24 (vinte e quatro) meses. g) ter sido punido com transgressão disciplinar de natureza
(§ 1° foi revogado). grave nos últimos 24 (vinte e quatro) meses.

26
§ 2° O candidato aprovado e classificado no processo Parágrafo único. O preenchimento das vagas ao posto
seletivo e que, em consequência, tenha sido matriculado e de Segundo-Tenente obedecerá, rigorosamente, à ordem de
haja concluído o Curso de Habilitação de Oficiais com classificação final obtida no Curso de Habilitação de Oficiais.
aproveitamento, obterá o acesso ao posto de 2° Tenente do (Redação dada pela Lei nº 15.767\15).
QOA. (Redação dada pela Lei nº 15.767\15). Art.27. As vagas do QOA e do QOE são estabelecidas
§3º Os cursos de que tratam as alíneas “a” e “b” do nas normas específicas de cada Corporação.
inciso I deste artigo são aqueles efetivados pela Corporação
ou, com autorização do Comando-Geral, em outra Organização CAPÍTULO V
Militar Estadual respectiva, não sendo admitidas equiparações DOS QUADROS DE OFICIAIS COMPLEMENTAR POLICIAL
destes com quaisquer outros cursos diversos dos previstos MILITAR E BOMBEIRO MILITAR
neste Capítulo, como dispensa de requisito para ingresso no
Curso de Habilitação de Oficiais ou para qualquer outro efeito. (* Denominação dada pela Lei nº 13.768, de 04/05/2006(DOE
§ 4º A seleção a que se refere o caput deste artigo nº 085, 08/05/2006).
será supervisionada pela Academia Estadual de
Segurança Pública, para os integrantes do QOAPM e Art. 28. O Quadro de Oficiais Complementar Bombeiro
QOABM. Militar – QOCBM, é destinado ao desempenho de atividades
§ 5º As vagas para o ingresso no CHO serão bombeirísticas integrado por oficiais possuidores de curso de
distribuídas na proporção de 50% (cinquenta por cento) nível superior de graduação, reconhecido pelo Ministério da
por antiguidade e 50% (cinquenta por cento) por seleção Educação, em áreas de interesse da Corporação que,
interna composta por provas de conhecimento independente de posto, desenvolverão atividades nas áreas
intelectual. meio e fim da Corporação dentro de suas especialidades,
observando-se o disposto no art.24, §4º, desta Lei.” (NR)
Art.25. O ingresso no Quadro de Oficiais de
§ 1° O Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros
Administração – QOA, e no Quadro de Oficiais Especialistas -
Militar solicitará ao Governador do Estado, por intermédio da
QOE, dar-se-á mediante aprovação e classificação no processo
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, e ouvida a
seletivo, e após conclusão com aproveitamento no respectivo Secretaria de Planejamento e Gestão, a abertura de concurso
curso, obedecido estritamente o número de vagas existente público para o preenchimento de posto de 2° Tenente de
nos respectivos Quadros. Oficiais do Quadro Complementar, com profissionais de nível
§1º As vagas fixadas para cada Quadro serão superior. (Redação dada pela Lei nº 15.767\15).
preenchidas de acordo com a ordem de classificação final no “§2º Aplica-se, no que for cabível, em face da
Curso de Habilitação. peculiaridade dos Quadros, aos integrantes do QOCBM, o
Seção III disposto nesta Lei para os Quadros de Oficiais de Saúde e de
Capelães da Polícia Militar.” (NR)
Das Promoções nos Quadros
“§3º O ingresso no QOCBM obedecerá ao disposto no
art. 92 desta Lei.” (NR)
Art.26. As promoções no QOA e no QOE obedecerão
CAPÍTULO VI
aos mesmos requisitos e critérios estabelecidos neste Estatuto
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
para a promoção de oficiais da Corporação, até o posto de
Capitão.
Art.29. A hierarquia e a disciplina são a base
institucional das Corporações Militares do Estado, nas quais a
Obs.: Lei 15797\15, Art. 11. As promoções de que trata esta autoridade e a responsabilidade crescem com o grau
Lei, à exceção dos postos de Coronel e Major QOA, hierárquico do militar estadual.
independerão de vagas e ocorrerão com observância ao
§1º A hierarquia militar estadual é a ordenação da
percentual previsto no caput do art. 9°.
autoridade em níveis diferentes dentro da estrutura da
Corporação, obrigando os níveis inferiores em relação aos
Art. 9° Elaborado o Quadro de Acesso Geral, serão superiores.
promovidos 60% (sessenta por cento) dos militares incluídos §2º A ordenação é realizada por postos ou graduações
na relação de habilitados para graduação ou posto, dos quais dentro de um mesmo posto ou de uma mesma graduação e se
metade ascenderá por antiguidade e a outra metade por faz pela Antiguidade ou precedência funcional no posto ou na
merecimento. graduação.
Parágrafo único. Na apuração do quantitativo de §3º O respeito à hierarquia é consubstanciado no
promoções, nos termos do caput, proceder-se-á ao espírito de acatamento à sequência crescente de autoridade.
arredondamento para o número inteiro seguinte, sempre que
§4º A disciplina é a rigorosa observância e o
da incidência do percentual previsto resultar número
acatamento integral às leis, regulamentos, normas e
fracionado.
disposições que fundamentam a Corporação Militar Estadual e
coordenam seu funcionamento regular e harmônico,

27
traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte posto ou na graduação, salvo nos casos de precedência
de todos, com o correto cumprimento, pelos subordinados, funcional estabelecida neste artigo, em lei ou regulamento.
das ordens emanadas dos superiores. §1º A antiguidade entre os militares do Estado, em
§5º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser igualdade de posto ou graduação, será definida,
mantidos em todas as circunstâncias entre os militares. sucessivamente, pelas seguintes condições:
§6º A subordinação não afeta, de nenhum modo, a I - data da última promoção;
dignidade do militar estadual e decorre, exclusivamente, da II - prevalência sucessiva dos graus hierárquicos
estrutura hierarquizada e disciplinada da Corporação Militar. anteriores;
Art.30. Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica III - classificação no curso de formação ou habilitação;
nas Corporações Militares Estaduais são fixados nos esquemas IV - data de nomeação ou admissão;
e parágrafos seguintes:
V - maior idade.
Esquema I
§ 2° Nos casos de promoção a Segundo-Tenente ou
CÍRCULOS ESCALA HIERÁRQUICA admissão de Cadetes ou Alunos-Soldados prevalecerá, para
efeito de antiguidade, a ordem de classificação obtida nos
CORONEL
COMANDANTE-GERAL respectivos cursos ou concursos. (Redação dada pela lei
15.797\15).
SUPERIORES CORONEL
§3º Entre os alunos de um mesmo órgão de formação
TENENTE-CORONEL policial militar ou bombeiro militar, a antiguidade será
OFICIAIS POSTOS MAJOR estabelecida de acordo com o regulamento do respectivo
órgão.
INTERMEDIÁRI
CAPITÃO §4º Em igualdade de posto ou graduação, os militares
OS
estaduais da ativa têm precedência sobre os da inatividade.
PRIMEIRO TENENTE
SUBALTERNOS. §5º Em igualdade de posto, as precedências entre os
SEGUNDO TENENTE Quadros se estabelecerão na seguinte ordem:
I - na Polícia Militar do Ceará:
Esquema II a) Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM;
CÍRCULOS ESCALA HIERÁRQUICA b) Quadro de Oficiais de Saúde - QOSPM;
c) Quadro de Oficiais Complementar - QOCPM;
SUBTENENTE
SUBTENENTES d) Quadro de Oficiais Capelães - QOCplPM;
E PRIMEIRO, PRIMEIRO
e) Quadro de Oficiais de Administração - QOAPM;
SEGUNDO E SEGUNDO E
f) Quadro de Oficiais Especialistas - QOEPM.
PRAÇAS TERCEIROS GRADUÇÕES TERCEIRO
SARGENTOS. ( Inciso I com a redação dada pela Lei nº 13.768, de
SARGENTO 04/05/2006(DOE nº 085, 08/05/2006).
CABOS E CABO
SOLDADOS. SOLDADO II - no Corpo de Bombeiros Militar do Ceará:
a) Quadro de Oficiais Bombeiros Militares - QOBM;
( Esquema dado pela lei 15.797) b) Quadro de Oficiais Complementar Bombeiro Militar -
QOCBM;
§1º Posto é o grau hierárquico do Oficial, conferido c) Quadro de Oficiais de Administração - QOABM.
pelo Governador do Estado, correspondendo cada posto a um §6º Em igualdade de graduação, as praças combatentes
cargo. têm precedência sobre as praças especialistas.
§2º Graduação é o grau hierárquico da Praça, conferido §7º Em igualdade de postos ou graduações, entre os
pelo Comandante-Geral, correspondendo cada graduação a integrantes da Polícia Militar do Ceará e do Corpo de
um cargo. Bombeiros Militar do Ceará, aqueles militares terão
(§ 3º foi revogado pela lei 15.797\15) precedências hierárquicas sobre estes.
§4º Os graus hierárquicos dos diversos Quadros e §8º A precedência funcional ocorrerá quando, em
Qualificações são fixados separadamente para cada caso, de igualdade de posto ou graduação, o oficial ou praça ocupar
acordo com a Lei de Fixação de Efetivo da respectiva cargo ou função que lhe atribua superioridade funcional sobre
Corporação. os integrantes do órgão ou serviço que dirige, comanda ou
chefia.
§5º Sempre que o militar estadual da reserva
remunerada ou reformado fizer uso do posto ou graduação, Art.32. A precedência entre as praças especiais e as
deverá fazê-lo mencionando essa situação. demais praças é assim regulada:
Art.31. A precedência entre militares estaduais da ativa, (Inciso I foi revogado tacitamente pela lei 15.797\15).
do mesmo grau hierárquico, é assegurada pela antiguidade no

28
II - os Cadetes são hierarquicamente superiores aos de forma interina, fará jus, após 30 (trinta) dias, às vantagens e
Subtenentes, Primeiros-Sargentos, Cabos, Soldados e Alunos- outros direitos a ele inerentes.
Soldados. Art.37. A cada cargo militar estadual corresponde um
Art.33. Na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades que se
Militar será organizado o registro de todos os Oficiais e constituem em obrigações do respectivo titular.
Graduados, em atividade, cujos resumos constarão dos Parágrafo único. As atribuições e obrigações inerentes
Almanaques de cada Corporação. a cargo militar estadual devem ser, preferencialmente,
§ 1° Os Almanaques, um para Oficiais e outro para compatíveis com o correspondente grau hierárquico, e no caso
Subtenentes e Sargentos, conterão configurações curriculares, do militar estadual do sexo feminino, preferencialmente,
complementadas com fotos do tamanho 3 x 4, de frente e com levando-se em conta as diferenciações físicas próprias, tudo
farda, de todos os militares em atividade, distribuídos por seus definido em legislação ou regulamentação específicas.
Quadros e Qualificações, de acordo com seus postos, Art.38. O cargo militar estadual é considerado vago:
graduações e antiguidades, observando-se a precedência I - a partir de sua criação e até que um militar estadual
funcional, e serão editadas no formato digital. (Redação dada dele tome posse;
pela lei 15.797\15).
II - desde o momento em que o militar estadual for
§2º A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar exonerado, demitido ou expulso;
manterão um registro de todos os dados referentes ao pessoal
§1º Consideram-se também vagos os cargos militares
da reserva remunerada, dentro das respectivas escalas
estaduais cujos ocupantes:
numéricas, segundo instruções baixadas pelo respectivo
Comandante-Geral. I - tenham falecido;
Art. 34. Concluído o Curso de Formação de Oficiais, ou II - tenham sido considerados extraviados;
Curso de Formação Profissional, para o QOPM, QOBM, III - tenham sido considerados desertores.
QOSPM, QOCBM e QOCplPM, e o Curso de Habilitação de §2º É considerado ocupado para todos os efeitos o
Oficiais, para o QOAPM e QOABM, e obtida aprovação, serão cargo preenchido cumulativamente, mesmo que de forma
os concludentes nomeados ou obterão acesso, por ordem de provisória, por detentor de outro cargo militar.
classificação no respectivo curso, ao posto de Segundo- Art.39. Função militar estadual é o exercício das
Tenente, através de ato governamental. (Redação dada pela obrigações inerentes a cargo militar estadual.
lei 15.797\15). Art.40. Dentro de uma mesma Organização Militar
Estadual, a sequência de substituições para assumir cargos ou
CAPÍTULO VII responder por funções, bem como as normas, atribuições e
DO CARGO, DA FUNÇÃO E DO COMANDO responsabilidades relativas, são as estabelecidas em lei ou
regulamento, respeitada a qualificação exigida para o cargo ou
exercício da função.
Art.35. Os cargos de provimento efetivo dos militares
estaduais são os postos e graduações previstos na Lei de Art.41. As obrigações que, pelas generalidades,
Fixação de Efetivo de cada Corporação Militar, compondo as peculiaridades, duração, vulto ou natureza, não são
carreiras dos militares estaduais dentro de seus Quadros e catalogadas em Quadro de Organização ou dispositivo legal,
Qualificações, somente podendo ser ocupados por militar em são cumpridas como encargo, incumbência, comissão, serviço,
serviço ativo. ou atividade militar estadual ou de natureza militar estadual.
Parágrafo único. O provimento do cargo de Oficial é Parágrafo único. Aplica-se, no que couber, ao encargo,
realizado por ato governamental e o da Praça, por ato incumbência, comissão, serviço ou atividade militar estadual
administrativo do Comandante-Geral. ou de natureza militar estadual, o disposto neste capítulo para
cargo militar estadual.
Art.36. Os cargos de provimento em comissão,
inerentes a comando, direção, chefia e coordenação de Art.42. Comando é a soma de autoridade, deveres e
militares estaduais, previstos na Lei de Organização Básica da responsabilidades de que o militar estadual está investido
Corporação Militar, são de livre nomeação e exoneração pelo legalmente, quando conduz subordinados ou dirige uma
Chefe do Poder Executivo, somente podendo ser providos por Organização Militar Estadual, sendo vinculado ao grau
militares do serviço ativo da Corporação. hierárquico e constituindo uma prerrogativa impessoal, em
cujo exercício o militar estadual se define e se caracteriza
§1º O Comandante-Geral poderá, provisoriamente, por
como chefe.
necessidade institucional urgente devidamente motivada,
designar o oficial para o cargo em comissão ou dispensá-lo, Art.43. O Oficial é preparado, ao longo da carreira, para
devendo regularizar a situação na conformidade do caput, no o exercício do comando, da chefia e da direção das
prazo de 15 (quinze) dias a contar do ato, sob pena de Organizações Militares Estaduais.
restabelecer-se a situação anterior. Art. 44. Os Subtenentes e Sargentos auxiliam e
§2º A designação ou dispensa mencionada no parágrafo complementam as atividades dos oficiais na capacitação de
anterior tem natureza meramente acautelatória, não pessoal e no emprego dos meios, na instrução, na administração
constituindo sanção disciplinar. e no comando de frações de tropa, mesmo agindo isoladamente
nas diversas atividades inerentes a cada Corporação.
§3º O militar estadual que ocupar cargo em comissão,

29
Parágrafo único. No exercício das atividades §1º. (Revogado pela lei 15.797\15).
mencionadas neste artigo e no comando de elementos §2º Ao Cadete e ao Aluno-Soldado aplicam-se,
subordinados, os Subtenentes e os Sargentos deverão impor- cumulativamente ao Código Disciplinar, as disposições
se pela lealdade, pelo exemplo e pela capacidade profissional normativas disciplinares previstas no estabelecimento de
e técnica, incumbindo-lhes assegurar a observância minuciosa ensino onde estiver matriculado.
e ininterrupta das ordens, das regras do serviço e das normas §3º O militar estadual que se julgar prejudicado ou
operativas pelas praças que lhes estiverem diretamente ofendido por qualquer ato administrativo, poderá, sob pena de
subordinadas, e à manutenção da coesão e do moral das prescrição, recorrer ou interpor recurso, no prazo de
mesmas praças em todas as circunstâncias. (Redação dada 120(cento e vinte) dias corridos, excetuando-se outros prazos
pela lei 15.797\15). previstos nesta Lei ou em legislação específica.(§ 3º acrescido
Art.45. Os Cabos e Soldados são, essencialmente, os pela Lei nº 13.768, de 04/05/2006(DOE nº 085, 08/05/2006).
responsáveis pela execução. Art.51. Os militares estaduais, nos crimes militares
Art.46.(Revogado pela lei 15.797\15). definidos em lei, serão processados e julgados perante a
Art.47. Cabe ao militar estadual a responsabilidade Justiça Militar do Estado, em primeira instância exercitada
integral pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir e pelos juízes de direito e Conselhos de Justiça, e em segunda
pelos atos que praticar. instância pelo Tribunal de Justiça do Estado, enquanto não for
criado o Tribunal de Justiça Militar do Estado.
CAPÍTULO VIII §1º Compete aos juízes de direito do juízo militar
DO COMPROMISSO, DO COMPORTAMENTO ÉTICO E DA processar e julgar, singularmente, os crimes militares
RESPONSABILIDADE DISCIPLINAR E PENAL MILITAR cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos
disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a
presidência de Juiz de Direito, processar e julgar os demais
Art.48. O cidadão que ingressar na Corporação Militar crimes militares.
Estadual, prestará compromisso de honra, no qual afirmará
§2º O disposto no caput não se aplica aos casos de
aceitação consciente das obrigações e dos deveres militares e
competência do júri quando a vítima for civil.
manifestará a sua firme disposição de bem cumpri-los.
Art.49. O compromisso a que se refere o artigo anterior
terá caráter solene e será prestado na presença de tropa ou TÍTULO III
guarnição formada, tão logo o militar estadual tenha adquirido DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS DOS MILITARES
um grau de instrução compatível com o perfeito entendimento ESTADUAIS
de seus deveres como integrante da respectiva Corporação CAPÍTULO ÚNICO
Militar Estadual, na forma seguinte: DOS DIREITOS
I - quando se tratar de praça:
a) da Polícia Militar do Ceará: “Ao ingressar na Polícia Art.52. São direitos dos militares estaduais:
Militar do Ceará, prometo regular a minha conduta pelos I – garantia da patente quando oficial e da graduação
preceitos da moral, cumprir rigorosamente as ordens das quando praça em toda a sua plenitude, com as vantagens,
autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me prerrogativas e deveres a elas inerentes; *
inteiramente ao serviço policial-militar, à polícia ostensiva, à
II – estabilidade para o oficial, desde a investidura, e
preservação da ordem pública e à segurança da comunidade,
para a praça, quando completar mais de 3 (três) anos de
mesmo com o risco da própria vida”.
efetivo serviço;
b) do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará: “Ao
III - uso das designações hierárquicas;
ingressar no Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, prometo
regular minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir IV - ocupação de cargo na forma desta Lei;
rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver V - percepção de remuneração;
subordinado, dedicar-me inteiramente ao serviço de bombeiro VI - constituição de pensão de acordo com a legislação
militar e à proteção da pessoa, visando à sua incolumidade em vigente;
situação de risco, infortúnio ou de calamidade, mesmo com o VII - promoção, na conformidade desta Lei;
risco da própria vida”. VIII - transferência para a reserva remunerada, a
II – (Revogado pela lei 15.797\15). pedido, ou reforma;
III – quando for promovido ao primeiro posto: “Perante IX - férias obrigatórias, afastamentos temporários do
a Bandeira do Brasil e pela minha honra, prometo cumprir os serviço e licenças, nos termos desta Lei;
deveres de Oficial da Polícia Militar/Corpo de Bombeiros X - exoneração a pedido;
Militar do Ceará e dedicar me inteiramente ao serviço”.
XI – porte de arma, quando oficial em serviço ativo ou
Art.50. O Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e do em inatividade, salvo por medida administrativa acautelatória
Corpo de Bombeiros Militar do Ceará dispõe sobre o comportamento de interesse social, aplicada pelo Controlador Geral de
ético-disciplinar dos militares estaduais, estabelecendo os Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
procedimentos para apuração da responsabilidade administrativo- Penitenciário, inativação proveniente de alienação mental,
disciplinar, dentre outras providências.

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condenação que desaconselhe o porte ou por processo devido cuidado, comprovada a necessidade por Junta Médica
regular, observada a legislação aplicável.” (NR). de Saúde da Corporação;
XII - porte de arma, quando praça, em serviço ativo ou XXXIII – alimentação conforme estabelecido em
em inatividade, observadas as restrições impostas no inciso Decreto do Chefe do Poder Executivo;
anterior, a regulamentação a ser baixada pelo Comandante- XXXIV – a percepção de diárias quando se deslocar, a
Geral e a legislação aplicável; serviço, da localidade onde tem exercício para outro ponto do
XIII - assistência jurídica gratuita e oficial do Estado, território estadual, nacional ou estrangeiro, como forma de
quando o ato for praticado no legítimo exercício da missão; indenização das despesas de alimentação e hospedagem, na
XIV - livre acesso, quando em serviço ou em razão forma de Decreto do Chefe do Poder Executivo.
deste, aos locais sujeitos à fiscalização policial militar ou (Incisos XXXII, XXXIII, XXXIV acrescidos pela Lei nº
bombeiro militar; 13.768, de 04/05/2006(DOE nº 085, 08/05/2006).
XV - seguro de vida e invalidez em razão da atividade de Art.53. O militar estadual alistável é elegível, atendidas
risco que desempenha; as seguintes condições:
XVI - assistência médico-hospitalar, através do Hospital I - se contar menos de 10 (dez) anos de serviço, deverá
da Polícia Militar; afastar-se definitivamente da atividade militar estadual a
XVII - tratamento especial, quanto à educação de seus partir do registro de sua candidatura na Justiça Eleitoral,
dependentes, para os militares estaduais do serviço ativo, apresentada pelo Partido e autorizada pelo candidato, com
através dos Colégios da Polícia Militar e do Corpo de prejuízo automático, imediato e definitivo do provimento do
Bombeiros; cargo, de promoção e da percepção da remuneração;
XVIII - recompensas ou prêmios, instituídos por lei; II - se contar 10 (dez) ou mais anos de serviço, será
agregado por ato do Comandante-Geral, sem perda da
XIX - auxílio funeral, conforme previsto em lei;
percepção da remuneração e, se eleito, passará
XX – VETADO. automaticamente, no ato da diplomação, para a reserva
XXI - fardamento ou valor correspondente, remunerada, com proventos proporcionais ao tempo de
constituindo-se no conjunto de uniformes fornecidos, pelo contribuição;
menos uma vez ao ano, ao Cabo e Soldado na ativa, bem como III - se suplente, ao assumir o cargo eletivo será
aos Cadetes e Alunos-Soldados, e, em casos especiais, aos inativado na forma do inciso anterior.
demais militares estaduais;
XXII - transporte ou valor correspondente, assim
Seção I
entendido como os meios fornecidos ao militar estadual para
seu deslocamento, por interesse do serviço, quando o Da Remuneração
deslocamento implicar em mudança de sede ou de moradia,
compreendendo também as passagens para seus dependentes Art.54. A remuneração dos militares estaduais compreende
e a transição das respectivas bagagens, de residência a vencimentos ou subsídio fixado em parcela única, na forma do
residência; art.39, § 4.o da Constituição Federal, e proventos,
XXIII - décimo terceiro salário; indenizações e outros direitos, sendo devida em bases
XXIV - salário-família, pago em razão do número de estabelecidas em lei específica e, em nenhuma hipótese,
dependentes, nas mesmas condições e no mesmo valor dos poderão exceder o teto remuneratório constitucionalmente
segurados do Regime Geral de Previdência Social, na previsto.
proporção do número de filhos ou equiparados de qualquer §1º O militar estadual ao ser matriculado nos cursos
condição de até 14 (quatorze) anos ou inválidos; regulares previstos nesta Lei, exceto os de formação, e desde
XXV – VETADO. que esteja no exercício de cargo ou função gratificada, por
XXVI - fica assegurado ao Militar Estadual da ativa, período superior a 06 (seis) meses, não perderá o direito à
quando fardado e mediante a apresentação de sua identidade percepção do benefício correspondente.
militar, acesso gratuito aos transportes rodoviários coletivos §2º Ao militar estadual conceder-se-á gratificação pela
intermunicipais, ficando estabelecida a cota máxima de 02 participação em comissão examinadora de concurso e pela
(dois) militares por veículo; elaboração ou execução de trabalho relevante, técnico ou
XXVII - isenção de pagamento da taxa de inscrição em científico de interesse da Corporação Militar Estadual.
qualquer concurso público para ingresso na Administração §3º O Secretário da Segurança Pública e Defesa Social,
Pública Estadual, Direta, Indireta e Fundacional; o Chefe da Casa Militar ou os Comandantes-Gerais poderão:
XXVIII – VETADO. I – autorizar o militar estadual, ocupante de cargo
XXIX - assistência psico-social pelo Hospital da Polícia efetivo ou em comissão, a participar de comissões, grupos de
Militar; trabalho ou projetos, sem prejuízo dos vencimentos;
XXX – VETADO. II – conceder ao militar nomeado, a gratificação
XXXI – VETADO. prevista no § 2º deste artigo.
XXXII – afastar-se por 02(duas) horas diárias, por §4º O valor das gratificações previstas no § 2º será
prorrogação do início ou antecipação do término do regulado por Decreto do Chefe do Poder Executivo. ( §§ 2º, 3º
expediente ou de escala de serviço, para acompanhar filho ou e 4º acrescidos, enumerando-se como § 1º o atual Parágrafo
dependente legal, que sofra de moléstia ou doença grave único, de acordo com a Lei nº 13.768, de 04/05/2006(DOE nº
irreversível, em tratamento específico, a fim de garantir o 085, 08/05/2006).

31
Art.55. O subsídio ou os vencimentos dos militares estadual tome conhecimento, de acordo com portaria do
estaduais são irredutíveis e não estão sujeitos à penhora, Comandante-Geral.
sequestro ou arresto, exceto nos casos previstos em Lei. Art.61. As férias e outros afastamentos mencionados
Art.56. O valor do subsídio ou dos vencimentos é igual nesta Seção são concedidos sem prejuízo da remuneração
para o militar estadual da ativa, da reserva ou reformado, de um prevista na legislação específica e computados como tempo de
mesmo grau hierárquico, exceto nos casos previstos em Lei. efetivo serviço e/ou contribuição para todos efeitos legais.
Art.57. Os proventos da inatividade serão revistos
sempre que se modificar o subsídio ou os vencimentos dos Seção III
militares estaduais em serviço ativo, na mesma data e
Das Licenças e das Dispensas de Serviço
proporção, observado o teto remuneratório previsto no art.54
desta Lei.
Parágrafo único. Respeitado o direito adquirido, os Art.62. Licença é a autorização para o afastamento total
proventos da inatividade não poderão exceder a remuneração do serviço, em caráter temporário, concedida ao militar
percebida pelo militar estadual da ativa no posto ou graduação estadual, obedecidas as disposições legais e regulamentares.
correspondente. §1º A licença pode ser:
Art.58. Por ocasião de sua passagem para a inatividade, I - à gestante, por 120 (cento e vinte) dias, prorrogáveis
o militar estadual terá direito a proventos proporcionais aos por mais 60 (sessenta) dias, nos termos dos §§ 8º e 9º; (Nova
anos de serviço, computáveis para a inatividade, até o máximo redação dada pela Lei Complementar n.º 159, de 14.01.16);
de 30 (trinta) anos, computando-se, para efeito da contagem
naquela ocasião, o resíduo do tempo igual ou superior a 180 II - paternidade, por 10 (dez) dias;
(cento e oitenta) dias como se fosse mais 01 (um) ano. III - para tratar de interesse particular;
IV - para tratar da saúde de dependente, na forma desta Lei;
Seção II V - para tratar da saúde própria;
Das Férias e Outros Afastamentos Temporários do Serviço
VI - à adotante:
a) por 120 (cento e vinte) dias se a criança tiver até 01
Art.59. As férias traduzem o afastamento total do
(um) ano de idade;
serviço, concedidas anualmente, de acordo com portaria do
Comandante-Geral, de gozo obrigatório após a concessão, b) por 60 (sessenta) dias se a criança tiver entre 01 (um) e
remuneradas com um terço a mais da remuneração normal, 04 (quatro) anos de idade;
sendo atribuídas ao militar estadual para descanso, a partir do c) por 30 (trinta) dias se a criança tiver de 04 (quatro) a
último mês do ano a que se referem ou durante o ano 08 (oito) anos de idade.
seguinte, devendo o gozo ocorrer nesse período.
§2º A licença à gestante será concedida, mediante
§1º A concessão e o gozo de férias não sofrerão inspeção médica, a partir do 8º mês de gestação, salvo
nenhuma restrição, salvo: prescrição em contrário.
I - para cumprimento de punição disciplinar de natureza
§3º A licença paternidade será iniciada na data do
grave ou prisão provisória;
nascimento do filho.
II - por necessidade do serviço, identificada por ato do
Comandante-Geral, conforme conveniência e oportunidade da §4º A licença para tratar de interesse particular é a
Administração, garantida ao militar estadual nova data de autorização para afastamento total do serviço por até 02 (dois)
reinício do gozo das férias interrompidas. anos, contínuos ou não, concedida ao militar estadual com
mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço que a requerer com
§2º Não fará jus às férias regulamentares o militar estadual
essa finalidade, implicando em prejuízo da remuneração, da
que esteja aguardando solução de processo de inatividade.
contagem do tempo de serviço e/ou contribuição e da
§3º As férias a que se refere este artigo poderão ser antiguidade no posto ou na graduação.
divididas em 2 (dois) períodos iguais.
§5º As licenças para tratar de interesse particular, de
§4º O direito destacado neste artigo estende-se aos
saúde de dependente e para tratamento de saúde própria,
militares que estão nos cursos de formação para ingresso na
serão regulamentadas por Portaria do Comandante-Geral, no
Corporação.
prazo de 120 (cento e vinte) dias, observado o disposto nesta
Art.60. Os militares estaduais têm direito, aos seguintes Lei.
períodos de afastamento total do serviço, obedecidas às
disposições legais e regulamentares, por motivo de: §6º A licença-maternidade só será concedida à adotante
ou guardiã mediante apresentação do respectivo termo
I - núpcias: 8 (oito) dias;
judicial.
II - luto: 8 (oito) dias, por motivo de falecimento de
pais, irmão, cônjuge, companheiro(a), filhos e sogros; §7º Na hipótese do inciso IV deste artigo o militar poderá
ser licenciado por motivo de doença nas pessoas dos seguintes
III - instalação: até 10 (dez) dias;
dependentes: pais; filhos; cônjuge do qual não esteja
IV - trânsito: até 30 (trinta) dias. separado; e de companheiro(a); em qualquer caso, desde que
Parágrafo único. O afastamento do serviço por motivo prove ser indispensável a sua assistência pessoal e esta não
de núpcias ou luto será concedido, no primeiro caso, se possa ser prestada simultaneamente com o exercício
solicitado por antecipação à data do evento, e, no segundo funcional, pelo prazo máximo de 2 (dois) anos, dos quais os 6
caso, tão logo a autoridade a que estiver subordinado o militar (seis) primeiros meses sem prejuízo de sua remuneração. No

32
período que exceder os 06 (seis) meses até o limite de 2 (dois) Art.67. Para fins de que dispõe esta Seção, no tocante à
anos, observar-se-á o que dispõe o §4º deste artigo. concessão de licenças e dispensas de serviços, o militar que
§ 8º A prorrogação da licença de que trata o inciso I do § 1º não se apresentar no primeiro dia útil após o prazo previsto de
deste artigo será assegurada à militar estadual, mediante encerramento da citada autorização, incorrerá nas situações
requerimento efetivado até o final do terceiro mês após o parto, e de ausência e deserção conforme disposto na legislação
concedida imediatamente após a fruição da licença-maternidade aplicável.
de que trata o art. 7º, inciso XVIII da Constituição Federal.
(Redação dada pela Lei Complementar n.º 159, de 14.01.16) Seção IV
§ 9º Durante o período de prorrogação da licença- Das Recompensas
maternidade, a militar estadual terá direito à sua
remuneração, vedado o exercício de qualquer atividade
Art.68. As recompensas constituem reconhecimento
remunerada pela beneficiária, não podendo também a criança
dos bons serviços prestados pelos militares estaduais e serão
ser mantida em creches ou organização similar, sob pena da
perda do direito do benefício e consequente apuração da concedidas de acordo com as normas regulamentares da
responsabilidade funcional. (Redação dada pela Lei Corporação.
Complementar n.º 159, de 14.01.16) Parágrafo único. São recompensas militares estaduais,
§ 10. Em caso de aborto não criminoso, comprovado além das previstas em outras leis:
mediante atestado médico, a militar terá direito à licença I - prêmios de honra ao mérito;
remunerada correspondente a 2 (duas) semanas. (Redação II - condecorações por serviços prestados;
dada pela Lei Complementar n.º 159, de 14.01.16 III - elogios;
Art.63. O tempo da licença de que trata o §4º do artigo IV - dispensas do serviço, conforme dispuser a
anterior, será computado para obtenção de qualquer beneficio legislação.
previdenciário, inclusive aposentadoria desde que haja
recolhimento mensal da alíquota de 33% (trinta e três por
cento) incidente sobre o valor da última remuneração para fins Seção V
de contribuição previdenciária, que será destinada ao Sistema Das Prerrogativas
Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e Subseção I
Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de Poder do
Estado do Ceará – SUPSEC. Da Constituição e Enumeração
Art.64. As licenças poderão ser interrompidas a pedido
ou nas seguintes condições: Art.69. As prerrogativas dos militares estaduais são
I - em caso de mobilização, estado de guerra, estado de constituídas pelas honras, dignidades e distinções devidas aos
defesa ou estado de sítio; graus hierárquicos e cargos que lhes estão afetos.
II - em caso de decretação de estado ou situação de Parágrafo único. São prerrogativas dos militares
emergência ou calamidade pública; estaduais:
III - para cumprimento de sentença que importe em I - uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias,
restrição da liberdade individual; divisas, emblemas, agildas e peças complementares das
IV - para cumprimento de punição disciplinar, conforme respectivas Corporações, correspondentes ao posto ou à
determinado pelo Comandante-Geral; graduação;
V - em caso de prisão em flagrante ou de decretação de II - honras, tratamentos e sinais de respeito que lhes
prisão por autoridade judiciária, a juízo desta; sejam assegurados em leis e regulamentos;
VI - em caso de indiciação em inquérito policial militar, III - cumprimento de pena de prisão ou detenção,
recebimento de denúncia ou pronúncia criminal, a juízo da mesmo após o trânsito em julgado da sentença, somente em
autoridade competente. Organização Militar da Corporação a que pertence, e cujo
Parágrafo único. A interrupção de licença para comandante, chefe ou diretor tenha precedência hierárquica
tratamento de saúde de dependente, para cumprimento de sobre o militar;
punição disciplinar que importe em restrição da liberdade
IV - julgamento por crimes militares, em foro especial,
individual, será regulada em lei específica.
na conformidade das normas constitucionais e legais
Art.65. As dispensas do serviço são autorizações
aplicáveis.
concedidas aos militares estaduais para afastamento total do
serviço, em caráter temporário. Art.70. O militar estadual só poderá ser preso em caso
Art.66. As dispensas do serviço podem ser concedidas de flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da
aos militares estaduais: autoridade judiciária competente ou de autoridade militar
estadual competente, nos casos de transgressão disciplinar ou
I - para desconto em férias já publicadas e não gozadas
no todo ou em parte; de crime propriamente militar, definidos em lei.
II - em decorrência de prescrição médica. §1º Somente em casos de flagrante delito, o militar
estadual poderá ser preso por autoridade policial civil, ficando
Parágrafo único. As dispensas do serviço serão
concedidas com a remuneração integral e computadas como retido na Delegacia durante o tempo necessário à lavratura do
tempo de efetivo serviço e/ou contribuição militar. flagrante, comunicando-se imediatamente ao juiz competente

33
e ao comando da respectiva Corporação Militar, após o que classe, poderão ser, temporariamente, proibidos de usar
deverá ser encaminhado preso à autoridade militar de patente uniformes por decisão do Comandante-Geral, conforme
superior mais próxima da Organização Militar da Corporação a estabelece o Código Disciplinar.
que pertencer, ficando esta obrigada, sob pena de Art.76. É vedado a qualquer civil ou organizações civis o
responsabilidade funcional e penal, a manter a prisão até que uso de uniforme ou a ostentação de distintivos, insígnias,
deliberação judicial decida em contrário. agildas ou emblemas, iguais ou semelhantes, que possam ser
§2º Cabe ao Secretário da Segurança Pública e Defesa confundidos com os adotados para os militares estaduais.
Social e ao Comandante-Geral da respectiva Corporação Parágrafo único. São responsáveis pela infração das
responsabilizar ou provocar a responsabilização da autoridade disposições deste artigo, além dos indivíduos que a tenham
policial civil e da autoridade militar que não cumprir o disposto cometido, os diretores ou chefes de repartições, organizações
neste artigo e que maltratar ou consentir que seja maltratado de qualquer natureza, firmas ou empregadores, empresas,
qualquer militar estadual, preso sob sua custódia, ou, sem institutos ou departamentos que tenham adotado ou
razão plausível, não lhe der tratamento devido ao seu posto ou consentido sejam usados uniformes ou ostentados distintivos,
graduação. insígnias, agildas ou emblemas, iguais ou que possam ser
§3º Se, durante o processo e julgamento no foro civil confundidos com os adotados para os militares estaduais.
houver perigo de vida para qualquer militar estadual preso, o
Comandante-Geral da respectiva Corporação Militar TÍTULO IV
providenciará os entendimentos com o Juiz de Direito do feito,
DAS PROMOÇÕES
visando à garantia da ordem nas cercanias do foro ou Tribunal
pela Polícia Militar. CAPÍTULO I
Art.71. O militar estadual da ativa, no exercício de DA PROMOÇÃO DE OFICIAIS
função militar, de natureza militar ou de interesse militar, é Seção I
dispensado do serviço na instituição do Júri e do serviço na Generalidades
Justiça Eleitoral.
Subseção II Art.77. ao Art. 171- (Revogados pela lei 15.797\2015 de
Do Uso dos Uniformes 25 de maio de 2015, publicada no Diário Oficial de 27 de maio
de 2015.)
Art.72. Os uniformes das Corporações Militares TÍTULO V
Estaduais, com seus distintivos, insígnias, divisas, emblemas, DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS
agildas e peças complementares são privativos dos militares CAPÍTULO I
estaduais e representam o símbolo da autoridade militar, com DAS SITUAÇÕES ESPECIAIS
as prerrogativas a esta inerentes.
Seção I
Parágrafo único. Constituem crimes previstos na
Da Agregação
legislação específica o desrespeito ao disposto no caput deste
artigo, bem como uso por quem a eles não tiver direito.
Art.73. O militar estadual fardado tem as obrigações Art.172. A agregação é a situação na qual o militar
correspondentes ao uniforme que usa e aos distintivos, estadual em serviço ativo deixa de ocupar vaga na escala
insígnias, divisas, emblemas, agildas e peças complementares hierárquica do seu Quadro, nela permanecendo sem número.
que ostenta. §1º O militar estadual deve ser agregado quando:
Art.74. O uso dos uniformes com os seus distintivos, I – ( O inciso I, do Art. 172, foi revogado pelo Art. 7º da
insígnias, emblemas e agildas, bem como os modelos, Lei nº 14.113, de 12/05/2008 (DOE nº 088, de 13/05/2008).
descrição, composição e peças acessórias, são estabelecidos II - estiver aguardando transferência para a inatividade,
nas normas específicas de cada Corporação Militar Estadual. decisão acerca de demissão ou exclusão, por ter sido
Art.75. É proibido ao militar estadual o uso dos enquadrado em qualquer dos requisitos que as motivam, após
uniformes e acréscimos de que trata esta subseção, na forma transcorridos mais de 90 (noventa) dias de tramitação
prevista no Código Disciplinar e nas situações abaixo: administrativa regular do processo, ficando afastado de toda e
I - em manifestação de caráter político-partidário; qualquer atividade a partir da agregação;
II - no estrangeiro, quando em atividade não III - for afastado temporariamente do serviço ativo por
relacionada com a missão policial militar ou bombeiro militar, motivo de:
salvo quando expressamente determinado e autorizado; a) ter sido julgado incapaz temporariamente, após um
III - na inatividade, salvo para comparecer as ano contínuo de tratamento de saúde;
solenidades militares estaduais, cerimônias cívico- b) ter sido julgado, por junta médica da Corporação,
comemorativas das grandes datas nacionais ou estaduais ou a definitivamente incapaz para o serviço ativo militar, enquanto
atos sociais solenes, quando devidamente autorizado pelo tramita o processo de reforma, ficando, a partir da agregação,
Comandante-Geral. recolhendo para o SUPSEC como se estivesse aposentado;
Parágrafo único. Os militares estaduais na inatividade, c) ter ultrapassado um ano contínuo de licença para
cuja conduta possa ser considerada ofensiva à dignidade da tratamento de saúde própria;

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d) ter ultrapassado 06 (seis) meses contínuos de licença b) prevista para militar estadual de posto ou graduação
para tratar de interesse particular ou de saúde de dependente; inferior ou superior ao seu grau hierárquico;
e) ter sido considerado oficialmente extraviado; c) prevista para militar estadual pertencente a outro
f) houver transcorrido o prazo de graça e caracterizado quadro ou qualificação.
o crime de deserção; II - estiver frequentando curso de interesse da
g) deserção, quando Oficial ou Praça com estabilidade Corporação, dentro ou fora do Estado;
assegurada, mesmo tendo se apresentado voluntariamente, III - estiver temporariamente sem cargo ou função
até sentença transitada em julgado do crime de deserção; militar, aguardando nomeação ou designação;
h) ter sido condenado a pena restritiva de liberdade IV - enquanto permanecer na condição de excedente,
superior a 06 (seis) meses e enquanto durar a execução, salvo quando enquadrado em uma das hipóteses previstas no
excluído o período de suspensão condicional da pena; §1º deste artigo;
i) tomar posse em cargo, emprego ou função pública V - for denunciado em processo-crime pelo Ministério
civil temporária, não eletiva inclusive da administração Público.
indireta; §9º A agregação se faz por ato do Comandante-Geral,
j) ter sido condenado à pena de suspensão do exercício devendo ser publicada em Boletim Interno da Corporação até
do cargo ou função. 10 (dez) dias, contados do conhecimento oficial do fato que a
( O § 2º foi revogado pelo Art. 7º da Lei nº 14.113, de motivou, recebendo o agregado a abreviatura “AG”.
12/05/2008 (DOE nº 088, de 13/05/2008). §10. A agregação de militar para ocupar cargo ou
função fora da Estrutura Organizacional das Corporações
§3º A agregação do militar estadual, a que se refere à Militares deve obedecer também ao que for estabelecido em
alínea “i” do inciso III do §1º, é contada a partir da data da Decreto do Chefe do Poder Executivo.
posse no novo cargo, emprego ou função até o retorno à Art.173. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros
Corporação ou transferência ex offício para a reserva Militar manterão atualizada a relação nominal de todos os
remunerada. seus militares, agregados ou não, no exercício de cargo ou
§4º A agregação do militar estadual a que se referem função em órgão não pertencente à estrutura da Corporação.
às alíneas “a”, “c” e “d” do inciso III do §1º é contada a partir Parágrafo único. A relação nominal será
do primeiro dia após os respectivos prazos e enquanto durar o semestralmente publicada no Diário Oficial do Estado e no
afastamento. Boletim Interno da Corporação e deverá especificar a data de
§5º A agregação do militar estadual, a que se referem apresentação do serviço e a natureza da função ou cargo
às alíneas “b”, “e”, “f” “g”, “h” e “j” do inciso III do §1º, é exercido.
contada a partir da data indicada no ato que torna público o
respectivo afastamento.(§§ 3º, 4º e 5º, com a redação dada Seção II
pela Lei Estadual nº 14.113, de 12 de maio de 2008.) Da Reversão

§6º A agregação do militar estadual que tenha 10 (dez) Art.174. Reversão é o ato pelo qual o militar estadual
ou mais anos de serviço, candidato a cargo eletivo, é contada a agregado, ou inativado, retorna ao respectivo Quadro ou
partir da data do registro da candidatura na Justiça Eleitoral até: serviço ativo, quando cessado o motivo que deu causa à
I - 48 (quarenta e oito) horas após a divulgação do agregação ou quando reconduzido da inatividade para o
resultado do pleito, se não houver sido eleito; serviço temporário, na forma desta Lei.
II - a data da diplomação; §1º Compete ao Comandante–Geral efetivar o ato de
III - o regresso antecipado à Corporação Militar reversão de que trata este artigo, devendo ser publicado no
Estadual, com a perda da qualidade de candidato. Boletim Interno da Corporação até 10 (dez) dias, contados do
§7º O militar estadual agregado fica sujeito às conhecimento oficial do fato que a motivou.
obrigações disciplinares concernentes às suas relações com os §2º A reversão da inatividade para o serviço ativo
outros militares e autoridades civis. temporário é ato da competência do Governador do Estado ou
§8º O militar estadual não será agregado, sob nenhuma de autoridade por ele designada.
hipótese, fora das condições especificadas neste artigo, §3º A qualquer tempo, cessadas as razões, poderá ser
mormente para fins de geração de vagas a serem preenchidas determinada a reversão do militar estadual agregado, exceto
para efeito de promoção, e, em especial, quando se encontrar nos casos previstos nas alíneas “f”, “g”, “h” e “j” do inciso III do
em uma das seguintes situações: §1º do art.172.
I - for designado, em boletim interno ou por qualquer
outro meio oficial, para o exercício de encargo, incumbência,
serviço, atividade ou função no âmbito de sua Corporação,
administrativa ou operacional:
a) não constante no respectivo Quadro de Organização
e Distribuição;

35
Seção III III - exoneração, a pedido;
Do Excedente IV - demissão;
V - perda de posto e patente do oficial e da graduação
Art.175. Excedente é a situação transitória na qual, da praça;
automaticamente, ingressa o militar estadual que: VI - expulsão;
I - sendo o mais moderno na escala hierárquica do seu VII - deserção;
Quadro ou Qualificação, ultrapasse o efetivo fixado em Lei,
VIII - falecimento;
quando:
IX – desaparecimento;
a) tiver cessado o motivo que determinou a sua
agregação ou a de outro militar estadual mais antigo do X - extravio.
mesmo posto ou graduação; Parágrafo único. O desligamento do serviço ativo será
b) em virtude de promoção sua ou de outro militar processado após a expedição de ato do Governador do Estado.
estadual em ressarcimento de preterição; Art.179. O militar estadual da ativa aguardando
c) tendo cessado o motivo que determinou sua reforma transferência para a reserva remunerada continuará, pelo
por incapacidade definitiva, retorne à atividade. prazo de 90 (noventa) dias, no exercício de suas funções até
ser desligado da Corporação Militar Estadual em que serve.
II - é promovido por erro em ato administrativo, nas
condições previstas nos §§1.º e 2.º do art.137 e nos §§1.º e 2.º Parágrafo único. O desligamento da Corporação Militar
do art.167. Estadual em que serve deverá ser feito quando da publicação
em Diário Oficial do ato correspondente.
§1º O militar estadual cuja situação é a de excedente
ocupará a mesma posição relativa em antiguidade que lhe
cabe na escala hierárquica, com a abreviatura “EXC” e Seção I
receberá o número que lhe competir em consequência da Da Transferência para a Reserva Remunerada
primeira vaga que se verificar.
§2º O militar estadual cuja situação é a de excedente, é Art.180. A passagem do militar estadual à situação da
considerado como em efetivo serviço para todos os efeitos e inatividade, mediante transferência para a reserva
concorre, respeitados os requisitos legais, em igualdade de remunerada, se efetua:
condições e sem nenhuma restrição, a qualquer cargo ou I - a pedido;
função militar estadual, bem como à promoção, observado o II - “ex officio”.
disposto no Título IV desta Lei. Art.181. A transferência para a reserva remunerada, a
§3º O militar estadual promovido por erro em ato pedido, será concedida, mediante requerimento do militar
administrativo, nas condições previstas no caput do art.137 e estadual que conte com 53 (cinquenta e três) anos de idade e
no caput do art.167 retroagirá ao posto ou graduação anterior, 30 (trinta) anos de contribuição, dos quais no mínimo 25 (vinte
recebendo o número que lhe competir na escala hierárquica, e cinco) anos de contribuição militar estadual ao Sistema
podendo concorrer às promoções subsequentes, desde que Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e
satisfaça os requisitos para promoção. Militares, dos Agentes Públicos e Membros de Poder do
Estado do Ceará – SUSPEC.
Seção IV §1º No caso do militar estadual estar realizando ou
Do Ausente haver concluído qualquer curso ou estágio de duração superior
a 6 (seis) meses, por conta do Estado, sem haver decorrido 3
Art.176. É considerado ausente o militar estadual que (três) anos de seu término, a transferência para a reserva
por mais de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas: remunerada só será concedida mediante prévia indenização
I - deixar de comparecer a sua Organização Militar de todas as despesas correspondentes à realização do referido
Estadual, sem comunicar qualquer motivo de impedimento; curso ou estágio, inclusive as diferenças de vencimentos.
II - ausentar-se, sem licença, da Organização Militar §2º Se o curso ou estágio, mencionado no parágrafo
Estadual onde serve ou local onde deve permanecer. anterior, for de duração igual ou superior a 18 (dezoito)
meses, a transferência para a reserva remunerada só será
Art.177. Decorrido o prazo mencionado no artigo
concedida depois de decorridos 05 (cinco) anos de sua
anterior, serão observadas as formalidades previstas em lei.
conclusão, salvo mediante indenização na forma prevista no
parágrafo anterior.
CAPÍTULO II §3º O cálculo das indenizações a que se referem os
DO DESLIGAMENTO DO SERVIÇO ATIVO §§1º e 2º deste artigo será efetuado pelo órgão encarregado
das finanças da Corporação.
Art.178. O desligamento do serviço ativo de Corporação §4º Não será concedida transferência para a reserva
Militar Estadual é feito em consequência de: remunerada, a pedido, ao militar estadual que:
I - transferência para a reserva remunerada; I - estiver respondendo a processo na instância penal ou
II - reforma; penal militar, a Conselho de Justificação ou Conselho de
Disciplina ou processo regular;

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II - estiver cumprindo pena de qualquer natureza. §1º As disposições da alínea “b” do inciso II deste artigo
§5º O direito à reserva, a pedido, pode ser suspenso na não se aplicam aos oficiais nomeados para os cargos de Chefe
vigência de Estado de Guerra, Estado de Sítio, Estado de e Subchefe da Casa Militar do Governo, de Comandante-Geral
Defesa, calamidade pública, perturbação da ordem interna ou e Comandante-Geral Adjunto da Polícia Militar e Comandante-
em caso de mobilização. Geral e Comandante-Geral Adjunto do Corpo de Bombeiros
Art.182. A transferência ex officio para a reserva Militar do Ceará, enquanto permanecerem no exercício desses
remunerada verificar-se-á sempre que o militar estadual cargos.
incidir em um dos seguintes casos: §2º Enquanto permanecer no exercício de cargo civil
I - atingir a idade limite de 60 (sessenta) anos; (Nova temporário, não-eletivo, de que trata o inciso II deste artigo o
redação dada pela lei 15.797\15). militar estadual:
II - Atingir ou vier ultrapassar: I - tem assegurado a opção entre os vencimentos do
cargo civil e os do posto ou da graduação;
a) 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, com no
mínimo 25 (vinte e cinco) anos de contribuição militar estadual II - somente poderá ser promovido por antiguidade;
ao Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Públicos III - terá seu tempo de serviço computado apenas para
Civis e Militares, dos Agentes Públicos e Membros de Poder do a promoção de que trata o inciso anterior e para a inatividade.
Estado do Ceará – SUSPEC; §3º O órgão encarregado de pessoal da respectiva
Obs: alíneas b, c e d (Revogado pela lei 15.797\15). Corporação Militar deverá encaminhar à Junta de Saúde da
III - ultrapassar 02 (dois) anos de afastamento, contínuo Corporação, para os exames médicos necessários, os militares
ou não, agregado em virtude de ter sido empossado em cargo, estaduais que serão enquadrados nos itens I e II do caput
emprego ou função pública civil temporária não eletiva; deste artigo, pelo menos 60 (sessenta) dias antes da data em
que os mesmos serão transferidos ex officio para a reserva
IV - se eleito, for diplomado em cargo eletivo, ou se, na
remunerada.
condição de suplente, vier a ser empossado.
Art.183. A idade de 53 (cinquenta e três) anos a que se
V - for oficial abrangido pela quota compulsória.
refere o caput do art.181 e as alíneas “b”, “c” e “d” do inciso II,
do artigo anterior, será exigida apenas do militar que ingressar
na corporação a partir da publicação desta Lei.
Obs: Lei 15797\15, Art. 20. Haverá, anualmente, número Art.184. O militar estadual na reserva remunerada
mínimo de vagas à promoção ao posto de Coronel QOPM e poderá ser revertido ao serviço ativo, ex officio, quando da
vigência de Estado de Guerra, Estado do Sítio, Estado de
QOBM e ao posto de Major QOAPM e QOABM, para manter a
Defesa, em caso de Mobilização ou de interesse da Segurança
renovação, o equilíbrio e a regularidade de acesso ao referido Pública.
posto, em quantitativo a ser estabelecido em decreto. Art.185. Por aceitação voluntária, o militar estadual da
§ 1° O número mínimo de vagas de que cuida o caput reserva remunerada poderá ser designado para o serviço
ativo, em caráter transitório, por ato do Governador do
observará o seguinte:
Estado, desde que aprovado nos exames laboratoriais e em
I - Coronel QOPM - 4 (quatro) vagas por ano; inspeção médica de saúde aos quais será previamente
II - Coronel QOBM - 2 (duas) vagas por ano; submetido, quando se fizer necessário o aproveitamento de
conhecimentos técnicos e especializados do militar estadual.
III - Major QOAPM - 3 (três) vagas por ano;
§1º O militar estadual designado nos termos deste
IV - Major QOABM - 2 (duas) vagas por ano. artigo terá os direitos e deveres dos da ativa de igual situação
hierárquica, exceto quanto à promoção, a que não concorrerá.
§2º A designação de que trata este artigo terá a
VI - o Coronel Comandante-Geral que for substituído na duração necessária ao cumprimento da atividade que a
chefia da Corporação por Coronel promovido pelo Governador motivou, sendo computado esse tempo de serviço do militar.
do Estado; (Nova redação dada pela lei 15.797\15).
VII - o Coronel que possuir 30 (trinta) anos de efetiva Art.186. Por aceitação voluntária, o militar estadual da
contribuição e 3 (três) anos no posto respectivo, excetuando- reserva remunerada poderá ser designado para o serviço
se aquele que ocupar os cargos de provimento em comissão ativo, em caráter transitório, por ato do Governador do
de Comandante-Geral Adjunto e Secretário Executivo das Estado, desde que aprovado nos exames laboratoriais e em
Corporações Militares Estaduais e Chefe, Subchefe e inspeção médica de saúde aos quais será previamente
Secretário Executivo da Casa Militar; (Nova redação dada pela submetido, para prestar serviço de segurança patrimonial de
lei 15.797\15). próprios do Estado, conforme dispuser a lei específica, sendo
VIII - o Major QOA que possuir 30 (trinta) anos de computado esse tempo de serviço do militar.
efetiva contribuição e 3 (três) anos no posto respectivo. (Nova
redação dada pela lei 15.797\15).

37
Seção II maligna, cegueira, lepra, paralisia irreversível e incapacitante,
Da Reforma cardiopatia grave, mal de Parkinson, mal de Alzeheimer,
pênfigo, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave,
síndrome da imunodeficiência adquirida deficiência e outras
Art.187. A passagem do militar estadual à situação de
moléstias que a lei indicar com base nas conclusões da
inatividade, mediante reforma, se efetua ex officio.
medicina especializada;
Art.188. A reforma será aplicada ao militar estadual
V - acidente ou doença, moléstia ou enfermidade, sem
que:
relação de causa e efeito com o serviço;
I - atingir a idade limite de 65 (sessenta e cinco) anos;
§1º Os casos de que tratam os incisos I, II e III deste
(Nova redação dada pela lei 15.797\15).
artigo serão provocados por atestado de origem ou inquérito
II - for julgado incapaz definitivamente para o serviço sanitário de origem, sendo os termos do acidente, baixa ao
ativo, caso em que fica o militar inativo obrigado a realizar hospital, prontuários de tratamento nas enfermarias e
avaliação por junta médica da Corporação a cada 02 (dois) hospitais, laudo médico, perícia médica e os registros de baixa,
anos, para atestar que sua invalidez permanece irreversível, utilizados como meios subsidiários para esclarecer a situação.
respeitados os limites de idade expostos no inciso I do art.182.
§2º Nos casos de tuberculose, as Juntas de Saúde
III - for condenado à pena de reforma, prevista no deverão basear seus julgamentos, obrigatoriamente, em
Código Penal Militar, por sentença passada em julgado; observações clínicas, acompanhados de repetidos exames
IV - sendo Oficial, tiver determinado o órgão de subsidiários, de modo a comprovar, com segurança, o estado
Segunda Instância da Justiça Militar Estadual, em julgamento, ativo da doença, após acompanhar sua evolução por até 03
efetuado em consequência do Conselho de Justificação a que (três) períodos de 6 (seis) meses de tratamento clínico-
foi submetido; cirúrgico metódico, atualizado e, sempre que necessário,
V - sendo Praça com estabilidade assegurada, for para nosocomial, salvo quando se tratar de forma “grandemente
tal indicado ao respectivo Comandante-Geral, em julgamento avançadas”, no conceito clínico e sem qualquer possibilidade
de Conselho de Disciplina. de regressão completa, as quais terão parecer imediato de
§1º Excetua-se das “idades-limites” de que trata o incapacidade definitiva.
inciso I deste artigo o militar estadual enquanto revertido da §3º O parecer definitivo adotado, nos casos de
inatividade para o desempenho de serviço ativo temporário, tuberculose, para os portadores de lesões aparentemente
conforme disposto em lei específica, cuja reforma somente inativas, ficará condicionado a um período de consolidação
será aplicada ao ser novamente conduzido à inatividade por extranosocomial, nunca inferior a 06 (seis) meses, contados a
ter cessado o motivo de sua reversão ou ao atingir a idade- partir da época da cura.
limite de 70 (setenta) anos. §4º Considera-se alienação mental todo caso de
§2º Para os fins do que dispõem os incisos II e III deste distúrbio mental ou neuro-mental grave persistente, no qual,
artigo, antes de se decidir pela aplicação da reforma, deverá esgotados os meios habituais de tratamento, permaneça
ser julgada a possibilidade de aproveitamento ou readaptação alteração completa ou considerável na personalidade,
do militar estadual em outra atividade ou incumbência do destruindo a auto determinação do pragmatismo e tornando o
serviço ativo compatível com a redução de sua capacidade. indivíduo total e permanentemente impossibilitado para o
Art.189. O órgão de recursos humanos da Corporação serviço ativo militar.
controlará e manterá atualizada a relação dos militares §5º Ficam excluídas do conceito da alienação mental as
estaduais relativas às “idades limites” de permanência na epilepsias psíquicas e neurológicas, assim julgadas pela Junta
reserva remunerada, a fim de serem oportunamente de Saúde.
reformados. §6º Considera-se paralisia todo caso de neuropatia a
Parágrafo único. O militar estadual da reserva mobilidade, sensibilidade, troficidade e mais funções nervosas,
remunerada, ao passar à condição de reformado, manterá no qual, esgotados os meios habituais de tratamento,
todos os direitos e garantias asseguradas na condição anterior. permanecem distúrbios graves, extensos e definitivos, que
Art.190. A incapacidade definitiva pode sobrevir em tornem o indivíduo total e permanentemente impossibilitado
consequência de: para o serviço ativo militar.
I - ferimento recebido na preservação da ordem pública §7º São também equiparados às paralisias os casos de
ou no legítimo exercício da atuação militar estadual, mesmo afecção ósteo-músculo-articulares graves e crônicos
não estando em serviço, visando à proteção do patrimônio ou (reumatismo graves e crônicos ou progressivos e doença
à segurança pessoal ou de terceiros em situação de risco, similares), nos quais esgotados os meios habituais de
infortúnio ou de calamidade, bem como em razão de tratamento, permaneçam distúrbios extensos e definitivos,
enfermidade contraída nessa situação ou que nela tenha sua quer ósteo-músculo-articulares residuais, quer secundários das
causa eficiente; funções nervosas, mobilidade, troficidade ou mais funções que
II - acidente em objeto de serviço; tornem o indivíduo total e permanentemente impossibilitado
para o serviço ativo militar.
III - doença, moléstia ou enfermidade adquirida, com
relação de causa e efeito inerente às condições de serviço; §8º São equiparados à cegueira, não só os casos de
afecções crônicas, progressivas e incuráveis, que conduzirão à
IV - tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia
cegueira total, como também os da visão rudimentar que

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apenas permitam a percepção de vultos, não suscetíveis de Seção III
correção por lentes, nem removíveis por tratamento médico Da Reforma Administrativo-Disciplinar
cirúrgico.
§9º O Atestado de Origem – AO e o Inquérito Sanitário Art.196. A reforma administrativo-disciplinar será
de Origem - ISO, de que trata este artigo, serão regulados por aplicada ao militar estadual, mediante processo regular,
ato do Comandante-Geral da Corporação. conforme disposto no Código Disciplinar da Polícia Militar do
§10. Para fins de que dispõe o inciso II do caput deste Ceará e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará.
artigo, considera-se acidente em objeto de serviço aquele
ocorrido no exercício de atividades profissionais inerentes ao Seção IV
serviço policial militar ou bombeiro militar ou ocorrido no Da Demissão, da Exoneração e da Expulsão
trajeto casa-trabalho-casa.
Art.191. O militar estadual da ativa, julgado incapaz
Art.197. A demissão do militar estadual se efetua ex officio.
definitivamente por um dos motivos constantes no artigo
anterior será reformado com qualquer tempo de contribuição. Art.198. A exoneração a pedido será concedida
mediante requerimento do interessado:
Art.192. O militar estadual da ativa julgado incapaz
definitivamente por um dos motivos constantes do inciso I do I - sem indenização aos cofres públicos, quando contar
art.190, será reformado, com qualquer tempo de contribuição, com mais de 05 (cinco) anos de oficialato do QOPM ou no
com a remuneração integral do posto ou da graduação de seu QOBM na respectiva Corporação Militar Estadual, ou 3 (três)
grau hierárquico. anos, quando se tratar de Oficiais do QOSPM, QOCplPM,
QOCPM e QOCBM, ressalvado o disposto no §1º deste artigo;
Art.193. O militar estadual da ativa, julgado incapaz
definitivamente por um dos motivos constantes dos incisos II, (Inciso I com a redação dada pela Lei nº 13.768, de
III, IV e V do art.190, será reformado: 04/05/2006(DOE nº 085, 08/05/2006).
I - com remuneração proporcional ao tempo de II - sem indenização aos cofres públicos, quando contar
contribuição, desde que possa prover-se por meios de com mais de 3 (três) anos de graduado na respectiva
subsistência fora da Corporação; Corporação Militar Estadual, ressalvado o disposto no §1º
deste artigo;
II - com remuneração integral do posto ou da
graduação, desde que, com qualquer tempo de contribuição, III - com indenização das despesas relativas a sua
seja considerado inválido, isto é, impossibilitado total e preparação e formação, quando contar com menos de 05
permanentemente para qualquer trabalho. (cinco) anos de oficialato ou 3 (três) anos de graduado.
Art. 194. O militar estadual reformado por incapacidade §1º No caso do militar estadual estar realizando ou
definitiva que for julgado apto em inspeção de saúde por junta haver concluído qualquer curso ou estágio de duração superior
superior, em grau de recurso ou revisão, poderá retomar ao a 06 (seis) meses e inferior ou igual a 18 (dezoito) meses, por
serviço ativo por ato do Governador do Estado conta do Estado, e não tendo decorrido mais de 3 (três) anos
do seu término, a exoneração somente será concedida
Parágrafo único. O retorno ao serviço ativo ocorrerá se
mediante indenização de todas as despesas correspondentes
o tempo decorrido na situação de reformado não ultrapassar 2
ao referido curso ou estágio.
(dois) anos.
§2º No caso do militar estadual estar realizando ou
Art.195. O militar estadual reformado por alienação
haver concluído curso ou estágio de duração superior a 18
mental, enquanto não ocorrer à designação judicial do curador,
(dezoito) meses, por conta do Estado, aplicar-se-á o disposto
terá sua remuneração paga aos beneficiários, legalmente
no parágrafo anterior, se não houver decorrido mais de 5
reconhecidos, desde que o tenham sob responsabilidade e lhe
(cinco) anos de seu término.
dispensem tratamento humano e condigno.
§3º O cálculo das indenizações a que se referem os
§1º A interdição judicial do militar estadual, reformado
§§1º e 2º deste artigo, será efetuado pela Organização Militar
por alienação mental, deverá ser providenciada, por iniciativa
encarregada das finanças da Corporação.
de beneficiários, parentes ou responsáveis, até 90 (noventa)
dias a contar da data do ato da reforma. §4º O militar estadual exonerado, a pedido, não terá
direito a qualquer remuneração, sendo a sua situação militar
§2º A interdição judicial do militar estadual e seu
definida pela Lei do Serviço Militar.
internamento em instituição apropriada deverão ser
providenciados pela respectiva Corporação quando: §5º O direito à exoneração, a pedido, pode ser
suspenso na vigência de Estado de Guerra, Estado de Sítio,
I - não houver beneficiários, parentes ou responsáveis;
Estado de Defesa, calamidade pública, perturbação da ordem
II - não forem satisfeitas as condições de tratamento interna ou em caso de mobilização.
exigidas neste artigo;
§6º O militar estadual exonerado, a pedido, somente
III - não for atendido o prazo de que trata o §1º deste poderá novamente ingressar na Polícia Militar ou no Corpo de
artigo. Bombeiros Militar, mediante a aprovação em novo concurso
§3º Os processos e os atos de registros de interdição do público e desde que, na data da inscrição, preencha todos os
militar estadual terão andamento sumário e serão instruídos requisitos constantes desta Lei, de sua regulamentação e do
com laudo proferido por Junta de Saúde, com isenção de custas. edital respectivo.

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§7º Não será concedida a exoneração, a pedido, ao Parágrafo único. A situação de desaparecido só será
militar estadual que: considerada quando não houver indício de deserção.
I - estiver respondendo a Conselho de Justificação, Art.205. O militar estadual que, na forma do artigo
Conselho de Disciplina ou Processo Administrativo-Disciplinar; anterior, permanecer desaparecido por mais de 30 (trinta)
II - estiver cumprindo pena de qualquer natureza. dias, será considerado oficialmente extraviado.
Art.199. O militar estadual da ativa que tomar posse em Art.206. O extravio do militar estadual da ativa acarreta
cargo ou emprego público civil permanente será interrupção do serviço militar estadual com o consequente
imediatamente, mediante demissão ex officio, por esse afastamento temporário do serviço ativo, a partir da data em
motivo, transferido para a reserva, sem qualquer remuneração que o mesmo for oficialmente considerado extraviado.
ou indenização. §1º O desligamento do serviço ativo será feito 06 (seis)
Art.200. Além do disposto nesta Lei, a demissão e a meses após a agregação por motivo de extravio.
expulsão do militar estadual, ex officio, por motivo disciplinar, §2º Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe,
é regulada pelo Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e calamidade pública ou outros acidentes oficialmente
do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará. reconhecidos, o extravio ou o desaparecimento do militar
Parágrafo único. O militar estadual que houver perdido estadual da ativa será considerado como falecimento, para fins
o posto e a patente ou a graduação, nas condições deste deste Estatuto, tão logo sejam esgotados os prazos máximos
artigo, não terá direito a qualquer remuneração ou de possível sobrevivência ou quando se dêem por encerradas
indenização, e terá a sua situação militar definida pela Lei do as providências de salvamento.
Serviço Militar. Art.207. O reaparecimento do militar estadual
Art.201. O militar estadual da ativa que perder a extraviado ou desaparecido, já desligado do serviço ativo,
nacionalidade brasileira será submetido a processo judicial ou resulta em sua reinclusão e nova agregação, enquanto se
regular para fins de demissão ex officio, por incompatibilidade apura as causas que deram origem ao seu afastamento.
com o disposto no inciso I do art.10 desta Lei. Parágrafo único. O militar estadual reaparecido será
submetido a Conselho de Justificação, a Conselho de Disciplina
Seção V ou a Processo Administrativo-Disciplinar.
Da Deserção Art.208. Lei específica, de iniciativa privativa do
Governador do Estado, estabelecerá os direitos relativos à
pensão, destinada a amparar os beneficiários do militar
Art.202. A deserção do militar estadual acarreta estadual desaparecido ou extraviado.
interrupção do serviço com a consequente perda da
remuneração.
CAPÍTULO III
§1º O Oficial ou a Praça, na condição de desertor, será
agregado ao seu Quadro ou Qualificação, na conformidade do DO TEMPO DE SERVIÇO E/OU CONTRIBUIÇÃO
art.172, inciso III, alínea “g”, até a decisão transitada em
Art.209. Os militares estaduais começam a contar
julgado e não terá direito a remuneração referente a tempo
tempo de serviço na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros
não trabalhado.
Militar do Ceará a partir da data da sua inclusão no posto ou
§2º O militar estadual desertor que for capturado, ou na graduação.
que se apresentar voluntariamente, será submetido à inspeção
Parágrafo único. Considera-se como data da inclusão,
de saúde e aguardará a solução do processo.
para fins deste artigo:
§3º Compete à Justiça Militar Estadual processar e
I - a data do ato em que o militar estadual é
julgar o militar estadual desertor, cabendo ao tribunal
considerado incluído em Organização Militar Estadual;
competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos
oficiais e da graduação das Praças. II - a data de matrícula em órgão de formação de
militares estaduais;
§4º As demais disposições de que tratam esta Seção
estão estabelecidas em Lei Especial. III - a data da apresentação pronto para o serviço, no
caso de nomeação.
Art.210. Na apuração do tempo de contribuição do
Seção VI
militar estadual será feita à distinção entre:
Do Falecimento, do Desaparecimento e do Extravio
I - tempo de contribuição militar estadual;
II - tempo de contribuição não militar.
Art.203. O falecimento do militar estadual da ativa
§1º Será computado como tempo de contribuição
acarreta o desligamento ou exclusão do serviço ativo, a partir
militar:
da data da ocorrência do óbito.
I - todo o período que contribuiu como militar, podendo
Art.204. É considerado desaparecido o militar estadual
ser contínuo ou intercalado;
da ativa que, no desempenho de qualquer serviço, em viagem,
em operações policiais militares ou bombeiros militares ou em II - o período de serviço ativo das Forças Armadas;
caso de calamidade pública, tiver paradeiro ignorado por mais III - o tempo de contribuição relativo à outra
de 08 (oito) dias. Corporação Militar;

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IV - o tempo passado pelo militar estadual na reserva Art.214. Na contagem do tempo de contribuição, não
remunerada, que for convocado para o exercício de funções poderá ser computada qualquer superposição dos tempos de
militares na forma do art.185 desta Lei; qualquer natureza.
V - licença especial e férias não usufruídas contadas em
dobro, até 15 de dezembro de 1998. TÍTULO VI
§2º Será computado como tempo de contribuição não DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
militar:
I - o tempo de contribuição para o Regime Geral de Art.215. Ao militar estadual são proibidas a
Previdência Social – RGPS; sindicalização e a greve.
II - o tempo de contribuição para os Regimes Próprios §1º VETADO.
de Previdência Social, desde que não seja na qualidade de
§2º O militar estadual poderá fazer parte de
militar.
associações, sem qualquer natureza sindical ou político-
§3º O tempo de contribuição a que alude o caput deste partidária, desde que não haja prejuízo para o exercício do
artigo, será apurado em anos, meses e dias, sendo o ano igual a respectivo cargo ou função militar que ocupe na ativa.
365 (trezentos e sessenta e cinco) dias e o mês 30 (trinta) dias.
§3º O militar estadual da ativa quando investido em
§4º Para o cálculo de qualquer benefício previdenciário, cargo ou função singular de dirigente máximo de associação
depois de apurado o tempo de contribuição, este será que congregue o maior número de oficiais, de subtenentes e
convertido em dias, vedada qualquer forma de sargentos ou de cabos e soldados, distintamente considerados
arredondamento. e pré-definidos por eleições internas, poderá ficar dispensado
§5º A proporcionalidade dos proventos, com base no de suas funções para dedicar-se à direção da entidade.
tempo de contribuição, é a fração, cujo numerador §4º A garantia prevista no parágrafo anterior, além do
corresponde ao total de dias de contribuição e o denominador, cargo singular de dirigente máximo, alcança um representante
o tempo de dias necessário à respectiva inatividade com por cada 2.000 (dois mil) militares estaduais que congregue,
proventos integrais, ou seja, 30 (trinta) anos que corresponde não podendo ultrapassar a 03 (três) membros, além do
a 10.950 (dez mil novecentos e cinquenta) dias. dirigente máximo.
§6º O tempo de contribuição, será computado à vista §5º O disposto nos §§3º e 4º em nenhuma hipótese se
de certidões passadas com base em folha de pagamento. aplica à entidade cuja direção máxima seja exercida por órgão
§7º O tempo de serviço considerado até 15 de colegiado.
dezembro de 1998 para efeito de inatividade, será contado ( §§2º, 3º, 4º e 5º, acrescidos e enumerando-se como
como tempo de contribuição. §1º o atual Parágrafo único, passando a vigorar com a redação
§8º Não é computável para efeito algum o tempo: pela Lei nº 13.768, de 04/05/2006(DOE nº 085, 08/05/2006).
I - passado em licença para trato de interesse particular;
II - passado como desertor; Art.216. O militar estadual, enquanto em serviço ativo,
III - decorrido em cumprimento de pena e suspensão de não pode estar filiado a partido político.
exercício do posto, graduação, cargo ou função, por sentença Art.217. Os militares estaduais são submetidos a regime
passada em julgado. de tempo integral de serviço, inerente à natureza da atividade
Art.211. O tempo que o militar estadual vier a passar militar estadual, inteiramente devotada às finalidades e missões
afastado do exercício de suas funções, em consequência de fundamentais das Corporações Militares estaduais, sendo
ferimentos recebidos em acidente quando em serviço, ou compensados através de sua remuneração normal.
mesmo quando de folga, em razão da preservação de ordem §1º Em períodos de normalidade da vida social, em que não
pública, de proteção do patrimônio e da pessoa, visando à sua haja necessidade específica de atuação dos militares em missões de
incolumidade em situações de risco, infortúnio ou de mais demorada duração e de mais denso emprego, os militares
calamidade, bem como em razão de moléstia adquirida no estaduais observarão a escala normal de serviço, alternada com
exercício de qualquer função militar estadual, será computado períodos de folga, estabelecida pelo Comando-Geral.
como se o tivesse no exercício efetivo daquelas funções. §2º Observado o interesse da otimização da segurança
Art.212. O tempo de serviço passado pelo militar pública e defesa social do Estado, em períodos de
estadual no exercício de atividades decorrentes ou normalidade, conforme definido no parágrafo anterior, poderá
dependentes de operações de guerra será regulado em voluntariamente o militar da ativa, a critério discricionário da
legislação específica. Administração, inscrever-se junto à Corporação respectiva
Art. 213. A data limite estabelecida para final da para desempenhar atividade em caráter suplementar a título
contagem dos anos de contribuição, para fins de passagem de reforço ao serviço operacional, durante parte do seu
para a inatividade, será o término do período de 90 (noventa) período de folga, guardando um intervalo de descanso de,
dias posterior ao requerimento, no caso de reserva pelo menos, 12 (doze) horas após sua jornada regular.
remunerada a pedido, ou a data da configuração das (Parágrafo alterado com a redação dada pela LEI
condições de implementação, no caso de reserva remunerada Nº16.009, 05 de maio de 2016).
ex officio ou reforma." (NR).

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§3º O militar, na situação do §2º, fará jus à Indenização §9º As atividades de que cuida o §2º deste artigo, serão
de Reforço ao Serviço Operacional – IRSO, em retribuição ao disciplinadas por decreto, o qual deverá estabelecer
serviço executado além do expediente, escala ou jornada condições, requisitos, critérios e limites a serem observados
normal à qual estiver submetido, sendo devida por hora de em relação à Indenização por Reforço do Serviço Operacional,
trabalho executado. inclusive quanto aos tipos de serviços em que serão
(Parágrafo alterado com a redação dada pela LEI empregados os militares estaduais durante as escalas especiais
Nº16.009, 05 de maio de 2016). e ao limite de despesas com a concessão da Indenização,
ficando o planejamento e a administração da execução das
atividades a cargo dos Comandantes-Gerais das Corporações
§4º O valor da hora trabalhada observará o disposto no
Militares.
anexo IV desta Lei, e será reajustado de acordo com as revisões
gerais, sem integrar a remuneração do militar sob qualquer título I - estado de defesa ou estado de sítio;
ou fundamento. II - catástrofe, grande acidente, incêndio, inundação,
(Parágrafo alterado com a redação dada pela LEI seca, calamidade ou sua iminência;
Nº16.009, 05 de maio de 2016). III - rebelião, fuga e invasão;
IV - sequestro e crise de alta complexidade;
§5º O militar que, indicado dentre os inscritos para V - greve, mobilização, protesto e agitação que causem
participar da escala especial, nos termos do §2º, faltar ao grave perturbação da ordem pública ou ensejem ameaça disso;
serviço sem motivo justificável se sujeitará a procedimento VI - evento social, festivo, artístico ou esportivo que
disciplinar. cause grande aglomeração de pessoas;
(Parágrafo acrescido com a redação dada pela LEI VII - quaisquer outros eventos ou ocorrências que o
Nº16.009, 05 de maio de 2016). Comando-Geral identifique como de ameaça à preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
§6º Não participará do reforço ao serviço operacional o (Parágrafo acrescido com a redação dada pela LEI
militar quando estiver nas seguintes situações: Nº16.009, 05 de maio de 2016).
I – denunciado em processo-crime, enquanto a
sentença final não transitar em julgado, salvo quando o fato ANEXO IV, A QUE SE REFERE O ART.217, §4º, DA LEI Nº13.729,
ocorrer no exercício de missão de natureza ou interesse militar DE 11 DE JANEIRO DE 2006. Valor da Indenização de Reforço ao
estadual, ainda que durante o período de folga, e não envolver Serviço Operacional - IRSO, por hora trabalhada.
suposta prática de improbidade administrativa ou crime
hediondo; POSTO OU GRADUAÇÃO Valor IRSO (R$)
II – respondendo a procedimento administrativo
Coronel, Tenente Coronel e Major 35,00
disciplinar, mesmo que este esteja sobrestado, salvo quando o
fato ocorrer no exercício de missão de natureza ou interesse Capitão, 1º Tenente, 2º Tenente e Aspirante 30,00
militar estadual; Subtenente, 1º Sargento, 2º Sargento e 3º Sargento 25,00
III – afastado do serviço por motivo saúde, férias ou Cabo e Soldado 25,00
licença, na forma deste Estatuto;
IV – cumprindo sanções disciplinares. Art.218. Os critérios para nomeação e funcionamento de
(Parágrafo acrescido com a redação dada pela LEI Junta de Saúde e Junta Superior de Saúde da Corporação serão
Nº16.009, 05 de maio de 2016). regulados, no prazo de 60 (sessenta) dias após aprovação desta
Lei, por meio de Decreto do Governador do Estado.
§7º A prioridade na escolha do militar que irá participar Art.219. Os critérios para julgamento da capacidade
do serviço de que cuida o §2º deste artigo, observará, caso o para o serviço ativo, bem como a possibilidade da readaptação
número de inscritos supere a demanda para o serviço do militar estadual para outra atividade dentro da Corporação
operacional especial, o critério da antiguidade. quando reduzida sua capacidade, em razão de ferimento,
acidente ou doença serão regulamentados por Decreto.
(Parágrafo acrescido com a redação dada pela LEI
Nº16.009, 05 de maio de 2016). §1º Sob pena de responsabilidade penal, administrativa
e civil, os integrantes de Junta de Saúde e de Junta Superior de
Saúde da Corporação Militar deverão investigar a fundo a
§8º O desempenho pelo militar de atividade de reforço efetiva procedência da doença informada ou alegada pelo
ao serviço operacional com fundamento em convênio militar interessado, mesmo que apoiado em atestado ou laudo
celebrado entre o Estado e a União, município ou órgão ou médico particular, sempre que a natureza da enfermidade
entidade da Administração direta e indireta dos Poderes, permitir fraude que possibilite o afastamento gracioso do
enseja o pagamento da indenização prevista no §3º deste serviço ativo militar.
artigo, de cujo valor será ressarcido o erário estadual pelo
§2º O militar interessado flagrado na prática de fraude nas
convenente.
condições previstas no parágrafo anterior terá sua
(Parágrafo acrescido com a redação dada pela LEI responsabilidade penal, administrativa e civil devidamente
Nº16.009, 05 de maio de 2016). apurada.

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§3º Todos os repousos médicos por período superior a Art.227. No que tange aos deveres e obrigações, além
03 (três) dias deverão ser avaliados criteriosamente pelas dos já estabelecidos nesta Lei, aplica-se ao militar estadual o
Junta de Saúde ou Junta Superior de Saúde da Corporação disposto no Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e do
Militar, mesmo quando apoiados em atestado ou laudo Corpo de Bombeiros Militar do Ceará.
médico particular. Parágrafo único. A Lei nº10.237, de 18 de dezembro de
Art.220. O militar estadual que, embora efetivo e 1978, com suas alterações, permanece em vigor, dispondo
classificado no Quadro de Organização e Distribuição de uma sobre o Serviço de Assistência Religiosa aos Militares
Organização Policial Militar ou Bombeiro Militar, venha a Estaduais, salvo quanto aos seus arts.9.º, 10, 11 e 12, que
exercer atividade funcional em outra Organização Militar, ficam revogados.
ficará na situação de adido. Art.228. Aplica-se à matéria não regulada nesta Lei,
Art.221. Fica assegurado ao militar estadual que, até a subsidiariamente e no que couber, a legislação em vigor para o
publicação desta Lei, tenha completado, no mínimo, 1/3 (um Exército Brasileiro.
terço) do interstício no posto ou graduação exigido pela Lei Art.229. O disposto nesta Lei não se aplica ao soldado
nº10.273, de 22 de junho de 1979, e pelos Decretos nºs. temporário, do qual trata a Lei nº13.326, de 15 de julho de
13.503, de 26 de outubro de 1979, e 26.472, de 20 de 2003, e sua regulamentação.
dezembro de 2001, o direito de concorrer ao posto ou à Art.230. Permanece em vigor o disposto na Lei
graduação subsequente, na primeira promoção que vier a nº13.035, de 30 de junho de 2005, salvo no que conflitar com
ocorrer após a publicação desta Lei. as disposições desta Lei.
Parágrafo único. O cômputo da pontuação para a Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput à
promoção de que trata o caput será feito na conformidade das legislação em vigor, decorrente da Lei nº13.035, de 30 de
normas em vigor antes da vigência. junho de 2005, que trata da remuneração dos militares
Art.222. Para fins de contagem de pontos para estaduais.
promoção de militares estaduais, serão considerados Art.231. Ficam revogadas as Leis nº10.072, de 20 de
equivalentes ao Código Disciplinar da Polícia Militar e do Corpo dezembro de 1976, nº10.186, de 26 de junho de 1976,
de Bombeiros Militar do Ceará as seguintes punições nº10.273, de 22 de junho de 1979, nº10.236, de 15 de
disciplinares de que tratam, respectivamente, os revogados dezembro de 1978, e as alterações dessas Leis, e todas as
Regulamentos Disciplinares da Polícia Militar e do Corpo de disposições contrárias a este Estatuto.
Bombeiros Militar do Ceará:
Art.232. Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias após
I – repreensão – repreensão; a sua publicação.
II – detenção – permanência disciplinar;
III – prisão – custódia disciplinar.
Art.223. Para fins de cancelamento de punições
disciplinares, aplica-se a equivalência prevista no artigo
anterior, obedecidos os prazos e demais condições
estabelecidas no Código Disciplinar da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros Militar do Ceará.
Art.224. Os remanejamentos funcionais, inclusive os de
caráter temporário, que devem acontecer dentro dos originais
interesses institucionais quanto à conveniência organizacional
ou operacional, observarão o equilíbrio da relação custo-
benefício dos investimentos que foram efetivados em
programas de capacitação técnico-profissional, dentro de
regras estabelecidas em Decreto do Chefe do Poder Executivo.
Art.225. Excluem-se da exigência da letra “g” do inciso I
do art.24 os atuais 1º Sargentos e Sub-Tenentes, na data de
publicação desta Lei.
Art.226. É vedado o uso, por parte de sociedade
simples ou empresária ou de organização civil, de designação
que possa sugerir sua vinculação às Corporações Militares
estaduais.
Parágrafo único. Excetua-se das prescrições deste
artigo, as associações, clubes e círculos que congregam
membros das Corporações Militares e que se destinem,
exclusivamente, a promover intercâmbio social, recreativo e PALÁCIO IRACEMA DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 11 de
assistencial entre militares estaduais e seus familiares e entre janeiro de 2006.
esses e a sociedade, e os conveniados com o Comando-Geral Lúcio Gonçalo de Alcântara
da Corporação. GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ

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Assunto 3: III - realizar correições, inspeções, vistorias e auditorias
administrativas, visando à verificação da regularidade e
Lei Complementar 98 eficácia dos serviços, e a proposição de medidas, bem como a
sugestão de providências necessárias ao seu aprimoramento;
LEI COMPLEMENTAR Nº 98, de 13 de junho de 2011. IV - instaurar, proceder e acompanhar, de ofício ou por
Atualizada pela LC 104 e 106\11 determinação do Governador do Estado, os processos
administrativos disciplinares, civis ou militares para apuração
DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DA
de responsabilidades;
CONTROLADORIA GERAL DE DISCIPLINA
DOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA E V - requisitar a instauração e acompanhar as
SISTEMA PENITENCIÁRIO, ACRESCENTA sindicâncias para a apuração de fatos ou transgressões
DISPOSITIVO À LEI Nº13.875, DE 7 DE disciplinares praticadas por servidores integrantes do grupo de
FEVEREIRO DE 2007 E DÁ OUTRAS atividade de polícia judiciária, policiais militares, bombeiros
PROVIDÊNCIAS. militares, servidores da Perícia Forense, e agentes
penitenciários;
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ. Faço saber
que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a VI - avocar quaisquer processos administrativos
seguinte Lei Complementar: disciplinares, sindicâncias civis e militares, para serem
apurados e processados pela Controladoria Geral de Disciplina;
Art.1º Fica criada, no âmbito da Administração Direta
do Poder Executivo Estadual, a Controladoria Geral de VII - requisitar diretamente aos órgãos da Secretaria de
Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Segurança Pública e de Defesa Social e da Secretaria de Justiça
Penitenciário do Estado do Ceará, com autonomia e Cidadania toda e qualquer informação ou documentação
administrativa e financeira, com a competência para realizar, necessária ao desempenho de suas atividades de orientação,
requisitar e avocar sindicâncias e processos administrativos controle, acompanhamento, investigação, auditoria,
para apurar a responsabilidade disciplinar dos servidores processamento e punição disciplinares;
integrantes do grupo de atividade de polícia judiciária, policiais VIII - criar grupos de trabalho ou comissões, de caráter
militares, bombeiros militares e agentes penitenciários, transitório, para atuar em projetos e programas específicos,
visando o incremento da transparência da gestão contando com a participação de outros órgãos e entidades da
governamental, o combate à corrupção e ao abuso no administração pública estadual, federal e municipal;
exercício da atividade policial ou de segurança penitenciaria, VIII - criar grupos de trabalho ou comissões, de caráter
buscando uma maior eficiência dos serviços policiais e de transitório, para atuar em projetos e programas específicos,
segurança penitenciária, prestados à sociedade. podendo contar com a participação de outros
Parágrafo único. A Controladoria Geral de Disciplina órgãos e entidades da Administração Pública Estadual,
poderá avocar qualquer processo administrativo disciplinar ou Federal e Municipal; (Alterado pelo art 1º da LC 104\11, NR).
sindicância, ainda em andamento, passando a conduzi-los a IX - acessar diretamente quaisquer bancos de dados
partir da fase em que se encontram. funcionais dos integrantes da Secretaria da Segurança Pública
Art.2º Os trabalhos da Controladoria Geral de Disciplina e Defesa Social e da Secretaria de Justiça e Cidadania;
serão executados por meio de atividades preventivas, X - encaminhar à Procuradoria Geral de Justiça do
educativas, de auditorias administrativas, inspeções in loco, Estado cópia dos procedimentos e/ou processos cuja conduta
correições, sindicâncias, processos administrativos apurada, também constitua ou apresente indícios de ilícitos
disciplinares civis e militares em que deverá ser assegurado o penais e/ou improbidade administrativa, e a Procuradoria
direito de ampla defesa, visando sempre à melhoria e o Geral do Estado todos que recomendem medida judicial e/ou
aperfeiçoamento da disciplina, a regularidade e eficácia dos ressarcimento ao erário;
serviços prestados à população, o respeito ao cidadão, às XI - receber sugestões, reclamações, representações e
normas e regulamentos, aos direitos humanos, ao combate a denúncias, em desfavor dos servidores integrantes do grupo
desvios de condutas e à corrupção dos servidores abrangidos de atividade de polícia judiciária, policiais militares, bombeiros
por esta Lei Complementar. militares, servidores da Perícia Forense, e agentes
Art.3º São atribuições institucionais da Controladoria penitenciários, com vistas ao esclarecimento dos fatos e a
Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema responsabilização dos seus autores;
Penitenciário do Estado do Ceará: XII - ter acesso a qualquer banco de dados de caráter
I - exercer as funções de orientação, controle, público no âmbito do Poder Executivo do Estado, bem como
acompanhamento, investigação, auditoria, processamento e aos locais que guardem pertinência com suas atribuições;
punição disciplinares das atividades desenvolvidas pelos XIII - manter contato constante com os vários órgãos do
servidores integrantes do grupo de atividade de polícia Estado, estimulando-os a atuar em permanente sintonia com
judiciária, policiais militares, bombeiros militares e agentes as atribuições da Controladoria Geral de Disciplina e apoiar os
penitenciários, sem prejuízo das atribuições institucionais órgãos de controle externo no exercício de suas missões
destes órgãos, previstas em lei; institucionais, inclusive firmando convênios e parcerias;
II - aplicar e acompanhar o cumprimento de punições XIV - participar e colaborar com a Academia Estadual de
disciplinares; Segurança Pública – AESP, na elaboração de planos de

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capacitação, bem como na promoção de cursos de formação, disciplinar de sua competência, resultantes de jurisprudência
aperfeiçoamento e especialização relacionados com as iterativa dos Tribunais e das manifestações da Procuradoria
atividades desenvolvidas pelo Órgão; Geral do Estado;
XV - auxiliar os órgãos estaduais nas atividades de VII - dispor sobre o Regimento Interno da Controladoria
investigação social dos candidatos aprovados em concurso Geral de Disciplina, a ser aprovado por Decreto do Chefe do
público para provimento de cargos; Poder Executivo;
XVI - expedir recomendações e provimentos de caráter VIII - processar as sindicâncias e processos
correicional. administrativos disciplinares civis e militares avocados pela
§1º Para cumprimento de suas atribuições, a Controladoria Geral de Disciplina e aplicar quaisquer
Controladoria Geral de Disciplina poderá requisitar, no âmbito penalidades, salvo as de demissão;
do Poder Executivo, documentos públicos necessários à IX - ratificar ou anular decisões de sindicâncias e de
elucidação e/ou constatação de fatos objeto de apuração ou processos administrativos disciplinares de sua competência,
investigação, sendo assinalados prazos não inferiores a 5 ressalvadas as proferidas pelo Governador do Estado;
(cinco) dias para a prestação de informações, requisição de X - convocar quaisquer servidores públicos estaduais
documentos públicos e realização de diligências. para prestarem informações e esclarecimentos, no exercício
§2º O descumprimento do disposto no parágrafo de sua competência, configurando infração disciplinar o não
anterior ensejará a apuração da responsabilidade do infrator e, comparecimento;
em sendo o caso de improbidade administrativa, comunicação XI - requisitar servidores dos órgãos estaduais, para o
ao Ministério Público. desempenho das atividades da Controladoria Geral de
§3º Quando se tratar de documentos de caráter Disciplina sendo-lhes assegurados todos os direitos e
sigiloso, reservado ou confidencial, será anunciado com estas vantagens a que fazem jus no órgão ou entidade de origem,
classificações, devendo ser rigorosamente observadas as inclusive a promoção;
normas legais, sob pena de responsabilidade de quem os XII - representar pela instauração de inquérito policial
violar. civil ou militar visando a apuração de ilícitos, acompanhando a
Art.4º Fica criado o Cargo de Controlador Geral de documentação que dispuser;
Disciplina, de provimento em comissão, equiparado a XIII - expedir provimentos correcionais ou de cunho
Secretário de Estado, de livre nomeação e exoneração pelo recomendatórios;
Governador do Estado, escolhido dentre profissionais XIV - integrar o Conselho de Segurança Pública previsto
bacharéis em Direito, de conduta ilibada, sem vínculo na Constituição do Estado do Ceará;
funcional com os órgãos que compõem a Secretaria da
XV - instaurar o Conselho de Disciplina e o Conselho de
Segurança Pública e Defesa Social e a Secretaria de Justiça e
Justificação, de acordo com o art.77 da Lei nº13.407, de 21 de
Cidadania.
novembro de 2003;
Art.5º São atribuições do Controlador Geral de Disciplina:
XVI - editar e praticar os atos normativos inerentes às
I - o controle, o acompanhamento, a investigação, a suas atribuições, bem como exercer outras atribuições
auditoria, o processamento e a punição disciplinar das correlatas ou que lhe venham a ser atribuídas, ou as delegadas
atividades desenvolvidas pelos policiais civis, policiais pelo Governador do Estado, além das atribuições previstas nos
militares, bombeiros militares e agentes penitenciários; arts.82 e 84 da Lei nº13.875, de 7 de fevereiro de 2007.
II - dirigir, definir, planejar, controlar, orientar e XVII – constituir comissões formadas por um militar e
estabelecer as políticas, as diretrizes e as normas de um servidor civil estável para apurarem, em sede de
organização interna, bem como as atividades desenvolvidas sindicância, fatos que envolvam, nas mesmas circunstâncias,
pelo Órgão; servidores civis e militares estaduais; (Inciso acrescido pelo art
III - assessorar o Governador do Estado nos assuntos de 2º da LC 104\11).
sua competência, elaborando pareceres e estudos ou XVIII – delegar a apuração de transgressões
propondo normas, disciplinares. (Inciso acrescido pelo art 2º da LC 104\11).
medidas e diretrizes, inclusive medidas de caráter Art.6º Fica criado o Cargo de Controlador Geral Adjunto
administrativo/disciplinar; de Disciplina, de provimento em comissão, de livre nomeação
IV - fixar a interpretação dos atos normativos e exoneração pelo Governador do Estado, escolhido dentre
disciplinares de sua competência, editando recomendações a Bacharéis em Direito, de reputação ilibada, sendo o substituto
serem uniformemente seguidas pelos Órgãos e entidades do Controlador Geral em suas ausências e impedimentos, com
subordinados à Secretaria da Segurança Pública e Defesa atribuições previstas na forma dos arts.83 e 84 da Lei 13.875,
Social e à Secretaria de Justiça e Cidadania; de 7 de fevereiro de 2007.
V - unificar a jurisprudência administrativa/disciplinar Art.7º Fica criado o Cargo de Secretário Executivo de
de sua competência, garantindo a correta aplicação das leis, Disciplina, de provimento em comissão, de livre nomeação e
prevenindo e dirimindo as eventuais controvérsias entre os exoneração pelo Governador do Estado.
órgãos subordinados à Secretaria da Segurança Pública e Art.8º A estrutura organizacional da Controladoria
Defesa Social e à Secretaria de Justiça e Cidadania; Geral de Disciplina será definida em Decreto do Chefe do
VI - editar enunciados de súmula administrativa/ Poder Executivo.

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Art.9º O Controlador Geral de Disciplina, atendendo Art.12. Fica autorizada a criação, por ato do
solicitação do Controlador Geral Adjunto e/ou dos Controlador Geral de Disciplina, de Conselhos Militares
Coordenadores de Disciplina, poderá, em caráter especial, Permanente de Justificação, compostos, cada um, por 3 (três)
designar integrantes das Comissões Permanentes Civil ou Oficiais, sejam Militares e Bombeiros Militares Estaduais, ou
Militar, para comporem Comissão de Processos das Forças Armadas, tendo no mínimo 1 (um) Oficial Superior,
Administrativos, Conselhos de Disciplina e/ou Justificação. recaindo sobre o mais antigo a presidência da comissão, e um
assistente, que servirá como secretário.
Art.10. O Controlador Geral de Disciplina, poderá Art.12. Fica autorizada a criação, por ato do
solicitar ao Governador do Estado a cessão de Oficiais das Controlador-Geral de Disciplina, de Conselhos Militares
Forças Armadas, Oficiais de outras Polícias Militares Estaduais, Permanentes de Justificação, compostos, cada um, por 3 (três)
Procuradores de Estado, Membros da Carreira da Advocacia Oficiais, sejam Militares e Bombeiros Militares Estaduais, ou
Geral da União, Delegados da Polícia Federal ou outros das Forças Armadas, dos quais, um Oficial Superior, recaindo
Servidores Estaduais, Municipais e Federais, para comporem sobre o mais antigo a presidência da comissão outro atuará
Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, Conselhos de como interrogante e o último como relator e escrivão.
Disciplina e/ou Justificação. (Alterado pelo art 4º da LC 104\11, NR).
Art.11. Ficam criadas Comissões Civis Permanentes de Art.13. Fica autorizada a criação, por ato do
Processos Disciplinares, composta por 3 (três) membros, que Controlador Geral de Disciplina, de Conselhos Militares
serão indicados mediante ato do Controlador Geral de Permanentes de Disciplina, compostos, cada um, por no
Disciplina, ou a quem por delegação couber, dentre Delegados mínimo 3 (três) Oficiais, sejam Militares e Bombeiros Militares
de Polícia ou Servidores Públicos Estáveis, sendo: Estaduais, ou das Forças Armadas, tendo no mínimo 1 (um)
I - um presidente; Oficial intermediário, recaindo sobre o mais antigo a
presidência da comissão, e um assistente, que servirá como
II - um secretário;
secretário.
III - um membro.
Art.13. Fica autorizada a criação, por ato do
§1º Os relatórios finais dos processos administrativos Controlador Geral de Disciplina, de Conselhos Militares
disciplinares instaurados, após parecer técnico da Permanente de Disciplina, compostos, cada um, por 3 (três)
Controladoria Geral de Disciplina, serão encaminhados à Oficiais, sejam Militares e Bombeiros Militares Estaduais, ou
Procuradoria Geral do Estado para manifestação, que poderá das Forças Armadas, dos quais, um Oficial Intermediário,
determinar diligências, a serem cumpridas no prazo de 20 recaindo sobre o mais antigo a presidência da Comissão, outro
(vinte) dias, prorrogáveis. atuará como interrogante e o último como relator e escrivão.
§2º Após manifestação da Procuradoria Geral do (Alterado pelo art 5º da LC 104\11, NR).
Estado, os processos administrativos disciplinares serão Parágrafo único. Quando a apuração dos fatos
decididos pelo Controlador Geral de Disciplina, antes do envio praticados por policiais militares e bombeiros militares
para publicação ou, se for o caso, do envio ao Governador do estaduais revelar conexão, sobretudo envolvendo praças
Estado, para decisão que seja de competência legal; podendo estáveis e não estáveis, a competência para apuração será do
este determinar quaisquer outras providências que se fizerem Conselho de Disciplina previsto no caput deste artigo.
necessárias à regularidade do processo e decisão.
Art.14. Fica criada, no âmbito da Controladoria Geral de
Art.11. Ficam criadas Comissões Civis Permanentes de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Processos Disciplinares, compostas por 3 (três) membros, que Penitenciário do Estado do Ceará o Grupo Tático de Atividade
serão indicados mediante ato do Controlador Geral de Correicional – GTAC, com as seguintes competências:
Disciplina, ou a quem por delegação couber, dentre Delegados
I - realizar atividades de fiscalização operacional, bem
de Polícia ou Servidores Públicos Estáveis, sendo:
como outras necessárias investigações;
I - um presidente;
II - realizar correições preventivas e repressivas, por
II - um secretário; meio de inspeções em instalações, viaturas e unidades;
III - um membro. III - apurar condutas atribuídas a servidores civis,
§1º Os relatórios finais dos processos administrativos militares e bombeiros militares estaduais de que trata esta Lei
disciplinares serão decididos pelo Controlador-Geral de Complementar, inclusive, a observância dos aspectos relativos
Disciplina, antes do envio para publicação ou, se for o caso, do a jornada de trabalho, área de atuação, apresentação pessoal,
envio ao Governador do Estado, para decisão que seja de postura e compostura, bem como a legalidade de suas ações;
competência legal; podendo este determinar quaisquer outras IV - observar a utilização regular e adequada de bens e
providências que se fizerem necessárias à regularidade do equipamentos, especialmente de proteção a defesa,
processo e decisão. (Alterado pelo art 3º da LC 104\11, NR). armamento e munição;
§2º Nos processos administrativos disciplinares em que V - exercer outras atribuições que lhe forem delegadas
a pena seja a de demissão, após decididos pelo Controlador- pelo Controlador Geral.
Geral de Disciplina e, antes do envio ao Governador do Estado,
Art.15. Os policiais civis, militares e bombeiros militares
deverá ser encaminhado para a Procuradoria Geral do Estado,
estaduais e outros servidores que desempenhem suas
com o fito de atestar a regularidade do procedimento.
atividades na Controladora Geral de Disciplina, inclusive os
(Alterado pelo art 3º da LC 104\11, NR).

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presidentes, membros e secretários das Comissões Civis Recursos Humanos a que estiverem vinculados, que deverá
Permanentes e dos Conselhos de Disciplina e de Justificação, reter a identificação funcional, distintivo, arma, algema ou
terão seu desempenho e produtividade avaliados qualquer outro instrumento funcional que esteja em posse do
mensalmente e consolidado anualmente, com base nos servidor, e remeter à Controladoria Geral de Disciplina cópia
seguintes critérios sem prejuízo de outros estabelecidos em do ato de retenção, por meio digital, e relatório de sua
regulamento: frequência.
I - assiduidade, urbanidade, pontualidade e §4º Os processos administrativos disciplinares em que
produtividade; haja suspensão tramitarão em regime de prioridade nas
II - correção formal e jurídica dos processos respectivas Comissões e Conselhos.
administrativos e sindicâncias; §5º Findo o prazo do afastamento sem a conclusão do
III - cumprimento dos prazos processuais processo administrativo, os servidores mencionados nos
administrativos; parágrafos anteriores retornarão às atividades meramente
IV - cumprimento dos planos de metas e das tarefas administrativas, com restrição ao uso e porte de arma, até
determinadas pelo Controlador Geral. decisão do mérito disciplinar, devendo o referido setor
competente remeter à Controladoria Geral de Disciplina
Art.16. Cabe ao Controlador Geral de Disciplina, ao
relatório de frequência e sumário de atividades por estes
Secretário da Justiça e Cidadania, ao Secretario da Segurança
desenvolvidas, por meio digital.
Pública e Defesa Social e aos Comandantes Gerais da Polícia
Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, respectivamente, a §6º O período de afastamento das funções será
informação do oficial ou da praça a ser submetido a Conselho computado, para todos os efeitos legais, como de efetivo
de Justificação e de Disciplina, acompanhada da exercício, salvo para fins de promoção, seja por merecimento
documentação necessária. ou por antiguidade.
Art.17. Cabe ao Controlador Geral de Disciplina, ao §7º Na hipótese de decisão de mérito favorável ao
Secretário da Justiça e Cidadania, ao Secretário da Segurança servidor, cessarão, após a publicação, as restrições impostas,
Pública e Defesa Social e quando for o caso, ao Delegado Geral sendo o tempo de suspensão computado retroativamente
da Polícia Civil, ao Perito Geral da Perícia Forense do Estado do para fim de promoção por merecimento e antiguidade.
Ceará e ao Diretor da Academia Estadual de Segurança Pública, §7º Na hipótese de decisão de mérito favorável ao
respectivamente, a informação do servidor a ser submetido a servidor, cessarão, após a publicação, as restrições impostas,
sindicância ou a processo administrativo disciplinar, sendo o tempo de afastamento preventivo computado
acompanhada da documentação necessária. retroativamente para fim de promoção por merecimento e
Art.18. Compete ao Governador do Estado e ao antiguidade. (Modificado pela LC 106\11, NR).
Controlador Geral, sem prejuízo das demais autoridades §8º A autoridade que determinar a instauração ou
legalmente competentes, afastar preventivamente das presidir processo administrativo disciplinar, bem como as
funções os servidores integrantes do grupo de atividade de Comissões e Conselhos, poderão, a qualquer tempo, propor,
polícia judiciária, policiais militares, bombeiros militares e de forma fundamentada, ao Controlador Geral a aplicação de
agentes penitenciários que estejam submetidos à sindicância afastamento preventivo ou cessação de seus efeitos.
ou processo administrativo disciplinar, por prática de ato
incompatível com a função pública, no caso de clamor público DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
ou quando necessário á garantia da ordem pública, à instrução
regular da sindicância ou do processo administrativo
Art.19. Os policiais civis e os militares e os bombeiros
disciplinar e à viabilização da correta aplicação de sanção
militares estaduais requisitados para servir na Controladoria
disciplinar.
Geral de Disciplina serão considerados, para todos os efeitos,
§1º O afastamento de que trata o caput deste artigo é como no exercício regular de suas funções de natureza policial
ato discricionário, atendendo à sugestão fundamentada do civil, policial militar ou bombeiro militar.
Secretário da Segurança Pública e Defesa Social e do Secretário
Art.20. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a
de Justiça e Cidadania, do Controlador Geral Adjunto, dos
instituir o Conselho de Disciplina e Correição dos Órgãos de
Coordenadores de Disciplina Militar e Civil e dos Presidentes
Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará,
de Comissão.
cuja composição e atribuições constarão de Decreto do Chefe
§2º O afastamento das funções implicará na suspensão do Poder Executivo.
do pagamento das vantagens financeiras de natureza
Parágrafo único. Será assegurado aos Membros
eventual, e das prerrogativas funcionais dos servidores
integrantes do Conselho previsto no caput deste artigo, o
integrantes do grupo de atividade de polícia judiciária, policiais
pagamento de verba indenizatória, por presença em sessão,
militares, bombeiros militares e agentes penitenciários,
equivalente a R$2.000,00 (dois mil reais), ficando o pagamento
podendo perdurar a suspensão por até 120 (cento e vinte)
limitado ao máximo de 2 (duas) sessões mensais.
dias, prorrogável uma única vez, por igual período.
Art.21. Fica instituída a Gratificação por Atividade
§3º Os servidores dos Órgãos vinculados à Secretaria da
Disciplinar e Correição - GADC, devida pelo exercício:
Segurança Pública e Defesa Social e os agentes penitenciários
afastados de suas funções, ficarão à disposição da unidade de I - das atribuições de Presidente e Membro de
Comissões Permanentes ou Especiais de Processos

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Administrativos Disciplinares Civis e de Conselhos Militares, no Art.23. Fica autorizada a instituição de estágio
valor de RS 2.000,00 (dois mil reais); acadêmico no âmbito da Controladoria Geral de Disciplina
II - das atribuições de Presidentes de Sindicância, no para estudantes do curso de graduação em Direito,
valor de R$1.200,00 (hum mil e duzentos reais). Administração, Gestão Pública, Sociologia, Psicologia,
Art.21. Fica instituída a Gratificação por Atividade Informática, dentre outros, conforme decreto
Disciplinar e Correição - GADC, não cumulativa entre si, devida regulamentador.
pelo exercício: Art.24. Fica criada a Delegacia de Assuntos Internos,
I - das atribuições de Presidente e Membro de vinculada administrativamente à Superintendência da Polícia
Comissões Permanentes ou Especiais de Processos Civil e, funcionalmente à Controladoria Geral de Disciplina,
Administrativos Disciplinares Civis e de Conselhos Militares, no cujas competências serão definidas em Decreto.
valor de RS 2.000,00 (dois mil reais); Parágrafo único. Os integrantes do Grupo Ocupacional
II - das atribuições de Presidentes de Sindicância, no Atividade Polícia Judiciária, lotados e em exercício na
valor de R$1.200,00 (um mil e duzentos reais); Delegacia de Assuntos Internos, prevista no caput deste artigo,
gozarão de todas as prerrogativas e atribuições previstas em
III – das atividades desenvolvidas no GTAC, no valor de
Lei.
R$2.000,00 (dois mil reais) para oficiais, delegados e peritos;
Art.25. A Controladoria Geral de Disciplina, na forma do
IV – das atividades desenvolvidas no GTAC, no valor de
art.8º desta Lei, poderá constituir de acordo com a
R$1.200,00 (um mil e duzentos reais) para as praças, policiais
necessidade de cobertura e expansão, unidades avançadas,
civis e servidores civis;
temporárias ou permanentes, para atender demandas
V – das atividades desenvolvidas na Coordenação de ordinárias ou excepcionais, sem prejuízo das ações de
Inteligência, no valor de R$1.200,00 (um mil e duzentos reais) fiscalização e correições disciplinares realizadas por meio do
para as praças, policiais civis e servidores civis; GTAC.
§1º As gratificações previstas nos itens III e IV do caput Art.26. Fica extinta a Corregedoria Geral dos Órgãos de
deste artigo serão concedidas exclusivamente aos servidores Segurança Pública e Defesa Social, integrante da estrutura
lotados e em exercício no Grupo Tático de Atividades organizacional da Secretaria de Segurança Pública e Defesa da
Correicionais e na Coordenadoria de Inteligência da Cidadania, prevista no art.5º, incisos e parágrafos, da Lei
Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança nº12.691, de 16 de maio de 1997.
Pública e Sistema Penitenciário, que exerçam atividades típicas
§1º A Corregedoria Geral dos Órgãos de Segurança
de inteligência ou contribuam diretamente para a atividade-
Pública e Defesa Social somente será desativada após a
fim e preencham os seguintes requisitos:
entrega e transferência de todos os feitos, em tramitação e os
I – exerçam atividades que necessitem estar de já arquivados, para a Controladoria Geral de Disciplina.
sobreaviso, em razão da necessidade do exercício permanente
§2º Os Conselhos de Justificação, de Disciplina e
de atividades especializadas;
Processos Administrativos Disciplinares em trâmite nas
II – exerçam atividades em escalas de serviços em corporações militares e na Procuradoria Geral do Estado
revezamento, e os que na mesma condição estejam sujeitos a deverão continuar até sua conclusão, oportunidade em que,
permanentes acionamentos de urgência. (Todo o art 21 juntamente com os já arquivados nos últimos 5 (cinco) anos,
alterado pelo art 6º da LC 104\11, NR). deverão ser enviados para a Controladoria Geral de Disciplina
§2º As gratificações de que trata este artigo serão para as providencias que couber, salvo os avocados pela
concedidas por ato do Controlador-Geral de Disciplina, não Controladoria Geral de Disciplina.
sendo essas acumuláveis entre si. §2º Os Conselhos de Justificação, de Disciplina e
§2º As gratificações de que tratam este artigo poderão Processos Administrativos Disciplinares em trâmite nas
ser percebidas cumulativamente com a representação de corporações militares, na Secretaria da Justiça e Cidadania –
cargo em comissão da estrutura administrativa da SEJUS, e na Procuradoria Geral do Estado deverão continuar
Controladoria Geral de Disciplina. até sua conclusão, oportunidade em que, juntamentecom os já
§3º As gratificações de que tratam os incisos I a V deste arquivados nos últimos 5 (cinco) anos, deverão ser enviados
artigo serão concedidas por ato do Controlador Geral de para a Controladoria Geral de Disciplina para as providencias
Disciplina, não sendo essas acumuláveis entre si. (Modificado e que couber, salvo os avocados pela Controladoria Geral de
acrescentado pela LC 106\11, NR). Disciplina. (Alterado pelo art 7º da LC 104\11, NR).
Art.22. Ficam criados 46 (quarenta e seis) Cargos de §3º Fica autorizada a transferência para a Controladoria
Direção e Assessoramento Superior, sendo 7 (sete) símbolo Geral de Disciplina, dos bens patrimoniais, móveis,
DNS-2, 23 (vinte e três) símbolo DNS-3, 13 (treze) símbolo equipamentos, instalações, arquivos, projetos, documentos e
DAS-1, 1 (um) símbolo DAS-2 e 2 (dois) símbolo DAS-3. serviços existentes na Corregedoria Geral, integrante da
Parágrafo único. Os Cargos a que se refere o caput estrutura organizacional da Secretaria de Segurança Pública e
deste artigo serão consolidados por Decreto no quadro de Defesa Social.
Cargos de Direção e Assessoramento Superior da Art.27. Os servidores estaduais designados para
Administração Direta e Indireta. servirem na Controladoria Geral de Disciplina deverão ter, no
mínimo, os seguintes requisitos:

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I - ser, preferencialmente, Bacharel em Direito, em proferidas pelos Conselhos de Justificação, Comissões de
Administração ou Gestão Pública; Disciplina e nos Processos Administrativos Disciplinares, cujo
II - se militar ou policial civil, possuir, procedimento constará de regimento a ser aprovado por
preferencialmente, no mínimo 3 (três) anos de serviço Decreto do Chefe do Executivo.
operacional prestado na respectiva Instituição; Parágrafo único. Das decisões definitivas tomadas no
III - não estar respondendo a qualquer processo âmbito da Controladoria Geral de Disciplina, somente poderá
administrativo disciplinar, Conselho de Justificação ou de discordar o Governador do Estado.
Disciplina; Art.30. Caberá recurso no prazo de 10 (dez) dias,
IV - possuir conduta ilibada; dirigido ao Conselho de Disciplina e Correição, das decisões
V - não estar denunciado ou respondendo a qualquer proferidas pelo Controlador-Geral de Disciplina decorrentes
processo criminal; das apurações realizadas nas Sindicâncias, pelos Conselhos de
Justificação, Conselhos de Disciplina e pelas Comissões de
VI - não haver sido punido, nos últimos 6 (seis) anos,
Processos Administrativos Disciplinares.
com pena de custódia disciplinar ou suspensão superior a 30
(trinta) dias. Parágrafo único. Das decisões definitivas tomadas no
âmbito da Controladoria Geral de Disciplina, somente poderá
Art.28. As Comissões, Conselhos e os Processos
discordar o Governador do Estado. (Alterado pelo art 10º da
Administrativos Disciplinares seguirão o rito estabelecido nas
LC 104\11, NR).
respectivas leis.
Art.31. Fica acrescido à Lei nº13.875, de 7 de fevereiro
Art.28. As Comissões, Conselhos, sindicâncias e os
de 2007, o item 5. do inciso I do art.6º, da seguinte forma:
Processos Administrativos Disciplinares seguirão o rito
estabelecido nas respectivas leis. (Alterado pelo art 8º da LC “Art.6º...
104\11, NR). I -...
Art.28-A. O Controlador-Geral de Disciplina após o 5. Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de
recebimento do processo proferirá a sua decisão. Segurança Pública e Sistema Penitenciário.” (NR).
§1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da Art.32. Esta Lei entra em vigor na data de sua
sua competência, o processo será encaminhado ao publicação.
Governador do Estado. Art.33. Revogam-se as disposições em contrário.
§2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO ESTADO DO
sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a CEARÁ,
imposição da pena mais grave.
§3º Reconhecida pela comissão a inocência do servidor,
o Controlador-Geral de Disciplina determinará o seu
arquivamento, salvo se flagrantemente contrária às provas dos
autos.
§4º O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo
quando contrário às provas dos autos.
§5º Quando o relatório da comissão contrariar as
provas dos autos, o Controlador Geral de Disciplina poderá,
determinar diligências ou outras providências necessárias a
adequada instrução, sem possibilidade de recurso, poderá
ainda, motivadamente, agravar a penalidade proposta,
abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.

§6º Verificada a ocorrência de vício insanável, o


Controlador-Geral de Disciplina ou o Governador declarará a
sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a
constituição de outra comissão para instauração do novo
processo. (Todo o art 28-A foi acrescentado pelo art 9º da LC
104\11, NR).
Art.29. A competência atribuída à Procuradoria Geral
do Estado, de acordo com o art.28. da Lei Complementar nº58,
de 31 de março de 2006, não se aplica aos servidores públicos
submetidos disciplinarmente à competência da Corregedoria
Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Penitenciário do Estado do Ceará.
Art.30. Caberá recurso no prazo de 10 (dez) dias,
dirigido ao Conselho de Disciplina e Correição, das decisões

49
Assunto 4: aferição de comissão de meritoriedade designada pelo
Comandante-Geral;
Lei de Promoção II - quando o militar fazia jus à promoção em vida, não
sendo esta efetivada a tempo, em razão do seu óbito.
LEI Nº15.797, DE 25 DE MAIO DE 2015. § 4° A promoção por bravura, a ser aferida por comissão de
(Publicada no DOE nº 27, de 27/05/2015) meritoriedade designada pelo Comandante-Geral, resulta de
Dispõe sobre as Promoções dos ato, ou atos, não comuns de coragem e audácia, que,
Militares Estaduais. ultrapassando os limites normais do cumprimento do dever,
representem feitos de notório mérito, em operação ou ação
inerente à missão institucional da corporação militar em
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ.
serviço ou de folga.
Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu
§ 5° A promoção requerida alcançará o militar estadual que
sanciono a seguinte Lei:
completar 30 (trinta) anos de contribuição, sendo, no mínimo,
25 (vinte e cinco) anos como de contribuição como militar ao
CAPÍTULO I SUPSEC, e consistirá na sua elevação, a pedido, ao grau
DAS DIRETRIZES E DEFINIÇÕES imediatamente superior, observadas as condições
estabelecidas nesta Lei.
Art. 1° A promoção, direito do militar estadual, consiste na Art. 4° A promoção do oficial se dará por ato do
elevação na carreira, tendo por objetivo o estímulo ao Governador do Estado, já a da praça por ato do Comandante-
constante aprimoramento funcional com resultado no alcance Geral.
dos graus hierárquicos superiores nas corporações militares. Art. 5° A passagem da praça para o quadro de oficiais
Art. 2° Serão planejadas as promoções observando as acontecerá por acesso, exigindo-se a conclusão, com
peculiaridades de cada posto e cada graduação e objetivando aproveitamento, de Curso de Habilitação de Oficiais - CHO,
assegurar um fluxo regular e equilibrado nas carreiras de cujo ingresso se dará metade por antiguidade e a outra
oficial e de praça. metade por prévia aprovação por seleção interna,
supervisionada pela Academia Estadual de Segurança Pública,
para os integrantes do QOAPM e QOABM.
CAPÍTULO II
Parágrafo único. Para fins de concorrer à seleção para
DAS PROMOÇÕES
ingresso no Curso de Habilitação de Oficiais, exigir-se-á do
Seção I candidato diploma em curso de nível superior, devidamente
Das modalidades reconhecido, à exceção das praças beneficiadas com a
previsão do art. 225 da Lei n° 13.729, de 13 de janeiro de 2006.
Art. 3° As promoções ocorrerão nas seguintes Seção II
modalidades: Do Quadro de Acesso Geral
I - antiguidade; Art. 6º Para fins de promoção por antiguidade e
II - merecimento; merecimento, deve o militar figurar no Quadro de Acesso
III - post mortem; Geral, cujo ingresso requer o preenchimento dos seguintes
IV - bravura; requisitos, cumulativamente:
V - requerida. I - interstício no posto ou na graduação de referência;
§ 1° A promoção por antiguidade baseia-se na precedência II - curso obrigatório estabelecido em lei;
hierárquica do militar estadual sobre os demais de igual posto III - serviço arregimentado;
ou graduação, observados os demais requisitos estabelecidos IV - mérito.
nesta Lei. § 1° O interstício de que trata o inciso I deste artigo, a ser
§ 2° A promoção por merecimento tem por fundamento os completado até a data em que efetivada a promoção, é o
valores funcionais agregados pelo militar no decorrer da tempo mínimo de efetivo serviço considerado em cada posto
carreira e que o destaquem na atuação funcional, ou graduação, descontado o tempo não computável, da
preferencialmente no posto ou graduação ocupado por seguinte forma:
ocasião da disputa pela promoção, sendo essa aferição I - para oficiais:
promovida por comissão específica de promoção, nos termos a) para o posto de 1° Tenente - 5 (cinco) anos no posto de
desta Lei. 2° Tenente;
§ 3° A promoção post mortem ocorrerá nas seguintes b) para o posto de 1° Tenente QOAPM e QOABM - 3 (três)
situações: anos no posto de 2° Tenente QOAPM e QOABM;
I - quando o militar estadual falecer em razão do c) para o posto de Capitão - 5 (cinco) anos no posto de 10
desempenho da atividade militar estadual, ou em acidente em Tenente;
serviço ou em consequência de doença, moléstia ou
d) para o posto de Capitão QOAPM e QOABM - 2 (dois)
enfermidade que nele tenha sua causa imediata, conforme
anos no posto de 1° Tenente QOAPM e QOABM;

50
e) para o posto de Major - 6 (seis) anos no posto de b) para promoção à graduação de 3° Sargento: Curso de
Capitão; Habilitação de Sargentos, ou curso regular equivalente
f) para o posto de Major QOAPM e QOABM - 2 (dois) anos realizado em Corporação Militar Estadual, supervisionado pela
no posto de Capitão QOAPM e QOABM; Academia Estadual de Segurança Pública, quando realizado no
g) para o posto de Tenente-Coronel - 5 (cinco) anos no Estado;
posto de Major; c) para promoção à graduação de Subtenente: Curso de
h) para o posto de Coronel - 3 (três) anos no posto de Habilitação a Subtenentes, ou curso regular equivalente
Tenente-Coronel; realizado em Corporação Militar Estadual, supervisionado pela
Academia Estadual de Segurança Pública, quando realizado no
II - para praças:
Estado.
a) para a graduação de Cabo - 7 (sete) anos na graduação
de Soldado;
§ 3° O Estado deverá oferecer o curso obrigatório de que
b) para a graduação de 3° Sargento - 5 (cinco) anos na
trata o inciso II do caput, em tempo hábil, evitando prejuízo às
graduação de Cabo;
promoções regulares.
c) para a graduação de 2° Sargento - 3 (três) anos na
§ 4° Para o ingresso no Curso de Habilitação de Sargentos -
graduação de 3° Sargento;
CHS, e no Curso de Habilitação a Subtenentes - CHST, ou
d) para a graduação de 1° Sargento - 3 (três) anos na equivalente, será observado o critério de antiguidade, sendo
graduação de 2° Sargento; exigidos do militar exames médicos e laboratoriais, incluindo o
e) para a graduação de Subtenente - 4 (quatro) anos na toxicológico, custeados pelo Estado.
graduação de1 ° Sargento. § 5° Para o ingresso no CAO, no CAO/QOA, no CSP e no
§ 2° O curso obrigatório de que trata o inciso Il, disposto no CSB, ou equivalente, será observado o critério de antiguidade,
caput deste artigo, a ser concluído, com aproveitamento, até a sendo exigidos do militar exames médicos e laboratoriais,
data de encerramento das alterações, é o que possibilita o incluindo o toxicológico, custeados pelo Estado.
acesso e a promoção do oficial e da praça aos sucessivos § 6° Caso o laudo médico a que se referem os §§ 4° e 5° dê
postos e graduações de carreira, nas seguintes condições: resultado positivo para o uso de drogas ilícitas, o militar será
I - para oficiais: impedido de realizar o curso correspondente, devendo ser
a) para acesso e para nomeação no posto de 2° Tenente: encaminhado para tratamento.
Curso de Formação de Oficiais - CFO ou Curso de Formação § 7° A partir da publicação desta Lei, o militar que, por 3
Profissional - CFP, para os integrantes do QOPM, QOSPM, (três) vezes for indicado, e não aceitar, ou aceitando, desistir
QOCplPM e QOCPM, na Polícia Militar, e QOBM e QOCBM, no ou não concluir com aproveitamento os cursos necessários
Corpo de Bombeiros Militar, sob coordenação da Corporação para promoção de carreira, ficará impedido de realizá-los e,
Militar Estadual. e Curso de Habilitação de Oficiais - CHO, para consequentemente, não mais poderá ingressar em Quadro de
os integrantes do QOAPM e QOABM, por meio de seleção Acesso Geral, assim permanecendo, de forma definitiva, no
interna supervisionada pela Academia Estadual de Segurança cargo em que se encontrar até completar condições para a
Pública; inatividade.
b) para promoção ao posto de Major QOPM e QOBM: § 8° O disposto no § 2°, inciso I, alíneas "b" e "d", deste
Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais - CAO ou curso regular artigo, não se aplica aos oficiais integrantes dos Quadros de
equivalente realizado em Corporação Militar Estadual, Saúde e Capelão da Polícia Militar e Complementar do Corpo
supervisionado pela Academia Estadual de Segurança Pública, de Bombeiros.
quando realizado no Estado; § 9° O serviço arregimentado de que trata o inciso III, do
c) para promoção ao posto de Major QOAPM e QOABM: caput, corresponde ao tempo mínimo necessário a ser
Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais do Quadro desempenhado pelo militar no exercício efetivo de função de
Administrativo-CAO/QOA, ou curso regular equivalente natureza ou de interesse militar estadual, especificamente na
realizado em Corporação Militar Estadual. supervisionado pela atividade-fim da Corporação, caracterizada como de execução
Academia Estadual de Segurança Pública, quando realizado no programática ou equivalente, nas unidades de Grandes
Estado; Comandos, Batalhões, Companhias, Pelotões e
d) para promoção ao posto Coronel QOPM e QOBM: Curso Destacamentos, definidas em legislação própria, da seguinte
Superior de Polícia- CSP, ou Curso Superior de Bombeiro - CSB, forma:
ou curso regular equivalente realizado em Corporação Militar I - para oficiais:
Estadual, supervisionado pela Academia Estadual de Segurança a) para a promoção ao posto de 1° Tenente: 4 (quatro)
Pública, quando realizado no Estado; anos no posto anterior;
II - para praças: b) para a promoção ao posto de 1° Tenente QOAPM e
a) para ingresso no cargo de Soldado: Curso de Formação QOABM: 2 (dois) anos no posto anterior;
de Soldados, ou Curso de Formação Profissional, ou curso c) para a promoção ao posto de Capitão: 4 (quatro) anos no
regular equivalente realizado em Corporação Militar Estadual, posto anterior;
supervisionado pela Academia Estadual de Segurança Pública,
d) para a promoção ao posto de Capitão QOAPM e
quando realizado no Estado;
QOABM: 1 (um) ano no posto anterior;

51
e) para a promoção ao posto de Major: 5 (cinco) anos no Art. 7° O oficial ou a praça não poderá constar no Quadro
posto anterior; de Acesso Geral, ou deste será excluído, quando:
f) para a promoção ao posto de Maior QOAPM e QOABM: 1 I - for preso provisoriamente, enquanto a prisão não for
(um) ano no posto anterior; revogada ou relaxada;
g) para a promoção ao posto de Tenente-Coronel: 4 II - for recebida a denúncia em processo-crime, enquanto a
(quatro) anos no posto anterior; sentença final não transitar em julgado, salvo quando o fato
h) para a promoção ao posto de Coronel: 2 (dois) anos no ocorrer no exercício de missão de natureza ou interesse militar
posto anterior; estadual, ainda que durante a folga do militar, e não envolver
II - para praças: suposta prática de improbidade administrativa ou crime
hediondo;
a) para a promoção à graduação de Cabo: 6 (seis) anos na
graduação anterior; III - estiver submetido a Conselho de Justificação, a
Conselho de Disciplina ou a Processo Administrativo
b) para a promoção à graduação de 3° Sargento: 4 (quatro)
Disciplinar, mesmo que este esteja sobrestado, até decisão
anos na graduação anterior;
final do Tribunal ou autoridade competente;
c) para a promoção à graduação de 2° Sargento: 2 (dois)
IV - for condenado em processo-crime, enquanto durar o
anos na graduação anterior;
cumprimento da pena, inclusive no caso de suspensão
d) para a promoção à graduação de 1° Sargento: 2 (dois) condicional da pena e de livramento condicional, não se
anos na graduação anterior; computando o tempo acrescido à pena original para fins de
e) para a promoção à graduação de Subtenente: 3 (três) sua suspensão condicional;
anos na graduação anterior. V - encontrar-se submetido à suspensão condicional do
§ 10. No tempo arregimentado do § 9°, não se computará: processo, até decisão judicial definitiva de extinção do
I - o período de licença para tratamento de saúde própria benefício;
do militar, salvo quando se tratar de enfermidade motivada VI - for Licenciado para Tratar de Interesse Particular - LTlP;
pelo serviço, no pleno desempenho da atividade militar VII - for condenado à pena de suspensão do exercício do
estadual, devidamente justificada em procedimento posto, graduação, cargo ou função, prevista no Código Penal
administrativo, a cargo da Corporação; Militar, durante o prazo de sua suspensão ou de outras
II - o período em que o militar estiver trabalhando na disposições legais;
situação de apto para serviços leves, salvo quando se tratar de VIII - for considerado desaparecido, extraviado ou
enfermidade motivada pelo serviço, no pleno desempenho da desertor;
atividade militar estadual, devidamente justificada em
IX - houver sido punido disciplinarmente, nos últimos 12
procedimento administrativo, a cargo da Corporação;
(doze) meses que antecedem a data de fechamento das
III - os afastamentos por atestado, salvo quando se tratar alterações para a promoção, com, pelo menos, uma custódia,
de enfermidade motivada pelo serviço, no pleno desempenho ou 2 (duas) permanências disciplinares, ou 4 (quatro)
da atividade militar estadual, devidamente justificada em repreensões; ou ainda 2 (duas) repreensões e 1 (uma)
procedimento administrativo, a cargo da Corporação; permanência disciplinar;
IV - o período de Licença para Tratamento de Interesse X - para os praças, ter, no mínimo, comportamento "BOM";
Particular.
XI - houver ultrapassado, por motivo de gozo de licença
§ 11 Enquadra-se como atividade-fim, para o disposto no § para tratamento de saúde de dependente, legalmente
9°, o serviço exercido pelo militar estadual junto aos órgãos reconhecido, prazo superior a 6 (seis) meses ininterruptos;
administrativos da sua própria corporação, à Secretaria de
XII - encontrar-se inabilitado em exames de saúde,
Segurança Pública, à Casa Militar, à Defesa Civil, à
segundo a Coordenadoria de Perícias Médicas da Secretaria do
Controladoria-Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
Planejamento e Gestão;
Pública e Sistema Penitenciário do Estado, ou a outros órgãos
aos quais esteja cedido, para o desempenho de atividade de XIII - for nele incluído indevidamente;
interesse militar estadual, inclusive nas entidades associativas. XIV - por algum motivo já houver sido promovido;
§ 12. O militar estadual que for nomeado ao posto de 2° XV - vier a falecer;
Tenente ou de 1° Tenente ou ao cargo de Soldado, nos XVI - for afastado do serviço ativo da respectiva
quadros QOPM e QOBM, deverá, obrigatoriamente, Corporação, por estar aguardando reserva remunerada, a
permanecer todo o período de interstício exigido para pedido, por mais de 90 (noventa) dias;
promoção ao posto ou à graduação imediata exercendo suas XVII - encontrar-se, nos 12 (doze) meses anteriores ao
funções em unidade eminentemente operacional, junto a fechamento das alterações para a promoção, afastado ou com
Batalhão, Companhia e Pelotão, na Capital, na Região restrições ao desempenho da atividade-fim da Corporação
Metropolitana ou no interior do Estado. Militar por período superior a 3 (três) meses contínuos ou não,
§ 13. No tempo de serviço arregimentado de que trata o § excetuando-se:
9° deste artigo, será computado o período de licença à a) enfermidades contraídas em objeto de serviço
gestante. devidamente comprovadas por Atestado de Origem ou por
Inquérito Sanitário de Origem;

52
b) licença Maternidade ou licença para Tratamento de levarão em consideração as alterações ocorridas na vida
Saúde relacionada a efeitos da gestação; funcional do oficial ou praça, e acontecerão nas datas e
c) licenças para Tratamento de Saúde decorrentes de segundo processamento estabelecidos em decreto.
intervenções cirúrgicas diversas ou doenças crônicas em Art. 13. O disposto nesta Seção não se aplica à promoção
processos de agudização; aos postos de Coronel e de Major QOA.
XVIII - obtiver resultado positivo para o consumo de drogas
ilícitas em laudo de exame toxicológico. Seção IV
§ 1° O militar que, por ocasião da elaboração do Quadro de Da Promoção por Antiguidade e por Merecimento
Acesso Geral, encontrar-se no exercício de cargo público civil
temporário, não eletivo, inclusive da Administração Indireta,
Art. 14. Elaborado o Quadro de Acesso Geral e
ou que estiver à disposição de órgão ou entidade federal,
estabelecido o quantitativo mínimo de promoções, para cada
estadual ou municipal, para exercer cargo ou função de
posto ou graduação, observando o percentual do art. 9°,
natureza estritamente civil, só poderá concorrer por
metade dos militares aptos será promovida por antiguidade,
antiguidade.
aferindo-se dentre os demais a ordem de classificação para
§ 2° Impedido o militar, de participar da promoção por promoção por merecimento.
incorrer na hipótese do inciso XVIII deste artigo, poderá voltar
§ 1° A promoção ao posto de Major QOAPM e Major
a concorrer regularmente nas promoções subsequentes, uma
QOABM não observará o percentual do art. 9°, sendo
vez concluídotratamento clínico psicossocial com laudo
efetivada somente pelo critério de merecimento, nos termos
favorável.
desta Lei e segundo disciplina estabelecida em decreto.
Art. 8° Para figurar o militar no Quadro de Acesso Geral,
§ 2° A relação dos Capitães QOAPM e QOABM, habilitados
além das condições previstas nesta Lei, deverá demonstrar
para promoção por merecimento de que trata o § 1°, será
mérito mínimo no desempenho da função, alcançando, assim,
formada por ordem de antiguidade e contará com número
em avaliação a ser realizada pela Corporação, no momento da
equivalente ao triplo de Majores QOAPM e QOABM previsto
organização do respectivo Quadro, pontuação igualou superior
em lei.
a 2.500 (dois mil e quinhentos).
§ 3° A relação a que refere o § 2° será elaborada
Parágrafo único. Os critérios para a avaliação prevista no
semestralmente, conforme previsto em decreto, observadas
caput serão objetivos, segundo definição em decreto.
as disposições dos arts. 6° e 7° desta Lei.
Seção III
Art. 15. A classificação para promoção por merecimento
Do Procedimento da Promoção para oficiais será feita por avaliação da Comissão de
Art. 9° Elaborado o Quadro de Acesso Geral, serão Promoções de Oficiais - CPO, considerando a média aritmética
promovidos 60% (sessenta por cento) dos militares incluídos do resultado obtido pelo militar no Relatório Individual de
na relação de habilitados para graduação ou posto, dos quais Promoção, que será composto pelo somatório da pontuação
metade ascenderá por antiguidade e a outra metade por obtida em ficha de informação preenchida pelo setor de
merecimento. pessoal de cada Corporação com a pontuação do julgamento
Parágrafo único. Na apuração do quantitativo de pela Comissão considerando o desempenho funcional do
promoções, nos termos do caput, proceder-se-á ao oficial.
arredondamento para o número inteiro seguinte, sempre que § 1° A ficha de informação, a ser definida em decreto,
da incidência do percentual previsto resultar número conterá a pontuação positiva e negativa do militar resultante
fracionado. de sua atuação funcional, incluindo critérios meritórios e
Art. 10. O militar estadual ingresso em Quadro de Acesso conceito do comandante imediato, devidamente justificado.
Geral por 2 (duas) vezes, que não conseguir ascender, será § 2° O julgamento pela Comissão de Promoção será
automaticamente, na promoção seguinte, promovido ao posto motivado e levará em conta o desempenho funcional do
ou à graduação subsequente, bastando que, nesta próxima militar estadual, com pontuação máxima de 6.000 (seis mil)
promoção, figure em Quadro de Acesso Geral, observado o pontos, no ano de referência, observando-se os seguintes
percentual do § 1° do art. 11. aspectos, se não aferidos pela ficha de informação, além de
Art. 11. As promoções de que trata esta Lei, à exceção dos outros que poderão ser previstos em decreto:
postos de Coronel e Major QOA, independerão de vagas e I - tempo de exercício funcional no posto e na carreira;
ocorrerão com observância ao percentual previsto no caput do II - desempenho no cargo/função exercida;
art. 9°.
III - elogios e condecorações recebidas;
§ 1° Nas promoções da praça Soldado, deverá ser
IV - obras realizadas de interesse militar estadual;
observado o número mínimo de permanência na citada
graduação de 40% (quarenta por cento) do efetivo de Soldado V - ações destacadas;
existente na Corporação respectiva. VI - exercício em locais de difícil provimento, a serem
§ 2° Efetuadas as promoções, o posto ou a graduação do indicados em decreto;
militar promovido será transformado para o posto ou a VII - exercício como coordenador / professor / instrutor /
graduação que passar a ocupar. monitor / conteudista na Academia Estadual de Segurança
Art. 12. As promoções serão anuais, para as quais se Pública;

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VIII - lesões e moléstias decorrentes do serviço; Geral o Quadro de Acesso e as propostas para as promoções
IX - afastamento das funções por motivo de gozo de licença por antiguidade e merecimento;
para tratar de interesse particular; III - propor a agregação de militar estadual que deva ser
X - afastamento das funções para gozo de licença para transferido ex officio para a reserva, segundo o disposto nesta
tratamento de saúde própria, não decorrente de missão Lei;
militar, ou tratamento de saúde de dependente. IV - emitir parecer sobre recurso referente a
§ 3º Em caso de empate na formação do quadro de acesso processamento de promoção;
por merecimento, o desempate observará o disposto no § 6°, V - organizar a relação de militares estaduais impedidos de
do art. 18 desta Lei. ingresso em Quadro de Acesso;
Art. 16. A classificação para fins de promoção por VI - propor ao Comandante-Geral a elaboração de Quadro
merecimento para praças deverá ser feita mediante análise do de Acesso extraordinário;
Relatório Individual de Promoção, composto pela ficha de VII - fixar prazos para remessa de documentos;
informação preenchida pelo setor de pessoal da Corporação, e VIII - processar os requerimentos interpostos, e solucioná-
avaliação da Comissão de Promoções de Praças, observando, las, quando não for o caso de encaminhamento à
em caso de empate, o disposto no § 6°, do art. 18 desta Lei. Procuradoria-Geral do Estado;
Art. 17. As Comissões para Promoções de Oficiais e Praças IX - constar as respectivas deliberações em atas, sob pena
serão constituídas anualmente por ato do respectivo de nulidade.
Comandante-Geral e terão a duração no ano de referência,
§ 3° As deliberações das Comissões de Promoção serão
observando o seguinte:
publicadas em boletim interno e suas decisões serão tomadas,
I - Comissão de Promoção de Oficiais da Polícia Militar: por maioria simples de votos, ficando o presidente dispensado
a) Presidente: Comandante-Geral; de votar, exceto nos casos de empate, quando proferirá voto
b) Membros Natos: Comandante-Geral Adjunto e de qualidade.
Secretário Executivo; § 4° Caso não exista número suficiente de oficiais para
c) Membros Efetivos: 4 (quatro) Coronéis do serviço militar compor as comissões, por qualquer causa legal, elas poderão
estadual ativo; funcionar com até 3 (três) membros, observado o disposto no
II - Comissão de Promoção de Praças da Polícia Militar: § 3º.
a) Presidente: Comandante-Geral Adjunto; Art. 18. A promoção ao posto de Coronel ocorrerá pelo
b) Membros Natos: Secretário Executivo e Coordenador de critério de merecimento, observados os demais preceitos
Gestão de Pessoas; estabelecidos nesta Lei.
c) Membros Efetivos: 4 (quatro) Oficiais Superiores do § 1º A promoção prevista no caput se efetivará por escolha
serviço militar estadual ativo; do Governador do Estado dentre os Tenentes-Coronéis
constantes de lista elaborada pela Corporação respectiva.
III - Comissão de Promoção de Oficiais do Corpo de
Bombeiros Militar: § 2º A lista a que se refere este artigo, para promoção por
merecimento, conterá relação com nomes equivalentes ao
a) Presidente: Comandante-Geral;
dobro do número de vagas abertas para o posto de Coronel,
b) Membros Natos: Comandante-Geral Adjunto e devendo, no mínimo, contar com 5 (cinco) nomes.
Secretário Executivo;
§ 3° A lista de Tenentes-Coronéis, habilitados para
c) Membros Efetivos: 2 (dois) Coronéis do serviço militar promoção por merecimento, realizada semestralmente, terá
estadual ativo; por base a ordem de antiguidade, tendo por limite
IV - Comissão de Promoção de Praças do Corpo de quantitativo o dobro de Coronéis previsto em lei específica,
Bombeiros Militar: conforme estabelecido em decreto, e observados os arts. 6° e
a) Presidente: Comandante-Geral Adjunto; 7° desta Lei.
b) Membros Natos: Secretário Executivo e Supervisor de § 4° Verificada a existência de vaga no posto de Coronel, o
Gestão de Pessoas; Comandante-Geral de cada Corporação encaminhará ao
c) Membros Efetivos: 2 (dois) Oficiais Superiores do serviço Secretário da Segurança Pública e Defesa Social a relação dos
militar estadual ativo. Tenentes-Coronéis devidamente habilitados, por ordem de
§ 1° Cada Comissão de Promoção contará com um merecimento, com posterior remessa ao Governador para
secretário, que deverá ser designado dentre oficiais do serviço escolha e promoção na forma estabelecida em decreto.
ativo da Corporação por ato do respectivo presidente, § 5° A promoção de que trata o caput não observará a data
incumbindo-lhe a gestão administrativa da documentação a que faz referência o art. 12 desta Lei.
atinente ao processamento das promoções. § 6° Em caso de empate na pontuação final para a
§ 2° Às Comissões de Promoção competem, dentre outras promoção do militar estadual ao posto de Coronel, o
atribuições previstas em regimento interno: desempate se dará observando os seguintes critérios, em
I - ter pleno conhecimento da legislação atinente às ordem de precedência:
promoções; I - resultado no relatório individual de promoção;
II - organizar e submeter à aprovação do Comandante- II - antiguidade no posto;

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III - tempo de serviço na respectiva corporação; Secretário Executivo das Corporações Militares Estaduais e
IV - idade. Chefe, Subchefe e Secretário Executivo da Casa Militar.
§ 7° Inexistindo Tenentes-Coronéis, com interstício para § 5° Na formação da quota compulsória, a indicação recairá
compor a lista, o quantitativo previsto poderá ser preenchido sobre o oficial mais antigo no posto.
com Tenentes-Coronéis que possuam, no mínimo, um ano no § 6° As quotas compulsórias só serão aplicadas quando
posto, observando-se a ordem de antiguidade e o disposto nos houver Tenentes-Coronéis QOPM e QOBM e Capitães QOAPM
arts. 6° e 7° desta Lei. e QOABM que satisfaçam as condições de promoção.
Art. 19. As vagas a serem preenchidas para a promoção aos § 7° Não serão consideradas, para efeito da quota
postos de Coronel QOPM e QOBM e de Major QOAPM e Major compulsória, as promoções decorrentes do previsto no art. 23
QOABM serão provenientes de: desta Lei.
I - agregação, em conformidade com o previsto na Lei n°
13.729, de 13 de janeiro de 2006; Seção VI
II - passagem à situação de inatividade; Da Promoção a Coronel Comandante-Geral
III - demissão;
IV - falecimento; Art. 21. A promoção a Coronel Comandante-Geral das
V - aumento de efetivo, conforme dispuser a Lei. Corporações militares se dará exclusivamente por escolha do
Parágrafo único. As vagas serão consideradas abertas: Governador do Estado, a incidir entre os coronéis com mais de
I - na data do ato de agregação, salvo se, no próprio ato, 25 (vinte e cinco) anos de tempo de contribuição militar, com
for estabelecida outra data; relevantes serviços prestados à atividade.
II - na data do início do processo de reserva ex officio, por § 1° Promovido a Coronel Comandante-Geral, o oficial se
um dos motivos especificados na Lei n° 13.729, de 13 de encarregará da chefia da Corporação respectiva,
janeiro de 2006; desempenhando as atribuições segundo previsão em
legislação específica.
III - na data oficial do falecimento;
§ 2° O militar promovido, na hipótese deste artigo,
IV - conforme disposição na Lei de aumento de efetivo.
permanecerá na chefia a depender do Governador do Estado,
que poderá escolher, observados os requisitos do caput, outro
Seção V Coronel para ser promovido a Coronel Comandante-Geral.
Da Quota Compulsória § 3° Na situação do § 2°, o anterior Coronel Comandante-
Geral será transferido ex officio para a reserva.
Art. 20. Haverá, anualmente, número mínimo de vagas à § 4° Será também transferido para a reserva ex officio o
promoção ao posto de Coronel QOPM e QOBM e ao posto de Coronel Comandante-Geral que demonstrar interesse de não
Major QOAPM e QOABM, para manter a renovação, o mais permanecer na chefia da Corporação, mediante
equilíbrio e a regularidade de acesso ao referido posto, em provocação dirigida ao Governador do Estado, devendo
quantitativo a ser estabelecido em decreto. continuar na ativa até ulterior promoção do novo ocupante do
§ 1° O número mínimo de vagas de que cuida o caput referido posto.
observará o seguinte:
I - Coronel QOPM - 4 (quatro) vagas por ano; Seção VII
II - Coronel QOBM - 2 (duas) vagas por ano; Da Promoção em Ressarcimento de Preterição
III - Major QOAPM - 3 (três) vagas por ano;
IV - Major QOABM - 2 (duas) vagas por ano. Art. 22. A promoção em ressarcimento de preterição
§ 2° As vagas para promoção obrigatória, em cada ano- somente será admitida nas seguintes hipóteses excepcionais:
base, serão divulgadas por ato do Comandante-Geral, em data I - obtenção de decisão favorável em recurso interposto ou
fixada por decreto, sendo efetivadas na próxima data de comprovação, ex officio, de erro administrativo, após análise
promoção. da respectiva comissão processante ou, se for o caso, da
§ 3° Para assegurar o número fixado de vagas à promoção Procuradoria-Geral do Estado;
obrigatória, na forma estabelecida neste artigo, quando este II - cessação da situação de desaparecido ou extraviado;
número não tenha sido alcançado com as vagas ocorridas III - absolvição, impronúncia ou absolvição sumária, na
durante o ano-base considerado, uma quota dos Coronéis forma da legislação processual penal vigente;
QOPM e QOBM e de Majores QOAPM e QOABM será IV - ocorrência de prescrição da pretensão punitiva relativa
compulsoriamente transferida para a inatividade, de maneira a a delito que lhe é imputado, devidamente reconhecida pela
possibilitar as promoções. autoridade judiciária competente;
§ 4° Somente se submeterá à quota compulsória o oficial V - reconhecimento da procedência da justificação em
Coronel QOPM e QOBM e o Major QOAPM e QOABM que Conselhos de Justificação e Disciplina e Processo
possuir 30 (trinta) anos de tempo de contribuição e 25 (vinte e Administrativo Disciplinar.
cinco) de tempo de contribuição militar, excetuando-se o
ocupante dos cargos de Comandante-Geral Adjunto,

55
Seção VIII suficiente para preencher o limite estabelecido no inciso II do
Da Promoção Requerida § 2° deste artigo, as vagas remanescentes poderão ser
requeridas pelos demais Tenentes-Coronéis e Capitães QOA,
Art. 23. A promoção requerida será efetivada a pedido do as quais serão efetivadas após a avaliação dos requerimentos,
militar interessado que atenda às condições do art. 3°, § 5°, e obedecendo, neste caso, a ordem de antiguidade.
do art. 7° desta Lei.
§ 1° O militar estadual promovido nos termos do caput CAPÍTULO III
será transferido para a reserva remunerada ex officio, devendo DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
contribuir, mensalmente e por 5 (cinco) anos, após a
inativação, para o Sistema Único de Previdência Social do Art. 24. Não haverá promoção do militar por ocasião da
Estado do Ceará - SUPSEC, com um acréscimo de contribuição passagem à inatividade.
previdenciária, além da que normalmente lhe é devido
Art. 25. O efetivo da Polícia Militar e do Corpo de
recolher na inatividade, equivalente ao montante resultado da
Bombeiros Militar do Ceará observará o quantitativo disposto
aplicação do índice legalmente previsto para esta contribuição
no anexo I desta Lei.
incidente sobre a diferença entre o valor de seus proventos
considerando o posto ou a graduação anterior à promoção Art. 26. A Lei n° 13.729, de 13 de janeiro de 2006, passa a
requerida e o valor dos proventos considerando aquele posto vigorar com as seguintes alterações:
ou a graduação com base na qual concedida a reserva. "Art.3° ...
§ 2° A promoção de que trata o capta, além das condições I- ...
já previstas nesta Lei, deverá observar o seguinte: b) os Cadetes e Alunos-Soldados de órgãos de formação de
I - para a promoção requerida ao posto de Coronel, deve o militares estaduais;
militar interessado ter constado na lista de Tenentes-Coronéis, Art.15 ....
habilitados para promoção por merecimento, realizada § 2° Após o Curso de Formação de Oficiais, ou Curso de
semestralmente; Formação Profissional, se considerado aprovado, o candidato
II - o número de promoções requeridas por semestre fica será nomeado 2° Tenente, por ato do Governador do Estado.
limitado a 1/3 (um terço) do efetivo previsto na lista de Art. 17. ...
Tenentes-Coronéis, habilitados para promoção por § 2° Após o Curso de Formação de Oficiais, ou Curso de
merecimento. Formação Profissional, se considerado aprovado, o candidato
§ 3° Decreto será editado prevendo o período, por será nomeado 2° Tenente, por ato do Governador do Estado.
semestre, em que deverá o Tenente-Coronel protocolizar Art. 19. Os Quadros de Oficiais de Administração - QOA, da
requerimento para promoção de que trata este artigo, bem Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar serão
dispondo sobre o período necessário para que a Comissão de constituídos de Segundos-Tenentes, Primeiros-Tenentes,
Promoção de Oficiais avalie os requerimentos. Capitães e Majores.
§ 4° As promoções requeridas serão efetivadas, após Art. 22. Fica autorizada a designação de oficial integrante
avaliação dos requerimentos, obedecendo à ordem de do QOA para as funções de Comando e Comando Adjunto de
classificação da lista de Tenentes-Coronéis habilitados para subunidades.
promoção por merecimento.
Art. 24 . ...
§ 5° Para promoção requerida ao posto de Major QOA, será
§ 2° O candidato aprovado e classificado no processo
necessário que o militar tenha constado na lista de Capitães
seletivo e que, em consequência, tenha sido matriculado e
QOA, habilitados para promoção por merecimento,
haja concluído o Curso de Habilitação de Oficiais com
observadas as demais regras prevista nesta Lei para a
aproveitamento, obterá o acesso ao posto de 2° Tenente do
promoção requerida ao posto de Coronel.
QOA.
§ 6° O acesso do Subtenente ao posto de 2° Tenente QOA,
Art. 26. ...
pela promoção requerida, requer do militar o seguinte:
Parágrafo único. O preenchimento das vagas ao posto de
I - ter, pelo menos, 1 (um) ano na graduação de
Segundo-Tenente obedecerá, rigorosamente, à ordem de
Subtenente;
classificação final obtida no Curso de Habilitação de Oficiais.
II - estar no comportamento "BOM."
Art. 28. ...
§ 7° O acesso do Subtenente ao posto de 2° Tenente QOA,
§ 1° O Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar
pela promoção requerida, independerá da realização do Curso
solicitará ao Governador do Estado, por intermédio da
de Habilitação de Oficiais.
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, e ouvida a
§ 8° Não fazem jus à promoção requerida o Coronel Secretaria de Planejamento e Gestão, a abertura de concurso
Comandante-Geral, os Coronéis e os Majores QOA. público para o preenchimento de posto de 2° Tenente de
§ 9° A promoção requerida independerá do curso a que se Oficiais do Quadro Complementar, com profissionais de nível
refere o art. 6°, inciso II desta Lei, à exceção da promoção para superior.
Coronel e Major QOA.
§ 10. Inexistindo requerimentos deferidos, em número Art. 31. ...

56
§ 2° Nos casos de promoção a Segundo-Tenente ou Esquema I
admissão de Cadetes ou Alunos-Soldados prevalecerá, para
CÍRCULOS ESCALA HIERÁRQUICA
efeito de antiguidade, a ordem de classificação obtida nos
respectivos cursos ou concursos. CORONEL
Art. 33. ... COMANDANTE-GERAL
§ 1° Os Almanaques, um para Oficiais e outro para SUPERIORES CORONEL
Subtenentes e Sargentos, conterão configurações curriculares, TENENTE-CORONEL
complementadas com fotos do tamanho 3 x 4, de frente e com MAJOR
OFICIAIS POSTOS
farda, de todos os militares em atividade, distribuídos por seus
Quadros e Qualificações, de acordo com seus postos, INTERMEDIÁ
CAPITÃO
graduações e antiguidades, observando-se a precedência RIOS
funcional, e serão editadas no formato digital. SUBALTERN PRIMEIRO TENENTE
Art. 34. Concluído o Curso de Formação de Oficiais, ou OS. SEGUNDO TENENTE
Curso de Formação Profissional, para o QOPM, QOBM,
QOSPM, QOCBM e QOCplPM, e o Curso de Habilitação de
Oficiais, para o QOAPM e QOABM, e obtida aprovação, serão Esquema II
os concludentes nomeados ou obterão acesso, por ordem de CÍRCULOS ESCALA HIERÁRQUICA
classificação no respectivo curso, ao posto de Segundo-
SUBTENENTE SUBTENENTE
Tenente, através de ato governamental.
SE PRIMEIRO
Art. 44. Os Subtenentes e Sargentos auxiliam e PRIMEIRO,
complementam as atividades dos oficiais na capacitação de SEGUNDO E
SEGUNDO E
pessoal e no emprego dos meios, na instrução, na TERCEIROS TERCEIRO
PRAÇAS GRADUÇÕES
administração e no comando de frações de tropa, mesmo SARGENTOS. SARGENTO
agindo isoladamente nas diversas atividades inerentes a cada
Corporação. CABOS E CABO
Parágrafo único. No exercício das atividades mencionadas SOLDADOS. SOLDADO
neste artigo e no comando de elementos subordinados, os
Subtenentes e os Sargentos deverão impor-se pela lealdade,
pelo exemplo e pela capacidade profissional e técnica, Art. 28. Os atuais Subtenentes da Polícia Militar e Corpo de
incumbindo-lhes assegurar a observância minuciosa e Bombeiro, que tenham concluído, com aproveitamento, o
ininterrupta das ordens, das regras do serviço e das normas Curso de Habilitação de Oficiais, realizado na Academia
operativas pelas praças que lhes estiverem diretamente Estadual de Segurança Pública, serão nomeados ao posto de 1°
subordinadas, e à manutenção da coesão e do moral das Tenente QOAPM e 1° Tenente QOABM, a contar da data da
mesmas praças em todas as circunstâncias. publicação desta Lei, cuja data da solenidade será estipulada
Art. 182. ... pelo respectivo Comandante-Geral.
I - atingir a idade limite de 60 (sessenta) anos; Art. 29. Os candidatos aprovados nos concursos para
os
Oficial PM e BM, regidos pelos Editais n. 01 SSPDS/AESP - 1°
...
Tenente BMCE e 01 SSPDS/AESP - 1° Tenente PMCE, de 18 de
VI - o Coronel Comandante-Geral que for substituído na novembro de 2013, serão nomeados ao posto de 1° Tenente
chefia da Corporação por Coronel promovido pelo Governador QOPM e 1° Tenente QOBM, após conclusão, com
do Estado; aproveitamento, do Curso de Formação Profissional.
VII - o Coronel que possuir 30 (trinta) anos de efetiva Parágrafo único. O interstício para promoção ao posto de
contribuição e 3 (três) anos no posto respectivo, excetuando- Capitão QOPM e Capitão QOBM, para os militares de que trata
se aquele que ocupar os cargos de provimento em comissão este artigo, será de 8 (oito) anos, e o tempo arregimentado, de
de Comandante-Geral Adjunto e Secretário Executivo das 7 (sete) anos.
Corporações Militares Estaduais e Chefe, Subchefe e Secretário
Art. 30. Excepcionalmente, para a promoção que ocorrerá
Executivo da Casa Militar;
em 2015, será garantida aos atuais oficiais a promoção
VIII - o Major QOA que possuir 30 (trinta) anos de efetiva segundo os critérios abaixo, independentemente dos limites
contribuição e 3 (três) anos no posto respectivo. estabelecidos no art. 9° desta Lei:
Art. 188 .... I - ao posto de Tenente-Coronel QOPM/QOBM, o Major
I - atingir a idade limite de 65 (sessenta e cinco) anos;" (NR) que tenha cumprido, no mínimo, 20 (vinte) anos na carreira;
Art. 27. Os Esquemas do art. 30 da Lei n° 13.729, de 13 de II - ao posto de Major QOPM/QOBM, o Capitão que tenha
janeiro de 2006, passam a vigorar com as seguintes alterações: cumprido, no mínimo, 15 (quinze) anos na carreira;
III - ao posto de Capitão QOPM/QOBM, o 1° Tenente que
tenha cumprido, no mínimo, 10 (dez) anos na carreira.

57
§ 1° Para a promoção disposta neste artigo, não será Art. 32. Os atuais Soldados que. após seu ingresso na
exigido tempo de serviço arregimentado e será observado o Corporação, tenham passado por um período de, no mínimo, 4
art. 7° desta Lei. (quatro) anos sem ingresso em turma para efeito de
§ 2° Considera-se no cômputo de tempo na carreira, para promoção, ao serem incluídos em Quadro de Acesso Geral,
os fins do disposto neste artigo, o período referente ao Curso não terão aplicada a obrigatoriedade prevista no art. 9° desta
de Formação de Oficiais e Aspirante a Oficial. Lei, para efeito exclusivo de sua promoção a Cabo.
§ 3° A promoção de que trata o caput requer a conclusão, Art. 33. Os atuais Oficiais dos Quadros de Saúde e Capelão,
pelo militar, dos cursos de que trata o art. 6°, § 2°, inciso I na Polícia Militar, e Quadro Complementar, no Corpo de
desta Lei, cumprindo ao Estado promovê-lo até a data das Bombeiros, concorrerão, quando for o caso, aos postos de
promoções a serem realizadas no ano de 2015. Major e Tenente-Coronel com os interstícios previstos no
§ 4° A aferição do tempo exigido do militar para a Título IV da Lei n° 13.729, de 13 de janeiro de 2006.
promoção de que trata o caput se dará por ocasião da data da Art. 34. Fica assegurado aos atuais Capitães e Majores, na
abertura das promoções que ocorrerão em 2015. data da publicação desta Lei, cumprir os interstícios previstos
Art. 31. Excepcionalmente, para a promoção que ocorrerá no Título IV da Lei n° 13.729, de 13 de janeiro de 2006, até a
em 2015, será garantida à praça a promoção segundo os promoção ao posto de Tenente-Coronel, desde que possuam
critérios abaixo: no mínimo 12 (doze) anos de carreira.
I - à graduação de Subtenente, o 1° Sargento que tenha Art. 35. O militar estadual que for promovido, ou que
cumprido, no mínimo, 22 (vinte e dois) anos na carreira; deixar de ingressar em inatividade ex officio, ou que retomar
ao serviço ativo, tudo por ordem judicial, não ocupará vaga no
II - à graduação de 1° Sargento, a praça que tenha
respectivo quadro, ficando como excedente até o trânsito em
cumprido, pelo menos, 18 (dezoito) anos na carreira;
julgado da decisão.
III - à graduação de 2° Sargento, a praça que tenha
Art. 36. Os oficiais e as praças das corporações militares
cumprido de 15 (quinze) anos até 18 (dezoito) anos
serão designados para as funções em consonância com os
incompletos na carreira;
princípios da conveniência e da oportunidade, visando ao
IV - à graduação de 3° Sargento, a praça que tenha interesse institucional, observado o disposto nos artigos 43, 44
cumprido de 12 (doze) anos até 15 (quinze) anos incompletos
e 45 da Lei n° 13.729, de 13 de janeiro de 2006.
na carreira;
Art. 37. Fica extinto o cargo de provimento em comissão
V - à graduação de Cabo, os militares que tenham
de Comandante-Geral da Polícia Militar e do Corpo de
cumprido de 7 (sete) anos até 12 (doze) anos incompletos na Bombeiros do Estado.
carreira.
Art. 38. O soldo do Coronel Comandante-Geral da PMCE e
§ 1° A promoção mencionada no caput ocorrerá
do CBMCE observará o disposto no anexo II, desta Lei.
exclusivamente pelo critério de antiguidade.
Art. 39. Além do soldo a que se refere o art. 38, o Coronel
§ 2° Para efeitos do disposto neste artigo, nenhum militar
Comandante-Geral fará jus à Gratificação pelo Exercício de
estadual será beneficiado com mais de uma promoção no ano Comando, no valor previsto também no anexo II, desta Lei,
de 2015.
incorporável à inatividade desde que sobre ela contribua o
§ 3° Considera-se no cômputo de tempo de carreira, para militar para o SUPSEC por, no mínimo, 2 (dois) anos.
os fins do disposto neste artigo, o período referente ao Curso
Parágrafo único. Na hipótese de não possuir o Coronel
de Formação de Soldados e ao Curso de Formação de Comandante-Geral o período mínimo para incorporação a que
Sargentos.
se refere o caput, levará para os proventos percentual da
§ 4° Para a promoção deste artigo, não será exigido tempo Gratificação pelo Exercício de Comando proporcional ao
de serviço arregimentado e será observado o disposto no art. tempo que permaneceu na chefia da Corporação.
7° desta Lei. Art. 40. Os ocupantes do cargo de provimento em
§ 5° A promoção de que trata o caput requer a conclusão comissão de Comandante-Geral, na data da publicação desta
pelo militar dos cursos de que trata o art. 6°, § 2°, inciso II Lei, poderão incorporar a gratificação a que se refere o art. 39,
desta Lei, cabendo ao Estado promovê-lo até a data das desde que contem, no mínimo, com 12 (doze) meses de
promoções a serem realizadas no ano de 2015. contribuição sobre ela para o SUPSEC.
§ 6° A aferição do tempo exigido do militar para a § 1° Para completar o tempo de incorporação a que se
promoção de que trata o caput se dará por ocasião da data da refere o caput, poderá o militar aproveitar o período de
abertura das promoções que ocorrerão em 2015. exercício do cargo em comissão de Comandante-Geral, desde
§7º Os atuais cabos que, antes da publicação desta que recolha para a previdência estadual, retroativamente e
Lei, tenham sido promovidos por bravura a essa considerando o intervalo que deseja aproveitar, contribuição
graduação serão promovidos, excepcionalmente, à previdenciária incidente sobre o valor atribuído por lei, no
graduação 1º Sargento.” (NR) momento da reserva ex officio, à Gratificação pelo Exercício de
Comando.

58
§ 2º No caso de o militar de que trata este artigo, mesmo
se utilizando da regra do § 1°, não possuir o tempo necessário
à incorporação prevista no capta, poderá incorporar a
Gratificação pelo Exercício de Comando na integralidade,
recolhendo, após a inatividade, para o SUPSEC, e no intuito de
completar o requisito temporal, valor a maior a título de
contribuição previdenciária, tendo por base de cálculo o
quanto atribuído em lei à referida gratificação, no momento
da reserva.
Art. 41. As promoções de que trata esta Lei, previstas para
o ano de 2015, serão efetivadas até a data de 24 de dezembro.
Art. 42. Ficam revogadas as disposições em contrário, em
especial o Título IV, §§ 4° e 5°, do art. 24, §2° do art. 25, §3° do
art. 30, art. 46, inciso II do art. 49, §1° do art. 50, alíneas "b",
"c" e "d" do inciso II, do art. 182, e anexos I, II e III da Lei n°
os
13.729, de 13 de janeiro de 2006, e as Leis n 13.767, de 28 de
abril de 2006, 13.765, de 20 de abril de 2006, 13.781, de 21 de
junho de 2006, e 14.931, de 2 de junho de 2011.
Art. 43. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PAÇO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO


CEARÁ, em Fortaleza, 7 de maio de 2015.

Anotações

59
ANEXO I, A QUE SE REFERE O ART. 25 II - Corpo de Bombeiros Militar:
Quantificação do efetivo de militares da Polícia Militar e do a) QUADRO DE OFICIAIS BOMBEIROS MILITARES - QOBM.
Corpo de Bombeiros Militar do Ceará
I - Polícia Militar: CORONEL e CORONEL COMANDANTE-GERAL 09
a) QUADRO DE OFICIAIS POLICIAIS MILITARES - QOPM.
OFICIAL 300
CORONEL e CORONEL COMANDANTE-GERAL 24
SOMA 309
OFICIAL 829
b) QUADRO DE OFICIAIS COMPLEMENTARES - QOC.
SOMA 853
CORONEL QOC 01

b) QUADRO DE OFICIAIS DA SAÚDE - QOSPM. OFICIAL QOC 38


SOMA 39
CORONEL MÉDICO 01

CORONEL DENTISTA 01 c) QUADRO DE OFICIAIS DA ADMINISTRAÇÃO - QOA.


MAJOR QOA 08
CORONEL FARMACÊUTICO 01
OFICIAL QOA 195

OFICIAL 47 SOMA 203

SOMA 50

c) QUADRO DE OFICIAIS CAPELÃES - QOCPL. d) QUADRO DE PRAÇAS BOMBEIRO MILITAR - QPBM.

OFICIAL 09 PRAÇA QPBM 2.525

SOMA 09 SOLDADO QPBM 744

SOMA 3.269
d) QUADRO DE OFICIAIS DA ADMINISTRAÇÃO - QOA.

MAJOR 20 EFETIVOS
OFICIAL 503
OFICIAIS BM 551
SOMA 523
PRAÇAS BM 3.269

e) QUADRO DE PRAÇAS POLICIAL MILITAR. TOTAL GERAL 3.820


PRAÇA QPPM 8.292
ANEXO II, A QUE SE REFEREM OS ARTS. 38 E 39 DA
SOLDADO QPPM 11.750 Remuneração do Coronel Comandante-Geral
SOMA 20.042 Soldo R$ 10.873,72

EFETIVOS Gratificação pelo Exercício de Comando R$ 16.759,58

OFICIAIS PM 1.435
PRAÇAS PM 20.042
TOTAL GERAL 21.477

60
LEGISLAÇÃO MILITAR 10) Comete transgressão de natureza grave, o militar que
EXERCÍCIOS I ofender, provocar ou desafiar superior, igual ou
Cada um dos itens de 01 a 03 apresenta uma situação hipotética, subordinado hierárquico ou qualquer pessoa, estando ou
seguida de uma assertiva a ser julgada. Com base no Código não de serviço.
Disciplinar da Polícia Militar do Estado do Ceará (CD-PMCE).
11) Reter o preso por mais tempo que o necessário para a
01) Em janeiro do corrente ano, os três militares da PMCE a solução do procedimento policial, administrativo ou penal
seguir elencados envolveram-se em ato considerado configura transgressão de natureza grave.
transgressão disciplinar grave contra a corporação:
sargento Pedro, que, desde 2010, exerce a função de 12) Retirar-se da presença do superior hierárquico sem
deputado estadual do estado do Ceará; sargento Luiz, que obediência às normas regulamentares é transgressão de
se encontra na reserva e não exerce qualquer outra natureza leve.
atividade; e cabo Sílvio, que é militar na ativa. Nessa
situação, o CD-PMCE aplicar-se-á apenas ao cabo Sílvio. 13) Configura transgressão de natureza leve, acionar sirene de
viatura policial.
02) André, Bruna e Carlos são praças da PMCE cujas idades são
X, X + 1 e X – 1, respectivamente, e receberam as seguintes 14) SD PM Alex foi chamado para atender a uma ocorrência onde
promoções: um capitão dos bombeiros mostrava-se agressivo e violento,
pondo em risco a própria vida e a de terceiros. Por ser praça,
GRADUAÇÃO Alex não poderá determinar o recolhimento transitório,
NOME CABO 3º SGT 2º SGT
devendo, no entanto, conduzi-lo ao militar competente.
ANDRÉ Dez / 2008 Abr / 2013 Abr / 2017
BRUNA Abr / 2008 Out / 2013 Abr / 2017 15) Quaisquer que sejam os motivos do recolhimento
CARLOS Abr / 2008 Out / 2013 Abr / 2017 transitório, serão sempre fundamentadas e imediatamente
comunicadas ao Juiz Auditor, Ministério Público e
Nessa situação, a ordem decrescente de antiguidade entre eles
na graduação de 2º Sgt é a seguinte: André, Bruna e Carlos. Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
Pública e Sistema Penitenciário.
03) O militar do Estado, que considere a si próprio, a
subordinado seu ou a serviço sob sua responsabilidade  À luz da Lei que dispõe sobre as promoções dos Militares do
prejudicado, ofendido ou injustiçado por ato de superior Estado do Ceará (Lei n.º 15.797/2015), julgue os itens a seguir
hierárquico, poderá interpor os seguintes recursos
disciplinares: pedido de reconsideração de ato, recurso
16) O oficial ou a praça não poderá constar no Quadro de Acesso
hierárquico e pedido de conversão da pena em prestação
de serviço extraordinário Geral, ou deste será excluído, quando for preso provisoriamente,
mesmo que a prisão seja revogada ou relaxada.
 Julgue com base no Estatuto dos Militares Estaduais do
Ceará. 17) Elaborado o Quadro de Acesso Geral, serão promovidos 60%
(sessenta por cento) dos militares incluídos na relação de
04) Trata-se de um requisito essencial para ingressar na polícia habilitados para graduação ou posto, dos quais metade
militar, ser portador de carteira nacional de habilitação ascenderá por antiguidade e a outra metade por
classificada, no mínimo, na categoria “AB”, na data da
matrícula no Curso de Formação Profissional merecimento. Deixou de existir a necessidade da existência
de vagas no posto ou na graduação para o militar ser
05) As vagas para o ingresso no CHO serão distribuídas na promovido.
proporção de 60% (cinquenta por cento) por antiguidade e
40% (cinquenta por cento) por seleção interna composta 18) A promoção a Coronel Comandante-Geral das Corporações
por provas de conhecimento intelectual. militares se dará exclusivamente por escolha do
Governador do Estado, a incidir entre os coronéis com
06) A hierarquia e a disciplina são a base institucional das mais de 25 (vinte e cinco) anos de tempo de contribuição
Corporações Militares do Estado, nas quais a autoridade e
a responsabilidade são inversamente proporcionais ao militar, com relevantes serviços prestados à atividade.
grau hierárquico do militar estadual.
19) O militar promovido a Coronel Comandante-Geral
07) A subserviência não afeta, de nenhum modo, a dignidade permanecerá na chefia a depender do Governador do
do militar estadual e decorre, exclusivamente, da estrutura Estado, que poderá escolher outro Coronel para ser
hierarquizada e disciplinada da Corporação Militar. promovido a Coronel Comandante-Geral.
08) Em igualdade de posto ou graduação, os militares 20) Além do soldo a que se refere o art. 38, o Coronel
estaduais da ativa têm precedência sobre os da Comandante-Geral fará jus à Gratificação pelo Exercício de
inatividade.
 Tendo como referência a Lei no 13.407/2003, do estado Comando, no valor de R$ 16.759,58, incorporável à
do Ceará, julgue os itens subsequentes, relativos à inatividade desde que sobre ela contribua o militar para o
transgressão disciplinar militar. SUPSEC por, no mínimo, 2 (dois) anos.

09) Usar de força desnecessária no atendimento de ocorrência ou


no ato de efetuar prisão é transgressão de natureza grave.

61
LEGISLAÇÃO MILITAR 09. O militar sob recolhimento transitório somente poderá
permanecer nessa situação pelo tempo necessário ao
EXERCÍCIOS II
restabelecimento da normalidade da situação considerada,
não podendo o recolhimento ultrapassar cinco dias, salvo
● Conforme a Lei Estadual n.º 13.407/2003, julgue os determinação em contrário da autoridade judiciária
próximos itens. competente. Com base nas previsões do Código Disciplinar
da Polícia Militar do Estado do Ceará, julgue os itens
subsequentes, a respeito da competência, do julgamento,
01. A condenação, na justiça comum ou militar, à pena
da aplicação e do cumprimento das sanções disciplinares.
privativa de liberdade por tempo superior a dois anos, por
sentença passada em julgado, implica a aplicação à praça
ou ao oficial das penas de demissão ou expulsão. 10. Não haverá aplicação de sanção disciplinar quando a
suposta transgressão tiver sido praticada em obediência a
ordem superior, desde que a ordem recebida não seja
02. A advertência aplica-se, verbalmente, exclusivamente nos manifestamente ilegal.
casos de faltas de natureza leve, constituindo ato nulo a
sua aplicação a casos de faltas médias ou graves.
11. Na ocorrência de mais de uma transgressão, havendo ou
não conexão entre elas, serão impostas as sanções
03. Nos dias em que permanecer sob a sanção denominada correspondentes a cada uma delas isoladamente.
custódia disciplinar, o militar terá assegurados todos os
direitos e vantagens decorrentes do exercício do posto ou
12. Nenhum militar pode ser interrogado ou sofrer sanção se
graduação, inclusive o direito de computar o tempo da
estiver em estado de embriaguez ou sob a ação de
pena para todos os efeitos.
substância entorpecente ou que determine dependência
física ou psíquica, sendo vedado, nesse caso, o
04. As faltas médias são puníveis com advertência e recolhimento transitório preventivo.
repreensão e, na reincidência, com permanência
disciplinar de até 5 (cinco) dias.
13. Compete aos oficiais do posto de capitão a aplicação, aos
seus subordinados, das sanções disciplinares de
advertência, repreensão e permanência disciplinar de até
● Julgue os itens seguintes, acerca do recolhimento
dez dias.
transitório e sobre a violação dos valores, dos deveres e
da disciplina militar, tendo como referência a Lei Estadual
n.º 13.407/2003.
● No que se refere às prerrogativas estabelecidas no
Estatuto dos Militares Estaduais do Ceará, julgue os itens
05. O superior hierárquico responde solidariamente, na esfera subsequentes.
administrativo-disciplinar, incorrendo nas mesmas sanções
da transgressão praticada por seu subordinado, quando 14. O militar estadual da ativa que perder a nacionalidade
presenciar o cometimento da transgressão e deixar de brasileira será submetido a processo judicial ou regular
atuar para fazê-la cessar imediatamente. para fins de expulsão ex officio, por incompatibilidade com
o disposto no inciso I do art. 10 desta Lei.
06. A violação da disciplina militar será tão mais grave quanto
mais baixo for o grau hierárquico de quem a cometer. 15. Nos casos de transgressão disciplinar ou de crime
propriamente militar, o militar só poderá ser preso por
07. O recolhimento transitório caracteriza sanção disciplinar, ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária
sendo medida preventiva e acautelatória da ordem social e competente.
da disciplina militar, consistente no desarmamento e
recolhimento do militar à prisão, com nota de punição 16. Nos termos do estatuto, somente em casos de flagrante
publicada em boletim. Essa sanção poderá ser adotada delito o militar estadual poderá ser preso por autoridade
quando houver fortes indícios de autoria de crime policial civil, ficando retido na delegacia durante o tempo
propriamente militar ou transgressão militar. necessário à lavratura do flagrante, comunicando-se
imediatamente ao juiz competente e ao comando da
08. A condução do militar à autoridade competente para respectiva corporação militar.
determinar o seu recolhimento transitório somente poderá
ser efetuada por superior hierárquico ou por oficial com 17. O estatuto veda, expressamente, ao militar estadual usar
precedência funcional ou hierárquica sobre o conduzido. uniformes em manifestação de caráter político-partidário.

62
18. Mauro, Subtenente PM, pretende ingressar no Quadro de 29. O Governado do Estado do Ceará é o chefe supremo das
Oficiais de Administração da respectiva Corporação, desta Corporações Militares do Estado. Possui competência para
forma se lograr êxito poderá exercer a função de aplicar apenas as sanções, previstas nessa lei, a todos os
Comandante de Unidade militar estadual. militares sujeitos ao código disciplinar.

19. O estatuto assegura ao militar estadual o cumprimento de 30. A expulsão será aplicada, em regra, quando a praça militar,
pena de prisão ou detenção, mesmo após o trânsito em dependendo da graduação ou função que ocupe, for
julgado da sentença penal condenatória, em organização condenado judicialmente por crime que também constitua
militar da corporação a que pertença o preso e na qual o infração disciplinar grave e que denote incapacidade moral
comandante, chefe ou diretor preceda-o para a continuidade do exercício de suas funções, após a
hierarquicamente. instauração do devido processo legal, garantindo a ampla
defesa e o contraditório.

● À luz do Código Disciplinar da Polícia Militar do Estado do 31. Para ingressar na Polícia Militar do Ceará é exigido a
Ceará e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do honorabilidade compatível com a situação de futuro militar
Ceará (Lei n.º 13.407/2003), julgue os itens a seguir. estadual, tendo, para tanto, boa reputação social e não
estando respondendo a processo criminal, nem indiciado
20. Comparecer ou tomar parte de movimento reivindicatório, em inquérito policial.
no qual os participantes portem qualquer tipo de
armamento configura transgressão de natureza grave. 32. O Quadro de Oficiais de Administração destina-se a prestar
apoio as atividades da Corporação, mediante o
21. Comete transgressão de natureza grave o militar que não desempenho de funções tanto administrativas, como
cumpre ou retarda, sem justo motivo a execução de também operacionais.
qualquer ordem legal recebida.

22. A custódia disciplinar só poderá ser aplicada no ● À luz da Lei de Promoções da Polícia Militar do Estado do
cometimento de transgressão disciplinar de natureza Ceará e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
grave. Ceará (Lei n.º 15.797/2015), julgue os itens a seguir.

23. Nos dias em que o militar do Estado estiver em custódia 33. Interstício na graduação, curso obrigatório, serviço
disciplinar, perderá todas as vantagens e direitos arregimentado e mérito são requisitos que
decorrentes do exercício do posto ou graduação, inclusive cumulativamente preenchidos dão à praça o direito à sua
o direito de computar o tempo da pena para qualquer inclusão no Quadro de Acesso Geral para fins de promoção
efeito. apenas por antiguidade e merecimento.

24. Um major da Polícia Militar é competente para aplicar 34. O Quadro de Oficiais Administrativo é formado por 2º
sanção de permanência disciplinar, de até 15 dias, a tenente, 1º tenente, capitães e majores, cujos interstícios
soldado do Corpo de Bombeiros . são, respectivamente, 5anos, 5 anos e 6 anos.

25. João, SD PM, retirou-se da presença de superior 35. Dentre as novidades desta lei, podemos citar a extinção da
hierárquico sem obedecer às normas regulamentares. necessidade de vagas no posto ou na graduação.
Sendo assim, João cometeu transgressão de natureza leve.
Anotações
26. Comete transgressão de natureza média o militar que
mantiver relações de amizade com pessoas de notórios e
desabonados antecedentes criminais ou policiais. Não será
transgressão se por motivo relevante.

27. A permanência disciplinar é a única sanção disciplinar


passível de conversão em prestação de serviço
extraordinário. O prazo para encaminhamento do pedido
de conversão será de 5 (cinco) dias úteis.

28. A comunicação, dirigida à autoridade competente, destina-


se a relatar uma transgressão disciplinar cometida por
subordinado hierárquico, quando houver indícios ou
provas de autoria.

63
LEGISLAÇÃO MILITAR ● Marcio, SD PM do Ceará, cometeu transgressão
disciplinar de natureza média e, em julgamento,
EXERCÍCIOS III foi considerado culpado. Com base nessa
● Tendo como referência a Lei Nº 13.407/2003, do afirmação e nas previsões da Lei Estadual nº
estado do Ceará, julgue os itens subsequentes, 13.407/03, julgue os itens subsequentes.
relativos à transgressão disciplinar militar, aos
valores e deveres éticos. 11. (Prof. Airton Queiroz) Marcio poderá ser sancionado
com permanência disciplinar, independentemente de
01. (Prof. Airton Queiroz) O militar que procurar ser reincidente ou não.
desacreditar seu superior hierárquico cometerá
transgressão de natureza grave. 12. (Prof. Airton Queiroz) Se sancionado com
permanência disciplinar, poderá solicitar, à
02. (Prof. Airton Queiroz) Constitui um dever ético atuar autoridade imediatamente superior àquela que
com desídia em qualquer serviço, instrução ou missão. aplicou o ato, a conversão em prestação de serviço
extraordinário.
03. (Prof. Airton Queiroz) Como valores fundamentais,
determinantes da moral militar estadual, podemos 13. (Prof. Airton Queiroz) Considerar-se-á 1 (um) dia de
citar a hierarquia, a honra, a constância, a legalidade, prestação de serviço extraordinário equivalente ao
a verdade real e o patriotismo. cumprimento de 2 (dois) dias de permanência, salvo
nos casos em que o transgressor possua falta grave
04. (Prof. Airton Queiroz) Todas as transgressões que ou média, quando 1 (um) dia de prestação de serviço
ensejem sanções poderão ter suas punibilidades extraordinário equivalerá ao cumprimento de 1 (um)
prescritas. A transgressão sujeita à custódia dia de permanência.
disciplinar se verifica em 4 (quatro) anos.

05. (Prof. Airton Queiroz) O militar absolvido, por ● Julgue os itens seguintes, acerca do
inexistência de prova suficiente, poderá responder a recolhimento transitório e sobre a violação dos
novo processo regular caso surjam novos fatos ou valores, dos deveres e da disciplina militar, tendo
evidências após a conclusão dos trabalhos na como referência a Lei Estadual n.º 13.407/2003.
instância administrativa.
14. (Prof. Airton Queiroz) O recolhimento transitório
06. (Prof. Airton Queiroz) Compete aos Comandantes somente poderá ser determinado por superior
fiscalizar os subordinados que apresentarem sinais hierárquico ou por oficial com precedência funcional
exteriores de riqueza incompatíveis com a remuneração ou hierárquica sobre o recolhido.
do respectivo cargo. A sua inobservância constitui
transgressão de natureza grave. 15. (Prof. Airton Queiroz) Sempre que houver fortes
indícios de crime propriamente militar ou
● Em relação às sanções administrativas transgressão militar, deverá ser determinado o
disciplinares a que se sujeitam os militares do recolhimento transitório do militar.
estado do Ceará, julgue os itens a seguir.
● Com base nas previsões do Código Disciplinar da
07. (Prof. Airton Queiroz) Dentre as sanções disciplinares, Polícia Militar do Estado do Ceará, julgue os itens
a única aplicada inclusivamente ao inativo é a de subsequentes a respeito dos processos
proibição do uso do uniforme e do porte de arma. regulares.

08. (Prof. Airton Queiroz) Dentre as características da 16. (Prof. Airton Queiroz) A comunicação disciplinar
advertência, podemos citar a sua informalidade na dirigida à autoridade competente destina-se a relatar
aplicação, já que é feita verbalmente, podendo ser uma transgressão disciplinar cometida por
feita particular ou ostensivamente; também não é subordinado hierárquico, quando houver indícios ou
consta de publicação, figurando entretanto, no provas de autoria. O prazo de 3 (três) para que o
registro de punições das praças ou na nota de indiciado se manifeste preliminarmente deve-se ao
corretivo dos oficiais. direito à ampla defesa e ao contraditório, garantidos
nesse processo.
09. (Prof. Airton Queiroz) A demissão será aplicada ao
militar do Estado que for condenado à pena de 17. (Prof. Airton Queiroz) A representação contra
suspensão da função pública, por sentença passada qualquer ato será feita somente após solucionados
em julgado. os recursos disciplinares previstos neste Código e
desde que a matéria recorrida verse sobre a
10. (Prof. Airton Queiroz) A expulsão será aplicada, legalidade do ato praticado.
mediante processo regular, à praça que atentar contra a
segurança das instituições nacionais ou praticar atos 18. (Prof. Airton Queiroz) A praça transgressora que
desonrosos ou ofensivos ao decoro parlamentar. Tal tiver 10 (dez) ou mais anos de tempo de serviço
sanção não é passível de cancelamento. militar responderá a Conselho de Disciplina.

64
19. (Prof. Airton Queiroz) O Conselho de Justificação 29. (Prof. Airton Queiroz) Caso o militar candidato a
destina-se a apurar as transgressões disciplinares cargo eletivo conte com 10 (dez) anos ou mais,
cometidas por oficial e a incapacidade deste para deixará de ocupar vaga na escala hierárquica do seu
permanecer no serviço ativo militar. A contar da sua Quadro, nela permanecendo sem número.
nomeação até a remessa do relatório conclusivo, o Continuará percebendo sua remuneração e, se
Conselho conta com um prazo de 75 (setenta e eleito, passará automaticamente, no ato da
cinco) dias. diplomação, para a reserva remunerada, com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
20. (Prof. Airton Queiroz) Podem integrar os Conselhos
de Disciplina, além dos oficiais subalternos, os 30. (Prof. Airton Queiroz) CB PM Marcio ficou na
sargentos e subtenentes, estes últimos somente
situação de suplente ao se candidatar a vereador de
como escrivães no processo.
Fortaleza. Nesta condição, retornará ao serviço ativo
● Julgue os itens seguintes, com base no Estatuto até que seja empossado.
dos Militares Estaduais do Ceará.
● Julgue os itens seguintes, com base na Lei
21. (Prof. Airton Queiroz) Estatuto dos Militares Complementar nº 98/2011.
Estaduais do Ceará regula a situação, direitos, 31. (Prof. Airton Queiroz) O Cargo de Controlador Geral
prerrogativas, deveres e obrigações dos militares de Disciplina é de provimento em comissão,
estaduais da ativa, da reserva remunerada e, no que equiparado a Secretário de Estado, de livre
couber, aos militares reformados. nomeação e exoneração pelo Governador do Estado.
A escolha deverá ser feita dentre profissionais
22. (Prof. Airton Queiroz) A carreira militar estadual bacharéis em Direito, de conduta ilibada, com vínculo
consiste no exercício de atividades inerentes à
funcional com os órgãos que compõem a Secretaria
Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros Militar,
da Segurança Pública e Defesa Social e a Secretaria
compreendendo todos os encargos previstos na
legislação especifica e relacionados com as missões de Justiça e Cidadania.
fundamentais da Corporação.
32. (Prof. Airton Queiroz) Compete ao Grupo Tático de
23. (Prof. Airton Queiroz) Dentre os requisitos para a Atividade Correicional – GTAC realizar atividades de
seleção e ingresso no Curso de Habilitação de fiscalização operacional, bem como outras
Oficiais, podem-se citar: ser subtenente do serviço investigações, podendo, se necessário, instaurar
ativo com no mínimo 15 (quinze) anos de efetivo Conselho de Disciplina e Conselho de Justificação.
serviço na Corporação Militar, computados até a data
de encerramento das inscrições do concurso; estar, ● À luz da Lei que dispõe sobre as promoções dos
no mínimo, no comportamento ótimo; não estar Militares do Estado do Ceará (Lei n.º 15.797/2015),
cumprindo sentença, inclusive o tempo de sursis. julgue os itens a seguir.
33. (Prof. Airton Queiroz) Dentre as cinco modalidades
24. (Prof. Airton Queiroz) A subordinação não afeta, de
de promoções, estão a antiguidade e a bravura.
nenhum modo, a dignidade do militar estadual e
decorre, exclusivamente, da estrutura hierarquizada
e disciplinada da Corporação Militar. 34. (Prof. Airton Queiroz) Para fins de promoção por
antiguidade e merecimento, deve o militar figurar no
25. (Prof. Airton Queiroz) Na sucessividade das Quadro de Acesso Geral, cujo ingresso requer o
condições para se verificar a precedência por preenchimento dos seguintes requisitos,
antiguidade entre os militares, a idade maior é o cumulativamente: interstício no posto ou na
quinto e último critério. graduação de referência, curso obrigatório
estabelecido em lei, serviço arregimentado, mérito.
26. (Prof. Airton Queiroz) O desaparecimento do militar,
além de ser considerado desligamento do serviço 35. (Prof. Airton Queiroz) A promoção requerida
ativo, também gera vacância do cargo militar estadual. alcançará o militar estadual que completar 30 (trinta)
anos de contribuição, sendo, no mínimo, 25 (vinte e
27. (Prof. Airton Queiroz) Ao militar estadual é cinco) anos como de contribuição como militar ao
garantido o direito de livre acesso, ainda que não SUPSEC, e consistirá na sua elevação,
esteja em serviço, aos locais sujeitos à fiscalização automaticamente ao solicitar a sua reserva
policial militar ou bombeiro militar. remunerada, ao grau imediatamente superior,
observadas as condições estabelecidas nesta Lei.
● À luz do Estatuto dos Militares Estaduais do
Ceará, julgue os próximos itens, relativos à
alistabilidade e elegibilidade do militar estadual.

28. (Prof. Airton Queiroz) Sempre haverá prejuízo


automático, imediato e definitivo do provimento do
cargo, de promoção e da percepção da remuneração
quando o militar se candidatar contando com menos
de 10 (dez) anos de serviço.

65
LEGISLAÇÃO MILITAR 10. (Prof. Airton Queiroz) Em regra, o pedido de
EXERCÍCIOS IV conversão da pena, aplicada por permanência disciplinar,
elide o direito do recurso hierárquico de pedido de
Com base no Código Disciplinar da Polícia Militar do reconsideração de ato, salvo se o transgressor só tenha
Estado do Ceará (CD-PMCE), julgue os itens. cometido transgressões de natureza leve ou média.
01. (Prof. Airton Queiroz) Recurso hierárquico é
endereçado diretamente à autoridade imediatamente Acerca dos dispositivos previstos no Código
superior àquela que não reconsiderou o ato tido por Disciplinar da Polícia Militar e do Corpo de
irregular. Bombeiros Militar do Estado do Ceará, julgue os
itens que se seguem.
02. (CFO-PMCE-2013-ADAPTADA) André, Bruna e
Carlos são praças da PMCE cujas idades são X, X + 1 e 11. (Prof. Airton Queiroz) A condução do militar à
X – 1, respectivamente, e receberam as seguintes autoridade competente para determinar o seu
promoções: recolhimento transitório somente poderá ser efetuada por
superior hierárquico ou por oficial com precedência
GRADUAÇÃO funcional ou hierárquica sobre o conduzido.
NOME CABO 3º SGT 2º SGT
ANDRÉ Out / 2007 Abr / 2014 Abr / 2016 12. (Prof. Airton Queiroz) É considerado ausente o
BRUNA Abr / 2007 Out / 2014 Abr / 2016 militar estadual que por mais de 24 (vinte e quatro) horas
CARLOS Abr / 2007 Out / 2014 Abr / 2016 consecutivas deixar de comparecer a sua Organização
Militar Estadual, sem comunicar qualquer motivo de
Nessa situação, a ordem decrescente de antiguidade impedimento.
entre eles na graduação de 2º Sgt é a seguinte: Carlos,
Bruna e André. Julgue os itens a seguir, de acordo com o disposto
no Estatuto dos Militares Estaduais do Ceará.
03. (Prof. Airton Queiroz) Quando a ordem for ilegal, o
subordinado, ao recebê-la, poderá solicitar que os 13. (CESPE) Conforme previsto em lei, um Cabo da
esclarecimentos necessários sejam oferecidos de Polícia Militar do Ceará que tenha sido promovido a essa
maneira formal para, só após, cumpri-la. graduação em dezembro de 2014 terá precedência
hierárquica sobre um Cabo Bombeiro Militar do Ceará
04. (Prof. Airton Queiroz) Como valores fundamentais, que tenha sido promovido a essa graduação em
determinantes da moral militar estadual, podemos citar a dezembro de 2010.
hierarquia, a honra, a constância, a legalidade, a verdade
real e o patriotismo. 14. (Prof. Airton Queiroz) Se um cabo da PMCE tornar-
se desertor, ele será agregado ao seu quadro até que a
Em relação às sanções administrativas disciplinares decisão judicial correspondente transite em julgado, e
a que se sujeitam os militares do estado do Ceará, terá direito à remuneração referente ao tempo não
julgue os itens a seguir. trabalhado.

05. (Prof. Airton Queiroz) A custódia disciplinar 15. (Prof. Airton Queiroz) Transgressões disciplinares
consiste na retenção do militar do Estado no âmbito de cometidas por soldados da PMCE são apuradas pelo
sua OPM ou OBM. O militar do Estado sob custódia Conselho de Justificação.
disciplinar comparecerá a todos os atos de instrução e
serviço, internos e externos. 16. (Prof. Airton Queiroz) Fica assegurado ao Militar
Estadual da ativa e da inativa, mediante a apresentação
06. (Prof. Airton Queiroz) Thiago, CB PM, foi de sua identidade militar, acesso gratuito aos transportes
sancionado com 5 (cinco) dias de PD por ter cometido rodoviários coletivos intermunicipais, ficando
transgressão de natureza leve. O fato de possuir outras estabelecida a cota máxima de 2 (dois) militares por
sanções em seus assentamentos não tira o direito de veículo.
Thiago solicitar a conversão dessa sanção em prestação
de serviço extraordinário. À luz da Lei que dispõe sobre as promoções dos
Militares do Estado do Ceará (Lei n.º 15.797/2015),
07. (Prof. Airton Queiroz) Advertência, repreensão e julgue os itens a seguir.
demissão são algumas das sanções disciplinares
aplicáveis aos militares do Estado, independentemente 17. (Prof. Airton Queiroz) As vagas a serem
do posto, graduação ou função que ocupem. preenchidas para a promoção aos postos de Coronel
QOPM e QOBM e de Major QOAPM e Major QOABM
08. (Prof. Airton Queiroz) Todas as transgressões que poderão ser provenientes de agregação.
ensejem sanções poderão ter suas punibilidades
prescritas. A transgressão sujeita à custódia disciplinar 19. (Prof. Airton Queiroz) Promoção por antiguidade,
se verifica em 4 (quatro) anos. por merecimento e a requerida são algumas das
modalidades previstas nesta lei.
09. (Prof. Airton Queiroz) A pedido do transgressor, o
cumprimento da sanção de permanência disciplinar 20. (Prof. Airton Queiroz) Para a promoção requerida,
poderá, a juízo devidamente motivado, da autoridade que além do tempo de contribuição e a idade, o Subtenente
aplicou a punição, ser convertido em prestação de deverá ter, no mínimo, 1 (um) ano nessa graduação,
serviço extraordinário, desde que não implique prejuízo estar no comportamento “BOM” e ter solicitado a reserva
para a manutenção da hierarquia e da disciplina. Em remunerada.
regra, 1 (um) dia de PSE equivalerá a 1(um) dia de PD.

66
LEGISLAÇÃO MILITAR 09. (Prof. Airton Queiroz) Se sancionado com
permanência disciplinar, poderá solicitar, à autoridade
EXERCÍCIOS V imediatamente superior àquela que aplicou o ato, a
conversão em prestação de serviço extraordinário.
Acerca da deontologia, dos valores e dos deveres
éticos do policial-militar, conforme a Lei Estadual n.º 10. (Prof. Airton Queiroz) Considerar-se-á 1 (um) dia de
13.407/2003, julgue os próximos itens. prestação de serviço extraordinário equivalente ao
cumprimento de 2 (dois) dias de permanência, salvo nos
01. (Prof. Airton Queiroz) Constância, hierarquia e casos em que o transgressor possua falta grave ou
civilidade são alguns dos valores fundamentais, média, quando 1 (um) dia de prestação de serviço
determinantes da moral militar estadual. extraordinário equivalerá ao cumprimento de 1 (um) dia
de permanência.
02. (Prof. Airton Queiroz) É dever do miliar estadual
dedicar-se em tempo integral ao serviço militar estadual, Julgue o item seguinte, acerca do recolhimento
mostrando-se sempre disponível para as missões que transitório, tendo como referência a Lei Estadual n.º
desempenhe, exercendo suas funções com integridade e 13.407/2003.
equilíbrio, sujeitando sempre o cumprimento do dever a
influências indevidas. 11. (Prof. Airton Queiroz) O recolhimento transitório não
constitui sanção disciplinar, sendo uma medida
03. (Prof. Airton Queiroz) O militar estadual que solicitar preventiva e acautelatória. Em regra, o prazo máximo de
publicidade visando a própria promoção pessoal, ou recolhimento é de 5 (cinco) dias. O militar recolhido
pleitear para si cargo ou função que esteja sendo poderá apresentar recurso, o qual deverá ser apreciado
exercido por outro militar do Estado estará indo de em até 2 (dois) dias úteis. Expirado esse prazo, sem a
encontro aos deveres éticos previstos no art. 8º do CD. decisão do recurso, o militar será liberado
imediatamente.
04. (Prof. Airton Queiroz) Há vedação expressa, ao
militar do Estado da ativa, do exercício da atividade de 12. (Prof. Airton Queiroz) Ao militar recolhido
segurança particular, comércio ou tomar parte da transitoriamente são dados os direitos da identificação do
administração ou gerência de sociedade empresária ou responsável por sua condução e ocupação da prisão
dela ser sócio ou participar, inclusive como acionista, conforme o seu círculo hierárquico.
cotista ou comanditário.
Julgue os itens seguintes, com base no Estatuto dos
Jefferson, ST PM, presenciou sua subordinada, CB Militares Estaduais do Ceará.
PM Jéssica, agredindo preso que estava sob a sua
guarda, e nada fez para que cessasse imediatamente. 13. (Prof. Airton Queiroz) O militar que completar 35
Sendo assim, julgue os próximos itens com base na (trinta e cinco) anos de contribuição, com no mínimo 25
lei Estadual n.º 13.407/2003. (vinte e cinco) anos de contribuição militar estadual ao
SUPSEC, será transferido ex officio para reserva
05. (Prof. Airton Queiroz) A transgressão disciplinar remunerada.
cometida pela CB PM Jéssica é classificada como
GRAVE por ser atentatório aos direitos humanos 14. (Prof. Airton Queiroz) A agregação é a situação na
fundamentais. qual o militar estadual em serviço ativo deixa de ocupar
vaga na escala hierárquica do seu Quadro, nela
06. (Prof. Airton Queiroz) Por não ter participado da permanecendo sem número. O militar que der entrada no
agressão, Jefferson incorrerá em sanção mais branda pedido de transferência para reserva remunerada será
que a de sua subordinada. imediatamente agregado até o final da tramitação
administrativa regular do processo.
07. (Prof. Airton Queiroz) Caso o ST Jeffersson não
faça a devida comunicação do ocorrido, ao militar 15. (Prof. Airton Queiroz) Agregação, de militar julgado
competente, cometerá transgressão de natureza MÉDIA. incapaz temporariamente, só será efetivada após 1 (um)
ano contínuo de tratamento. Caso seja julgado incapaz
Vinícius, SD PM do Ceará, cometeu transgressão permanentemente, será agregado enquanto tramita o
disciplinar de natureza média e, em julgamento, foi processo de reforma.
considerado culpado. Com base nessa afirmação e
nas previsões da Lei Estadual nº 13.407/03, julgue os 16. (Prof. Airton Queiroz) A submissão não afeta, de
itens subsequentes. nenhum modo, a dignidade do militar estadual e decorre,
exclusivamente, da estrutura hierarquizada e disciplinada
08. (Prof. Airton Queiroz) Vinícius poderá ser da Corporação Militar.
sancionado com permanência disciplinar,
independentemente de ser reincidente ou não.

67
17. (Prof. Airton Queiroz) Caso o militar tome posse em
cargo, emprego ou função pública civil temporária, não
eletiva inclusive da administração indireta, será
agregado. No entanto, se em cargo, emprego ou função
pública civil efetivo, será demitido ex officio.

18. (Prof. Airton Queiroz) Considerando-se que um dos


pilares da organização militar é a hierarquia, é correto
afirmar que, entre militares do mesmo posto ou da
mesma graduação, não existe precedência hierárquica.

Julgue os itens seguintes, com base na Lei de


Promoções nº 15.797/2015.

19. (Prof. Airton Queiroz) O tempo de interstício, para


promoção à graduação de 1° Sargento, é de 3 (três) anos
na graduação de 2° Sargento.

20. (Prof. Airton Queiroz) Não fazem jus à promoção


requerida o Coronel Comandante-Geral, os Coronéis e
os Majores QOA.

Anotações

68
LEGISLAÇÃO MILITAR 09. (Prof. Airton Queiroz) A custódia disciplinar será
aplicada pelo Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos
SIMULADO I de Segurança Pública e Sistema Penitenciário, pelo
Tendo como referência a Lei Nº 13.407/2003, do Secretário de Segurança Pública e Defesa Social,
estado do Ceará, julgue os itens subsequentes. Comandante Geral e pelos demais oficiais ocupantes de
funções próprias do posto de Coronel.
01. (Prof. Airton Queiroz) A aplicação das penas
disciplinares previstas no Código Disciplinar da Polícia 10. (Prof. Airton Queiroz) Caberá ao Conselho de
Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Disciplina e Correição o conhecimento do recurso
Ceará independe do resultado de eventual ação penal ou quando a aplicação da sanção de custódia disciplinar for
cível, inclusive nos casos de absolvição criminal do aplicada pelo Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos
acusado por falta de comprovação da autoria ou da de Segurança Pública e Sistema Penitenciário.
materialidade do fato.
Com base na Lei Estadual nº 13.407/03, julgue os
02. (Prof. Airton Queiroz) O disposto neste artigo não itens subsequentes.
se aplica aos militares do Estado, ocupantes de cargos
públicos não militares ou eletivos. 11. (Prof. Airton Queiroz) São autoridades incompe-
tentes para revisar os atos disciplinares as ocupantes
03. (Prof. Airton Queiroz) Ana é capitã da PM desde há 5 dos postos de 2º. tenente a major
anos, já Bruna é major da PM da reserva remunerada. As
militares citadas se encontraram numa companhia militar, 12. (Prof. Airton Queiroz) A anulação consiste na
onde aquela exerce função de comando. Sendo assim, correção de irregularidade formal sanável, contida na
Ana tem precedência funcional devido tanto à função de sanção disciplinar aplicada pela própria autoridade ou por
comando que exerce, como também por estar na ativa. autoridade subordinada.

04. (Prof. Airton Queiroz) Como valores fundamentais, 13. (Prof. Airton Queiroz) Evandro, SD PM do Ceará, foi
determinantes da moral militar estadual, podemos citar a sancionado com uma permanência disciplinar de 4
disciplina, a constância, a civilidade, a lealdade, a (quatro) dias por ter reincidido na transgressão de
dignidade humana e o patriotismo. natureza leve. Obteve, da autoridade que aplicou a
punição, 2 (dois) dias de conversão em prestação de
05. (Prof. Airton Queiroz) É expressamente vedado ao serviço extraordinário. Por não ter nenhuma transgressão
militar do Estado, em serviço ativo, exercer atividade de de natureza média ou grave, Evandro cumprirá dois dias
segurança particular, comércio ou tomar parte da de permanência disciplinar e 1 (um) dia de prestação de
administração ou gerência de sociedade empresária ou serviço extraordinário, nessa ordem.
dela ser sócio ou participar.
Julgue os itens seguintes, acerca do recolhimento
06. (Prof. Airton Queiroz) O presente código assegura a transitório e sobre a violação dos valores, dos
todo militar do Estado o direito de opinar sobre assunto deveres e da disciplina militar, tendo como referência
político e externar pensamento e conceito ideológico, a Lei Estadual n.º 13.407/2003.
filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse
público, devendo, para isso, observar os preceitos da 14. (Prof. Airton Queiroz) O militar sancionado em
ética militar e preservar os valores militares em suas recolhimento transitório será desarmado e recolhido à
manifestações essenciais. prisão. Não terá nota de punição publicada em boletim.

Em relação às sanções administrativas disciplinares 15. (Prof. Airton Queiroz) A condução do militar do
a que se sujeitam os militares do estado do Ceará, Estado à autoridade competente para determinar o
julgue os itens a seguir. recolhimento transitório somente poderá ser efetuada por
militar com superioridade hierárquica sobre o conduzido.
07. (Prof. Airton Queiroz) A única sanção passível de
reversão em prestação de serviço extraordinário é a Com base nas previsões do Código Disciplinar da
permanência disciplinar. Vale salientar que o limite Polícia Militar do Estado do Ceará, julgue os itens
máximo dessa reversão que é de 5 (cinco) dias. subsequentes a respeito do cumprimento e dos
processos regulares.
08. (Prof. Airton Queiroz) A repreensão é a sanção feita 16. (Prof. Airton Queiroz) A representação contra ato
por escrito ao transgressor, publicada em boletim, disciplinar só poderá ser feita após solucionados os
devendo sempre ser averbada nos assentamentos recursos disciplinares previstos neste Código e desde
individuais. Tal sanção aplica-se às faltas de natureza que a matéria recorrida verse sobre a irregularidade do
leve, constituindo ato nulo quando aplicada em relação ato praticado.
às faltas médias e graves.
17. (Prof. Airton Queiroz) A publicação é a divulgação
oficial do ato administrativo referente à aplicação da
sanção disciplinar ou à sua justificação, e dá início a seus
efeitos.

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18. (Prof. Airton Queiroz) O militar que for sancionado 28. (Prof. Airton Queiroz) São prescindíveis ao Militar
estando em período de afastamento, poderá ter tal direito Estadual da ativa o uso da farda e a apresentação de sua
suspenso nos casos de interesse da preservação da identidade militar para ter assegurado o direito de
ordem e da disciplina. acessar gratuitamente os transportes rodoviários
coletivos intermunicipais. A cota estabelecida é de no
19. (Prof. Airton Queiroz) Em casos excepcionais, será máximo 2 (dois) militares por veículo.
computado, como cumprimento de sanção disciplinar, o
tempo em que o militar do Estado passar em gozo de
afastamentos regulamentares. 29. (Prof. Airton Queiroz) A licença para tratar de
interesse particular é a autorização para afastamento
20. (Prof. Airton Queiroz) O cancelamento de sanções total do serviço por até 2 (dois) anos, contínuos ou não,
disciplinares consiste na retirada dos registros realizados concedida ao militar estadual com mais de 10 (dez) anos
nos assentamentos individuais do militar da ativa e da de efetivo serviço que a requerer com essa finalidade,
inativa, relativos às penas disciplinares que lhe foram implicando em prejuízo da remuneração, da contagem do
aplicadas. Nem todas as sanções poderão ser tempo de serviço e/ou contribuição e da antiguidade no
canceladas. posto ou na graduação.

21. (Prof. Airton Queiroz) O Controlador-Geral de


Disciplina poderá cancelar uma ou mais punições do À luz do Estatuto dos Militares Estaduais do Ceará,
militar que tenha praticado qualquer ação militar julgue os próximos itens.
considerada especialmente meritória, que não chegue a
constituir ato de bravura. Configurando ato de bravura,
assim reconhecido, o Comandante-Geral poderá 30. (Prof. Airton Queiroz) É taxativamente vedado a
cancelar todas as punições do militar, independente das qualquer civil ou organizações civis o uso de uniforme ou
condições previstas neste artigo. a ostentação de distintivos, insígnias, agildas ou
emblemas, iguais ou semelhantes, que possam ser
22. (Prof. Airton Queiroz) O Conselho de Disciplina confundidos com os adotados para os militares
destina-se a apurar as transgressões disciplinares estaduais.
cometidas pela praça da ativa, com 10 (dez) ou mais
anos de serviço, ou da reserva remunerada e a
incapacidade moral desta para permanecer no serviço 31. (Prof. Airton Queiroz) Será agregado o militar
ativo militar ou na situação de inatividade em que se estadual julgado, por junta médica da Corporação,
encontra. definitivamente incapaz para o serviço ativo militar,
enquanto tramita o processo de reforma, ficando, a partir
23. (Prof. Airton Queiroz) O presidente de um Conselho da agregação, recolhendo para o SUPSEC como se
de Disciplina poderá, desde que entenda necessário, estivesse aposentado.
nomear um subtenente ou sargento para funcionar como
escrivão no processo, o qual não integrará o Conselho.
32. (Prof. Airton Queiroz) O militar será agregado
24. (Prof. Airton Queiroz) Não podem fazer parte do quando condenado à pena restritiva de liberdade superior
Conselho de Disciplina os oficiais que tenham entre si, a 6 (seis) meses e enquanto durar a execução, inclusive
com o acusador ou com o acusado, parentesco o período de suspensão condicional da pena
consanguíneo ou afim, na linha reta ou até o quarto grau
de consanguinidade colateral ou de natureza civil.
Julgue os itens seguintes, com base na Lei
Complementar nº 98/2011.
Julgue os itens seguintes, com base no Estatuto dos
Militares Estaduais do Ceará. 33. (Prof. Airton Queiroz) Os policiais civis e os militares
e os bombeiros militares estaduais requisitados para
25. (Prof. Airton Queiroz) Os cargos de provimento em servir na Controladoria Geral de Disciplina serão
comissão, inerentes a comando, direção, chefia e considerados, para todos os efeitos, como no exercício
coordenação de militares estaduais, previstos na Lei de regular de suas funções de natureza policial civil, policial
Organização Básica da Corporação Militar, são de livre militar ou bombeiro militar.
nomeação e exoneração pelo Chefe do Poder Executivo,
podendo ser providos somente por militares da ativa da
Corporação. 34. (Prof. Airton Queiroz) A designação, para o serviço
na Controladoria Geral de Disciplina, exige do servidor
26. (Prof. Airton Queiroz) É vedado, expressamente, ao estadual não haver sido punido, nos últimos 3 (três)
militar acumular cargo, ainda que de forma provisória. anos, com pena de custódia disciplinar ou suspensão
superior a 30 (trinta) dias.
27. (Prof. Airton Queiroz) A estabilidade para o oficial é
alcançada desde a investidura. Já para a praça, quando
completar mais de 3 (três) anos de efetivo serviço.

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À luz da Lei que dispõe sobre as promoções dos Anotações
Militares do Estado do Ceará (Lei n.º 15.797/2015),
julgue os itens a seguir.

35. (Prof. Airton Queiroz) O tempo de interstício e de


serviço arregimentado, no posto de 2º Tenente QOAPM,
para a promoção ao posto de 1º Tenente QOAPM é de 3
(três) anos e de 2 (dois) anos, respectivamente.

36. (Prof. Airton Queiroz) A partir da publicação desta


Lei, o militar que, por 3 (três) vezes for indicado, e não
aceitar, ou aceitando, desistir ou não concluir com
aproveitamento os cursos necessários para promoção de
carreira, ficará impedido de realizá-los e,
consequentemente, não mais poderá ingressar em
Quadro de Acesso Geral, assim permanecendo, de forma
definitiva, no cargo em que se encontrar até completar
condições para a inatividade.

37. (Prof. Airton Queiroz) O serviço arregimentado


corresponde ao tempo mínimo necessário a ser
desempenhado pelo militar no exercício efetivo de função
de natureza ou de interesse militar estadual,
especificamente na atividade-fim da Corporação,
caracterizada como de execução programática ou
equivalente, nas unidades de Grandes Comandos,
Batalhões, Companhias, Pelotões e Destacamentos.

38. (Prof. Airton Queiroz) Os afastamentos por


atestados serão sempre contados como tempo de
interstício e de serviço arregimentado.

39. (Prof. Airton Queiroz) O militar estadual que for


nomeado ao posto de 2º Tenente ou de 1º Tenente ou ao
cargo de Soldado, nos quadros QOPM e QOBM, deverá,
obrigatoriamente, permanecer todo o período de
interstício exigido para promoção ao posto ou à
graduação imediata exercendo suas funções em unidade
eminentemente operacional, junto a Batalhão,
Companhia e Pelotão, na Capital, na Região
Metropolitana ou no interior do Estado

40. (Prof. Airton Queiroz) No tempo de serviço


arregimenta, será computado o período de licença à
gestante.

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LEGISLAÇÃO MILITAR 10. (Prof. Airton Queiroz) Thiago, CB PM, foi
sancionado com 6 (seis) dias de PD por ter cometido
SIMULADO II transgressão de natureza leve. O fato de possuir outras
sanções em seus assentamentos não tira o direito de
Tendo como referência a Lei Nº 13.407/2003, do Thiago solicitar a conversão dessa sanção em prestação
estado do Ceará, julgue os itens subsequentes. de serviço extraordinário.

01. (Prof. Airton Queiroz) Hierarquia militar estadual é a Com base na Lei Estadual nº 13.407/03, julgue os
ordenação progressiva da autoridade, em graus itens subsequentes.
diferentes, da qual decorre a obediência, dentro da
estrutura da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros 11. (Prof. Airton Queiroz) A comunicação disciplinar
Militar, culminando no Comandante Geral, Chefe deverá ser formal, tanto quanto possível, deve ser clara,
Supremo das Corporações Militares do Estado. concisa e precisa, acompanhada pela opinião do
signatário.
02. (Prof. Airton Queiroz) Como valores fundamentais,
determinantes da moral militar estadual, podemos citar a 12. (Prof. Airton Queiroz) Assim como o Governador do
disciplina, a constância, a verdade real, a lealdade, a Estado, o Controlador Geral de Disciplina possui
honra e o profissionalismo. competência disciplinar sobre todos os militares do
Estado sujeitos a este código.
03. (Prof. Airton Queiroz) Por dever ético, expresso no
CD, o militar deve ser justo na apreciação de atos e 13. (Prof. Airton Queiroz) Ao Controlador Geral de
méritos dos subordinados, agindo com corporativismo. Disciplina e aos Comandantes-Gerais da Polícia Militar e
do Corpo de Bombeiros Militar compete conhecer das
04. (Prof. Airton Queiroz) Por dever ético, o militar não sanções disciplinares aplicadas aos inativos da reserva
deverá pleitear para si cargo ou função que esteja sendo remunerada, em grau de recurso, respectivamente, se
exercido por outro militar do Estado. praça ou oficial.

05. (Prof. Airton Queiroz) O militar deverá abster-se, Julgue os itens seguintes, acerca do recolhimento
ainda que na inatividade, do uso das designações transitório, tendo como referência a Lei Estadual n.º
hierárquicas em exercício de cargo ou função de 13.407/2003.
natureza civil.
14. (Prof. Airton Queiroz) O recolhimento transitório
06. (Prof. Airton Queiroz) É vedado ao militar do Estado constitui-se um ato excepcional; sendo medida
exercer atividade de segurança particular, comércio ou preventiva e acautelatória da ordem social e da disciplina
tomar parte da administração ou gerência de sociedade militar, fazendo com que o militar seja recolhido à prisão.
empresária ou dela ser sócio ou participar, exceto como
acionista, cotista ou comanditário. 15. (Prof. Airton Queiroz) As decisões de aplicação do
recolhimento transitório serão sempre fundamentadas e
07. (Prof. Airton Queiroz) Quando a ordem for ilegal, o imediatamente comunicadas ao Juiz Auditor, Ministério
subordinado, ao recebê-la, poderá solicitar que os Público e Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos de
esclarecimentos necessários sejam oferecidos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário.
maneira formal para, só após, cumpri-la.
16. (Prof. Airton Queiroz) Ao militar estadual preso
08. (Prof. Airton Queiroz) Cabe ao executante que nessas circunstâncias, serão garantidos os seguintes
exorbitar no cumprimento da ordem recebida à direitos: justificação, por escrito, do motivo do
responsabilidade pelo abuso ou excesso que cometer, recolhimento transitório; identificação do responsável
salvo se o fato é cometido sob coação irresistível ou sob pela aplicação da medida; comunicação imediata do local
estreita obediência à ordem, não manifestamente ilegal, onde se encontra recolhido a pessoa por ele indicada;
de superior hierárquico, quando só será punível o autor ocupação da prisão conforme o seu círculo hierárquico e
da coação ou da ordem. apresentação de recurso.

Em relação às sanções administrativas disciplinares Com base nas previsões do Código Disciplinar da
a que se sujeitam os militares do estado do Ceará, Polícia Militar do Estado do Ceará, julgue os itens.
julgue os itens a seguir.
17. (Prof. Airton Queiroz) Os oficiais do posto de
09. (Prof. Airton Queiroz) A custódia disciplinar consiste coronel possuem competência para aplicar as sanções
na retenção do militar do Estado no âmbito de sua OPM disciplinares de advertência, repreensão, permanência
ou OBM. O militar do Estado sob custódia disciplinar disciplinar de até 20 (vinte) dias e custódia disciplinar de
comparecerá a todos os atos de instrução e serviço, até 15 (quinze) dias.
internos e externos.

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18. (Prof. Airton Queiroz) SD PM Elane cometeu 29. (Prof. Airton Queiroz) É considerado desaparecido o
transgressão de natureza grave na preservação da militar estadual da ativa que, no desempenho de
ordem pública ou do interesse coletivo. Sendo assim, não qualquer serviço, em viagem, em operações policiais
haverá aplicação de sanção disciplinar. militares ou bombeiros militares ou em caso de
calamidade pública, tiver paradeiro ignorado por mais de
19. (Prof. Airton Queiroz) Na ocorrência de mais de 30 (trinta) dias.
uma transgressão, sem conexão entre elas, as de menor
gravidade serão consideradas como circunstâncias 30. (Prof. Airton Queiroz) Ao militar estadual são
agravantes da transgressão principal. proibidas a associação, a sindicalização e a greve.

20. (Prof. Airton Queiroz) Quando duas autoridades de Julgue os itens seguintes, com base na Lei de
níveis hierárquicos diferentes, ambas com ação Promoções nº 15.797/2015.
disciplinar sobre o transgressor, conhecerem da
transgressão disciplinar, competirá à de menor hierarquia 31. (Prof. Airton Queiroz) O tempo de serviço
apurá-la e, ao final, se necessário, remeter os autos à arregimentado para a graduação de 1° Sargento é de
autoridade funcional superior comum aos envolvidos. 3 (três) anos na graduação de 2° Sargento.

21. (Prof. Airton Queiroz) Somente será interrompido o 32. (Prof. Airton Queiroz) As promoções de que trata
afastamento regulamentar do militar transgressor, para esta Lei, à exceção dos postos de Coronel e Major QOA,
cumprimento de sanção disciplinar, quando determinado independerão de vagas e ocorrerão com observância ao
pelo Governador do Estado ou pelo Controlador Geral percentual previsto no caput do art. 9º.
dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Penitenciário. 33. (Prof. Airton Queiroz) Nas promoções da praça
Soldado, deverá ser observado o número mínimo de
22. (Prof. Airton Queiroz) Ao ser admitida, a praça permanência na citada graduação de 40% (quarenta por
militar será classificada no comportamento “bom”. Terá cento) do efetivo de Soldado previsto na Corporação
classificação “’ótima” quando, no período de 5 (cinco) respectiva.
anos, lhe tenham sido aplicadas até 2 (duas)
repreensões. 34. (Prof. Airton Queiroz) Será também transferido para
a reserva ex officio o Coronel Comandante-Geral que
Julgue os itens seguintes, com base no Estatuto dos demonstrar interesse de não mais permanecer na chefia
Militares Estaduais do Ceará. da Corporação, mediante provocação dirigida ao
Governador do Estado, devendo continuar na ativa até
23. (Prof. Airton Queiroz) Somente em casos de ulterior promoção do novo ocupante do referido posto.
flagrante delito, o militar estadual poderá ser preso por
autoridade policial civil. 35. (Prof. Airton Queiroz) Não fazem jus à promoção
requerida o Coronel Comandante-Geral, os Coronéis e
24. (Prof. Airton Queiroz) Será demitido o militar que os Majores QOA.
tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil
temporária, não eletiva inclusive da administração Anotações
indireta.

25. (Prof. Airton Queiroz) É considerado ausente o


militar estadual que por mais de 24 (vinte e quatro) horas
consecutivas deixar de comparecer a sua Organização
Militar Estadual, sem comunicar qualquer motivo de
impedimento.

26. (Prof. Airton Queiroz) A exoneração a pedido é um


direito taxativo do militar estadual do Ceará.

27. (Prof. Airton Queiroz) transferência ex officio para a


reserva remunerada verificar-se-á sempre que o militar
estadual que atingir a idade limite de 60(sessenta) anos.

28. (Prof. Airton Queiroz) O militar estadual reformado


por incapacidade definitiva que for julgado apto em
inspeção de saúde por junta superior, em grau de
recurso ou revisão, poderá retornar ao serviço ativo ou
ser transferido para a reserva remunerada por ato do
Governador do Estado.

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