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GINECOLOGIA
PARTE 2
GRUPO B2
(PROF. FERES)
ALTERAÇÕES CELULARES
ATIPIA: característica histológica associada com processos neoplásicos ou displásicos,
significando falha na diferenciação celular.
Além das alterações específicas citadas abaixo, também pode ocorrer: hipercromasia,
cromatina grosseira e irregular, núcleos/nucléolos múltiplos e formato anômalo da célula.
DISQUERATOSE: queratinização precoce e atipia das células epiteliais, caracterizada pela cor
alaranjada so citoplasma.
CA DE COLO UTERINO
O câncer de colo uterino (CCU) constitui um grave problema de saúde que atinge as
mulheres em todo o mundo.
Os países em desenvolvimento são responsáveis por 80% desses casos, e o Brasil
representa uma taxa expressiva desta estatística.
Estudos realizados sobre mortalidade entre as mulheres demonstram que o CCU, apesar
de apresentar queda nas taxas padronizadas de mortalidade, ainda tem lugar de destaque
como causa de óbito. A taxa de mortalidade é elevada nas mais variadas faixas etárias, sendo
que o pico de incidência do carcinoma in situ está entre 25 e 40 anos e o carcinoma invasor,
entre 48 e 55 anos.
O CCU praticamente inexiste nas mulheres que não iniciaram a atividade sexual,
contudo, a possibilidade da doença aumenta com o início precoce da atividade sexual, com o
número de parceiros, exposição às doenças sexualmente transmissíveis e o baixo poder
aquisitivo.
FATORES DE RISCO
Infecção por HPV (subtipos oncogênicos – principalmente o 16 e o 18)
Início precoce da vida sexual
Múltiplos parceiros sexuais
Promiscuidade
História de DST (Chlamydia trachomatis, Herpes simplex vírus, Neisseria gonorrhoeae,
sífilis).
Multiparidade
Imunossupressão
Uso prolongado de ACO
Tabagismo (no caso do carcinoma de células escamosas)
Baixo nível socioeconômico
Deficiência de Alfa-1-Antitripsina
Desnutrição
Má higiene genital
Exposição à Radiação Ionizante
Deficiência de vitamina A, C e E
QUADRO CLÍNICO
Em estágio inicial, assintomático.
Ectopia – JEC ( Metaplasia Escamosa)
Sangramento vaginal
Dispareunia
Sinusorragia
Corrimento vaginal (aquoso, mucoide ou purulento e fétido)
Dor pélvica e/ou lombar, com irradiação para a parte posterior dos membros (doença
avançada).
Hematúria e/ou ureterohidronefrose (invasão do TGU)
Hematoquezia e suboclusão intestinal por invasão do reto.
Pode apresentar edema de MI, devido à dificuldade do retorno venoso e linfático, caso
ocorra compressão tumoral.
Caquexia (doença avançada).
EXAME PREVENTIVO
O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolaou) é a principal estratégia
para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico da doença.
Para garantir um resultado correto, a mulher não deve ter relações sexuais (mesmo com
camisinha) no dia anterior ao exame; evitar também o uso de duchas, medicamentos vaginais
e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores à realização do exame.
É importante também que não esteja menstruada, porque a presença de sangue pode
alterar o resultado.
Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde
ou a do bebê.
RESULTADO:
Pode apresentar colo macroscopicamente normal, com alterações apenas à colposcopia ou
até mesmo com colposcopia normal, quando a lesão é totalmente endocervical.
RISCO EVOLUTIVO
CLASSIFICAÇÃO DE BETHESDA (2001)
LSIL (LIE BAIXO GRAU): presença de mitoses atípicas confinadas apenas às camadas
epiteliais basal e parabasal, com evidência de coilocitose, disceratose, multinucleação, núcleo
hipercromático alongado e pleomorfismo citonuclear. O padão de diferenciação/maturação e
organização do epitélio escamoso também é característico. Faz correspondência com as lesões
denominadas NIC I na classificação de Richardt. Além disso, inclui as alterações celulares
associadas ao HPV. Apresentam alto índice de regressão espontânea (57%) e baixa progressão
para lesão de alto grau e câncer invasor.
HSIL (LIE ALTO GRAU): as mitoses atípicas estão presentes em toda a espessura do
epitélio, além de estar evidente a falta de organização, a diferenciação epitelial e atipia
citonuclear severa. Faz correspondência com as lesões classificadas anteriormente como NIC II
ou NIC III. Apresenta história natural mais agressiva, onde as NIC II regridem em 43% dos casos,
persistem em 35%, evoluem para NIC III em 22%. Já as NIC III regridem em 32% persistem em
56% e progridem em até 36%.
Quando cauterizar:
• Mulher exposta a DST
• Uso irregular de condom (camisinha)
• Multiplos parceiros
• Mulher com parceiro HIV positivo
• Mulher sintomática (dispareunia / sinusorragia)
TRATAMENTO DE CA:
PRECOCE:
E1 -> Replicação do DNA viral.
E2 -> Controle de transcrição.
E4 -> Maturação do vírus e alteração na matriz extracelular.
E5, E6, E7 -> Estímulo da proliferação e transformação celular.
TARDIO:
L1 -> Codifica a proteína principal do capsídeo.
L2 -> Codifica a proteína secundária do capsídeo.
EMBRIOLOGIA MAMÁRIA
A formação das mamas, no desenvolvimento embrionário, se dá por volta da 5ª semana
gestacional. São apenas pequenas estruturas chamadas de crista mamária; estas formam
espessamentos maciços na epiderme, chamados de brotos mamários – origem ectoderme.
A partir do broto mamário primário, temos a formação de brotos mamários
secundários, que dão origem aos ductos lactíferos e seus prolongamentos até formarem de 15
a 20 ductos. Isso ocorre por estímulos hormonais que chegam até o embrião pela circulação
fetal. Depois, junto a outras estruturas do corpo do embrião, é formado o tecido conjuntivo,
tambem pela ectoderme, e o tecido adiposo pela mesoderme.
• M1 - mama infantil.
• M2 (8-13 anos) - fase de broto mamário, com elevação da mama e aréola como pequeno
montículo.
• M3 (10-14 anos) - maior aumento da mama, sem separação dos contornos.
• M4 (11-15 anos) - projeção da aréola e das papilas para formar montículo secundário por
cima da mama.
• M5 (13-18 anos) - fase adulta, com saliência somente nas papilas.
SEXO FEMININO
• P1 - fase de pré-adolescência (não há pelugem).
• P2 (9-14 anos) - presença de pêlos longos, macios e ligeiramente pigmentados ao longo dos
grandes lábios.
• P3 (10-14,5 anos) - pêlos mais escuros e ásperos sobre o púbis.
• P4 (11-15 anos) - pelugem do tipo adulto, mas a área coberta é consideravelmente menor
que a do adulto.
• P5 (12-16,5 anos) - pelugem do tipo adulto, cobrindo todo o púbis e a virilha.
ANATOMIA MAMÁRIA
São anexos da pele, pois seu parênquima é formado de glândulas cutâneas modificadas
que se especializam na produção de leite após a gestação.
É uma proeminência bilateral da parede anterior do tórax, formada por uma porção
glandular, por tecido conectivo e por variável, mas, em geral tecido adiposo. No sexo feminino
desenvolve-se na puberdade e atingem o máximo desenvolvimento no fim da gestação e no
período do parto.
Situam-se anteriormente aos músculos da região peitoral (m. peitoral maior, m. serrátil
anterior e m. oblíquo externo), no estrato areolar da tela subcutânea. A mama direita está
separada da esquerda pelo sulco intermamário.
Estroma, tecido conectivo, que envolve cada lobo e corpo mamário como um todo.
Predomina o tecido adiposo e este é sustentado por inúmeras trabéculas de tecido
conectivo denso, o tamanho e a forma da mama estão diretamente relacionados com a
quantidade de tecido adiposo do estroma.
Pele, dotada de glândulas sebáceas e sudoríparas, muito fina onde se notam, por
transparência, as veias superficiais.
O formato é geralmente cônica, mas há muita variação, dependendo da quantidade de
tecido adiposo, do estado funcional (gestação, lactação) e da idade. Iniciam seu
desenvolvimento na puberdade, e com as gestações sucessivas ou no avançar da idade
tornam-se progressivamente pedunculadas, fato explicado pela perda de elasticidade das
estruturas de sustentação do estroma.
VASCULARIZAÇÃO MAMÁRIA
É irrigada principalmente pela artéria mamária interna, ramo da artéria subclávia, e por
ramos da artéria axilar.
Artéria subescapular.
Artéria torácica lateral ou torácica externa.
Artéria acromiotorácica.
Veia cefálica.
Veia subescapular.
Veia torácica lateral.
Veia acromiotorácica.
Grande parte da drenagem linfática da mama segue em direção aos linfonodos axilares,
que drenam a linfa proveniente da região colateral da mama, enquanto que a região medial da
mama drena para os linfonodos de cadeia mamária interna.
Grande parte dos tumores da mama, mesmo os localizados nos quadrantes internos,
apresenta maior comprometimento dos linfonodos axilares em relação aos da cadeia mamária
interna.
LINFONODOS AXILARES
Constituídos de grupos de linfonodos situados ao longo dos vasos axilares e ao longo dos
ramos vasculares da mama.
Grupo lateral = contato com a veia axilar na sua parte mais distal e lateralmente com a
veia subescapular.
Grupo subescapular = drenam a linfa da porção inferior e lateral da mama para os
linfonodos do grupo central.
Grupo peitoral = drena a linfa da maior parte da porção superior lateral da mama para
os linfonodos do grupo central.
Grupo interpeitoral (Rotter) = recebem linfas das partes centrais dos quadrantes
superiores da mama e drenam para o grupo apical.
Grupo central = recebem a linfa dos grupos peitorais, subescapulares e laterais e
drenam no grupo dos linfonodos apicais.
Grupo apical = recebem linfa dos grupos central e interpeitoral.
(LINFONODOS DO)
INERVAÇÃO MAMÁRIA
Nervo torácico longo (Nervo de Bell) = origina-se do 5º e 6º tronco da raiz cervical,
localizado posteriormente ao feixe neurovascular atrás do qual desce verticalmente,
aderido à parede torácica, em angulo reto com as fibras do musculo grande denteado
que inerva. Deve ser preservados nos eventos radicais.
Nervo toracodorsal = origina-se da fáscia profunda do feixe neurovascular da axila,
descendo em correspondência ao músculo subescapular para atingir a fáscia medial do
musculo grande dorsal que inerva.
Nervo subescapular inferior = corre paralelo ao nervo toracodorsal na sua parte alta e
vai inervar o musculo grande redondo.
Nervos peitorais = dividem-se em medial e lateral e nascem da superfície anterior do
feixe vaculonervoso da axila.
Ramos cutâneos laterais dos nervos intercostais.
AFECÇÕES BENIGNAS DAS MAMAS
Amplo espectro de alterações das glândulas mamárias; podem ser classificadas com
base em espectros clínicos.
PODE SER:
• Mastodínea: sensibilidade mamária pré-menstrual.
• Mastalgia: (cíclica, acíclica, extramamária). Dor mamária; ingurgitamento da mama;
sensibilidade.
• Adensamentos e cistos: AFBM.
• Derrame papilar: galactorreia e DP anormal.
• Nódulos dominantes: fibroadenoma; papiloma intraductal; tumor filoides.
• Doenças inflamatórias e infecciosas: mastites puerperais; esteatonecrose; eczema
areolpapilar; abscessos subareolares recidivantes.
MASTALGIA
CLASSIFICAÇÃO
Cíclica: ocorrência varia com o ciclo menstrual (tipicamente se manifesta na fase lútea tardia).
Início na 3ª década; localização: bilateral e difusa; Tipo: peso, hipersensibilidade; EF:
inespecífico e pobre.
Acíclica: não possui associação com o ciclo menstrual. Início: na 4ª década; Localização:
unilateral e localizada, mas pode ser bilateral (ex: atletas); Tipo: queimação, pontada; EF: pode
apresentar alteração.
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA:
Anamnese + EF; avaliar necessidade de exames complementares (Rx tórax? Mamografia?
USGM).
Exame de imagem (MMG ou USG – excluir possibilidade de CA) Obs: USG para pctes mais
jovens (possuem alta densidade do parênquima mamário) e MMG para pctes acima dos 40
anos normalmente.
TRATAMENTO:
Conduta expectante: Maioria dos casos; orientação: esclarecimento de que se trata de doença
benigna + sustentação mecânica das mamas adequadamente.
Avaliar necessidade de tratamento em pctes com sintomas > 6 meses, alteração das atividades
diárias e/ou da qualidade de vida.
NÓDULOS
São lesões que podem ser delimitadas em 3 dimensões (largura, comprimento e
profundidade). O seu achado é em geral assimétrico, quando em comparação com a outra
mama.
Obs: Os adensamentos são diferentes dos nódulos porque são lesões delimitadas em apenas 2
dimensões (largura e comprimento).
Características de BENIGNIDADE:
• Normalmente são móveis
• Apresentam consistência firme e elástica
• Possuem contornos regulares e margens definidas.
Características de MALIGNIDADE:
• Normalmente são aderidos;
• Apresentam consistência endurecida (em alguns casos são pétreos)
• Possuem contornos irregulares e margens indefinidas
• A descarga papilar pode ser sanguinolenta ou em água de rocha
• Podem ser acompanhados de retração de pele, retração mamilar, invasão da pele ou da
parede torácica.
PAAF pode ser empregada para fins diagnósticos ou terapêuticos, nesse último caso, diante
de um diagnóstico de cisto simples palpável, e citopunção satisfaz o fim terapêutico.
Tumores Sólidos: são diagnosticados após a falha em aspirar liquido com a PAAF, mas de
qualquer forma, o material que for aspirado deve ser encaminhado para avaliação citológica. A
conduta após a PAAF compreende a solicitação de exames de imagem (USG ou MMG – de
acordo com a idade)
Achados mamográficos:
- Benignidade: calcificações grosseiras, nódulos com contornos regulares e nítidos.
Epidemiologia:
Maior causa de morte por câncer em mulheres
Número estimado de casos novos de CA de mama para o BR superior a 52 mil (INCA, 2012).
Acomete homens 1% de todos os casos.
Grave problema de saúde pública.
Faz jus a grandes investimentos em pesquisa, prevenção, diagnóstico precoce e tratamento.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Exame clínico periódico, estudo mamográfico de screening constituem pontos
importantes para o diagnóstico do câncer. A história clínica é fundamental para o
estabelecimento do diagnóstico clínico, assim como para a identificação de grupos de risco da
doença.
EXAMES DE IMAGEM
Mamografia = é o exame mais sensível para a detecção do câncer de mama. Usado para o
rastreamento do câncer na ausência de sinais ou sintomas e também como método
diagnóstico importantes em pacientes com anormalidades na mama. Todas as mulheres acima
de 40 anos devem fazer mamografia anualmente e as mulheres com história pessoal ou
familiar importante devem consultar seu médico a respeito da necessidade de começar a
mamografia antes dos 40 anos. Achados sugestivos de malignidade: nódulos espiculados,
delimites mal definidos com distorção do parênquima adjacente, presença de
microcalcificações (<0,5 mm), pleomórficas agrupadas.
PROCEDIMENTOS INVASIVOS
Punção biópsia com agulha fina = diferenciam as lesões císticas das lesões sólidas. Os tumores
sólidos são diagnosticados após a falha em aspirar o líquido com a PAAF.
Core – biopsy
Biópsia incisional e excisional
FATORES DE RISCO
Idade= seu pico de incidência ocorre entre 45 e 55 anos.
História familiar = nesses casos, deve-se levar em conta se o câncer foi diagnosticado na pré-
menopausa e se ocorreu em uma ou ambas as mamas e suas características.
Doença mamária prévia = são consideradas de risco as lesões proliferativas com atipia. Essas
lesões são as hiperplasias e os papilomas e a atipia aumenta o risco da doença, principalmente
se associada a história familiar.
Fatores hormonais = mulheres com menarca precoce e menopausa tardia apresentam risco
relativo aumentado em relação a doença, mulheres submetidas a ooforectomia antes da
menopausa e com primeira gravidez precoce apresentam baixo risco relativo.
HISTOPATOLOGIA
Pode ser dividido em lesões in situ e lesões invasoras.
Carcinoma in situ = carcinomas não invasivos de mama representam largo espectro de lesões
decorrentes de variedade de sua expressão anatômica e história natural. É um grupo de lesões
que apresentam células neoplásicas limitadas pela membrana basal epitelial. São de dois tipos
histopatológicos: ductal e lobular.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Constitui uma das etapas mais importantes do tratamento, incluindo a remoção do tumor e
dos tecidos adjacentes e, quase sempre, o esvaziamento axilar.
Tratamento do carcinoma in situ = Lobular – sua abordagem deve se limitar à ressecção local
ampla e à observação. A observação da paciente deve ser mantida, pois em 25% dos casos
pode haver associação com o carcinoma invasivo, ainda que tardiamente.
Ductal – é considerada a lesão de mais forte impacto clínico entre os carcinomas não
invasores. O tratamento é a mastectomia que apresenta índices de cura em torno de 100%.
Grupos que apresentam bom prognóstico (pequenas lesões, baixo grau nuclear, margens livres
e ausência de necrose) podem ser beneficiados com o tratamento conservador. A dissecção
axilar não está indicada, assim como as terapias adjuvantes.
TRATAMENTO RADICAL
Mastectomia radical consiste na extirpação em bloco da mama, dos músculos peitorais maior e
menor e no esvaziamento axilar completo.
TRATAMENTO CONSERVADOR
As cirurgias conservadoras são:
Tumorectomia = consiste na remoção de todo o tumor com margens livres. Após o tratamento
da mama, é realizado o esvaziamento axilar e, nos casos de margens comprometidas, a
reexcisão está indicada. A radioterapia é parte integrante do tratamento.
RADIOTERAPIA
Todo tratamento conservador deve ser seguido de radioterapia. O tempo entre a cirurgia
conservadora e a radioterapia não deve exceder 16 semanas, quando não se utiliza a
quimioterapia, pois as taxas de recidivas locais chegam a 41% contra a taxa esperada de 4%. O
boost (dose de reforço) deve ser usado nos casos de Tumorectomia ou em casos com
comprometimento de margens.
QUIMIOTERAPIA
Administração de agentes citotóxicos, realiza após o tratamento cirúrgico primário para o
câncer de mama, a fim de destruir ou inibir clinicamente as micrometástases.
NEOADJUVANTE
Usada antes do procedimento cirúrgico em tumores localmente avançados e tem por objetivos
reduzir o volume tumoral, melhorar as condições de operabilidade, permitir cirurgias mais
conservadoras, avaliar in vivo a sensibilidade do tumor às drogas e destruir possíveis
micrometástases. Sua principal indicação é no estádio III e em tumores inflamatórios.
ESTADIAMENTO
Fundamentado no sistema TNM:
T = tumor
N = acometimento linfonodal
M = metástase
FATORES PROGNÓSTICOS
Status axilar = a presença de linfonodos axilares comprometidos confirma o potencial de
metastização do tumor.
Grau histológico e grau nuclear = reflete a semelhança das células do tumor com o tecido
original. Assim, os tumores são classificados em:
Idade = pacientes jovens, com menos de 35 anos apresentam tumores mais agressivos e com
características biológicas piores, como receptores hormonais negativos, maior invasão linfática
e alto grau histológico.
TUMORES OVARIANOS
APRESENTAÇÃO CLÍNICA DOS TUMORES OVARIANOS
Manifestam-se fundamentalmente por uma massa pélvica. 2/3 dos tumores ovarianos
são encontrados no menacme, e a maior parte deste é benigna.
A maioria dos tumores causam poucos sintomas ou apenas sintomas leves e
inespecíficos. Os sintomas mais comuns incluem:
CISTOS FUNCIONAIS: inclui os cistos foliculares, cistos de corpo lúteo e cistos tecaluteínicos.
Todos são benignos, habitualmente não provocam sintomas e não requerem abordagem
cirúrgica.
CISTO FOLICULAR = cisto funcional mais comum, origina-se de um folículo que não se rompeu
durante o ciclo menstrual. Normalmente apresenta menos que 8cm, no maior diâmetro.
Definido como um cisto simples que possui mais de 3cm. Habitualmente são achados
incidentais, mas podem romper ou torcer o ovário, causando dor abdominal e sintomas
peritoneais. Normalmente, se resolvem em 4-8 semanas com conduta expectante. Diagnóstico
por US.
CISTO DO CORPO LÚTEO = menos comuns que os cistos foliculares. Podem se romper e requer
abordagem cirúrgica. A ruptura é mais comum do lado direito, geralmente acontece entre o
20º e 26º dia do ciclo, e pode ocorrer durante o coito. Os cistos não roto podem causar dor,
provavelmente devido ao sangramento para a cavidade fechada do cisto. Podem ainda, causar
sintomas semelhantes a torção anexial. Diagnóstico por US.
Aproximadamente 2/3 dos tumores ovarianos são encontrados durante a idade fértil, a
maioria (80 a 85%) é benigna, 2/3 incidem em mulheres entre 20 e 44 anos.
A) Epitelial
1. Tumores Serosos
a) Cistoadenoma seroso (benigno): mais comum dos epiteliais, geralmente
multiloculares, as células epiteliais superficiais secretam liquido seroso
resultando em conteúdo aquoso do cisto.
2. Tumores Mucinosos
a) Cistoadenoma mucinoso (benigno): bilateral, multinodular, atingem as
maiores dimensões (até 1 metro de diâmetro).
6. Tumores Endometrióides
4. Tumores do Seio Endodérmico (ou de Yolk Sac): idade entre 16-18 anos, 1/3 pré-
menarca, achado histológico característico é o corpúsculo de Schiller-durval
(estruturas papilíferas), produzem alfafetoproteína, 100% unilateral,
salpingooforectomia + quimioterapia.
Tumor Mestático
DIAGNÓSTICO:
Tumores palpáveis devem sempre ser avaliados pela ultrassonografia (preferencialmente
via transvaginal)
Massa pélvica sólida de qualquer tamanho, fixa, bilateral, e de consistência heterogênea ao
exame físico, é sugestivo de neoplasia maligna
Realizar exame físico pélvico completo, incluindo toque vaginal e retal e coleta de exame
colpocitológico.
EXAMES LABORATORIAIS:
- Dosagem de beta-HCG para exclusão de gravidez
- Citologia Típlice (Papanicolaou)
- Hemograma Completo
- Velocidade de Hemossedimentação
- Pesquisa de Sangue oculto nas fezes
- Marcadores tumorais CA-125 (O valor de referência adotado para malignidades é
acima de 65U/ml, no entanto, está aumentado a partir de 35Uml; valor este utilizado para
rastreio de doenças benignas)
EXAMES DE IMAGEM:
- US transvaginal (Determina a origem da massa, tamanho, conscistência e
ecogenicidade)
- Dopplerfluxometria (Procura neovascularização com fluxode baixa resistência)
TC, Radiografia simples e RM raramente são indicados como procedimento
diagnóstico de anomalias uterinas.
MARCADORES TUMORAIS:
- CA 125 (Sua maior associação com neoplasia ovariana ocorre quando seus valores
estão maiores que 200 UI/ml).
- CEA
- Beta-HCG
- Alfafetoproteína
- CA 19.9
- CA 15-3
- Estradiol
- Testosterona
- Desidrogenase lática
IA: um ovário
IB: dois ovários
IC: um ou dois ovários; com ascite.
Tratamento:
Paridade: quanto maior o número de gestações menor o risco de CA, logo tem mais
incidência nas nulíparas e oligóparas.
FATORES DE PROTEÇÃO:
Alguns estudos sugerem que a malignidade ovariana surgiria através de um processo de
reparação anômalo na superfície epitelial durante a ruptura e o reparo em cada ciclo
ovulatório. Assim fatores que promovem inibição da função ovariana reduzem o risco de CA de
ovário. O processo de ruptura e reparo pode levar á maior probabilidade de mutações
espontâneas, revelando mutações na linhagem germinativa ou de outro modo levando ao
fenótipo oncogênico.
Ooforectomia profilática: reduz mas não elimina o risco, pois todo o peritônio está sob
risco.
Ligadura tubária: pois diminui o fluxo sanguíneo ovariano pela laqueadura e diminuição
potencial da migração de fatores carcinogênicos pela trompa até a cavidade peritoneal.
CLIMATÉRIO
É o período que se inicia desde os primeiros sintomas da falha ovariana, mesmo que os
ciclos continuem regulares ou até ovulatórios e termina na senectude (senilidade), que por
definição acontece aos 65 anos.
Menopausa: última menstruação devido à falência ovariana, que só pode ser considerada
após um ano do ocorrido, sendo diagnóstico retrospectivo (idade média 51 anos). E dita
precoce quando acontece antes dos 40 anos.
Pós-menopausa: É o período que se inicia 12 meses após a última menstruação e vai até os 65
anos de idade Senilidade: É o período que se inicia a partir dos 65 anos.
PERIMENOPAUSA
ALTERAÇÕES HORMONAIS
Dois a oito anos antes da menopausa, os ciclos se tornam cada vez mais longos até que
os períodos menstruais cessam. A maior incidência de ciclos anovulatórios ocorre antes dos 20
a após os 40 anos.
Fase folicular principal determinante da duração dos ciclos, geralmente está
aumentada na perimenopausa devido a um amadurecimento e recrutamento mais precoce
pelos altos níveis de FSH, secundário a uma diminuição dos níveis de inibina que realizaria
feedback negativo para diminuição da secreção de FSH.
A ovulação ocorre até que o número decrescente de folículos atinge 1000 folículos que
é o limite inferior para manter ciclos menstruais. Nos 2 a 3 anos subsequentes à menopausa os
folículos praticamente se esgotam e embora haja aumentos nos níveis de FSH, os folículos
remanescentes se tornam cada vez mais resistentes a ação do hormônio. Estes fenômenos
tornam a fase folicular cada vez mais longa e os ciclos irregulares até que o crescimento
folicular não acontece. Os níveis de estradiol começam a cair cerca de seis meses após a
parada completa do desenvolvimento folicular, antes disso podem estar até aumentados.
Por ainda haver ovulação, há formação de corpo lúteo e os níveis de progesterona não
se alteram. Dessa forma o feedback de LH é mantido, só aumentando quando a menopausa se
instala.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Na maioria das mulheres é discreto, caracterizada principalmente por irregularidade
menstrual.
MENOPAUSA
ALTERAÇÕES HORMONAIS
Sinaliza apenas o fim da função ovulatória, o ovário continua ativo, porém todo perfil
hormonal se altera, sendo o estrogênio, progesterona e as gonadotrofinas as alterações mais
expressivas.
Estrogênio
Não existem mais folículos remanescentes, então não há mais crescimento folicular e a
produção de estrogênio ovariano deixa de existir. Porém, ainda existem níveis mensuráveis de
estradiol e estrona durante toda a vida pela manutenção da capacidade dos tecidos periféricos
em aromatizar os androgênios suprarrenais e ovarianos. O principal produto é a estrona que
deriva da conversão de androgênios como testosterona e androstenidiona no tecido muscular,
hepático, cerebral e tecido adiposo. Sendo assim, mulheres obesas apresentam níveis
aumentados de estrogênios circulantes.
Androgênios
Com diminuição do número de folículos ocorre aumento do estroma ovariano pela
reincorporação das células da teca estroma. Sendo assim, o estimulo hipofisário atua sobre o
estroma levando a síntese de androgênios mesmo que em menor quantidade. O androgênio
nesta fase funciona como um precursor da formação de estrogênio através de sua conversão
periférica.
Progesterona
Não há produção após a menopausa.
Gonadotrofinas
Em conseqüência da queda dos níveis dor hormônios ovarianos, o feedback exercido é
suavizado elevando as gonadotrofinas consideravelmente. O FSH aumenta em maior
quantidade seguido pelo LH, o pico ocorre de 1 a 3 anos após o último ciclo menstrual e após
ocorre declínio gradual. Ausência de menstrual associada a níveis elevados de FSH e LH é
diagnóstico de falência ovariana.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
O diagnóstico é retrospectivo, caracterizado pela data da última menstruação. Também
pode ser feito com base em sintomas característicos como fogachos.
PÓS-MENOPAUSA
ALTERAÇÕES HORMONAIS
Os ovários apresentam produção hormonal discreta, basicamente restrita a
testosterona e androstenediona, não há produção de estrogênio e progesterona e os níveis de
gonadotrofinas se elevam inicialmente com diminuição gradual em seguida.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Ocorre pela queda dos níveis de estrogênio, podem ser divididas em precoces e tardias e o
sintoma mais característico é a amenorreia prolongada.
Precoces
Alterações vasomotoras: Fogachos são períodos transitório e recorrentes de rubor
facial, em pescoço e tórax, sudorese, sensação de calor associada a palpitações, ansiedade e
alguma vezes seguidos de calafrios. Pode ser observado um aumento na frequência cardíaca,
fluxo sanguíneo e temperatura corporal. Os episódios duram cerca de três minutos e podem se
repetir até 30 vezes por dia. A teoria mais aceita é de que se relaciona ao aumento da secreção
de GnRH pelo hipotálamo em resposta aos níveis baixos de estrogênio
A longo prazo
ALTERAÇÕES ATRÓFICAS: Após os primeiros quatro os cinco anos da menopausa 1/3 das
mulheres que não recebem reposição hormonal apresentam atrofia sintomática do epitélio
vaginal, uretral e da base da bexiga (tecidos estrogêniodependentes). Caracterizadas por:
Diminuição da espessura do epitélio vaginal, perda das camadas superficiais, perda da
elasticidade do epitélio vaginal, aumento do tecido subepitelial conectivo, diminuição e
estreitamento do canal vaginal com perda de sensibilidade, aumento do pH vaginal >5.
Propedêutica do climatério
Exames solicitados: Lipidograma, glicemia, pesquisa de sangue oculto, colpocitologia oncótica,
mamografia, US pélvica, densitometria para pacientes com mais de 65 anos, dosagem de LH,
FSH e estrogênio de rotina.
Tratamento
Indicações:
Alteração vasomotoras
Os sintomas vasomotores moderados ou intensos a indicação primária de TRH. A terapia
estrogênica deve ser realizada continuamente e não de forma cíclica, porém, deve ser feita por
menor tempo possível, de preferência por menos de cinco anos com diminuição lenta e
gradativa.
Alterações atróficas
Tratamento indicado para alivio dos sintomas, resultando em melhora dos sintomas em
um mês e recuperação do epitélio em seis meses. A TRH pode ser local ou sistêmica, sendo
preferencialmente local pois demanda administração de uma menor dose para atingir o
mesmo efeito da sistêmica. Reposição androgênica cuidadosa pode ser instituída em caso de
diminuição da libido.
Alterações de humor
A TRH não deve ser instituída caso o objetivo seja tratar distúrbios depressivos.
Osteoporose
Estrogênios: Inibem a reabsorção óssea;
Bifosfonato: Análogos sintéticos de pirofosfato que atuam inibindo a função e número
de osteoclastos e estimulando a apoptose dos mesmos, reduzindo a reabsorção óssea.
Aumentam a massa óssea em fêmur e coluna;
Raloxifeno: Modulador seletivo do receptor de estrogênio de segunda geração e causam
assim respostar similares ao estrogênio;
Teriparatide: Contém a sequencia do paratormônio em sua composição e exerce
estimulação na formação óssea; Calcitonina: Inibe a reabsorção óssea e tem efeito analgésico;
Tribolona: Progestagênio derivado do noretindrel que no organismo dá origem a
composto com ação estrogênica, progesterônica e androgênica;
ANTICONCEPÇÃO
Anticoncepção é o uso de métodos e técnicas com a finalidade de impedir que o
relacionamento sexual resulte em gravidez. É recurso de planejamento familiar para a
constituição de prole desejada e programada, de forma consciente.
comportamentais,
de barreira,
dispositivos intrauterinos,
hormonais
de emergência.
MECANISMO DE AÇÃO:
Os contraceptivos orais combinados (COC) exercem a sua ação contraceptiva por meio
de uma influência no eixo neuroendócrino, alterando o mecanismo de estimulação ovariana
pelas gonadotrofinas e pela interferência direta sobre os mecanismos de feedback. Assim,
promovem um bloqueio gonadotrófico especialmente do pico de LH e, com isso, impedem que
ocorra a ovulação. Por esta razão são chamados de anovulatórios. Salvo esta razão, atuam por
meio do progestágeno sobre:
1. o muco cervical, tornando-o impenetrável pelo espermatozoide;
PARAEFEITOS E EFEITOS
Estrogênicos:
náusea;
aumento do tamanho das mamas (ductos e gordura);
retenção de líquidos;
ganho de peso rápido e cíclico;
leucorreia (ectrópion + cervicite);
complicações tromboembólicas;
acidente vascular cerebral (AVC);
adenoma hepatocelular;
câncer hepatocelular;
aumento na concentração de colesterol na bile;
crescimento de miomas;
telangiectasias
Progestagênicos
PLANEJAMENTO
FAMILIAR
Planejamento Familiar é um conjunto de ações que auxiliam homens e mulheres a planejar a
chegada dos filhos, e também a prevenir gravidez indesejada. Todas as pessoas possuem o
direito de decidir se terão ou não filhos, e o Estado tem o dever de oferecer acesso a recursos
informativos, educacionais, técnicos e científicos que assegurem a prática do planejamento
familiar.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 120 milhões de mulheres em todo o
mundo desejam evitar a gravidez. Por isso, a Lei do Planejamento Familiar foi desenvolvida
pelo Governo Brasileiro, com o intuito de orientar e conscientizar a respeito da gravidez e da
instituição familiar.
O Estado Brasileiro, desde 1998, possui medidas que auxiliam no planejamento, como a
distribuição gratuita de métodos anticoncepcionais. Já em 2007, foi criada a Política Nacional
de Planejamento Familiar, que incluiu a distribuição de camisinhas, e a venda de
anticoncepcionais, além de expandir as ações educativas sobre a saúde sexual e a saúde
reprodutiva.
De forma geral, a pílula anticoncepcional e o DIU são os dois procedimentos mais procurados
pelo público feminino no País. Somente em 2010, o governo federal adquiriu 49,3 milhões de
cartelas da pílula anticoncepcional para distribuição. Além disso, foram adquiridas 600 mil
unidades de DIU no ano passado.
Controlar a fertilidade é o primeiro passo para planejar o momento mais adequado para ter
filhos. A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS), feita em
2006, financiada pelo Ministério da Saúde, revelou que 46% das gravidezes não são planejadas.
CAPÍTULO I
DO PLANEJAMENTO FAMILIAR
Art. 1º O planejamento familiar é direito de todo cidadão, observado o disposto nesta Lei.
Art. 2º Para fins desta Lei, entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de
regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da
prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal.
Parágrafo único – É proibida a utilização das ações a que se refere o caput para qualquer
tipo de controle demográfico.
Art. 3º O planejamento familiar é parte integrante do conjunto de ações de atenção à
mulher, ao homem ou ao casal, dentro de uma visão de atendimento global e integral à saúde.
II – o atendimento pré-natal;
Art. 10. Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: (Artigo
vetado e mantido pelo Congresso Nacional – Mensagem nº 928, de 19.8.1997)
I – em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade
ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias
entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa
interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por
equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce;
Art. 11. Toda esterilização cirúrgica será objeto de notificação compulsória à direção do
Sistema Único de Saúde. (Artigo vetado e mantido pelo Congresso Nacional) Mensagem nº
928, de 19.8.1997
Art. 14. Cabe à instância gestora do Sistema Único de Saúde, guardado o seu nível de
competência e atribuições, cadastrar, fiscalizar e controlar as instituições e serviços que
realizam ações e pesquisas na área do planejamento familiar.
CAPÍTULO II
Art. 15. Realizar esterilização cirúrgica em desacordo com o estabelecido no art. 10 desta Lei.
(Artigo vetado e mantido pelo Congresso Nacional) Mensagem nº 928, de 19.8.1997
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa, se a prática não constitui crime mais grave.
I – durante os períodos de parto ou aborto, salvo o disposto no inciso II do art. 10 desta Lei.
Art. 16. Deixar o médico de notificar à autoridade sanitária as esterilizações cirúrgicas que
realizar.
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Art. 19. Aplica-se aos gestores e responsáveis por instituições que permitam a prática de
qualquer dos atos ilícitos previstos nesta Lei o disposto no caput e nos §§ 1º e 2º do art. 29 do
Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal.
Art. 20. As instituições a que se refere o artigo anterior sofrerão as seguintes sanções, sem
prejuízo das aplicáveis aos agentes do ilícito, aos coautores ou aos partícipes:
I – se particular a instituição:
Art. 21. Os agentes do ilícito e, se for o caso, as instituições a que pertençam ficam
obrigados a reparar os danos morais e materiais decorrentes de esterilização não autorizada
na forma desta Lei, observados, nesse caso, o disposto nos arts. 159, 1.518 e 1.521 e seu
parágrafo único do Código Civil, combinados com o art. 63 do Código de Processo Penal.
CAPÍTULO III
Art. 23. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias, a contar da
data de sua publicação.
De acordo com o Ministério da Saúde, entre os anos de 2003 e 2009, houve uma queda de
20% na quantidade de gestantes com idade entre 10 e 19 anos. Acredita-se que o incentivo e o
poder de escolha dos métodos preventivos têm estimulado as mulheres a fazer um
planejamento melhor.
Eficácia.
Efeitos secundários.
Aceitabilidade.
Disponibilidade.
Facilidade de uso.
Reversibilidade.
Proteção à Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e infecção pelo HIV.