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Firmezas do médium – Anjo e Esquerda

O médium de Umbanda é, por natureza, um direcionador/movimentador de energias sutis e um


comunicador intermundos, i.e., entre os mundos físico e extrafísico. Nós, médiuns de
Umbanda, mantemos contato permanente com seres extrafísicos de grau elevado (Caboclos,
Pretos-Velhos, Crianças, Boiadeiros). Também mantemos contato permanente com seres
extrafísicos de baixíssimo esclarecimento (espíritos obsessores, atrasados, sofredores). Por
outro lado, devemos nos lembrar que além das pessoas, lidamos com as energias negativas
geradas de forma intencional e direcionada (demandas, por exemplo) como também com
energias geradas de forma não intencional (inveja, ciúmes). Há pessoas (encarnadas ou
desencarnadas) que são portadoras de uma maldade adquirida por hábito diante de uma vida
sofrida e sem amparo espiritual elevado, carregando em si uma aura negativa e amarga. Estas
pessoas causam rápida desarmonia vibracional a todos aqueles que com elas convivem. Dores
de cabeça, mal estar, sentimento de desconforto e depressão repentina são os sintomas mais
comuns ao médium que se encontra dentro do alcance destes estados vibracionais
desequilibrados. Assim, as firmezas do médium umbandista tornam-se indispensáveis à
manutenção de seu equilíbrio mediúnico e harmonia energético.
Ultrapassadas estas considerações iniciais, o médium umbandista deve estabelecer quais
firmezas lhe são necessárias de acordo com seu grau evolutivo atual e de acordo com suas
funções atuais dentro da corrente mediúnica de seu templo. De início, cabe-nos relembrar que
é o dirigente espiritual a pessoa capaz de melhor orientá-lo quanto às suas reais necessidades.
O dirigente espiritual está contigo em diversos momentos e, por esta razão, é conhecedor de
suas necessidades espirituais. Escute-o. Respeite-o. Nada melhor do que um bom dirigente
para lhe orientar nesta jornada. Caso você, meu irmão, seja um dirigente a procura destas
respostas saiba que está no caminho correto, no caminho do conhecimento e seus filhos terão
em ti um grande mestre. O estudo é a chave que abre todas as portas. A frase é clichê porém,
verdadeira.
Sabendo que o contato com o plano astral é permanente, não cessa e não se cansa, nossso
campo mediúnico precisa de âncoras luminosas. A primeira firmeza que todo umbandista
necessita de imediato é a do seu anjo de guarda ou anjo guardião ou amparador encarnatório
ou mestre amparador ou "de direta" ou qualquer outro nome que venhamos a fornecer a este
amparo de primeira linha. Esta firmeza é concretizada no plano físico por meio do altar
particular, que pode ser caseiro (dentro de sua residência) ou externo (no terreiro, p.ex.).
Desaconselhamos a montagem deste altar amparador em seus locais de trabalho (empresa,
escritório) por diversos motivos, sendo o principal deles, o trânsito continuo de pessoas cujas
intenções possam desarmonizar seu altar. Tais pessoas não entendem o real significado de
uma firmeza e podem, diante de sua ignorância, emitir ao seu altar vibrações contrárias
desequilibrando-o. Não é preciso alertar sobre as pessoas mal intencionadas que assim o
fazem por maldade pura. Perceba, irmão umbandista, que não estamos afirmando que seu
anjo de guarda irá lhe prejudicar com tais atos ou que irão acorrentá-lo mas, que a firmeza
montada no plano físico terá seu fluxo energético prejudicado e, muitas vezes, obstruído. Caso
queira uma firmeza que lhe auxilie em seu escritório ou em seu emprego, monte uma com esta
específica finalidade. Isto é simples e basilar porém, nunca é demais alertar.
Sei que agora o leitor está sedento pelas questões práticas e as dúvidas tomam conta de seus
pensamentos. A literatura é escassa neste sentido e os dogmas são enormes. Portanto,
partiremos à análise.
A vela de anjo ou "de direita" deve ser acesa acima da cabeça? Dentro ou fora de casa?
Devemos colocar um copo de água? Meus irmãos, primeiramente, procedam sempre de
acordo com as orientações de seu dirigente espiritual. Se seu dirigente diz que a vela é acima
da cabeça, acenda-a acima da cabeça e assim por diante. O que colocarei nas próximas linhas
é unicamente o que aprendi com a experiência, com o estudo e com os mestres encarnados e
desencarnados que encontrei até o momento. Esta é a minha verdade atual.
O altar individual ou coletivo (congá), a tronqueira e as firmezas contruídas para diversos fins
são genuínas portas de ligação com o mundo espiritual. Cada elemento introduzido nas
firmezas gera e conduz uma força coligada a uma outra no plano extrafísico. A água liga-se ao
mistério ou arcano de origem aquática, seus desdobramentos no plano astral e às suas
qualidades (purificação, elevação espiritual). Além de ser essencial à vida, a água também é
responsável por manter nosso corpo em perfeito estado de saúde e nossa mente em
funcionamento. A água também possui capacidade purificadora e não é por acaso que está
presente nos rituais de batismo. Cidades surgiram ao redor das fontes de água potável (rios,
poços) e sucumbiram quando esta se esgotou. Esta é explicação simples de um dos elementos
que utilizamos nas firmezas de anjo de guarda. Da mesma forma, a imagem de gesso ou
resina ou outro material qualquer nos conduz mentalmente ao arquétipo daquela força levando
nosso pensamento a absorver suas características e qualidades. Os elementos transportam
forças, poderes, propriedades e mistérios do mundo espiritual ao mundo físico e vice-versa.
Nunca foram, não são e nunca serão meros enfeites. Há fundamento.
Para montarmos nosso altar caseiro precisamos encontrar um local adequado em nosso lar. É
comum convivermos com as mais diversas religiões dentro de uma mesma família e
precisamos respeitá-las. A humanidade já se cansou da intolerância religiosa, bem como não
devemos atrapalhar a religiosidade alheia causando conflitos desnecessário dentro de nossa
própria família. Portanto, escolha um local em sua casa que seja especial, que seja sagrado e
abençoado por você todos os dias. Este local, não deve atrapalhar a circulação das pessoas
que vivem e convivem contigo. Não queremos que nossas firmezas sejam derrubadas ao chão
porque as crianças estavam brincando na sala ou que você perca aquele contrato com o
principal fornecedor porque ele é evangélico e não tolera a religião de Umbanda. Não
queremos que nossas velas incendeiem e destruam nossos lares. Enfim, o local deve ser
seguro e livre da blasfêmia e ignorância. Precisamos ter em mente também que toda e
qualquer vela, independente de sua qualidade, emite fumaça que, por natureza, é tóxica. Caso
escolha algum local dentro de seu quarto para acomodar seu altar particular, lembre-se sempre
que este cômodo precisa de ventilação. Não queremos inalar fumaça tóxica por oito horas
seguidas e prejudicar nossa saúde. Além disto, não há nada mais desanimador do que a
imagem de nossos anjos amparadores dentro de nosso quarto durante os momentos de
intimidade. Isto também deve ser levado em conta.
Altar para anjo é dentro ou fora de casa? A discussão, neste ponto, é doutrinária. Há doutrinas
que afirmam que velas dentro de casa atraem espíritos e, estes, podem apoderar-se desta
chama e ali prejudicar a família por meio de obsessão ou apenas por sua baixa vibração. Estes
espíritos seriam atraídos pela luz daquela vela para acabar com seu sofrimento atual. Há
doutrinas que dizem que, uma vela que possui "dono", ou seja, foi devidamente ativada para
um ser de luz, não pode ser dominada por outros espíritos. Esta doutrina explica que seria
absurdo seu anjo de guarda ser retirado do domínio de sua luz por um espírito maldoso já que
o anjo é um ser de altissimo grau e luminosidade. Respeito ambas afirmações mas, sigo esta
última. Quando eu era filho de santo, respeitava as determinações de meu dirigente espiritual.
Meu altar caseiro ficava na área de serviço em uma prateleira fixada acima da porta. Dizíamos
que, desta forma, espíritos inferiores não teriam acesso àquela luz por estar em tão elevada
altura. Também afirmávamos que a localização daquele altar particular não interferiria no
andamento cotidiano de minha família. Porém, não era exatamente isto que eu desejava com
aquele altar? Não é exatamente isto que desejamos que nosso anjo protetor faça? Eu quero
que o anjo de guarda atue em minha vida e em minha família pois, a luz e o amparo emitido é
grandioso e edificante. Além disto, será que as almas sofridas não conseguem levantar o braço
ou subir na máquina de lavar para ficar de frente a vela? Mais adiante, quando recebi o
chamado da espiritualidade para liderar um grupo de médiuns e me tornar dirigente espiritual,
conversei com as entidades regentes do templo que me orientaram da seguinte forma:
"Respeite todas as formas de pensar, principalmente a sua. Caso ela tenha fundamento, nós
abençoaremos. Caso contrário, ensinaremos uma forma melhor de lidar com as forças que
movimentam o espírito ao encontro da luz. A vela é uma porta entre os mundos. Toda porta
possui uma chave e toda chave se encontra na posse de um guardião. No seu caso, o
guardião da chave é seu mentor luminoso, seu guia no caminho da luz. Uma vez acesa esta
luz ligando vocês dois, nada mais poderá quebrá-la. Não há sombra capaz de encobrir a luz".
Portanto, respeitando todos os demais pensamentos e utilizando minhas próprias experiências
e digressões, aqui em casa e nos ensinamentos repassados aos meus filhos de fé, todos estão
autorizados e devidamente instruídos sobre a possibilidade de acender suas velas de anjo de
guarda no interior de suas residências.
Acima da cabeça (coroa) ou abaixo dela? Alguns fundamentos estão acima expostos. Outros,
passarei a explicar. Por que esta pergunta? Quando dizemos acima da cabeça estamos
indicando o campo de atuação desta firmeza específica. O anjo de guarda atua no elo de
ligação com o altíssimo, com as forças espirituais superiores, por assim dizer, utilizando o alto
de nossa cabeça para estabelecer esta conexão. Para algumas doutrinas, utiliza nosso chacra
da coroa ou coronário. Quando escrevo “algumas doutrinas”, não menosprezo. Apenas
informo. Neste caso, sou praticante da doutrina dos chacras contudo, alguns irmão de fé que
estão lendo este texto, não a seguem. Todos, ao final, usufruem da mesma força e região do
corpo mas, com nomes diferentes. Continuando. Se eu moro em uma casa e trabalho no 10º
andar ainda terei atuação do anjo de guarda em minha coroa? É o acender, o queimar ou o
dedicar que dá direcionamento a luz da vela de anjo? Acredito que a intenção ligada ao
procedimento ritualístico (forma e conteúdo - religere e religare) influem no resultado. Após
algumas experiências, estudos e conversas passei a adotar o seguinte procedimento. Não
importa se a vela ficará acima ou abaixo de sua coroa (chacra coronário), no momento em que
for acender a vela, segure-a em linha reta com o alto de sua cabeça e clame pela atuação de
seu anjo de guarda em seu aparato mediúnico e em sua vida como um todo. Após esta
evocação, coloque-a no local destinado à mesma em seu altar particular para a devida queima.
Seja acima ou abaixo da cabeça, dediquei o ritual (forma) e a inteção (conteúdo) à minha
coroa, local de atuação do anjo de guarda. Assim ensino a meus filhos e assim procedo em
minha firmeza de anjo de guarda.
Vimos que uma firmeza umbandista geralmente inicia-se com uma vela. Geralmente. Existem
doutrinas umbandistas que não acendem velas. O fundamento deste pensamento baseia-se na
ancoragem unicamente espiritual de suas firmezas. Todos as firmezas são realizadas no plano
etéreo. Nada é firmado no plano físico. Descrevi esta doutrina apenas para que o leitor saiba
pois, não a utilizo. Desta forma, quando o leitor for indagado ou notar que não há velas ou
firmezas físicas saberá que estamos diante de uma doutrina lastreada nas firmezas
unicamente espirituais, sem correspondência material. Este foi apenas um adendo.
Como já dito, em sua grande maioria, as firmezas iniciam-se com as velas partindo para a
introdução de outros elementos. Após a vela, o que mais encontramos firmado nos altares
umbandistas dedicados aos anjos de guarda é o copo com água. Por vezes, uma quartinha de
louça. Em outros, uma quartinha de barro ou um copo de vidro. Já expusemos as propriedades
da água (fonte da vida, manutenção das funções vitais, mistério aquático) e posso afirmar que
seu poder purificador faz da água uma junção perfeita com as qualidades de atuação do anjo
de guarda. O que desejamos com nossa firmeza de anjo, com nosso altar particular ou caseiro
destinado ao anjo de guarda? Almejamos proteção e amparo. Para isto acontecer, o anjo de
guarda utiliza o poder purificador da água para atuar com as energias negativadas que
carregamos, nos sentimentos decaídos e exacerbados que apresentamos os transformando,
por meio da água, em equilíbro e harmonia. Esta é uma das principais funções da água nesta
firmeza.
Uma vela e um pouco de água já compõe um altar caseiro atuante. Contudo, sabemos que
nós, umbandistas, possuímos grande apreço pelas imagens. As imagens nos levam ao estado
mental e vibracional relacionado ao arquétipo daquela representação em gesso ou resina.
Somos seres visuais. Por meio de nossa visão compreendemos o mundo que nos rodeia
complementando estas informações com sons, aromas, gostos e texturas. Os sentidos nos
remetem às sensações. As sensações aos sentimentos e estes, ao estados de comunhão com
o sagrado. Faça um teste. Olhe para uma foto triste e tente elevar seus pensamentos. Agora,
olhe para uma foto alegre e faça o mesmo. Qual será a foto mais propícia à elevação
espiritual? Com certeza, a segunda. Bom, expliquei a função fisiológica das imagens. Porém,
há algo mais.
Pergunto, podemos consagrar objetos na força das entidades espirituais? A resposta é sim,
podemos. As entidades assim o fazem com as guias de proteção e as guias de trabalho,
também assim o fazem com os objetos de trabalho e com os patuás (instrumentos protetivos
ou diretivos). Indo mais a fundo, pergunto também o que estes objetos refletem após a
consagração? A resposta é simples e direta. Estes objetos projetam a energia e a força de
suas consagrações. O que são as imagens senão objetos consagrados. As imagens não são
apenas lembretes de estados emocionais e devocionais. São pontos de força e verdadeiros
portais de canalização energética trazendo e levando energia dos seres espirituais a quem as
consagramos. Desta forma, é recomendável, não exigível, a presença da imagem
representativa e devidamente consagrada de seu anjo de guarda em seu altar particular. Como
consagrá-la somente seu dirigente espiritual é capaz de dizê-lo nos ditames doutrinários de seu
templo de Umbanda. Nós, do Templo Sete Montanhas do Brasil, consagramos as imagens
angelicais por meio da evocação livre e aberta destes seres espirituais com este conteúdo
variável:
"Meu anjo de guarda, entrego nesta firmeza consagrada em seu nome e em seu sagrado
poder, esta imagem para imantação de sua força. Que esta representação transforme-se em
poder realizador abrindo os portais de comunicação energética entre nós. Que asssim seja e
assim será".
Perceba que o conteúdo é simples, direto e variável. É uma evocação básica de consagração.
Mantenha as mãos direcionadas à imagem a ser consagrada e o pensamento firme em direção
às forças de seu anjo de guarda para criar conexão espiritual condizente com a motivação
energética e fluídica com seu companheiro de jornada luminosa. Sinta em seu aparato
mediúnico a ligação estabelecida, tenha fé na manifestação de sua capacidade de realização e
poder de direcionamento. Esta é a base. Crie, com seu dirigente, os caminhos divinos
necessários à sua ascensão e conexão com o altíssimo.
Tecendo estas considerações sobre imagens e elementos de segurança e firmeza das forças
da direita, sabemos que há algo em falta e que o umbandista deve ter em seu campo protetivo
de trabalho. Estou me referindo às forças da chamada linha de esquerda ou qualquer outro
nome que venhamos a oferecer aos exus e pombagiras e, por que não, aos exus e pombagiras
mirins, caso também trabalhem com estas forças em seu templo.
Sendo um médium de incorporção ou não, você mantém conexão com estas entidades. Elas
atuam em suas vidas protegendo e transmutando as forças negativas. São entidades de
choque, forças protetivas de grande proximidade. Assim como os anjos de guarda, as
entidades da linha de esquerda, negativa ou guardiã atuam na defesa de nossas camadas
espirituais. Seu dirigente espiritual lhe dirá se esta firmeza lhe é necessária de acordo com a
doutrina adotada em cada templo.
A firmeza é edificada com um copo de marafo (veremos em outro texto a importância e
fundamento da aguardente e outras bebidas que contém álcool em sua formação básica), um
charuto e uma vela. Esta é a formação básica para construção da firmeza de esquerda. Nesta
firmeza, dá-se preferência à parte externa da residência. Não por conta da possessão alheia de
seus poderes mas, por conexão direta com as forças telúricas e do tempo. É recomendável
que sua firmeza seja executada próximo ao portão da frente de sua residência. Contudo, na
impossibilidade deste local, devemos utilizar outro que atenda aos mesmos requisitos. Estas
forças espirituais atuam nas passagens, nas entradas e saídas de nossos lares. Nada mais
preferível do que firmá-los em seus campos de atuação diretamente. Residindo em um
apartamento, podemos utilizar a varanda ou a área de serviço. A esquerda atua, de
preferência, no tempo, utilizando as energias inerentes a estes pontos de força. Na
impossibilidade destes espaços, firmamos a esquerda na parte interiror. É melhor tê-los em
local não convencional do que não nos servir de suas forças. Há templos com tronqueiras até
mesmo embaixo do congá sem ser abalado por isto. A fé guarda segredos maiores do que
podemos imaginar e só uma mente pouco crédula e não conhecedora dos ditames ritualísticos
de nossa religião mantém prejuízo ligado à firmeza dos poderes de nossos guardiões.
Contudo, não nos exaltemos. Há trabalhos de Umbanda sem a presença da esquerda, bem
como templos que não os cultuam e mesmo assim, possuem um trabalho de primeiríssima
qualidade. Há porém, outros, como o nosso, que os usufruem destas forças também com
excelente qualidade de trabalho. A esquerda é essencial? Não sei dizer. A esquerda é força
para o trabalho e crescimento espiritual? Com certeza absoluta. É forma divina de existência e
sua companhia engrandece nosso templo.
Da mesma forma que podemos utilizar imagens para firmar nossos anjos de guarda, podemos
utilizar imagens para firmar nossa esquerda. Os mesmos fundamentos dos anjos de guarda, na
devida proporção, são e devem ser utilizados para esta firmeza.
Quando devemos ativar estas firmezas? Sempre que houver trabalho mediúnico. Isto é o
mínimo.
Utilizar velas de sete dias ou comuns? A pergunta mais exata seria: Você dispõe de dinheiro
suficiente para manter velas de sete dias durante todo o mês acesas? Caso a resposta seja
afirmativa, aconselho a utilizar velas de sete dias contanto que lembre-se diariamente de
reativar e reavivar sua fé perante estas forças. Não é por que a vela está acesa que dispensa
nossa atenção. Caso seja com velas palito, a manutenção mínima deverá ser semanal com
preferência absoluta para os dias de atendimento espiritual.
Utilizar fósforo ou isqueiro? Aconselho a utilização de fósforos por conter todos as
caraterísticas inerentes aos pontos de força naturais. Madeira, que conduz a força da terra
(árvore), do tempo, das chuvas, do sol mais o fósforo, que provém do reino mineral e o ar para
manter a combustão. Caso não tenha fósforos, utilizar o isqueiro com sua pedra (reino mineral)
e seu gás (eólica) mantendo a chama acesa. Também temos o isqueiro do tipo Zippo, que
contém material vegetal (pavio) para manter a chama acesa com o mesmo fundamento dos
fósforos.
Nunca se esqueça da maior fonte de combustão existente em sua alma, a fé. É ela que
mantém a chama de nossos corações acesa e movimenta nossas vidas.
Espero ter concluído um texto de aproveitamento válido. Espero ter atingido seu coração com a
fé e sua mente com conhecimento palpável. Mantenha sempre sua atenção e respeito ao
dirigente espiritual e a doutrina de seu templo.
Meu nome é Adérito Simões, sacerdote de Umbanda do Templo Sete Montanhas do Brasil.
Obrigado.

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