Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Luís Roberto Barros, em Neoconstitucionalismo e constitucionalização do Direito (o triunfo tardio do
Direito Constitucional no Brasil., Revista De direito Administrativo, volume 240, p. 6
As principais são:
2
Ricardo Guastini, Das Fontes às Normas, p. 187
2) Separar princípios de valores pessoais ou valores de um grupo
específico:
4
Na União, pela Câmara dos Deputados e Senado Federal. Nos Estados Federados e Distrito Federal,
pelas Assembleias. E nos Municípios pelas Câmaras de Vereadores.
A legalidade a que se refere o texto constitucional é suprida, como
regra, por lei ordinária. Excepcionalmente, e apenas quando a
Constituição o exija expressamente5, por lei complementar.
5
Sendo o exemplo mais importante a instituição de impostos pela União no exercício de sua
competência residual, artigo 154, I da Constituição. Outros exemplos: artigo 153, VII (imposto sobre
grandes fortunas), 148, I e II (empréstimos compulsórios), 195, §4º (contribuições sociais em
competência residual).
6
Veja-se que não está entre estes elementos a data de vencimento dos tributos, havendo vários
julgados do STF no sentido de ser possível sua fixação por Decreto. Veja, por exemplo, o julgamento do
RE 195.218.
CTN, bem como sua aplicação na Súmula 160 do Superior Tribunal de
Justiça, que trata dessa situação relativamente ao IPTU, e cuja ratio pode
ser estendida a qualquer outro imposto7.
8
O artigo 21 do CTN mencionava a possibilidade alteração também da base de cálculo, o que não foi
recepcionado pela Constituição de 88.
5.3 PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA
9
Para nós, nesta mesma linha, o STF deveria ter julgado inconstitucional a flexibilização do princípio da
legalidade tributária por meio de Emenda Constitucional, como no caso da CIDE-Combustível acima
discutido. No entanto, nunca houve julgamento neste sentido, não obstante não haja nenhuma razão
específica para se considerar o princípio da anterioridade tributária superior ao da legalidade tributária.
observar o princípio da anterioridade, somente passando a viger no
exercício fiscal seguinte a que forem publicadas10.
10
Veja-se a decisão do STF no RE 564.225/RS, em http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?
id=280150704&ext=.pdf, acessada em 04.03.2020.
Ao introduzir a alínea “c” no artigo 150, III da Constituição, a
Emenda Constitucional 42/03 harmonizou os dois critérios para todas as
espécies tributárias, com exceção das contribuições sociais previstas no
artigo 195, por força da exceção prevista em seu parágrafo sexto.
12
Exemplificativamente, não se pode cobrar uma alíquota maior de imposto de renda de alguém por ela
ser banqueiro ou empresário, mas tão somente em função da efetiva percepção de uma renda maior.
Por outro lado, não se pode deixar de cobrar, ou reduzir impostos para beneficiar uma categoria
específica, como policiais ou juízes, por exemplo. Tributos somente podem ser regulados em função da
maior ou menor expressão de riqueza, este é o conteúdo da norma.
13
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
14
Existe apenas um julgado do STF (ADI 948, julgada em 1995) que estende este princípio às taxas
(especificamente a taxa judiciária), por interpretação extensiva. Mais recentemente, em 2016, o STF ao
julgar a ADI 4762, estendeu este princípio às contribuições de interesse de categorias econômicas ou
profissionais (“anuidades de conselhos”), sinalizando que a correta interpretação do dispositivo é
mesmo a extensiva, no qual a palavra específica imposto deve ser compreendida como a genérica
tributo.
contribuir com diferentes quantidades pecuniárias aos cofres estatais.
Indivíduos e pessoas jurídicas com rendas maiores deverão contribuir,
proporcionalmente, com mais recursos que aqueles com rendas menores.
Sua proposta é redistributiva.
15
Este parágrafo já está na sua terceira redação, desde então. Não obstante, todas mantiveram o
princípio.
16
É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão
inter vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor venal do imóvel.
Outra Emenda Constitucional (42/03) fez o mesmo em relação ao
IPVA (ver artigo 155, §6º, II), ainda que de modo mais modesto, pois não
se referiu à distinção em função do valor do bem automóvel, mas do seu
tipo (popular, médio, luxo, superluxo, etc).