Você está na página 1de 19

Direito Civil IV

Responsabilidade Civil
Lista de exercícios para 2ª prova
1. João, Técnico Médio da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, no
exercício da função, caminhava carregando em seus braços uma enorme pilha de
autos de processos, quando tropeçou e caiu em cima da particular Maria, que estava
sendo atendida pela Defensoria, quebrando-lhe o braço e danificando o aparelho de
telefone celular que estava na mão da lesada.
Em razão dos danos que lhe foram causados, Maria ajuizou ação indenizatória em
face:
a) da Defensoria Pública-Geral do Estado, com base em sua responsabilidade
civil subjetiva, sendo necessária a comprovação do dolo ou culpa de João;
b) da Defensoria Pública-Geral do Estado, com base em sua responsabilidade
civil objetiva, sendo desnecessária a comprovação do dolo ou culpa de
João;
c) do Estado do Rio de Janeiro, com base em sua responsabilidade civil
objetiva, sendo desnecessária a comprovação do dolo ou culpa de João;
d) do Estado do Rio de Janeiro, com base em sua responsabilidade civil
subjetiva, sendo necessária a comprovação do dolo ou culpa de João;
e) da Defensoria Pública-Geral do Estado e do Estado do Rio de Janeiro, com
base na responsabilidade civil solidária entre ambos, sendo necessária a
comprovação do dolo ou culpa de João.
2. Sobre a responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa
CORRETA.
a) A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça tem admitido a
responsabilidade integral do Estado por ato comissivo de agente
público, que causa dano ambiental.
b) É possível o afastamento da responsabilidade do Estado por
dano nuclear causado por agente público, quando da verificação
concreta de caso fortuito ou força maior.
c) A responsabilidade civil por risco administrativo não admite
excludente do nexo de causalidade.
d) A responsabilidade regressiva do agente público será objetiva
em regra.
e) De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, os legitimados
para propor Ação Civil Pública não poderão pleitear indenização
por dano social.
3. Em matéria de responsabilidade civil objetiva do Estado, de
acordo com a Constituição, somente responderão pelos danos que
seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa:
a) as pessoas jurídicas de direito público;
b) as pessoas jurídicas da administração direta e indireta;
c) as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos;
d) as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
contratadas mediante licitação;
e) as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
contratadas mediante licitação ou contratadas para prestar
serviços públicos.
4. Considerando a jurisprudência do STJ, julgue os seguintes itens, relativos à
responsabilidade civil do Estado.
I O Estado responde civilmente por danos decorrentes de atos praticados por
seus agentes, mesmo que eles tenham agido sob excludente de ilicitude penal.

II A despeito de situações fáticas variadas no tocante ao descumprimento do


dever de segurança e vigilância contínua das vias férreas, a responsabilização
da concessionária é uma constante, passível de ser elidida somente quando
cabalmente comprovada a culpa exclusiva da vítima.

III A responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é subjetiva,


devendo ser comprovados concomitantemente a negligência na atuação
estatal, o dano e o nexo de causalidade entre o evento danoso e o
comportamento ilícito do poder público.

Assinale a opção correta.


a) I e II estão certos. b) I e III estão certos. c) II e III estão certos. d) Todos
estão certos.
5. Durante a execução de uma obra de construção de rodovia que contempla a implantação de
um acesso para um bairro vizinho, considerado estratégico em razão da interligação com a
zona industrial do município, algumas casas da região foram interditadas em razão do
surgimento de rachaduras internas e externas, que demonstram danos estruturais nos imóveis.
A empresa responsável pela execução das obras e pela posterior exploração da mesma é uma
empresa pública estadual, que afirma não ter havido qualquer ação de seus funcionários que
pudesse ter causado os danos verificados. Diante desse cenário,
a) a empresa estatal não poderá ser responsabilizada, salvo se comprovada culpa de seus
funcionários, já que não se submete à modalidade objetiva de responsabilidade.
b) cabe à empresa estatal o integral ressarcimento dos danos causados às residências, seja
em função do vínculo estatutário, seja porque a responsabilidade objetiva prescinde de
demonstração de nexo causal e culpa dos agentes.
c) deverá a empresa estatal responder objetivamente pelos danos causados, desde que
fique demonstrado que foi um de seus funcionários públicos, detentores de vínculo
estatutário, que deu causa aos danos.
d) não é necessária a comprovação de culpa ou de nexo de causalidade, desde que
concretamente comprovados os danos, para que a empresa seja responsabilizada
objetivamente.
e) é indispensável demonstrar o nexo de causalidade entre os danos concretos sofridos
pelos moradores e a ação ou omissão dos agentes públicos, para responsabilização da
empresa pública.
6. Gepeto Santos tem 15 anos e estava dirigindo uma motocicleta quando vê à
sua frente uma barreira policial. Assustado e ciente que não possuía habilitação,
desvia subitamente a direção na tentativa de se esquivar da polícia e acaba
colidindo com uma ambulância do Município de Altinópolis que estava
estacionada no acostamento, vindo a fraturar o seu braço. Diante disso, assinale a
alternativa correta.
a) Como a ambulância pertence ao Município de Altinópolis, este deve indenizar
Gepeto pelos ferimentos sofridos, em razão da aplicação da teoria da
responsabilidade subjetiva.
b) Como a colisão decorreu da barreira policial, cabe ao Estado responder pelos
danos sofridos por Gepeto, diante da teoria da responsabilidade objetiva.
c) O Estado, em razão do policiamento, e o Município, porque a ambulância era
municipal, respondem solidariamente pelos danos ocasionados a Gepeto.
d) O acidente foi decorrente de culpa exclusiva da vítima, motivo porque, por
falta de nexo de causalidade, nem o Estado, nem o Município podem ser
responsabilizados pelos danos sofridos por Gepeto.
e) Como a polícia sequer havia abordado Gepeto, verifica-se que houve omissão,
devendo o Estado responder aplicando-se a teoria da responsabilidade
subjetiva.
7. Uma determinada empresa pública que desenvolve
atividade econômica em sentido estrito praticou um ato
que provocou danos. Via de regra, pode-se afirmar que
a responsabilidade extracontratual da referida estatal
será
a) integral.
b)subjetiva.
c) objetiva, fundada na teoria da culpa anônima.
d)imprescritível.
e)objetiva, fundada na culpa do serviço.
8. João, condutor do veículo X, teve seu veículo atingido pelo veículo Y,
pertencente à Administração Pública do Estado da Paraíba, quando o condutor do
veículo Y ultrapassou o sinal vermelho num cruzamento. Em virtude do
abalroamento, João sofreu dano patrimonial no importe de R$10.000,00 (dez mil
reais). Visando a reparação dos danos que sofreu, João pretende ingressar com
uma ação de reparação de dano em face do Estado da Paraíba. Neste caso:
a) A ação deverá ser proposta tanto em face do Estado da Paraíba, quanto em
face do condutor do veículo Y, em litisconsórcio passivo necessário, conforme
entendimento do STF.
b) A responsabilidade do Estado dependerá da aferição da culpa do condutor do
veículo Y, por ser agente público, mediante produção de provas durante a
instrução processual.
c) O prazo prescricional para a ação de reparação de dano contra a
Administração é de quatro anos.
d) Para a caracterização do dever de indenizar do Estado, João, na ação de
reparação de dano, apenas precisará demonstrar a existência do nexo causal
entre o fato danoso e o dano sofrido.
e) O dever de indenizar os danos sofridos por João compete ao Estado da
Paraíba e ao condutor do veículo Y, havendo responsabilidade solidária entre
ambos.
9. No tocante à responsabilidade civil, considere:
I. A indenização mede-se pela extensão do dano, mostrando-se irrelevante
eventual desproporção entre a gravidade da culpa e o dano sofrido, pois a
reparação será fixada de acordo com as consequências concretas da conduta
do agente ofensor.
II . O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la não se transmitem
com a herança, por serem personalíssimos.
III . Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu
ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização,
além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da
convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para
que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
IV. Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da coisa, a
indenização consistirá em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a
título de lucros cessantes; faltando a coisa, dever-se-á reembolsar o seu
equivalente ao prejudicado.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III e IV. b) I, II e III . c) II , III e IV. d) I e II . e) III e IV.
10. Acerca da indenização por responsabilidade civil, é correto afirmar
que:
a) a indenização por injúria, se não comprovado prejuízo material, será
equitativamente fixada pelo juiz, considerando as circunstâncias do
caso.
b) mesmo havendo desproporção entre a gravidade de culpa e o dano, o
juiz não poderá reduzir, equitativamente, a indenização.
c) em caso de homicídio, a indenização consiste na prestação de
alimentos às pessoas a quem o morto os devia, devendo ser
descontado o valor de pensão previdenciária porventura recebido
pelos mesmos.
d) a indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no pagamento
de perdas e danos; em não havendo perdas e danos, descabe a
indenização.
e) não são cabíveis indenização por dano estético e indenização por
dano moral de forma conjunta, uma vez que o primeiro integra o
segundo.
11. No que tange à responsabilidade civil e penal do médico, julgue
o item subsecutivo. Situação hipotética: Ao planejar uma cirurgia de
joelho, de forma descuidada, o médico não percebeu que a
radiografia estava sendo observada pelo lado contrário e, durante a
execução do procedimento, operou o joelho errado. Assertiva:
Nesse caso, cabe sua responsabilização criminal, mas não
responsabilização civil.
Certo ( ) Errado ( )

12. No que tange à responsabilidade civil e penal do médico, julgue


o item subsecutivo. Responsabilidade civil médica é o dever jurídico
do médico de responder por atos praticados durante o exercício da
profissão — quando ilicitamente causar danos —, além do dever de
repará-los.
Certo ( ) Errado ( )
13. Suponha que determinada sociedade empresária, que atua no setor de
transporte e logística, tenha sido acionada judicialmente por uma pessoa vítima
de acidente ocorrido em uma rodovia e que envolveu um dos caminhões de
propriedade da empresa, que estava levando uma carga perecível para seu
destino final. Na referida ação judicial, a vítima pleiteia indenização pelos danos
sofridos em razão do acidente, no qual restou comprovada a culpa exclusiva do
motorista do caminhão. A empresa, por seu turno, refutou a responsabilidade
pelos danos, alegando que adotou todas as cautelas para a contratação do
motorista, que detinha habilitação para dirigir veículo daquela categoria e
comprovada experiência. De acordo com as disposições legais aplicáveis, os
argumentos apresentados pela empresa
a) são descabidos, eis que aplicável a responsabilidade objetiva, que prescinde
de comprovação de culpa.
b) devem ser considerados para fins de identificação da culpa in eligendo.
c) são procedentes, eis que a empresa não responde por ato de seus
empregados ou prepostos.
d) somente poderão ser aceitos se comprovada causa excludente de ilicitude.
e) somente seriam aplicáveis se a discussão envolvesse responsabilidade
contratual.
14. Pedro descobriu que seu nome havia sido inscrito em órgãos de
restrição ao crédito por determinada instituição financeira em
decorrência do inadimplemento de contrato fraudado por terceiro.
Nesse caso hipotético, a instituição financeira
a) não responderá civilmente, uma vez que se trata de fato de terceiro,
mas deverá proceder à retirada do registro negativo no nome de
Pedro.
b) não responderá civilmente, porque a fraude configura uma excludente
de caso fortuito externo.
c) responderá civilmente na modalidade objetiva integral.
d) responderá civilmente apenas se Pedro comprovar que sofreu
prejuízos devido à inscrição de seu nome nos órgãos de restrição ao
crédito.
e) responderá civilmente na modalidade objetiva, com base no risco do
empreendimento.
15. Sobre a indenização no direito civil brasileiro, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) Não há concorrência de culpa no procedimento de fixação do valor da
indenização.
b) A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na
reparação do dano que delas resulte ao ofendido.
c) No caso de homicídio, a indenização consiste, entre outras, no
pagamento das despesas com o funeral da vítima.
d) Se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie ajustada,
substituir-se-á pelo seu valor em moeda corrente.
e) No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o
ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até o fim
da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove
haver sofrido.
16. Assinale a alternativa correta.
a) Decisão criminal absolutória por insuficiência de provas impede
rediscussão, em âmbito civil, de pretensão de reparação de
danos.
b) O incapaz responderá pelos danos que causar, se as pessoas por
ele responsáveis não tiverem a obrigação de fazê-lo ou não
dispuserem de meios suficientes.
c) O magistrado, em caso de excessiva desproporção entre a
gravidade da culpa e o dano, poderá reduzir o valor da
indenização em até 2/3 do valor originalmente fixado.
d) Pai que ressarce o dano causado por filho relativamente capaz
pode buscar reembolso no prazo de 3 anos, contados da
cessação da menoridade.
e) Em caso de concurso de agentes causadores de dano, cada qual
responde na medida da sua culpabilidade.
17. Sobre a responsabilidade civil, assinale a alternativa correta.
a) A teoria da perda de uma chance pode ser utilizada como critério para a apuração de
responsabilidade civil ocasionada por erro médico, na hipótese em que o erro tenha
reduzido possibilidades concretas e reais de cura de paciente que venha a falecer em
razão da doença tratada de maneira inadequada.
b) Mesmo em situações normais, a instituição financeira pode ser responsabilizada por
assalto sofrido por sua correntista em via pública, isto é, fora das dependências de sua
agência bancária, após retirada, na agência, de valores em espécie. Estaria caracterizada
uma falha na prestação de serviços, devido ao risco da atividade desenvolvida [artigo 927,
parágrafo único, do Código Civil].
c) Há entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça no sentido de vedar a
cumulação das indenizações por dano estético e dano moral.
d) Para o Superior Tribunal de Justiça, a responsabilidade civil do Estado, nos casos de morte
de pessoas custodiadas, é subjetiva, ficando caracterizada se provada a omissão estatal.
e) De acordo com o Supremo Tribunal Federal, considerando que é dever do Estado, imposto
pelo sistema normativo, manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade
previstos no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do artigo 37,
parágrafo 6°, da Constituição vigente, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais,
comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das
condições legais de encarceramento. Nesse recente julgamento, prevaleceu a tese de que
a indenização não deve ser em dinheiro, mas em dias remidos.
18. Situação hipotética: Ao sair de uma festa, João sentiu-se mal e foi levado ao hospital. O médico que
estava de plantão fez uso de medicamento injetável à base de penicilina em João, e o liberou a seguir,
sem ter a devida cautela de informar aos familiares de João a respeito dos riscos que poderiam advir do
remédio ministrado. O hospital não cuidou para que João permanecesse por mais tempo internado para
observação e pronto atendimento no caso de alguma reação adversa. Ao chegar em casa, João morreu
em decorrência de um choque anafilático causado pelo medicamento. A família de João acionou o poder
judiciário buscando indenização por danos patrimoniais e extrapatrimoniais em função da
responsabilidade civil do médico, do hospital e da farmácia que forneceu o medicamento à base de
pencilina. A respeito dos fatos narrados; pode-se afirmar:
Parte superior do formulário
a) É incabível a responsabilização da farmácia pela venda do medicamento, à vista da prescrição médica,
pois ausente nexo de causalidade.
b) A falha no dever de informar do médico no que diz respeito ao esclarecimento ao paciente e seus
familiares dos riscos que poderiam advir do uso do medicamento não é causa suficiente para provocar
sua responsabilização civil.
c) Mesmo que o profissional farmacêutico atue de acordo com os preceitos éticos, legais e nos ditames
da prescrição médica, haverá o dever de indenizar em razão da responsabilidade ser objetiva.
d) Caso o fornecimento do medicamento pelo farmacêutico fosse diverso do prescrito pelo medico, não
caberia responsabilização do profissional de farmácia pois sua responsabilidade é subjetiva.
e) O hospital, enquanto pessoa jurídica, será responsabilizado desde que comprovado seu dolo.
19. Julgue os itens a seguir, acerca da responsabilidade civil.
O banco que terceirizar a entrega de talonário de cheque aos
correntistas será responsável por eventual defeito na prestação do
serviço, visto que se configura, nesse caso, a culpa in re ipsa,
pressuposto da responsabilidade civil do banco pela reparação do
dano. Parte superior do formulário. Certo ( ) Errado ( )

20. Julgue os itens a seguir, acerca da responsabilidade civil. A


configuração do vício do produto independe de sua gravidade ou do
momento de sua ocorrência se antes, durante, ou depois da entrega
do bem ao consumidor lesado , ou ainda de o vício ter ocorrido em
razão de contrato, respondendo pelo dano todos os fornecedores,
solidariamente, e o comerciante, de forma subsidiária. Certo ( )
Errado ( )

Você também pode gostar