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Guião do Industrial
Glossário
Estabelecimento Industrial
“Todo o local onde seja exercida, principal ou acessoriamente, por conta própria ou de
terceiro, qualquer actividade industrial, independentemente da sua dimensão, do
número de trabalhadores, equipamento ou outros factores de produção.”
Actividade Industrial
Licenciamento Industrial
Enquadramento histórico
Hoje em dia a garantia de vida das populações tornou-se numa preocupação essencial. Impõe-
se pois, sem prejuízo do direito ao livre exercício da actividade industrial, a protecção desse
direito fundamental da população, a par dos demais direitos susceptíveis de serem postos em
causa pela instalação de estabelecimentos industriais. Assim, à crescente preocupação com o
ambiente e o ordenamento do território veio corresponder uma adequada regulamentação ao
nível do licenciamento industrial (Decreto .44/98 de 9 de setembro).
A Problemática do licenciamento
É certo que o objectivo dos industriais é o de minimizar o tempo que medeia entre o momento
da decisão de investir e o início da produção, no entanto, isso não é incompatível com o
processo de licenciamento. Aliás, este processo poderá mesmo ser catalisador do aumento da
produtividade, uma vez que da sua análise e implementação advirá uma eventual crítica
construtiva que irá permitir eliminar deficiências conceptuais, reduzir os riscos associados à
laboração e providenciar o bem estar dos trabalhadores.
O licenciamento é por vezes negligenciado por parte de empresários industriais com falta de
informação ou mal assessorados técnico - administrativamente. Com efeito, este é um processo
que deverá ser preparado e organizado por profissionais tecnicamente preparados para a sua
realização, eventualmente externos à empresa, caso esta não disponha de quadros preparados
para o efeito. Este deve ser encarado como um custo de investimento e potencializador de
um retorno significativo.
Muitas vezes o industrial que não possui autorização de laboração, via licenciamento, só toma
consciência da gravidade da omissão praticada quando confrontado com a inspecção que lhe
interdita a laborar.
Este guião pretende pois, de uma forma breve e sucinta dar a si senhor industrial os
procedimentos que deve obedecer para o licenciamento e também as condições técnicas que
devem ser mantidas num estabelecimento industrial, segundo os regulamentos em vigor sobre
a matéria.
O industrial deverá juntar toda a documentação exigida nos termos do Decreto 44/98 de
Setembro e proceder à sua entrega junto as Direcções de Indústria e Comércio.
Após a entrega do processo de licenciamento industrial cabe à entidade coordenadora avaliá- lo,
de modo a autorizar a respectiva laboração. Está poderá recorrer a diversas entidades que terão
de emitir um parecer num prazo pré-estabelecido. Após a recepção destes pareceres a entidade
coordenadora procederá à elaboração de um parecer global final. No entanto caso o parecer
seja favorável, o início de laboração está dependente da apresentação de um pedido de vistoria
à respectiva entidade coordenadora. Temos, portanto:
Análise Crítica
Pareceres
Não Novos elementos
Favorável Alterações
sim
Vistoria Alterações
Não
Favorável ? Autorização
provisória
Sim
Autorização de Laboração
(Alvará)
Note-se:
a) Não se esqueça que cada classe industrial obedece a procedimentos específicos no que diz
respeito aos requisitos para o respectivo licenciamento. Consulte o classificador e o
regulamento de licenciamento industrial, encontre a sua classe e proceda de acordo com o
preceituado para essa classe.
2. Requisitos para o licenciamento industrial para indústria de Grande, Média e Pequena Dimensão.
2.1 Requerimento dirigido a S.Exa o MIC 2.4 Memória descritiva do projecto
v Nome, Nacionalidade, Domicílio (pessoa singular),
indicação do representante e sede (sociedades), v Processo e diagrama de fabrico
Boletim da República em que os estatutos estão v Matéria prima (qualidade e quantidade), capacidade
publicados ou cópia dos mesmos de produção, aparelhos e máquinas, total de potência,
Local onde está instalado ou se pretenda dispositivos de segurança.
2.2 Planta topográfica v Sistema de abastecimento de água, instalações de
Segurança, primeiros socorros
v Infra-estruturas existentes na zona (fábricas,
v Número aproximado de lavabos, balneários e
residências, estradas, linhas férreas, hospitais, escolas,
fontes de abastecimento de água, estabelecimentos de instalações sanitárias, rede de esgotos, instalações de
defesa e segurança, geografia do local, montanhas e tratamento de efluentes
outros) v Número aproximado de trabalhadores
v instalar 2.4.1 Diagrama de fluxo de um processo de
produção
Representação básica dos equipamentos que constituem a
planta, as correntes que entram e saem de cada
equipamento, sua origem e destino. Ex. Fig.2 (anexo)
2.3 Planta do conjunto industrial
v Infra-estruturas do estabelecimento industrial 2.4.2 Potência eléctrica instalada
(armazéns, oficinas, unidades de processamento,
laboratórios, instalações sanitárias, refeitórios, vias de v Deve estar em conformidade com a necessidade ou
acesso, instalações de segurança, depósitos, escritórios capacidade de consumo de energia
e outros)
v Isolar por divisórias resistentes ao fogo e ao 3.10 Água para produção e limpeza
calor
v Proteger contra variações excessivas de v Deve ser de boa qualidade, tratada e mantida em
temperatura, raios solares directos ou humidade recipientes fechados (indústria alimentar)
persistente (se depositado ao ar livre) Alimentar a fábrica via canalização adequada
v Não depositar próximo de substâncias
inflamáveis
v vedar a entrada de pessoas não autorizadas
3.19 Equipamento de protecção individual borracha, neopren ou materiais plásticos, que contenham
a indicação indelével da voltagem máxima para que
tenham sido fabricadas, sendo proibido o uso das que
a) Vestuário de trabalho
não reúnam tais requisitos
v Deve ser concebido tendo em conta os riscos a
que os trabalhadores possam estar expostos
v Estar bem ajustado ao corpo do trabalhador, sem
prejuízo da sua comodidade e facilidade de d) Protecção da cabeça
movimentos v Os trabalhadores expostos ao risco de traumatismo
v Não apresentar partes soltas na cabeça devem usar capacetes adequados,
resistentes, incombustíveis, com armação interior
b) Protecção dos olhos apropriada, câmara de ventilação e, sempre que
necessário abas que protejam a face e a nuca
v Os trabalhadores que executem serviços v Os trabalhadores que operem ou transitem na
susceptíveis de perigo para os olhos, por proximidade de máquinas, dos elementos móveis
projecção de estilhaços, matérias quentes ou destas ou de chamas ou matérias incandescentes,
cáusticos, poeiras, fumos perigosos ou devem proteger completamente os cabelos por meio
incómodos, ou que estejam sujeitos a de boina bem ajustada ou protector equivalente, de
deslumbramento por luz intensa ou a radiações material dificilmente inflamável, que resista à
perigosas, devem usar óculos bem adaptados a lavagem e desinfecção regulares
configuração do rosto, viseiras ou anteparos v Os capacetes de segurança devem ser individuais e,
v Os protectores dos olhos devem ter qualidades na hipótese de terem de ser usados por outros
ópticas apropriadas, ser resistentes, leves e trabalhadores, devem substituir-se as partes
manterem-se limpos plásticas que se encontram em contacto com a
v Os óculos devem ser concebidos por forma a cabeça
evitar o seu fácil embaciamento
v Os óculos, viseiras e anteparos devem ser
individuais e quando tenham de ser usados por e).Protecção do ouvido
outrem devem ser submetidos a prévia v Os trabalhadores que operem em locais de ruídos
esterilização e substituídas as bandas elásticas intensos e prolongados devem, normalmente, usar
protectores auriculares apropriados que devem ser
c) Protecção das mãos limpos e esterilizados sempre que haja mudança do
respectivo utente
v Os trabalhadores devem usar luvas especiais, de v Quando o nível do ruído for superior a 80 decibéis,
forma e materiais adequados nas operações que devem ser usados elementos ou aparelhos de
apresentem riscos de corte, abrasão, queimadura protecção auditiva, sem prejuízo das medidas gerais
ou corrosão das mãos, de isolamento e isonorização que tenham de ser
v Devem usar luvas os operários que trabalhem adoptadas
com prensas mecânicas e máquinas de furar ou v Os protectores das orelhas contra chispas, partículas
outras cujos órgãos em movimento possam colher de metal fundido ou outros materiais devem ser
as mãos constituídos por rede resistente, inoxidável e leve,
v Os trabalhadores que manipulam substâncias sobre armação de couro ou protecção equivalente, e
tóxicas, irritantes ou infectantes devem usar luvas mantidos em posição por mola regulável que passe
de canhão alto, para proteger os antebraços aos na parte posterior da cabeça
quais devem ajustar-se perfeitamente na abertura
do respectivo canhão
v Os elementos de protecção devem ser de
Legislação/Regulamentação a observar
Decreto 44/98 de 9 de Setembro- Regulamento de licenciamento industrial.- Estabelece o
regime de licenciamento técnico dos estabelecimentos industrias.
(anexo ao decreto 76/98 constam a lista negativa de actividades sujeitas ao estudo de impacto
ambiental).
BIBLIOGRAFIA
ANEXOS
N2
líquido
H2O
CO2 Depósito
“Dewar”
O2
Tabela 1: Distribuição de retretes pelo número de trabalhadores e por sexo para indústria alimentar
Número de retretes Número de trabalhadores
1 9
2 10 a 24
3 25 a 49
4 50 a 100
5 Mais de 100