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No. 1. PRECIPITAÇÃO
[The Path, vol. VIII, No. 7, Outubro 1893, p. 193-198]
https://www.theosociety.org/pasadena/path/v08n07p193_occult-arts.htm
Pela força de vontade, e com o uso de leis ocultas, é possível precipitar sobre
uma superfície de madeira, papel, metal, pedra, ou vidro, uma determinada quantidade
de substância, em linhas, letras ou outras combinações, de modo a produzir uma
imagem inteligível ou uma mensagem legível? Para a ciência moderna isso ainda não é
possível; para o Adepto isso é possível, já foi feito, e será realizado novamente.
Também tem sido feito de forma pouco inteligente, e como meros agentes ou canais
passivos, entre médiuns das fileiras dos espiritualistas europeus e americanos. Mas
neste último caso, tem apenas o valor das operações da natureza sobre e com objetos
naturais, a serem imitadas pelo homem que atua consciente e inteligentemente, quando
aprende como fazer, por que meios fazer e quando fazer. O médium é apenas um
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agente ou canal passivo controlado, que desconhece as leis e as forças empregadas,
além de não saber qual é a inteligência em ação, nem se essa inteligência está fora ou
parte do médium.
O Adepto, por outro lado, sabe como essa precipitação pode ser feita, quais
materiais podem ser usados, onde esses materiais podem ser obtidos, como podem ser
retirados do ar e quais leis gerais e especiais devem ser levadas em consideração. Que
esta operação pode ser executada, eu sei por meu próprio conhecimento. Eu já vi isso
sendo feito, observei o processo, e vi o efeito produzido, sem falhas. Um exemplo disso
eu darei mais adiante.
Embora seja verdade que cada um dos detalhes acima possa ter estado presente
em alguns dos casos, e que cada um deles é possível, não é correto que os fatos e
conclusões acima estejam corretos como fatos e conclusões estabelecidos. A propósito,
meios, métodos, condições e resultados da precipitação são tão variados e numerosos
quanto qualquer outra operação da natureza. Foi estabelecido por alguns dos mestres
desta arte, como apropriado para ser lembrado, o seguinte:
(a), Uma imagem ou mensagem precipitada pode ser feita em qualquer tipo de papel.
(b), Pode ser feita em preto ou em qualquer outro pigmento.
(c), Pode ser feita com carbono, giz, tinta, tinta, ou outro fluido ou substância.
(d), Pode ser feita sobre qualquer tipo de superfície ou qualquer tipo de material.
(e), Pode ser incorporada à fibra do papel e, portanto, ser inefável, ou estar sobre a
superfície e ser facilmente apagada.
(f), Pode vir pelo ar, como uma mensagem acabada, em papel ou de outra forma, ou
pode ser precipitada de uma só vez no local de recepção, em qualquer tipo de
substância e em qualquer tipo de local.
(g), Não é feita necessariamente na caligrafia do Adepto, e pode estar em uma caligrafia
compreendida pelo destinatário e em uma língua estrangeira ao Adepto, ou pode estar
na caligrafia do próprio Adepto, ou por último pode estar numa linguagem cifrada,
conhecida por uns poucos e não decifrável por ninguém sem a sua chave.
(h), De fato, a maioria das mensagens precipitadas ou enviadas pelos Adeptos na
história da Sociedade Teosófica tem sido escrita numa certa forma de inglês, que não é
a escrita usual desses Adeptos, mas foi adotada para uso no movimento teosófico por
causa de um conhecimento prévio de que a linguagem principal desse movimento seria,
durante algum tempo, o inglês.
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Algumas mensagens foram escritas e precipitadas em Hindi ou Urdu, algumas em
Hindustani, e outras em cifras perfeitamente ininteligíveis para todas as pessoas, exceto
algumas poucas. Faço essas afirmações com base em conhecimento pessoal,
fundamentado na observação, na confirmação através de inspeção das mensagens, e
na dedução lógica feita a partir de fatos e proposições filosóficas. Em primeiro lugar, os
Adeptos mencionados - não incluindo os silenciosos, de nascimento europeu - são
asiáticos, e suas línguas nativas são duas diferentes línguas indianas: portanto, sua
caligrafia usual não é o inglês nem o romano, usados nas cartas. Em segundo lugar, é
um fato há muito suspeito e bem conhecido para muitos, dentro e fora da Sociedade
Teosófica, que a Fraternidade de Adeptos tem uma cifra que eles empregam para
muitas de suas comunicações: que, sendo universal, não é a letra deles. Em terceiro
lugar, para enviar a alguém uma mensagem precipitada em inglês, não é necessário que
o Adepto conheça esse idioma; se você o conhece, isso é suficiente; pois, ao colocar o
pensamento em seu cérebro, ele o vê ali como sua língua em seu cérebro, e usando
esse modelo faz com que a mensagem apareça. Mas se ele conhece o idioma que você
usa, é mais fácil para o Adepto transmitir a mensagem exatamente como ele a forma no
cérebro. A mesma lei se aplica a todos os casos de precipitação por um suposto espírito,
através de um médium, que não sabe nada sobre como se faz. Nesse caso, tudo é feito
por agentes naturais, e principalmente irresponsáveis, que só podem imitar o que está
nos cérebros preocupados com o assunto.
Qualquer forma de escrita, uma vez escrita na Terra, é impressa na luz astral e
permanece lá como modelo. E se tiver sido muito utilizada, está ainda mais
profundamente impressa lá. Portanto, o fato de H. P. Blavatsky, que um dia foi o meio
para as mensagens vindas dos Adeptos vivos, estar morta e ter desaparecido não é
motivo para que a mesma escrita não deva ser usada novamente. Foi tão usada em
cartas ao Sr. Sinnett, com as quais foi escrito o “Budismo Esotérico”, e em muitas outras
cartas da mesma fonte, que o seu modelo ou matriz está profundamente marcado na luz
astral. Pois seria tolice e perda de tempo os Adeptos criarem novos modelos toda vez
que alguém morresse. Eles usariam naturalmente os antigos modelos. Não há nenhuma
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santidade especial no modelo particular utilizado por eles, e qualquer bom clarividente
pode encontrar essa matriz na luz astral. Portanto, se isso for verdade, duas coisas se
seguem: (a) as novas comunicações não precisam ter um novo estilo de escrita; e (b),
existe o perigo de que pessoas que procuram por clarividentes ou por mesmerizados
conscientes possam enfrentar fraudes, ao pensarem que têm mensagens dos Adeptos,
quando na verdade eles têm apenas imitações. A salvaguarda é que, se essas novas
mensagens não estiverem em concordância com as antigas, conhecidas como sendo do
primeiro canal designado, elas não são genuínas em sua fonte, por mais fenomenais
que sejam. Obviamente, para a pessoa que tem o poder interior de ver por si mesma, a
salvaguarda é diferente, e mais segura. Essa posição está de acordo com a filosofia
oculta, foi declarada pelos próprios Adeptos, e é sustentada pelos fatos da investigação
psíquica dentro das fileiras do Espiritismo, da Teosofia e da vida humana.
A melhor regra para quem pensa que está em comunicação com os Adeptos por
meio de mensagens escritas é evitar aquelas que contradizem o que os Adeptos tiverem
dito antes; que contradigam o seu sistema de filosofia; que, como aconteceu, finjam que
H. P. B. estava errada em sua vida pelo que disse, e agora está arrependida. Tudo isso,
feito com ou sem intenção, são meramente bombardeiros no vácuo, sons que não têm
significado, uma confusão entre palavras e conhecimentos ilusórios e completamente
inúteis. E como sabemos que os Adeptos escreveram que não se preocupam com o
progresso da ciência egoísta, deve ser verdade que as mensagens que prosseguem
apenas até o final do estabelecimento de alguma proposta científica, ou que não são
para o avanço especialmente da Fraternidade, não podem ser deles, mas são produto
de outras mentes, uma mera extensão das teorias de homens fracos, por meio da lei
natural oculta. Isto leva à proposição de que: