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1)Quais as táticas recomendadas do manejo integrado de pragas.

R=As táticas usuais recomendadas do Manejo Integrado de Pragas são:


(1) Uso de sementes resistentes –As vantagens desta tática incluem a facilidade de
uso, compatibilidade com outras táticas de controle de pragas, baixo custo e impacto
cumulativo sobre a praga com mínimo impacto ambiental negativo. Por outro lado, o
desenvolvimento de variedades tolerantes a pragas requer tempo e investimentos
consideráveis, e nem sempre as resistências obtidas se tornam permanentes.
(2) Controle através de práticas agrícolas - A adoção de certas práticas agrícolas torna
o plantio menos favorável às infestações. Exemplos incluem a rotação de culturas, seleção de
áreas de plantio, plantio de culturas-armadilhas, e ajuste do plantio e colheita na época menos
favorável às infestações.
(3) Controle físico e mecânico - O uso de barreiras físicas, como valas e coberturas
plásticas, dificulta a locomoção dos insetos para a plantação. Outras técnicas apropriadas
incluem o uso de armadilhas plásticas, fitas adesivas, dentre outras.
(4) Biocontrole – Por biocontrole ou controle biológico entende-se o uso de produtos
químicos que ocorrem naturalmente ou de organismos benéficos para prevenir, reduzir ou
erradicar a infestação de pragas e doenças nas plantações, inclusive ervas daninhas.
No caso dos organismos busca-se atrair ou introduzir na plantação inimigos naturais da
praga ou doença; podem ser usados insetos, vírus, protozoários, fungos ou bactérias como
predadores, parasitas, agentes patogênicos; ou introduzir machos da espécie daninha
esterilizados.
Algumas vantagens estão relacionadas com a redução de acidentes ambientais e
segurança pública provocados pelo uso de agrotóxicos, como alternativa econômica para
certos inseticidas, na prevenção de perdas econômicas de plantações, menor impacto
ambiental e na qualidade da água. Por outro lado, as principais desvantagens estão
relacionadas com a necessidade de melhor planejamento e gestão intensiva da cultura, toma
mais tempo, às vezes os custos são superiores ao uso de agrotóxicos, requer paciência e
sistema de acompanhamento e registros, e educação e treinamento.
(5) Controle químico – Sob a ótica do MIP, somente quando as táticas anteriores se
mostraram ineficazes para controlar a infestação na plantação então o uso de agrotóxicos se
torna justificável.
Em muitas plantações, principalmente a soja, inseticidas e herbicidas ainda são os
principais meios de controle de pragas e apresentam suas vantagens: são relativamente
baratos e fáceis de aplicar, transportar e são versáteis, pois podem ser apresentados em
diferentes formas, tais como, pós, aerossóis, líquidos, granulados, iscas, e de liberação lenta.
Quando se fala de Manejo Integrado, pensa-se logo no Mane

2)Classificação das formulações quanto a forma de uso:

R=Formulação pré-mistura: são formulações que necessitam ser diluídas até uma
concentração adequada, no ato da aplicação. Via de regra, essa diluição se faz com adição de
água (ex. Pó Molhável, Concentrado Emulsionável).
Formulação de pronto uso: são formulações cuja concentração já está adequada para a
aplicação em camp, (ex. Granulados, Ultra Baixo Volume).
Segundo Gallo et al. (2002), podem ser encontrados no comércio as seguintes
formulações de agrotóxicos:
Pó seco (P) – Contem geralmente de 1 a 10% do ingrediente ativo na formulação. Não
necessita pré-mistura. Podem ser aplicados conforme vem das fábricas e requer
equipamentos simples para sua aplicação, no entanto, é facilmente removida do alvo e
carregada pelo vento, podendo causar irritação nos olhos, garganta, nariz e pele.
Essa formulação foi muito utilizada no passado, estando hoje em dia
praticamente em desuso.
Pó Molhável (PM) – É uma formulação sólida para ser diluída em água e posterior aplicação
por via líquida. A formulação recebe um agente molhante para permitir estabilidade da
suspensão quando misturada com água. O sólido precisa ter pequena dimensão para manter
em suspensão necessitando, portanto, de constante agitação, para homogeneização da
mistura e evitar a decantação. Por ser pó pode ser abrasivel a bombas e pontas de
pulverização. Necessita muito cuidado ao ser manuseada, pois existe o perigo de inalação e
exige que seja feita uma pré mistura para o preparo da calda.
Esta formulação apresenta menor problema de decomposição catalítica em
comparação ao pó seco, em virtude de apresentar concentração mais elevada.
Dentre as principais vantagens desta formulação pode-se destacar o custo
relativamente inferior ás demais formulações, a facilidade de transporte, armazenamento e
manuseio e menor absorção pela pele e olhos que as demais formulações líquidas.
Pó Solúvel (PS) – É uma formulação sólida porem quando dissolvida em água forma uma
solução. Apresenta todas as vantagens do pó molhavel e por ser uma solução verdadeira
dispensa o uso de agitadores, no entanto, assim como o pó molhável apresenta o risco de
intoxicação por inalação durante o preparo da calda. É uma formulação ideal por formar uma
mistura perfeita.
Grânulados (G) – É uma formulação de pronto uso para aplicação via sólida. É constituída por
pequenos grânulos onde o ingrediente ativo está associado a um material inerte. As principais
vantagens desta formulação é que ela não é arrastada pelo vento durante a aplicação
tornando-se pouco perigosa para o aplicador e ser mais fácil de ser dosada e distribuída
uniformemente.
Existem várias formulações com diferentes tamanhos de grânulos. Dentre os principais
grânulos podemos citar:
Isca formicida – Para controle de formigas cortadeiras. Possui baixa concentração do
ingrediente ativo e um atrativo que pode ser bagaço de laranja, farinha de mandioca, etc.
Inseticida de solo – Um material inerte (argila, sabugo de milho, etc) e uma quantidade do
ingrediente ativo com concentração máxima de 10%.
Uso em plantas – Algumas culturas, como a cana de açúcar e o milho, devido à arquitetura das
plantas podem receber granulados para controle de certas pragas em sua parte aérea, pois os
grânulos ficam retidos nas axilas das folhas.
Concentrado Emulsionável (CE) – É uma formulação líquida destinada à diluição em água. Esta
formulação em mistura com água forma uma emulsão, geralmente de aspecto leitoso onde
glóbulos líquidos ficam dispersos na fase aquosa. O produto em concentrações geralmente
elevadas é dissolvido em solventes específicos e adicionados a substâncias emulsificantes.
É uma formulação que apresenta a vantagem de requerer pouca agitação no tanque
de pulverização, não é abrasiva e o manuseio, transporte e armazenamento é relativamente
fácil de ser feito.
Como desvantagens, a formulação é mais suscetível a erros de dosagem em função da alta
concentração. Geralmente são mais tóxicos que outras formulações e os solventes podem ser
inflamáveis e corrosivos podendo danificar mangueiras plásticas, conexões e bombas
Soluções Concentradas (SC) – É uma formulação líquida para ser diluída em água, adaptada
através do pó molhável que é finamente moído e mantido em suspensão em um liquido com
adjuvantes. É uma formulação fácil de manusear no preparo da calda, pois permite que seja
medida não necessitando ser pesada.
Devido ao tamanho das partículas apresenta menor desgaste e entupimento de bicos
de pulverização e oferece menor risco de inalação do pó durante o preparo da calda de
pulverização. No entanto, se o armazenamento for prolongado poderá sedimentar e não
ressuspender mais.
Solução aquosa concentrada (SaqC): é uma formulação líquida para ser diluída em
água. O ingrediente ativo (na forma salina) é dissolvido em água até próximo ao limite
de saturação. Quando diluído em água forma uma solução verdadeira não
necessitando de agitação no tanque de pulverização. Não apresenta abrasividade e
não deixa resíduo nas superfícies tratadas.
Grânulos dispersíveis em água: são formulações granuladas para serem diluídas em
água. Essa formulação ao entrar em contato com a água se dissolve prontamente
formando solução estável.
Microcápsulas – É uma formulação na qual o produto é envolvido por um polímero de
parede porosa que possibilita sua liberação mais lentamente com maior segurança
para o aplicador. A principal vantagem desta formulação é reduzir a volatilização, a
fitotoxicidade e a degradação ambiental. No entanto, exige agitação constante no
tanque de pulverização e pode causar danos as abelhas que eventualmente podem
carregar as cápsulas para a colméia.
Ultra Baixo Volume (UBV) – É uma formulação cuja concentração do ingrediente ativo
é alta podendo chegar a 100%. Exige aparelhamento especial para sua aplicação e
pode ser facilmente absorvido pela pele. A principal vantagem é a economia de mão
de obra na aplicação, manuseio e armazenamento devido à concentração do produto.
Exige pouca agitação não causa entupimento de filtros e pontas de pulverização
e deixa pouco resíduo nas superfícies tratadas. É muito suscetível á deriva e o solvente
pode ser corrosivo para mangueiras conexões e bombas.
Formulação eletrostática (ED) – É uma formulação em óleo que recebe cargas
elétricas ao ser pulverizada no alvo desejado. Os pulverizadores são especiais para
permitirem a formação das cargas elétricas. As gotículas pulverizadas são portadoras
de carga elétrica contrária a das folhas motivo pelo qual são atraídas e fixadas,
inclusive na pagina inferior das folhas, sem perda no solo.
Outras formulações: podem ser encontradas também outras formulações, tais como:
comprimido, tablete, pastilha, pasta, outras.
Segundo (Santos, 2002), as características das formulações consideradas mais
desejáveis para a utilização nas culturas são:
Pó Molhavel (PM): Boa suspensibilidade e dispersão em água; boa granulação e partículas
muito pequenas; o pó deve misturar-se rapidamente com a água e pequena formação de
espuma.
Concentrado Emulsionável (CE): Emulsificação espontânea em água, resultando uma emulsão
estável e homogênea, com aspecto leitoso.
Pó Solúvel (PS): Dissociação rápida e formação de uma solução aquosa sem resíduos.
Concentrado Solúvel (CS): Formação de uma solução límpida em água; formação homogênea
para aplicação em diluição em água sob a forma de solução verdadeira.
Suspensão Concentrada (SC) Dispersão espontânea em mistura com água e suspensão estável
do ingrediente ativo.
Pó Seco (P) Boas propriedades para polvilhamento com boa fluidez e sem grumos.
Grânulos (GR): Boa fluidez sem formação de pó; liberação rápida do ingrediente ativo em
presença de água e uniformidade das partículas.
Ultra Baixo Volume (UBV): Baixa volatilidade; baixa viscosidade e não conter substâncias
sólidas em suspensão.
Agrotóxicos: Legislação
Pode-se impugnar e pedir cancelamento de registros de agrotóxicos, questionando prejuízos
ao ambiente, aos recursos naturais e à saúde dos trabalhadores. Além disso, eles têm de ser
vendidos com rótulos que informem a todos sobre seus perigos, possíveis efeitos prejudiciais,
precauções, instruções para caso de acidente.
A cor dos rótulos é dada por lei e varia de acordo com a toxicologia do produto:

Classe toxicológica I (Rótulo Vermelho): produto no qual se encontram


substâncias ou compostos químicos considerados "altamente tóxicos" para o
 
ser humano. Exemplo: agrotóxicos fosforados.

Classe toxicológica II (Rótulo Amarelo): produto considerado medianamente


 
tóxico para o ser humano. Exemplo: agrotóxicos que contenham carbamatos.

Classe toxicológica III (Rótulo Azul): produto considerado 


 
pouco tóxico ao ser humano.

Classe toxicológica IV (Rótulo Verde): produto considerado praticamente


 
 "não-tóxico" para o ser humano.

Efeito das Condições Climáticas


Os principais fatores climáticos que influenciam a distribuição das gotas em uma pulverização
são:
- Temperatura
- Umidade relativa do ar
- Velocidade do vento
- Direção do vento
Características micrometeorológicas: correntes convectivas e inversões térmicas A
temperatura e umidade relativa do ar influenciam a evaporação das gotas, como visto
anteriormente.
As correntes convectivas são responsáveis por grandes perdas de gotas pequenas, daí
a recomendação de se fazer aplicações em dias nublados (quando tais correntes são
minimizadas); ainda, recomenda-se fazer as aplicações ao amanhecer e ao entardecer, quando
são menos comuns as situações de inversão térmica, o que possibilita uma atmosfera mais
estável para a deposição da gotas
Gotas grossas

Gotas médias

Gotas finas

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