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Aula 05

Saneamento Básico e Execução de


Obras p/ ADASA (Regulador -
Engenharia Civil) Em PDF - Pós-Edital

Autores:
Jonas Vale Lara, Equipe Jonas
Vale
Aula 05
11 de Abril de 2020

05235431316 - JASON VIEIRA DE MORAES


Jonas Vale Lara, Equipe Jonas Vale
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Sumário

Abastecimento de Água ............................................................................................................................... 8

Saneamento Básico e o sistema de abastecimento .................................................................................. 8

Sistema de abastecimento e as soluções alternativas............................................................................. 17

Captação ................................................................................................................................................ 19

Captação subterrânea ......................................................................................................................... 22

Captação de águas superficiais ........................................................................................................... 36

Tratamento ............................................................................................................................................
711762 49

Adutoras ................................................................................................................................................. 49

Traçado das adutoras .......................................................................................................................... 52

Calculando o consumo de água de uma pessoa .................................................................................. 82

Dimensionamento de adutoras ........................................................................................................... 88

Reservatórios de distribuição................................................................................................................ 106

Critérios básicos aplicados no projeto de um reservatório de distribuição ........................................ 118

A capacidade dos reservatórios......................................................................................................... 123

Redes de distribuição ............................................................................................................................ 136

Rede ramificada ................................................................................................................................. 137

Rede malhada ................................................................................................................................... 138

Rede mista ........................................................................................................................................ 140

Projetando redes de distribuição ...................................................................................................... 145

Micromedição, setores de manobra, distrito de medição e de controle e perdas ................................. 169

Setorização da rede de distribuição .................................................................................................. 180

3 – Considerações Finais ....................................................................................................................... 185

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Lista de Questões ..................................................................................................................................... 186

Gabarito ................................................................................................................................................... 220

Referências bibliográficas......................................................................................................................... 221

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APRESENTAÇÃO DO CURSO
A abordagem desse curso de Engenharia Civil foca em todos os mistérios e pegadinhas dos concursos
públicos.

Trata-se do curso mais didático de Engenharia de que dispomos, espinha dorsal dos nossos cursos
específicos, preparados e adaptados para cada concurso. Os assuntos serão tratados sempre lembrando
daquele que está iniciando os estudos na área e também do que está estudando há mais tempo. Os
conceitos são expostos com abundância de figuras e gráficos de memorização buscando fazer com que você
goste do conteúdo. Assim, você verá que as aulas são seu aliado e, com isso, você constatará o grande
potencial que tem dentro de si. Com essas aulas, queremos provar que qualquer um pode ser um grande
engenheiro dos concursos.

Ao contrário do que encontraremos nos grandes livros de engenharia, o conhecimento aqui é passado na
qualidade e quantidade necessárias a seu pleno sucesso, sem detalhes que não vão agregar nada para a
aprovação, nem perda de tempo com informações mal redigidas que ninguém entende. Tudo é pensado
milimetricamente.

Isso, contudo, não significa que somos superficiais. Pelo contrário, sabemos exatamente onde devemos nos
aprofundar e não poupamos esforços nesses sentido. Utilize as figuras para se apaixonar pela matéria e os
esquemas para não esquecer as informações lá enfatizadas.

Com essa estrutura e proposta, você terá uma preparação única no país, sem necessidade de recurso a
outros fontes, como livros e normas.

Finalmente, destaco que um dos instrumentos mais relevantes para o estudo em .PDF é o contato direto e
pessoal com o Professor. Além do nosso fórum de dúvidas, estamos disponíveis por e-mail.. Aluno nosso
não vai para a prova com dúvida! Por vezes, ao ler o material surgem incompreensões, dúvidas,
curiosidades, nesses casos basta acessar o computador e nos escrever. Assim que possível respondemos a
todas as dúvidas. É notável a evolução dos alunos que levam a sério a metodologia.

Nosso foco não é somente questões, mas sobretudo o conteúdo. Você deve estar preparado inclusive para
as mudanças de foco das cobranças das bancas. Por isso, você entenderá os conceitos e saberá aplicá-los.
Seu conhecimento será tão significativo, que dificilmente sua atuação se restringirá a concursos. Para tornar
o nosso estudo mais completo, é muito importante resolver questões anteriores para nos situarmos diante
das possibilidades de cobrança. Traremos questões variadas e, em alguns assuntos, priorizaremos algumas
bancas por permitirem um aprendizado mais consistente.

Está pronto para essa viagem na Engenharia?

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APRESENTAÇÃO PESSOAL
É um prazer iniciar essa jornada com você nesse curso de Engenharia Civil focado em concursos de alto nível
do país. Faremos uma breve apresentação de nossas origens:

-Jonas Vale Lara: Sou engenheiro do Tribunal de Contas do estado de Minas Gerais, tendo sido aprovado
em 1º lugar no concurso de 2018. Tenho formação em engenharia civil na UFMG (Universidade Federal de
Minas Gerais) e fiz mestrado em Saneamento. Atuei em obras no Brasil e no exterior e sou um apaixonado
por esportes e natureza.

-Lineker Max Goulart Coelho: Sou Professor do CEFET-MG, fui aprovado em 4 concursos na área de
engenharia e em 4 concursos para professor em instituições superiores federais. Formei em engenharia civil
na UFMG, e fui agraciado com a medalha de ouro dos formandos de 2011. Além disso, atuei em obras de
grande porte na parte de projetos, tendo especialização em engenharia de estruturas e fiz mestrado e
doutorado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

Buscamos fazer um material objetivo e fácil de ler, para que você não só aprenda o que tem em cada
apostila, mas também para que goste de ler todas as páginas. Afinal, o estudo é um parceiro seu, e não um
inimigo. Queremos que qualquer pessoa possa ser um grande engenheiro dos concursos, de forma que esse
curso seja um trampolim para uma vida muito melhor.

A sociedade espera muito de você! Sabia que o conhecimento que passamos é muito melhor do que você
viu na universidade e, no final, você vai concluir que fez uma pós-graduação de altíssimo nível. Você estará
acima de outros engenheiros que não fizeram esse curso, pois o diploma não significa nada na hora da prova.
O que conta é a preparação para o concurso; é cada página que você terá lido e entendido que resultará no
resultado final em um concurso.

Lembre-se: não há conhecimento já produzido que seja impossível de entender!

Quando a matéria parecer cansativa, dê um tempo ao seu cérebro, tente andar um pouco no local onde você
está, pense em outras coisas, fazendo uma pausa de uns 5 minutos. Depois retorne para os estudos, que já
estará com a cabeça mais fresca.

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PLANO DE AULAS
Vejamos a distribuição das aulas:

AULAS TÓPICOS ABORDADOS


Aula 00 Construção: organização do canteiro de obras - NR18
Aula 01 Orçamento de obras
Aula 02 Planejamento de Obras
Aula 03 Fiscalização de obras
Aula 04 Hidrologia e drenagem pluvial
Aula 05 Abastecimento de Água
Aula 06 Tratamento de água
Aula 07 Coleta de esgoto
Aula 08 Tratamento de esgoto
Aula 09 Instalações Hidrossanitárias

Essa é a distribuição dos assuntos ao longo do curso. Eventuais ajustes poderão ocorrer, especialmente por
questões didáticas. De todo modo, sempre que houver alterações no cronograma acima, vocês serão
previamente informados, justificando-se.

Mãos à obra rumo ao sucesso?

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ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Saneamento Básico e o sistema de abastecimento

Pela Lei Federal 11.445 de 2007 e suas atualizações, o Saneamento básico é o conjunto de todas atividades
e infraestrutura necessárias de:

 Abastecimento de água;
 Esgotamento sanitário;
 Limpeza urbana;
 Drenagem pluvial;

Todas essas 4 áreas contribuem muito para a qualidade de vida das populações, estejam elas instaladas nas
cidades ou na zona rural.

Perceba que saneamento básico é uma área muito ampla, envolvendo sistemas muito diferentes entre si
em um único grupo, como o sistema de abastecimento de água e de limpeza urbana.

Como, então poderíamos definir um sistema de abastecimento de água?

São todas atividades que vão desde a captação de água potável até as ligações prediais, onde há
geralmente um instrumento de medição, como, por exemplo, um hidrômetro. Sistemas assim, que
produzam água com qualidade e na quantidade necessária possibilitam vários ganhos, como:

 Prevenção e controle de doenças;


 Implantação de hábitos higiênicos na população;
 Facilita a limpeza das vias públicas;
 Práticas esportivas;

Contudo, não é só o sistema de abastecimento que utiliza água, havendo uma variedade muito grande de
formas de se consumi-la.

Você enxerga uma forma bem simples de se dividir todos os usos da água?

Podemos dividir as formas de aproveitamento da água em 3 tipos:

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 Uso consuntivo: ocorre utilização da água e redução significativa da quantidade de água da fonte.
São exemplos:
o Abastecimento de água, agricultura, irrigação, pecuária, uso industrial, etc.
 Uso não consuntivo: permite o retorno da água a sua fonte quase em toda sua totalidade. São
exemplos:
o Hidroeletricidade, recreação, navegação, pesca, etc.
 Uso local: aproveita a água em sua fonte sem causar modificações relevantes de sua
disponibilidade, sejam elas temporais ou espaciais.
o Consumo de poucas famílias da água de uma nascente.

Uso Uso NÃO


Uso local
CONsuntivo CONsuntivo

NÃO
CONsome Consumo
CONsome
água insignificante
água

A NBR 12218 conceitua sistema de abastecimento como conjunto de instalações destinadas a captar,
transportar, tratar, reservar e distribuir água, compreendendo as unidades operacionais necessárias ao
abastecimento.

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Captação

Transporte

Tratam. Sistema de abast.

Reservação

Distribuição

Figura 1: definição da NBR 12218 para sistema de abastecimento

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Por envolver essa ampla gama de finalidades, dividimos um sistema de abastecimento em algumas grandes
componentes ou subsistemas (Figura 2):

 Manancial é a fonte de onde se retira a água para abastecimento, podendo ser rios, lagos,
aquíferos, etc. Divide-se em 3 tipos:
 Superficial: escoa na superfície terrestre, compreende rios, lagos, reservatórios artificias
construídos para reter água para captações, etc.
 Subterrâneo: reserva de água subterrânea, mas que pode aflorar na superfície por meio de
nascentes e minas. São constituídos principalmente pelos aquíferos.
 Captação: visa à retirada de água do manancial abastecedor. É o conjunto de estruturas e
dispositivos construídos ou montados juntamente a um manancial, para suprir água ao sistema de
abastecimento;
 Adução: tubulação para transporte de água entre as unidades de um sistema de abastecimento que
antecedem a rede de distribuição;
 Tratamento: objetiva tornar os padrões de qualidade da água captada próprios para o consumo;
 Estações elevatórias: instalações para recalcar (conduzir forçosamente) a água a pontos distantes
ou elevados, além de elevar a pressão da água transportada nos serviços de abastecimento público.
Desta foram, podemos conduzir a água a praticamente qualquer edificação de uma cidade.
 Reservação: possibilita a acumulação ou passagem de água, de modo a permitir a melhor
distribuição aos consumidores, em termos de:
 Quantidade de água;
 Vazão (volume por unidade de tempo) e altura manométrica (pressão) constantes;
 Economia, possibilitando menores diâmetros no sistema;
 Melhores condições de pressão.
 Rede de distribuição: é formada por tubulações e seus acessórios, para distribuir água potável até
as ligações prediais.
 Faz circular água nos condutos, sejam eles principais ou secundários, como veremos mais
à frente;
 Ramal ou ligação predial: trecho de tubulação que faz a conexão da rede pública a um imóvel.
 A NBR 12218 conceitua ramal como:
 "tubulação compreendida entre a rede de distribuição de água e a unidade de medição
de consumo".
 Essa "unidade de medição de consumo" é o hidrômetro, presente nas edificações.

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Figura 2: componentes de um sistema de abastecimento de água (BRASIL, 2015)

Essas etapas podem ser agrupadas entre si, formando 2 grandes grupos que vão constituir um sistema de
abastecimento:

 Etapa de produção de água: captação e os processos que vão tornar a água apta ao consumo,
podendo ser resumido nas seguintes etapas:
 Captação, estações elevatórias (bomba), adutoras e estação de tratamento de água (ETA);
 Etapa de distribuição: disponibilização da água nos pontos de consumo atendendo a requisitos
quantitativos e qualitativos, representada no sistema de abastecimento pela rede de distribuição.

Os sistemas de abastecimento podem causar vários impactos ambientais e, por isso, devem ser submetidos
ao licenciamento ambiental. Afinal, trata-se de atividade do tipo consuntivo, necessitando também de
concessão de outorga para a sua captação.

Você sabe quais são os impactos ambientais que um sistema de abastecimento pode causar?

As unidades de captação, por exemplo, implicam muitas vezes a remoção da cobertura vegetal nas
margens dos mananciais, enquanto os reservatórios de acumulação podem resultar na inundação de
ecossistemas. Já, na fase de adução (transporte de água entre unidades do sistema de abastecimento),
podemos ter o impacto estético (paisagístico) e a instabilidade de encostas onde serão instaladas as
adutoras.
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Por fim, como o sistema de abastecimento pode captar quantidades significativas de água, levando-a para
outras regiões, temos alterações do balanço hidrológica da área de captação e de abastecimento, afetado
ainda por infiltrações dos vazamentos da rede de distribuição, problema muito comum nas tubulações.

(SMA-RJ/ Câmara de Vereadores RJ - Cons. Leg. - 2015) Para os efeitos da Lei (Federal) nº 11.445, de 5
de janeiro de 2007 e suas atualizações, faz parte do saneamento básico o conjunto de serviços,
infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de:
a) água potável, até as ligações prediais, excluindo-se a captação
b) água potável, desde a captação até as ligações prediais
c) água, no que se refere ao tratamento e excluindo-se a captação e a distribuição
d) água, no que se refere a captação e tratamento, excluindo-se a distribuição
Comentários:
A alternativa A está errada, já que não se exclui a captação do sistema de abastecimento de água.
A alternativa B está correta, pois considera-se que as instalações de abastecimento de água (ou de água
potável) vão da captação até a ligação predial.
A alternativa C está errada, visto que não se pode excluir a captação e distribuição do sistema de
abastecimento de água.
A alternativa D está errada, já que a distribuição faz parte do sistema de abastecimento de água.
(CESPE/ TCE-PR - Eng. Civil - 2016) Em um sistema de abastecimento de água, a reservação tem a
finalidade de
a) recalcar a água a pontos distantes ou elevados.
b) possibilitar melhor distribuição da água aos consumidores.
c) retirar a água do manancial abastecedor.
d) alimentar os condutos secundários.
e) fazer circular a água nos condutos principais.
Comentários:
A alternativa A está errada, pois quem tem a função de recalcar a água são as estações elevatórias.
A alternativa B está correta, visto que os reservatórios são essenciais para se ter uma melhor distribuição
de água aos consumidores, sobretudo em termos de quantidade, vazão e pressão.
A alternativa C está errada, pois a função de retirar água do manancial é da captação.

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As alternativas D e E estão erradas, pois quem alimenta os condutos principais e secundários (ou faz circular
água neles) é a rede de distribuição.
(CESPE/Policia Civil PE - Perito Criminal - Eng. Civil - 2016) A água é destinada a múltiplos usos: geração
de energia elétrica, abastecimento doméstico e industrial, irrigação de culturas agrícolas, navegação,
recreação, aquicultura, piscicultura, pesca e também assimilação e afastamento de esgotos. São
exemplos do uso consuntivo da água
a) abastecimento de água e abastecimento industrial.
b) irrigação e pesca.
c) recreação e harmonia paisagística.
d) navegação fluvial e geração de energia elétrica.
e) preservação e recreação.
Comentários:
A alternativa A está correta, visto que tanto o abastecimento de água quanto o industrial consomem
bastante água de seus mananciais. Esse é inclusive um dos motivos para esses usos necessitarem de
outorga.
A alternativa B está errada, já que apenas a irrigação consome água, sendo a pesca uma atividade sem
grande impacto na disponibilidade hídrica do curso d'água.
A alternativa C está errada, pois ambas atividades de recreação e paisagismo não impactam no consumo
de água.
A alternativa D está errada, visto que a navegação não consome água, enquanto a geração de energia
apenas desvia a água temporariamente, retornando-a próximo à sua fonte de captação.
A alternativa E está errada, pois preservação e recreação não consomem água diretamente, apenas fazem
seu uso sem retirá-la de sua fonte ou manancial.
(CESPE / SUFRAMA - Eng. - Questão de fixação) Julgue o próximo item, acerca do saneamento
ambiental.
O sistema de abastecimento de água de uma região pode ser dividido em duas etapas: a produção de
água, que engloba a captação e os processos para tornar a água adequada ao uso humano, e sua
distribuição.
Comentários:
Podemos analisar um sistema de abastecimento por meio das estruturas destinadas à produção de água, o
que inclui seu tratamento, e aquelas destinadas à sua distribuição, levando-a até os pontos de consumo nas
cidades por meio das redes de distribuição.
Portanto, a afirmativa está correta.
(FCC / TCM-GO - Eng. - 2015) O uso dos recursos hídricos por cada setor pode ser classificado como
consuntivo e não consuntivo. As atividades de abastecimento, energia elétrica e irrigação são
consideradas como uso
a) não consuntivo.

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b) consuntivo.
c) consuntivo, não consuntivo e consuntivo, respectivamente.
d) não consuntivo, não consuntivo e consuntivo, respectivamente.
e) não consuntivo, consuntivo e consuntivo, respectivamente.
Comentários:
A atividade de abastecimento consome água para uso do cidadão, logo, trata-se de um uso consuntivo. A
geração de energia elétrica é um simples desvio da água para posterior retorno à sua fonte de suprimento,
sendo, pois, um uso não consuntivo. Por fim, a irrigação é uma das maiores consumidoras de água no
mundo, sendo claramente um uso consuntivo.
Portanto, a sequência correta será, respectivamente, consuntivo, não consuntivo e consuntivo. Logo, é a
alternativa C a nossa resposta.
(CESPE / CEF - Eng Civil - Questão de fixação) Julgue o item seguinte, a respeito de infraestrutura
urbana.
A derivação de parcela da água em um corpo de água para abastecimento público está sujeita a outorga
pelo poder público.
Comentários:
A captação de água para abastecimento é um uso consuntivo, alterando a quantidade de água presente no
manancial. Por isso, trata-se de um uso sujeito a outorga, pois afeta não somente as regiões à jusante da
captação, como também a própria biodiversidade daquele curso d'água.
Assim, a afirmativa está correta
(IBFC / Polícia Científica do RJ - Perito Criminal Eng. - Questão de fixação) Considere o texto a seguir,
relacionado com abastecimento de água, dividido em três segmentos, para responder a questão.
I. Os sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento dos esgotos e dos resíduos sólidos urbanos,
industriais e especiais contribuem sobremaneira para a melhoria da qualidade ambiental nas áreas urbanas
e rurais. Contudo, a implantação desses sistemas pode implicar em impactos ambientais sobre o meio
ambiente e deve ser submetida ao prévio licenciamento ambiental.
II. Os sistemas de abastecimento de água - constituídos pelas unidades de captação, adução, tratamento,
reservação e distribuição da água - podem ocasionar, entre outros, impactos ambientais sobre os cursos de
água devido à remoção de cobertura vegetal na área de captação nos mananciais e inundação de
ecossistemas para o reservatório de acumulação.
III. Na adução pode ocorrer degradação paisagística, instabilidade de encostas naturais devido à execução
de cortes e interferência com outros usos da área. Na fase de operação, os impactos ambientais negativos
estão associados à ocorrência de desequilíbrio entre disponibilidade e usos da água pela alteração do
balanço hidrológico, vazamentos e infiltrações na rede, comprometendo a qualidade da água e ocasionando
riscos para a saúde pública, dentre outros.
Com respeito a atividade de saneamento ambiental, está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões) descrita(s) em:
a) Somente o item I.
b) Somente os itens I e II.
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c) Somente o item II.


d) Somente os itens II e III.
e) Nos itens I, II e III.
Comentários:
A afirmativa I está correta, pois os serviços de saneamento básico são muito importantes para a qualidade
de vida e ambiental das populações atendidas, sejam elas rural ou urbana. Como a implantação desses
sistemas pode causar vários impactos ambientais, eles devem ser precedidos de licença ambiental.
A afirmativa II está correta, já que, entre os impactos ambientais causados por um sistema de
abastecimento de água, temos a remoção da vegetação das margens de mananciais para instalação das
unidades de captação e a inundação de grandes áreas para dar lugar aos reservatórios de acumulação.
A afirmativa III está correta, visto que as adutoras podem trazer impactos paisagísticos e de instabilidade
de encostas, enquanto a fase de operação de sistemas de abastecimento pode alterar o balanço hidrológico
da região, uma vez que significativas quantidades de água estão sendo transportadas entre regiões
distintas.
Portanto, a resposta correta é a letra E.
(ACEP/Pref. de Aracati - Fiscal Ambiental - 2018) O sistema de abastecimento de água é uma solução
coletiva para o suprimento a demanda de água de uma comunidade. A respeito do tema, assinale a
alternativa correta.
a) Uma parte do sistema de abastecimento de água é o manancial que se trata da fonte de onde se retira a
água superficial, àquela captada em rios, lagos ou albufeiras, assim como a água da chuva.
b) Um sistema de abastecimento de água caracteriza-se pelas seguintes etapas principais: (1) retirada da
água da natureza, (2) adequação de sua qualidade, (3) transporte até os aglomerados humanos, (4)
fornecimento à população em quantidade e qualidade suficientes as suas necessidades.
c) Denomina-se Tratamento como o conjunto de estruturas e dispositivos construídos ou montados junto a
um manancial, com vistas a suprir um serviço de abastecimento público de água.
d) Adutora é o conjunto de instalações que possibilitam a elevação da pressão da água transportada nos
serviços de abastecimento público. Com isso a água poderá ser conduzida a pontos mais distantes.
Comentários:
A alternativa A está errada, pois a água de chuva não faz parte de um manancial.
A alternativa B está correta, pois o sistema de abastecimento de água é o conjunto dos serviços e estruturas
que vão desde a captação de água no manancial até o seu fornecimento no ramal predial.
A alternativa C está errada, já que o tratamento visa à adequação dos padrões de qualidade da água ao seu
consumo pela população.
A alternativa D está errada, visto que são estações elevatórias que possibilitam a elevação da pressão da
água para que ela chegue até a pontos distantes ou elevados.

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Sistema de abastecimento e as soluções alternativas

Além do tradicional sistema de abastecimento de água, a Portaria n. 2.914 de 2011 do Ministério da Saúde
considera 2 tipos de soluções classificadas como alternativas:

 Solução alternativa individual: modalidade de abastecimento que atende a domicílios com apenas
1 única família e seus agregados;
 Ex: Poço raso individual
 Solução alternativa coletiva: modalidade de abastecimento coletivo (ou seja, que atende a vários
domicílios) com captação subterrânea ou superficial, com ou sem canalização e sem rede de
distribuição.
 Ex: Chafariz, lavanderia, banheiro comunitário;

As soluções alternativas se contrapõem ao tradicional sistema de abastecimento conforme a mesma


Portaria do Ministério da Saúde nos seguintes pontos marcados em azul:

"Sistema de abastecimento de água para consumo humano: instalação composta por um conjunto de
obras civis, materiais e equipamentos, desde a zona de captação até as ligações prediais, destinada à
produção e ao fornecimento coletivo de água potável, por meio de rede de distribuição";

Perceba que o conceito de sistema de abastecimento requer a produção e fornecimento coletivo e que
utilize de rede de distribuição. Por outro lado, as soluções alternativas não necessitam de rede, podendo
ainda ser coletivas ou individuais.

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Sistema de abastecimento
Atendimento à coletividade Por meio de rede de distribuição

Solução alternativa de distribuição


Coletiva Individual
Não possui rede de distribuição • Atendem a vários domicílios • Atende a 1 família e seus agregados
• Ex: chafariz, lavanderia, banheiro comunitário • Ex: poço raso individual

(FCC/ SABESP - Eng. Sanit. - 2018 - Adaptado) O SISAGUA é um sistema de informação de vigilância da
qualidade da água para consumo humano. A solução Alternativa Coletiva (SAC) de abastecimento de
água pode ser definida como uma modalidade de:
a) abastecimento de água para consumo humano que atenda exclusivamente domicílios residenciais com
uma única família, incluindo seus agregados.
b) abastecimento coletivo destinado a fornecer água potável, com captação subterrânea ou superficial, com
ou sem canalização e sem rede de distribuição.
c) instalação composta por um conjunto de obras civis, materiais e equipamentos para a captação até as
ligações prediais, destinada ao fornecimento de água potável para hospitais.
d) instalação de captação de água e sua distribuição para uso industrial, a partir de poços perfurados na área
da propriedade.
e) sistema de captação de água, com ou sem tratamento, destinada essencialmente ao uso particular.
Comentários:
A alternativa A está errada, pois a solução que atende domicílios com apenas 1 única família é a solução
alternativa individual, e não a coletiva.
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A alternativa B está correta, já que a solução alternativa não possui rede de distribuição, podendo ter
canalização ou não.
A alternativa C está errada, pois esse conceito se aproxima do de uma rede hospitalar, e não de uma solução
alternativa.
A alternativa D está errada, visto que se pode ter uma solução que utiliza de poços com rede de distribuição,
sendo que a palavra "distribuição" presente nessa alternativa remete justamente a essa rede,
descaracterizando a solução como alternativa.
A alternativa E está errada, pois uma solução alternativa não se caracteriza pela sua destinação ser
particular, mas sim por estar desprovida de rede de distribuição.
(CS UFG/ SANEAGO - Ana de Saneam. - 2018) De acordo com a Portaria n. 2.914 de 2011, do Ministério
da Saúde, a modalidade de abastecimento coletivo destinada a fornecer água potável, com captação
subterrânea ou superficial, com ou sem canalização, e sem rede de distribuição, é denominada:
a) sistema de abastecimento.
b) solução alternativa coletiva de abastecimento.
c) solução alternativa individual de abastecimento.
d) rede de distribuição.
Comentários:
A alternativa A está errada, pois sistema de abastecimento é o conjunto de atividades e obras envolvidas
desde a captação até as ligações prediais.
A alternativa B está correta, já que a Portaria n. 2.914 de 2011 do Ministério da Saúde conceitua soluções
alternativas coletivas como aquelas sem rede de distribuição
A alternativa C está errada, pois a solução alternativa individual não se destina ao abastecimento coletivo.
A alternativa D está errada visto que o enunciado menciona a ausência de rede de distribuição.

Captação

O suprimento de água para todo o sistema de abastecimento é feito a partir das estruturas de captação,
sejam elas pertencentes para abastecimento individual ou coletivo. São as estruturas e dispositivos
montados juntos a um manancial, de onde será retirada água para posterior tratamento e distribuição.

A importância desta etapa é que as características da água captada condicionarão todas as etapas do
sistema de abastecimento que virão a seguir. Caso, por exemplo, seja captada uma água com problemas de
qualidade, será necessário um sistema de tratamento muito caro, resultando em tarifas de água também
muito altas. Assim, o manancial escolhido constitui fator primordial no planejamento de um sistema de
abastecimento, pois a qualidade da água captada influenciará toda a tecnologia de tratamento. Por isso,
costumamos dizer que o tratamento de água se inicia em sua captação.

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Por ser um fator crítico para se reduzir os custos de um sistema de abastecimento, a captação é localizada
geralmente em locais distantes de focos de poluição, à montante das cidades.

As características da água captada também variam com o tipo da fonte. No caso de um manancial
superficial, a água captada possui geralmente características físicas e biológicas impróprias ao consumo,
como a presença de partículas em suspensão e de protozoários, necessitando de tratamento. Uma forma
muito comum de se tratar águas superficiais é por meio da filtração, que é a passagem da água através de
um meio granular com a finalidade de remover impurezas físicas, químicas e biológicas.

Por outro lado, os mananciais subterrâneos, sobretudo as águas de nascentes, necessitam geralmente de
apenas cloração, visto que a água dos aquíferos está geralmente mais distante dos efeitos da poluição.
Contudo, essas águas entram em contato com o solo e, por isso, muitas vezes apresentam vários óxidos
metálicos que podem produzir cor ou mesmo sabor, necessitando de algum processo específico para sua
correção.

Como as estruturas de captação estão conectadas a um manancial, dividimos a captação em 2 categorias.


Primeiro temos a captação superficial, que é aquela que retira água de um manancial superficial, como
rios, lagos e outros cursos d'água.

A outra forma de captação é a subterrânea, que retira água de um manancial subterrâneo, sendo feita por
meio de poços escavados (também chamados rasos ou freáticos ou cacimbas), poços cravados,
perfurados, galerias de infiltração, etc.

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Figura 3: as várias formas de captação (Adaptado de BRASIL, 2015)

É muito comum se captar água de mananciais com vazão de estiagem insuficiente para atender à
demanda, mas com vazão média anual adequada. Nesses corpos d'água, são construídas barragens de
regularização de vazão para formação de um reservatório de acumulação que equalize a demanda com a
quantidade de água reservada.

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Superficial
Subterrânea
•Geralmente
•Menos
poluição Captação características
impróprias ao
•Cloração consumo
•Filtração

Captação subterrânea

As captações subterrâneas podem ocorrer utilizando como fonte de água as nascentes, que são
afloramentos de água na superfície, ou diretamente os aquíferos. No caso da captação se dar em aquífero
confinado ou artesiano, que se caracteriza por pressão superior à atmosférica, é necessário que sejam
instaladas válvulas redutoras de pressão, para se evitar acidentes como os oriundos do golpe de aríete.

Sempre que ocorre uma súbita aceleração ou desaceleração no escoamento da água em um conduto
fechado, são geradas ondas de pressão na própria água, fenômeno chamado de transitório hidráulico.
Quando a variação brusca de pressão que ocorre na rede extrapola a faixa normal de funcionamento da
tubulação, temos o golpe de aríete. Essa referência a golpe ocorre devido haver a produção de grandes
ruídos pelas ondas de pressão em choque com o sistema de adução.

Os poços permitem a captação de água de aquíferos, dividindo-se basicamente em 2 tipos: rasos (ou
escavados, ou freáticos ou cacimbas ou amazonas) e profundos.

Os poços rasos são destinados a níveis freáticos poucos profundos e de baixa produtividade, sendo muito
utilizados em áreas rurais, possuindo geralmente profundidades inferiores a 20 metros. Há vários critérios
básicos a se respeitar na construção de poços, como:

 Garantir distância mínima de 15 metros entre o poço e fossas secas, enquanto para demais focos
de contaminação, respeitar distâncias de, no mínimo, 100 metros.
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 Construir o poço em nível mais alto do que focos de contaminação;


 Evitar locais que sofrem inundações;

Figura 4: execução de um poço escavado com drenos radiais (CPRM, 2008)

Em geral, revestimos o interior dos poços, para evitar desmoronamento das paredes e contaminação da
água. No caso de terrenos estáveis, o revestimento pode ser dispensado, exceto nos primeiros 3 metros a
contar a partir da superfície, para se garantir proteção sanitária à captação devido às infiltrações de água
superficial. Igualmente para se evitar riscos de contaminação, a água captada de poços necessita também
de desinfecção antes de seu consumo.

Os poços podem ser executados com tubos metálicos ou de plástico, sendo, por isso, chamados de tubos
tubulares. Esses poços podem ser do tipo raso ou profundo, sendo executados geralmente com o auxílio de
equipamentos.

A execução de poços profundos requer maior especialização, sendo feitos com perfuratrizes do tipo à
percussão, rotativas ou rotopneumáticas. De acordo com a estabilidade do solo perfurado, esses poços
podem ser revestidos parcial ou totalmente.

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Figura 5: vários perfis construtivos possíveis para poços profundos (BRASIL, 2015)

Quando se trabalha com captação em poços que retiram a água de lençol confinado, as tubulações nas
saídas dos poços devem possuir 3 tipos de dispositivos (Figura 6):

 Válvula de retenção (VR): dispositivo instalado em tubulações que permite que o fluxo escoe em
uma direção, porém se fecha automaticamente para o fluxo em direção oposta (contrafluxo),
evitando o retorno da água.
 O objetivo é proteger o sistema em caso de interrupção do fluxo com os condutos cheios de
água;
 Um tipo de válvula de retenção é a válvula de pé com crivo (Figura 7), utilizada em
tubulações de sucção de estações elevatórias. Além de prover a retenção do líquido para
evitar seu retorno, o que prejudicaria a sucção pela bomba, adiciona-se o crivo que é uma
grade que impede a entrada de partículas sólidas no interior da tubulação, podendo
danificar a bomba.
 Válvula de parada: permite a interrupção e controle do fluxo de água dentro da tubulação (Figura
7);
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 Associado à válvula de parada, essa tubulação deve possuir derivação aberta para a
atmosfera, permitindo operações de medição.
 Ventosa: válvula que possui 2 funções importantes:
 Expulsa automaticamente o ar que se acumula na tubulação, que é o ar dissolvido na água e
que tende a se acumular nos pontos mais altos da rede
 Admite a entrada de ar no caso de pressões negativas dentro da tubulação, evitando o
colapso da tubulação pela pressão atmosférica no exterior da tubulação (Figura 7).

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Figura 6: esquema ilustrativo de uma estação elevatória de pequeno porte para captação de água, sem mostrar derivação para a atmosfera para
processos de medição (Adaptado de TIGRE, [201-])

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Ventosa, cujo obturador permite saída Válvula de pé com crivo, para Registro de parada, para
de ar quando há acúmulo nos pontos proteger o sistema de interrupção do escoamento
altas da tubulação captação de água

Figura 7: esquema básico ilustrativo de uma ventosa, válvula de pé com crivo e de registro de parada (Adaptado de TIGRE, [201-])

Figura 8: exemplo de contaminação da água captada por um poço (CPRM, 2008)

A captação por galerias de infiltração (ou galerias filtrantes) permite o aproveitamento da água de
nascentes em fundo de vales (dizemos que essas nascentes são fontes emergentes). Essa técnica é
constituída de valas com material granular e drenos secundários que conduzem a água infiltrada até um
dreno principal, que encaminhará todo o volume de água infiltrada até uma caixa coletora, que poderá
conter um poço para captação (Figura 9).

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Figura 9: galerias de infiltração (BRASIL, 2015)

Outra forma de captação do nível freático se baseia no aproveitamento da água de fontes aflorantes ou em
encostas, por meio das caixas de tomada. Trata-se simplesmente de caixas construídas em torno de uma
nascente, fazendo-se aplicação de pedras de mão no local, que atuarão como dissipadores que evitarão a
erosão do solo, ao mesmo tempo em que se protege a região de contaminação.

Esquema de uma caixa de tomada Exemplo de captação de encosta

Figura 10: caixa de tomada em uma nascente de encosta

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As estruturas de captação subterrânea devem ser instaladas em nível mais alto do que os focos de
contaminação. As coberturas dos poços e caixas de tomada em geral devem inclusive estar acima das
cotas do terreno e das cotas de inundação da área, a fim de se evitar infiltração de água superficial na
captação.

Algumas bancas têm cobrado a captação de águas de chuva, chamadas águas meteóricas (referência às
águas que se encontram na atmosfera em qualquer estado físico, como chuva, orvalho, granizo, etc.). A
água é coletada por superfícies de captação, como telhados de edificações, que são conectados a um
reservatório, onde a água será armazenada. Pode-se utilizar vários tipos de cisternas para armazenamento,
como as bi-volume, que retêm uma parte da água para uso posterior e a outra parte funcionando como um
buffer ou pulmão. Após a chuva, essa água retida como pulmão é liberada em um fluxo controlado.

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Figura 11: modelo de captação de água de chuva (SÃO PAULO, 2015)

Podemos ainda conectar a água oriunda da superfície de captação da chuva a uma caixa de recarga ou poço
de infiltração, para abastecimento do nível freático. Há vários sistemas e dispositivos, contudo, há fatores
limitantes a essa prática, como o risco geotécnico do local que receberá o aporte de água. Trata-se de uma
prática que permite a redução do impacto da impermeabilização de áreas de uma edificação, uma vez que
parte da água que incide nessas superfícies impermeabilizadas será encaminhada ao subsolo pela caixa de
recarga, permitindo a recarga artificial do subsolo.

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Figura 12: edificação conectada a poço de infiltração (a) e detalhe do poço de infiltração (b) ((CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2010)

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Válvula
Confinado redutora de
pressão

P/ NA pouco
profundo
Primeiros 3 m
da superfície
Revestimento
obrigatório Necessário
desinfecção da água
Rasos antes de seu consumo

Aquífero 15 m de fossas
secas

100 m de
Critérios de
demais focos
projeto
de contamin.

Evitar locais
inundáveis

Maior
especialização Perfuratries
Poços
na execução
Profundos
Mais caros, porém
possuem maior
produtividade

Evitar retorno da água


Válvula de
Captação retenção Válvula de pé com
crivo em poços de
subterrânea sucção
Dispositivos e
válvulas Válvula de Permite isolamento da
necessários tubulação
parada
Permite trocas de ar
Ventosa com o meio por seu
execsso ou falta

Águas de nascentes e
de fundos de vales
Galerias de
infiltração Dreno
secundário e
principal
Fontes
Caixasde
aflorantes e de
tomada
encostas
Nascente
Águas de Suerfície
Pode ser conectada a caixa de
chuva de
recarga ou poço de infiltração
captação

Deve ser instalada em cota acima dos focos


de contaminação
Estrutura de
captação
Coberturas dos poços e caixas acima das cotas
de tomada devem estar de inundação

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(CESPE / PGE PE - Ana. Adm. de Procuradoria - Eng - 2019) A captação de água tem por finalidade criar
condições para que a água seja retirada de um manancial abastecedor em quantidade suficiente para
atender o consumo e em qualidade que dispense tratamentos ou os reduza ao mínimo possível. A
respeito de obras de saneamento relacionadas a esse assunto, julgue o item que se segue.
É recomendável que a tubulação na saída de poço para captação de água subterrânea de lençol
confinado seja dotada de válvulas que evitem o retorno da água e possibilitem a interrupção ou o
controle do fluxo de água.
Comentários:
A tubulação de saída de poços conectados a lençol confinado deve possuir válvula de retenção para impedir
o retorno da água e válvula de parada, caso se necessite de interromper o fluxo na tubulação para
manutenção ou limpeza.
Portanto, a afirmativa está correta.
(CESPE / PGE PE - Ana. Adm. de Procuradoria - Eng - 2019) A captação de água tem por finalidade criar
condições para que a água seja retirada de um manancial abastecedor em quantidade suficiente para
atender o consumo e em qualidade que dispense tratamentos ou os reduza ao mínimo possível. A
respeito de obras de saneamento relacionadas a esse assunto, julgue o item que se segue.
Durante a construção de poços rasos para captação de água subterrânea, a cobertura do poço deve ser
posicionada, preferencialmente, na cota do terreno natural, para minimizar custos com movimentação
de terra.
Comentários:
A cobertura dos poços e caixas de captação deve estar acima do terreno natural e também da cota de
inundação, para se evitar que seja captada água da superfície, que não possui os mesmos padrões de
qualidade da água do manancial subterrâneo.
Assim, a afirmativa está errada ao prever que a cota da cobertura do poço deve estar na cota do terreno
natural.
(FCC - AT/ARSETE/Pref Teresina-Infraestrutura - 2016) Com relação às fontes de água de
abastecimento, é correto afirmar que
a) as águas subterrâneas são decorrentes da chuva e ocorrem em rios, lagos e canais.
b) as águas decorrentes de tipos distintos de fontes mantêm-se inalteradas.
c) as águas subterrâneas decorrem de aquíferos e não podem vir a ocorrer superficialmente.
d) as águas superficiais são próprias para o consumo e decorrem de galerias filtrantes.
e) em seu deslocamento a água que ora é superficial poderá vir a ser subterrânea.
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Comentários:
A alternativa A está errada, pois as águas subterrâneas são decorrentes da infiltração e ocorrem
principalmente nos aquíferos, não necessariamente em rios, lagos e canais.
A alternativa B está errada, já que as características qualitativas da água variam muito em função da sua
fonte. No caso de um manancial subterrâneo, geralmente há grande presença, por exemplo, de óxidos de
ferro, enquanto as águas superficiais terão características muito dependentes do meio com o qual tiverem
contato.
A alternativa C está errada, visto que as águas subterrâneas podem sim aflorar na superfície,
contrariamente ao que diz a afirmativa, sendo exemplos as nascentes de rios.
A alternativa D está errada, pois nem toda água superficial é própria para consumo, da mesma forma que
nem todas águas superficiais decorrem de galerias filtrantes, sendo essas galerias apenas uma das formas
de captação subterrânea.
A alternativa E está correta, pois a água subterrânea pode aflorar na superfície e se tornar subterrânea, por
meio, por exemplo, de nascentes.
(AOCP/ TRE AC - Ana. Judiciário - Eng. - 2015) Em relação aos sistemas de abastecimento de água,
assinale a alternativa correta.
a) Os sistemas individuais de abastecimento de água são soluções precárias para áreas rurais onde a
população é dispersa, embora sejam indicados para os centros urbanos.
b) Sob o aspecto sanitário e social, o abastecimento de água visa, entre outros itens, controlar e prevenir
doenças e implantar hábitos higiênicos na população,
c) Dentre as formas de captação da água, os poços escavados, também chamados de poços rasos ou
freáticos, são destinados somente ao abastecimento individual, devendo esses poços ser construídos em
nível mais baixo que os focos de contaminação.
d) Em relação ao tratamento da água, as águas de superfície são as que menos necessitam de tratamento,
pois já apresentam qualidades físicas e bacteriológicas adequadas. Já as águas de nascentes são muitas
vezes impróprias para o consumo humano.
e) Aeração é um método de tratamento da água que consiste em fazer a água passar através de um meio
granular com a finalidade de remover impurezas físicas, químicas e biológicas.
Comentários:
A alternativa A está errada, pois os sistemas individuais são soluções adequadas a comunidades rurais, uma
vez que sua população se apresenta dispersa. Como em áreas urbanas a população é maior e mais
concentrada, as soluções individuais não são apropriadas.
A alternativa B está correta, uma vez que o abastecimento de água possui, entre seus objetivos e impactos,
a implantação de hábitos higiênicos na população e a prevenção de doenças.
A alternativa C está errada, já que os poços escavados (ou secos, ou rasos) são destinados não somente ao
abastecimento individual, mas também coletivo, devendo também, como qualquer sistema de captação
subterrânea, serem construídos acima dos focos de contaminação.

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A alternativa D está errada, pois as águas subterrâneas e de nascentes possuem geralmente qualidade do
ponto de vista físico e bacteriológico adequada, enquanto as águas superficiais apresentam várias
características impróprias, necessitando de tratamentos como, por exemplo, por filtração.
A alternativa E está errada, visto que o processo de filtração é a passagem de água através de um meio
granular para que se removam impurezas, sejam elas físicas, químicas ou biológicas.
(CESPE / MPOG - Ana. de Infraestrutura - Adaptado) Com relação ao diagnóstico de um sistema de
abastecimento de água para consumo humano de um plano municipal de saneamento, julgue o item a
seguir.
O manancial não constitui fator primordial na etapa de planejamento, visto que a qualidade da água
oriunda dessa fonte, mais especificamente do manancial de captação, não interfere na definição da
tecnologia a ser adotada em sistema de abastecimento de água.
Comentários:
O manancial é um fator essencial no planejamento de qualquer sistema de abastecimento, pois são as
características da água captada que definirão o tipo de tratamento da água captada, que será
posteriormente fornecida à população.
Logo, a afirmativa está errada.
Você não estudou canal de derivação, nem poços de tomada, porém não há prejuízos à capacidade de
resolução desta questão. Vamos lá?
(FGV / Pref. Florianópolis - Eng. - Questão de fixação) O aproveitamento da fonte de água de fundo de
vale pode ser conseguido por meio do seguinte sistema:
a) Caixa de Tomada;
b) Poços de Derivação;
c) Galeria de Infiltração;
d) Canal de Derivação;
e) Torre de Tomada.
Comentários:
A solução para aproveitamento da água de fundo de vale é a captação por meio de galerias de infiltração.
Portanto, é a letra C a resposta. Algumas das outras alternativas dessa questão ainda estudaremos.
(FGV / MPE BA - Ana. - Eng. - 2017) Nas áreas do sertão nordestino, algumas fontes alternativas podem
servir como mananciais para o abastecimento individual de água.
É possível lançar mão de estruturas para a coleta de água da chuva ou de nascentes de encostas,
exemplificadas, respectivamente, por:
a) galerias filtrantes e caixas de recarga;
b) galeria de infiltração e poços tubulares profundos;
c) suporte de sub-superfície e bacias de coleta;
d) superfícies de coleta e caixas de tomada;

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e) canal de derivação e poços de tomada.


Comentários:
A alternativa A está errada, visto que as galerias filtrantes são utilizadas para captação da água subterrânea
e não a de chuva, além de que as caixas de recarga, como o próprio nome diz, são utilizados para
alimentação de mananciais subterrâneos, e não para captação de água de nascentes.
A alternativa B está errada, pois galerias filtrantes ou de infiltração são utilizadas em fundos de vales, não
podendo ser empregadas na captação de águas de chuva. Os poços tubulares profundos são utilizados para
captação diretamente no aquífero, não possuindo utilidade para captação em afloramentos.
A alternativa C está errada, já que captações de sub-superfície são uma referência genérica a captações
subterrâneas e não pluvial, enquanto a expressão bacias de coleta é uma designação genérica para bacias
que coletam águas de chuva, analogamente ao conceito de bacia hidrográfica, não podendo ser uma
referência a captações de nascentes de encostas.
A alternativa D está correta, pois superfícies de coletas são estruturas básicas para a captação de águas de
chuva, enquanto as nascentes de encostas são aproveitadas por meio das caixas de tomada.
A alternativa E está errada, visto que canal de derivação e poços de tomada são obras de captação de águas
superficiais, sem relação com captação de água de chuva ou de nascentes de encostas.

Captação de águas superficiais

A captação de água em um manancial superficial possui os seguintes dispositivos:

 Reservatório de regularização de vazão: utilizado quando a vazão na época das estiagens é


inferior à demanda, sendo necessário um reservatório de acumulação. A reservação possibilita a
compatibilização entre as quantidades de água reservadas e a quantidade demandada
continuamente para abastecimento;
o São geralmente obras de grande porte;
 Barragem de nível: estrutura que permite aumentar o nível da água na captação, reduzindo o custo
de captação.
o São geralmente obras de pequeno porte.
 Tomada d'água: estrutura com o objetivo de conduzir a água do manancial para as demais
componentes da captação.
 Grades e telas ou gradeamento: visa a impedir a passagem de materiais grosseiros, flutuantes ou
em suspensão de maiores dimensões. As telas possuem malha mais fina do que a das grades, sendo
utilizadas logo após as grades para reterem os sólidos flutuantes que eventualmente passem por
estas. O gradeamento é obrigatório em captações à superfície da água, estando presente em
praticamente todos os tipos de captação.

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o Não caia em pegadinhas de que as grades são para evitar a passagem de algas. Nada
disso, as algas são tão pequenas que passam por entre as grades.
 Desarenador (popularmente chamado de caixa de areia): possui eficiência maior do que as grades
na remoção de sólidos presentes na água por sedimentação, conseguindo remover partículas com
diâmetro muito pequeno, atuando como se fosse um filtro.
o A caixa de areia remove partículas com velocidade de sedimentação superior a um valor
prefixado.
o É utilizada quando o manancial apresenta transporte intenso de sólidos.
 Poços de sucção e casa de bombas, necessário geralmente quando a cota da captação é inferior à
cota da comunidade que será abastecida, o que significa que não será possível o transporte da água
por gravidade.

Não se preocupe, estudaremos essas etapas em detalhes.

As tomadas d'água

A tomada d'água está presente em todos os tipos de captação superficial, sendo a estrutura que conecta
seus componentes a partir do manancial.

Em geral, o nível d'água nos mananciais varia muito, sendo, por isso, chamado nível dinâmico. Para se evitar
problemas de qualidade na água captada, a tomada deve se situar entre os níveis mínimo e máximo do
manancial, sempre garantindo uma margem de segurança em relação a esses 2 extremos. Com isso, evita-
se problemas de:

 Carregamento de sólidos que se sedimentam no fundo, no caso de uma captação no nível mínimo;
 Abaixamento no nível com a consequente redução da submersão da captação, no caso de se
trabalhar com a tomada no nível máximo. A submersão é um critério importante sobretudo quando
se trabalha com bombeamento da água captada, pois a submersão afeta a capacidade de sucção da
bomba.
 Captar águas com muita presença de algas, quando a captação se dá em um nível muito alto do
manancial, próximo à superfície.

Há vários tipos de tomadas d'água, em função da multiplicidade de corpos d'água existentes, que variam
desde pequenos rios até grandes lagos. O tipo mais simples de captação é denominado tubulação de
tomada, constituído por uma mera tubulação que conecta o manancial a uma unidade do sistema de
captação, que pode ser um desarenador, poço de sucção, estação elevatória, etc.

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Figura 13: captação por tubulação em planta (A) e em vista (B)

Muitas vezes um curso d'água possui vazão mínima utilizável suficiente para atender à demanda, porém o
nível de água mínimo do manancial é insuficiente para submergir os dispositivos da tomada d'água. Nesses
casos, utilizamos captações dotadas de barragem de nível, que é um pequeno muro que construímos
perpendicularmente ao curso d'água quando o nível d'água natural é insuficiente para a submersão dos
equipamentos da tomada d'água (Figura 14). Permite, assim, a manutenção do nível do manancial.

Figura 14: exemplo de barragem de nível

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Em lagos ou represas, ou em rios maiores com escoamento tranquilo ou fluvial, é comum o uso de
captação flutuante ou tomada d'água flutuante. Trata-se de uma solução de baixo custo que pode ser
montada sobre balsa. É necessário que a tubulação seja flexível, pois a alteração do nível d'água implica
alongamento e encurtamento da tubulação conectada, além de ser um fator de risco para o sistema, uma
vez que não se pode garantir com exatidão os limites de variação do comprimento da tubulação necessários.

Figura 15: exemplo de captação flutuante (BRASIL, 2015)

Outro tipo de captação é a torre de tomada, utilizada em sistemas de abastecimento de maior porte cujo
manancial é uma represa, lago ou um grande rio. Essas torres possuem grandes dimensões e apresentam
comportas em níveis diferentes. Apenas uma das comportas é aberta para permitir a entrada de água,
resultando em uma a captação de água com grandes vazões e de alta qualidade, uma vez que o nível
d'água do manancial varia e é possível sua análise prévia para verificação da melhor profundidade para
captação.

Como essas torres de tomada são instaladas geralmente em lagos e represas, ambientes com pouca
circulação de água, tem-se o problema da floração das algas, resultado de sua excessiva multiplicação
devido à alta insolação e abundância de nutrientes. O sistema de comportas em níveis diferentes permite
justamente que se evite captar águas eventualmente contaminadas com algas.

Em geral, essas torres de tomada podem funcionar como apenas tomada d'água, ou também agregar uma
estação elevatória.

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Figura 16: exemplo de torre de tomada em um reservatório

Em geral, não se deve fazer captação muito próxima à superfície, devido à presença de algas, à maior
temperatura e maior radiação, nem muito no fundo do manancial, por haver muitos sólidos sedimentáveis
e metais, o que torna mais caro o tratamento, além de produzir cor e odor na água.

Então, no caso de rios com escoamento rápido ou torrencial, que possa afetar a
estabilidade da tubulação de captação, a única alternativa é a torre de tomada?

A resposta é não, pois existem as chamadas caixas de tomadas, que é parecida com uma tubulação de
tomada, mas possuindo uma caixa estrutural que lhe protege em sua porção imersa, além de uma grade
na entrada desta caixa. Contudo, essa solução possui aplicação dificultada no caso de altura reduzida da
lâmina d'água do manancial.

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Quando a caixa de tomada está conectada a um canal, chamamos esta estrutura de canal de derivação.
Devido ao maior porte dos canais derivação, são recomendados no caso de vazões médias a altas.

Figura 17: caixa de tomada com grade

As estações de captação possuem dispositivos que permitem que se regule ou mesmo vede a entrada de
água nos sistemas, seja quando se vai executar reparos ou mesmo uma limpeza de alguma unidade do
sistema. Para isso, utilizamos 3 tipos de dispositivos:

 Válvulas ou registros: peças instaladas em condutos fechados que ajustam o fluxo ou mesmo o
interrompe;
 Comportas: são placas de vedação que se movem em canaletas, sendo comuns em canais e
tubulações de grandes dimensões;
 Adufas: são placas semelhantes às comportas, mas movimentadas por meio de hastes com roscas;

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Válvula ou registro Comporta Adufa

Figura 18: exemplos de válvula ou registro, comporta e adufa (DIM ENGENHARIA, [20--])

Você sabe onde deve estar localizada a captação superficial de um sistema de


abastecimento?

Por ser um fator crítico para se reduzir os custos de um sistema de abastecimento, a captação deve ser
instalada em trechos retos dos cursos d'água, pois nestes trechos há menos assoreamento das partículas
transportadas pelo rio, uma vez que elas se movimentam aproximadamente paralelas umas às outras,
diferentemente dos trechos curvos.

O problema do assoreamento é a deposição de partículas na água, muitas vezes na forma de bancos de


areia que serão posteriormente captados, podendo obstruir os dutos da captação, além requerer um
tratamento que elimine constantemente aquele material particulado que contamina a água.

Porém, no caso da captação ter que ser feita em um trecho curvo por ausência de outros locais disponíveis,
teremos 2 comportamentos diferentes de cada lado da curva:

 Margem côncava: correntezas mais fortes, erodindo mais as margens;


 Margem convexa: correntezas mais brandas, resultando em menores velocidades de escoamento e
maior assoreamento.

Evitar problemas de erosão não é tão custoso, sobretudo erosão de rios, bastante a execução de estruturas
maciças e que recebam esporadicamente manutenção. Já, no caso de assoreamento, será necessário não
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somente o planejamento de um sistema robusto para o tratamento daquela água a ser captada, como
também a sua operação ao longo de todo o horizonte de projeto do sistema de abastecimento, resultando
em altos custos.

Por isso, no caso de se ter que instalar uma estação de captação em curvas, optamos pela solução menos
prejudicial, que é a instalação no lado côncavo das curvas (margem externa do curso d'água), conforme
mostrado na figura a seguir.

Figura 19: melhor local para instalação da captação em um trecho curvo de um rio

O assoreamento pode prejudicar tanto a qualidade da água captada, que a velocidade da água nos
condutos livres ou forçados da tomada de água não deve ser inferior a 0,60 m/s.

Quando o curso d'água apresentar altas taxas de transporte de sólidos, deve-se ainda buscar a
possibilidade de construção de barragem oblíqua em relação ao eixo do rio, ou ainda a localização da
tomada d'água em um canal lateral. Essas técnicas se caracterizam por desvios no escoamento do curso
d'água que reduzem a entrada de sólidos, pois estes tendem a seguir o curso natural do manancial,
enquanto a água tende a extravasar para todo o plano em uma mesma cota, seja dentro do curso d'água ou
fora deste em uma unidade de captação oblíqua, por exemplo (Figura 20).

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Figura 20: exemplo de captação oblíqua

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Risco de carregar
sólidos
NA mín e máx
Tomada d'água

Necessário submersão mín.


dos equip. de captação

Deve ser No caso


Priorizar o lado côncavo
instalada em de (lado externo da curva)
trechos retos curvas

Tubulação de
tomada
Barragem de Manutenção do
nível nível do manancial
Solução de baixo
custo
Variações de tomada

Captação Adequado a Escoamento tranquilo


flutuante mananciais com ou fluvial
d'água

Necessita
tubulação flexível
Possui comportas em
Obra de maior diferentes níveis
porte Grandes vazãoes e de
Torre de tomada alta qualidade
Conectada a Adequada em Mananciais com
grandes manaciais escoamento rápido ou torrencial
Adequada em Mananciais com Caixa estrutural e grade protegem os
escoamento rápido ou torrencial equipamentos de captação
Caixas de tomada
Qdo conectada a Recomendads para
Canal de derivação
uma canal vazões médias a altas
Ajustam ou
Válvulas ou interrompem o fluxo
registros Instaladas em condutos
Dispositivos da

fechados
captação

Placas de vedação que se


movem em canaletas
Comportas
Instaladas em canais e tubulações de
grandes dimensões
Semelhates a Porém, movimentadas por
Adufas comportas meio de hastes com roscas

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(CESPE / Pref. de São Luís - Eng. Civil- 2017) No que se refere à captação, que tem papel importante
no abastecimento de água, assinale a opção correta.
a) As paredes de poços rasos não necessitam ser impermeabilizadas, sendo recomendada apenas a
utilização de colchão drenante abaixo do fundo do poço.
b) No caso de captação de água subterrânea de lençol confinado, a tubulação na saída do poço deve
trabalhar livre de válvulas e sob pressão atmosférica.
c) Para lidar com eventuais problemas de floração de algas na captação em lagos e em represas,
recomenda-se captar água em diferentes profundidades.
d) Para favorecer a captação de água de melhor qualidade em cursos d’água como córregos e rios, a
tubulação de tomada deve ser posicionada no fundo do curso d’água.
e) Para a captação de água subterrânea em poços rasos, a cobertura do poço deve ser instalada,
preferencialmente, na cota do terreno natural.
Comentários:
A alternativa A está errada, visto que as paredes dos poços devem ser impermeabilizadas em, no
mínimo, 3 metros a começar a contar da superfície, para que se evite a infiltração de água de superfície
no poço, contaminando o nível freático.
A alternativa B está errada, já que a tubulação de saída nesses casos deve possuir válvula de retenção,
de parada e ventosa, diferentemente do que diz a alternativa.
A alternativa C está certa, pois a floração das algas possui seus efeitos minimizados pela possibilidade
de captação de água pelas torres de tomada em diferentes profundidades.
A alternativa D está errada, visto que a tubulação de tomada posicionada no fundo dos cursos d'água
captará água com muitos sedimentos, pois estes tendem a se depositar no fundo.
A alternativa E está errada, pois os poços rasos e as caixas de captação devem possuir cobertura acima
da cota do terreno natural, e não na cota do terreno como dito na alternativa.
(CESPE / PGE PE - Ana. Adm. de Procuradoria - Eng. - 2019) A captação de água tem por finalidade
criar condições para que a água seja retirada de um manancial abastecedor em quantidade
suficiente para atender o consumo e em qualidade que dispense tratamentos ou os reduza ao
mínimo possível. A respeito de obras de saneamento relacionadas a esse assunto, julgue o item que
se segue.
Em córregos e rios, recomenda-se que a tubulação de tomada esteja localizada na cota mínima
desses cursos d’água, para favorecer a eficiência da bomba de captação.
Comentários:

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A tubulação de tomada deve estar entre os níveis mínimo e máximo do manancial, para se evitar riscos
de variação de nível sobre a captação (nível máximo), ocasionando, por exemplo, a entrada de materiais
sólidos na captação. Assim, seria muito arriscado instalar a tomada na cota mínima, sob pena de se
prejudicar a qualidade da água captada, onerando o seu posterior tratamento.
Portanto, a afirmativa está errada.

CESPE / TCE-RO / Eng. Civil - 2019 - Adaptado para V ou F) No que se refere aos sistemas de
abastecimento, julgue a afirmativa a seguir.
A captação com barragem de nível é dimensionada para manter a vazão de captação constante ao
longo do tempo.
Comentários:
A barragem de nível, como o próprio nome indica, é utilizada para se regular o nível da captação, e não
a vazão do manancial. Portanto, não se trata de manter a vazão constante ao longo do tempo, mas sim
um nível ótimo para a operação do sistema.
Logo, a afirmativa está errada.
(FGV / Pref Salvador - Ana. Planej. Infraestrutura e Obras Públicas Municipais - Eng. Civil - 2019)
Com relação ao projeto de captação de água de superfície para abastecimento público, analise as
afirmativas a seguir e assinale V para a verdadeira e F para a falsa.
( ) A tomada de água deve ser localizada em trecho reto ou próximo à margem externa do curso de
água.
( ) No caso de água com intenso transporte de sólidos, deve ser estudada a possibilidade de localização
da tomada de água em canal lateral.
( ) A velocidade nos condutos livres ou forçados da tomada de água não deve ser inferior a 0.30 m/s.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
a) F – V – F.
b) F – V – V.
c) V – F – F.
d) V – V – F.
e) F – F – V.
Comentários:

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O 1º parêntesis está correto, pois a tomada d'água deve ser instalada no local em que ocorre menos
assoreamento ou sedimentação, que são os locais retos ou os lados externos das curvas (trechos
côncavos).
O 2º parêntesis está correto, já que os mananciais que se caracterizam por altas taxas de transporte de
partículas sólidos devem ser analisados quanto a outras opções de captação, como a localização de
tomada d'água em canal lateral ou a captação em barragem oblíqua.
O 3º parêntesis está errado, pois a velocidade da água na tomada d'água deve ser igual ou superior a
0,60 m/s.
Portanto, a resposta correta é a letra D.
(FCC / CNMP - Ana. - Eng. Civil - 2015) Nas obras de captação, existem dispositivos que se destinam
a regular ou vedar a entrada de água nos sistemas, quando se objetiva efetuar reparos ou limpeza
em caixas de areia, poços de tomada, válvulas de pé, ou em tubulações. São utilizados para esse
fim
a) comportas, válvulas ou registros e adufas.
b) comportas, flutuadores e telas.
c) comportas, grades e telas.
d) flutuadores, grades e telas.
e) flutuadores, grades e registros.
Comentários:
A alternativa A está correta, já que as comportas, válvulas ou registros e adufas são dispositivos
utilizados para ajustar a quantidade de água que adentra a uma captação, ou mesmo para interromper
o fluxo.
As alternativas B e E estão erradas, visto que flutuadores são utilizados para controle de nível d'água ou
atividades que dele dependem, como a captação. Não há, pois, utilização direta de flutuadores para
controle de vazão de água ou para interrupção de sua entrada.
A alternativa C está errada, pois as telas destinam-se à remoção de materiais flutuantes na água, sem
relação com o controle da quantidade de água que entra em uma captação.
A alternativa D está errada, já que flutuadores e telas não possuem utilização direta no controle de
vazões que adentram uma captação ou mesmo na interrupção de seu fluxo.
(CESPE / TCE-MG - Eng. - 2018) A respeito da etapa de captação de um sistema de abastecimento
de água, assinale a opção correta.
a) A captação flutuante é recomendada para o regime de escoamento de curso d’água torrencial ou
rápido.
b) Tomadas d’água devem ser preferencialmente instaladas ao longo de trechos retos do curso d’água;
contudo, se for necessário instalá-las em trechos curvos, deve-se preferir o lado côncavo da curva.
c) O uso de grades nas caixas de tomada d’água é recomendado para conter o excesso de algas em um
manancial.

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d) No caso específico de captação de água subterrânea de lençol confinado, a tubulação na saída do


poço pode ser empregada sem válvulas e sob pressão atmosférica.
e) Se a vazão do manancial for inferior à demanda, a captação de água poderá ser viabilizada com a
construção de uma barragem de nível.
Comentários:
A alternativa A está errada, pois a captação flutuante é recomendada para regimes fluviais, que se
caracterizam por escoamentos lentos. No caso de regimes torrenciais, utilizamos caixas de tomadas ou,
em projetos de maior porte, canais de derivação.
A alternativa B está correta, visto que o local ideal para as tomadas d'água é em trechos retos dos cursos
d'água e, no caso de trechos curvos, no local de menor ocorrência de assoreamento/sedimentação, que
é o lado côncavo da curva.
A alternativa C está errada, afinal as grades são adequadas para a remoção de materiais grosseiros
flutuantes na água, não para algas que possuem dimensões muito menores.
A alternativa D está errada, já que as captações em aquíferos confinados se caracterizam por pressões
superiores à atmosférica, necessitando de válvulas redutoras de pressão para se evitar riscos à utilização
do sistema, bem como o golpe de aríete.
A alternativa E está errada, pois a barragem de nível permite apenas a regulagem da altura da lâmina
d'água para que se tenha submersão suficiente dos dispositivos de captação. A regularização de vazão
é que se aplica no caso de escassez de água, sendo provida por reservatórios de acumulação.
Diferentemente, as barragens de nível se caracterizam por um simples muro construído próximo à
captação para aumentar o nível d'água do manancial naquele local.

Tratamento

O tratamento é o conjunto de processos aplicados na água para a melhoria de seus padrões de qualidade,
sendo feito em um sistema de abastecimento pela estação de tratamento de água (ETA). Veremos as
técnicas de tratamento e sua aplicação em detalhes na próxima aula.

Porém, nesse momento é importante saber que a localização da ETA em relação às demais unidades é
uma informação de grande importância para um sistema de abastecimento, pois caso a ETA esteja em
posição superior às demais unidades do sistema, será necessário bombear a água para que ela chegue até
a ETA, enquanto o envio da água da ETA para outras unidades se dará provavelmente por gravidade.

Adutoras

Com certeza você já ouviu falar nesse nome, mas o que é uma adutora?

É a tubulação que transporta água entre as unidades de um sistema de abastecimento que estão antes da
rede de distribuição.

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As adutoras não distribuem água aos consumidores, não se esqueça disso, pois essa é uma diferença
fundamental entre adutora e rede de distribuição.

Assim, as adutoras interligam a captação à estação de tratamento de água (ETA), o reservatório à rede de
distribuição, etc. Por vezes teremos ramificações de uma adutora indo até outros pontos do sistema,
recebendo o nome de subadutora. Também se dá esse nome de subadutora à canalização interligando
exclusivamente reservatórios de um sistema de abastecimento.

As adutoras geralmente possuem grandes diâmetros, pois conduzem toda a água necessária a uma cidade
ou a uma grande parte dela. Por isso, necessitam de muitos cuidados, inclusive em termos de válvulas de
proteção e manutenção, além do alto custo que representam em um sistema de abastecimento.

De acordo com a natureza da água conduzida pela adutora, dizemos que se trata de:

 Adutora de água bruta: trecho de adução que conduz água ainda não tratada na ETA;
 Adutora de água tratada: trecho de adução que conduz apenas água que já foi tratada na ETA.

As adutoras podem ser também classificadas quanto à energia para movimentação da água em:

o Adutora por gravidade: água é transportada somente por ação da gravidade. Nesse caso,
teremos as adutoras em:
 Conduto forçado, que são aquelas em que a pressão no interior da tubulação é
superior à pressão atmosférica;
 Trata-se de um escoamento análogo ao dos vasos comunicantes. Uma
maneira de se verificar esse equilíbrio entre tubos seria no caso de tubulações
paralelas conectadas a um único tubo alimentador de água. A água tende a
atingir o repouso em um mesmo nível em todos os tubos paralelos, indicando
a manutenção da mesma pressão nesse ponto.
 Conduto livre, em que a água permanece à pressão atmosférica, sendo condutos
geralmente abertos ao ar, livres.
 É muito raro uma adutora em conduto livre em sistemas de abastecimento
urbano, pois pode haver contaminação do exterior na água escoada.
o Adutora por recalque: transporte da água é feito com injeção de energia no sistema por meio
de bombeamento;
o Adutora mista: possui um trecho com escoamento por gravidade e outro por recalque;

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Adução
Tubulação
que
transporta Ramifica- Classificações
água antes ções
da rede de
distribuição

Conforme a
Nâo qualidade da Conforme a energia de movimentação das águas
distribui água:
Subadu-
água aos
consumido tora
-res
Adutora
Água Água Conduto Conduto
de Adutora mista:
bruta: tratada: forçado livre
recalque

Água
Água 1 trecho com
que não Pressão Pressão Fornec.
que foi escoamento por
foi interior interior de
tratada gravidade + outro
tratada > atm. = atm. energia
na ETA por recalque
na ETA

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Você ainda não estudou redes, mas saiba que são arranjos de tubulações conectadas entre si
caracterizando-se por um escoamento em conduto forçado.
(CESPE / TRT 8 - Ana. Judiciário - Eng. Civil - Questão de fixação - Adaptado para V ou F) A respeito
de abastecimento, tratamento, reserva e distribuição de água, julgue a afirmativa a seguir:
Nas redes de distribuição sob pressão, a água não atinge o mesmo nível em todos os tubos, mesmo
quando estiver em repouso, não obedecendo, portanto, ao princípio dos vasos comunicantes.
Comentário:
Em tubulações sob pressão, verifica-se situação análoga à dos vasos comunicantes, pois há interligação
entre as tubulações, havendo o equilíbrio da carga ao longo da tubulação, como, por exemplo, a
manutenção da pressão em pontos de um mesmo nível ao longo de tubos paralelos.
Portanto, a afirmativa está errada.
(CESPE / SUFRAMA - Eng. - 2014) Julgue os próximos itens, acerca do saneamento ambiental.
O processo de captação de água envolve o conjunto de estruturas destinadas a transportar água de
um ponto a outro, sem que haja consumo ao longo dessa trajetória.
Comentário:
O transporte de água em um sistema de abastecimento que não implica seu consumo é chamado de
adução, e não de captação. Esta, por sua vez, é a retirada de água de um manancial para suprir um
sistema de abastecimento. Assim, a afirmativa está errada.

Traçado das adutoras

Teorema da Bernoulli

Quando estudamos o traçado de adutoras, utilizamos o Teorema de Bernoulli, que diz que a energia em
qualquer ponto da massa do fluido em escoamento permanente é constante e igual à soma das alturas
piezométrica (P), geométrica (Z) e cinética (EC), ou seja:

Energia do líquido = P + Z + EC

A aplicação dessa teoria fica clara ao observarmos 2 pontos em uma tubulação conduzindo água (Figura 21).
Em cada ponto, colocamos um cano vertical para ver a altura que a água que passa pelo ponto subiria, o que

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deduzimos ser a altura de pressão no ponto. Chamamos esse cano vertical de piezômetro. Notamos que
em P1 e P2 temos o líquido com uma dada velocidade, uma certa pressão e a uma posição diferente.

Figura 21: aplicação do teorema de Bernoulli

O Teorema de Bernoulli aplicado à figura anterior diz que a energia entre 2 pontos P1 e P2 se conserva, ou
seja:

𝑍1 + 𝑃1 + 𝐸𝐶1 = 𝑍2 + 𝑃2 + 𝐸𝐶2

É possível demonstrar que a energia cinética do fluido é dada por:

𝑣2
𝐸𝐶 =
2𝑔

Assim, podemos expressar a conservação da energia por meio do teorema de Bernoulli da seguinte forma:

𝑣1 2 𝑣2 2
𝑍1 + 𝑃1 + = 𝑍2 + 𝑃2 +
2𝑔 2𝑔

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Todas essas 3 variáveis (Z, P e v) podem ser medidas em metros. P seria a pressão que o líquido exerce na
tubulação em metros de coluna d'água (geralmente abreviado para mca), Z a altura do líquido em relação a
um referencial (por exemplo, em relação ao nível do mar) e EC seria a energia cinética da água medida em
metros.

Assim, poderíamos supor 2 reservatórios R1 e R2 conectados entre si por uma adutora que não tem
nenhuma rugosidade, feita de material liso que não gera perda de energia ao líquido (Figura 22). Os pontos
1 e 2 terão, então, a mesma energia, dada pelos seguintes valores:

𝑍1 + 𝑃1 + 𝐸𝐶1 = 𝑍2 + 𝑃2 + 𝐸𝐶2

Z1 será a altitude do ponto 1, P1 será a pressão da água nesse ponto e EC1 será a energia cinética, reflexo da
velocidade com que a água percorrerá a tubulação naquele ponto. Analogamente os conceitos são os
mesmos para as variáveis referentes ao ponto 2.

Figura 22: reservatórios R1 e R2 conectados entre si por uma adutora sem rugosidade

Geralmente a energia cinética EC é muito pequena se comparamos com os valores de P e Z, por isso,
desprezamos EC, analisando o escoamento apenas do ponto de vista da pressão P e da posição Z. Assim,
temos que:

𝑍1 + 𝑃1 = 𝑍2 + 𝑃2

Chamamos tanto a soma Z1 + P1 quanto Z2 + P2 de energia potencial ou ainda de energia gravitacional.

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Perceba que o Teorema de Bernoulli se baseia apenas na relação entre energias gravitacionais (Z e P) e
cinética. Portanto, esse teorema não considera, por exemplo, a energia gerada por uma bomba, que
resultaria no recalque de uma massa de água, mesmo contra os efeitos da gravidade.

Quando falamos de uma dada pressão P, é importante saber que podemos medi-la de 2 formas:

 Em valores absolutos, para o qual há várias unidades de medida, como atmosferas e Pascal;
o Nesse caso, diremos que se trata de pressão medida em valores absolutos;
 Em valores efetivos, em que será contabilizada na pressão apenas a diferença dela para 1 atmosfera.
O motivo para essa consideração é que na prática consideramos que qualquer lugar da superfície
está sujeito aproximadamente à pressão atmosférica. Assim, o que buscamos nos projetos
hidráulicos é justamente saber a eventual diferença da pressão em um tubo em relação à pressão
atmosférica, seja essa diferença positiva ou negativa.
o A pressão, quando medida por esta forma, será dita que foi medida em valores efetivos.
o Assim, um ponto que estiver submetido a uma pressão efetiva de 1 atmosfera, estará valores
submetido a 2 atmosferas em valor absoluto (Figura 23).

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Pressão
efetiva

Pressão
absoluta
1 atm.

Figura 23: relação entre pressão efetiva e abasoluta

Escoamento de um fluido entre 2 reservatórios

Podemos analisar o escoamento de um fluido em uma tubulação comparando a posição de 2 reservatórios


R1 e R2 conectados a esta adutora (Figura 24). Na situação A, o reservatório R1 envia água ao reservatório
R2, pois há uma diferença de altura ∆h entre os reservatórios que fornece energia potencial à água para ela
percorrer os dutos e chegar até R2.

Contudo, se subirmos a posição do reservatório R2, conforme a situação B, veremos que menos água
atingirá R2 e, se subirmos mais ainda esse reservatório R2, chegaremos ao ponto de não ter água nenhuma
chegando a R2. O motivo para essa redução na vazão a ponto de não se ter mais água escoando no sistema
é que a água perde energia à medida que percorre a tubulação, pois as paredes da tubulação não são 100%
lisas, possuindo rugosidade que gera choques nas partículas de água. É como um carro em uma estrada, que
gasta combustível justamente porque tem que vencer o atrito entre o pneu da estrada e o pavimento.

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Figura 24: reservatórios em diferentes posições conectados por uma adutora

Chamamos essa perda de energia que um líquido sofre ao percorrer uma canalização de perda de carga
contínua, pois ela ocorre continuamente à medida que a extensão da canalização vai sendo percorrida pelo
líquido.

A água também perde energia ao passar por um dispositivo mecânico da rede, como por exemplo uma
válvula, uma torneira (registro), ou mesmo simplesmente por sair ou entrar em um reservatório. Todos
esses pontos são chamados de singularidades da rede de abastecimento e dizemos que essa perda de carga
específica que ocorre devido a essas singularidades é a perda de carga localizada.

A perda de carga total (∆htotal) é justamente a soma das perdas localizadas (∆hlocalizadas) e as contínuas (∆h):

∆ℎ𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ∆ℎ + ∆ℎ𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎𝑠

Em tubulações de água curtas, com muitos acessórios, as perdas de carga localizadas adquirem grande
importância nas perdas totais. Porém, em projetos de redes de distribuição de água, que possuem
diâmetros e comprimentos relativamente grandes, ou de adutoras que se encaixam nessa situação de
grandes dimensões, costumamos desprezar as perdas de carga localizadas, uma vez que as perdas de
energia por atrito ao longo do comprimento das adutoras se tornam preponderantes (perda de carga
contínua).

Mas por que quando se reduziu o desnível entre os reservatórios, houve redução na vazão,
até o momento em que não se teve mais água sendo escoada na tubulação?

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É porque quem vence a perda de carga é a energia potencial (gravitacional) do reservatório que está mais
alto. Assim, para se ter o escoamento, é necessário que essa energia potencial, que no reservatório mais
alto (R1) é maior do que no reservatório maias baixo (R2), seja maior do que a perda de carga ∆h, ou seja:

𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑅1 − 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑅2 = ∆ℎ𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

A energia potencial é simplesmente a soma da posição altimétrica (ou altura) do ponto analisado com a
pressão que atua nesse ponto, sendo esta energia medida em metros no caso da água em condutos.

Assim, supondo que há escoamento de água entre esses 2 reservatórios, que eles estão abertos (Figura 25)
e, portanto, sujeitos à pressão atmosférica, a energia potencial (E.pot.R1) de um ponto no topo de R1 será:

𝐸.pot.R1= Cota de R1 + Pressão em R1 = 800 m + Pressão atmosférica

Já, em um ponto no topo de R2, a energia potencial será:

𝐸.pot.R2= Cota de R2 + Pressão em R2 = 750 m + Pressão atmosférica

Para calcularmos a perda de carga da Figura 25, basta fazermos um menos o outro:

𝐸. 𝑝𝑜𝑡. 𝑅1 − 𝐸. 𝑝𝑜𝑡. 𝑅2 = (800 𝑚 + 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑎𝑡𝑚. ) − (750 𝑚 + 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑎𝑡𝑚. ) = 50 𝑚 = ∆ℎ𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Portanto, a perda de carga neste caso deverá ser igual a 50 metros, que é o desnível entre os reservatórios.

Figura 25: reservatórios abertos e, portanto, sujeitos à pressão atmosférica

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Saiba que na prática os reservatórios estão sujeitos à pressão atmosférica, pois possuem tubulação de
ventilação que os conectam ao meio exterior (Figura 26). Caso os reservatórios não estivessem sujeitos à
pressão atmosférica, nos momentos de enchimento e esvaziamento de água, haveria esforços ocorrendo
na laje de cobertura do reservatório que poderiam danificá-lo. Por isso, instalamos tubulações abertas para
o meio externo, protegidas com telas e cobertas para garantir que a pressão dentro do reservatório seja
a pressão atmosférica.

Figura 26: exemplo de tubo de ventilação instalado em laje de reservatório

Geralmente dividimos a perda de carga contínua (∆h) pelo comprimento L da tubulação, obtendo a perda
de carga unitária (J), também chamada de gradiente hidráulico ou inclinação da linha de carga:

∆ℎ
𝐽=
𝐿

Supondo que, no nosso exemplo anterior, o comprimento da adutora é de 400 metros, teremos uma perda
de carga unitária (J) de:

∆ℎ 50 1
𝐽= = = 𝑚/𝑚
𝐿 400 8

Embora J seja um número sem unidades (adimensional), representamos com as mesmas unidades que
utilizamos em seu cálculo na fórmula, para termos ideia da magnitude da perda de carga. isso, escrevemos
m / m.

Vimos que a pressão no fluido é uma das componentes de sua energia e sabemos que ela é igual à pressão
atmosférica nos reservatórios, pois foi dito que estes estavam abertos para atmosfera. Embora as pressões
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em R1 e R2 não sejam absolutamente iguais, pois os reservatórios estão em alturas diferentes, de forma que
a coluna de ar acima deles é também diferente, aproximamos em hidráulica as 2 pressões para valores
iguais.

A consequência de fazermos essa aproximação para valores iguais das pressões atmosféricas em R1 e R2 é
que, caso imaginemos uma linha que represente o valor da pressão desde R1 até R2, teremos uma reta
ligando pontos de mesma pressão entre os 2 reservatórios, reta chamada curva piezométrica efetiva (ou
somente linha piezométrica), ou curva de pressão ou ainda linha de carga efetiva (LCE):

Figura 27: curva de pressão ou curva piezométrica

Em geral, se a adutora com água está abaixo da curva piezométrica, a pressão dentro do conduto é maior
do que a pressão atmosférica. Assim, suponha, por exemplo, um dado ponto P (Figura 28), a pressão dentro
do conduto neste ponto P será igual à distância vertical do conduto até a curva piezométrica:

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Figura 28: conduto sempre abaixo da linha piezométrica

Quando a tubulação está totalmente abaixo da linha piezométrica, dizemos que se trata de um conduto
forçado, pois o que move a água é a pressão em seu interior, que, no caso de adutoras, é maior do que a
pressão atmosférica no exterior. Uma das características desse tipo de escoamento é que ele se dá
continuamente enquanto há água no reservatório R1.

Em condutos forçados, como por exemplo o da figura anterior, deve-se dar especial atenção à tendência
de acúmulo de ar, geralmente nos pontos mais altos da canalização, sendo este ar proveniente da própria
água ou já presente na tubulação no momento de seu enchimento com água (Figura 29). Para evitarmos
esse acúmulo, que pode gerar bolhas que poderão a obstruir o escoamento da água na tubulação, utilizamos
as válvulas chamadas ventosas, que permitem tanto a saída de ar da tubulação quando ela está cheia, como
a entrada de ar quando a tubulação está sendo esvaziada para manutenção.

Em contraponto, nos pontos baixos da canalização instalamos válvulas de descarga, que são como uma
"torneira" (o nome certo é registro), que será aberta no dia em que se precisar de esvaziar a tubulação para
manutenção ou reparo (Figura 29).

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Figura 29: locais de instalação de válvula de descarga e ventosa

Muitas vezes a banca vai tentar te confundir sobre qual válvula utilizar para retirar o ar da tubulação (válvula
ventosa) ou para garantir o seu esvaziamento (válvula de descarga). Para isso, a banca cita outros tipos de
válvulas e dispositivos, que você deve conhecer para evitar ser pego desprevenido:

 Válvulas de retenção: instalada no início de tubulações de recalque, que são aquelas tubulações
conectadas a uma bomba. Geralmente essas válvulas ficam perto da bomba e são utilizadas para
impedir que a água retorne na tubulação a atinja a bomba, podendo provocar golpe de aríete,
comprometendo a bomba e a tubulação. Por estar localizada em ponto crítico de uma adutora, que
é a zona de recalque, essa válvula é também dotada de capacidade para suportar as altas pressões
geradas pelo golpe de aríete.
 A situação de súbito retorno da coluna d'água ocorreria se, após um período de
funcionamento contínuo da bomba, ela de repente parasse de funcionar por algum
problema mecânico. Caso o sistema não tivesse a válvula de retenção, a tubulação de
recalque, repleta de água, teria seu escoamento em sentido contrário, ou seja, em direção à
bomba, danificando-a.
 Válvulas ou registros de parada: é um dos registros mais conhecidos, pois servem para interromper
o fluxo de água, sendo utilizados praticamente em toda rede de água. Em adutoras, geralmente
colocamos um registro em seu início e outros distribuídos em trechos que facilitem o isolamento
da tubulação para permitir a sua manutenção sem necessidade de esvaziamento total da adutora.
 Válvulas redutoras de pressão: dispositivo utilizado em adutoras em pontos em que a água possa
adquirir altos níveis de pressão a ponto de poder danificar a tubulação ou de causar vazamentos
no sistema.
 Válvula anti-golpe: dispositivo dissipador de energia que reduz a pressão gerada pelo golpe de
aríete, protegendo a adutora.
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 Standpipe: variação de uma caixa de transição, que utilizamos quando a linha piezométrica corta a
tubulação, resultando em pressões negativas na rede. A fim de se evitar esse problema, que gera
riscos de contaminação à água transportada, instala-se no ponto de transição de trecho em
recalque com trecho por gravidade (Figura 30).

Figura 30: esquema de utilização de standpipe

Quando traçamos adutoras, buscamos fazer com que o traçado esteja sempre abaixo da linha piezométrica,
o que significa que ele ocorrerá pela diferença de energia entre o ponto de montante (mais alto), que pode
ser um reservatório, e o de jusante (mais baixo). Geralmente a limitação que encontramos para não poder
seguir com o traçado ideal é a topografia, sendo muitas vezes necessário gastos maiores com
bombeamento ou outros dispositivos.

Se, por acaso, o conduto coincide seu traçado com o da linha piezométrica, dizemos que se trata de um
escoamento ou conduto livre, e não mais forçado. São exemplos de condutos livres os rios, canais e
tubulações de esgoto.

E se o conduto cortasse a linha piezométrica efetiva, o que aconteceria?

Quando o conduto ultrapassa a linha piezométrica, a pressão em seu interior fica menor do que a pressão
atmosférica, podendo causar problemas de contaminação da água, caso exista algum rompimento na
tubulação. Podem ainda ocorrer problemas de cavitação, pois sob baixa pressão a temperatura do ponto
de vaporização da água se reduz, levando à formação de vapor, cujas bolhas podem se chocar com a
tubulação, danificando-a. Esse fenômeno é chamado de cavitação. O escoamento nesses casos não ocorre
por gravidade.

Para se evitar esse problema, é feita a instalação de um pequeno reservatório (chamado de caixa de
transição), a ser localizado nesse ponto intermediário do traçado 2, de forma a manter toda a canalização
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abaixo da linha piezométrica. Portanto, não se projeta adutora cortando linha piezométrica para se ter um
escoamento por gravidade, a menos que se instale uma caixa de transição.

A B

Figura 31: traçado 2 com região apresentando pressão negativa (A) e com solução de caixa de transição

Há ainda um outro caso, que seria o da tubulação atingir uma altura maior do que a do reservatório R1.

Primeiro saiba que essa altura do nível d'água do reservatório de montante R1 é chamada de plano de
carga efetivo ou estático, pois ela corresponde à toda energia de posição (energia potencial) que o
reservatório R1 possui e que será utilizada no escoamento da água de R1 para R2 (Figura 32).

Assim como podemos comparar as barragens de hidrelétricas entre si para saber qual tem maior potencial
de geração de energia em termos de altura de queda, podemos também analisar um reservatório por esse
ponto de vista da energia, sendo que nesse caso utilizamos uma linha horizontal chamada plano de carga
efetivo. É nesse plano que está a pressão efetiva atuante no reservatório R1.

Figura 32: conduto cortando o plano de carga estático

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Mas é possível a água atingir uma altura dessas, como a do traçado 3?

A resposta é sim, mas esse escoamento somente ocorre após o enchimento de toda a tubulação por meio
de dispositivos mecânicos, sendo que o escoamento ocorre por um processo chamado sifão. A esse
processo de enchimento da tubulação com água chamamos escorva. Trata-se de um caso particular de
adutoras, que não é muito utilizado, mas que algumas provas cobram.

Contudo, o sifão possui limites na altitude a que pode elevar a água e também na vazão que o tubo consegue
conduzir, não sendo um processo eficiente. O limite do sifão é dado pelo plano de carga absoluto, que é
simplesmente o plano de carga efetivo somado à pressão atmosférica medida em metros de coluna d'água,
que vale 10,33 metros de coluna d'água (Figura 33).

Em um caso como o do traçado 4 da figura a seguir, pode a tubulação conduzir a água por
gravidade?

A resposta é não, havendo necessidade de recalque por meio de bombeamento. Nesse caso, não podemos
aplicar o Teorema de Bernoulli, que compara as energias de 2 pontos, uma vez que há introdução de
energia de uma fonte externa, deixando o escoamento de ser permanente.

Figura 33: traçado 4 com tubulação cortando o plano de carga absoluto

De forma análoga ao plano de carga absoluto, também definimos a linha de carga absoluta (LCA), que é
simplesmente a linha piezométrica somada à pressão atmosférica, ou seja, somada a uma altura de 10,33
metros de coluna d'água (Figura 34). Observe na figura anterior que a diferença entre o plano de carga
absoluto e o efetivo é justamente 1 atm., pois quando pensamos na pressão efetiva, descontamos 1 atm do
valor da pressão.

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Figura 34: planos e linhas de carga no escoamento entre 2 reservatórios

Lembra de quando falamos da pressão medida em valores absolutos? No caso do reservatório R1, a pressão
em valores absolutos é dada pelo plano de carga absoluto, enquanto a pressão efetiva é dada pelo plano
de carga efetivo.

Plano de Pressão
carga efetivo efetiva do Altura do NA
(PCE) Reservatório

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Plano de Pressão
carga absoluta do Altura do NA
absoluto Reservatório

Para facilitar o entendimento, veja que a palavra "plano" está sempre associada ao reservatório de
montante, enquanto o termo "linha" está associado à ligação do reservatório de montante com o de
jusante.

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Pressão pode ser expressa em unidades

•Absolutas
•Efetivas
•Pres. ef. = Pres.abs. - 1 atm.

Perda de carga contínua

•Atrito com a tubulação


•Importante em tubulações de grandes comprimentos e diâmetros
•Perda de carga unitária
•∆h/L

Perda de carga localizada

•Perda de energia em singularidades da tubulação


•Ex: válvulas, entrada e saída da tubulação, curvas, derivações
•Importante em tubulações de pequeno comprimento

Reservatórios
•Estão submetidos à pressão ATMOSFÉRICA
•Tubo de ventilação

Dispositivos de adutoras

•Ventosas
•Pontos + altos
•Válvulas de descarga
•Pontos + baixos

Traçados da tubulação

•Coincide com linha piexométrica


•Conduto livre
•Ex clássico: rede de esgoto
•Qdo traçado ultrapassa linha piexométrica
•Caixa de transição
•Evitar cavitação
•Qdo traçado corta PCE
•Efeito sifão
•Necessário escorva da tubulação
•Qdo traçado corta PCA
•Não é possível escoamento por gravidade
•É possível escoamento por recalque

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(CESPE / TCE-PE - Auditor de Controle Externo - 2017)

O estudo da geometria das tubulações é fundamental para garantir o fluxo de água nas estruturas
hidráulicas. Nesse sentido, tendo como base a figura precedente, considere os reservatórios de
água R1 e R2, as linhas l1, l2, l3 e l4 e o desenvolvimento dos condutos fechados A-E, A-B-C-D-E, A-
B”-C”-D”-E e A-B”-C”-D”-E em relação às referidas linhas, em que a pressão atmosférica (Pa.) é a
origem das medidas de pressão, e julgue o item a seguir.
O teorema de Bernoulli pode ser aplicado entre os pontos A e E exatamente como foi postulado,
pois a conservação de energia se mantém constante para qualquer uma das tubulações que
interligue esses dois pontos.
Comentários:
Não podemos aplicar o teorema de Bernoulli no escoamento do trecho mais alto, ou seja, A B" C" D" E,
pois não é possível haver escoamento por gravidade naquele conduto.
Portanto, a afirmativa está errada.
(CESPE / TCE-RO - ACE - Eng. Civil - 2019 - Adaptado para V ou F) Em relação aos sistemas de
abastecimento de água, julgue a afirmativa a seguir.
A linha piezométrica corta a linha da tubulação nas adutoras projetadas para funcionar por
gravidade.
Comentários:
No caso de escoamentos por gravidade, a linha da tubulação não deve cortar a linha piezométrica, uma
vez que se terá pressão negativa. Nesse caso, deveria haver uma caixa de transição para se evitar
problemas de cavitação.

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A assertiva está errada.


(CESPE / TCE-PE - Auditor de Controle Externo - 2017)

O estudo da geometria das tubulações é fundamental para garantir o fluxo de água nas estruturas
hidráulicas. Nesse sentido, tendo como base a figura precedente, considere os reservatórios de
água R1 e R2, as linhas l1, l2, l3 e l4 e o desenvolvimento dos condutos fechados A-E, A-B-C-D-E, A-
B”-C”-D”-E e A-B”-C”-D”-E em relação às referidas linhas, em que a pressão atmosférica (Pa.) é a
origem das medidas de pressão, e julgue o item a seguir.
As linhas l1, l2, l3 e l4 representam, respectivamente, a linha de carga absoluta, a linha de carga
efetiva, o plano de carga absoluto e o plano de carga efetivo.
Comentários:
A afirmativa está errada pois l1, l2, l3 e l4 correspondem, respectivamente, ao plano de carga absoluto
(PCA), plano de carga efetivo (PCE), linha de carga absoluta e linha de carga efetiva.
Portanto, trata-se de sequência diferente da que consta na afirmativa, estando, pois, errada.
(CESPE / TCE-PE - Auditor de Controle Externo - 2017)

O estudo da geometria das tubulações é fundamental para garantir o fluxo de água nas estruturas
hidráulicas. Nesse sentido, tendo como base a figura precedente, considere os reservatórios de

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água R1 e R2, as linhas l1, l2, l3 e l4 e o desenvolvimento dos condutos fechados A-E, A-B-C-D-E, A-
B”-C”-D”-E e A-B”-C”-D”-E em relação às referidas linhas, em que a pressão atmosférica (Pa.) é a
origem das medidas de pressão, e julgue o item a seguir.
Sem a atuação de forças externas, o fluxo de água na tubulação A-B”-C”-D”-E se mantém, devido,
exclusivamente, à ação da Pa.
Comentários:
O fluxo na tubulação A-B"-C"-D"-E somente é possível mediante recalque, o que seria a atuação de
forças externas, não ocorrendo o fluxo somente por ação da gravidade. A questão diz que Pa é a pressão
atmosférica, que é resultado da força da gravidade sobre a atmosfera. Logo, a questão disse que o
escoamento se dá por gravidade, o que está errado.
(CESPE / TCE-PE - Auditor de Controle Externo - 2017)

O estudo da geometria das tubulações é fundamental para garantir o fluxo de água nas estruturas
hidráulicas. Nesse sentido, tendo como base a figura precedente, considere os reservatórios de
água R1 e R2, as linhas l1, l2, l3 e l4 e o desenvolvimento dos condutos fechados A-E, A-B-C-D-E, A-
B”-C”-D”-E e A-B”-C”-D”-E em relação às referidas linhas, em que a pressão atmosférica (Pa.) é a
origem das medidas de pressão, e julgue o item a seguir.
A tubulação A-B’-C’-D’-E funciona como um sifão e, por isso, não precisa de escorva prévia para
garantir o escoamento.
Comentários:
A afirmativa está errada, pois, embora a tubulação A-B’-C’-D’-E funcione como sifão, é necessário
escorva prévia, havendo inclusive dispositivos mecânicos para essa função.

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(CESPE / TCE-PE - Auditor de Controle Externo - 2017)

O estudo da geometria das tubulações é fundamental para garantir o fluxo de água nas estruturas
hidráulicas. Nesse sentido, tendo como base a figura precedente, considere os reservatórios de
água R1 e R2, as linhas l1, l2, l3 e l4 e o desenvolvimento dos condutos fechados A-E, A-B-C-D-E, A-
B”-C”-D”-E e A-B”-C”-D”-E em relação às referidas linhas, em que a pressão atmosférica (Pa.) é a
origem das medidas de pressão, e julgue o item a seguir.
No trecho B-C-D do conduto A-B-C-D-E, atua uma pressão inferior à Pa que provoca a formação de
uma bolsa gasosa no ponto C, o mais alto da tubulação. Se essa bolsa não for removida, ela crescerá
até que a pressão interna do tubo se iguale à Pa enquanto a vazão diminuirá. Nesta situação, uma
válvula de expulsão e admissão de ar instalada no ponto mais alto da tubulação restabeleceria a
vazão.
Comentários:
A solução para traçados que cortam a linha piezométrica não é a instalação de válvula de ventosa, mas
sim de caixa de passagem, que permite a mudança na linha piezométrica.
Portanto, a afirmativa está errada.
(CESPE / TCM-BA - Infraestrutura - 2018) Em adutoras, os elementos acessórios colocados em
pontos elevados das tubulações e responsáveis pela expulsão de ar durante o enchimento da linha
ou do ar que normalmente se acumula nesses pontos são
a) as válvulas de descarga.
b) as ventosas.
c) as válvulas redutoras de pressão.
d) os registros de parada.
e) as válvulas de retenção.
Comentários:
A alternativa A está errada, pois as válvulas de descarga são utilizadas para o esvaziamento da água das
adutoras e não para a expulsão de ar.

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A alternativa B está correta, visto que as ventosas são dispositivos que permitem a saída do ar, que
geralmente se localiza nas regiões mais altas de uma adutora, bem como entrada do ar no caso de
esvaziamento da tubulação.
A alternativa C está errada, pois as válvulas redutoras de pressão são utilizadas para se evitar danificar
o material da tubulação ou para reduzir riscos de vazamentos na rede.
A alternativa D está errada, já que o registro de parada é utilizado para interromper o fluxo em uma
adutora, permitindo que se isole trechos do traçado para sua manutenção.
A alternativa E está errada, visto que as válvulas de retenção são utilizadas para impedir o retorno da
água em adutoras por recalque, o que comprometeria a bomba.
(CESPE - Ana. do MPU - Perícia - Eng. Civil - Questão de fixação) As instalações hidráulicas sob
pressão são constituídas por tubulações, acessórios de natureza diversa (válvulas, curvas ou
conexões em geral), além de, eventualmente, uma máquina hidráulica. Esses acessórios provocam,
localizadamente, a alteração do módulo ou direção da velocidade média do fluxo e da pressão.
A esse respeito, julgue o próximo item.
Nos projetos de redes de distribuição de água, com tubulações de diâmetros e comprimentos
relativamente grandes, as perdas de carga por atrito costumam ser desprezadas em relação às
perdas localizadas.
Comentários:
Em projetos de redes com grandes diâmetros e longos comprimentos, desprezamos as perdas de carga
localizadas, e não as contínuas, pois o atrito assume preponderância na perda de carga total.
Assim, a assertiva está errada.
(CESPE - MPU - Ana - Eng. - Questão de fixação)
Quanto a redes de distribuição de água e dimensionamento de blocos de ancoragem, julgue o item
que se segue.
Em um trecho qualquer da rede ramificada, a cota piezométrica de montante é igual à cota
piezométrica de jusante, descontada da perda de carga no trecho.
Comentários:
É o contrário, a energia de montante é maior do que de jusante, pois a água percorreu um trecho da
tubulação perdendo energia por atrito quando chega a jusante. Logo, o erro está na palavra
"descontada", devendo ter sido utilizada a palavra "somada".
(FCC - Ana (PGE MT)/PGE MT/Engenheiro Cartográfico e Agrimensor/2016) Numa adutora por
gravidade, em conduto forçado, é possível ter alguns equipamentos especiais para controle do fluxo
de água. O equipamento que objetiva impedir o retorno da água para a bomba quando essa é
paralisada, além de suportar os golpes de aríete, é a
a) válvula de redução de pressão.
b) válvula anti-golpe.
c) válvula de retenção.

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d) standpipe.
e) ventosa.
Comentários:
A alternativa A está errada, pois as válvulas redutoras de pressão são utilizadas para se evitar danificar
o material da tubulação ou para reduzir riscos de vazamentos na rede.
A alternativa B está errada, visto que a válvula anti-golpe não impede o retorno da água, apenas possui
capacidade para resistir ao golpe de aríete.
A alternativa C está correta, pois a válvula de retenção não somente impede o retorno da coluna d'água
que está dentro da adutora em caso de problemas com a bomba, como também possui capacidade de
suportar às pressões geradas pelo golpe de aríete na adutora.
A alternativa D está errada, já que standpipe é um dispositivo de transição instalado para se evitar que
a linha piezométrica cruze com o traçado da adutora.
A alternativa E está errada, visto que as ventosas são utilizadas para permitir a saída do ar que se
acumula entro das adutoras, bem como sua entrada no caso de esvaziamento da rede.

Otimizando o diâmetro de uma adutora

Um caso clássico em concursos é o caso de 2 reservatórios conectados por 1 adutora, em que temos que
escolher o menor diâmetro para esta adutora. A forma de se garantir a escolha do menor diâmetro é
utilizarmos todo o desnível (diferença de cotas altimétricas) entre os 2 reservatórios para vencer a perda
de carga.

O motivo é que, em condutos forçados, a perda de carga contínua aumenta com o comprimento da
tubulação, porém reduz com o aumento do seu diâmetro. Assim, o diâmetro da tubulação se contrapõe à
perda de carga, ou seja, enquanto o um aumenta, o outro se reduz (Figura 35).

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Perda de
carga
aumenta

Diâmetro
se reduz

Figura 35: relação inversa entre diâmetro e perda de carga

Se queremos encontrar o menor diâmetro para uma adutora, deveremos buscar a maior perda de carga
possível, que é aquela que iguala a diferença de nível entre os reservatórios.

Poderíamos buscar uma perda de carga maior ainda do que o desnível?

A resposta é não, pois seria antieconômico, uma vez que necessitaríamos de introduzir energia no sistema.

A perda de carga contínua é:

 Diretamente proporcional ao comprimento da adutora;


 Dependente do tipo de material da tubulação, podendo ser maior ou menor, a depender da
rugosidade do material;
 Inversamente proporcional a uma potência do diâmetro;
 Dizemos genericamente a uma potência do diâmetro, pois há fórmulas empíricas que
consideram o diâmetro na potência 3, outras na potência 4, etc.
 Proporcional à velocidade de escoamento e à vazão (se a seção do tubo não variar);
 Perceba que velocidades maiores em uma tubulação vão requerer diâmetros menores, que
embora sejam de custos mais baixos, provocam grandes perdas de carga.
Consequentemente, a energia fornecida ao sistema deverá ser maior, seja por meio de um

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reservatório com cota maior ou por meio de uma estação elevatória mais potente e mais
cara.
 Independe da posição do tubo;

Algumas bancas, para confundir o aluno, citam o caso do escoamento turbulento. Saiba que escoamento
turbulento é um tipo de fluxo caracterizado por velocidades muito altas do líquido, com as partículas se
misturando de forma caótica. Trata-se de um tipo de escoamento ainda pouco compreendido.

O diâmetro é tão importante para a perda de carga, que é utilizado de forma a reduzí-la nos trechos da rede
de distribuição e adução que conduzem maiores vazões. Como vimos, uma vazão maior como a que ocorre
no início de uma rede de distribuição significa, mantida a área transversal constante do tubo, maiores perdas
de carga, pois a água escoará com maior velocidade. Para se evitar esse aumento na perda de carga, nas
regiões iniciais da rede trabalhamos com maiores diâmetros, uma vez que o diâmetro é inversamente
proporcional à perda de carga. Por outro lado, a jusante da rede as vazões são menores, permitindo
diâmetros também menores.

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Vamos fazer essa próxima questão juntos?


(FCC / CNMP - Eng. Civil - 2015) Considere uma adutora que interliga dois reservatórios distanciados
entre si 4 400 m e que possui vazão média de 200 litros por segundo.

Os níveis médios de água nesses reservatórios correspondem às cotas altimétricas de 144 m e 122
m, respectivamente. Para se obter o menor diâmetro para a adutora,
a) o desnível não deverá ser aproveitado para vencer as forças de atrito. Isto significa atribuir máxima
perda de carga no escoamento, desta forma, o gradiente hidráulico correspondente à perda de carga
unitária é 2 m/km.
b) todo o desnível deverá ser aproveitado para vencer as forças de atrito. Isto significa atribuir mínima
perda de carga no escoamento, desta forma, o gradiente hidráulico correspondente à perda de carga
unitária é 200 m/km.
c) 50% do desnível deverá ser aproveitado para vencer as forças de atrito. Isto significa atribuir mínima
perda de carga no escoamento, desta forma, o gradiente hidráulico correspondente à perda de carga
unitária é 2,5 m/km.
d) 50% do desnível deverá ser aproveitado para vencer as forças de atrito. Isto significa atribuir 50% da
perda de carga no escoamento, desta forma, o gradiente hidráulico correspondente à perda de carga
unitária é 2,5 m/km.
e) todo o desnível deverá ser aproveitado para vencer as forças de atrito. Isto significa atribuir máxima
perda de carga no escoamento, desta forma, o gradiente hidráulico correspondente à perda de carga
unitária é 5 m/km.
Comentários:
A questão nos pede a perda de carga correspondente à situação de menor diâmetro da adutora.
Precisamos, então, igualar a perda de carga com o desnível entre os 2 reservatórios, que é de 22 metros
e encontrar o gradiente hidráulico (J), uma vez que cada alternativa fornece um valor para J. Vamos lá:
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∆ℎ 22
𝐽= = = 0,005 𝑚/𝑚
𝐿 4.400
Observe que as alternativas da questão estão todas considerando quilômetro no denominador.
Para considerarmos a mesma unidade, pensemos o seguinte: se em 1 metro de adutora temos 0,005
metros de perda de carga, em 1 quilômetro de adutora teremos 1.000 vezes mais perda de carga, pois 1
km é igual a 1.000 m. Logo, basta multiplicarmos a perda de carga por 1.000:
𝑚 1.000 𝑚
𝐽 = 0,005 . = 5 𝑚/𝑘𝑚
𝑚 1 𝐾𝑚
Portanto, a resposta correta é a letra E.
(CESPE / Pol. Científica / PE - Perito Criminal - Eng. Civil - 2016) As canalizações não são constituídas
exclusivamente por tubos retilíneos e de mesmo diâmetro. A inserção de peças especiais e conexões
eleva a turbulência, provoca atritos e causa choques entre as partículas, gerando a perda de carga.
Com relação à perda de carga contínua, a resistência ao escoamento da água é
a) dependente da pressão interna de escoamento do líquido.
b) dependente da posição do tubo.
c) inversamente proporcional ao comprimento da canalização.
d) inversamente proporcional a uma potência do diâmetro.
e) invariável em relação à característica das paredes do tubo (rugosidade), no caso do regime turbulento.
Comentários:
As alternativas A e B estão erradas, pois a resistência ao escoamento da água não é afetada pela pressão
interna do líquido nem pela posição do tubo.
A alternativa C está errada, visto que a perda de carga é diretamente proporcional ao comprimento da
canalização.
A alternativa D está correta, já que diâmetros menores, situação mais econômica na construção de uma
rede, levam a perdas de carga maiores.
A perda de carga depende da rugosidade do tubo, pois a energia é transformada em calor devido ao
atrito entre água e tubo. Portanto, a afirmativa E está errada.
Quando simplesmente uma questão mencionar que a perda de carga é de 2%, saiba que a questão
se refere ao desnível entre montante e jusante, sendo, portanto, 2% da diferença de carga entre
montante e jusante.
(FCC / TCE-CE Analista de Controle Externo - 2015) O sistema de condutos sob pressão de uma
tomada d’água possui comprimento de 600 m. As cotas de nível dos condutos à montante e à

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jusante são, respectivamente, 1120 m e 820 m. Considerando que a perda de carga nos condutos
seja de 2%, a perda de carga unitária na tubulação, em m/m, é
a) 10.
b) 0,001.
c) 0,1.
d) 0,01.
e) 100.
Comentários:
Foi dito que a perda de carga é de 2%, portanto, a questão está se referindo ao desnível entre os
condutos a montante e jusante, que estão situados, respectivamente, às cotas 1.130 e 820 metros.
Portanto, a perda de carga (∆h) será de:
∆ℎ = 0,02. (1.120 − 820) = 0,02. (300) = 6 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
A questão solicita a perda de carga unitária (J):
6 1
𝐽= = = 0,01 𝑚/𝑚
600 100
A resposta correta é a letra D.
No caso de 2 reservatórios conectados por uma adutora, consideramos a perda de carga como
sendo a diferença de nível de montante e de jusante, a não ser que a questão mencione alguma
hipótese em contrário.
(FCC / TRE AP - Ana. Judiciário - Eng. - 2015) Uma adutora que interliga dois reservatórios de água,
por meio de uma tubulação com 4000 m de comprimento, deve conduzir água a uma vazão média
de 150 L/seg.
Dados:
− níveis médios de água nos reservatórios 1 e 2 correspondem, respectivamente, às cotas
altimétricas de 222,5 m e 210,0 m.

O gradiente hidráulico, em m/km, correspondente a perda de carga unitária é


a) 0,315.

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b) 2,125.
c) 3,125.
d) 0,125.
e) 1,125.
Comentários:
Para calcularmos o gradiente hidráulico, precisamos primeiro da perda de carga, que é a diferença de
carga entre o reservatório de montante e de jusante:
∆ℎ = 222,5 − 210,0 = 12,5 𝑚
O gradiente hidráulico J será a perda de carga dividida pelo comprimento da tubulação, que é de 4.000
metros:
12,5
𝐽= = 0,003125 m/m
4.000
Como a questão solicita a perda de carga unitária por quilômetro, basta multiplicarmos J por 1.000:
𝑚 1.000
𝐽 = 0,003125 . = 3,125 𝑚/𝐾𝑚
𝑚 1𝐾𝑚
A resposta correta é a letra C.
(FUNDATEC / IGP RS - Perito Criminal - Eng. Civil - 2017 - Adaptado para V ou F) Quanto a sistemas
hidráulicos e sanitários, julgue a assertiva a seguir.
Quanto maior a velocidade da água na tubulação, menor será o diâmetro necessário para
determinada vazão e menor a perda de carga.
Comentários:
Quanto maior a velocidade da água na tubulação, o diâmetro necessário será menor, porém a perda de
carga será maior, uma vez que o diâmetro varia inversamente com a perda de carga. Assim, diâmetros
menores levam a perdas de carga maiores.
Portanto, a assertiva está errada.
(FUNDATEC / IGP RS - Perito Criminal - Eng. Civil - 2017 - Adaptado para V ou F) Quanto a sistemas
hidráulicos e sanitários, julgue a assertiva a seguir.
Sistemas hidráulicos ou sanitários com dimensionamento que implica em grandes perdas de carga
tendem a sofrer maior desgaste no tempo, além de serem mais sensíveis aos efeitos dos golpes de
aríetes.
Comentários:
A perda de carga é simplesmente a dissipação de energia na forma de calor pelo líquido, principalmente
no contato com as paredes da tubulação. Logo, esse contato por longo período resultará em desgaste
da tubulação, deixando-a mais vulnerável a impactos, como o do golpe de aríete.
Assim a afirmativa está correta.

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(NC-UFPR - Pref. de Curitiba - Eng. Civil - Questão de fixação) Com relação à perda de carga que
ocorre nas redes de distribuição de água, considere as seguintes afirmativas:

1. Para duas tubulações de mesmo material, mesmo diâmetro, dentro das quais passe a mesma vazão
de água, a perda de carga é maior no tubo de maior comprimento.
2. Para duas tubulações de mesmo material, mesmo comprimento e de mesmo diâmetro, a perda de
carga é maior no tubo em que ocorre a menor vazão.
3. Para duas tubulações de mesmo material, mesmo comprimento, dentro dos quais passe a mesma
vazão de água, a perda de carga é maior no tubo de menor diâmetro.
Assinale a alternativa correta.
A Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
B Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
C Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
D Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
E As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
Comentários:
A afirmativa 1 está correta, pois a perda de carga é proporcional ao comprimento da tubulação, que é a
única diferença entre as tubulações comparadas.
A afirmativa 2 está errada, já que a perda de carga é proporcional à vazão e o diâmetro foi fixado. Assim,
a perda de carga seria maior no tubo de maior vazão, e não no de menor, como foi dito.
A afirmativa 3 está correta, visto que a perda de carga é inversamente proporcional ao diâmetro da
tubulação. Logo, diâmetros menores levam a perdas de carga maiores.
Portanto, a resposta correta é a letra C.
(FCC / SABESP - Téc. em Sistemas de Saneamento - Edificações - Questão de fixação) Para amenizar
a perda de carga na extensão de uma rede de distribuição pública de água utilizando o mesmo tipo
de tubo, o diâmetro usado no início em relação ao final da rede, deve ser
a) maior.
b) menor.
c) igual.
d) inferior.
e) regular.
Comentários:
Caso o diâmetro de montante fosse inferior ao de jusante, teríamos o aumento da área da tubulação a
jusante, justamente quando fosse menos necessário, pois são os trechos da rede que conduzem
menores vazões. Como a perda de carga é proporcional à velocidade, nos locais onde se tem maior
vazão, por exemplo, no início da rede, deve-se compensar esse aumento da perda de carga
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aumentando-se o diâmetro, evitando um aumento expressivo da perda de carga naqueles locais. Em


contraponto, a jusante da rede as vazões são menores, permitindo diâmetros também menores.
Portanto, a resposta correta é a letra A, pois o diâmetro da rede vai se reduzindo de montante para
jusante.

Calculando o consumo de água de uma pessoa

O consumo de cada pessoa varia com a hora do dia, o dia do mês e o mês do ano. Além disso, o consumo de
água se altera com o grau educacional da pessoa, sua cultura, região em que habita, clima presente, etc.
Observe no gráfico a seguir a variação do consumo de água de uma pessoa ao longo dos meses de um ano,
medido em vazão (volume por dia):

Figura 36: variação do consumo de água ao longo do ano

Como então fazemos para considerar o consumo de água dos usuários de um sistema de
abastecimento nos projetos?

Primeiro, calculamos o consumo médio de água de 1 única pessoa por dia (q), considerando todo o consumo
dessa pessoa ao longo de 1 ano (Q1 ano):

∑365
𝑖=1(𝑞𝑖 )
𝑞=
365

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Contudo, q é apenas o consumo médio diário e não podemos dimensionar uma adutora de água para o
consumo médio, pois com certeza nos dias de verão o consumo de água de 1 pessoa será muito superior ao
consumo médio q. Caso o diâmetro da adutora fosse calculado para apenas o diâmetro médio, nos dias de
maior consumo, não seria possível o atendimento dessa maior vazão pela adutora.

Assim, para dimensionarmos uma adutora, temos que saber qual é o consumo máximo diário (qDMC)de
água por 1 única pessoa ao longo do ano. Isso é a mesma coisa de dizer que, no dia de maior consumo de
água, temos que calcular quanto de água uma pessoa consome, o que vamos chamar de qDMC. Logicamente,
qDMC será maior do que q, pois estamos comparando o consumo de um dia normal do ano (q) com o consumo
do dia de maior demanda do ano, que é geralmente o dia mais quente do ano.

Suponha, por exemplo, que um cidadão consuma em média 200 litros por dia de água. Contudo, no dia mais
quente do ano, esse cidadão gasta muito mais água, consumindo 240 litros por dia de água. Quais seriam
os valores de q e qDMC?

O consumo médio diário q seria 200 litros por dia e o consumo máximo diário qDMC seria de 240 litros por
dia.

O que aconteceria, então, se dividíssemos o consumo máximo de água de um cidadão (qmáx) pelo consumo
médio (q)? Observe:

𝑞𝐷𝑀𝐶
= 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑞

Chamamos essa constante de K1, que recebe o nome técnico de coeficiente de variabilidade máxima
diária do fluxo pela NBR 12218, sendo também chamado de coeficiente do dia de maior consumo em
projetos de redes. Podemos dizer que K1 é:

𝑀𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜


𝐾1 =
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜

Qual seria a constante calculada para o nosso exemplo? Basta fazermos:

𝑞𝐷𝑀𝐶 240
𝐾1 = = = 1,2
𝑞 200

Portanto, o coeficiente K1 desse exemplo vale 1,2. Toda vez que quisermos saber quanto 1 habitante
consome de água no dia de maior consumo, basta aumentarmos a vazão média q pelo coeficiente K1.

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q K1 qDMC

A NBR 12218 diz que, no caso de inexistência de um valor para K1, devemos adotar o valor de 1,2.

Podemos consolidar o método de obtenção de K1 por meio da seguinte leitura da NBR 12211 (Estudos de
concepção de sistemas públicos de abastecimento de água):

"...o coeficiente do dia de maior consumo (k1) deve ser obtido da relação entre o maior consumo diário
(X), verificado no período de um ano (Y) e o consumo médio diário (W) neste mesmo período,
considerando-se sempre as mesmas ligações. Recomenda-se que sejam considerados, no mínimo, cinco
anos (Z) consecutivos de observações, adotando-se a média dos coeficientes determinados."1

Como o consumo de água também varia ao longo das horas do dia, algumas vezes também vamos querer
saber o máximo consumo horário de água ao longo do dia de maior consumo no ano (Figura 37). Em outras
palavras, queremos saber em qual hora ocorre o maior consumo de água por um habitante e qual é essa
quantidade consumida.

1
Item 5.3.3.2 da NBR 12211 de Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água.
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Figura 37: variação hipotética do consumo de água ao longo das horas do dia de maior consumo no ano

Da mesma forma que fizemos para o consumo de água no dia de maior demanda do ano, também
encontramos uma constante chamada coeficiente da hora de maior consumo (K2) ao dividirmos o consumo
de água na hora de maior demanda pelo consumo de água médio do dia de maior consumo:

𝑞𝐻𝑀𝐶
𝐾2 =
𝑞𝐷𝑀𝐶

Em outras palavras, K2 é a relação entre a máxima vazão horária e a vazão média do dia de maior
consumo. Esse coeficiente é chamado pela NBR 12218 de coeficiente de variabilidade máxima horária
do fluxo.

Podemos reescrever essa equação da seguinte forma:

𝑀𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜 𝑛𝑜 𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜


𝐾2 =
𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜

Assim como K1, essa constante K2 também é superior à vazão média, sendo maior do que 1.

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Perceba que podemos expressar K2 em termos da vazão média q, pois:

𝑞𝐻𝑀𝐶
𝐾2 =
𝑞𝐷𝑀𝐶

𝑞𝐷𝑀𝐶
𝐾1 = ; 𝐿𝑜𝑔𝑜, 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑖𝑠𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑞𝐷𝑀𝐶 : 𝑞𝐷𝑀𝐶 = 𝐾1 . 𝑞
𝑞
𝑞𝐻𝑀𝐶
𝐾2 =
𝐾1 . 𝑞

Podemos inclusive calcular qHMC isolando-o na fórmula anterior, caso conheçamos previamente K2, K1 e q:

𝑞𝐻𝑀𝐶 = 𝐾1 . 𝐾2 . 𝑞

Em geral, obtemos os valores de K1 e K2 a partir de análises estatísticas dos consumos de água em cada
região para uma série geralmente de 5 anos.

q K1 K2 qHMC

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(FCC / ALMS Eng. Civil - 2016) Nos estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de
água, considerando a determinação da demanda de água, o coeficiente do dia de maior consumo
(k1) deve ser obtido da relação entre o maior consumo X, verificado no período de Y e o consumo
W, neste mesmo período, sempre com as mesmas ligações. Recomenda-se que sejam
considerados, no mínimo, Z consecutivos de observações, adotando-se a média dos coeficientes
determinados. Os termos X, Y, W e Z citados são, respectivamente:
a) diário, um mês, médio diário e 30 dias.
b) diário, dois anos, médio mensal e 365 dias.
c) mensal, seis meses, médio mensal e dois anos.
d) mensal, um ano, médio mensal e 30 dias.
e) diário, um ano, médio diário e cinco anos.
Comentários:
Como vimos, o coeficiente k1 deve ser obtido dividindo-se o maior consumo diário (X) verificado ao
longo de 1 ano pelo consumo médio diário. Recomenda-se que sejam considerados dados estatísticos
de 5 anos consecutivos de medições.
A alternativa que confirma a nossa sequência é a letra E.
(FCC / CNMP - Ana. - Eng. Civil - 2015) O consumo anual de um município brasileiro na década de
1980 foi de 365 000 000 m3 de água. No dia 1º de janeiro de 1981, foi registrado o maior consumo
diário anual de 850 000 m3. A relação entre o consumo diário máximo e o consumo diário médio, no
ano de 1981, é
a) 1,85
b) 1,00
c) 1,25
d) 0,85
e) 2,25
Comentários:
A relação entre o consumo diário máximo e o consumo diário médio é justamente o K1, dado por:
𝑞𝐷𝑀𝐶
𝐾1 =
𝑞
A questão informou que o consumo máximo diário (QDMC) foi de 850.000 m³, o que se entende como
sendo o volume consumido ao longo de um dia.
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Para encontrarmos o consumo diário médio, teremos que dividir o volume total consumido ao longo de
1 ano, 365.000.000 m³, pelo número de dias do ano, 365:
365.000.000
𝑞= = 1.000.000 𝑚3 /𝑑𝑖𝑎
365
K1 será, então, a divisão de qDMC por q:
𝑞𝐷𝑀𝐶 850.000
𝐾1 = = = 0,85
𝑞 1.000.000
Portanto, a alternativa correta é a letra D.
Observe que K1 foi menor do que 1, embora geralmente em sistemas de abastecimento
trabalhemos com valores superiores a 1. Trata-se de questão puramente teórica, pois não faz
sentido o consumo médio ser superior ao consumo máximo.

Dimensionamento de adutoras

Como o sistema de abastecimento de água é feito para durar décadas devido ao seu alto custo, trabalhamos
no dimensionamento de suas unidades com o conceito de período (ou horizonte) de projeto (ou de
estudo), que é a definição do período que o sistema tem que operar atendendo às condições previstas,
podendo ser dividido em etapas. O horizonte de projeto termina no alcance do plano, que é o ano final de
abrangência do plano ou estudo.

Com isso, tem-se o prazo limite que se considerará para a operação do sistema utilizando sua capacidade
plena. Em projetos, trabalhamos com horizontes entre 20 e 50 anos.

Por um sistema de abastecimento envolver grandes somas de investimento em longos períodos, divide-se
o horizonte de projeto em intervalos menores, que gerarão etapas de implantação do sistema que
atenderão às condições de funcionamento específicas de cada intervalo do horizonte de projeto.

De acordo com a NBR 12.218, o horizonte de projeto será definido por critério técnico da
operadora responsável pelo sistema de abastecimento, não havendo nenhuma
estipulação de prazo fixo.

Dimensionamos as partes de um sistema de abastecimento considerando a demanda máxima, que é aquela


do final do horizonte de projeto, estimando a população naquela data. Por se tratar de planejamento para
grandes prazos, consideramos nesses cálculos inclusive a expansão da cidade a ser abastecida. O motivo é
evitar que haja sobrecarregamento do sistema em algumas horas do dia, o que poderia levar à falta d'água
em alguns horários.
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A vazão a ser transportada por uma adutora (chamada vazão de adução) depende da posição da adutora
em relação ao sistema de abastecimento, conforme figura a seguir. Perceba na figura as vazões de água
bruta (QAB) e de água tratada (QAT), que se divide em vazão de água tratada para o reservatório (QAT p/ Res.) e
do reservatório para a rede (QAT Res.p/ rede).

Figura 38: vazões transportadas pelas adutoras ao longo de um sistema de abasetecimento

Vamos pensar primeiro na vazão nos trechos entre a captação e a estação elevatória e entre a estação
elevatória e a ETA. Sabemos que q é o consumo médio de água de um habitante, também chamado
consumo per capita. Como queremos calcular todo o consumo de água de uma cidade para se saber o
tamanho da adutora que levará água para esta localidade, basta multiplicarmos q pela população P:

𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑛𝑎 𝑎𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟𝑎 = 𝑄𝐴𝐵 = 𝑞. 𝑃

Porém, dimensionamos um sistema de abastecimento considerando sempre a demanda máxima na rede,


e não a demanda média q.

Então, qual seria a demanda máxima na adutora que leva água da captação até a estação
elevatória da figura anterior?

Se não houvesse reservatório no sistema de abastecimento, teríamos que dimensionar a adutora para a
maior vazão horária, que é uma vazão muito alta, resultando em tubulações muito grandes e caras. O
reservatório amortece justamente as oscilações de vazão ao longo de 1 dia, que são as variações de
consumo ao longo das horas do dia. Portanto, dimensionamos a demanda máxima de água em todas as
tubulações antes de chegar ao reservatório com base na vazão do dia de maior consumo ao longo do ano,
dado por qDMC. Logo, nossa fórmula da vazão na adutora ficaria:

𝑄𝐴𝐵 = 𝑞𝐷𝑀𝐶 . 𝑃

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Porém, sabemos que qDMC se relaciona com a vazão média q por meio de K1:

𝑞𝐷𝑀𝐶
𝐾1 = ; Logo, temos que: 𝑞𝐷𝑀𝐶 = 𝐾1 . 𝑞
𝑞

Assim, podemos reescrever a equação de QAB da seguinte forma:

𝑄𝐴𝐵 = 𝑞𝐷𝑀𝐶 . 𝑃 = 𝐾1 . 𝑞. 𝑃

Em geral, as questões de concursos trabalham com QAB em litros por segundo, embora q seja dado em litros
por dia. Devemos, então, dividir a equação anterior pela quantidade de segundos que temos em 1 dia, que
é de 60 x 60 x 24 = 86.400 segundos. Logo, a equação da vazão ficará assim:

𝑞. 𝑃. 𝐾1
𝑄𝐴𝐵 =
==adc52==
86.400

Além da posição no sistema, a vazão de adução varia com a população (P), o consumo de água de cada
usuário (representado por q, chamado consumo ou cota per capita) e a variação da vazão ao longo do ano
(dada por coeficientes como K1).

Perceba na fórmula anterior que o produto de q por K1 corresponde à vazão do dia de maior consumo ao
longo do ano. Portanto, dimensionamos a adutora de água bruta e também a adutora de água tratada
até o reservatório considerando a vazão do dia de maior consumo do ano.

A estação de tratamento de água consome água em seu próprio funcionamento e limpeza de suas unidades,
sendo geralmente um consumo da ordem de 4% da água tratada. Nos casos de se considerar essa água
perdida no tratamento (QETA), a fórmula anterior deve ser aumentada por essa quantidade gasta na ETA:

𝑞. 𝐾1 . 𝑃
𝑄𝐴𝐵 = + 𝑄𝐸𝑇𝐴
86.400

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Talvez você ache estranho essa fórmula, mas veja como ela é bem lógica: a vazão escoada (QAB) é a
multiplicação do consumo de água de cada cidadão (q) pela a quantidade de cidadãos dada pela população
P, multiplicada ainda por um coeficiente K1 para considerarmos a situação de demanda máxima diária.

E no caso da vazão de água tratada entre a ETA e o reservatório, qual seria a fórmula
aplicável?

Aplicamos a mesma fórmula anterior, mas sem considerar a água perdida na ETA, pois a água na tubulação
já terá passado pela estação de tratamento:

𝑞. 𝐾1 . 𝑃
𝑄𝐴𝑇𝑝/𝑅𝑒𝑠. =
86.400

Chegamos agora no trecho após o reservatório, ou seja, com a adutora chegando à rede de distribuição.
Haverá diferença no cálculo da vazão apenas neste trecho, pois teremos que considerar não somente a
vazão do dia de maior consumo. O motivo é que, a partir do momento em que uma pessoa abre a torneira
em sua casa e ela não tenha uma caixa d'água em seu domicílio, o reservatório público fornece diretamente
água para essa pessoa.

Logo, no dimensionamento temos que conduzir não somente a vazão necessária do dia de maior
consumo (qDMC), mas também a vazão da hora de maior consumo (qHMC), sob pena de não haver água na
rede para satisfazer o consumidor.

Dessa forma, a vazão na adutora entre o reservatório e a rede de distribuição será dada por:

𝑞. 𝐾1 . 𝐾2 . 𝑃
𝑄𝐴𝑇𝑅𝑒𝑠 𝑝/𝑅𝑒𝑑𝑒 =
86.400

Em poucas palavras, a vazão na adutora entre o reservatório e a rede de distribuição é o consumo de um


cidadão na hora de pico e no dia de pico multiplicado pela população correspondente. Dividimos por 86.400
apenas para trabalhar com litros por segundos, e não litros por dia.

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Como K1 geralmente vale 1,1 e K2 vale 1,5, a vazão considerada após o reservatório é muito alta, tornando o
diâmetro da tubulação muito grande. Ainda bem que para os outros trechos da adutora há o reservatório,
que permite que se trabalhe apenas com a vazão do dia de maior consumo (qDMC). Por isso, dizemos que o
reservatório atua como pivô em uma rede de abastecimento, estocando água para economizarmos na
tubulação.

Consideramos a premissa de ausência de reservatórios nas residências no dimensionamento do sistema de


abastecimento, pois esses reservatórios domiciliares não são recomendados, já que, além de serem caros,
inserem perda de carga no abastecimento das edificações e trazem riscos de contaminação à qualidade da
água reservada nas residências por falta de limpeza das caixas. Dessa forma, as flutuações de demanda de
água ao longo do dia devem ser amortecidas pela água estocada nos reservatórios do sistema de
abastecimento, e não pelas caixas d'água das residências.

Por isso, dimensionamos a adutora que interliga o reservatório à rede de distribuição com base na vazão
da hora de maior consumo e no dia de maior consumo, o que é uma vazão muito alta. Veja como fica a
fórmula:

𝑞. 𝐾1 . 𝐾2 . 𝑃
𝑄𝐴𝑇𝑝/𝑅𝑒𝑠. =
86.400

q K1 K2 P QAT p/
Res.

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Consumidores e população de projeto

Quando estudamos os consumidores que serão atendidos pelo sistema de abastecimento, observamos que
há algumas características que os diferenciam segundo alguns grandes tipos de usuários. São exemplos os
usuários de cidades que recebem turistas como as cidades com praias, cujas populações não somente
oscilam muito ao longo do ano, como também pode possuir hábitos diferentes dos residentes.

Como todos esses usuários consomem água, todos esses grupos devem estar incluídos no projeto de
abastecimento, sobretudo na vazão de dimensionamento. A NBR 12211 (Estudos de concepção de sistemas
públicos de abastecimento de água) divide a população de projeto em alguns grupos, que são:

 População residente: pessoas que possuem domicílio na localidade a ser abastecida;


 População flutuante: população que, embora seja de outras localidades, transfere-se
ocasionalmente para a área de abastecimento, consumindo água de forma semelhante à
população residente.
o Ex: turistas que viajam para regiões de praias.
 População temporária: população que provém de outras localidades, mas se transfere para a área
de abastecimento, impondo ao sistema consumo unitário inferior ao atribuído à população,
enquanto presente na área, e em função das atividades que aí exerce.
o Ex: pessoas que moram em uma cidade A, mas trabalham em outra cidade B, estando
presentes parcialmente na zona de abastecimento de B.

A população total será a soma dessas populações, que deve ser atendida no alcance do plano ou projeto:

𝑃𝑜𝑝. 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃𝑜𝑝. 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑. +𝑃𝑜𝑝. 𝐹𝑙𝑢𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑃𝑜𝑝. 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑎

Pop. Pop. Pop.


Pop. total
residente flutuante temporária

Embora esses conceitos tenham sido fixados com a NBR 12211, a NBR 12218 unificou população flutuante
e temporária, estabelecendo que correspondem àquela população que utiliza temporariamente o
sistema de abastecimento, ocasionando impactos a ele. Embora tenha havido essa unificação na NBR
12218, continua válida a norma 12211, devendo então ser de seu conhecimento as diferenças entre
população flutuante e temporária.

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Esses conceitos de população são análogos aos utilizados em concepção de sistemas de esgoto sanitário,
regidos pela NBR 9648. A diferença é que, em vez de falarmos em consumo de água de um usuário, no
projeto de esgotamento falamos em contribuição de esgoto de um usuário.

A NBR 12211 também define o que é a população abastecível, que é a parcela da população total que será
abastecida pelo sistema de distribuição.

A fim de estabelecer critérios e limites para a estimativa da população abastecível sobretudo pelas
prefeituras nos pequenos municípios, que nem sempre possuem pessoal qualificado, a NBR 12211 exige
que, no alcance do plano, a população estabelecida deve ser constituída de:

 pelo menos 80% da população residente, no caso do órgão contratante (geralmente prefeitura)
não fixar esse percentual;
 parcelas das populações flutuante e temporária, cujos abastecimentos apresentem interesse
econômico ou social, a ser definido pela pessoa que contrata.

Portanto, a população abastecível será a soma de parcelas da população residente, flutuante e temporária:

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80% da
População
residente

% da
População
População
flututante abastecível

% da
População
temporária

Figura 39: requisitos para a população abastecível

Dentro de uma população de projeto, há ainda alguns consumidores que a NBR 12218 dá uma atenção
especial:

 Consumidor especial: aquele que deve ter seu atendimento priorizado, por motivos justificáveis,
independentemente de aspectos econômicos relacionados ao seu atendimento.
o Ex: hospital, independentemente do hospital pagar a conta de água ou atrasá-la por longo
tempo, estando inadiplente, o hospital deve ter seu atendimento priorizado.
 Consumidor singular ou grande consumidor: é aquele que consome significativamente mais
água do que o consumo médio adotado para a área de planejamento do sistema de abastecimento.

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Como os sistemas se abastecimento são projetados para um horizonte de projeto, é necessário que se
estime a população ao longo do período considerado, para que se saiba a evolução do consumo de água e
se dimensione o sistema para atendê-la. Por isso, utilizamos o conceito de população final ou população
de alcance do plano, que é simplesmente a população prevista para o último ano do plano de
abastecimento.

População prevista
População de para último ano do
alcance do plano plano ou estudo de
abastecimento

Figura 40: população de alcance do plano é aquela do último ano do estudo de abastecimento

Uma forma de estimar a população no horizonte de projeto é pelo método aritmético, que considera uma
taxa constante de crescimento populacional para os anos futuros a partir dos dados históricos
conhecidos, por exemplo os dados do último censo demográfico. Por esse método, a taxa de crescimento
populacional é dada pela simples diferença da população entre 2 datas, relacionadas ao intervalo de tempo
correspondente:

𝑃2 − 𝑃1
𝑘=
𝑡2 − 𝑡1

Em que P2 e P1 são as populações em 2 datas diferentes e t2 e t1 são as correspondentes datas.

Com esse modelo, a evolução da população seguirá uma linha reta, pois a taxa de crescimento é constante.
Por isso, a população é dada por:

𝑃 = 𝑃2 + 𝑘. (𝑡 − 𝑡2 )

Em que t representa justamente o ano da projeção que queremos conhecer.

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Residente Possui domicílio

de outra localidade, Consumo semelhante ao da


mas que se transfere População flutuante
população residente
ocasionalmente para
a área de
abastecimento e Consumo unitário < da população População
possui residente temporária
População
80% da população
população no residente
Abastecível alcance do plano flutuante
com parcelas das
populações
temporária
população prevista
para o último ano
do plano
de alcance do plano

Crescimento
Método aritmético
constante

Especial Atendimento priorizado independetemente


Ex: Hospital
de aspectos econômicos
Consumidor
Singular Consome + água do que consumidor médio Ex: indústrias

Essa próxima questão destoa um pouco do tema, mas tente utilizá-la para aprender com ela, e
não se preocupe se você errar.
(IBFC / EMBASA- Assistente de Saneamento Agente Operacional - 2017) As unidades mais comuns
utilizadas em projetos de instalação, ampliação e manutenção de rede de água são as descritas a
seguir, com exceção de:
a) N/mm³
b) Kgf/cm²
c) mca

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d) Lbs/pol²
Comentários:
A alternativa A divide força representada por N (inicial de Newton) por uma dimensão ao cubo (mm³),
o que pressupõe volume. Em projetos de abastecimento não utilizamos esse tipo de relação, força por
volume, sendo utilizada em ambientes acadêmicos de análise de estruturas ou modelagem em que se
calcula energia de deformação. Portanto, a afirmativa está errada.
As alternativas B e D fazem a divisão de força por unidade de área, o que corresponde à pressão ou
tensão, grandezas muito utilizadas no estudo do fluxo de água em condutos. No caso da alternativa D a
banca fez uma pegadinha com medidas inglesas pouco utilizadas no Brasil, colocando a unidade libras
no numerador, que mede força, e polegadas no denominador, que mede distâncias. Embora essa divisão
não seja muito utilizada no Brasil, pode-se recorrer a ela no caso de softwares ingleses usados no país ou
mesmo em projetos internacionais. Portanto, as alternativas estão corretas.
A alternativa C está correta, pois mca é abreviatura para metros de coluna d'água, muito utilizado para
se medir a pressão da água dentro de um conduto.
(CEV UECE / Pref Sobral - Auditor de Controle Interno - 2018) Sabendo-se que as condições
topográficas de uma cidade exigem um reservatório enterrado com N.A. máximo na cota 33,50 e
que a vazão do dia de maior consumo é de 1,99 l/s, é correto afirmar que o volume, em m 3, do
consumo diário máximo dessa cidade é
a) 171,9.
b) 171.936,0.
c) 429,8.
d) 429.840,0.
Comentários:
A questão já nos forneceu a vazão do dia de maior consumo, que é de 1,99 litros por segundo. É pedido
o volume correspondente a essa vazão ao longo de 1 dia. Vamos iniciar pelo conceito de vazão:
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
𝑉𝑎𝑧ã𝑜 = ; 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑥 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜
A vazão está em l/s e temos que calcular o volume em 1 dia, que possui 24 horas, sendo que cada hora
tem 60 minutos e 60 segundos:
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 1,99 𝑥 24 𝑥 60 𝑥 60 = 171.936 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎
O enunciado nos pede a vazão em m³ por dia. Sabemos que 1 m³ é igual a 1.000 litros. Logo, 1 litro
equivale a 1/1.000 m³:
171.936
171.936 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎 = . 𝑚3 / 𝑑𝑖𝑎 = 171,936 𝑚3 / 𝑑𝑖𝑎 ≈ 171,9 𝑚3 / 𝑑𝑖𝑎
1.000
Portanto, a resposta é a letra A.

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(UFAL - Eng. Civil - Questão de fixação - Adaptado) Julgue a afirmativa seguir sobre o sistema de
abastecimento de água:
Para efeito de projeto de sistemas públicos de abastecimento de água, considera-se população
flutuante aquela que, proveniente de outras comunidades ou de outras áreas da comunidade em
estudo, se transfere para área abastecível, impondo ao sistema consumo unitário inferior ao
atribuído à população, enquanto presente na área, e em função das atividades que aí exerce.
Comentário:
A população flutuante não impõe consumo unitário inferior ao atribuído à população residente, sendo a
população temporária que produz esse impacto no consumo. A população flutuante apresenta padrão
de consumo análogo ao da população residente.
Assim, a afirmativa está errada.
(CESPE / TCM-BA - Auditor Estadual / Infraestrutura - 2018 - Adaptado para V ou F) Um sistema de
abastecimento de água foi concebido para uma cidade que conta com uma estação chuvosa de seis
meses e uma estação seca de seis meses. Para reduzir a variabilidade temporal da vazão e viabilizar
a captação de água bruta durante o ano todo, foi construída, em um vale estreito, encaixado em
um maciço rochoso fraturado, uma barragem de concreto, com vertedor tipo Creager, sem
extravasor controlado. Na construção, houve necessidade de desmonte de rocha por meio de
explosivos. Na sequência, houve a concretagem do dissipador e do maciço da barragem (vertedor
Creager). O reservatório foi projetado para reservar a quantidade de água necessária para fazer
frente ao consumo nos meses de estiagem. No entanto, após a inauguração e entrada em operação
da barragem e estação de captação, verificou-se que, nos períodos de estiagem, a barragem não
reservava o volume projetado. A perda do volume era rápida, o que obrigou as autoridades locais a
instituir o racionamento no município.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens a seguir.
É correto o critério de cálculo da população de projeto que considere a soma da população residente
e temporária, mas desconsidere a população flutuante.
Comentários:
A população abastecível, ou seja, a parcela da população total que será abastecida pelo sistema de
distribuição compreende não somente a população residente e temporária, como também a população
flutuante, errando a assertiva por excluir essa população.
Portanto, a afirmativa está errada.
(CESPE / TCM-BA - Auditor Estadual / Infraestrutura - 2018) Um sistema de abastecimento está
sendo projetado para atender duas redes (A e B). O sistema, representado na figura a seguir, conta
com um reservatório para regularização das vazões. A vazão média requerida para o sistema é de
200 L/s, sendo 100 L/s para cada rede. Os coeficientes do dia de maior consumo e hora de maior
consumo são, respectivamente, 1,2 e 1,5.

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Nessa situação hipotética, as vazões de projeto, em L/s, dos segmentos 1 e 2 são, respectivamente,
iguais a
a) 200 e 200.
b) 200 e 240.
c) 240 e 240.
d) 240 e 360.
e) 360 e 360.
Comentários:
Vamos iniciar os cálculos pelo segmento 1, que está antes do reservatório. A questão não forneceu a
população, mas disse que a vazão requerida no sistema é de 200 litros por segundo. Sabemos que neste
trecho devemos considerar a demanda do dia de maior consumo, dada por K1, que vale 1,2, de acordo
com o enunciado. Logo, temos que:
𝑄1 = 200.1,2=240 litros / segundo
No trecho 2 não temos mais reservatório para amortecer a demanda horária. Assim, vamos ter que
considerar não somente K1, mas também K2, cujo valor é 1,5. Perceba que no trecho 2 não ocorreu ainda
a divisão da vazão aduzida em 2 porções, uma para a rede A e outra para a rede B. Logo, a vazão será:
𝑄2 = 200. 1,2 . 1,5 = 360 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠/𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜
Portanto, a resposta certa é a alternativa "D".
A questão a seguir foi anulada, tendo sido adaptada nessa aula para a correção do erro
apresentado.
(CESPE / TCM-BA - Auditor Estadual - Infraestrutura - 2018 - Adaptado) O serviço de abastecimento
de água em uma cidade do interior, cuja população atual é de 3.200 habitantes e a futura é estimada
em 5.600 habitantes, será feito por meio da captação de água de um córrego próximo à cidade. A
vazão média de água requerida por habitante é de 200 L/dia, dos quais 25% equivalem ao aumento
do consumo previsto para os dias de maior consumo. Para determinar a descarga do córrego em
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uma época desfavorável do ano, foi empregado um vertedor retangular devidamente calibrado,
tendo sido verificado que a vazão medida foi de 60 L/s.
Nessa situação hipotética, o valor da vazão necessária para o abastecimento está entre
a) 2 L/s e 4 L/s, logo o manancial tem a vazão necessária para abastecer a cidade.
b) 6 L/s e 8 L/s, logo o manancial tem a vazão necessária para abastecer a cidade.
c) 14 L/s e 18 L/s, logo o manancial tem a vazão necessária para abastecer a cidade.
d) 80 L/s e 100 L/s, logo o manancial não tem a vazão necessária para abastecer a cidade.
e) 100 L/s e 120 L/s, logo o manancial não tem a vazão necessária para abastecer a cidade.
Comentários:
Quando projetamos um sistema de abastecimento, consideramos a maior demanda no fim do horizonte
de projeto. Portanto, para o cálculo da vazão, vamos considerar o consumo da população final de 5.600
pessoas, que corresponderá à maior vazão.
A equação da vazão é dada por:
𝑄 = 𝑞. 𝐾1 . 𝑃
Sabemos que o consumo por habitante (q) é de 200 litros por habitante por dia.
Em relação a K1, o enunciado menciona que 25% dos 200 l/dia equivalem ao aumento de consumo
previsto para os dias de maior consumo. Isso quer dizer que, nos dias de maior consumo, a vazão
consumida será 25% maior do que a média de 200 litros consumida por 1 habitante. Logo, deduzimos
que K1 vale 1,25.
A vazão será:
𝑄 = 200 . 1,25 . 5.600 = 1.400.000 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠/𝑑𝑖𝑎
Porém, as alternativas estão todas em litros por segundo. Logo, teremos que converter nossa vazão de
litros por dia para litros por segundo. 1 dia possui 24 horas e cada hora tem 3.600 segundos. Logo, 1 dia
tem 24 x 3.600 =86.400 segundos. Assim, a vazão em litros por segundo será:
1.400.000
𝑄= = 16,20 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠/𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜
86.400
Portanto, a alternativa correta é a letra C, uma vez que o valor calculado está entre 14 e 18 litros por
segundo.
(FGV - Pref. Paulínia / Eng. Civil - 2016) Uma comunidade de 145.000 habitantes, com o consumo
per capta seja de 240 l/(hab./dia), é abastecida por um sistema que funciona 24 h por dia.

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Sabendo que o coeficiente do dia de maior consumo K1 é 1,25; que o coeficiente da hora de maior
consumo K2 é 1,40, e que o consumo da ETA é de 5%, assinale a opção que indica a vazão de
dimensionamento da adutora IV,
a) 43.500 m³/dia
b) 45.675 m³/dia
c) 52.200 m³/dia
d) 60.900 m³/dia
e) 63.945 m³/dia
Comentários:
A adutora IV está localizada entre o reservatório e a rede de distribuição, logo, vamos precisar aplicar os
coeficientes de maior vazão diária e também horária. Além disso, a vazão de consumo da ETA,
correspondente a 5%, não entra nos cálculos, pois está a montante deste trecho.
Vamos aos cálculos:
𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
𝑄 = 𝐾1 . 𝐾2 . 𝑞. 𝑃 = 1,25 . 1,40 . 240 . 145.000 = 60.900.000 = 60.900 𝑚3 /𝑑𝑖𝑎
𝑑𝑖𝑎
Logo, a afirmativa correta é a letra D.
(FGV / ALERJ - Esp. Legislativo - Eng. Civil - 2017) Um engenheiro foi chamado por uma companhia
de abastecimento de água para dimensionar uma expansão no sistema público de abastecimento.

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Inicialmente foi necessário, a partir dos dados de censo populacional mostrados na tabela, calcular
a população a ser abastecida no alcance do projeto.

Baseado nesses dados, pelo método aritmético, a população a ser abastecida no ano de 2040 será de:
a) 27.210;
b) 76.345;
c) 89.950;
d) 103.555;
e) 117.160.
Comentários:
Vamos calcular primeiro a taxa de crescimento comparando 1990 e 2010:
𝑃2 − 𝑃1 62.740 − 35.530
𝑘= = = 1.360,50
𝑡2 − 𝑡1 2010 − 1990
A população será dada por:
𝑃 = 𝑃2 + 𝑘. (𝑡 − 𝑡2 ) = 62.740 + 1.360,60. (𝑡 − 2010)
A questão solicita a população a ser abastecida no ano de 2040, logo, t será 2040. A população então,
será igual a:
𝑃 = 62.740 + 1.360,60. (2040 − 2010) = 103.555 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
Portanto, a alternativa correta é a letra D.
Essa questão a seguir menciona rede de distribuição, porém você já possui condições de fazê-la.
As redes de distribuição estão à jusante do reservatório, logo, o dimensionamento delas deve
considerar k1 e k2, pois as redes não possuem um reservatório para estocar água ao longo das
horas e do dia de maior consumo.
(FGV / TJ RO - Ana. Judiciário - Eng. Civil - 2015) Observe a curva de demanda de água distribuída
pela companhia de abastecimento no dia de maior consumo de um local.

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A partir dos dados da tabela, o valor coeficiente K2 relacionado à hora de maior consumo será de:
a) 1,10;
b) 1,12;
c) 1,14;
d) 1,16;
e) 1,20.
Comentários:
O valor de K2 é a divisão da máxima vazão horária pela vazão média do dia correspondente, que
geralmente é o dia de maior consumo. Assim, temos que:
𝑄𝐻𝑀𝐶
𝐾2 =
𝑄𝑀é𝑑𝑖𝑎
Temos que encontrar QHMC, que será a maior vazão ao longo das horas do dia informadas. Percebe-se
que a maior vazão ocorreu às 13 horas, sendo de 12 m³/s.
Agora, calculamos a vazão média calculando a média aritmética de todas as vazões:
10,7 + 10,4 + 10 + 9,5 + 9,3 + 9,2 + 9,6 + 9,5 + 9,9 + 10,5 + 11,2 + 11,9 + 12
+11,4 + 10,6 + 10,7 + 11,4 + 11,6 + 11,2 + 10,6 + 9,8 + 10,2 + 10,6 + 10,8
𝑄𝑀é𝑑𝑖𝑎 =
24
𝑄𝑀é𝑑𝑖𝑎 =10,525 m³/s
Portanto, K2 será:
𝑄𝐻𝑀𝐶 12
𝐾2 = = = 1,14
𝑄𝑀é𝑑𝑖𝑎 10,525
Logo, a resposta correta é a letra C.
(CESPE / TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Eng. Civil - 2016) Julgue o item subsequente,
relativo ao planejamento de sistemas públicos de abastecimento de água potável.

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O coeficiente da hora de maior consumo (K2) deve ser aplicado para que se determinem as vazões
de dimensionamento das unidades de um sistema público de abastecimento de água, desde a
captação até a rede de distribuição.
Comentários:
Aplicamos o coeficiente da hora de maior consumo (K2) apenas à adutora que liga o reservatório à rede
de distribuição e na própria rede de distribuição. Nas demais unidades, aplicamos apenas K1, visto que
o reservatório estoca água para as demandas horárias, amortecendo as variações de consumo.
Portanto, a afirmativa está errada, pois não se aplica K2 desde a captação até à rede de distribuição,
mas sim desde a adutora a jusante do reservatório até à rede de distribuição.
(FCC / CNMP - Ana. - Eng. Civil - 2015) m município terá um sistema de abastecimento conforme
esquematizado abaixo:

Considere as seguintes informações para análise do sistema de abastecimento


− consumo médio per capita: 220 L/dia
− coeficiente de variação diária: 1,20
− coeficiente de variação horária: 1,40
− população futura da cidade: 216.000 habitantes
− a vazão destinada à indústria é constante
Uma indústria estará localizada entre o reservatório e o município e terá um consumo diário regularizado
de 8 640 m3. Desta forma, no trecho b, o consumo correspondente à rede estará afetado
a) somente pelo coeficiente de variação diária. A vazão destinada à indústria sendo constante não
deverá ser adicionada, assim a vazão do trecho b é 660 litros por segundo.
b) somente pelo coeficiente de variação horária. A vazão destinada à indústria sendo constante deverá
ser simplesmente adicionada, assim a vazão do trecho b é 870 litros por segundo.
c) somente pelo coeficiente de variação diária. A vazão destinada à indústria sendo constante deverá ser
simplesmente adicionada, assim a vazão do trecho b é 760 litros por segundo.
d) somente pelo coeficiente de variação horária. A vazão destinada à indústria sendo constante não
deverá ser adicionada, assim a vazão do trecho b é 770 litros por segundo.
e) pelos coeficientes de variação diária e de variação horária. A vazão destinada à indústria sendo
constante não deverá ser adicionada, assim a vazão do trecho b é 924 litros por segundo.
Comentários:
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A questão nos pede o dimensionamento do trecho "b", que está entre a estação de tratamento e o
reservatório, não havendo, portanto, influência da vazão horária. Logo, consideramos apenas o
coeficiente K1, coeficiente de variação diária. Assim, já eliminamos as alternativas B, D e E.
Primeiro, devemos constatar que a vazão da indústria deve sim ser adicionada, pois quem fornecerá
água para a indústria é a mesma ETA que abastece o município.
Temos agora que calcular a vazão no trecho "b", que é dada por:
𝑃. 𝑞. 𝐾1
𝑄=
86.400
O coeficiente K1 vale 1,20, a população é de 216.000 habitantes e o consumo médio per capita é de 220
l/dia. Logo, Q da cidade será:
𝑃. 𝑞. 𝐾1 216.000.220.1,20
𝑄𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = = = 660 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠/𝑑𝑖𝑎
86.400 86.400
A vazão da indústria Qindústria informada é 8.640 m³, que em litros por dia será de:
8.640.1.000
𝑄𝑖𝑛𝑑ú𝑠𝑡𝑟𝑖𝑎 = = 100 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠/𝑑𝑖𝑎
86.400
Não multiplicamos a vazão da indústria por K1, pois a questão foi clara em dizer que se trata de uma
vazão constante, que não varia ao longo do tempo.
A vazão total no trecho "b" será a soma da vazão da cidade com a da indústria:
𝑄𝑏 = 𝑄𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 + 𝑄𝑖𝑛𝑑ú𝑠𝑡𝑟𝑖𝑎 = 660 + 100 = 760 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠/𝑑𝑖𝑎
Portanto, a alternativa correta é a letra C.

Reservatórios de distribuição

Os reservatórios têm como principais funções num sistema de abastecimento:

 Regularizar a vazão: acumula água nos momentos em que a demanda é baixa e libera água nos
momentos de pico de demanda;
 Fornecer segurança ao abastecimento: o estoque de água do reservatório permite o atendimento
da demanda no caso de ruptura na adutora, paralizações na captação ou na estação de tratamento,
falta de fornecimento de energia, etc;
 Reserva para incêndio: fornecer vazões extras no caso de ocorrência de incêndios;
 Regularizar pressões: atua estabilizando as pressões na rede.
 Permitir o bombeamento de água fora do horário de pico elétrico: como o reservatório estoca
mais água do que a demanda horária, ele permite que o bombeamento funcione apenas em uma
parte do dia e fora do horário de maior custo de energia, diminuindo os custos de operação do
sistema;

Embora haja todas essas vantagens, os reservatórios são caros e não podem ser instalados em qualquer
cota. Um dos fatores que explica a limitação para a localização dos reservatórios é que, caso estejam
localizados em posições muito elevadas, a água irá adquirir uma pressão muito grande dentro da rede,

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podendo danificar a tubulação, bem como vazar pelas suas juntas, o que é mais comum, resultando em
perdas de água significativas. Da mesma forma, se o reservatório ficar em uma cota muito baixa, a pressão
da água será pequena, não havendo energia suficiente para percorrer toda a rede e chegar aos
consumidores.

Denominamos pressão dinâmica mínima como a pressão em um dado ponto da tubulação de rede da
distribuição que está na rua (dizemos ao nível do terreno), no dia e hora de maior consumo e na pior
situação em termos de pressão mínima possível de se atingir na rede de distribuição, que seria o nível
mínimo de água no reservatório.

O significado prático dessa pressão dinâmica é que ela corresponde à pressão mínima
necessária para se vencer os desníveis topográficos que a rede de distribuição terá que
transpor na área de abastecimento, bem como as perdas de carga na rede de distribuição
e no ramal predial.

Em poucas palavras, é o respeito à pressão dinâmica mínima que garantirá que a água
chegue às torneiras com pressão adequada.

Por outro lado, a pressão na rede também não pode ser muito grande, sob pena de termos muitos
vazamentos na rede e com vazões altas que não atendem ao usuário. Além disso, é muito caro projetar um
sistema sob pressões altas, a começar pela altura do reservatório e pela espessura das tubulações
necessárias. Além disso, quanto maior a pressão na rede, maior será a perda de carga.

Para trabalharmos com o limite máximo da pressão foi criada a pressão estática máxima, que é a pressão
em um dado ponto da tubulação da rede de distribuição que está na rua (dizemos ao nível do terreno),
considerando-se um consumo nulo e o nível máximo de água no reservatório de distribuição. Trata-se da
pior situação considerando-se a máxima pressão possível de se atingir na rede.

Criados os 2 extremos de pressão dados pela pressão dinâmica mínima e estática máxima, foram
estabelecidos os seguintes limites de pressão à rede (Figura 42):

 Pressão estática máxima: 500 KPa (cerca de 50 mca);


 Pressão dinâmica mínima: 100 KPa (cerca de 10 mca).

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Pressão dinâmica mín. = 100 KPa Pressão estática máx. = 500 KPa
• Dia e hora de maior consumo • Situação de consumo nulo
• Reservatório com NA mín. • NA máximo de água no reservatório
• Pior situação em termos de • Pior situação em termos de
menor pressão para a água da pressão máxima na rede
rede

Figura 41: pressão dinâmica mín. X pressão estática máx.

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•Regularizar vazão
•Fornecer segurança ao abastecimento
•Ex: ruptura de adutora, falta de energia
Funções do •Reserva para incêndio
•Regularizar pressões
reservatório •Permitir bombeamento de água fora do horário de pico
•Economia de energia

•Pressão
•Muito alta
•Risco à integridade da tubulação
Limitações quanto à •Altos vazamentos
•Muito baixa
localização •Baixas vazões chegando ao consumidor
•Risco de haver edificações onde não chega a agua

•Pressão em um ponto da tubulação


Pressão dinâmica •No dia e hora de maior consumo
•Reservatório com NA mínimo
mínima
•Pressão em um ponto da tubulação
Pressão estática •Com consumo nulo
•Reservatório com NA máximo
máxima

Os tipos de reservatórios

Há várias formas de se classificar os reservatórios, sendo a principal em relação à sua localização no sistema
de abastecimento:

 Reservatório de montante: é o tipo clássico de reservatório, aquele que fica à montante da rede
de distribuição, sendo sempre o reservatório que envia água à rede.
 Reservatório de jusante: localiza-se à jusante da rede de distribuição, também chamado de
reservatório de sobras, por receber água nas horas de menor consumo, quando sobra água da rede,
e por complementar o abastecimento nas horas de maior consumo.

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o Enquanto os reservatórios de montante possuem uma tubulação de entrada que traz a água
da adutora que vem da ETA e outra tubulação de saída que leva a água para a adutora que se
ligará à rede de distribuição, o reservatório de jusante possui uma única tubulação que
funciona tanto como entrada quanto como saída.
o Esses reservatórios são utilizados principalmente por permitir reduzir os diâmetros iniciais
das tubulações à montante da rede, uma vez que a vazão escoada será menor, sendo que as
sobras fruto das oscilações de consumo serão armazenadas neste reservatório.
 Reservatório de posição intermediária: são intercalados no sistema de adução, tendo a função de
servir de volante de regularização das transições entre bombeamento e/ou adução por gravidade,
sendo em geral estruturas de pequeno porte (Figura 42).
o A palavra "volante" se deve ao fato do reservatório estar a um momento somente enviando
água à jusante, enquanto em outro momento pode estar enviando água à jusante e
recebendo água de montante. Essa estrutura nem sempre possui a função de armazenar
água, uma vez que geralmente há um outro reservatório de maior porte no sistema para
estocar água.

Figura 42: exemplo de sistema de abastecimento com reservatório intermediário

Outra forma de se classificar os reservatórios é quanto à sua localização no terreno, dividindo-os em:

 Reservatório enterrado: posicionado totalmente em cota inferior à do terreno em que está


situado;
o Possui maior custo de construção, embora apresente melhor isolamento térmico e
menor impacto ambiental do ponto de vista estético.

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 Reservatório semi-enterrado: possui pelo menos um terço (1/3) de sua altura total abaixo do
nível do terreno em que está situado;
o Necessita de isolamento térmico adequado;
 Reservatório apoiado: encontra-se a menos de 1/3 de sua altura total localizado abaixo do
nível do terreno em que se situa. Portanto, são reservatórios com apenas o fundo apoiado no
terreno.
o Necessita de isolamento térmico adequado;
 Reservatório elevado: possui a cota de fundo superior à cota do terreno onde se localiza.
o Apresenta custo elevado de construção e gera impacto ambiental do ponto de vista
paisagístico. É utilizado somente quando os demais reservatórios juntamente à
topografia do terreno não propiciam energia suficiente e de forma econômica para que
a água chegue até todos os consumidores, sobretudo do ponto de vista da pressão
dinâmica mínima.
o Necessitam de iluminação especial e proteção contra raios.

Figura 43:classificação dos reservatórios quanto à localização no terreno

Alguns autores consideram ainda o nome stand pipe para um tipo de reservatório cilíndrico totalmente
preenchido com água, do piso ao teto. Veja que faz sentido essa definição, pois stand pipe traduzido ao
pé da letra significa "cano em pé" ou "cano levantado", o que pressupõe sua atuação como um
reservatório (Figura 44). Outros autores incluem no reservatório do tipo stand pipe o requisito de incluir
uma estação elevatória na parte inferior de sua estrutura. Esse conceito não foi padronizado por norma,
mesmo assim, saiba que se trata de um dos tipos de reservatório, OK?

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Figura 44: reservatório do tipo stand pipe

Em relação à forma do reservatório, não há restrições, embora os enterrados, semi-enterrados e apoiados


sejam geralmente circulares ou retangulares. Os reservatórios elevados são frequentemente projetados na
forma cilíndrica ou de tulipa (Figura 45).

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Figura 45: reservatório elevado sob a forma de tulipa

A escolha da forma do reservatório deve ser fruto de análise econômica que considere fundação
necessária, gastos com a estrutura, área disponível para armazenamento e interligação às demais
unidades do sistema. A própria NBR 12217 diz que a forma do reservatório " deve proporcionar máxima
economia global em fundação, estrutura, utilização de área disponível, equipamentos de operação e
interligação das unidades"2.

Há algumas fórmulas de otimização que você deve saber, como por exemplo alguns critérios que
resultam em maiores volumes com menor gasto de material na estrutura. As formas circulares são as
mais econômicas em termos de gasto de material, embora sejam mais difíceis de se executar,
sobretudo quanto às formas a se montar. Neste caso, os reservatórios circulares perdem em viabilidade
para os retangulares, que se caracterizam por fácil execução. Um outro caso importante é em
reservatórios formados por torres cilíndricas elevadas, cujas dimensões econômicas para armazenar
água correspondem à altura da lâmina d'água que deve ser igual à metade do seu diâmetro.

2
Item 5.2 da NBR 12217 - Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento público
113

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Figura 46: torres cilíndricas elevadas devem ter altura de lâmina d'água igual à metade de seu diâmetro

Os reservatórios elevados, embora caros, são utilizados quando não é possível a manutenção de pressão
dinâmica mínima para o fornecimento de água. Contudo, no caso do armazenamento de grandes
quantidades de água, é comum a construção de um reservatório elevado conjugado com um
reservatório enterrado ou apoiado (Figura 47). Com isso, economiza-se no tamanho do reservatório
elevado, que é muito caro, sendo que toda água distribuída para os consumidores será bombeada a
partir do reservatório inferior para o elevado. Assim, quanto maior o reservatório inferior, maior será a
vazão de recalque necessária, aumentando o custo operacional do recalque.

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Figura 47: exemplo de um reservatório conjugado

Para que se bombeie a água de um reservatório para o outro, necessitamos de uma estação elevatória
(EE), que possui uma série de especificações e dispositivos de segurança. As bombas mais comuns em
uma elevatória são as do tipo centrífuga, que devem respeitar a limitações como, por exemplo, serem
dimensionadas para alturas de sucção inferiores a 6 m.

Muito mais barato do que construir uma EE é a instalação de um booster, que se assemelha a uma
bomba, mas sendo instalada na própria rede de distribuição, proporcionando aumento da pressão e/ou
vazão em adutoras ou redes de distribuição de água sem necessidade da construção de uma estação
elevatória. Obviamente, o desempenho de um booster é inferior ao de uma estação elevatória.

Um caso prático para se empregar o booster é em sistemas de abastecimento que apresentam


envelhecimento da tubulação, com a rugosidade dos materiais aumentando, o que resulta em maior
perda de carga.

Apesar de grandes diferenças conceituais entre booster e EE, a NBR 12218 faz distinção genérica entre
eles, estabelecendo que o booster se caracteriza por escoamento forçado em sua porção a montante:

"No caso particular em que a pressão de montante é superior à atmosférica, a estação


elevatória passa a ter a designação de booster (estação impulsionadora)."

Quando se trabalha com reservatórios conjugados, o volume de reservação total é constante. Logo, à
medida que se aumenta a capacidade do reservatório elevado, decresce a do reservatório inferior. Contudo,
não se pode trabalhar com reservatórios elevados muito pequenos, sob pena de se ter frequentes
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partidas e paradas das bombas, a fim de se esperar o reservatório elevado se esvaziar, representando
interrupções que podem danificar o sistema de recalque. Ademais, a manutenção de um volume
significativo em reservatório elevado permite a garantia de uma reserva mínima em cota elevada, visando
a uma maior segurança do sistema contra interrupções emergenciais. Em geral, considera-se entre 10 e
20% do volume total de reservação no reservatório elevado e o restante no reservatório inferior.

Capacidade do
reservatório
elevado

Capacidade do
reservatório
inferior

Figura 48: relação entre volumes em reservatórios conjugados

Os reservatórios em geral (não somente de distribuição) armazenam quantidades significativas de água,


mas que chegam até eles em vazões que podem variar, sobretudo se considerarmos como reservatórios
os mananciais represados, tais como as barragens. Por receberem quantidades de água que variam
muito ao longo do tempo, os reservatórios são providos de dispositivos que permitem a passagem das
águas excedentes para jusante. Esses são os extravasores, estruturas hidráulicas que descarregam
águas excedentes no meio sem causar danos à estrutura do reservatório. Há ainda outros usos para
essas estruturas, como o controle do fluxo na entrada de canais e controle de níveis em obras
hidráulicas.

Entre as várias classificações que podemos aplicar aos extravasores, temos a relativa às condições de
funcionamento hidráulico, que se resume na possibilidade ou não de se controlar a vazão de saída no
extravasor, sendo os seguintes tipos:

 Controlado (possui comportas), cuja vazão de saída é regulada, sendo comum em barragens de
grande porte.

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 Não controlado, em que há simplesmente uma soleira livre, com a água passando por cima da
barragem.

A - Extravasor controlado B - Extravasor não controlado

Figura 49: tipos de extravasor em um reservatório

No caso de reservatório de distribuição, trabalhamos com extravasores menores, com a água sendo
coletada do extravasor por um tubo vertical que descarrega em uma caixa, sendo encaminhada a um
corpo receptor.

Figura 50: Exemplo de extravasor em reservatório de distribuição (AMERICANA, 2019)

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A banca muitas vezes vai tentar te confundir, dizendo que a falta de extravasor no reservatório impede
que ele exerça a função de amortecedor ou atenuador de cheias, o que restringe inclusive seu emprego
para regularizar vazões em sistemas de abastecimento. Saiba que essa afirmativa está errada, pois o
extravasor é apenas uma opção de projeto, havendo várias outras formas de se controlar a vazão de
saída em um reservatório, como pelo uso de válvulas especiais.

Critérios básicos aplicados no projeto de um reservatório de


distribuição

Em geral, as fundações dos reservatórios de pequeno a médio porte se baseiam em radiers de concreto
armado, porém no caso de terreno rochoso, pode-se economizar na fundação, aplicando-se concreto
simples ou mesmo ciclópico.

O local onde um reservatório ou mesmo uma barragem será construída deve ser analisado com cuidado,
utilizando-se métodos de sondagem rotativa para coleta de amostras e sua caracterização, bem como
pelo emprego de métodos ecográficos, que se baseiam na propagação de ondas no solo.

Em geral, o terreno de um reservatório de distribuição não deve ser constituído de solo muito rochoso,
nem pouco consistente. Ambos extremos representam altos custos para a fundação. Já, no caso de
barragens, terrenos rochosos podem ser vantajosos para se reduzir a perda de água por infiltração.

Contudo, não basta que se encontre rocha para se poder economizar na fundação de uma uma
barragem, devendo-se estudar a camada rochosa detalhadamente para se verificar as possibilidades de
infiltração da água reservada. Caso, por exemplo, o resultado da sondagem mostre uma camada
rochosa com fraturas e descontinuidades, deve-se proceder à impermeabilização do maciço, sob
pena de se ter perda de água pela fundação do reservatório. Como tratamentos de impermeabilização,
temos a injeção de calda de cimento, emprego de bentonita, ou ainda de aditivos químicos.

Da mesma forma que vimos para unidades de captação, no caso de reservatório seu fundo também deve
estar em cota acima do nível máximo do lençol freático e também da cota máxima de inundação.

Vários outros cuidados devem ser previstos no projeto de um reservatório de distribuição, como a
necessidade de ventilação, embora os reservatórios sejam cobertos. O motivo para a necessidade de
ventilação é que o nível de água no interior do reservatório pode variar subitamente, com a variação
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da pressão interna podendo gerar esforços muito grandes sobre a cobertura do reservatório. A fim de
se evitar esse risco na estrutura, dota-se a unidade de tubo de ventilação, coberta e fechada por telas
para evitar a entrada de insetos (Figura 51).

Não se pode também conectar a tubulação de limpeza (que fica abaixo do nível mínimo de água) e a de
extravasão diretamente com a rede de esgotos, para se evitar ao máximo a contaminação da água do
reservatório pela rede de esgoto.

Figura 51: exemplo de tubo de ventilação instalado em laje de reservatório

(CESPE / TRT 8ª Região - Ana. Judiciário - Eng. Civil - 2016 - Adaptado para V ou F) Acerca do
abastecimento, da reservação e da distribuição de águas, julgue a afirmativa a seguir.
As dimensões mais econômicas de torres cilíndricas elevadas para armazenar água correspondem à
altura igual à metade do seu diâmetro.
Comentários:
Os reservatórios elevados cilíndricos possuem dimensões ótimas do ponto de vista econômico que são
a altura correspondente à metade do seu diâmetro. Portanto, a afirmativa está correta.
(CESPE / SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - 2019) A respeito de qualidade da água,
poluição hídrica, tecnologia de tratamento de água e sistemas de abastecimento de água, julgue o
item a seguir.
Em um sistema de abastecimento de água dotado de reservatório elevado e de reservatório
enterrado, a capacidade da torre no reservatório elevado deve ser suficiente para evitar frequentes
partidas e paradas das bombas, bem como para garantir uma reserva mínima em cota elevada.

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Comentários:
O reservatório elevado não pode ser muito pequeno, senão a bomba de recalque ficará a todo tempo
sendo desligada e religada, prejudicando sua vida útil. Da mesma forma, deve-se garantir um nível
mínimo de água em cota elevada para não se depender totalmente do pleno funcionamento da bomba.
Logo, a afirmativa está correta.
(FCC / TCE-RS - Auditor Público Externo - Eng. Civil - 2014) O reservatório de distribuição de água
cuja função é servir de volante de regularização das transições entre bombeamento e/ou adução por
gravidade, intercalado no sistema de adução, é, quanto à localização no sistema de distribuição, o
reservatório
a) de jusante.
b) de montante.
c) de posição intermediária.
d) enterrado.
e) apoiado.
Comentários:
A alternativa A está errada, pois o reservatório de jusante é aquele que se situa à jusante da rede de
distribuição, conhecido como reservatório de sobras. Essa estrutura não desempenha função de volante
de regularização das transições, sejam entre trechos de bombeamento, seja em trechos com adução por
gravidade.
A alternativa B está errada, visto que o reservatório de montante se localiza entre a adução e a rede de
distribuição, portanto, à montante desta rede, não atuando como volante de regularização de vazões
em transições, como citado no enunciado.
A alternativa C está correta, já que o reservatório intermediário é intercalado no sistema de adução,
servindo justamente de volante de regularização das transições entre bombeamento e/ou adução por
gravidade.
As alternativas D e E estão erradas, pois os reservatórios enterrado e apoiado são uma classificação
quanto à localização em relação ao nível do terreno, independentemente do reservatório atuar como
volante de regularização de transições.
(CESPE / TCE-RO - Analista de Controle Externo - Eng. Civil - 2019 - Adpatado para V ou F) Em
relação aos sistemas de abastecimento de água, julgue a afirmativa a seguir.
O reservatório elevado pode ser instalado à jusante da rede de distribuição.
Comentários:
A afirmativa está correta, pois o reservatório elevado, enterrado, apoiado ou semi-enterrado pode ser
instalado em qualquer local em relação ao sistema de abastecimento, seja à montante, à jusante da rede
de abastecimento ou em posição intermediária.

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Nessa próxima questão, se você estiver sem tempo, pule logo para o último parágrafo para julgar
se afirmativa está correta ou não. Foi apresentada a versão integral da questão para você ver que
às vezes há uma introdução da questão.
(CESPE / TCM-BA - Auditor de Controle Externo - Eng. Civil - 2018) Um sistema de abastecimento
de água foi concebido para uma cidade que conta com uma estação chuvosa de seis meses e uma
estação seca de seis meses. Para reduzir a variabilidade temporal da vazão e viabilizar a captação
de água bruta durante o ano todo, foi construída, em um vale estreito, encaixado em um maciço
rochoso fraturado, uma barragem de concreto, com vertedor tipo Creager, sem extravasor
controlado. Na construção, houve necessidade de desmonte de rocha por meio de explosivos. Na
sequência, houve a concretagem do dissipador e do maciço da barragem (vertedor Creager). O
reservatório foi projetado para reservar a quantidade de água necessária para fazer frente ao
consumo nos meses de estiagem. No entanto, após a inauguração e entrada em operação da
barragem e estação de captação, verificou-se que, nos períodos de estiagem, a barragem não
reservava o volume projetado. A perda do volume era rápida, o que obrigou as autoridades locais a
instituir o racionamento no município.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
O fato de a barragem não possuir extravasor controlado, por meio de comporta, por exemplo,
impede que o reservatório exerça a função de amortecer ou atenuar cheias, o que restringe seu
emprego à regularização da vazão para controle nos períodos de estiagem.
Comentário:
A afirmativa está errada, pois extravasor não é a única forma de amortecimento de cheias em
reservatórios, bem como para regularização de vazões nos períodos de estiagem, sendo apenas uma
opção de projeto.
(Instituto AOCP / ITEP RN - Perito - Eng. Civil - 2018) A estação elevatória, que faz parte do sistema
de abastecimento de água, destinada a aumentar a pressão e/ou vazão em adutoras ou redes de
distribuição de água é denominada
a) “booster”.
b) “increase”.
c) “growth”.
d) “intensify”.
e) “enlarge”.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois o booster é o dispositivo acoplado a um conduto fechado que aumenta
a pressão e/ou vazão da água. As demais alternativas não se referem a conceitos utilizados em sistemas
de abastecimento e distribuição de água.
Essa questão a seguir possui o mesmo enunciado introdutório da questão anterior
(CESPE / TCM-BA - Auditor de Controle Externo - Eng. Civil - 2018) Um sistema de abastecimento
de água foi concebido para uma cidade que conta com uma estação chuvosa de seis meses e uma
estação seca de seis meses. Para reduzir a variabilidade temporal da vazão e viabilizar a captação
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de água bruta durante o ano todo, foi construída, em um vale estreito, encaixado em um maciço
rochoso fraturado, uma barragem de concreto, com vertedor tipo Creager, sem extravasor
controlado. Na construção, houve necessidade de desmonte de rocha por meio de explosivos. Na
sequência, houve a concretagem do dissipador e do maciço da barragem (vertedor Creager). O
reservatório foi projetado para reservar a quantidade de água necessária para fazer frente ao
consumo nos meses de estiagem. No entanto, após a inauguração e entrada em operação da
barragem e estação de captação, verificou-se que, nos períodos de estiagem, a barragem não
reservava o volume projetado. A perda do volume era rápida, o que obrigou as autoridades locais a
instituir o racionamento no município.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A rápida perda de volume observada pode ter como causa a fuga de água pela fundação, permeável
em face da existência de fraturas no maciço rochoso. O diagnóstico pode ser feito por meio de
sondagens rotativas e de análise ecográfica, e o tratamento consiste na injeção de calda de
cimento, ou de bentonita, ou, ainda, de aditivos químicos.
Comentário:
Sempre que a construção de um reservatório se dá em um meio rochoso, deve-se verificar a existência
de falhas, sob pena de se ter grandes fugas de água, podendo gerar inclusive problemas de afloramento
à jusante do reservatório. A verificação de falhas passa por sondagens rotativas, enquanto o tratamento
se baseia na impermeabilização da camada suporte, por meio de aditivos químicos, calda de cimento ou
de bentonita. Portanto, a afirmativa está correta.
(Instituto Excelência / Pref Barra Velha / FUMDEMA - Eng. Sanitarista - 2019) Os reservatórios são
unidades de acumulação e passagem de água em pontos estratégicos do sistema de abastecimento
de água. De acordo com a localização no terreno podemos classificar os reservatórios como:
a) Enterrado, semienterrado, apoiado e parshall.
b) Enterrado, apoiado, elevado e booster.
c) Enterrado, semienterrado, apoiado, elevado e stand pipe.
d) Nenhuma das alternativas.
Comentários:
A alternativa A está errada, pois parshall não é um tipo de reservatório, mas sim um dispositivo para
medição de vazão.
A alternativa B está errada, pois booster não é um reservatório, mas um dispositivo que fornece energia
à água diretamente na tubulação, aumentando sua vazão ou pressão.
A alternativa C está correta, visto que os reservatórios se dividem quanto à localização relativamente
ao terreno nos seguintes tipos: enterrado, semienterrado, apoiado, elevado e, no caso de alguns
doutrinadores, stand pipe.
(VUNESP / Pref Itanhaém - Eng. Civil - 2017) De acordo com a norma ABNT NBR 12218:2017, no
projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público, o fenômeno resultante do
transitório hidráulico, quando ocorre variação brusca de pressão acima ou abaixo do valor normal
de funcionamento, é denominado

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a) de controle.
b) elevatória.
c) de medição.
d) booster.
e) golpe de aríete.
Comentários:
O fenômeno resultado do transitório hidráulico é o golpe de aríete, resultado de pressões que
extrapolam a faixa normal de funcionamento, ocorrendo geralmente ao se ter uma súbita interrupção
no fluxo de égua em um conduto fechado. Portanto, a alternativa E está correta.
A alternativa D está errada, pois o booster é uma estação elevatória acoplada diretamente ao conduto.
As demais alternativas estão erradas, pois não se refere a fenômenos hidráulicos.

A capacidade dos reservatórios

O cálculo do volume que um reservatório armazenará deverá considerar (Figura 52):

 Volume para responder às variações de consumo de água pelos usuários, atuando como se fosse
um pulmão que compensa as variações horárias de demanda de água.
o Esse volume é também denominado volume útil ou reserva de equilíbrio, pois acumula água
nas horas de menor consumo para compensar nas de maior demanda.
 Volume para combate a incêndios;
 Volume para emergências, como interrupção do sistema para manutenção na ETA ou em uma
adutora.

Volume
Reserva de Reserva de
Volume útil total de
incêndios emergências
reservação

Figura 52: componentes do volume total de reservação

O volume útil é a porção de água que se situa entre o nível máximo e o nível mínimo do reservatório,
que deve responder às variações de consumo dos usuários do sistema. O nível mínimo em um
reservatório se justifica para se evitar a entrada de ar na tubulação (que ocorre por meio de um
fenômeno hidráulico chamado vórtice), o que reduz a vazão de água conduzida na tubulação, podendo
inclusive gerar pressões baixas na tubulação, levando à ocorrência de cavitação. Uma das formas de se

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combater a ocorrência de vórtice é garantindo uma submersão mínima de água no local de sua saída do
reservatório.

Caso não se lembre, cavitação é um fenômeno de desprendimento de bolhas de água (vaporização)


que ocorre devido à baixa pressão que pode atingir o interior de uma canalização. As bolhas formadas
podem colidir com as paredes da tubulação, danificando-as.

Outro motivo para se justificar a exigência de um nível mínimo em reservatórios é o arraste de


sedimentos que se depositam no fundo do reservatório. Mais pesados do que a água, a forma de se
evitar a captação desses sedimentos é por meio da localização da saída a uma altura do fundo, evitando
a contaminação da água ou o depósito de partículas sólidas ao longo da rede.

O reservatório deve ser preferencialmente subdividido em 2 câmaras independentes, para que, no


caso de limpeza ou manutenção, não haja interrupção total do funcionamento do reservatório. Em
geral, quanto maior a capacidade útil de um reservatório, maior o investimento necessário na sua
construção; contudo menor será o custo da escassez de água no período seco, ou seja, menor o impacto
da escassez de água nos consumidores.

O volume necessário para se atender às variações de consumo deve ser avaliado a partir dos dados do
consumo diário e do regime previsto de alimentação do reservatório, aplicando-se um fator de 1,2 para
se levar em conta as incertezas dos dados utilizados.

Quando se conhece a curva de consumo de uma dada comunidade ao longo do tempo, utiliza-se para
o cálculo do volume de reservação ferramentas como a curva ou diagrama de massa ou de Ripple,
aplicada no caso de adução contínua ou descontínua (geralmente em casos que envolve
bombeamento). Adução contínua ocorre quando o reservatório é alimentado diariamente pela adutora
durante 24 horas, enquanto na descontínua ocorrem interrupções nessa alimentação, sobretudo nos
horários em que o custo da energia é maior.

O diagrama de massa é um gráfico de volumes acumulados que permite a comparação da reta de


adução acumulada com a curva de consumo acumulado, coincidentes nas extremidades e referentes
ao dia de maior consumo (Figura 53). O fato das extremidades das curvas coincidirem indica que toda
água que chegou ao reservatório foi consumida ao longo de 1 dia. Perceba na figura a seguir que a curva
azul representa os usuários consumindo água e a vermelha, o reservatório atendendo a esta demanda.

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Figura 53: diagrama de massa para cálculo do volume de reservação

Observe nessa Figura 53 que até o ponto t1 (8 horas da manhã), o consumo de água era menor do que o
volume armazenado no reservatório, de forma que este vinha aumentando seu volume reservado.
Porém, a partir do momento em que se alcança t1 (8 horas da manhã), as pessoas geralmente acordam
e o consumo de água aumenta, fazendo com que o volume estocado no reservatório comece a ser
reduzido, ou seja, o reservatório inicia seu esvaziamento. Esse processo será interrompido somente em
t2 (às 18 horas), quando os consumidores já estão se acomodando em suas casas, reduzindo o consumo
de água, e o reservatório iniciando seu enchimento (Figura 54).

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Figura 54: zonas de enchimento e de esvaziamento no diagrama de massas

A capacidade do reservatório por esse método do diagrama de massas é dada pela distância entre as
tangentes que passam nos pontos de mínimo e máximo da curva de consumo. Perceba que essa
distância correspondente à máxima variação do consumo de água ao longo de um dia.

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Figura 55: cálculo da capacidade do reservatório pelo método do diagrama de massa para adução contínua

Contudo, quando se vai implantar um novo projeto, não se dispõe da curva de consumo. Nesse caso,
uma das formas de se calcular o volume de um reservatório é considerando que a curva de consumo
segue a forma de uma curva padrão com o formato de uma senóide (curva da função seno). Vários
pontos dessa curva possuem fórmulas definidas na literatura.

Sobre o cálculo desses volumes para um reservatório, há algumas regras práticas com base na
experiência que são cobradas em concursos. As principais regras são:

 Para um reservatório satisfazer à função de volante de distribuição, buscando-se atender à


variação horária de consumo, deve-se ter capacidade superior de um oitavo (1/8) a um sexto (1/6)
do volume consumido em 24 horas. Não se esqueça, além desse volume, temos ainda as reservas
de incêndio e emergência.
 Quando não se tem dados para determinação da capacidade do reservatório de distribuição, é usual
em estudos de abastecimento que se defina o volume de reservação sendo um terço (1/3) do
volume correspondente à demanda do dia de maior consumo.

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Regras práticas de
cálculo de volume de
reservação

Para um reservatório
satisfazer à função de Quando não se tem
volante de dados de consumo
distribuição

buscando-se atender à o volume de


variação horária de reservação
consumo corresponde a

1/3 do volume
correspondente à
a capacidade deve ser
demanda do dia de
maior consumo

> 1/8 a 1/6 do volume


consumido em 24
horas

A esses volumes de reservação, devemos acrescentar as reservas de emergência e incêndio. Essas reservas
não possuem metodologia objetivamente estabelecida, variando muito com o porte do sistema de
abastecimento. No caso do incêndio, ganha ainda menos importância essa reserva, uma vez que os
domicílios no país possuem em sua grande maioria reservatórios. Em relação à reserva de emergência,
também não há uma fórmula definida, dependendo o tamanho da reserva da vulnerabilidade do sistema a
problemas, como, por exemplo, o risco de falta de energia em uma dada região.

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Volume de um reservatório

Volume útil ou Cálculo da capacidade


Reserva
reserva de equilíbrio do reservatório:

Multiplicar
Incêndio Curva de massa
Varia entre Emergência volume por
ou de Ripple
1,2

NA Vol, acum. de
Considerar
mín alimentação X Vol.
NA incertezas
acum. de consumo
máx

(CESPE / TRT 8ª Região - Ana Judiciário - Eng. Civil - 2016) Acerca do abastecimento, da reservação
e da distribuição de águas, assinale a opção correta.
A capacidade total dos reservatórios simultaneamente elevados e enterrados para abastecimento
público de água deverá corresponder a um quinto do volume distribuído em vinte e quatro horas,
para que seja garantida uma reserva máxima em cota elevada.
Comentários:
A capacidade de reservatórios conjugados deve estar na faixa entre 1/8 e 1/6 do volume distribuído em
vinte e quatro horas, contrariamente ao que diz a questão. Portanto, a afirmativa está errada.
(CESPE / TRT 8 - Ana. Judiciário - Eng. Civil - Questão de fixação - Adaptado para V ou F) A respeito
de abastecimento, tratamento, reserva e distribuição de água, julgue a afirmativa a seguir.

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Se não se dispõe de dados para determinação da capacidade do reservatório para abastecimento


urbano de água em adução contínua durante as 24 horas do dia, a capacidade da reserva de
equilíbrio será maior que a terceira parte do volume distribuído no dia de médio consumo.
Comentários:
A afirmativa está errada, pois a capacidade de reserva do reservatório será igual à terça parte do volume
distribuído no dia de maior consumo, e não no dia de consumo médio.

Vamos fazer juntos essa questão a seguir?


CESGRANRIO - Engenheiro (PETROBRAS)/Meio Ambiente Júnior/2018
Um dos componentes de um sistema de abastecimento de água é o reservatório de distribuição.
Esses reservatórios são estruturas hidráulicas de armazenamento, posicionadas na transição entre
a adução e a distribuição, com a finalidade de atender às variações do consumo.
Um medidor de vazão, instalado na saída do reservatório de distribuição de água de uma cidade,
registrou, durante um período de 24 h do dia de maior consumo, as sucessivas vazões apresentadas
na Tabela abaixo:

A vazão média desse dia de maior consumo é de 480 L/s.


Segundo a NBR 12.217/1994, o volume do reservatório de abastecimento necessário para atender
às variações de consumo deve ser avaliado a partir de dados de consumo diário e do regime previsto

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de alimentação do reservatório, aplicando-se o fator 1,2 ao volume assim calculado, para levar em
conta incertezas dos dados utilizados.
Baseando-se nos dados da Tabela, considerando-se a adução contínua e o previsto na NBR
12.217/1994, o volume do reservatório, em m³, é de
a) 982,8
b) 960,0
c) 1920,0
d) 1965,6
e) 3840,0
Comentários:
Ao final de 24 horas não deve haver sobra de água no reservatório, considerando-se apenas o volume
útil. Para que não sobre água, a vazão média de água que sai deve ser igual à vazão média que entra no
reservatório.
Sabemos que sai do reservatório 480 L/s. Logo, em média, entra no reservatório a mesma quantidade,
480 L/s. Acontece que a adução de água da ETA até o reservatório se dá em caráter constante e
contínuo, segundo o enunciado da questão. Assim, não há variação na vazão que chega ao reservatório.
Logo, a vazão média que entra no reservatório é constante ao longo de todas as horas do dia, sendo
igual a 480 L/s.
Assim, podemos montar uma tabela com a seguinte, com a 1ª coluna representando as horas do dia, a
2ª coluna representando a água que entra no reservatório, a 3ª coluna mostrando a saída de água e na
última coluna, o saldo final de água:

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Perceba que na hora 1, saem 10 L/s a mais de água do reservatório do que está entrando. Portanto, o
sinal positivo na última coluna significa perda de água, o que significa que o reservatório está reduzindo
de seu próprio estoque na quantidade mostrada pelo sinal positivo. Em contraponto, o sinal negativo na
última coluna mostra que o reservatório está aumentando seu estoque de água naquela quantidade
mostrada de água.
O volume de reservação será a soma do volume de água que o reservatório forneceu ao sistema ao longo
de 24 horas. Logo, basta fazermos a média de todas as vazões positivas da última coluna (Saldo):
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 =
10 + 5 + 15 + 60 + 120 + 70 + 45 + 20 + 15 + 30 + 50 + 15
= = 37,916 𝐿/𝑠
12 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
Isso quer dizer que ao longo das 12 horas que o reservatório forneceu água à rede de distribuição, o
reservatório perdeu 37,916 litros por segundo. Ao longo dessas 12 horas, terá sido perdido o volume V:
𝑉 = 37,916 . 12 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 . 60 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 . 60 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠 = 1.637.971,20 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
A questão nos pede a quantidade em m³. Logo, devemos dividir o volume que está em litros por 1.000:

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1.637.971,20
𝑉= = 1.637,97 𝑚3
1.000
Conforme dito no enunciado, a NBR 12.217/1994 diz que devemos aumentar o volume por um fator de
1,2 para maior segurança do sistema. Assim, o volume de reservação será:
𝑉 = 1,2 . 1.637,97 = 1.965,56 𝑚³
A resposta certa é a letra D.
CESGRANRIO - Engenheiro (PETROBRAS)/Meio Ambiente Júnior/2018
Um dos componentes de um sistema de abastecimento de água é o reservatório de distribuição.
Esses reservatórios são estruturas hidráulicas de armazenamento, posicionadas na transição entre
a adução e a distribuição, com a finalidade de atender às variações do consumo.
Um medidor de vazão, instalado na saída do reservatório de distribuição de água de uma cidade,
registrou, durante um período de 24 h do dia de maior consumo, as sucessivas vazões apresentadas
na Tabela abaixo:

A vazão média desse dia de maior consumo é de 480 L/s.


O consumo de água varia ao longo das horas do dia, apresentando valores distintos de pique de
vazões horárias consumidas. Em geral, esse consumo é maior nos horários de refeições e menor no
início da madrugada. Existe uma determinada hora do dia em que a vazão de consumo é máxima.
Para contabilizar essa variação horária no dimensionamento de sistemas de abastecimento, é
utilizado o coeficiente da hora de maior consumo (K2).
Baseando-se nos dados da Tabela, verifica-se que o coeficiente da hora de maior consumo, (K2),
usado no dimensionamento do sistema de abastecimento, é
A) 1,10
B) 1,15
C) 1,20
D) 1,25
E) 1,30
Comentários:
O coeficiente da hora de maior consumo (K2) é dado pela divisão da maior vazão horária observada, que
foi de 600 L/s, pela vazão média, que foi de 480 L/s. Logo, K2 será:
𝑀𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜 600
𝐾2 = = = 1,25
𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 480
Assim, a resposta certa é a letra D.

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FGV - Engenheiro (Florianópolis)/Engenharia Sanitarista Ambiental/2014


Sobre os reservatórios de distribuição da água, analise as afirmativas a seguir.
I - Para se calcular o volume da Reserva de Emergência, soma-se o Volume de Equilíbrio com o
Volume de Combate a Incêndios e multiplica-se esse resultado por 1000 (mil).
II - Os reservatórios de montante caracterizam-se por estar situados no final da rede de distribuição,
sendo que uma só tubulação serve como entrada e saída das vazões.
III - A reserva de equilíbrio tem essa denominação porque é acumulada nas horas de menor consumo
para compensação nas de maior demanda.
Está correto o que se afirma em:
a) somente I;
b) somente III;
c) somente I e II;
d) somente II e III;
e) I, II e III.
Comentários:
A afirmativa I está errada, pois não há regra específica para o cálculo da reserva de emergência em
reservatórios de distribuição.
A afirmativa II está errada, já que reservatórios de montante antecedem a rede de distribuição. O
reservatório conceituado na afirmativa é o de jusante, que se localiza ao final da rede de distribuição.
A afirmativa III está correta, visto que a reserva de equilíbrio é aquela que oscila de acordo com a
diferença entre a água recebida no reservatório (água aduzida) e a água distribuída na rede,
correspondendo ao equilíbrio entre a oferta de água do sistema e a demanda dos consumidores.
Portanto, a afirmativa correta é a letra B.
(FGV / Pref. Florianópolis - Eng.- Questão de fixação) A orientação técnica para o dimensionamento
de reservatório de distribuição de água para o abastecimento público é dada pela NBR/ABNT

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12.217/1994. De acordo com essa norma, o volume necessário para atender às variações de
consumo deve ser avaliado a partir de dados do consumo:
a) semanal e do regime previsto de alimentação do reservatório, aplicando-se um fator de 1,2;
b) anual e do regime previsto de alimentação do reservatório, aplicando-se um fator de 1,2;
c) diário e do regime previsto de alimentação do reservatório, aplicando-se um fator de 1,2;
d) do horário de pico e do regime previsto de alimentação do reservatório, aplicando-se um fator de 1,2;
e) mensal e do regime previsto de alimentação do reservatório, aplicando-se um fator de 1,2.
Comentários:
A análise do volume de reservação se baseia no estudo das variações diárias de consumo, aplicando-se
um fator de segurança de 1,2. Portanto, é a alternativa C a resposta correta.
(CESPE / MPU - Perícia - Eng. Civil - Questão de fixação) Julgue o item seguinte, acerca de sistemas,
métodos e processos de abastecimento, tratamento, reservação e distribuição de águas.
Os reservatórios de distribuição são dimensionados de modo que tenham capacidade de acumular
um volume útil que supra as demandas de equilíbrio, de emergência e de combate a incêndio.
Comentários:
O volume útil não inclui as reservas de emergência e de combate a incêndio, sendo sinônimo do volume
necessário para que o reservatório funcione como um pulmão, compensando as variações horárias de
demanda de água pelos usuários.
Portanto, a afirmativa está errada.
(CESPE / CGE PI - Auditor Governamental - Eng. - 2015) Com relação às obras voltadas para o
abastecimento público de água, tratamento de esgotos e obras de defesa contra inundação, julgue
o item que se segue.
Os reservatórios de distribuição de água no meio urbano funcionam como volante da distribuição,
devendo ter capacidade superior a 1/6 do volume consumido nos horários de pico do dia, mantendo
uma reserva de água para combate a incêndios e situações de emergência.
Comentários:
A afirmativa está errada, pois se trata do volume consumido ao longo de 24 horas, e não do volume
consumido nos horários de pico.
(CESPE / TRT 8 - Ana. Judiciário - Eng. Civil - Questão de fixação - Adaptado para V ou F) A respeito
de abastecimento, tratamento, reserva e distribuição de água, julgue a afirmativa a seguir.
No uso de reservatório enterrado e reservatório elevado, à medida que cresce a capacidade do
segundo, decresce a do primeiro, mantendo-se constante a capacidade total; a vazão de recalque
decresce quando aumenta a capacidade do reservatório elevado, diminuindo o custo do sistema de
recalque.
Comentários:
A afirmativa está correta, já que mantendo-se constante o volume total de reservação, à medida que se
aumenta o volume do reservatório elevado, deve-se reduzir o volume do reservatório inferior, senão
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haverá aumento do volume total de reservação. Quanto ao sistema de recalque, este se justifica pela
necessidade de enviar água do reservatório inferior para o superior. No caso de se reduzir o tamanho do
reservatório inferior, haverá menor vazão a ser enviada ao reservatório elevado e, consequentemente,
será menor o custo do sistema de recalque.

Redes de distribuição

A parte do sistema de abastecimento que inclui as tubulações e todos seus acessórios destinados a levar a
água de forma contínua até os domicílios onde estão os consumidores é a rede de distribuição. Trata-se
do componente de maior custo do sistema de abastecimento, chegando a 75% do custo total.

Há várias classificações de redes de distribuição, sendo uma cobrada em concursos relativa ao tipo de água
distribuída:

 Rede simples: rede que transporta somente água potável;


 Rede dupla: há uma rede para transportar água potável e outra para água sem tratamento.

Outra classificação diz respeito ao tipo de alimentação do reservatório, em que podemos ter redes:

 Com reservatório de montante;


 Com reservatório de jusante;
 Com reservatório de montante e de jusante;
 Sem reservatório, com a rede sendo alimentada diretamente pela adutora.
o Esse tipo de rede é mais raro;

Enquanto ruas estreitas com poucas edificações apresentam geralmente um conduto distribuidor de água,
ruas mais largas, como as avenidas das nossas capitais, possuem distribuidores auxiliares e, no caso de vias
com tráfego muito intenso, distribuidores laterais. Assim, podemos ainda ter os seguintes tipos de redes
com base no número de condutos distribuidores em uma mesma rua:

 Com distribuidor único;


 Com distribuidores auxiliares;
 Com 2 distribuidores laterais.

Uma rede de distribuição é geralmente constituída por 2 tipos de tubulação:

 Principal ou conduto tronco ou canalização mestra: são a porção de maior diâmetro da rede,
tendo a função de levar água até as canalizações secundárias;
 Secundária: caracteriza-se pelo menor diâmetro, tendo como finalidade abastecer diretamente os
pontos de consumo dos usuários que fazem parte do sistema de abastecimento.
 Os condutos secundários são os que recebem a maioria das ligações prediais.

Essas tubulações podem ser instaladas em uma cidade formando diferentes tipos de rede quanto ao
traçado, que veremos a seguir.

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Rede ramificada

Feita quando o abastecimento se dá a partir de uma tubulação tronco, sendo a água diretamente
encaminhada para tubulações secundárias (Figura 56). A rede ramificada distribui a água com apenas um
único sentido de alimentação em cada trecho da tubulação, sendo de fácil identificação o sentido da
vazão.

Figura 56: rede ramificada em azul com direção da água em cada tubulação em vermelho

As redes ramificadas podem se dividir em alguns subtipos ou variantes, como:

 Rede espinha de peixe: várias ramificações se originam da tubulação principal (Figura 56);
 Rede em grelha: há vários condutos principais paralelos, que se ligam a um outro conduto principal
(chamado de canalização mestra alimentadora), conectando-se ao reservatório (Figura 57).
 Da canalização mestra alimentadora para as tubulações a jusante, os diâmetros decrescem
gradativamente.

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Figura 57: rede ramificada com traçado em grelha

O problema das redes ramificadas é que, caso ocorra interrupção em algum segmento da rede, todas as
suas porções a jusante não receberão água, não sendo possível isolar apenas a região com interrupção de
fornecimento.

Por isso, esse tipo de rede é recomendado apenas quando a topografia e a disposição dos pontos a serem
abastecidos não permitem o traçado com rede malhada. Redes ramificadas são mais comuns em áreas de
urbanização que segue um padrão linear de desenvolvimento, as chamadas cidades lineares.

Rede malhada

Nas redes malhadas, as tubulações principais são constituídas apenas por tubulações interligadas em
circuitos fechados, formando anéis ou blocos. Assim, tem-se a principal vantagem dessa rede, que é a
possibilidade de abastecer qualquer ponto por diversos caminhos da malha. Dessa forma, caso ocorra
interrupção em um segmento da rede para manutenção, não haverá descontinuidade no abastecimento
das regiões a jusante. Em poucas palavras, as redes malhadas minimizam a área desbastecida em caso de
acidente ou de manutenção.

Outra consequência desse arranjo fechado de tubulações é que esses circuitos estão todos interligados,
permitindo que a pressão ao longo do traçado seja mantida de forma mais uniforme, estável, havendo
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maior controle dos níveis piezométricos. Por ser uma rede em que há escoamento em qualquer sentido
nas tubulações, evita-se ainda a formação de pontas mortas, que são as extremidades das redes onde há
pouca passagem de água, gerando problemas como sedimentação de partículas.

Analogamente à rede ramificada, a malhada se divide em 2 tipos:

 Em anéis: é o tipo mais comum, sendo formado por circuitos fechados ou em anéis, necessitando,
porém, de mais válvulas de registros do que a rede em blocos;
 Em blocos: arranjo que subdivide traçados maiores de uma rede malhada em setores menores,
com redes de distribuição independentes, formando uma rede em blocos ou em setores (conjuntos
de malhas) para tornar mais eficaz a medição e isolamento da alimentação de porções da rede.
Basicamente, cada bloco possui uma rede de distribuição independente, que é alimentada por
somente 2 pontos, reduzindo a quantidade de válvulas a se instalar e operar. O resultado é que as
perdas de água serão menores, uma vez que haverá maior controle das vazões em cada setor.

Rede malhada em anéis Rede malhada em blocos, com conexões de


alimentação em laranja

Figura 58: tipos de rede malhada

A superioridade das redes malhadas é reconhecida pela NBR 12.218 ao recomendar seu uso, devendo ainda
serem localizadas preferencialmente em vias urbanas ou em passeios:

Em áreas urbanas, as tubulações devem ser localizadas preferencialmente em áreas ou


vias públicas, em passeios, formando circuitos fechados, evitando pontas de rede e água
estagnada.

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Rede mista

Na classificação das redes quanto ao traçado, alguns autores consideram apenas rede ramificada e
malhada, enquanto outros e também a NBR 12.218 incluem a mista. Esse terceiro tipo é simplesmente a
combinação (mistura) dos outros 2 outros arranjos, a ramificada e malhada.

Figura 59: exemplo de uma rede mista

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Tubulação que leva água de forma


contínua até os domicílios

Rede de Principal ou Maiores diâmetros


distribuição conduto tronco
ou canalização Levam ágau p/
2 tipos de mestra tubulações secundárias
tubulação
Recebem maioria
Secundária
das ligações prediais
Rede Somente água
Água simples potável
distribuída 1 rede p/ água potável e
Rede dupla
outra para água s/ tratam.

Montante

Com reservatório
Jusante
Alimentação do de
reservatório Montante e de
Sem reservatório
jusante
Número de
Classificação condutos Apenas 1 sentido de escoamento
quanto a distribuídos
em uma Risco de desabastecimento no Interrupções no
mesma rua caso de funcionamento
Rede Recomendado para
ramificada cidades lineares
Ramificações se
Espinha de
original da
peixe
Divide-se tubulação principal
em: Condutos
Grelha principais
Traçado paralelos

Abastecer qq ponto
Minimiza área
por diversos
desabastecida
Vantagem caminhos da malha

Maior regularidade das


Rede pressões na rede
malhada
Anéis + comum

Subdivide traçados maiores


3 tipos Blocos
em setores menores
Combinação da ramificada e
Mista
malhada

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AOCP / SESMA Belém - Eng. - 2018 ) Qual é o tipo de rede de distribuição de água constituída apenas
por tubulações interligadas em circuitos fechados?
a) Rede malhada.
b) Rede ramificada.
c) Rede mista.
d) Rede radial.
e) Rede primária.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois a rede malhada possui as tubulações todas interligadas, formando
anéis ou blocos.
A alternativa B está errada, já que a rede ramificada é formada por circuitos abertos, em que uma
tubulação principal deriva secundárias em sequência.
A alternativa C está errada, visto que a rede mista é uma combinação das anteriores, ramificada e
malhada.
A alternativa D está errada, pois não se classifica a rede de distribuição como sendo do tipo radial,
embora nada impeça de que exista este traçado em uma dada região.
A alternativa E está errada, pois rede primária se refere à rede que transporta o esgoto primário, aquele
que passa pela rede pública de esgotos. Veremos esse assunto em mais detalhes na aula de rede de
esgotos.
(CESPE - Polícia Científica PE - Perito Criminal - Eng. Civil - 2016) A classificação das redes de
distribuição de água é realizada de acordo com a disposição das canalizações principais e com o

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sentido do escoamento da água nas tubulações secundárias. Considerando-se essas informações, é


correto afirmar que as redes ramificadas
a) controlam a pressão de maneira mais precisa.
b) minimizam a área desabastecida em caso de acidente ou de manutenção.
c) são recomendadas somente em casos em que a topografia e os pontos a serem abastecidos não
permitam o traçado com rede malhada.
d) são constituídas por tubulações principais que formam anéis ou blocos.
e) controlam as perdas com mais rigor.
Comentários:
A alternativa A está errada, pois o maior controle na pressão ocorre na rede malhada, já que todas as
tubulações são interligadas, e não nas ramificadas.
A alternativa B está errada, visto que as redes ramificadas, ao sofrerem alguma interrupção, têm o
escoamento à jusante todo afetado, não sendo possível minimizar a área desabastecida.
A alternativa C está correta, já que as redes ramificadas são recomendadas apenas quando a rede em
malhas é inviável, geralmente por alguma particularidade da topografia ou do sistema de
abastecimento.
A alternativa D está errada, pois a rede formada por anéis e blocos é a malhada.
A alternativa E está errada, pois a rede malhada, mais precisamente a do tipo em blocos, permite maior
controle das perdas, não somente pela regularidade na pressão da rede, como também pela setorização
da vazão com amplo controle de medições. Portanto, não se trata de uma característica das redes
ramificadas.
(CONSULPLAN / Pref. Natividade - Eng. Civil - Questão de fixação) Entende‐se por rede de
distribuição o conjunto de tubulações e peças especiais destinadas a conduzir a água até os pontos
de tomada das instalações prediais, ou aos pontos de consumo público. As tubulações geralmente
distribuem em marcha e se dispõem formando uma rede. De acordo com o traçado das redes de
distribuição de água, relacione adequadamente as colunas a seguir.
1. Conduto tronco que passa pelo centro da cidade, dele derivando, como ramificações, os outros
condutos principais; é um traçado comumente adotado nas cidades lineares.
2. Condutos troncos dispostos mais ou menos paralelamente. Numa mesma extremidade são
ligados a uma canalização mestra alimentadora; dessa extremidade para jusante os seus diâmetros
decrescem gradativamente.
3. Canalizações principais formando circuitos fechados nas zonas principais a serem abastecidas,
resultando na rede de distribuição tipicamente malhada.
4. Canalização distribuidora com um sentido único de alimentação. Uma interrupção no
escoamento em uma tubulação compromete todo o abastecimento à jusante da mesma.
( ) Espinha de peixe.
( ) Grelha.

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( ) Anel.
( ) Rede ramificada.
A sequência está correta em
a) 1, 2, 3, 4.
b) 2, 4, 3, 1.
c) 4, 2, 3, 1.
d) 4, 3, 2, 1.
Comentários:
O traçado em espinha de peixe corresponde à afirmativa 1, pois que retrata a derivação de tubulações
secundárias em série a partir de uma tubulação principal, sendo comum em cidades lineares.
O traçado em forma de grelha se caracteriza por uma tubulação mestra alimentadora, de onde derivam
tubulações paralelas, com o diâmetro decrescendo gradativamente para jusante. Portanto, trata-se da
afirmativa 2.
A forma em anel refere-se aos traçados em circuitos fechados, com todas as tubulações interligadas
entre si. É um tipo de rede pertencente à do tipo malhada; logo, corresponde à afirmativa 3.
O arranjo de rede ramificada se caracteriza por circuitos abertos, com um sentido único de alimentação,
ou seja, a vazão em cada tubo terá sempre o mesmo sentido. O problema dessa rede é o
comprometimento de abastecimento das áreas a jusante quando ocorre uma interrupção no
fornecimento de água em um dado ponto. Corresponde, assim, à afirmativa 4.
Portanto, resposta correta será a letra A.
(CESPE - TCE-RO - Auditor de Controle Externo - Eng. Civil - 2019 - Adaptado para V ou F) Em relação
aos sistemas de abastecimento de água, julgue a afirmativa a seguir.
O caminho do fluxo da água em qualquer ponto da tubulação, nas redes de distribuição do tipo
malhada em anéis, é único e constante.
Comentários:
O sentido único de escoamento da água em tubulações só ocorre na rede ramificada, e não na rede
malhada. Nesta há diversos caminhos que a água pode percorrer de um ponto de origem até um dado
destino. Assim, a afirmativa está errada.
A próxima questão menciona zonas de pressão, matéria que você ainda não aprendeu, mas saiba
que se trata da faixa de pressão entre os limites máximo e mínimo que ela pode adquirir em uma
dada região. O nome zona de pressão se deve à região delimitada por um reservatório
correspondente a uma faixa de pressões que a água pode atingir, pois a pressão depende
diretamente da energia da água distribuída pelo reservatório.
(CESPE / Polícia Científica PE - Perito - Eng. Civil - 2016) As redes duplas de distribuição de água são
constituídas de uma rede para água potável e outra para água sem tratamento. A classificação
desse tipo de rede tem como critério o(a)
a) alimentação dos reservatórios.

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b) água distribuída.
c) número de condutos distribuidores em uma mesma rua.
d) traçado.
e) número de zonas de pressão.
Comentários:
A alternativa A está errada, pois o critério de alimentação dos reservatórios se refere à posição do
reservatório em relação à rede de distribuição, sem relação com o tipo de água distribuída.
A alternativa B está correta, já que o critério da água distribuída considera se houve ou não tratamento
da água, dividindo a rede em simples (somente água potável) e dupla (condutos de água potável e
condutos de água sem tratamento).
A alternativa C está errada, uma vez que diz respeito à classificação do número de condutos
distribuidores em uma rua, que considera apenas a presença de distribuidores únicos, auxiliares e
laterais, sem relação com o tipo de água conduzida.
A alternativa D está errada, pois o traçado é um critério de classificação sem relação com a qualidade
da água, considerando apenas o arranjo física da rede, se ela é ramificada ou malhada.
A alternativa E está errada, visto que o número de zonas de pressão está relacionado com a quantidade
de reservatórios no sistema, permitindo diferentes faixas de variação de pressão na rede.

Projetando redes de distribuição

Um dos aspectos norteadores ao projetar uma rede de distribuição é a definição da vazão. Da mesma forma
que dimensionamos a adutora entre o reservatório de montante e a rede de distribuição, no caso da rede
também consideramos a vazão do dia de maior consumo, acrescida da vazão da hora de maior consumo, o
que pressupõe o aumento da vazão média pelos coeficientes do dia (K1) e da hora (K2) de maior consumo:

𝑞. 𝐾1 . 𝐾2 . 𝑃
𝑄=
86.400

Em que:

P: a população de projeto da área considerada;

q: consumo médio per capita de água.

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Quando trabalhamos com o consumo médio per capita (q) em projetos, já incluímos em seu valor as perdas
de água do sistema público de abastecimento, como, por exemplo, os vazamentos.

A vazão de distribuição que abastece uma população pode ser dividida pela área abastecida, ou pela
extensão da tubulação que abastece essa área. Chamaremos esse parâmetro de vazão específica:

𝑄 𝑄
𝑄𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 = 𝑜𝑢
Á𝑟𝑒𝑎 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑡𝑢𝑏𝑢𝑙𝑎çã𝑜

Todavia, ao analisarmos uma rede de distribuição, vemos que a vazão conduzida vai sendo perdida
gradualmente, à medida que as ligações prediais vão consumindo a água levada pelos condutos
secundários. Como a distância entre as residências varia muito em uma cidade, admitimos que a vazão
conduzida pela rede de distribuição é linearmente consumida, fazendo-se a média entre a vazão de
montante e de jusante.

Vejamos um exemplo de um trecho BC de uma rede de distribuição com 100 metros de comprimento e que
recebe água do trecho AB, que está conectado ao reservatório numa vazão de 5 l/s (Figura 60). Sabemos
ainda que a vazão a jusante do trecho BC é de 2 l/s. Sabemos que a vazão se reduz continuamente ao longo
do tubo BC, pois as edificações conectadas a esta rede estão consumindo água.

Figura 60: cálculo de 3 l/s correspondente à vazão média consumida em um trecho de uma rede de distribuição

Já que a vazão se reduz à medida que a água percorre o tubo BC, qual vazão deve ser
considerada neste tubo para seu dimensionamento?

Deverá ser considerada simplesmente a média entre a vazão que entra no tubo e a que sai. Logo, a vazão
de dimensionamento (qF) do tubo BC será:

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𝑄𝑀 + 𝑄𝐽 5 + 2
𝑞𝐹 = = = 3,5 𝑙/𝑠
2 2

Chamamos essa vazão média de 3,5 l/s que percorre na média toda a tubulação de vazão fictícia. O nome
"fictícia" se justifica pelo fato da vazão ser aproximada, e não real, uma vez que cada casa ou prédio ligado
à rede de distribuição possui um afastamento diferente um do outro, bem como um consumo médio
diferente.

Podemos dizer que a vazão fictícia (qF) corresponde à semissoma (média aritmética) das vazões de
montante (ou vazão de entrada, QM) e de jusante (ou vazão de saída QJ) em cada trecho da rede
considerada, ou seja:

𝑄𝑀 + 𝑄𝐽
𝑞𝐹 =
2

Esse método de cálculo é chamado de método fictício, muito utilizado no dimensionamento das redes de
distribuição.

Conhecendo-se a vazão, devemos analisar os impactos da localização do reservatório na rede de


distribuição. O motivo é que essa rede deve estar sujeita a uma pressão dinâmica mínima e a uma pressão
estática máxima, ou seja, as pressões na rede devem respeitar a alguns limites.

Vamos relembrar os 2 conceitos de pressão que vimos? Caso você esteja seguro desses
conceitos, pule diretamente para a coruja intitulada "Não confunda".

Chamamos de pressão dinâmica mínima a pressão em um dado ponto da rede da distribuição que está
na rua (dizemos "ao nível do terreno"), no dia e hora de maior consumo e na pior situação para o
reservatório de distribuição, que seria o nível mínimo de água.

O significado prático dessa pressão dinâmica é que ela corresponde à pressão mínima
necessária para se vencer os desníveis topográficos que a rede de distribuição terá que
vencer, bem como as perdas de carga na rede de distribuição, no ramal predial e dentro
das edificações que serão abastecidas, até chegar em seus reservatórios.

Analogamente, a NBR 12.218 define pressão dinâmica disponível (ou simplesmente pressão dinâmica)
como sendo a pressão, em relação ao nível do terreno da edificação que será abastecida, sob condição de
consumo de água. Portanto, é a pressão de fornecimento de água que a concessionária deve manter ao
atender a cada consumidor.

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Essa pressão dinâmica disponível é simplesmente a parcela da carga da fórmula do teorema de Bernoulli
correspondente à pressão. Lembre-se, o Teorema de Bernoulli diz que a energia em qualquer ponto da
massa do fluido em escoamento permanente é constante e igual à soma das alturas piezométricas (P),
geométricas (Z) e cinéticas (EC), ou seja:

Energia do líquido = P + Z + EC

A pressão dinâmica disponível seria simplesmente o valor de P nessa fórmula anterior.

Fixamos como limite a pressão dinâmica mínima para a rede, porém, a pressão na rede também não pode
ser muito grande, sob pena de termos muitos vazamentos nas tubulações, além de vazões altas sendo
fornecidas às edificações em tal magnitude que não atende ao usuário. Redes de distribuição sob alta
pressão são também muito caras, a começar pela altura do reservatório e pela necessidade de se manter a
integridade dos materiais e das válvulas. Por fim, quanto maior a pressão na rede, maior será a perda de
carga, ou seja, maior será a energia despendida para manter o sistema funcionando.

Para trabalharmos com o limite máximo da pressão foi criada a pressão estática máxima, que é a pressão
em um dado ponto da tubulação da rede de distribuição que está no nível do terreno a ser abastecido,
considerando-se um consumo nulo e o nível máximo de água no reservatório de distribuição. Trata-se da
pior situação que teríamos em uma rede considerando-se a máxima pressão.

Analogamente, a NBR 12.218 define pressão estática disponível (ou simplesmente pressão estática) como
a pressão em determinado ponto da tubulação, em relação ao nível do terreno, sob condição de consumo
nulo.

A pressão dinâmica em um ponto da rede considera a água em movimento, logo, essa pressão considera
as perdas de carga da água ao longo dos dutos até chegar no ponto de medição. O cálculo da pressão
dinâmica mínima considera como ponto mais desfavorável da rede o ponto mais distante do
reservatório, o que reduz a pressão ao máximo devido à sua alta perda de carga.

Já, a pressão estática, como o próprio nome sugere, não considera a água em movimento; logo a pressão
estática não considera a perda de carga, apenas a diferença de altura entre os pontos. Assim, o cálculo da
pressão estática máxima utiliza como ponto mais desfavorável o ponto mais baixo da rede, que possuirá
menor cota altimétrica e, portanto, será o primeiro a eventualmente infringir o limite de pressão estática
máxima de 50 mca.

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•Considera água em
movimento
Pressão dinâmica •Considera perda de
carga

•Não considera água em movimento


•Não considera perda de carga
Pressão estática

Figura 61: diferença fundamental entre pressão estática e pressão dinâmica

Esses limites de pressão são aplicados no projeto de redes de distribuição da seguinte forma:

 Pressão estática máxima: 500 KPa (cerca de 50 mca);


 Pressão dinâmica mínima: 100 KPa (cerca de 10 mca).

Assim, deve-se buscar sempre em um projeto de rede de distribuição que não se ultrapasse esses 2 extremos
definidos na NBR 12.218. Na prática, para se verificar o respeito a essas restrições, analisamos a altura de
onde a água vem (cota altimétrica do nível d'água do reservatório de distribuição) e subtraímos a altura
(cota altimétrica) do ponto mais baixo abastecido por esse reservatório. Verificamos a cota altimétrica,
pois deve-se buscar que a distribuição se dê pela forma mais barata, que é por gravidade.

Portanto, trata-se de uma análise sobretudo da topografia da área de projeto, sendo que, se a diferença
de cota altimétrica da área de projeto for maior do que 40 m, teremos necessidade de mais uma zona
de pressão.

Mas se o limite da pressão estática máxima é de 50 metros de coluna d'água, a diferença


entre as cotas altimétricas aceitável não deveria ser de 50 m?

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A resposta é não, pois além dos 40 metros, ainda temos que somar 10 metros de coluna d’água da pressão
dinâmica mínima que deve existir em todo ponto dentro da zona de pressão. A energia desses 10 metros de
pressão dinâmica será perdida pela água dentro da tubulação, ao vencer os desníveis topográficos do
traçado da rede e a perda de carga correspondente. Assim, chegamos a 50 m do limite estabelecido na NBR
12.218 (Figura 62):

40 𝑚𝑐𝑎 𝑑𝑎 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 + 10 𝑚𝑐𝑎 𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑚í𝑛. = 50 𝑚𝑐𝑎

Figura 62: análise dos limites de pressão de uma rede a ser abastecida por um reservatório de montante

Dessa forma, todas as edificações que se situarem no trecho colorido de vermelho na figura a seguir
estarão com as condições de pressão estática máxima e dinâmica mínima respeitadas.

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Figura 63: delimitação de uma zona de pressão

Se chamarmos de 0, 1 e 2 os pontos nas abscissas correspondentes às posições mostradas na Figura 64,


podemos perguntar:

O reservatório da figura poderia abastecer uma casa situada entre os pontos 0 e 1?

A resposta é não, pois não haveria pressão dinâmica mínima de 10 metros de coluna d'água para atender às
edificações que se instalassem entre os pontos 0 e 1, ou seja, caso uma pessoa abrisse uma torneira em uma
casa situada nesta zona, provavelmente sairia muito pouca água, com uma vazão muito pequena para
satisfazer ao usuário. Seria necessário então, um reservatório mais alto para se atender à pressão dinâmica
mínima de 10 metros. Daqui, temos uma conclusão importante:

Da mesma forma, uma casa situada após o ponto 2, ou seja, a jusante, não poderia ser
abastecida por este reservatório da figura, visto que a pressão seria excessiva, havendo
provavelmente vazamentos na rede, bem como altas perdas de carga no sistema,
tornando-o oneroso.

Por isso, dizemos que o reservatório define uma zona de pressão, que é a subdivisão que fazemos na área
de abastecimento para que as pressões estática máxima e dinâmica mínima obedeçam aos limites da
NBR 12.218. Basicamente, a zona de pressão é a região em que se tem um limite máximo e mínimo de
pressão fornecidos por um dado reservatório do sistema de abastecimento local; por isso a NBR diz que é
uma região com limites de pressão prefixados. Observe:

Zona de pressão: área abrangida pela divisão do setor de abastecimento, na qual as


pressões estática e dinâmica obedecem aos limites prefixados.

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Figura 64: definindo zona de pressão

Vamos supor agora que queremos saber a pressão que a água chega em uma casa situada no ponto 2 da
Figura 65.

Figura 65: relacionando pressão dinâmica com estática

A pressão estática da água a ser fornecida a esta casa será dada pela diferença entre a cota do NA do
reservatório menos a cota do terreno da casa, que está 50 metros abaixo. Logo, temos que:

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𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑛𝑎 𝑐𝑎𝑠𝑎=500 − 450 = 50 𝑚𝑐𝑎

Já, a pressão dinâmica na casa será a pressão a ser medida no ponto 2 com a tubulação cheia de água.
Sabemos que essa pressão seria toda a carga altimétrica da água que sai do reservatório e se transforma em
energia no ponto 2, menos a perda de carga (hR-2):

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑛𝑎 𝑐𝑎𝑠𝑎 = 𝐷𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 𝑒 𝑎 𝑐𝑎𝑠𝑎 − ℎ𝑅−2

A diferença de nível entre o reservatório e a casa corresponde aos 50 metros de desnível que temos entre o
NA do reservatório e a casa no ponto 2. Mas esses 50 metros de desnível correspondem justamente à
pressão estática no ponto 2. Portanto, a pressão dinâmica em um ponto nada mais é do que a pressão
estática naquele ponto menos a perda de carga da água até chegar àquele ponto:

𝑷𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 𝒅𝒊𝒏â𝒎𝒊𝒄𝒂 𝒏𝒂 𝒄𝒂𝒔𝒂 = 𝑷𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 𝒆𝒔𝒕á𝒕𝒊𝒄𝒂 𝒏𝒂 𝒄𝒂𝒔𝒂 − 𝒉𝑹−𝟐

Pressão
Pressão Perda de
estática
dinâmica em carga até o
no ponto
um ponto P ponto P
P

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Eventualmente não será possível respeitar integralmente um dos limites de pressão máxima estática ou
mínima dinâmica. Nesse caso, o valor discrepante poderá ser aceito, desde que justificado técnica e/ou
economicamente.

A NBR 12.218 cita ainda que se deve, sempre que possível, adotar pressões estáticas
entre 250 KPa e 300 KPa, com o objetivo de diminuir perdas reais (vazamentos).

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K1

Vazão na rede
considera > 100 KPa p/
Pressão
K2
dinâmica mín.

< 500 KPa p/


Pressão estática
máx.
Desde que
Outros valores justificados técnica
Limites de
podem ser e/ou
pressão
aceitos economicamente

Projeto de
redes de 250 a 300 KPa
distribuição
Faixa ideal: Diminui
perdas
reais
Q/área

Vazão específica
Q/extensão da
tubulação

Área abrangida
pelo setor de
abastecimento
Zona de pressão com

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Vamos fazer essa 1ª questão juntos? Ela aborda a aplicação do conceito da pressão dinâmica.
(CESPE / TCE-SC- Auditor Fiscal de Controle Externo - Eng. Civil - 2016) O projeto da rede de
distribuição de um sistema público de abastecimento de água potável apresenta os dados a seguir:
• cota altimétrica do nível mínimo do reservatório de distribuição: 502,350 m;
• cota altimétrica do nó 13 da rede: 477,150 m;
• cota altimétrica do nó 49 da rede: 454,050 m.
Considerando essas informações, julgue o seguinte item.
Considerando que o nível de água no reservatório se encontra no mínimo, se a soma das perdas de
carga das tubulações do reservatório até o nó 49 for igual a 8,39 mca, a pressão dinâmica nesse nó
será de 39,91 mca.
Comentários:
A pressão dinâmica é a diferença entre a pressão estática e a perda de carga, de acordo com a seguinte
equação:
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑛ã𝑚𝑖𝑐𝑎 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 − ℎ𝑅−49
Sabemos que o reservatório possui NA na cota 502,350 m. Já o nó 49 da rede está na cota 454,050 m.
Assim, a pressão estática será simplesmente a diferença de cota entre esses 2 pontos:
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 = 502,350 − 454,050 = 48,30 𝑚
O enunciado disse que a perda de carga até o nó 49 é de 8,39 metros, logo, este será o valor de hR-49.
Agora podemos calcular a pressão dinâmica:
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑛ã𝑚𝑖𝑐𝑎 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 − ℎ𝑅−49 = 48,30 − 8,39 = 39,91 𝑚
Portanto, a assertiva está correta.
(AOCP - Pref. Juiz de Fora - Edificações - 2016 - Adaptado para a nova NBR 12218) De acordo com a
NBR 12218, sobre projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público e suas noções

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de saneamento, assinale a alternativa que apresenta a que se refere a definição a seguir: “pressão,
referida ao nível do terreno, em determinado ponto da rede, sob condição de consumo não nulo”.
a) Pressão estática disponível.
b) Pressão dinâmica disponível.
c) Zona de pressão disponível.
d) Vazão específica.
e) Vazão de distribuição.
Comentários:
A alternativa A está errada, pois a pressão estática disponível é a pressão na rede sob condição de
consumo nulo, contrariamente à definição do enunciado que prevê um consumo diferente de zero.
A alternativa B está correta, visto que a pressão dinâmica é medida no interior da tubulação, em relação
ao nível do terreno que será abastecido, considerando-se o consumo de água, ou seja, a tubulação cheia.
A alternativa C está errada, já que a zona de pressão é uma subdivisão da área abastecida, com as
pressões estática e dinâmica obedecendo a limites prefixados, em função das particularidades de cada
sistema, como a cota do reservatório.
A alternativa D está errada, pois a vazão específica é a vazão de distribuição dividia pela área abastecida
ou pelo comprimento da tubulação que abastece essa área, sem nenhuma correspondência com a
definição do enunciado.
A alternativa E está errada, já que a vazão de distribuição é a vazão que passa pela rede de distribuição,
sem relação com a pressão, ao contrário do que diz o enunciado.
(CESPE / TCM-BA - Auditor Estadual - Infraestrutura - 2018 - Adaptado para V ou F) Um sistema de
abastecimento de água foi concebido para uma cidade que conta com uma estação chuvosa de seis
meses e uma estação seca de seis meses. Para reduzir a variabilidade temporal da vazão e viabilizar
a captação de água bruta durante o ano todo, foi construída, em um vale estreito, encaixado em
um maciço rochoso fraturado, uma barragem de concreto, com vertedor tipo Creager, sem
extravasor controlado. Na construção, houve necessidade de desmonte de rocha por meio de
explosivos. Na sequência, houve a concretagem do dissipador e do maciço da barragem (vertedor
Creager). O reservatório foi projetado para reservar a quantidade de água necessária para fazer
frente ao consumo nos meses de estiagem. No entanto, após a inauguração e entrada em operação
da barragem e estação de captação, verificou-se que, nos períodos de estiagem, a barragem não

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reservava o volume projetado. A perda do volume era rápida, o que obrigou as autoridades locais a
instituir o racionamento no município.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Para o dimensionamento da vazão na rede de distribuição da cidade devem ser considerados os
coeficientes do dia e da hora de maior consumo.
Comentário:
A afirmativa está correta, pois a vazão na rede de distribuição corresponde ao valor médio do consumo
per capita multiplicado pelos coeficientes K1 e K2, que são, respectivamente, os coeficientes do dia e da
hora de maior consumo.
(CESPE / TCE-SC- Auditor Fiscal de Controle Externo - Eng. Civil - 2016) O projeto da rede de
distribuição de um sistema público de abastecimento de água potável apresenta os dados a seguir:
• cota altimétrica do nível mínimo do reservatório de distribuição: 502,350 m;
• cota altimétrica do nó 13 da rede: 477,150 m;
• cota altimétrica do nó 49 da rede: 454,050 m.
Considerando essas informações, julgue o seguinte item.
Considerando que o nível de água no reservatório se encontre no mínimo, as pressões estáticas, nos
nós 13 e 49, são de 25,20 mca e 48,30 mca, respectivamente.
Comentários:
Para calcularmos a pressão estática entre 2 pontos, basta calcularmos a diferença de cota entre esses
pontos, considerando a origem da água (reservatório) até o ponto de destino (nó 13 ou 49). Vamos lá:
𝑃𝑟. 𝐸𝑠𝑡.13 = 502,350 − 477,150 = 25,20 𝑚
𝑃𝑟. 𝐸𝑠𝑡.49 = 502,350 − 454,050 = 48,30 𝑚
Portanto, a afirmativa está correta.
(CESPE / TJ AM - Ana. Judiciário - Eng. Civil - 2019)

Com base nos dados apresentados na tabela antecedente, julgue o próximo item, relativos às cotas
dos níveis mínimo e máximo de água do reservatório.

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A cota máxima do nível de água do reservatório deverá ser igual a 495 m, para atender à pressão
máxima estática exigida na rede de distribuição.
Comentário:
Como queremos saber a cota do nível d'água que permite atender à exigência de pressão estática
máxima, temos que comparar a cota do nível d'água com o ponto mais desfavorável em termos
topográfico, que é o nó mais baixo, de cota 430 m.
A diferença de altura entre o NA do reservatório e o ponto mais baixo é fixada pela NBR 12.218 em 50
metros. Logo, o NA do reservatório pode estar, no máximo, 50 metros acima do ponto mais baixo
atendido pelo reservatório. Assim, a cota do NA será:
𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑁𝐴 𝑑𝑜 𝑅𝑒𝑠. = 430 + 50 = 480 𝑚
Atenção, quando analisamos a pressão máxima estática, não consideramos a perda de carga, apenas no
caso da pressão dinâmica.
Logo, a afirmativa está errada, pois mencionou equivocadamente a cota de 495 m.
Essa questão a seguir possui o mesmo enunciado introdutório da questão anterior.
(CESPE / TJ AM - Ana. Judiciário - Eng. Civil - 2019) Com base nos dados apresentados na tabela
antecedente, julgue o próximo item, relativos às cotas dos níveis mínimo e máximo de água do
reservatório.
A cota mínima do nível de água do reservatório deverá ser igual a 465 m, para atender à pressão
dinâmica mínima exigida na rede de distribuição.
Comentário:
Como estamos analisando a pressão dinâmica mínima, devemos verificar a energia que o reservatório
deverá fornecer à água, cujo valor deverá ser suficiente para vencer o desnível geográfico com o ponto
mais distante da rede (Z), a perda de carga ao longo do trajeto (∆h) e a pressão mínima de 10 mca a ser
fornecida no ponto de consumo.
Logo, a cota do reservatório será:
𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 = 𝑍 + ∆ℎ + 10 = 440 + 15 + 10 = 465 𝑚
Portanto, a assertiva está correta.

Dimensionamento de redes de distribuição

Conhecendo-se a vazão média na rede de distribuição, procede-se ao cálculo da velocidade em cada trecho
da rede. Para se calcular a velocidade de escoamento, é fundamental o conhecimento do caminho da água
ao longo da tubulação, o que em uma rede ramificada é fácil, pois o caminho é único e constante. Porém,
em redes malhadas, há diversas possibilidades de escoamento e que podem mudar ao longo do tempo.

O fator que decide o sentido do escoamento da água em cada ponto da rede malhada (chamamos cada
ponto de nó) é a diferença de pressão entre os nós, pois a água sempre escoará do ponto de maior pressão
para o ponto de menor pressão.

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Assim, quando temos uma interrupção em um trecho de uma rede de distribuição do tipo malhada, a água
pode ainda chegar às regiões de jusante, uma vez que poderá desviar da rota percorrendo um outro
caminho. Essa possibilidade de desvio dependerá da diferença de pressão que haverá entre os nós da
rede. Caso a pressão de montante aumente, por exemplo, haverá maior vazão escoando nos outros tubos.

Hardy Cross, aplicando esse raciocínio da diferença de pressão e considerando, nos nós da rede malhada,
pontos de demandas concentradas de suas áreas circundantes, chegou à conclusão de que a perda de
carga é a diferença das cotas piezométricas na entrada e na saída da rede malhada, de modo que a perda
de carga é a mesma em todos os trechos de um circuito e a vazão de entrada é igual à soma das vazões nos
trechos. Essas conclusões de Hardy podem ser descritas por meio dos seguintes 2 princípios:

 Princípio da continuidade: a soma das vazões que chegam a um ponto da rede (chamado nó) é igual
à soma das vazões que dele saem;
 Princípio da conservação da energia: a soma das perdas de carga nas tubulações que formam o
anel é zero.
o Não vamos demonstrar aqui esse princípio, pois a demonstração demanda um tempo e não
é uma matéria cobrada em concursos.

A partir dessas constatações, Hardy Cross elaborou um método iterativo de cálculo da velocidade de
escoamento, que se inicia com uma estimativa e vai reduzindo seu erro até um momento em que o erro
perde significância. O método faz aproximações sucessivas para redes malhadas, permitindo o
desenvolvimento de cálculos de forma manual, principalmente em redes pequenas.

Como uma rede de uma cidade possui vários nós, ultrapassando facilmente os milhares, o cálculo pelo
método de Hardy Cross na prática demanda tempo e capacidade de processamento. Uma outra dificuldade
na formulação de um modelo de redes ocorre devido à complexidade em se agregar dispositivos (como
bombas e válvulas redutoras de pressão) e modelar os respectivos comportamentos na rede.

Por isso, a NBR 12218 fixou a precisão necessária para esse método, estabelecendo que o dimensionamento
e a análise do funcionamento global do sistema hidráulico devem ser realizados por simulações hidráulicas,
que garantam residuais máximos ("erros") de vazão e de carga piezométrica de 0,1 L/s e 0,5 kPa,
respectivamente.

A partir do momento em que se encontra a velocidade de escoamento em todos os trechos da rede de


distribuição, deve-se compará-la com os limites da NBR 12.218, sob pena de se ter problemas na rede ao
longo do horizonte de projeto.

De um lado, caso a velocidade seja muito baixa, poderá haver deposição de sedimentos na parede do tubo,
formando incrustações que reduzem a seção de escoamento e a vazão que passa pelo tubo, bem como a
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vida útil da rede. Outro efeito das baixas velocidades é a retenção de ar na tubulação, que provém da
própria água que fica mais tempo em repouso, gerando maior perda de carga.

Por outro lado, velocidades altas de escoamento resultam em perdas de carga muito elevadas, além de
poder causar problemas de cavitação e golpe de aríete, que danificarão as instalações. Por isso, a NBR
12.218 fixa a velocidade na rede de distribuição em:

 Velocidade máxima deve corresponder a uma perda de carga de até 10 m/km;


o Portanto, a velocidade máxima dependerá de cada rede de distribuição, uma vez que a perda
de carga varia com o diâmetro da tubulação.
 Velocidade mínima deve ser igual a 0,4 m/s.

De posse das velocidades na rede, obtêm-se os diâmetros. A NBR 12.218 fixa para as tubulações
secundárias o diâmetro mínimo de 50 mm, podendo haver exceções, desde que tecnicamente justificadas.
Contudo, não há recomendação para o diâmetro das tubulações principais, sendo uma alternativa
considerar a antiga norma PNB 594:77, que define para tubulações principais o diâmetro de:

 150 mm para locais com densidade demográfica superior a 150 habitantes por hectare;
 100 mm para núcleos urbanos com população superior a 5.000 habitantes;
 75 mm para núcleos urbanos com população inferior a 5.000 habitantes.

Não vale a pena você decorar essas informações da PNB 594:77, pois dificilmente uma banca cobra esse
assunto, e, no caso de cair essa matéria na prova, utilize o bom seno. Veja que o diâmetro inferior em
tubulações principais é de 75 mm, dimensão bem lógica, pois é superior à dimensão mínima exigida para
tubulações secundárias, que é de 50 mm. Perceba ainda que a PNB 594:77 também aumenta o diâmetro da
tubulação principal em função do tamanho da população ou da densidade demográfica, o que corresponde
a uma consideração bem racional, pois a vazão da rede depende diretamente da quantidade de pessoas
consumindo água.

Em relação às válvulas e equipamentos acessórios que utilizamos nas redes de distribuição, temos:

 Válvulas redutoras de pressão: são instaladas em locais críticos para reduzir a vazão no local e,
consequentemente, a magnitude de possíveis vazamentos. Com isso, é possível reduzir
significativamente as perdas de água nas redes;
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 Válvulas de manobra: permite o isolamento de trechos da rede de distribuição para manutenção


ou limpeza. São previstas a fim de se permitir a operação da tubulação em subtrechos, conforme a
necessidade operacional verificada, visando a reduzir a área de desabastecimento.
 As válvulas de manobra permitem reforçar o abastecimento de uma dada região
aumentando sua vazão, sendo um exemplo a necessidade de maior distribuição de água em
uma zona onde há um incêndio ou há uma aglomeração por causa de uma festividade, por
exemplo.
 Ventosas: a serem instaladas em pontos altos estratégicos da rede, para se evitar o acúmulo de ar
no interior da tubulação.
 Ponto de descara: a serem instalados em pontos baixos estratégicos da rede.

Geralmente as redes de distribuição são feitas em polietileno de alta densidade (PEAD), material flexível
empregado inclusive em ligações prediais e mesmo em adutoras. São materiais de alta resistência a
ataques químicos e processos corrosivos, atendendo a diferentes faixas de pressão, além de terem boa
soldabilidade. O resultado dessas propriedades é uma alta resistência do PEAD a impactos e uma longa
vida útil.

É importante você ver como a NBR 12.218 estipula os limites de pressão. Perceba que originalmente a
pressão estática máxima deve ser de 400 KPa, porém a NBR 12.218 aceita um limite de 500 KPa para
terrenos com topografia acidentada. Veja:

"A pressão estática máxima nas tubulações distribuidoras deve ser de 400kPa, podendo chegar a 500 kPa
em regiões com topografia acidentada, e a pressão dinâmica mínima de 100 kPa e ser referenciada ao nível
do terreno.

NOTA 1: Sempre que possível adotar as pressões estáticas entre 250 kPa e 300 kPa, com o objetivo de
diminuir perdas reais.

NOTA 2: Nos casos em que as diferenças entre as pressões estáticas máximas e dinâmicas mínimas forem
significativas, adotar dispositivos de controle dotados de ajuste automático de pressão em função da
variação de consumo diurno e noturno."

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Redes ramificadas Ùnico e constante


Sentido de
escoamento da água
Função da diferença
Método de
Redes malhadas de pressão entre os
Hardy Cross
nós

Perda de carga de
Velocidade máxima
até 10 m/km

Velocidade mínima > 0,4 m/s

Dimensionamento Redes principais Não há recoendação


de redes de
distribuição Diâmetro
Redes secundárias > 50 mm

Redes de distr.

Comum em Ligações prediais

Alta resistência a
PEAD: Adutoras
impactos

Longa vida útil

(NC-UFPR / ITAIPU- Técnico em Saneamento - 2017) O sistema de distribuição de água tratada é


constituído por reservatórios de distribuição e redes de distribuição. Os reservatórios de
distribuição de água constituem elementos importantes em sistemas de abastecimento de água
(SAA.), pois têm diversas finalidades. As redes de distribuição levarão a água tratada até os
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consumidores e deverão funcionar de forma contínua, distribuindo a água tratada em quantidade e


pressão suficiente, porém mantendo a sua qualidade para o consumo humano.
A respeito do sistema de distribuição de água, considere as seguintes afirmativas:
1. O fornecimento de água para a rede de distribuição pode ser feito por meio de reservatórios de água,
que podem ser elevados, apoiados, semienterrados ou enterrados, sendo também classificados como
de montante ou de jusante.
2. As redes são divididas em condutos principais e secundários e podem ser classificadas como redes
ramificadas, malhadas ou mistas.
3. As pressões dinâmicas mínimas e as pressões estáticas máximas nas redes de distribuição são
estabelecidas pela NBR 12218:1994, como sendo 500 kPa e 100 kPa, respectivamente.
4. O diâmetro mínimo a ser adotado, segundo a NBR 12218, é de 50 mm para as tubulações secundárias,
não havendo recomendação para as tubulações principais, podendo ser utilizada a antiga PNB 594:77,
cuja recomendação é de 150 mm para localidades com densidade superior a 150 hab/ha, 100 mm para
núcleos urbanos com população superior a 5.000 habitantes e 75 mm para núcleos urbanos com
população inferior a 5.000 habitantes.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Comentários:
A afirmativa 1 está correta, pois os reservatórios podem ser classificados quanto a seu posicionamento
em relação ao terreno, quando os dividimos em elevado, apoiado, semienterrado e enterrado. Em
relação à rede de distribuição, temos os reservatórios de montante e de jusante.
A afirmativa 2 está correta, visto que as redes são compostas de tubulações principais e secundárias,
havendo 3 tipos de rede: ramificada, malhada e mista.
A afirmativa 3 está errada, pois a afirmativa inverteu os limites, uma vez que o limite da pressão
dinâmica mínima é 100 KPa e o da pressão estática máxima é 500 KPa, e não o contrário como diz a
assertiva.
A afirmativa 4 está correta, pois a NBR 12218 recomenda apenas diâmetro mínimo para tubulações
secundárias, que é de 50 mm. Quanto às principais, pode-se recorrer à antiga norma PNB 594:77, que
atribui diferentes diâmetros de acordo com a população a ser abastecida, considerando núcleos urbanos
com população maior do que 5.000 habitantes ou não, além de áreas com densidade demográfica
superior a 150 habitantes por hectare.
Assim, a resposta certa é a letra C.
(CESPE - Polícia Científica PE - Perito Criminal - Eng. Civil - 2016) A topologia de um sistema de
tubulações em que a perda de carga é a diferença das cotas piezométricas na entrada e na saída do
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sistema, de modo que a perda de carga é a mesma em todos os trechos e a vazão de entrada é igual
à soma das vazões nos trechos, é denominada
a) sistema paralelo.
b) rede em anel.
c) rede malhada.
d) sistema em série.
e) rede ramificada.
Comentários:
A rede em que se observa o princípio da conservação da energia, com a perda de carga ao longo de todo
o circuito sendo zero é a rede malhada. Portanto, a letra C é a resposta certa.

(CESPE - Perito Criminal Federal - Eng. - Testando pegadinhas)

Um distrito industrial é abastecido por diversas fontes de água. A condução da água dessas fontes
é direcionada a três reservatórios: um superior (SU), um intermediário (IT) e um inferior (IN), que

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abastecem o distrito industrial por meio de uma rede fechada em anéis, de acordo com o esquema
apresentado acima.
A respeito do funcionamento hidráulico desse sistema de abastecimento, julgue o item seguinte.
Se ocorrer uma ruptura na canalização do anel IV, na seção indicada, e um curto trecho for isolado
para que seja realizado o serviço de manutenção, mesmo durante esse procedimento permanecerá
inalterada a garantia de abastecimento do trecho entre A e B do anel III.
Comentários:
A afirmativa estaria correta, se não utilizasse a expressão "permanecerá inalterada a garantia de
abastecimento", pois o escoamento da água só poderá ocorrer se houver garantida de uma diferença de
pressão do anel IV para o anel III, o que permitiria o escoamento da água nesse sentido.
Portanto, a afirmativa está errada.
(CESPE - ACI (Contr. e Ouv. Geral CE - Eng. - 2019) Acerca de aspectos construtivos, de manutenção
e de cuidados operacionais das redes de distribuição de água, julgue os itens a seguir.
I A pressão dinâmica mínima determinada pela ABNT para as redes de distribuição de água é de 200
kPa.
II A instalação de válvulas redutoras de pressão em pontos estratégicos da rede de distribuição contribui
para o combate a perdas físicas de água.
III Os tubos plásticos de polietileno de alta densidade utilizados nas redes de distribuição de água têm
as vantagens de longa vida útil e alta resistência a impactos.
IV Os registros de pressão são usados nas redes de distribuição de água para permitir manobras,
satisfazer demandas e facilitar manutenções.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
Comentários:
A afirmativa I está errada, pois a pressão dinâmica mínima determinada pela ABNT é de 100 KPa, e não
200 KPa.
A afirmativa II está correta, já que a instalação de válvulas redutoras de pressão permite a redução da
quantidade de água que se perde em vazamentos, além de reduzir a vazão conduzida nas tubulações e,
consequentemente, a perda de carga.
A afirmativa III está correta, visto que o PEAD é um material com grande resistência mecânica e
química, possuindo, por isso, alta resistência a impactos e longa vida útil.
A afirmativa IV está errada pois a válvula que permite manobras, sejam elas para satisfazer a demanda
ou facilitar manutenções, é a válvula de manobras, e não o registro de pressões.
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Portanto, a resposta correta é a letra C.


(CESPE / TRT 8ª Região - Ana. Judiciário - Eng. Civil - 2016 - Adaptado para V ou F) Acerca do
abastecimento, da reservação e da distribuição de águas, julgue a assertiva a seguir.
O método de Hardy Cross é utilizado no dimensionamento dos condutos principais e secundários
em rede malhada ou ramificada, nos quais se estabelecem os pontos de demandas concentradas de
suas áreas circundantes.
Comentário:
O método de Hardy Cross se aplica a redes malhadas apenas, nas quais se estabelecem os pontos de
demandas concentradas de suas áreas circundantes. Portanto, a afirmativa errou ao prever o uso desse
método para redes ramificadas.
(VUNESP / Pref Sorocaba - Eng. Fiscal- 2019) Nos projetos de rede de distribuição de água para
abastecimento público, considerando que exceções podem ser aceitas desde que tecnicamente
justificadas, o diâmetro nominal mínimo dos condutos secundários é de
a) 70 mm.
b) 50 mm.
c) 45 mm.
d) 40 mm.
e) 30 mm.
Comentários:
O diâmetro mínimo da tubulação secundária, de acordo com a NBR 12.218, é de 50 mm. Portanto, a
resposta correta é a letra B.
(AOCP / Pref JF - TNS I - Eng. Civil - 2016 - Adaptado para nova NBR 12.218) Analise as assertivas a
seguir e assinale a alternativa que aponta as corretas. De acordo com a ABNT NBR 12218:1994 –
Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público, são critérios de projeto:
I. a pressão estática máxima nas tubulações distribuidoras ser de 500 kPa, e a pressão dinâmica mínima,
de 100 kPa.
II. os valores da pressão estática superiores à máxima e da pressão dinâmica inferiores à mínima podem
ser aceitos, desde que justificados técnica e economicamente.
III. a velocidade mínima nas tubulações ser de 0,4 m/s, e a máxima deve corresponder a uma perda de
carga de até 10 m/km;
IV. ser prevista proteção adequada da rede nos trechos que possam sofrer interferências ou danos
decorrentes da operação de outros sistemas de utilidades públicas, tais como linhas de esgoto, águas
pluviais, petróleo e derivados, e água não potável.
V. o diâmetro mínimo dos condutos secundários ser de 75 mm.
a) Apenas I, II e IV.
b) Apenas I, II, III e IV.

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c) Apenas I, III e V.
d) I, II, III, IV e V.
e) Apenas II, IV e V.
Comentário:
A afirmativa I está correta, pois os limites da NBR 12.218 são de 100 KPa para a pressão dinâmica
mínima e de 500 KPa para a estática máxima.
A afirmativa II está correta, visto que valores que extrapolem os limites exigidos na norma para a
pressão poderão ser aceitos, mas mediante justificativa técnica e econômica.
A afirmativa III está correta, já que a NBR 12.218 fixa a velocidade mínima em 0,4 m/s e a máxima a uma
perda e carga de 10 m/km.
A afirmativa IV está correta, pois as redes de água devem ser protegidas, uma vez que as redes de
tubulações podem ter interferências ao longo de seu traçado com outras redes, necessitando de
proteções para se evitar danos que coloquem em risco todo o abastecimento de uma cidade.
A afirmativa V está errada, visto que o diâmetro mínimo dos condutos secundários é de 50 mm, e não
75 mm.
Logo, a resposta correta é a letra B.
(UFSM / UFSM - Eng. - 2018) Um sistema de abastecimento de água engloba diversas unidades,
como captação, adução, estação de tratamento, reservação, estações elevatórias e rede de
distribuição.
Na rede de distribuição de água, ocorre a disponibilização de água potável aos consumidores.
Considerando a norma ABNT NBR 12218:2017, é correto afirmar que
A) a vazão de dimensionamento deve atender a toda área a ser abastecida para um horizonte de projeto
de 25 anos, atendendo aos grandes consumidores, consumidores especiais, área de expansão,
prevenção contra incêndio e população flutuante.
B) o dimensionamento e a análise do funcionamento global do sistema hidráulico devem ser realizados
por simulações hidráulicas, que garantam residuais máximos de vazão e de carga piezométrica de 0,1
L·s-1 e 0,5 kPa, respectivamente.
C) a pressão estática máxima nas tubulações deve ser de 400 kPa, podendo chegar a 600 kPa em regiões
com topografia acidentada, e a pressão dinâmica mínima deve ser de 100 kPa e ser referenciada ao nível
do terreno.
D) deve-se, sempre que possível, adotar as pressões estáticas entre 250 kPa e 300 kPa, com o objetivo
de diminuir as perdas aparentes.
E) o diâmetro mínimo nominal dos condutos secundários, sem exceção, deve ser de 50 mm, enquanto
as velocidades mínimas devem ser inferiores a 0,30 m·s-1.
Comentários:

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O horizonte de projeto não é definido pela NBR 12.218, sendo uma decisão da operadora do sistema de
abastecimento, que deverá se pautar por critérios técnicos. Portanto, não há definição de horizonte de
prazo como o sugerido de 25 anos pela alternativa A, estando, portanto, errada.
A alternativa B está correta, pois trata-se do limite de aproximação dos cálculos de vazão e carga
piezométrica pelo método de Hardy Cross.
A alternativa C está errada, já que a pressão estática máxima só pode chegar a 500 kPa, e não 600 kPa
como diz a alternativa.
A alternativa D está errada, visto que o objetivo de se limitar as pressões entre 250 e 300 kPa é reduzir
as perdas reais, e não as aparentes.
A alternativa E está errada, pois o diâmetro mínimo de 50 mm para tubulações secundárias admite
exceções, desde que tecnicamente justificadas. Quanto à velocidade mínima, esta não deve ser inferior
a 0,40 m/s.

Micromedição, setores de manobra, distrito de medição


e de controle e perdas

Em todas as fases do sistema de abastecimento, da captação até a distribuição da água nas cidades,
ocorrem perdas associadas a uma operação ou manutenção deficientes, atingindo valores expressivos ao
se considerar a longa extensão das adutoras e das redes de distribuição que compõem o sistema de
abastecimento. Ademais, essas redes geralmente não são visíveis, ficando enterradas e repletas de peças e
de conexões, o que dificulta ainda mais o acompanhamento das perdas. Por isso, praticamente não é
possível se trabalhar com "perda zero", sendo um fator que deve convergir para valores aceitáveis e viáveis
do ponto de vista econômico e operacional.

Ao estudar as perdas na rede, utilizamos alguns conceitos específicos para os volumes de água distribuídos.
Dizemos que o consumo autorizado corresponde aos volumes de água fornecidos aos usuários
autorizados, que são de prévio conhecimento da operadora do sistema de abastecimento. O consumo
autorizado se divide entre os consumos:

 Medidos, que dispõem de medidor (hidrômetro) para aferição da quantidade consumida, como é o
caso dos habitantes de uma cidade;
 Não medidos, que correspondem à própria operadora do sistema de abastecimento, como os
operadores da ETA, que consome água para limpeza da estação. Há ainda os usuários que fazem
uso social da água, como, por exemplo, o corpo de bombeiros.

Teríamos ainda o consumo não autorizado, que corresponderia as perdas de água do sistema, relacionado
aos usuários não cadastrados pela operadora e que possuem ligações clandestinas, ou relacionados aos
vazamentos da rede.

Assim, o volume total de água produzida em um sistema de abastecimento será a soma do consumo
autorizado e do não autorizado (perdas):

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Á𝑔𝑢𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑏𝑎𝑠𝑡. = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑟𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 + 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠

Podemos isolar as perdas nessa equação:

𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 = Á𝑔𝑢𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑏𝑠𝑡. −𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑟𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜

Portanto, as perdas seriam a diferença entre o volume de água produzido e o consumo autorizado.
Podemos dividir as perdas em 2 tipos:

 Perda física (ou perda real): toda água tratada que foi produzida, mas que se perdeu ao longo da
tubulação, não chegando ao consumidor final.
 Definição da NBR 12.218:
 "Volume de água produzido que não chega ao consumidor final".
 Ex: vazamento, extravasamento de reservatórios
 Perda aparente (ou perda comercial ou administrativa ou não física): água produzida e
transportada pelo sistema de abastecimento, porém não contabilizada na receita pela operadora
do sistema. Em poucas palavras, não é contabilizado devido a:
 Definição da NBR 12.218:
 "Volume de água consumido, mas não contabilizado pela operadora".
 Ex: Erros de medição dos hidrômetros, fraudes e ligações clandestinas;

Perda aparente Perda física


• Consumo não • Vazamentos na
faturado • Captação
• Nâo há geração de • Adução
receita, de • Tratamento
pagamento de tarifa • Reservação
para a operadora • Distribuição

Pode-se quantificar as perdas totais num sistema de abastecimento medindo-se incialmente a água
produzida na ETA, processo chamado de macromedição, comparando-a com a quantidade de água
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efetivamente entregue ao consumidor final, que é medida pela companhia de abastecimento, processo
chamado de micromedição e que será objeto de emissão da conta de água. A comparação de dados de
macro com micromedição permite:

 A localização de vazamentos;
 O controle das perdas de faturamento e a identificação de fraudes na rede de abastecimento;

Assim, a perda total medida (PTotal) será a diferença entre a macro e a micromedição, sendo constituída
pela perda física (PF) e pela perda aparente (PA):

𝑃𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃𝐹 + 𝑃𝐴

Uma das formas de se acompanhar as perdas em uma rede é por meio de indicadores, sendo mais utilizado
o chamado índice de perdas ou indicador percentual de perdas ou ainda percentual de perdas (IP), dado
em porcentagem. Esse indicador é a soma do volume total perdido (perdas reais + aparentes) dividido pelo
volume total produzido ou distribuído, baseando-se em uma série de dados anuais:

𝑃𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐼𝑃 =
𝑉𝑜𝑙. 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜 𝑜𝑢 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢í𝑑𝑜

Embora esse indicador permita a comparação de sistemas análogos quanto a sua eficiência na redução das
perdas, sua limitação reside em não permitir a comparação de sistemas com diferenças de concepção,
sobretudo caso se trate de sistemas de portes distintos. Assim, no caso de se comparar um sistema que
atende a grandes consumidores de água como são as indústrias com um sistema que atende
predominantemente a consumidores residenciais, teríamos índices de perdas diferentes, mesmo que
houvesse perdas em volumes absolutos próximos. Afinal, trata-se de 2 sistemas com consumo per capita
ou unitário provavelmente muito diferente, além do fato de que o índice de perdas não reflete o volume
perdido em absoluto, mas sim esse volume relativamente ao total de água fornecido. Por possuírem
consumos unitários diferentes e provavelmente volumes totais de água também distintos, os índices de
perda IP refletiriam percentuais bastante diferentes entre esses 2 sistemas, dificultando qualquer
comparação.

Uma das importâncias do monitoramento do IP ao longo de um período é para se verificar a evolução das
perdas em um dado sistema, buscando-se, por exemplo, observar na rede de distribuição se há tendência
de queda ou de aumento significativo das perdas.

A NBR 12.218 diz que o índice de perda total (igual à perda real mais a aparente) deve ser
considerado na vazão de dimensionamento, levando-se em conta as metas de redução
de perdas da operadora e sua evolução ao longo do horizonte do projeto.3

Vários fatores influenciam a frequência de vazamentos na rede, como a extensão da tubulação, a


quantidade de ligações e as condições da infraestrutura de distribuição. Contudo, o fator principal é a

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Item 5.2.4 da NBR 12.218
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pressão de operação a que está submetida a tubulação, que influencia não somente a quantidade de
vazamentos, como também as vazões que passam por esses vazamentos. Assim, gerenciar as pressões na
rede de distribuição é uma das principais estratégias para se reduzir as perdas reais no sistema (Figura 66).

Pressão de
operação (ou
pressão de serviço)

Condições da Perdas Extensão da


infraestrutura de água tubulação

Quantidade
de ligações

Figura 66: fatores relacionados com as perdas de água

Uma das ferramentas de monitoramento dos níveis de pressão na rede é o zoneamento piezométrico, que
é a divisão da área de abastecimento em regiões de comportamento homogêneo do ponto de vista das
pressões vigentes, sejam elas limitadas por um reservatório ou por uma estação elevatória ou ainda por um
booster.

Podemos dividir essas áreas de abastecimento em compartimentos de rede de distribuição, sendo formadas
por meio da instalação de registros que isolarão essas áreas, permitindo seu monitoramento em termos de
vazões, pressões e qualidade da água conduzida. Esse processo de divisão de áreas da rede de distribuição
que poderão ser devidamente isoladas, monitoradas, avaliadas e ajustadas é denominado, na engenharia
sanitária, setorização.

Analogamente à setorização, a NBR 12.218 criou o conceito de distrito de medição e controle (DMC), que
é uma área delimitada e isolável, que permite o monitoramento das tubulações, medindo e controlando
suas vazões e/ou pressões, permitindo a definição de indicadores operacionais, a avaliação e o controle
de perdas. Essa divisão em áreas deve se pautar por alguns requisitos, a fim de se evitar áreas muito grandes
de difícil monitoramento e áreas muito pequenas que não representem a região abastecida ou que sejam
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de controle muito oneroso para a operadora do sistema. A NBR 12.218 recomenda que o DMC abranja uma
área com:

 No máximo 5.000 ligações;


 Extensão máxima de 25 km de rede no DMC.

DMC

Área delimitada e Extensão máx. de 25


Máx. de 5.000 ligações
isolável km de rede

que permite
monitoramente de
vazão e/ou para
controle de perdas para

definição de
indicadores
operacionais

controle de perdas

O gerenciamento das pressões reais nas redes pode ser feito por meio de uma setorização com propósito
de se produzir um zoneamento piezométrico que observe os limites de pressão estática máxima e
dinâmica mínima. Deve-se buscar a manutenção de valores baixos de pressão que minimizem as perdas e
ao mesmo tempo que atendam aos limites da NBR 12.218. Comparando-se regiões de pressões

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relativamente altas com as correspondentes perdas estimadas, pode-se constatar onde há correlação entre
ambas para se buscar uma redução pontual nas pressões.

Assim, a setorização pode ser utilizada conjuntamente com a instalação de válvulas redutoras de pressão,
sobretudo em regiões onde se observa altas pressões na rede, locais geralmente concentradores de
vazamentos. Se eventualmente a válvula redutora de pressão resultar em pressão muito baixa em algum
local da rede, de modo a não se atender ao limite de pressão dinâmica mínima da NBR 12.218, pode-se
adicionar um booster a esse trecho da rede, permitindo a manutenção da pressão estritamente necessária
a cada edificação de forma mais econômica, ou seja, sem perdas de água.

Outras formas de controle das perdas físicas são:

 Melhoria ou renovação da infraestrutura, com o emprego de materiais de melhor qualidade e mais


novos;
 Execução de obra com mão de obra de qualidade, treinada;
 Redução do tamanho das áreas de controle;

Geralmente os períodos de maior vazamento são nas horas sem consumo, quando o nível de água do
reservatório tende a estar mais alto, resultando em maior risco de ruptura de tubulações e de peças da rede,
incluídos os ramais de ligações prediais.

Já as perdas aparentes ocorrem principalmente em ligações clandestinas, ou por problemas nos


medidores (hidrômetros), inclusive por seu envelhecimento. Essas ligações e equipamentos de medição
fazem parte da micromedição, que deve ser o foco do controle das perdas aparentes.

Não estão incluídos na perda de água os desperdícios de uso pelos consumidores, como, por exemplo,
hábitos de deixar a torneira aberta sem necessidade. Até mesmo vazamentos domésticos, ou seja, dentro
das residências, não estão entre as perdas medidas pelas operadoras dos sistemas de abastecimento, uma
vez que a rede de água dentro de uma edificação é uma rede privada, e não mais pública.

Diferentemente das perdas de água, os desperdícios são combatidos com campanhas educativas,
modelos tarifários que punam os consumos elevados e adoção de equipamentos sanitários de baixo
consumo de água, como, por exemplo, caixas de descarga de volume reduzido ou lavatórios controlados
por temporizadores.

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Perdas reais
Perdas aparentes
• Vazamentos
• Consumo não faturado
• Afetados por:
• Afetado por
• Extensão da tubulação
• Ligações clandestinas
• Quantidade de ligações
• Problemas nos medidores
• Condições da infraestrutura
• Micromedição
• Pressão de operação
• Zoneamento piezométrico
• Setorização (DMC-NBR 12218)
• < 5.000 ligações
• < 25 km de rede
• Instalação de VRP
• Instalação eventual de booster

Quantificação de perdas Desperdícios


• Macromedição X micromedição • Uso supérfluo da água
• Índice de perdas • Nâo são perdas
• Vol. total de perdas / Vol. total • Combatidos com:
fornecido • Campanhas educativas
• Permite • Equipamentos de baixo consumo
• Comparar sistemas similares • Modelos tarifários que punam
• Verificar curvas de tendências para consumos elevados
as perdas totais

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(CESPE / TCE-PE - Auditor de Controle Externo - 2017) A respeito de irrigação e obras de


saneamento, julgue o item seguinte.
O consumo de água é uma função de uma série de fatores inerentes à região abastecida influenciada
por fatores como clima, padrões de renda, hábitos da população, custo da água, pressão na rede de
distribuição e perdas no sistema, que podem ser físicas ou administrativas. No tocante às perdas
físicas, as ações principais de controle dessas perdas incluem a setorização da rede e a redução de
pressão na rede.
Comentários:
O consumo per capita de água é afetado por uma série de fatores culturais, financeiros e climáticos. Em
relação às perdas, a setorização com foco em um zoneamento piezométrico e a instalação de válvulas
redutoras de pressão na rede são fatores importantes para se reduzir as perdas reais.
Logo, constata-se que assertiva apresenta-se coerente, devendo ser considerada correta.
(CESPE / TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Eng. Civil - 2016) Julgue o item subsequente,
relativo ao planejamento de sistemas públicos de abastecimento de água potável.
Na determinação do índice de perdas dos sistemas públicos de abastecimento de água, não se
considera o desperdício de água nas instalações domiciliares.
Comentários:
Os desperdícios de água nas residências, inclusive os vazamentos, não são considerados nos índices de
perdas dos sistemas públicos de abastecimento, uma vez que no interior das residências as redes são
privadas, e não públicas. Logo, a assertiva está correta.
(FCC / TRT 2ª Região - Ana. Judiciário - Eng. - 2018) Nos projetos de rede de distribuição de água
para abastecimento público, deve-se incorporar na concepção da rede de distribuição a delimitação
de Distritos de Medição e Controle (DMC), considerando as condições topológicas e operacionais da
rede, e os critérios estabelecidos pela operadora. Com o objetivo de proporcionar controle e

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eficiência, salvo justificativa técnica, recomenda-se que o DMC abranja uma área que apresente, no
máximo, uma das seguintes características:
a) 12 000 ligações e extensão máxima de 35 km de rede no DMC.
b) 7 000 ligações e extensão máxima de 10 km de rede no DMC.
c) 10 000 ligações e extensão máxima de 50 km de rede no DMC.
d) 5 000 ligações e extensão máxima de 25 km de rede no DMC.
e) 15 000 ligações e extensão máxima de 15 km de rede no DMC.
Comentários:
Segundo a NBR 12.218, o DMC deve abranger, no máximo, 5.000 ligações, com uma extensão de até 25
km da rede. Portanto, a resposta correta é a letra D.
(CESPE / Pref SL - Arquitetura - 2017) A magnitude das pressões hidráulicas que irão atuar em uma
rede de distribuição de água exerce papel relevante no projeto de abastecimento urbano. Com
relação aos limites mínimos e máximos dessas pressões, assinale a opção correta.
a) A ABNT não estabelece limites superiores de pressão nas tubulações distribuidoras.
b) As pressões mínimas devem garantir que a água chegue às torneiras com pressão adequada.
c) Com maiores pressões requeridas, o custo energético de bombeamento diminui.
d) As vazões nos pontos de consumo diminuem com o aumento da pressão disponível.
e) As perdas físicas da água diminuem com o aumento das pressões de serviço.
Comentários:
A alternativa A está errada, pois a NBR 12.218 estabelece limites para a pressão dinâmica mínima e
estática máxima, sendo respectivamente, de 100 e 500 KPa.
A alternativa B está correta, pois a pressão dinâmica mínima visa a atender a uma pressão mínima que
satisfaça às necessidades do usuário quanto à pressão de água necessária as suas atividades cotidianas.
A alternativa C está errada, visto que, ao se requerer maiores pressões na água em uma tubulação, será
necessário impulsionar essa água com mais energia, resultando em um custo energético de
bombeamento maior, e não menor como diz a questão.
A alternativa D está errada, pois as vazões nos pontos de consumo (e também nos vazamentos) tendem
a aumentar com as pressões, uma vez que haverá maior energia disponível para o escoamento da água.
A alternativa E está errada, já que os vazamentos, que constituem as perdas reais ou físicas, aumentam
com as pressões de serviço na rede, visto que as vazões nas tubulações também aumentam.
FCC / TRF 1ª Região - Ana. Judiciário - Eng. Civil - Questão de fixação) Em sistemas de abastecimento
de águas, ocorrem perdas reais, como vazamentos e extravasamentos, e perdas aparentes, como

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má gestão comercial pelos órgãos responsáveis ou erros dos medidores de vazão. Entre as medidas
de controle somente das perdas aparentes, pode-se citar a melhoria das condições
a) da infraestrutura.
b) da micromedição.
c) da qualidade dos materiais.
d) da qualidade da mão de obra na execução das obras.
e) de pressão na rede.
Comentários:
As alternativas A, C, D e E estão erradas, pois se referem à prevenção de vazamentos, que são as perdas
físicas de água, seja por meio de uma infraestrutura melhor, materiais de melhor qualidade, mão de obra
treinada ou manutenção de pressões baixas na rede.
As perdas aparentes ocorrem sobretudo em ligações clandestinas ou problemas nos medidores
(hidrômetros), fatores relacionados à micromedição. Portanto a resposta correta é a letra B.
(FUNDEP / ARISB MG - Ana. de Fiscalização e Regulação - Eng. Civil - 2019) As perdas de água em
sistemas de abastecimento correspondem aos volumes não contabilizados, incluindo os volumes
não utilizados e os volumes não faturados. Tais volumes distribuem-se em perdas reais e perdas
aparentes.
São fatores que exercem influência sobre as perdas de água, exceto:
a) O diâmetro da tubulação.
b) A quantidade de ligações.
c) A pressão de operação da rede.
d) A qualidade, o tipo de material e a idade da tubulação.
Comentários:
A alternativa A está errada, pois o diâmetro da tubulação não está relacionado a maiores índices de
vazamentos, a não ser que se trate de um material que se apresente mais frágil quando em grandes
diâmetros. Como a questão não especificou essa situação, a afirmativa está errada.
A alternativa B está correta, pois a quantidade de ligações resulta em pontos de fraqueza que são as
conexões, prováveis pontos geradores de vazamentos no longo prazo.
A alternativa C está correta, visto que a pressão na rede pode não somente produzir vazamentos em
pontos de fragilidade da rede de distribuição, como também aumentar a vazão escoada de forma a se
aumentar a vazão que já e perdida nos vazamentos existentes.
A alternativa D está correta, já que as características dos materiais da tubulação vão ditar sua
durabilidade, sendo fator de grande importância para as perdas de água ao longo do horizonte de
projeto.
(COPERVE-UFSC - Eng. - Questão de fixação) No controle de perdas em sistemas de abastecimento
de água, o uso de indicadores é fundamental para estabelecer comparativos e definir ações

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corretivas ou de otimização. Dentre os vários indicadores destaca-se o percentual de perdas. Sobre


ele, considere as afirmativas abaixo, indicando se são verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) O indicador percentual relaciona o volume total perdido (perdas reais + perdas aparentes) com o
volume total fornecido ao sistema, sendo elaborado frequentemente com base em dados anuais.
( ) Esse indicador tem como principal vantagem a simplicidade e é adequado para comparação de
performance entre sistemas diferentes.
( ) O índice de perdas fornecido por esse indicador, quando usado para comparar sistemas, será afetado
por características específicas, como a predominância de grandes consumidores em um sistema em
contrapartida a um padrão predominante de consumidores residenciais em outro.
( ) Mesmo quando aplicado ao longo de um período, em um mesmo sistema de abastecimento,
apurações sistemáticas desse indicador não fornecerão dados úteis sobre a tendência ou a evolução das
perdas na rede de distribuição.
( ) O consumo per capita não tem qualquer influência sobre o índice de perdas quando estimado pelo
indicador em foco, numa comparação de sistemas.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.
a) V – F – F – V – V
b) F – V – F – V – F
c) V – F – V – F – F
d) F – V – V – F – V
e) V – F – V – F – V
Comentários:
O 1º parêntesis está correto, pois o indicador de percentual de perdas (IP) é a divisão do volume de
perdas totais pelo volume total de água fornecida ao sistema, baseado em dados anuais.
O 2º parêntesis está errado, já que o IP é apropriado para a comparação de sistemas semelhantes, mas
não sistemas que possuem diferenças conceituais ou mesmo clientes distintos.
O 3º parêntesis está correto, visto que o IP mostra o volume relativo, cuja fórmula de cálculo considera
no denominador os volumes totais. Assim, se entre 2 sistemas os volumes totais no denominador forem
diferentes, como no caso da presença de grandes consumidores em um dos sistemas, a magnitude das
perdas será também diferenciada, refletindo em um valor diferente de IP.
O 4º parêntesis está errado, pois a grande utilidade do IP é para se prever tendências e traçar a evolução
de um dado sistema ao longo do tempo em termos de perdas totais de água.
O 5º parêntesis está errado, já que o consumo per capita pode alterar o volume total de água fornecido
por um sistema de abastecimento, alterando o denominador da fórmula de cálculo do IP. Portanto, pode
haver grande influência do consumo per capita sobre o índice de perdas, ao contrário do que diz a
questão.
Logo, a resposta certa é a letra C.

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Atenção, a questão a seguir possui 2 respostas corretas.


(CS UFG / SANEAGO - Ana. de Saneamento - Eng - 2018) Segundo a Fundação Nacional de Saúde,
mesmo havendo disponibilidade de recursos hídricos para atender às demandas e exigências legais,
é uma obrigação ética dos responsáveis pelas instalações de abastecimento garantir que seja
utilizada a quantidade estritamente necessária de água, sem usos supérfluos. Para tanto, esforços
devem ser empreendidos visando à minimização de duas parcelas do conjunto de usos hídricos: as
perdas e os desperdícios. Ações de controle dos desperdícios devem incluir:
a) o controle de vazamentos na rede de distribuição e a precisão da medição.
b) a precisão da medição e o controle de fraudes.
c) a adoção de equipamentos de baixo consumo e as campanhas educativas.
d) os modelos tarifários que punam o consumo elevado e as campanhas educativas.
Comentários:
As medidas previstas nas alternativas A e B estão erradas, pois correspondem a formas de se evitar,
respectivamente, perdas reais e aparentes de água, não podendo ser ações contra desperdícios.
As alternativas C e D representam estratégias de minimização de desperdícios, sendo nossas respostas.

Setorização da rede de distribuição

Setorizar uma rede consiste em dividir a rede de distribuição em setores monitorados, que permitem
distribuição de água em condições de pressão mais favoráveis e com baixas perdas ao longo da rede. Na
elaboração preliminar do projeto de setorização, devemos realizar uma análise topográfica do local de
execução, juntamente com os dispositivos gerenciadores de pressão, como válvulas e boosters, para
garantir maior eficácia do setor.

Ao fazermos a setorização, teremos 2 tipos de setores:

 Setor de manobra: menor subdivisão da rede de distribuição adotada para permitir seu
isolamento quando se realizarem obras e serviços de reparos e manutenção, dispensando a
necessidade de interromper o abastecimento do restante da rede.
 Setor de medição: parte da rede de distribuição claramente delimitada que tem medidores de
pressão, macro e micromedidores de vazão, que, por meio da comparação das leituras permite o
acompanhamento:
 da evolução do consumo de água;
 das perdas de carga ao longo da rede de distribuição;
 das perdas de água ao longo da rede distribuição.

O setor de medição foi retirado da NBR 12.218, contudo alguns concursos continuam cobrando seu
conceito. Veja como a NBR 12.218 define esses setores:

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Setor de manobra: menor subdivisão da rede de distribuição, cujo fluxo da água pode ser isolado ou
direcionado para permitir manutenções e/ou intervenções, mantendo o abastecimento do restante da rede.

Setor de medição ("Antiga definição"): Parte da rede de distribuição perfeitamente delimitada e isolável,
com a finalidade de acompanhar a evolução do consumo e avaliar as perdas de água na rede

O controle de perdas passa pela existência de setores de manobra e medição e sua fácil operação, sendo
um exemplo a rede malhada em blocos (Figura 58), em que cada setor se constitui de uma rede de
distribuição independente que é alimentada por apenas 2 pontos, reduzindo a quantidade de medidores e
de válvulas de manobra. Recomenda-se a menor quantidade possível de válvulas, a fim de tornar mais
fácil o isolamento da rede pelo operador de campo sempre que houver alguma necessidade de interrupção
da rede.

A NBR 12.218 recomenda que o setor de manobra abranja uma área com:

 No máximo 500 ligações;


 Extensão máxima de rede de 3 km.

Áreas com características diferentes deverão ser justificadas tecnicamente pela operadora.

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Setorização de redes

Divisão da rede
2 tipos Controle de perdas
para

Facilitar a operação
Monitoramento Setor de manobra Setor de medição de isolamento da
rede

Menor subdivisão da Parte da rede Minimizar qtd de


rede delimitada válvulas

com medidores de pressão, Tornar isolamento


para permitir mais fácil, rápido e
macro e micromedidores de
isolamento preciso
vazão p/ acompanhamento

Reparos, manunteção do consumo de água

das perdas de carga

das perdas de água

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(CESPE / TRT 17ª Região - Ana. Judiciário - Eng. Civil - Questão de fixação) Julgue o item seguinte,
a respeito do tratamento, reservação e distribuição de águas.
A menor subdivisão da rede de distribuição de água é o setor de manobra, cujo abastecimento pode
ser isolado, sem afetar o fornecimento de água do restante da rede, recomendando-se o menor
número possível de válvulas.
Comentários:
O setor de manobra é a menor divisão da rede de distribuição que pode ser isolada, muito útil, por
exemplo, em caso de obra ou de reparos, sem afetar as outras parcelas da rede a jusante. Recomenda-
se a menor quantidade possível de válvulas no setor de manobra, para facilitar a operação pelo agente
que faz o isolamento da rede.
Portanto, a assertiva está correta.
(VUNESP / SAAE - Eng. Civil - 2018) Deve-se incorporar na concepção da rede de distribuição de
água para abastecimento público a delimitação de setores de manobra, considerando as condições
topológicas e operacionais da rede e os critérios estabelecidos pela operadora. Recomenda-se que
o setor de manobra abranja uma área que apresente o máximo de
a) 500 ligações ou extensão máxima da rede do sistema de manobra igual a 3 km.
b) 700 ligações ou extensão máxima da rede do sistema de manobra igual a 1,5 km.
c) 1 000 ligações ou extensão máxima da rede do sistema de manobra igual a 5 km.
d) 1 500 ligações ou extensão máxima da rede do sistema de manobra igual a 10 km.
e) 5 000 ligações ou extensão máxima da rede do sistema de manobra igual a 20 km.
Comentários:
A recomendação da NBR 12.218 é para que se instale um setor de manobra em áreas com, no máximo,
500 ligações e com extensão máxima de rede de 3 km. Portanto, a reposta correta é a letra A.
(COPEVE / UFAL - Eng. Civil - Questão de fixação - Adaptado para nova NBR 12.218) A respeito dos
sistemas de abastecimento de água, assinale a alternativa correta.
a) O setor de manobra é a menor subdivisão da rede de distribuição cujo abastecimento pode ser isolado
sem afetar o abastecimento do restante da rede.
b) Vazão específica é o consumo acrescido das perdas que podem ocorrer na rede.
c) Pressão estática disponível ou, simplesmente, pressão estática, refere-se ao nível do terreno em
determinado ponto da rede sob condição de consumo não nulo.

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d) Para efeito de projeto de sistemas públicos de abastecimento de água, considera-se população


flutuante aquela que, proveniente de outras comunidades ou de outras áreas da comunidade em estudo,
se transfere para área abastecível, impondo ao sistema consumo unitário inferior ao atribuído à
população, enquanto presente na área, e em função das atividades que aí exerce.
e) A população abastecível corresponde à soma das populações residente, flutuante e temporária.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois o setor de manobra é a menor divisão da rede de distribuição que pode
ser isolada, por exemplo, em caso de obra ou de reparos, sem desabastecer as outras parcelas da rede.
A alternativa B está errada, já que a vazão específica é a vazão dividida pela área abastecida ou à
extensão da rede de distribuição que atende àquela área.
A alternativa C está errada, visto que a pressão dinâmica disponível é que se refere ao nível do terreno
em determinado ponto da rede sob condição de consumo não nulo, ao contrário do que diz a
alternativa. A pressão estática disponível é a pressão em determinado ponto da tubulação, referenciado
ao nível do terreno, sob condição de consumo nulo.
A alternativa D está errada, pois a população flutuante consome água de forma semelhante à
população residente. Quem impõe consumo unitário inferior ao atribuído à população residente é a
população temporária.
A alternativa E está errada, visto que a população total é a soma das populações residente, temporária
e flutuante. A população abastecível é a parcela dessa população total que será abastecida pelo
sistema de distribuição.

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3 – Considerações Finais

A cada aula terminada, pare um pouco e reflita sobre quantas coisas você já aprendeu. Você fez uma
variedade muito grande de questões, assimilou muito conteúdo e testou sua capacidade de memorização.

Estuar abastecimento de água envolve todo esse trabalho, pois é uma matéria muito comum em concursos
e que as pessoas não conseguem se preparar bem, pois o conteúdo é longo e se apresenta disperso em
vários livros. Com esse material, você adquiriu em pouco tempo um nível alto de conhecimento do tema.

Esse é nosso diferencial, cobrir nas aulas tudo que pode cair na prova, ensinar de forma fácil, sem perder
tempo, mas de maneira clara, para não ficar nenhuma dúvida. Mas se você ainda tem alguma pergunta, por
favor, entre em contato com nosso time no fórum de dúvidas. Será um prazer responder a qualquer
pergunta!

Parabéns por mais essa etapa cumprida! A preparação para concursos requer muito esforço, mas a
partir do momento em que você entende os conteúdos principais de cada matéria, possui condições
de resolver qualquer questão. Não se esqueça de comemorar mais essa aula feita, pois você merece!

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LISTA DE QUESTÕES

1. (SMA-RJ/ Câmara de Vereadores RJ - Cons. Leg. - 2015) Para os efeitos da Lei (Federal) nº 11.445,
de 5 de janeiro de 2007 e suas atualizações, faz parte do saneamento básico o conjunto de serviços,
infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de:
a) água potável, até as ligações prediais, excluindo-se a captação
b) água potável, desde a captação até as ligações prediais
c) água, no que se refere ao tratamento e excluindo-se a captação e a distribuição
d) água, no que se refere a captação e tratamento, excluindo-se a distribuição

2. (CESPE/ TCE-PR - Eng. Civil - 2016) Em um sistema de abastecimento de água, a reservação tem
a finalidade de
a) recalcar a água a pontos distantes ou elevados.
b) possibilitar melhor distribuição da água aos consumidores.
c) retirar a água do manancial abastecedor.
d) alimentar os condutos secundários.
e) fazer circular a água nos condutos principais.

3. (CESPE/Policia Civil PE - Perito Criminal - Eng. Civil - 2016) A água é destinada a múltiplos usos:
geração de energia elétrica, abastecimento doméstico e industrial, irrigação de culturas agrícolas,
navegação, recreação, aquicultura, piscicultura, pesca e também assimilação e afastamento de
esgotos. São exemplos do uso consuntivo da água
a) abastecimento de água e abastecimento industrial.
b) irrigação e pesca.
c) recreação e harmonia paisagística.
d) navegação fluvial e geração de energia elétrica.
e) preservação e recreação.
4. (CESPE / SUFRAMA - Eng. - Questão de fixação) Julgue o próximo item, acerca do saneamento
ambiental.
O sistema de abastecimento de água de uma região pode ser dividido em duas etapas: a produção de água,
que engloba a captação e os processos para tornar a água adequada ao uso humano, e sua distribuição.

5. (FCC / TCM-GO - Eng. - 2015) O uso dos recursos hídricos por cada setor pode ser classificado
como consuntivo e não consuntivo. As atividades de abastecimento, energia elétrica e irrigação são
consideradas como uso
a) não consuntivo.
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b) consuntivo.
c) consuntivo, não consuntivo e consuntivo, respectivamente.
d) não consuntivo, não consuntivo e consuntivo, respectivamente.
e) não consuntivo, consuntivo e consuntivo, respectivamente.

6. (CESPE / CEF - Eng Civil - Questão de fixação) Julgue o item seguinte, a respeito de
infraestrutura urbana.
A derivação de parcela da água em um corpo de água para abastecimento público está sujeita a outorga
pelo poder público.

7. (IBFC / Polícia Científica do RJ - Perito Criminal Eng. - Questão de fixação) Considere o texto a
seguir, relacionado com abastecimento de água, dividido em três segmentos, para responder a
questão.
I. Os sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento dos esgotos e dos resíduos sólidos urbanos,
industriais e especiais contribuem sobremaneira para a melhoria da qualidade ambiental nas áreas urbanas
e rurais. Contudo, a implantação desses sistemas pode implicar em impactos ambientais sobre o meio
ambiente e deve ser submetida ao prévio licenciamento ambiental.
II. Os sistemas de abastecimento de água - constituídos pelas unidades de captação, adução, tratamento,
reservação e distribuição da água - podem ocasionar, entre outros, impactos ambientais sobre os cursos de
água devido à remoção de cobertura vegetal na área de captação nos mananciais e inundação de
ecossistemas para o reservatório de acumulação.
III. Na adução pode ocorrer degradação paisagística, instabilidade de encostas naturais devido à execução
de cortes e interferência com outros usos da área. Na fase de operação, os impactos ambientais negativos
estão associados à ocorrência de desequilíbrio entre disponibilidade e usos da água pela alteração do
balanço hidrológico, vazamentos e infiltrações na rede, comprometendo a qualidade da água e ocasionando
riscos para a saúde pública, dentre outros.
Com respeito a atividade de saneamento ambiental, está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões) descrita(s) em:
a) Somente o item I.
b) Somente os itens I e II.
c) Somente o item II.
d) Somente os itens II e III.
e) Nos itens I, II e III.

8. (ACEP/Pref. de Aracati - Fiscal Ambiental - 2018) O sistema de abastecimento de água é uma


solução coletiva para o suprimento a demanda de água de uma comunidade. A respeito do tema,
assinale a alternativa correta.
a) Uma parte do sistema de abastecimento de água é o manancial que se trata da fonte de onde se retira a
água superficial, àquela captada em rios, lagos ou albufeiras, assim como a água da chuva.

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b) Um sistema de abastecimento de água caracteriza-se pelas seguintes etapas principais: (1) retirada da
água da natureza, (2) adequação de sua qualidade, (3) transporte até os aglomerados humanos, (4)
fornecimento à população em quantidade e qualidade suficientes as suas necessidades.
c) Denomina-se Tratamento como o conjunto de estruturas e dispositivos construídos ou montados junto a
um manancial, com vistas a suprir um serviço de abastecimento público de água.
d) Adutora é o conjunto de instalações que possibilitam a elevação da pressão da água transportada nos
serviços de abastecimento público. Com isso a água poderá ser conduzida a pontos mais distantes.

9. (FCC/ SABESP - Eng. Sanit. - 2018 - Adaptado) O SISAGUA é um sistema de informação de


vigilância da qualidade da água para consumo humano. A solução Alternativa Coletiva (SAC) de
abastecimento de água pode ser definida como uma modalidade de:
a) abastecimento de água para consumo humano que atenda exclusivamente domicílios residenciais com
uma única família, incluindo seus agregados.
b) abastecimento coletivo destinado a fornecer água potável, com captação subterrânea ou superficial, com
ou sem canalização e sem rede de distribuição.
c) instalação composta por um conjunto de obras civis, materiais e equipamentos para a captação até as
ligações prediais, destinada ao fornecimento de água potável para hospitais.
d) instalação de captação de água e sua distribuição para uso industrial, a partir de poços perfurados na área
da propriedade.
e) sistema de captação de água, com ou sem tratamento, destinada essencialmente ao uso particular.

10. (CS UFG/ SANEAGO - Ana de Saneam. - 2018) De acordo com a Portaria n. 2.914 de 2011, do
Ministério da Saúde, a modalidade de abastecimento coletivo destinada a fornecer água potável, com
captação subterrânea ou superficial, com ou sem canalização, e sem rede de distribuição, é
denominada:
a) sistema de abastecimento.
b) solução alternativa coletiva de abastecimento.
c) solução alternativa individual de abastecimento.
d) rede de distribuição.

11. (CESPE / PGE PE - Ana. Adm. de Procuradoria - Eng. - 2019) A captação de água tem por
finalidade criar condições para que a água seja retirada de um manancial abastecedor em quantidade
suficiente para atender o consumo e em qualidade que dispense tratamentos ou os reduza ao mínimo
possível. A respeito de obras de saneamento relacionadas a esse assunto, julgue o item que se segue.
É recomendável que a tubulação na saída de poço para captação de água subterrânea de lençol confinado
seja dotada de válvulas que evitem o retorno da água e possibilitem a interrupção ou o controle do fluxo de
água.

12. (CESPE / PGE PE - Ana. Adm. de Procuradoria - Eng. - 2019) A captação de água tem por
finalidade criar condições para que a água seja retirada de um manancial abastecedor em quantidade
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suficiente para atender o consumo e em qualidade que dispense tratamentos ou os reduza ao mínimo
possível. A respeito de obras de saneamento relacionadas a esse assunto, julgue o item que se segue.
Durante a construção de poços rasos para captação de água subterrânea, a cobertura do poço deve ser
posicionada, preferencialmente, na cota do terreno natural, para minimizar custos com movimentação de
terra.

13. (FCC - AT/ARSETE/Pref Teresina-Infraestrutura - 2016) Com relação às fontes de água de


abastecimento, é correto afirmar que
a) as águas subterrâneas são decorrentes da chuva e ocorrem em rios, lagos e canais.
b) as águas decorrentes de tipos distintos de fontes mantêm-se inalteradas.
c) as águas subterrâneas decorrem de aquíferos e não podem vir a ocorrer superficialmente.
d) as águas superficiais são próprias para o consumo e decorrem de galerias filtrantes.
e) em seu deslocamento a água que ora é superficial poderá vir a ser subterrânea.

14. (AOCP/ TRE AC - Ana. Judiciário - Eng. - 2015) Em relação aos sistemas de abastecimento de
água, assinale a alternativa correta.
a) Os sistemas individuais de abastecimento de água são soluções precárias para áreas rurais onde a
população é dispersa, embora sejam indicados para os centros urbanos.
b) Sob o aspecto sanitário e social, o abastecimento de água visa, entre outros itens, controlar e prevenir
doenças e implantar hábitos higiênicos na população,
c) Dentre as formas de captação da água, os poços escavados, também chamados de poços rasos ou
freáticos, são destinados somente ao abastecimento individual, devendo esses poços ser construídos em
nível mais baixo que os focos de contaminação.
d) Em relação ao tratamento da água, as águas de superfície são as que menos necessitam de tratamento,
pois já apresentam qualidades físicas e bacteriológicas adequadas. Já as águas de nascentes são muitas
vezes impróprias para o consumo humano.
e) Aeração é um método de tratamento da água que consiste em fazer a água passar através de um meio
granular com a finalidade de remover impurezas físicas, químicas e biológicas.

15. (CESPE / MPOG - Ana. de Infraestrutura - Adaptado) Com relação ao diagnóstico de um sistema
de abastecimento de água para consumo humano de um plano municipal de saneamento, julgue o item
a seguir.
O manancial não constitui fator primordial na etapa de planejamento, visto que a qualidade da água oriunda
dessa fonte, mais especificamente do manancial de captação, não interfere na definição da tecnologia a ser
adotada em sistema de abastecimento de água.

16. (FGV / Pref. Florianópolis - Eng. - Questão de fixação) O aproveitamento da fonte de água de
fundo de vale pode ser conseguido por meio do seguinte sistema:
a) Caixa de Tomada;

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b) Poços de Derivação;
c) Galeria de Infiltração;
d) Canal de Derivação;
e) Torre de Tomada.

17. (FGV / MPE BA - Ana. - Eng. - 2017) Nas áreas do sertão nordestino, algumas fontes alternativas
podem servir como mananciais para o abastecimento individual de água.
É possível lançar mão de estruturas para a coleta de água da chuva ou de nascentes de encostas,
exemplificadas, respectivamente, por:
a) galerias filtrantes e caixas de recarga;
b) galeria de infiltração e poços tubulares profundos;
c) suporte de sub-superfície e bacias de coleta;
d) superfícies de coleta e caixas de tomada;
e) canal de derivação e poços de tomada.

18. (CESPE / Pref. de São Luís - Eng. Civil- 2017) No que se refere à captação, que tem papel
importante no abastecimento de água, assinale a opção correta.
a) As paredes de poços rasos não necessitam ser impermeabilizadas, sendo recomendada apenas a
utilização de colchão drenante abaixo do fundo do poço.
b) No caso de captação de água subterrânea de lençol confinado, a tubulação na saída do poço deve
trabalhar livre de válvulas e sob pressão atmosférica.
c) Para lidar com eventuais problemas de floração de algas na captação em lagos e em represas, recomenda-
se captar água em diferentes profundidades.
d) Para favorecer a captação de água de melhor qualidade em cursos d’água como córregos e rios, a
tubulação de tomada deve ser posicionada no fundo do curso d’água.
e) Para a captação de água subterrânea em poços rasos, a cobertura do poço deve ser instalada,
preferencialmente, na cota do terreno natural.

19. (CESPE / PGE PE - Ana. Adm. de Procuradoria - Eng. - 2019) A captação de água tem por
finalidade criar condições para que a água seja retirada de um manancial abastecedor em quantidade
suficiente para atender o consumo e em qualidade que dispense tratamentos ou os reduza ao mínimo
possível. A respeito de obras de saneamento relacionadas a esse assunto, julgue o item que se segue.
Em córregos e rios, recomenda-se que a tubulação de tomada esteja localizada na cota mínima desses
cursos d’água, para favorecer a eficiência da bomba de captação.

20. CESPE / TCE-RO / Eng. Civil - 2019 - Adaptado para V ou F) No que se refere aos sistemas de
abastecimento, julgue a afirmativa a seguir.
A captação com barragem de nível é dimensionada para manter a vazão de captação constante ao longo do
tempo.
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21. (FGV / Pref Salvador - Ana. Planej. Infraestrutura e Obras Públicas Municipais - Eng. Civil - 2019)
Com relação ao projeto de captação de água de superfície para abastecimento público, analise as
afirmativas a seguir e assinale V para a verdadeira e F para a falsa.
( ) A tomada de água deve ser localizada em trecho reto ou próximo à margem externa do curso de água.
( ) No caso de água com intenso transporte de sólidos, deve ser estudada a possibilidade de localização da
tomada de água em canal lateral.
( ) A velocidade nos condutos livres ou forçados da tomada de água não deve ser inferior a 0.30 m/s.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
a) F – V – F.
b) F – V – V.
c) V – F – F.
d) V – V – F.
e) F – F – V.

22. (FCC / CNMP - Ana. - Eng. Civil - 2015) Nas obras de captação, existem dispositivos que se
destinam a regular ou vedar a entrada de água nos sistemas, quando se objetiva efetuar reparos ou
limpeza em caixas de areia, poços de tomada, válvulas de pé, ou em tubulações. São utilizados para
esse fim
a) comportas, válvulas ou registros e adufas.
b) comportas, flutuadores e telas.
c) comportas, grades e telas.
d) flutuadores, grades e telas.
e) flutuadores, grades e registros.

23. (CESPE / TCE-MG - Eng. - 2018) A respeito da etapa de captação de um sistema de abastecimento
de água, assinale a opção correta.
a) A captação flutuante é recomendada para o regime de escoamento de curso d’água torrencial ou rápido.
b) Tomadas d’água devem ser preferencialmente instaladas ao longo de trechos retos do curso d’água;
contudo, se for necessário instalá-las em trechos curvos, deve-se preferir o lado côncavo da curva.
c) O uso de grades nas caixas de tomada d’água é recomendado para conter o excesso de algas em um
manancial.
d) No caso específico de captação de água subterrânea de lençol confinado, a tubulação na saída do poço
pode ser empregada sem válvulas e sob pressão atmosférica.
e) Se a vazão do manancial for inferior à demanda, a captação de água poderá ser viabilizada com a
construção de uma barragem de nível.

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24. (CESPE / TRT 8 - Ana. Judiciário - Eng. Civil - Questão de fixação - Adaptado para V ou F) A
respeito de abastecimento, tratamento, reserva e distribuição de água, julgue a afirmativa a seguir:
Nas redes de distribuição sob pressão, a água não atinge o mesmo nível em todos os tubos, mesmo quando
estiver em repouso, não obedecendo, portanto, ao princípio dos vasos comunicantes.

25. (CESPE / SUFRAMA - Eng. - 2014) Julgue os próximos itens, acerca do saneamento ambiental.
O processo de captação de água envolve o conjunto de estruturas destinadas a transportar água de um
ponto a outro, sem que haja consumo ao longo dessa trajetória.

26. (CESPE / TCE-PE - Auditor de Controle Externo - 2017)

O estudo da geometria das tubulações é fundamental para garantir o fluxo de água nas estruturas
hidráulicas. Nesse sentido, tendo como base a figura precedente, considere os reservatórios de água
R1 e R2, as linhas l1, l2, l3 e l4 e o desenvolvimento dos condutos fechados A-E, A-B-C-D-E, A-B”-C”-
D”-E e A-B”-C”-D”-E em relação às referidas linhas, em que a pressão atmosférica (Pa.) é a origem das
medidas de pressão, e julgue o item a seguir.
O teorema de Bernoulli pode ser aplicado entre os pontos A e E exatamente como foi postulado, pois a
conservação de energia se mantém constante para qualquer uma das tubulações que interligue esses dois
pontos.

27. (CESPE / TCE-RO - ACE - Eng. Civil - 2019 - Adaptado para V ou F) Em relação aos sistemas de
abastecimento de água, julgue a afirmativa a seguir.
A linha piezométrica corta a linha da tubulação nas adutoras projetadas para funcionar por gravidade.

28. (CESPE / TCE-PE - Auditor de Controle Externo - 2017)

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O estudo da geometria das tubulações é fundamental para garantir o fluxo de água nas estruturas
hidráulicas. Nesse sentido, tendo como base a figura precedente, considere os reservatórios de água
R1 e R2, as linhas l1, l2, l3 e l4 e o desenvolvimento dos condutos fechados A-E, A-B-C-D-E, A-B”-C”-
D”-E e A-B”-C”-D”-E em relação às referidas linhas, em que a pressão atmosférica (Pa.) é a origem das
medidas de pressão, e julgue o item a seguir.
As linhas l1, l2, l3 e l4 representam, respectivamente, a linha de carga absoluta, a linha de carga efetiva, o
plano de carga absoluto e o plano de carga efetivo.

29. (CESPE / TCE-PE - Auditor de Controle Externo - 2017)

O estudo da geometria das tubulações é fundamental para garantir o fluxo de água nas estruturas
hidráulicas. Nesse sentido, tendo como base a figura precedente, considere os reservatórios de água
R1 e R2, as linhas l1, l2, l3 e l4 e o desenvolvimento dos condutos fechados A-E, A-B-C-D-E, A-B”-C”-
D”-E e A-B”-C”-D”-E em relação às referidas linhas, em que a pressão atmosférica (Pa.) é a origem das
medidas de pressão, e julgue o item a seguir.
Sem a atuação de forças externas, o fluxo de água na tubulação A-B”-C”-D”-E se mantém, devido,
exclusivamente, à ação da Pa.

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30. (CESPE / TCE-PE - Auditor de Controle Externo - 2017)

O estudo da geometria das tubulações é fundamental para garantir o fluxo de água nas estruturas
hidráulicas. Nesse sentido, tendo como base a figura precedente, considere os reservatórios de água
R1 e R2, as linhas l1, l2, l3 e l4 e o desenvolvimento dos condutos fechados A-E, A-B-C-D-E, A-B”-C”-
D”-E e A-B”-C”-D”-E em relação às referidas linhas, em que a pressão atmosférica (Pa.) é a origem das
medidas de pressão, e julgue o item a seguir.
A tubulação A-B’-C’-D’-E funciona como um sifão e, por isso, não precisa de escorva prévia para garantir o
escoamento.

31. (CESPE / TCE-PE - Auditor de Controle Externo - 2017)

O estudo da geometria das tubulações é fundamental para garantir o fluxo de água nas estruturas
hidráulicas. Nesse sentido, tendo como base a figura precedente, considere os reservatórios de água
R1 e R2, as linhas l1, l2, l3 e l4 e o desenvolvimento dos condutos fechados A-E, A-B-C-D-E, A-B”-C”-
D”-E e A-B”-C”-D”-E em relação às referidas linhas, em que a pressão atmosférica (Pa.) é a origem das
medidas de pressão, e julgue o item a seguir.

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No trecho B-C-D do conduto A-B-C-D-E, atua uma pressão inferior à Pa que provoca a formação de uma
bolsa gasosa no ponto C, o mais alto da tubulação. Se essa bolsa não for removida, ela crescerá até que a
pressão interna do tubo se iguale à Pa enquanto a vazão diminuirá. Nesta situação, uma válvula de expulsão
e admissão de ar instalada no ponto mais alto da tubulação restabeleceria a vazão.

32. (CESPE / TCM-BA - Infraestrutura - 2018) Em adutoras, os elementos acessórios colocados em


pontos elevados das tubulações e responsáveis pela expulsão de ar durante o enchimento da linha ou
do ar que normalmente se acumula nesses pontos são
a) as válvulas de descarga.
b) as ventosas.
c) as válvulas redutoras de pressão.
d) os registros de parada.
e) as válvulas de retenção.

33. (CESPE - Ana. do MPU - Perícia - Eng. Civil - Questão de fixação) As instalações hidráulicas sob
pressão são constituídas por tubulações, acessórios de natureza diversa (válvulas, curvas ou conexões
em geral), além de, eventualmente, uma máquina hidráulica. Esses acessórios provocam,
localizadamente, a alteração do módulo ou direção da velocidade média do fluxo e da pressão. A esse
respeito, julgue o próximo item.
Nos projetos de redes de distribuição de água, com tubulações de diâmetros e comprimentos relativamente
grandes, as perdas de carga por atrito costumam ser desprezadas em relação às perdas localizadas.

34. (CESPE - MPU - Ana - Eng. - Questão de fixação) Quanto a redes de distribuição de água e
dimensionamento de blocos de ancoragem, julgue o item que se segue.
Em um trecho qualquer da rede ramificada, a cota piezométrica de montante é igual à cota piezométrica de
jusante, descontada da perda de carga no trecho.

35. (FCC - Ana (PGE MT)/PGE MT/Engenheiro Cartográfico e Agrimensor/2016) Numa adutora por
gravidade, em conduto forçado, é possível ter alguns equipamentos especiais para controle do fluxo de
água. O equipamento que objetiva impedir o retorno da água para a bomba quando essa é paralisada,
além de suportar os golpes de aríete, é a
a) válvula de redução de pressão.
b) válvula anti-golpe.
c) válvula de retenção.
d) standpipe.
e) ventosa.

36. (FCC / CNMP - Eng. Civil - 2015) Considere uma adutora que interliga dois reservatórios
distanciados entre si 4 400 m e que possui vazão média de 200 litros por segundo.

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Os níveis médios de água nesses reservatórios correspondem às cotas altimétricas de 144 m e 122 m,
respectivamente. Para se obter o menor diâmetro para a adutora,
a) o desnível não deverá ser aproveitado para vencer as forças de atrito. Isto significa atribuir máxima perda
de carga no escoamento, desta forma, o gradiente hidráulico correspondente à perda de carga unitária é 2
m/km.
b) todo o desnível deverá ser aproveitado para vencer as forças de atrito. Isto significa atribuir mínima perda
de carga no escoamento, desta forma, o gradiente hidráulico correspondente à perda de carga unitária é
200 m/km.
c) 50% do desnível deverá ser aproveitado para vencer as forças de atrito. Isto significa atribuir mínima perda
de carga no escoamento, desta forma, o gradiente hidráulico correspondente à perda de carga unitária é
2,5 m/km.
d) 50% do desnível deverá ser aproveitado para vencer as forças de atrito. Isto significa atribuir 50% da perda
de carga no escoamento, desta forma, o gradiente hidráulico correspondente à perda de carga unitária é
2,5 m/km.
e) todo o desnível deverá ser aproveitado para vencer as forças de atrito. Isto significa atribuir máxima perda
de carga no escoamento, desta forma, o gradiente hidráulico correspondente à perda de carga unitária é 5
m/km.

37. (CESPE / Pol. Científica / PE - Perito Criminal - Eng. Civil - 2016) As canalizações não são
constituídas exclusivamente por tubos retilíneos e de mesmo diâmetro. A inserção de peças especiais
e conexões eleva a turbulência, provoca atritos e causa choques entre as partículas, gerando a perda
de carga. Com relação à perda de carga contínua, a resistência ao escoamento da água é
a) dependente da pressão interna de escoamento do líquido.
b) dependente da posição do tubo.
c) inversamente proporcional ao comprimento da canalização.
d) inversamente proporcional a uma potência do diâmetro.
e) invariável em relação à característica das paredes do tubo (rugosidade), no caso do regime turbulento.

38. (FCC / TCE-CE Analista de Controle Externo - 2015) O sistema de condutos sob pressão de uma
tomada d’água possui comprimento de 600 m. As cotas de nível dos condutos à montante e à jusante
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são, respectivamente, 1120 m e 820 m. Considerando que a perda de carga nos condutos seja de 2%, a
perda de carga unitária na tubulação, em m/m, é
a) 10.
b) 0,001.
c) 0,1.
d) 0,01.
e) 100.

39. (FCC / TRE AP - Ana. Judiciário - Eng. - 2015) Uma adutora que interliga dois reservatórios de
água, por meio de uma tubulação com 4000 m de comprimento, deve conduzir água a uma vazão média
de 150 L/seg.
Dados:
− níveis médios de água nos reservatórios 1 e 2 correspondem, respectivamente, às cotas altimétricas de
222,5 m e 210,0 m.

O gradiente hidráulico, em m/km, correspondente a perda de carga unitária é


a) 0,315.
b) 2,125.
c) 3,125.
d) 0,125.
e) 1,125.

40. (FUNDATEC / IGP RS - Perito Criminal - Eng. Civil - 2017 - Adaptado para V ou F) Quanto a
sistemas hidráulicos e sanitários, julgue a assertiva a seguir.
Quanto maior a velocidade da água na tubulação, menor será o diâmetro necessário para determinada
vazão e menor a perda de carga.

41. (FUNDATEC / IGP RS - Perito Criminal - Eng. Civil - 2017 - Adaptado para V ou F) Quanto a
sistemas hidráulicos e sanitários, julgue a assertiva a seguir.

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Sistemas hidráulicos ou sanitários com dimensionamento que implica em grandes perdas de carga tendem
a sofrer maior desgaste no tempo, além de serem mais sensíveis aos efeitos dos golpes de aríetes.

42. (NC-UFPR - Pref. de Curitiba - Eng. Civil - Questão de fixação) Com relação à perda de carga que
ocorre nas redes de distribuição de água, considere as seguintes afirmativas:
1. Para duas tubulações de mesmo material, mesmo diâmetro, dentro das quais passe a mesma vazão de
água, a perda de carga é maior no tubo de maior comprimento.
2. Para duas tubulações de mesmo material, mesmo comprimento e de mesmo diâmetro, a perda de carga
é maior no tubo em que ocorre a menor vazão.
3. Para duas tubulações de mesmo material, mesmo comprimento, dentro dos quais passe a mesma vazão
de água, a perda de carga é maior no tubo de menor diâmetro.
Assinale a alternativa correta.
A Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
B Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
C Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
D Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
E As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

43. (FCC / SABESP - Téc. em Sistemas de Saneamento - Edificações - Questão de fixação) Para
amenizar a perda de carga na extensão de uma rede de distribuição pública de água utilizando o mesmo
tipo de tubo, o diâmetro usado no início em relação ao final da rede, deve ser
a) maior.
b) menor.
c) igual.
d) inferior.
e) regular.

44. (FCC / ALMS Eng. Civil - 2016) Nos estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento
de água, considerando a determinação da demanda de água, o coeficiente do dia de maior consumo
(k1) deve ser obtido da relação entre o maior consumo X, verificado no período de Y e o consumo W,
neste mesmo período, sempre com as mesmas ligações. Recomenda-se que sejam considerados, no
mínimo, Z consecutivos de observações, adotando-se a média dos coeficientes determinados. Os
termos X, Y, W e Z citados são, respectivamente:
a) diário, um mês, médio diário e 30 dias.
b) diário, dois anos, médio mensal e 365 dias.
c) mensal, seis meses, médio mensal e dois anos.
d) mensal, um ano, médio mensal e 30 dias.
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e) diário, um ano, médio diário e cinco anos.

45. (FCC / CNMP - Ana. - Eng. Civil - 2015) O consumo anual de um município brasileiro na década
de 1980 foi de 365 000 000 m3 de água. No dia 1º de janeiro de 1981, foi registrado o maior consumo
diário anual de 850 000 m3. A relação entre o consumo diário máximo e o consumo diário médio, no
ano de 1981, é
a) 1,85
b) 1,00
c) 1,25
d) 0,85
e) 2,25

Essa próxima questão destoa um pouco do tema, mas tente utilizá-la para aprender com ela, e
não se preocupe se você errar.

46. (IBFC / EMBASA- Assistente de Saneamento Agente Operacional - 2017) As unidades mais
comuns utilizadas em projetos de instalação, ampliação e manutenção de rede de água são as descritas
a seguir, com exceção de:
a) N/mm³
b) Kgf/cm²
c) mca
d) Lbs/pol²

47. (CEV UECE / Pref Sobral - Auditor de Controle Interno - 2018) Sabendo-se que as condições
topográficas de uma cidade exigem um reservatório enterrado com N.A. máximo na cota 33,50 e que a
vazão do dia de maior consumo é de 1,99 l/s, é correto afirmar que o volume, em m3, do consumo diário
máximo dessa cidade é
a) 171,9.
b) 171.936,0.
c) 429,8.
d) 429.840,0.

48. (UFAL - Eng. Civil - Questão de fixação - Adaptado) Julgue a afirmativa seguir sobre o sistema
de abastecimento de água:
Para efeito de projeto de sistemas públicos de abastecimento de água, considera-se população flutuante
aquela que, proveniente de outras comunidades ou de outras áreas da comunidade em estudo, se transfere
para área abastecível, impondo ao sistema consumo unitário inferior ao atribuído à população, enquanto
presente na área, e em função das atividades que aí exerce.

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49. (CESPE / TCM-BA - Auditor Estadual / Infraestrutura - 2018 - Adaptado para V ou F) Um sistema
de abastecimento de água foi concebido para uma cidade que conta com uma estação chuvosa de seis
meses e uma estação seca de seis meses. Para reduzir a variabilidade temporal da vazão e viabilizar a
captação de água bruta durante o ano todo, foi construída, em um vale estreito, encaixado em um
maciço rochoso fraturado, uma barragem de concreto, com vertedor tipo Creager, sem extravasor
controlado. Na construção, houve necessidade de desmonte de rocha por meio de explosivos. Na
sequência, houve a concretagem do dissipador e do maciço da barragem (vertedor Creager). O
reservatório foi projetado para reservar a quantidade de água necessária para fazer frente ao consumo
nos meses de estiagem. No entanto, após a inauguração e entrada em operação da barragem e estação
de captação, verificou-se que, nos períodos de estiagem, a barragem não reservava o volume
projetado. A perda do volume era rápida, o que obrigou as autoridades locais a instituir o racionamento
no município.

Considerando essa situação hipotética, julgue os itens a seguir.


É correto o critério de cálculo da população de projeto que considere a soma da população residente e
temporária, mas desconsidere a população flutuante.

50. (CESPE / TCM-BA - Auditor Estadual / Infraestrutura - 2018) Um sistema de abastecimento está
sendo projetado para atender duas redes (A e B). O sistema, representado na figura a seguir, conta com
um reservatório para regularização das vazões. A vazão média requerida para o sistema é de 200 L/s,
sendo 100 L/s para cada rede. Os coeficientes do dia de maior consumo e hora de maior consumo são,
respectivamente, 1,2 e 1,5.

Nessa situação hipotética, as vazões de projeto, em L/s, dos segmentos 1 e 2 são, respectivamente, iguais a
a) 200 e 200.
b) 200 e 240.

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c) 240 e 240.
d) 240 e 360.
e) 360 e 360.

51. (CESPE / TCM-BA - Auditor Estadual - Infraestrutura - 2018 - Adaptado) O serviço de


abastecimento de água em uma cidade do interior, cuja população atual é de 3.200 habitantes e a futura
é estimada em 5.600 habitantes, será feito por meio da captação de água de um córrego próximo à
cidade. A vazão média de água requerida por habitante é de 200 L/dia, dos quais 25% equivalem ao
aumento do consumo previsto para os dias de maior consumo. Para determinar a descarga do córrego
em uma época desfavorável do ano, foi empregado um vertedor retangular devidamente calibrado,
tendo sido verificado que a vazão medida foi de 60 L/s.
Nessa situação hipotética, o valor da vazão necessária para o abastecimento está entre
a) 2 L/s e 4 L/s, logo o manancial tem a vazão necessária para abastecer a cidade.
b) 6 L/s e 8 L/s, logo o manancial tem a vazão necessária para abastecer a cidade.
c) 14 L/s e 18 L/s, logo o manancial tem a vazão necessária para abastecer a cidade.
d) 80 L/s e 100 L/s, logo o manancial não tem a vazão necessária para abastecer a cidade.
e) 100 L/s e 120 L/s, logo o manancial não tem a vazão necessária para abastecer a cidade.

52. (FGV - Pref. Paulínia / Eng. Civil - 2016) Uma comunidade de 145.000 habitantes, com o consumo
per capta seja de 240 l/(hab./dia), é abastecida por um sistema que funciona 24 h por dia.

Sabendo que o coeficiente do dia de maior consumo K1 é 1,25; que o coeficiente da hora de maior consumo
K2 é 1,40, e que o consumo da ETA é de 5%, assinale a opção que indica a vazão de dimensionamento da
adutora IV,
a) 43.500 m³/dia
b) 45.675 m³/dia
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c) 52.200 m³/dia
d) 60.900 m³/dia
e) 63.945 m³/dia

53. (FGV / ALERJ - Esp. Legislativo - Eng. Civil - 2017) Um engenheiro foi chamado por uma
companhia de abastecimento de água para dimensionar uma expansão no sistema público de
abastecimento. Inicialmente foi necessário, a partir dos dados de censo populacional mostrados na
tabela, calcular a população a ser abastecida no alcance do projeto.

Baseado nesses dados, pelo método aritmético, a população a ser abastecida no ano de 2040 será de:
a) 27.210;
b) 76.345;
c) 89.950;
d) 103.555;
e) 117.160.

54. (FGV / TJ RO - Ana. Judiciário - Eng. Civil - 2015) Observe a curva de demanda de água distribuída
pela companhia de abastecimento no dia de maior consumo de um local.

A partir dos dados da tabela, o valor coeficiente K2 relacionado à hora de maior consumo será de:
a) 1,10;

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b) 1,12;
c) 1,14;
d) 1,16;
e) 1,20.

55. (CESPE / TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Eng. Civil - 2016) Julgue o item
subsequente, relativo ao planejamento de sistemas públicos de abastecimento de água potável.
O coeficiente da hora de maior consumo (K2) deve ser aplicado para que se determinem as vazões de
dimensionamento das unidades de um sistema público de abastecimento de água, desde a captação até a
rede de distribuição.

56. (FCC / CNMP - Ana. - Eng. Civil - 2015) m município terá um sistema de abastecimento conforme
esquematizado abaixo:

Considere as seguintes informações para análise do sistema de abastecimento


− consumo médio per capita: 220 L/dia
− coeficiente de variação diária: 1,20
− coeficiente de variação horária: 1,40
− população futura da cidade: 216.000 habitantes
− a vazão destinada à indústria é constante
Uma indústria estará localizada entre o reservatório e o município e terá um consumo diário regularizado
de 8 640 m3. Desta forma, no trecho b, o consumo correspondente à rede estará afetado
a) somente pelo coeficiente de variação diária. A vazão destinada à indústria sendo constante não deverá
ser adicionada, assim a vazão do trecho b é 660 litros por segundo.
b) somente pelo coeficiente de variação horária. A vazão destinada à indústria sendo constante deverá ser
simplesmente adicionada, assim a vazão do trecho b é 870 litros por segundo.
c) somente pelo coeficiente de variação diária. A vazão destinada à indústria sendo constante deverá ser
simplesmente adicionada, assim a vazão do trecho b é 760 litros por segundo.
d) somente pelo coeficiente de variação horária. A vazão destinada à indústria sendo constante não deverá
ser adicionada, assim a vazão do trecho b é 770 litros por segundo.
e) pelos coeficientes de variação diária e de variação horária. A vazão destinada à indústria sendo constante
não deverá ser adicionada, assim a vazão do trecho b é 924 litros por segundo.
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57. (CESPE / TRT 8ª Região - Ana. Judiciário - Eng. Civil - 2016 - Adaptado para V ou F) Acerca do
abastecimento, da reservação e da distribuição de águas, julgue a afirmativa a seguir.
As dimensões mais econômicas de torres cilíndricas elevadas para armazenar água correspondem à altura
igual à metade do seu diâmetro.

58. (CESPE / SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - 2019) A respeito de qualidade da
água, poluição hídrica, tecnologia de tratamento de água e sistemas de abastecimento de água, julgue
o item a seguir.
Em um sistema de abastecimento de água dotado de reservatório elevado e de reservatório enterrado, a
capacidade da torre no reservatório elevado deve ser suficiente para evitar frequentes partidas e paradas
das bombas, bem como para garantir uma reserva mínima em cota elevada.

59. (FCC / TCE-RS - Auditor Público Externo - Eng. Civil - 2014) O reservatório de distribuição de água
cuja função é servir de volante de regularização das transições entre bombeamento e/ou adução por
gravidade, intercalado no sistema de adução, é, quanto à localização no sistema de distribuição, o
reservatório
a) de jusante.
b) de montante.
c) de posição intermediária.
d) enterrado.
e) apoiado.

60. (CESPE / TCE-RO - Analista de Controle Externo - Eng. Civil - 2019 - Adpatado para V ou F) Em
relação aos sistemas de abastecimento de água, julgue a afirmativa a seguir.
O reservatório elevado pode ser instalado à jusante da rede de distribuição.

61. (CESPE / TCM-BA - Auditor de Controle Externo - Eng. Civil - 2018) Um sistema de abastecimento
de água foi concebido para uma cidade que conta com uma estação chuvosa de seis meses e uma
estação seca de seis meses. Para reduzir a variabilidade temporal da vazão e viabilizar a captação de
água bruta durante o ano todo, foi construída, em um vale estreito, encaixado em um maciço rochoso
fraturado, uma barragem de concreto, com vertedor tipo Creager, sem extravasor controlado. Na
construção, houve necessidade de desmonte de rocha por meio de explosivos. Na sequência, houve a
concretagem do dissipador e do maciço da barragem (vertedor Creager). O reservatório foi projetado
para reservar a quantidade de água necessária para fazer frente ao consumo nos meses de estiagem.
No entanto, após a inauguração e entrada em operação da barragem e estação de captação, verificou-
se que, nos períodos de estiagem, a barragem não reservava o volume projetado. A perda do volume
era rápida, o que obrigou as autoridades locais a instituir o racionamento no município.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.

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O fato de a barragem não possuir extravasor controlado, por meio de comporta, por exemplo, impede que
o reservatório exerça a função de amortecer ou atenuar cheias, o que restringe seu emprego à regularização
da vazão para controle nos períodos de estiagem.

62. (Instituto AOCP / ITEP RN - Perito - Eng. Civil - 2018) A estação elevatória, que faz parte do
sistema de abastecimento de água, destinada a aumentar a pressão e/ou vazão em adutoras ou redes
de distribuição de água é denominada
a) “booster”.
b) “increase”.
c) “growth”.
d) “intensify”.
e) “enlarge”.

63. (CESPE / TCM-BA - Auditor de Controle Externo - Eng. Civil - 2018) Um sistema de abastecimento
de água foi concebido para uma cidade que conta com uma estação chuvosa de seis meses e uma
estação seca de seis meses. Para reduzir a variabilidade temporal da vazão e viabilizar a captação de
água bruta durante o ano todo, foi construída, em um vale estreito, encaixado em um maciço rochoso
fraturado, uma barragem de concreto, com vertedor tipo Creager, sem extravasor controlado. Na
construção, houve necessidade de desmonte de rocha por meio de explosivos. Na sequência, houve a
concretagem do dissipador e do maciço da barragem (vertedor Creager). O reservatório foi projetado
para reservar a quantidade de água necessária para fazer frente ao consumo nos meses de estiagem.
No entanto, após a inauguração e entrada em operação da barragem e estação de captação, verificou-
se que, nos períodos de estiagem, a barragem não reservava o volume projetado. A perda do volume
era rápida, o que obrigou as autoridades locais a instituir o racionamento no município.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.


A rápida perda de volume observada pode ter como causa a fuga de água pela fundação, permeável em face
da existência de fraturas no maciço rochoso. O diagnóstico pode ser feito por meio de sondagens rotativas
e de análise ecográfica, e o tratamento consiste na injeção de calda de cimento, ou de bentonita, ou, ainda,
de aditivos químicos.

64. (Instituto Excelência / Pref Barra Velha / FUMDEMA - Eng. Sanitarista - 2019) Os reservatórios
são unidades de acumulação e passagem de água em pontos estratégicos do sistema de abastecimento
de água. De acordo com a localização no terreno podemos classificar os reservatórios como:
a) Enterrado, semienterrado, apoiado e parshall.
b) Enterrado, apoiado, elevado e booster.
c) Enterrado, semienterrado, apoiado, elevado e stand pipe.
d) Nenhuma das alternativas.

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65. (VUNESP / Pref Itanhaém - Eng. Civil - 2017) De acordo com a norma ABNT NBR 12218:2017, no
projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público, o fenômeno resultante do
transitório hidráulico, quando ocorre variação brusca de pressão acima ou abaixo do valor normal de
funcionamento, é denominado
a) de controle.
b) elevatória.
c) de medição.
d) booster.
e) golpe de aríete.

66. (CESPE / TRT 8ª Região - Ana Judiciário - Eng. Civil - 2016) Acerca do abastecimento, da
reservação e da distribuição de águas, assinale a opção correta.
A capacidade total dos reservatórios simultaneamente elevados e enterrados para abastecimento público
de água deverá corresponder a um quinto do volume distribuído em vinte e quatro horas, para que seja
garantida uma reserva máxima em cota elevada.

67. (CESPE / TRT 8 - Ana. Judiciário - Eng. Civil - Questão de fixação - Adaptado para V ou F) A
respeito de abastecimento, tratamento, reserva e distribuição de água, julgue a afirmativa a seguir.
Se não se dispõe de dados para determinação da capacidade do reservatório para abastecimento urbano de
água em adução contínua durante as 24 horas do dia, a capacidade da reserva de equilíbrio será maior que
a terceira parte do volume distribuído no dia de médio consumo.

68. (CESGRANRIO / PETROBRAS - Eng. - 2018) Um dos componentes de um sistema de


abastecimento de água é o reservatório de distribuição. Esses reservatórios são estruturas hidráulicas
de armazenamento, posicionadas na transição entre a adução e a distribuição, com a finalidade de
atender às variações do consumo.
Um medidor de vazão, instalado na saída do reservatório de distribuição de água de uma cidade, registrou,
durante um período de 24 h do dia de maior consumo, as sucessivas vazões apresentadas na Tabela abaixo:

A vazão média desse dia de maior consumo é de 480 L/s.


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Segundo a NBR 12.217/1994, o volume do reservatório de abastecimento necessário para atender às


variações de consumo deve ser avaliado a partir de dados de consumo diário e do regime previsto de
alimentação do reservatório, aplicando-se o fator 1,2 ao volume assim calculado, para levar em conta
incertezas dos dados utilizados.
Baseando-se nos dados da Tabela, considerando-se a adução contínua e o previsto na NBR 12.217/1994, o
volume do reservatório, em m³, é de
a) 982,8
b) 960,0
c) 1920,0
d) 1965,6
e) 3840,0

69. (CESGRANRIO / PETROBRAS - Eng. - 2018) Um dos componentes de um sistema de


abastecimento de água é o reservatório de distribuição. Esses reservatórios são estruturas hidráulicas
de armazenamento, posicionadas na transição entre a adução e a distribuição, com a finalidade de
atender às variações do consumo.
Um medidor de vazão, instalado na saída do reservatório de distribuição de água de uma cidade, registrou,
durante um período de 24 h do dia de maior consumo, as sucessivas vazões apresentadas na Tabela abaixo:

A vazão média desse dia de maior consumo é de 480 L/s.


O consumo de água varia ao longo das horas do dia, apresentando valores distintos de pique de vazões
horárias consumidas. Em geral, esse consumo é maior nos horários de refeições e menor no início da
madrugada. Existe uma determinada hora do dia em que a vazão de consumo é máxima. Para contabilizar
essa variação horária no dimensionamento de sistemas de abastecimento, é utilizado o coeficiente da hora
de maior consumo (K2).
Baseando-se nos dados da Tabela, verifica-se que o coeficiente da hora de maior consumo, (K2), usado no
dimensionamento do sistema de abastecimento, é
A) 1,10
B) 1,15
C) 1,20
D) 1,25
E) 1,30

70. (FGV / Pref. Florianópolis - Eng.- Questão de fixação) Sobre os reservatórios de distribuição da
água, analise as afirmativas a seguir.
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I - Para se calcular o volume da Reserva de Emergência, soma-se o Volume de Equilíbrio com o Volume de
Combate a Incêndios e multiplica-se esse resultado por 1000 (mil).
II - Os reservatórios de montante caracterizam-se por estar situados no final da rede de distribuição, sendo
que uma só tubulação serve como entrada e saída das vazões.
III - A reserva de equilíbrio tem essa denominação porque é acumulada nas horas de menor consumo para
compensação nas de maior demanda.
Está correto o que se afirma em:
a) somente I;
b) somente III;
c) somente I e II;
d) somente II e III;
e) I, II e III.

71. (FGV / Pref. Florianópolis - Eng.- Questão de fixação) A orientação técnica para o
dimensionamento de reservatório de distribuição de água para o abastecimento público é dada pela
NBR/ABNT 12.217/1994. De acordo com essa norma, o volume necessário para atender às variações de
consumo deve ser avaliado a partir de dados do consumo:
a) semanal e do regime previsto de alimentação do reservatório, aplicando-se um fator de 1,2;
b) anual e do regime previsto de alimentação do reservatório, aplicando-se um fator de 1,2;
c) diário e do regime previsto de alimentação do reservatório, aplicando-se um fator de 1,2;
d) do horário de pico e do regime previsto de alimentação do reservatório, aplicando-se um fator de 1,2;
e) mensal e do regime previsto de alimentação do reservatório, aplicando-se um fator de 1,2.

72. (CESPE / MPU - Perícia - Eng. Civil - Questão de fixação) Julgue o item seguinte, acerca de
sistemas, métodos e processos de abastecimento, tratamento, reservação e distribuição de águas.
Os reservatórios de distribuição são dimensionados de modo que tenham capacidade de acumular um
volume útil que supra as demandas de equilíbrio, de emergência e de combate a incêndio.

73. (CESPE / CGE PI - Auditor Governamental - Eng. - 2015) Com relação às obras voltadas para o
abastecimento público de água, tratamento de esgotos e obras de defesa contra inundação, julgue o
item que se segue.
Os reservatórios de distribuição de água no meio urbano funcionam como volante da distribuição, devendo
ter capacidade superior a 1/6 do volume consumido nos horários de pico do dia, mantendo uma reserva de
água para combate a incêndios e situações de emergência.

74. (CESPE / TRT 8 - Ana. Judiciário - Eng. Civil - Questão de fixação - Adaptado para V ou F) A
respeito de abastecimento, tratamento, reserva e distribuição de água, julgue a afirmativa a seguir.

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No uso de reservatório enterrado e reservatório elevado, à medida que cresce a capacidade do segundo,
decresce a do primeiro, mantendo-se constante a capacidade total; a vazão de recalque decresce quando
aumenta a capacidade do reservatório elevado, diminuindo o custo do sistema de recalque.

75. AOCP / SESMA Belém - Eng. - 2018 ) Qual é o tipo de rede de distribuição de água constituída
apenas por tubulações interligadas em circuitos fechados?
a) Rede malhada.
b) Rede ramificada.
c) Rede mista.
d) Rede radial.
e) Rede primária.

76. (CESPE - Polícia Científica PE - Perito Criminal - Eng. Civil - 2016) A classificação das redes de
distribuição de água é realizada de acordo com a disposição das canalizações principais e com o sentido
do escoamento da água nas tubulações secundárias. Considerando-se essas informações, é correto
afirmar que as redes ramificadas
a) controlam a pressão de maneira mais precisa.
b) minimizam a área desabastecida em caso de acidente ou de manutenção.
c) são recomendadas somente em casos em que a topografia e os pontos a serem abastecidos não permitam
o traçado com rede malhada.
d) são constituídas por tubulações principais que formam anéis ou blocos.
e) controlam as perdas com mais rigor.

77. (CONSULPLAN / Pref. Natividade - Eng. Civil - Questão de fixação) Entende‐se por rede de
distribuição o conjunto de tubulações e peças especiais destinadas a conduzir a água até os pontos de
tomada das instalações prediais, ou aos pontos de consumo público. As tubulações geralmente
distribuem em marcha e se dispõem formando uma rede. De acordo com o traçado das redes de
distribuição de água, relacione adequadamente as colunas a seguir.
1. Conduto tronco que passa pelo centro da cidade, dele derivando, como ramificações, os outros condutos
principais; é um traçado comumente adotado nas cidades lineares.
2. Condutos troncos dispostos mais ou menos paralelamente. Numa mesma extremidade são ligados a uma
canalização mestra alimentadora; dessa extremidade para jusante os seus diâmetros decrescem
gradativamente.
3. Canalizações principais formando circuitos fechados nas zonas principais a serem abastecidas, resultando
na rede de distribuição tipicamente malhada.
4. Canalização distribuidora com um sentido único de alimentação. Uma interrupção no escoamento em
uma tubulação compromete todo o abastecimento à jusante da mesma.
( ) Espinha de peixe.

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( ) Grelha.
( ) Anel.
( ) Rede ramificada.
A sequência está correta em
a) 1, 2, 3, 4.
b) 2, 4, 3, 1.
c) 4, 2, 3, 1.
d) 4, 3, 2, 1.

78. (CESPE - TCE-RO - Auditor de Controle Externo - Eng. Civil - 2019 - Adaptado para V ou F) Em
relação aos sistemas de abastecimento de água, julgue a afirmativa a seguir.
O caminho do fluxo da água em qualquer ponto da tubulação, nas redes de distribuição do tipo malhada em
anéis, é único e constante.

79. (CESPE / Polícia Científica PE - Perito - Eng. Civil - 2016) As redes duplas de distribuição de água
são constituídas de uma rede para água potável e outra para água sem tratamento. A classificação
desse tipo de rede tem como critério o(a)
a) alimentação dos reservatórios.
b) água distribuída.
c) número de condutos distribuidores em uma mesma rua.
d) traçado.
e) número de zonas de pressão.

80. (CESPE / TCE-SC- Auditor Fiscal de Controle Externo - Eng. Civil - 2016) O projeto da rede de
distribuição de um sistema público de abastecimento de água potável apresenta os dados a seguir:
• cota altimétrica do nível mínimo do reservatório de distribuição: 502,350 m;
• cota altimétrica do nó 13 da rede: 477,150 m;
• cota altimétrica do nó 49 da rede: 454,050 m.
Considerando essas informações, julgue o seguinte item.
Considerando que o nível de água no reservatório se encontra no mínimo, se a soma das perdas de carga
das tubulações do reservatório até o nó 49 for igual a 8,39 mca, a pressão dinâmica nesse nó será de 39,91
mca.

81. (AOCP - Pref. Juiz de Fora - Edificações - 2016 - Adaptado para a nova NBR 12218) De acordo
com a NBR 12218, sobre projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público e suas
noções de saneamento, assinale a alternativa que apresenta a que se refere a definição a seguir:

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“pressão, referida ao nível do terreno, em determinado ponto da rede, sob condição de consumo não
nulo”.
a) Pressão estática disponível.
b) Pressão dinâmica disponível.
c) Zona de pressão disponível.
d) Vazão específica.
e) Vazão de distribuição.

82. (CESPE / TCM-BA - Auditor Estadual - Infraestrutura - 2018 - Adaptado para V ou F) Um sistema
de abastecimento de água foi concebido para uma cidade que conta com uma estação chuvosa de seis
meses e uma estação seca de seis meses. Para reduzir a variabilidade temporal da vazão e viabilizar a
captação de água bruta durante o ano todo, foi construída, em um vale estreito, encaixado em um
maciço rochoso fraturado, uma barragem de concreto, com vertedor tipo Creager, sem extravasor
controlado. Na construção, houve necessidade de desmonte de rocha por meio de explosivos. Na
sequência, houve a concretagem do dissipador e do maciço da barragem (vertedor Creager). O
reservatório foi projetado para reservar a quantidade de água necessária para fazer frente ao consumo
nos meses de estiagem. No entanto, após a inauguração e entrada em operação da barragem e estação
de captação, verificou-se que, nos períodos de estiagem, a barragem não reservava o volume
projetado. A perda do volume era rápida, o que obrigou as autoridades locais a instituir o racionamento
no município.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.


Para o dimensionamento da vazão na rede de distribuição da cidade devem ser considerados os coeficientes
do dia e da hora de maior consumo.

83. (CESPE / TCE-SC- Auditor Fiscal de Controle Externo - Eng. Civil - 2016) O projeto da rede de
distribuição de um sistema público de abastecimento de água potável apresenta os dados a seguir:
• cota altimétrica do nível mínimo do reservatório de distribuição: 502,350 m;
• cota altimétrica do nó 13 da rede: 477,150 m;
• cota altimétrica do nó 49 da rede: 454,050 m.
Considerando essas informações, julgue o seguinte item.
Considerando que o nível de água no reservatório se encontre no mínimo, as pressões estáticas, nos nós 13
e 49, são de 25,20 mca e 48,30 mca, respectivamente.

84. (CESPE / TJ AM - Ana. Judiciário - Eng. Civil - 2019)

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Com base nos dados apresentados na tabela antecedente, julgue o próximo item, relativos às cotas dos
níveis mínimo e máximo de água do reservatório.
A cota máxima do nível de água do reservatório deverá ser igual a 495 m, para atender à pressão máxima
estática exigida na rede de distribuição.

Essa questão a seguir possui o mesmo enunciado introdutório da questão anterior.

85. (CESPE / TJ AM - Ana. Judiciário - Eng. Civil - 2019) Com base nos dados apresentados na tabela
antecedente, julgue o próximo item, relativos às cotas dos níveis mínimo e máximo de água do
reservatório.
A cota mínima do nível de água do reservatório deverá ser igual a 465 m, para atender à pressão dinâmica
mínima exigida na rede de distribuição.

86. (NC-UFPR / ITAIPU- Técnico em Saneamento - 2017) O sistema de distribuição de água tratada
é constituído por reservatórios de distribuição e redes de distribuição. Os reservatórios de distribuição
de água constituem elementos importantes em sistemas de abastecimento de água (SAA.), pois têm
diversas finalidades. As redes de distribuição levarão a água tratada até os consumidores e deverão
funcionar de forma contínua, distribuindo a água tratada em quantidade e pressão suficiente, porém
mantendo a sua qualidade para o consumo humano.
A respeito do sistema de distribuição de água, considere as seguintes afirmativas:
1. O fornecimento de água para a rede de distribuição pode ser feito por meio de reservatórios de água, que
podem ser elevados, apoiados, semienterrados ou enterrados, sendo também classificados como de
montante ou de jusante.
2. As redes são divididas em condutos principais e secundários e podem ser classificadas como redes
ramificadas, malhadas ou mistas.
3. As pressões dinâmicas mínimas e as pressões estáticas máximas nas redes de distribuição são
estabelecidas pela NBR 12218:1994, como sendo 500 kPa e 100 kPa, respectivamente.
4. O diâmetro mínimo a ser adotado, segundo a NBR 12218, é de 50 mm para as tubulações secundárias,
não havendo recomendação para as tubulações principais, podendo ser utilizada a antiga PNB 594:77, cuja
recomendação é de 150 mm para localidades com densidade superior a 150 hab/ha, 100 mm para núcleos

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urbanos com população superior a 5.000 habitantes e 75 mm para núcleos urbanos com população inferior
a 5.000 habitantes.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

87. (CESPE - Polícia Científica PE - Perito Criminal - Eng. Civil - 2016) A topologia de um sistema de
tubulações em que a perda de carga é a diferença das cotas piezométricas na entrada e na saída do
sistema, de modo que a perda de carga é a mesma em todos os trechos e a vazão de entrada é igual à
soma das vazões nos trechos, é denominada
a) sistema paralelo.
b) rede em anel.
c) rede malhada.
d) sistema em série.
e) rede ramificada.

88. (CESPE - Perito Criminal Federal - Eng. - Testando pegadinhas)

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Um distrito industrial é abastecido por diversas fontes de água. A condução da água dessas fontes é
direcionada a três reservatórios: um superior (SU), um intermediário (IT) e um inferior (IN), que abastecem
o distrito industrial por meio de uma rede fechada em anéis, de acordo com o esquema apresentado acima.
A respeito do funcionamento hidráulico desse sistema de abastecimento, julgue o item seguinte.
Se ocorrer uma ruptura na canalização do anel IV, na seção indicada, e um curto trecho for isolado para que
seja realizado o serviço de manutenção, mesmo durante esse procedimento permanecerá inalterada a
garantia de abastecimento do trecho entre A e B do anel III.

89. (CESPE - ACI (Contr. e Ouv. Geral CE - Eng. - 2019) Acerca de aspectos construtivos, de
manutenção e de cuidados operacionais das redes de distribuição de água, julgue os itens a seguir.
I A pressão dinâmica mínima determinada pela ABNT para as redes de distribuição de água é de 200 kPa.
II A instalação de válvulas redutoras de pressão em pontos estratégicos da rede de distribuição contribui
para o combate a perdas físicas de água.
III Os tubos plásticos de polietileno de alta densidade utilizados nas redes de distribuição de água têm as
vantagens de longa vida útil e alta resistência a impactos.
IV Os registros de pressão são usados nas redes de distribuição de água para permitir manobras, satisfazer
demandas e facilitar manutenções.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

90. (CESPE / TRT 8ª Região - Ana. Judiciário - Eng. Civil - 2016 - Adaptado para V ou F) Acerca do
abastecimento, da reservação e da distribuição de águas, julgue a assertiva a seguir.
O método de Hardy Cross é utilizado no dimensionamento dos condutos principais e secundários em rede
malhada ou ramificada, nos quais se estabelecem os pontos de demandas concentradas de suas áreas
circundantes.

91. (VUNESP / Pref Sorocaba - Eng. Fiscal- 2019) Nos projetos de rede de distribuição de água para
abastecimento público, considerando que exceções podem ser aceitas desde que tecnicamente
justificadas, o diâmetro nominal mínimo dos condutos secundários é de
a) 70 mm.
b) 50 mm.
c) 45 mm.
d) 40 mm.
e) 30 mm.
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92. (AOCP / Pref JF - TNS I - Eng. Civil - 2016 - Adaptado para nova NBR 12.218) Analise as assertivas
a seguir e assinale a alternativa que aponta as corretas. De acordo com a ABNT NBR 12218:1994 –
Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público, são critérios de projeto:
I. a pressão estática máxima nas tubulações distribuidoras ser de 500 kPa, e a pressão dinâmica mínima, de
100 kPa.
II. os valores da pressão estática superiores à máxima e da pressão dinâmica inferiores à mínima podem ser
aceitos, desde que justificados técnica e economicamente.
III. a velocidade mínima nas tubulações ser de 0,4 m/s, e a máxima deve corresponder a uma perda de carga
de até 10 m/km;
IV. ser prevista proteção adequada da rede nos trechos que possam sofrer interferências ou danos
decorrentes da operação de outros sistemas de utilidades públicas, tais como linhas de esgoto, águas
pluviais, petróleo e derivados, e água não potável.
V. o diâmetro mínimo dos condutos secundários ser de 75 mm.
a) Apenas I, II e IV.
b) Apenas I, II, III e IV.
c) Apenas I, III e V.
d) I, II, III, IV e V.
e) Apenas II, IV e V.

93. (UFSM / UFSM - Eng. - 2018) Um sistema de abastecimento de água engloba diversas unidades,
como captação, adução, estação de tratamento, reservação, estações elevatórias e rede de
distribuição.
Na rede de distribuição de água, ocorre a disponibilização de água potável aos consumidores.
Considerando a norma ABNT NBR 12218:2017, é correto afirmar que
A) a vazão de dimensionamento deve atender a toda área a ser abastecida para um horizonte de projeto de
25 anos, atendendo aos grandes consumidores, consumidores especiais, área de expansão, prevenção
contra incêndio e população flutuante.
B) o dimensionamento e a análise do funcionamento global do sistema hidráulico devem ser realizados por
simulações hidráulicas, que garantam residuais máximos de vazão e de carga piezométrica de 0,1 L·s-1 e 0,5
kPa, respectivamente.
C) a pressão estática máxima nas tubulações deve ser de 400 kPa, podendo chegar a 600 kPa em regiões
com topografia acidentada, e a pressão dinâmica mínima deve ser de 100 kPa e ser referenciada ao nível do
terreno.
D) deve-se, sempre que possível, adotar as pressões estáticas entre 250 kPa e 300 kPa, com o objetivo de
diminuir as perdas aparentes.
E) o diâmetro mínimo nominal dos condutos secundários, sem exceção, deve ser de 50 mm, enquanto as
velocidades mínimas devem ser inferiores a 0,30 m·s-1.

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94. (CESPE / TCE-PE - Auditor de Controle Externo - 2017) A respeito de irrigação e obras de
saneamento, julgue o item seguinte.
O consumo de água é uma função de uma série de fatores inerentes à região abastecida influenciada por
fatores como clima, padrões de renda, hábitos da população, custo da água, pressão na rede de distribuição
e perdas no sistema, que podem ser físicas ou administrativas. No tocante às perdas físicas, as ações
principais de controle dessas perdas incluem a setorização da rede e a redução de pressão na rede.

95. (CESPE / TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Eng. Civil - 2016) Julgue o item
subsequente, relativo ao planejamento de sistemas públicos de abastecimento de água potável.
Na determinação do índice de perdas dos sistemas públicos de abastecimento de água, não se considera o
desperdício de água nas instalações domiciliares.

96. (FCC / TRT 2ª Região - Ana. Judiciário - Eng. - 2018) Nos projetos de rede de distribuição de água
para abastecimento público, deve-se incorporar na concepção da rede de distribuição a delimitação de
Distritos de Medição e Controle (DMC), considerando as condições topológicas e operacionais da rede,
e os critérios estabelecidos pela operadora. Com o objetivo de proporcionar controle e eficiência, salvo
justificativa técnica, recomenda-se que o DMC abranja uma área que apresente, no máximo, uma das
seguintes características:
a) 12 000 ligações e extensão máxima de 35 km de rede no DMC.
b) 7 000 ligações e extensão máxima de 10 km de rede no DMC.
c) 10 000 ligações e extensão máxima de 50 km de rede no DMC.
d) 5 000 ligações e extensão máxima de 25 km de rede no DMC.
e) 15 000 ligações e extensão máxima de 15 km de rede no DMC.

97. (CESPE / Pref SL - Arquitetura - 2017) A magnitude das pressões hidráulicas que irão atuar em
uma rede de distribuição de água exerce papel relevante no projeto de abastecimento urbano. Com
relação aos limites mínimos e máximos dessas pressões, assinale a opção correta.
a) A ABNT não estabelece limites superiores de pressão nas tubulações distribuidoras.
b) As pressões mínimas devem garantir que a água chegue às torneiras com pressão adequada.
c) Com maiores pressões requeridas, o custo energético de bombeamento diminui.
d) As vazões nos pontos de consumo diminuem com o aumento da pressão disponível.
e) As perdas físicas da água diminuem com o aumento das pressões de serviço.

98. FCC / TRF 1ª Região - Ana. Judiciário - Eng. Civil - Questão de fixação) Em sistemas de
abastecimento de águas, ocorrem perdas reais, como vazamentos e extravasamentos, e perdas
aparentes, como má gestão comercial pelos órgãos responsáveis ou erros dos medidores de vazão.
Entre as medidas de controle somente das perdas aparentes, pode-se citar a melhoria das condições
a) da infraestrutura.

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b) da micromedição.
c) da qualidade dos materiais.
d) da qualidade da mão de obra na execução das obras.
e) de pressão na rede.

99. (FUNDEP / ARISB MG - Ana. de Fiscalização e Regulação - Eng. Civil - 2019) As perdas de água
em sistemas de abastecimento correspondem aos volumes não contabilizados, incluindo os volumes
não utilizados e os volumes não faturados. Tais volumes distribuem-se em perdas reais e perdas
aparentes.
São fatores que exercem influência sobre as perdas de água, exceto:
a) O diâmetro da tubulação.
b) A quantidade de ligações.
c) A pressão de operação da rede.
d) A qualidade, o tipo de material e a idade da tubulação.

100. (COPERVE-UFSC - Eng. - Questão de fixação) No controle de perdas em sistemas de


abastecimento de água, o uso de indicadores é fundamental para estabelecer comparativos e definir
ações corretivas ou de otimização. Dentre os vários indicadores destaca-se o percentual de perdas.
Sobre ele, considere as afirmativas abaixo, indicando se são verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) O indicador percentual relaciona o volume total perdido (perdas reais + perdas aparentes) com o volume
total fornecido ao sistema, sendo elaborado frequentemente com base em dados anuais.
( ) Esse indicador tem como principal vantagem a simplicidade e é adequado para comparação de
performance entre sistemas diferentes.
( ) O índice de perdas fornecido por esse indicador, quando usado para comparar sistemas, será afetado por
características específicas, como a predominância de grandes consumidores em um sistema em
contrapartida a um padrão predominante de consumidores residenciais em outro.
( ) Mesmo quando aplicado ao longo de um período, em um mesmo sistema de abastecimento, apurações
sistemáticas desse indicador não fornecerão dados úteis sobre a tendência ou a evolução das perdas na rede
de distribuição.
( ) O consumo per capita não tem qualquer influência sobre o índice de perdas quando estimado pelo
indicador em foco, numa comparação de sistemas.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.
a) V – F – F – V – V
b) F – V – F – V – F
c) V – F – V – F – F
d) F – V – V – F – V
e) V – F – V – F – V
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Atenção, a questão a seguir possui 2 respostas corretas.

101. (CS UFG / SANEAGO - Ana. de Saneamento - Eng - 2018) Segundo a Fundação Nacional de
Saúde, mesmo havendo disponibilidade de recursos hídricos para atender às demandas e exigências
legais, é uma obrigação ética dos responsáveis pelas instalações de abastecimento garantir que seja
utilizada a quantidade estritamente necessária de água, sem usos supérfluos. Para tanto, esforços
devem ser empreendidos visando à minimização de duas parcelas do conjunto de usos hídricos: as
perdas e os desperdícios. Ações de controle dos desperdícios devem incluir:
a) o controle de vazamentos na rede de distribuição e a precisão da medição.
b) a precisão da medição e o controle de fraudes.
c) a adoção de equipamentos de baixo consumo e as campanhas educativas.
d) os modelos tarifários que punam o consumo elevado e as campanhas educativas.

102. (CESPE / TRT 17ª Região - Ana. Judiciário - Eng. Civil - Questão de fixação) Julgue o item
seguinte, a respeito do tratamento, reservação e distribuição de águas.
A menor subdivisão da rede de distribuição de água é o setor de manobra, cujo abastecimento pode ser
isolado, sem afetar o fornecimento de água do restante da rede, recomendando-se o menor número
possível de válvulas.

103. (VUNESP / SAAE - Eng. Civil - 2018) Deve-se incorporar na concepção da rede de distribuição de
água para abastecimento público a delimitação de setores de manobra, considerando as condições
topológicas e operacionais da rede e os critérios estabelecidos pela operadora. Recomenda-se que o
setor de manobra abranja uma área que apresente o máximo de
a) 500 ligações ou extensão máxima da rede do sistema de manobra igual a 3 km.
b) 700 ligações ou extensão máxima da rede do sistema de manobra igual a 1,5 km.
c) 1 000 ligações ou extensão máxima da rede do sistema de manobra igual a 5 km.
d) 1 500 ligações ou extensão máxima da rede do sistema de manobra igual a 10 km.
e) 5 000 ligações ou extensão máxima da rede do sistema de manobra igual a 20 km.

104. (COPEVE / UFAL - Eng. Civil - Questão de fixação - Adaptado para nova NBR 12.218) A respeito
dos sistemas de abastecimento de água, assinale a alternativa correta.
a) O setor de manobra é a menor subdivisão da rede de distribuição cujo abastecimento pode ser isolado
sem afetar o abastecimento do restante da rede.
b) Vazão específica é o consumo acrescido das perdas que podem ocorrer na rede.
c) Pressão estática disponível ou, simplesmente, pressão estática, refere-se ao nível do terreno em
determinado ponto da rede sob condição de consumo não nulo.
d) Para efeito de projeto de sistemas públicos de abastecimento de água, considera-se população flutuante
aquela que, proveniente de outras comunidades ou de outras áreas da comunidade em estudo, se transfere

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para área abastecível, impondo ao sistema consumo unitário inferior ao atribuído à população, enquanto
presente na área, e em função das atividades que aí exerce.
e) A população abastecível corresponde à soma das populações residente, flutuante e temporária.

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GABARITO

1. B 36. E 71. C
2. B 37. D 72. Errado
3. A 38. D 73. Errado
4. Certo 39. C 74. Certo
5. C 40. Errado 75. A
6. Certo 41. Correto 76. C
7. E 42. C 77. A
8. B 43. A 78. Errado
9. B 44. E 79. B
10. B 45. D 80. Certo
11. Certo 46. A 81. B
12. Errado 47. A 82. Certo
13. E 48. Errado 83. Certo
14. B 49. Errado 84. Errado
15. Errado 50. D 85. Certo
16. C 51. C 86. C
17. D 52. D 87. C
18. C 53. D 88. Errado
19. Errado 54. C 89. C
20. Errado 55. Errado 90. Errado
21. D 56. C 91. B
22. A 57. Certo 92. B
23. B 58. Certo 93. B
24. Errado 59. C 94. Certo
25. Errado 60. Certo 95. Certo
26. Errado 61. Errado 96. D
27. Errado 62. A 97. B
28. Errado 63. Certo 98. B
29. Errado 64. C 99. A
30. Errado 65. E 100. C
31. Errado 66. Errado 101. C, D
32. B 67. Errado 102. Certo
33. Errado 68. D 103. A
34. Errado 69. D 104. A
35. C 70. B
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMERICANA. Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e
Jundiaí. Relatório de fiscalização técnica dos sistemas de água e esgoto do município de Piracicaba.
Americana: 2019. 22p.
BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Ministério da Saúde. Manual de Saneamento. 4. ed. Brasília:
Funasa, 2015. 642 p.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Boas práticas para habitação mais sustentável. Brasília: CEF, 2010. 204 p.
CPRM (Serviço Geológico do Brasil). Hidrogeologia: Conceitos e aplicações. 3. ed. Rio de Janeiro: Cprm,
2008. 812 p.
DIM ENGENHARIA (São Paulo). Serviços. [20--]. Disponível em: <https://dim-engenharia.negocio.site/>.
Acesso em: 20 jan. 2019.
SÃO PAULO. Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de
São Paulo. Uso de água de chuva: Pesquisadores do IPT explicam os requisitos básicos e os cuidados para
garantir a qualidade da água coletada. 2015. Disponível em: <http://www.ipt.br/noticia/892-
uso_de_agua_de_chuva.htm>. Acesso em: 19 jan. 2019.
TIGRE (São Paulo). Orientações para instalações de Água Fria Predial. São Paulo, [201-]. 76 p.

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