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Autor:
Marcus Campiteli
Aula 09
22 de Abril de 2020
Coberturas ........................................................................................................................ 2
1 – Coberturas de Madeira ................................................................................................ 2
2 – Questões Comentadas ................................................................................................. 4
3 – Questões Apresentadas Nesta Aula............................................................................ 21
4 – Gabarito ..................................................................................................................... 27
5 – Referências Bibliográficas .......................................................................................... 28
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Engenharia Civil II p/ ALCE (Analista - Engenharia Civil) - Pós-Edital 28
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COBERTURAS
Olá pessoal, nesta aula apresentamos o assunto Coberturas, com a uma breve parte teórica focada
nas coberturas de madeira, por ser o assunto mais solicitado pelas bancas.
Encontrei poucas questões deste assunto. Por isso, agrupei nesta aula questões das bancas da Cespe,
ESAF, FCC e Vunesp.
De qualquer forma, sempre citamos a fonte. Com isso, vocês podem recorrer a elas para estudar
mais detalhes.
Dicas adicionais são publicadas no Instagram: @profmarcuscampiteli
Bons estudos e bom foco!
1 – COBERTURAS DE MADEIRA
A estrutura de madeira é composta por uma armação principal e outra secundária, também
conhecida por trama. A estrutura principal poderá ser constituída por tesouras ou por pontaletes e
vigas principais, sendo a trama constituída pelas ripas, pelos caibros e pelas terças.
- Ripas: peças de madeira colocadas horizontalmente e pregadas sobre os caibros, atuando como
apoio das telhas cerâmicas.
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- Caibros: peças de madeira dispostas com a inclinação da cobertura de telhas cerâmicas e apoiadas
sobre as terças, atuando por sua vez como suporte das ripas.
- Terças: peças de madeira colocadas horizontalmente e apoiadas sobre tesouras, sobre pontaletes
ou anda sobre paredes, funcionando como sustentação dos caibros em telhados cerâmicos ou
diretamente de telhas de fibrocimento.
- Frechal: viga de madeira colocada no respaldo de paredes, com a função de distribuir as cargas
concentradas provenientes de tesouras, de vigas principais ou de outras peças de madeira da
estrutura; costuma-se chamar também de frechal a terça da extremidade inferior do telhado.
- Terça de Cumeeira: terça posicionada na parte mais alta do telhado.
- Pontaletes: peças de madeira dispostas verticalmente, constituindo pilaretes apoiados na laje de
cobertura, sobre os quais se apoiam as vigas principais ou as terças.
- Tesoura: treliça de madeira que serve de apoio para a trama. As barras da tesoura recebem
designações próprias, quais sejam: empena ou banzo superior (com a inclinação da cobertura); linha,
tirante ou banzo inferior (horizontal); montante (vertical, não central); montante principal ou
pendural (vertical central); diagonal ou escora (inclinada interna).
- Chapuz: calço de madeira, geralmente de forma triangular, que serve de apoio lateral para a terça.
- Mão-francesa: peça disposta de forma inclinada, com a finalidade de travar (contraventar) a
estrutura.
- Água: superfície plana e inclinada do telhado.
- Beiral: projeção do telhado para fora do alinhamento da parede da fachada.
- Cumeeira: aresta horizontal delimitada pelo encontro entre duas águas (painéis do telhado),
geralmente localizada na parte mais alta do telhado.
- Espigão: aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas que formam um ângulo
saliente, sendo consequentemente um divisor de águas.
- Rincão: aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas que formam um ângulo
reentrante, sendo consequentemente um captador de águas (também chamado de água-furtada).
- Rufo: peça complementar de arremate entre o telhado e uma parede.
- Fiada: sequência de telhas na direção horizontal.
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2 – QUESTÕES COMENTADAS
1. (39 - Metrô/2009 G07 – FCC)
Considere a figura abaixo.
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(A) peça de madeira colocada horizontalmente e pregada sobre os caibros, atuando como
apoio das telhas cerâmicas.
(B) aresta horizontal delimitada pelo encontro entre duas águas, geralmente localizada na
parte mais alta do telhado.
(C) treliça de madeira que serve de apoio para a trama.
(D) aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas que formam um ângulo
saliente.
(E) projeção do telhado para fora do alinhamento da parede da fachada.
Comentários
De acordo com Yazigi (2009), a cumeeira é a aresta horizontal delimitada pelo encontro entre duas
águas (painéis do telhado), geralmente localizada na parte mais alta do telhado.
Gabarito: B
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(PF Nacional/2004)
Acerca das formas e linhas principais dos telhados, julgue o seguinte item.
4. 56 –
Rincão é um divisor de água horizontal que tem a mesma característica e função da cumeeira.
Comentários
Pessoal, de acordo com Walid Yazigi (2009), o rincão é uma aresta inclinada delimitada pelo
encontro entre duas águas que formam um ângulo reentrante, sendo consequentemente um
captador de águas (também chamado de água-furtada).
Portanto, o rincão é um encontro de águas, ao contrário de divisor de águas.
Gabarito: Errada
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Temos que:
I – cumeeira (3)
II – perna ou empena (8)
III – terça (4)
IV – contrafrechal (5)
V – pontalete ou montante (12)
VI – escora (11)
VII – linha ou tirante (9)
Gabarito: B
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(A) cumeeira.
Aresta horizontal delimitada pelo encontro entre duas águas (painéis do telhado), geralmente
localizada na parte mais alta do telhado. (Yazigi, 2009)
(B) rincão.
Aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas que formam um ângulo reentrante,
sendo consequentemente um captador de águas (também chamado de água-furtada). (Yazigi, 2009)
(C) espigão.
Aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas que formam um ângulo saliente, sendo
consequentemente um divisor de águas. (Yazigi, 2009)
(D) sambladura.
Emendas e ligações feitas numa tesoura. (Azeredo, 1977)
(E) frechal
Viga de madeira colocada no respaldo de paredes, com a função de distribuir as cargas concentradas
provenientes de tesouras, de vigas principais ou de outras peças de madeira da estrutura. Costuma-
se chamar também de frechal a terça da extremidade inferior do telhado. (Yazigi, 2009)
Verifica-se que a flecha aponta para uma reentrância do telhado, ou um encontro de águas,
denominado rincão.
Gabarito: B
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Temos que:
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8. (61 – PF Administrativo/2004)
As terças de telhados típicos estão sujeitas à flexão oblíqua.
Comentários
Conforme se verifica na figura abaixo, a base das terças (4) apoiam-se de forma inclinada sobre a
perna da tesoura (8).
Verifica-se que as terças estão submetidas a carregamento linearmente distribuído pelos caibros, e
estes, pelas ripas. Com isso, as terças estão sujeitas à flexão. Como elas encontram-se oblíquas em
relação aos eixos horizontal e vertical, a flexão também será oblíqua.
Gabarito: Correta
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II. A tesoura é uma treliça de madeira que serve de apoio para a trama.
Comentários: De acordo com Yazigi (2009), a tesoura é uma treliça de madeira que serve de apoio
para a trama. As barras da tesoura recebem designações próprias, quais sejam: empena ou banzo
superior (com a inclinação da cobertura); linha, tirante ou banzo inferior (horizontal); montante
(vertical, não central); montante principal ou pendural (vertical central); diagonal ou escora
(inclinada interna).
Gabarito: Correta
III. Os caibros são peças de madeira dispostas com a inclinação da cobertura de telhas
cerâmicas e apoiadas sobre as ripas e atua como suporte para as terças.
Comentários: De acordo com Yazigi (2009), os caibros são peças de madeira dispostas com a
inclinação da cobertura de telhas cerâmicas e apoiadas sobre as terças, atuando por sua vez como
suporte das ripas.
Gabarito: Errada
Está correto o que consta APENAS em
(A) I.
(B) II e III.
(C) II.
(D) I e II.
(E) I e III
Gabarito: D
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As terças estão submetidas a carregamento linearmente distribuído pelos caibros, e estes, pelas
ripas, que proporcionam flexão nos vãos entre os apoios nas pernas das tesouras.
Os esforços do telhado (peso próprio + vento) são transmitidos
E o esquema de esforços da tesoura podem ser representados pelo esquema a seguir:
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As mantas de subcobertura são mantas instaladas sob as telhas que funcionam como barreira física
para a entrada de água e também como barreira térmica, reduzindo o calor dentro das edificações.
Leves e de manuseio simples, as mantas são facilmente pregadas nos caibros de madeira.
O material também proporciona maior vida útil ao telhado ao evitar que a madeira utilizada na
estrutura sofra apodrecimento causado pelo acúmulo de água. Além disso, as subcoberturas com
mantas de fibras de polietileno de alta densidade podem ser respiráveis. Com isso permitem que o
vapor gerado dentro do imóvel saia pelos poros da manta, mas sem que a água na forma líquida
infiltre no ambiente seco.
Gabarito: Correta
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Gabarito: E
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Verifica-se que elas apresentam o caimento dos panos dos telhados por intermédio das flechas.
Gabarito: A
(STJ/2015 – Cespe/Cebraspe)
A respeito da terminologia, dos tipos e do projeto dos telhados, julgue os itens a seguir.
19. 51 –
O efeito da sucção provocada pela ação do vento é relevante no projeto da estrutura do telhado,
principalmente quando da utilização de telhas cerâmicas.
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Comentários:
De acordo com Moliterno, o emprego das telhas cerâmicas tanto do tipo marselha como colonial
paulista, para coberturas de residências, condicionam o projeto do telhado à inclinação de menos
26º ou 22º respectivamente. Isso se verifica facilmente, observando-se os diagramas de Cremona,
em que, quanto maior for a inclinação do telhado tanto menor será a solicitação dos esforços nas
barras principais de uma tesoura (linha e empena).
Por outro lado, a carga permanente, elevada com esse tipo de cobertura, torna quase sem efeito
uma possível inversão dos esforços nas barras das treliças, que poderiam ser provocados pela ação
da sucção do vento. Convém ressaltar que o efeito da sucção provocada pela ação do vento só
passou a merecer exame mais cuidadoso quando do emprego das chapas onduladas de cimento-
amianto.
Ainda, segundo o mesmo autor, essas chapas, fixadas à estrutura por meio de ganchos ou parafusos,
transmitem integralmente a solicitação dessa carga, ao passo que as telhas cerâmicas, geralmente
não estando presas às estruturas, não chegam a transmitir sucção, mas somente pressão.
Portanto, não se verifica a relevância do efeito da sucção sobre a estrutura em telhados com telhas
cerâmicas.
Gabarito: Errada
20. 52 –
Apesar de ser o tipo mais econômico e mais empregado no Brasil para estruturas de madeira de
telhados residenciais, a tesoura do tipo Howe dificulta a execução da ligação das diagonais com os
banzos por meio de entalhes.
Comentários:
De acordo com Moliterno, entre a infinidade de tipos de treliças ou tesouras existentes, o que mais
se emprega no Brasil, para estruturas de madeira dos telhados residenciais, é a tesoura tipo Howe.
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Ainda, segundo o mesmo autor, a tesoura Howe é a que melhor se presta para o material utilizado,
a madeira, pois permite executar a ligação das diagonais (barras comprimidas) com os banzos
(empena ou linha) da madeira mais natural, que é a sambladura ou entalhe (figura abaixo). As barras
verticais, trabalhando à tração com esforços menores do que as diagonais, podem ser ligadas por
intermédio de parafusos, pinos circulares de madeira ou mesmo pregos.
Portanto, ao contrário do enunciado, a tesoura do tipo Howe facilita a execução da ligação das
diagonais com os banzos por meio de entalhes.
Gabarito: Errada
21. 53
Terças são vigas apoiadas sobre as tesouras ou sobre as paredes para a sustentação dos caibros.
Comentários:
Exato, conforme vimos na nossa aula.
Gabarito: Correta
22. 54
Lanternim é uma solução empregada em galpões quando a iluminação e a ventilação trazidas pelas
janelas forem consideradas insuficientes.
Comentários:
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(D) aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas que formam um ângulo
saliente.
(E) projeção do telhado para fora do alinhamento da parede da fachada.
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(C) I. Cumeeira; II. Terça; III. Perna ou Empena; IV. Frechal; V. Montante ou Suspensório; VI.
Escora e VII. Linha ou Tirante.
(D) I. Perna ou Empena; II. Cumeeira; III. Escora; IV. Terça ; V. Montante ou Suspensório; VI.
Frechal e VII. Linha ou Tirante.
(E) I. Cumeeira; II. Perna ou Empena; III. Terça; IV. Frechal; V. Montante ou Suspensório; VI.
Linha ou Tirante e VII. Escora.
(A) cumeeira.
(B) rincão.
(C) espigão.
(D) sambladura.
(E) frechal
7. (34 – UFTM/2013 – VUNESP)
A figura representa uma tesoura de madeira para estrutura de telhado
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Considerando-se os elementos que compõem uma tesoura para telhado como sendo linha
(tirante), perna (empena), pendural, escora e suspensório, e as peças que transmitem as cargas
às tesouras como sendo cumeeiras, terças e frechal, os tipos de solicitação nas peças são
a) tração para a linha, compressão para a empena e flexão para as terças.
b) tração para a linha e empenas e flexão para o frechal.
c) compressão para a linha e empenas e flexão apenas para a cumeeira.
d) tração para a linha e compressão para a empena e cumeeira.
e) compressão para a linha, tração na empena e flexão na terça.
13. (52 – MPU/2004 – ESAF)
Para o dimensionamento correto de um telhado é necessário conhecer os seus elementos,
constituídos pela estrutura suporte (tesouras ou outros elementos similares) e pela trama.
Considerando-se as definições dos principais elementos de um telhado, assinale a opção
incorreta.
a) Trama é um quadriculado constituído de terças, caibros e ripas, que servem de apoio às
telhas.
b) Terças são elementos horizontais fixados paralelamente às tesouras.
c) Caibros são elementos fixados em direção perpendicular às terças.
d) Ripas são elementos colocados transversalmente aos caibros.
e) A estrutura de armação de um telhado pode ser constituída por tesouras, estruturas
pontaletadas ou por empenas.
14. (49 – SEGAS/2013 – FCC)
A escolha do tipo de telha a ser utilizada na cobertura de uma edificação deve ser compatível
com as características geométricas do telhado. Para a utilização de uma telha que admita uma
inclinação igual a 45°, a declividade entre o ponto mais alto do telhado e o mais baixo será, em
%, de, no máximo,
(A) 50.
(B) 45.
(C) 20.
(D) 100.
(E) 10
15. (140 – Câmara dos Deputados/2012 – Cespe)
Recomenda-se o uso de subcoberturas — mantas instaladas sob as telhas — para aumentar a
vida útil do telhado, pois assim se evita o acúmulo de água na estrutura, o que impede o seu
apodrecimento.
16. (35 – UFTM/2013 – VUNESP)
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Para construir um pátio coberto para a recreação de uma escola do ensino fundamental, optou-
se por uma cobertura com telhas francesas, em telhado de duas águas com lanternim. O
lanternim é um
(A) equipamento que não permite a aeração.
(B) sistema de proteção contra o vento.
(C) caixilho provido de vidros.
(D) caixilho provido de venezianas.
(E) pequeno telhado localizado sobre a cumeeira.
17. (24 – TRT-15/2013 – FCC)
Considere o projeto de cobertura em uma água de uma residência abaixo.
==adc52==
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4 – GABARITO
5) B 11) D 17) A
6) B 12) A 18) A
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5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Azeredo, Hélio Alves de. O Edifício e seu Acabamento. São Paulo. Edgard Blucher, 1987. 8ª
Reimpressão: 2006.
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