Você está na página 1de 76

CAMPUS MOSSORÓ

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

OBRAS DE TERRA
Tópico:

Barragens de Terra e Enrocamento

Obras de Terra - Prof. John Eloi – johneloi@ufersa.edu.br 1


Síntese
 Histórico das Barragens de de terra e enrocamento;
 Tipos de barragens;
 A escolha do tipo de barragem;
 Princípios gerais de projeto
 Sistemas de drenagem interna em barragens de terra;
 Fundações de barragens
 Projeto, Controle e tratamentos

 Instrumentação
Obras de Terra - Prof. John Eloi

2
Histórico das barragens
 Barragens
 Estrutura de contenção de 2700 a.C. (Egito)- Barragem de Sadd-El-Katara – Rio Nilo
Altura: 12 m Destruída por transbordamento;
líquido (geralmente, água)
formada por materiais
combinados: solo e/ou pedra 500 a.C. (Sri Lanka) - Barragem de terra - Altura: 12 a 27m
13.000.000 m3 de material;
e/ou concreto, essencialmente
projetadas para se controlar o
100 a.C.. (Norte da Itália/ Sul da França)- Barragens romanas em arcos.
nível de líquido represado.
 Finalidades:
1820 (Inglaterra) - Telford introduz o uso de núcleos argilosos em
 Regularização barragens de terra e enrocamento;
 Retenção
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

1856 (França) - Experiências de Darcy - Velocidade de percolação da


 Breve histórico água.

1859 (Inglaterra) - Patente do primeiro rolo compactador a vapor.

1930-40 (EUA) - A Mecânica dos Solos consolida-se como ciência


aplicada

Atualidade - Rolos compactadores vibratórios;


Barragem de Nurek (URSS): 312 m
Barragens com membranas
Barragens em terra armada

3
Obras Atuais de Barragem de Terra
Barragem de Corema, erguida na Paraíba em 1938

UHE Foz do Areia - Curitiba/PR/ Enrocamento + Face


em Concreto – 1977419 - MW
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

4
UHE – Xingó - Barragem de enrocamento
com face de concreto a montante com cerca de 140 m de altura máxima

Rio São Francisco - Alagoas


UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

5
Constituição básica de uma barragem
Mello (1975):
“Uma barragem deve ser vista como
uma unidade ou um todo orgânico no Vertedouros
Tomada d’água
espaço.”
bacia da represa Bacia de
dissipação
Elementos de uma barragem:
a) a bacia da represa;
b) os terrenos de fundação, que são
como um prolongamento da barragem
em subsuperfície;
c) As estruturas anexas ou auxiliares
(vertedouros, descarregadores de
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

fundo, tomadas d'água, galerias,


túneis, casas de força, etc.)
d) os instrumentos de auscultação
(piezômetros, medidores de recalques, Fundação
etc.), importantes para a observação
do comportamento da obra;
e) as instalações de comunicação e
manutenção

6
Tipos de Barragens
BARRAGEM DE CONCRETO
GRAVIDADE (CONCRETO MASSA)
• Funciona em função do seu peso
• Requer fundações em rocha
• Critérios de análise:
• Equilíbrio de forças estáticas
(deslizamento e tombamento)
• Resultante das forças atuantes caia
no terço médio da base
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

• Análise e redução das subpressão


da água percolante abaixo da
barragem, no maciço de rocha
geralmente fraturada.

subpressão

7
Tipos de Barragens
BARRAGEM DE CONCRETO GRAVIDADE (CONCRETO MASSA)
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

Barragem Avaré, São Paulo, Brasil. Three Gorges Dam – China (maior do mundo)

8
Tipos de Barragens
BARRAGEM DE CONCRETO GRAVIDADE (CONCRETO MASSA)
Three Gorges Dam – China

• Esta é a maior barragem de concreto gravidade


do mundo, com mais de 1600m de extensão e
altura total de 186m.
• 1,2 milhões de pessoas serão remanejadas,
centenas de cidades e vilas serão inundadas,
além de sítios arqueológicos.
• Aproximadamente 250.000 operários
envolvidos no pico da obra.
• Mais de 100 milhões de m3 de escavação em
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

solo e rocha;
• Consumo de concreto: 25,5 milhões de m3
• Cada uma das 26 turbinas pesa cerca de 400 t.
• Prazo total de construção: 17 anos, divididos
em 3 etapas:
• Fase I: 1993-1997; Fase II:1998-2003;
Fase III: 2004-2009.
• Profundidade da água no reservatório = 175 m

9
Tipos de Barragens
BARRAGEM DE CONCRETO
ESTRUTURAL COM CONTRAFORTES
• Constituídas de lajes ou abóbadas
múltiplas inclinadas, apoiadas em
contrafortes;
• A estabilidade quanto ao deslizamento é
favorecida pela inclinação da resultante
do empuxo hidrostático;
• Requer cuidados com as fundações
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

devido às concentrações de tensões na


base dos contrafortes.

10
Tipos de Barragens
BARRAGEM DE CONCRETO EM
ARCO DE DUPLA CURVATURA

• A forma em curva faz com que as


pressões sejam transferidas para as
ombreiras;
• Concreto trabalha em compressão
• O vale deve ser estreito e regular com
relação (comprimento da crista/altura
máx) da ordem de 5 (cinco);
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

• Exigem grandes escavações para atingir


a rocha sã e para garantir geometria
adequada;
• Tensões na fundação  (7MPa);
• A estabilidade depende da geologia, 
avaliação das descontinuidades
• O problema é hiperestático  Solução
pela compatibilidade de deslocamentos!
11
Tipos de Barragens
BARRAGEM DE CONCRETO EM ARCO DE DUPLA CURVATURA
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

Barragem de Hoover – Fronteira Nevada / Arizona


EUA Foto não identificada – Apenas como exemplo!
- Altura de 221 m;
- Largura de 379
- Arco de gravidade!

12
Tipos de Barragens
BARRAGEM DE TERRA
HOMOGÊNEA Filtro • Aplicada em regiões de vales abertos e
solos de fundação de baixa capacidade de
suporte  Requer grande volume de
material (solo);
• Permitem deformações por parte das
Solicitações básicas:
fundações;
• Geometria do talude definida para ser
estável durante a construção, no estado de
reservatório cheio e na situação de
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

rebaixamento rápido;
• Exige controle do “piping” (erosão interna
do maciço por percolação interna da água)
 Controle da percolação da água no
talude e pelas fundações é preponderante!
• Uso de filtros para direcionamento do
fluxo e dissipação de pressões neutros 
Filtros de Terzaghi!
13
Tipos de Barragens
BARRAGEM DE TERRA
HOMOGÊNEA Filtro • São construídas com solos de
granulo-metria fina e grossa e
permeabilidade baixa;

• Uso da compactação
• Seção homogênea
• Seção zoneada

• Uso de seções zoneadas  provisão


UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

de propriedades geotécnicas diver-


sas: permeabilidade, drenagem,
etc...
• Têm um núcleo impermeável e
duas zonas externas mais
permeáveis, formada por
material mais grosseiro, que
evita deslizamentos
14
Tipos de Barragens
BARRAGEM DE TERRA
HOMOGÊNEA
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

- Requerem taludes bastante inclinados para evitar escorregamentos e erosão


- Taludes inclinados, 2.5 a 2.0H:1V
- Problemas comuns: deslizamentos, fissuras, galgamento (overtopping) e erosão interna (piping)
- O deslizamento pode se manifestar de várias formas:
- Durante a construção
- Do talude de jusante causado por infiltração
- Defeitos na fundação e abalos sísmicos
- Quando as tensões de cisalhamento ultrapassam a resistência do material ou quando ocorrem planos de
fraqueza na fundação
15
Tipos de Barragens
BARRAGEM DE TERRA HETEROGÊNEA – ENROCAMENTOS + SOLOS
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

16
Tipos de Barragens
BARRAGEM DE TERRA
HETEROGÊNEA –
ENROCAMENTOS + SOLOS • Mais estável dentre as barragens de
terra e terra-enrocamento;
• Núcleo argiloso garante a
estanqueidade;
• Núcleo centrado ou Inclinado
• Núcleo Centrado
• Deve ter rigidez maior ou
igual a do enrocamento 
Evitar “efeitos de silo ou
arqueamento”  gera
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

descontinuidades (trincas) no
núcleo;
• Núcleo Inclinado
• Elimina risco de arqueamento
• Diminuem o consumo de
materiais finos e reduz tempo
Massad (2010)
de execução

17
Tipos de Barragens
BARRAGEM DE TERRA
HETEROGÊNEA –
ENROCAMENTOS + SOLOS • Necessita de maior controle
da percolação das fundações
quando comparadas com as
barragens de terra homogênea
 Fundações mais estanques
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

Massad (2010)

18
Tipos de Barragens
BARRAGEM DE ENROCAMENTO
COM MEMBRANA DE
CONCRETO
• Com septo impermeável, placas de
concreto sobre o talude de
montante, de enrocamento (Fig.
7.6);

• A grande vantagem: cronograma


construtivo reduzido!
Massad (2010)
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

• Sistema de juntas especial para as


placas de concreto, uma vez que a
barragem sofre recalques
consideráveis no primeiro
enchimento;

19
Tipos de Barragens
BARRAGEM DE ENROCAMENTO
COM MEMBRANA DE
CONCRETO

Número de Unidades Geradoras: 3


Tipo de Turbina: Francis Vertical
Potência Total: 880 MW (3 x 293,3)
Queda Líquida Máxima: 176,4 m
Área do Reservatório: 34,6 km²
Barragem 201,46 m altura / 592 m
comprimento
Início das Obras: Agosto/2001
Geração Comercial da 1ª U.G.:
setembro/2006
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

Término das Obras: Julho/2006


Energia Assegurada: 3.310.404
MWh/ano

Usina Hidr. de Campos Novos/SC


20
BARRAGEM EM ATERRO HIDRÁULICO

• Construída por processo hidráulico, onde o solo é transportado com água, por meio de
tubulações, até o local de construção.
• Formação por deposição das partículas do solo ao longo da bacia hidráulica. As
partículas maiores se posicionam nos espaldares (saias do aterro); as finas, no núcleo;
• Baixo custo de execução
• Material depositado (areias) podem sofrer liquefação. A compactação dos espaldares
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

pode resolver esse problema!

Massad (2010)
21
ATERRO HIDRÁULICO

Proteção da Linha de Costa no Espirito Santo Aterro em Dubai – Ilhas Privadas


UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

22
Fatores que Afetam a Escolha do Tipo de Barragem
 Geológico-geotécnico e Ambientais
 Induz aos estudos do terreno, dos riscos e do grau de viabilidade técnica da obra
 Hidrológico-hidráulico;
 Definição do domínio da obra, da capacidade de armazenamento e das bacias
 Topográfico;
 Discretização completa do terreno natural e suas modificações necessárias.
 Materiais de empréstimo
 Distâncias de transporte, qualidade dos materiais, quantidade, etc ...
 Custo
 Estudo de viabilidade econômica
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

 Prazo;
 Relacionado à necessidade da obra
 Clima
 Incontrolável e de suma importância no estudo da obra
 Sistema construtivo
 Definido em função dos fatores anteriores
 Disponibilidade de mão-de-obra, equipamentos e materiais.

23
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

Custos Médios de um Barragem

Massad (2010)

24
Princípios Gerais de Projeto de uma Barragem
 Princípio Geral da Engenharia
 Segurança e Economia;

 Quanto à Segurança, combate-se:

 O transbordamento;
 O piping;
 à ruptura dos taludes artificiais, de montante e de jusante, e aos
taludes naturais, das ombreiras adjacentes ao reservatório;
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

 ao efeito das ondas formadas pela ação dos ventos, atuantes na


superfície dos reservatórios;
 A erosão da água nas estruturas e no terreno.

25
Princípios Gerais de Projeto de uma Barragem
 Análise Puramente Geotécnica:
 a) Análise de tensões e deformações, no maciço e fundação, na
condição de equilíbrio limite;
 Uso de métodos numéricos, p.e, FEM.
 b) Análise de estabilidade dos taludes e encostas (detalhado a seguir)
 c) Estudos de percolação e de ruptura por transbordamento;
 O tipo de solo e as condições de compactação;
 A presença de enrocamento no maciço de jusante;
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

 O tipo e a forma de colocação dos materiais de proteção do talude


de jusante;
 A inclinação do talude de jusante, que influencia a velocidade do
fluxo d'água;
 Previsão da existência ou não de lâmina d'água sobre a crista da
barragem, imediatamente antes da formação de uma brecha.

26
Princípios Gerais de Projeto de uma Barragem
 Fatores geradores de piping:
 ausência de filtros horizontais tipo sanduíche, construídos com
materiais pedregosos, francamente permeáveis;
 as condições de compactação do maciço terroso;

 a ausência de transições adequadas entre solos e materiais


granulares;
 a presença de fundações arenosas;
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

27
Princípios Gerais de Projeto de uma Barragem
 Proteção dos Taludes
 Contra a erosão das ondas que se chocam com o talude de
montante (TM)  Construção de um rip rap, isto é, camadas de
enrocamento e transição, estendendo-se na face do talude de
montante.
 Proteção contras as águas das chuvas no TJ  Lançamento de
camada de pedrisco ou ao plantio de gramas em placas ou por
meio de hidrossemeadura.
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

 A largura mínima da crista de barragens de terra: 3 m

28
Princípios Gerais de Projeto de uma Barragem
 ANÁLISE DE ESTABILIDADE DOS TALUDES
Modos e Mecanismos de Ruptura
• A superfície de ruptura → maciço e fundação;
• Predominância coesiva → ruptura profunda e circular;
• Predominância do atrito → ruptura superficial e planar;
• Materiais homogêneos → superfície de ruptura circular.
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

29
Princípios Gerais de Projeto de uma Barragem
 ANÁLISE DE ESTABILIDADE DOS TALUDES
Modos e Mecanismos de Ruptura
• Materiais com diferença de
resistência muito grande → ruptura
planar na superfície de contato;
• Superfície de ruptura pelo material
mais frágil;
• Caso especial → taludes de areia →
devido a natureza não coesiva tendem
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

a correr naturalmente;

30
Princípios Gerais de Projeto de uma Barragem
 ANÁLISE DE ESTABILIDADE DOS TALUDES
MÉTODOS DE ANÁLISE

• O método mais utilizado → Bishop;


• Possui algumas restrições → evitar o
uso quando existe aplicação de força
horizontal ou superfície de ruptura não
circular;
• Onde Bishop não se aplica → utilizar
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

GLE ou M&P;
• Independente do tipo de análise →
verificar as isolinhas de FS → garantir
que o FS encontrado é o mínimo.

31
Princípios Gerais de Projeto de uma Barragem
 ANÁLISE DE ESTABILIDADE DOS TALUDES
MÉTODOS DE ANÁLISE
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

Exemplos de simulação de estabilidade de taludes – Software SLOPE/W

32
Princípios Gerais de Projeto de uma Barragem
 ANÁLISE DE ESTABILIDADE DOS TALUDES
MÉTODOS DE ANÁLISE
FASES DE CARREGAMENTO
• Final de Construção
• Primeiro Enchimento
• Operação
• Rebaixamento Rápido
Final de Construção
• O maciço não teve tempo para adensar → comportamento não
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

adensado e não drenado;


• Parâmetros de resistência → obtidos do ensaio UU;
• A análise feita para os taludes de montante e jusante;
•Fator de segurança de 1,3.

33
Sistemas de Drenagem Interna em barragem de terra (BT)
Drenagem interna em barragens de terra: evolução conceitual (Massad, 2010)

Filtro Terzaghi
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

Filtro Victor de Mello

34
Sistemas de Drenagem Interna em barragem de terra (BT)
DIMENSIONAMENTO DOS FILTROS

Procedimentos:
1. Traçado da Rede de fluxo para a determinação da quantidade de água (vazão) a ser
captada pelos filtros (fácil), em função das estimativas dos coeficientes de
permeabilidade do maciço compactado e dos maciços de fundação (difícil);
2. Fixam-se valores para os coeficientes de permeabilidade dos filtros (função dos
materiais disponíveis) e calculam-se as suas espessuras, com base na Lei de Darcy,
ou na Equação de Dupuit;
3. Verifica-se se os materiais dos filtros e os solos que os envolvem satisfazem o
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

Critério de Filtro de Terzaghi, para se ter uma garantia segura contra o piping.

35
Sistemas de Drenagem Interna em barragem de terra (BT)
DIMENSIONAMENTO DOS FILTROS

Cálculo da largura dos filtros (B):


Lei de Darcy
• Para os filtros verticais  Fluxo
Vertical:
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

Q é a vazão absorvida pelo filtro;


kfv é o seu coeficiente de permeabilidade vertical;

36
Sistemas de Drenagem Interna em barragem de terra (BT)
DIMENSIONAMENTO DOS FILTROS

Cálculo da largura dos filtros (B): Q é a vazão absorvida pelo filtro;


kfh é o seu coeficiente de permeabilidade
• Para os filtros horizontais: horizontal;

Garante alta
permeabilidade para o
elemento filtrante
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

• Trabalhando em carga plena: • Trabalhando livremente:

37
Sistemas de Drenagem Interna em barragem de terra (BT)
DIMENSIONAMENTO DOS FILTROS

Proteção contra o PIPING


• Os filtros têm de possuir: Critério de filtros e transição
• Espaços grandes para permitir a Terzaghi propôs:
passagem da água; • Proteção contra o “piping”
• Espaços pequenos para reter o
solo.
• Permeabilidade do filtro deve ser,
pelo menos, de 10 a 20 vezes a do atendidas
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

solo a ser protegido; • Permeabilidade: simultaneamente

• Critério de Terzaghi
• A permeabilidade está ligada
aos vazios do solo;
• O tamanho dos vazios está Os índices 15 e 85 referem-se às porcentagens do
ligado à granulometria; material, em peso, com partículas menores do que
• O índice de vazios depende o diâmetro D, a eles associados.
mais das partículas menores
38
Sistemas de Drenagem Interna em barragem de terra (BT)
DIMENSIONAMENTO DOS FILTROS
Proteção contra o PIPING
• Deve-se ter curvas cuja distribuição granulométrica sejam paralelas;
• Quando tal preceito não for atendido → curva mais bem distribuída que a do material
anterior.
• Ensaio granulometria → realizado com a água do rio, sem defloculante;
• Argila dispersiva → colocar uma camada de argila não dispersiva entre a areia e a argila
dispersiva;
• Uma outra alternativa → instalar um geossintético que atenda os critérios de filtro;
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

• Fundação em argila → a base do filtro horizontal deve ter características de filtro para o
material de fundação.

Conclusões:
• Dimensionamento feito com base na vazão fornecida pela rede de fluxo;
• Adoção de fatores de segurança em relação à vazão, que em geral variam de 10 a 20
vezes.
• Para as argilas e os enrocamentos, deve-se dividir os fatores de Terzaghi por 10.
39
Tratamento das Fundações
 Fundações das Barragens
 Fundações em Rochas
Principais Problemas:
• Maciço Rochoso Fraturado
• Perda d´Água Excessiva
• Descontinuidades Lisas ou Preenchidas
• Instabilidade de Taludes
• Topo Rochoso Irregular
• Recalques Diferenciais Induzidos
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

Soluções e Tratamentos
• Limpeza
• Regularização do Topo Rochoso
• Cortina de Injeções
• Profunda
• Rasa (Consolidação)
• Tapete de Consolidação

40
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

Tratamento da Fundações

41
Tratamento da Fundações
 Fundações das Barragens
 Fundações em Solos
Principais Problemas: Soluções e Tratamentos
• Solos Problemáticos • Eliminação
• Solos Porosos Permeáveis • Cut-Off (Trincheira Total)
• Perda d´Água Excessiva • Parede Diafragma
• Solos Moles • Cortina Injetada
• Recalques Excessivos (Adensamento) • Redução
• Instabilidade de Taludes • Trincheira Parcial
• Solos Colapsíveis • Tapete de Montante
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

• Recalques Bruscos e Diferenciais • Controle


• Drenos de Pé
• Poços de Alívio

42
Tratamento da Fundações
 Fundações das Barragens
 Fundações em Solos

Soluções de Eliminação
Cut-Off (Trincheira Total)
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

D = 0,3 H e D < 35 m

43
Fundações de Barragens de Terra
 O desempenho das fundações/barragem é fortemente
influenciado pelo controle de percolação nestas;
 Perda d’água, subpressões, piping, gradientes elevados...
 Capacidade de suporte e a compressibilidade das
fundações são de difícil controle;
 O estudo das fundações deve ser profundo e amplamente
discutido por uma grupo interdisciplinar de profissionais
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

(geotécnicos, estruturais, hidráulicos e geólogos)


 Podem inviabilizar uma obra de barragem.

44
Fundações de Barragens de Terra
 Como melhorar as características de percolação?
 Reduzir a permeabilidade das fundações (+indicado) ou

 Aumentar o caminho de percolação (pequenos ganhos:


grandiente de saída reduzido)
Problema clássico – Vazão pelas fundações –
Analogia Permeâtro ABMN
Aplicando-se Darcy:
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

kf o coeficiente de permeabilidade do solo de


fundação;
D = espessura da camada de fundação;
H = Perda de Carga entre montante e jusante
B = Comprimento do permeâmetro (base)

45
Fundações de Barragens de Terra
 Aplicação de Trincheira de Vedação (“Cutt Off”)
- Trata-se da extensão do núcleo ao
longo da camada de fundação, em
profundidade.
- Usada quando o terreno de fundação
apresenta permeabilidade decrescente
com a profundidade;
- Custos elevados  + escavações +
materiais + tempo
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

** Eficiência (E) da trincheira

Qf = vazão de água com a trincheira presente


Qo = vazão de água antes da execução da trincheira

Variação das perdas d'água em função da penetração do cut off (Cedergren, 1967).
46
Fundações de Barragens de Terra
 Cortina de estacas-prancha (em desuso)

- Formada pela cravação de


estacas-prancha metálicas, de
chapas bastante delgadas e
formas variadas, até atingir o
substrato impermeável;
- Apresenta geralmente falhas
na impermeabilidade por
desapruma e aberturas na
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

cortina.

47
Fundações de Barragens de Terra
 Diafragmas plásticos e rígidos
- Consiste na escavação de uma
vala estreita ou "ranhura" e
seu preenchimento com uma
mistura de solo cimento
(diafragma plástico) ou com
concreto (diafragma rígido);
- Escavação por um “clam
shell”
- Espessura entre 0,8 a 1,0 m
- Pode ser também feito pelo
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

uso de estacas justapostas


- Uso de fluído estabilizande
... metros (lama bentonítica)
- Analogia Permeâmetro
heterogêneo, em série: solo
fundação + solo do
diafragma.
48
Fundações de Barragens de Terra
 Diafragmas plásticos e rígidos - Analogia Permeâmetro:

km = permeabildiade resultante
kf = perm. Fundação;
kd = perm. do material parede
b = largura da parede-diafragma;
B = largura da base da fundação
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

... metros
Parcela Efeito Dachler:
Caminho de percolação aumentado na
entrada de água na camada da fundação, no
pé do talude montante.
** Qf é a vazão ou perda d'água pelas fundações
49
Fundações de Barragens de Terra
 Tapetes Impermeáveis de Montante
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

- São prolongamentos da barragem a montante;


- Aliviam as pressões neutras a jusante da barragem;
- Diminuem os gradientes de saída,
- Reduzem a vazão ou perda d'água, de forma bem menos eficiente que as
soluções anteriores.

50
Fundações de Barragens de Terra
 Tapetes Impermeáveis de Montante
AVALIAÇÃO DA REDUÇÃO DOS
GRADIENTES DE SAÍDA

Se:
F = Fator de Segurança
Peso Col. Solo
F = 𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑃𝑒𝑟𝑐𝑜𝑙𝑎çã𝑜 𝑆𝑎í𝑑𝑎

Soerguimento do solo
Forças de percolação altas
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

i=1

ht é a carga total na base da


coluna de solo;
i = gradiente
D’ = espessura do solo
“ ... ht é o máximo valor que essa carga pode
assumir, com um coeficiente de segurança F...”

51
Fundações de Barragens de Terra
 Tapetes Impermeáveis de Montante *** quando o solo de fundação é 100 vezes
mais permeável que o solo do tapete

REDUÇÃO DAS PERDAS


D'ÁGUA

- Tomando-se a camada de
fundação como um permeâmetro,
foi visto que:
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

Caso (a):

xr = comprimento equivalente do
tapete se este fosse permeável.

Sendo:
Caso (b):
 comprimento 𝑥ҧ é
Se (tapete finito) denominado "ótimo"

ou 52
Fundações de Barragens de Terra
 Tapetes Impermeáveis de Montante
REDUÇÃO DAS PERDAS
D'ÁGUA

Caso (c):
(tapete é muito pouco permeável)
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

Síntese:
- Os tapetes são elementos de eficiência razoável no combate ao fluxo nas
fundações
- Devem ser tomados com cautela devido ao fato de sofrerem deformações que
geram fissuras

53
Fundações de Barragens de Terra
 Tapetes Impermeáveis de Montante
REDUÇÃO DAS PERDAS
D'ÁGUA
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

Caso (c):

(tapete é muito pouco


permeável)
Síntese:
Os tapetes são elementos de efi`ciência razoável no combate ao fluxo nas
fundações
Devem ser tomados com cautela devido ao fato de sofrerem deformações que
geram fissuras 54
Fundações de Barragens de Terra
 Tapetes Impermeáveis de Montante
REDUÇÃO DAS PERDAS D'ÁGUA - EXEMPLO

Comprimento "ótimo" é dado


UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

O caminho de percolação passará de 238 m para

Isto equivale a uma eficiência da ordem de:

55
Fundações de Barragens de Terra
 Poços de alívio
- Poços abertos e preenchidos com
material granular, mais permeável do
que o solo de fundação, com o
objetivo de controlar a saída d'água;

- Evitam o surgimento de areia


movediça no pé do talude de jusante;

- Dimensionados em função do
diâmetro e espaçamentos dos poços
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

(teoria aproximada de Cedergren,


1967)

Cálculo iterativo com fixação de


um F:
56
Fundações de Barragens de Terra
 Filtros invertidos

- Trata-se de uma berma de material granular, colocada junto ao pé de jusante de uma


UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

barragem de terra
- Visa combater o fenômeno da areia movediça (sand boil) ou o levantamento do solo
(blow out)
- Por ser pesado, o filtro impede a “perda de peso”;
- Por ser permeável, o filtro deixa a água passar. O material de uma das camadas deve ser
"filtro" da camada subjacente.

57
Fundações de Barragens de Concreto
 Injeções e Drenagem - É uma maneira de se combater
subpressões ou perdas d'água
excessivas que percolam em
maciços rochosos fraturados e
com descontinuidades;
- TRAMENTOS:

- Consolidação superficial no
contato concreto-rocha, por
injeções de calda ou nata de
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

cimento e, às vezes, com


chumbamentos de armação e
protensões

58
Fundações de Barragens de Concreto
 Injeções e Drenagem - TRAMENTOS: INJEÇÕES

- Aplicáveis a casos como o da barragem de


concreto massa;
- Material: calda de cimento/água ou
argamassas superplastificadas;
- Usam furos de sondagens rotativas;
- Visam preencher as possíveis fraturas e/ou
fissuras nas rochas de fundação;
- Formam uma cortina;
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

- Alguns autores preferem apenas injeções


rasas, com injeções ao centro mais
profundas;
- Necessitam ser controladas para evitar
ruptura das rochas devido ao excesso da
pressão de injeção; A injeção pode ou não
ser necessária! É avaliada em conjunto
com ensaio de perda d’água.
59
Fundações de Barragens de Concreto
 Injeções e Drenagem
- TRAMENTOS: DRENAGEM

- Sempre deve ser executada, preferencialmente!


- Também executada a partir de linhas de furos
feitos na rocha;
- Alivia as subpressões na base;
- Maciço pouco permeáveis
- Drenagem SIM / Injeção NÃO
- Maciço rochoso é muito fraturado e permeável
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

- Drenagem SIM / Injeção SIM


- Maciço mais ou menos permeável
- Drenagem SIM / Injeção SIM (espaçadas)

60
Instrumentação de Barragem
• Por que usar? • O que se deve medir?
• Efeito de uma ruptura pode ser • Pressões neutras no maciço
catastrófico; • Vazões de água (externas e
• Necessidade um sistema bem internas)
elaborado de monitoramento; • Deslocamentos: verticais e
• É função da instrumentação: horizontais do corpo da
barragem;
• Verificar as hipóteses e critérios
• Distensões
adotados em projeto; • Recalques superficiais e
• Verificar a segurança das obras; diferenciais
• Fornecer dados para auxiliar na
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

• Perda de solos
validação de novas técnicas • Deslocamentos da periferia
construtivas; da barragem
• Fornecer dados para diagnosticar
as causas de possíveis acidentes;
• Fornecer dados para pesquisas.

61
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

• Modelo ITAIPU
Instrumentação de Barragem

62
Instrumentação de Barragem
• Modelo ITAIPU
INSTRUMENTAÇÃO DO CONCRETO

Caixa seletora - Reúne os cabos elétricos de vários instrumentos em uma central que, ao ser conectada ao
aparelho de leitura, fornece dados destes instrumentos.

Pêndulo direto - Mede os deslocamentos horizontais de pontos dos blocos instrumentados da barragem em
determinadas cotas, em relação à fundação da estrutura.

Pêndulo invertido - Mede os deslocamentos da fundação da barragem em relação a um ponto da fundação


suficientemente profundo para ser considerado fixo.

Medidor elétrico de junta - Mede os deslocamentos de abertura e fechamento de determinadas juntas de contração
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

de estruturas de concreto.

Base de alongâmetro - Mede abertura, fechamento, recalque e deslizamento entre blocos ou juntas de monolitos.

Deformímetro de armadura - Mede as tensões em barras de armadura, no interior de estruturas de concreto.

Tensômetro de concreto - Mede a tensão no interior de estruturas de concreto.

Deformímetro de concreto - Mede a deformação do concreto e, por esta deformação, obtém-se a tensão que está
atuando na estrutura.

Termômetro de resistência - Mede a temperatura no interior da estrutura de concreto. 63


Instrumentação de Barragem
• Modelo ITAIPU
INSTRUMENTAÇÃO DA FUNDAÇÃO

Medidor de vazão - Mede as vazões de percolação através das estruturas e fundações das obras de terra e
concreto.

Extensômetro múltiplo de haste - Mede as deformações da fundação com relação ao ponto de ancoragem de sua
haste.

Piezômetro Standpipe - Permite conhecer a subpressão atuante no local da sua instalação.

Piezômetro elétrico - Permite conhecer a subpressão atuante no local da sua instalação.


UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

Medidor de assentamento IPT (medidor de recalque) - Mede deformações verticais ocorridas nas barragens de
terra.

Célula de pressão total - Mede as pressões totais atuantes na zona de contato solo-concreto.

Medidor triorgogonal - Mede os deslocamentos entre juntas de concreto e zonas fraturadas nos maciços rochosos.

Medidor de nível d’água - Mede o nível da água presente no subsolo (lençol freático).

64
Instrumentação de Barragem
PIEZÔMETRO DE CASA GRANDE
• Medidor de poropressão mais simples que
existe;
• Tubo de PVC com furos, envolto em um
material filtrante e outro drenante;
• Leitura é efetuada através de um sensor é
introduzido no tubo;

Principais vantagens:
• Baixo custo;
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

• Durabilidade;
• Confiabilidade da resposta;
• Possibilidade de estimar o coeficiente de
permeabilidade.
• Principal desvantagem:
• Tempo de resposta, que pode ser muito
elevado.
65
Instrumentação de Barragem
PIEZÔMETRO PNEUMÁTICO
• Funcionamento baseia-se no equilíbrio de
pressões;
• Usar nitrogênio para evitar oxidação;
• Principais vantagens:
• Menor interferência na praça de serviço;
• Não influencia dos recalques sofridos pelo
instrumento;
• Inexistência de limitações quanto à
localização do instrumento;
• Leitura simples e rápida;
• Insensibilidade a descargas atmosféricas;
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

• Tecnologia para fabricação não muito


complexa.
Limitações:
- Pouca confiabilidade para medir pressões
neutras negativas;
- Menor sensibilidade do que o piezômetro
de cordas vibrantes;
Leitura relativamente demorada.

66
Instrumentação de Barragem
PIEZÔMETRO HIDRÁULICO
• Considerado por muitos como o mais indicado
para medidas de pressões neutras;
• Principais vantagens:
• Envolve técnica de construção relativamente
simples;
• Permite avaliação de pressões neutras
negativas;
• Permite uma avaliação do coeficiente de
permeabilidade;
• Principais limitações:
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

• Não é indicado para cotas de instalação muito


grandes;
• Possibilidade de fornecer água ao maciço;
• Tempo de leitura relativamente grande para
solos pouco permeáveis;
• Recalques ocorridos com o instrumento
afetam os resultados.

67
Instrumentação de Barragem
PIEZÔMETRO ELÉTRICO DE
RESISTÊNCIA
• Apresentam os mais baixos tempos de
resposta;
• Possibilidade de efetuar medidas
dinâmicas de poropressão;
• Permite uma fácil automação para
aquisição de dados;
• Custo relativamente alto;
• Possibilidade de sofrer danos devido a
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

descargas elétricas;
• Impossibilidade de reparo.

68
Instrumentação de Barragem
PIEZÔMETRO CORDA VIBRANTE

• Funciona com o principio de corda


vibrante;

• Apresentam durabilidade deficiente com


alta porcentagem de perda devido a
descargas atmosféricas;

• Sofre interferência causada por campos


UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

eletromagnéticos.

69
Instrumentação de Barragem
CÉLULA DE TENSÃO TOTAL
• Utilizada para a determinação dos esforço na
estrutura de concreto, ou em cut-offs, para
avaliação das tensões efetivas;
• Constitui-se de uma “almofada” metálica
saturada com óleo;
• Material muito mais rígido que a célula →
leitura de uma tensão inferior à real;
• Célula for mais rígida que o material → leitura
maior que a real;
• Para evitar tal problema → aferir o
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

equipamento em condições próximas às de


trabalho;
• Podem ser instaladas também com diferentes
orientações;
• Permitem a determinação das tensões
principais (roseta);
• Adotar tal artifício quando se tem mudanças
repentinas de geometria;
70
Instrumentação de Barragem
EQUIPAMENTOS DE MEDIDA DE DESLOCAMENTO
• O principal objetivo → medir os deslocamentos horizontais e
verticais;
• Marcos Superficiais
• Mede os deslocamentos superficiais nos eixos X,Y e Z;
• Custo de instalação relativamente baixo;
• Fornece respostas precisas dos deslocamentos;
• Acesso ao marco é necessário para realização das medidas
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

71
Instrumentação de Barragem
• MEDIDOR DE RECALQUE DE
TUBOS TELESCÓPICOS

• Durante a construção do aterro são


acrescentados vários conjuntos de tubos
concêntricos;

• Principais vantagens:
• Simplicidade construtiva e de leitura;
• Boa durabilidade e confiabilidade.
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

• Principais limitações:
• Número de placas (quatro);
• Interferência na praça de serviço;
• Manuseio difícil das placas;
• Dificuldade de reparos.

72
Instrumentação de Barragem
• MEDIDOR DE RECALQUE TIPO
MAGNÉTICO COM PLACAS
• Principais vantagens:
• Facilidade construtiva, de instalação e de
reparos a danos ocorridos;
• Baixo custo;
• Sensor acessível para eventuais reparos;
• Durabilidade;
• Não limitação do número de placas.
• Principais limitações:
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

• A instalação das placas devem ser realizadas no


decorrer da obra;
• Leitura relativamente demorada.

73
Instrumentação de Barragem
• MEDIDOR DE RECALQUE TIPO
MAGNÉTICO COM “ARANHAS”

• Instalação é feita em um furo de sonda


rotativa ou trado;
• Principais vantagens:
• Não existe a necessidade da instalação
das aranhas no decorrer da obra;
• O equipamento pode ser instalado a
qualquer momento;
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

• Permite análise de recalques na


fundação;

74
Instrumentação de Barragem
INCLINÔMETRO

• Determina os deslocamentos horizontais, superficiais e em subsuperfície;


• A instalação pode ser deita em furo de sondagem ou a medida que o aterro sobe;
• Usualmente são efetuadas quatro séries de leituras;
• Em cada série são obtidas três leituras por segmento de tubo;
• Avalia possíveis mecanismos de ruptura.
• Possibilidade de instalação do aparelho em furo de sondagem;
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

75
UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi

FIM

 Obrigado pela atenção!

76

Você também pode gostar