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– Farol de Alexandria

• 165 m de altura;
• Introdução • Por mais de 1500 anos orientou
os navegantes do Mediterrâneo
– Trata-se de um dos mais até ser destruído por um
antigos sistemas construtivos terremoto no Século XIII.
utilizados pelo homem. – Idade Média
– Existem citações de sua • Castelos e Catedrais são
construídos: paredes com 2 a 2,5
aplicação desde os primórdios m de espessura;
da civilização.
– Século XVIII
• Pirâmide de Quéops
• Euler demostra
– 150 m de altura; matematicamente a resistência de
– 2.300.000 blocos pesando uma coluna, determinando a
entre 2 e 6 toneladas. importância da esbeltez nos
projetos de alvenaria

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Prof. Anderson
– Século XX
• A alvenaria deixa de ser arte e
– Século XIX passa a ser atividade científica,
• Surgimento do cimento com princípios normativos
hidráulico, nova opção de estabelecidos;
elemento estrutural: bloco de – Década de 40
concreto maciço; • Arquitetos e engenheiros
• EUA: mistura de cal virgem, europeus estudam o uso de
areia e cimento, compactados e armaduras, resultando em
vibrados;
paredes de menor espessura;
• INGLATERRA: Água quente
para acelerar a pega – 1943
– 1866 • Construção de Edifícios de
9 pavimentos com paredes
•Surgimento do bloco vazado,
de 22 cm de espessura em
feito em moldes metálicos: incia-
Copenhagem, Dinamarca.
se da produção industrial.

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– NATIONAL CONCRETE
MASONRY ASSOCIATION
– Década de 50 • Blocos produzidos com
•Experiências isoladas tornam-se equipamentos adequados
mais numerosas na Inglaterra, alcançam resistência de 400
Alemanha e Suiça; kgf/cm2
• Estruturas são projetadas com • Estuda-se o comportamento
18 pavimentos, utilizando-se
da alvenaria, investigando-se:
paredes com espessura de
15 cm. – esbeltez;
– 1963 – excentricidade;
– resistência ao vento;
• Structural Clay Products
Institute, atual THE BRICK – cisalhamento;
INSTITUTE OF AMERICA, – cargas permanentes e
estabelece um programa acidentais; e
nacional de testes em alvenaria. – momento fletor.

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• CUSTO DE ALGUMAS
OBRAS:
– 1966 – Hanaley:
• Norte-Americanos • 8 pavimentos;
• 141 dias;
projetam o HANALEY
• Estrutura em 8 semanas;
HOTEL, com 8 • US$115m2.
pavimentos. Surgem, – Country Hotel
então, normas para • 10 pavimentos;
projeto, cálculo e execução • Fundações especiais;
•US$115/m2.
de obras em alvenaria
– Hamada Inn
estrutural. Inicia-se uma • 12 pavimentos;
nova fase, com o • Estrutura em 64 dias;
desenvolvimento de • US$148/m2.
projetos mais racionais.
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–Cenário:
• técnica construtiva deficiente;
• HISTÓRICO NACIONAL • preconceito;
• dificuldade de adaptação...
– No BRASIL, a alvenaria –1967 a 1968
estrutural é recente - final dos
• Construção de conjuntos
anos 60 - sendo pouco conhecida habitacionais. Em 3 anos foram
pela maioria dos engenheiros; construídos cerca de 200.000 m2:
– O surgimento de novas – Central Parque da Lapa e
indústrias e a formação de Novo Pacaembu, em SP;
Grupos de Pesquisa tendem a – Conjunto Jorge Nogueira;
mudar este panorama. – Conjunto Bresser III, 18
pavimentos; etc
– 1952: – Edifício Muriti em SJ
• chega o primeiro equipamento Campos, 16 pavimentos;
– Camélias I e Camélias II em
para produzir blocos de concreto
Bauru SP; etc.
de qualidade;

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• CONCRETO ARMADO
– Surgimento no início do
• HISTÓRICO NACIONAL
Século XX
– Conjuto Jorge Nogueira
• 4 torres de 12 pavimentos; • Possibilidade de execução de
• Área: 15.000 m2; obras mais arrojadas, com
• Estrutura armada de blocos maiores dimensões, arquitetura
estruturais de concreto; mais rebuscada, etc.
• Execução em 180 dias.
• Possibilidade de construir
– Edifício Muriti, SJ Campos edifícios mais altos, com maior
• 16 pavimentos;
aproveitamento do terreno;
• blocos de alta qualidade.
• Surgimento de novas técnicas e
– Camelias I e II em Bauru-SP
• 200 edifícios de 4 pavimentos materiais, com respaldo
com 4 apartamentos por tecnológico e científico;
pavimento, executado em
alvenaria estrutural armada.
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• Últimos 30 anos:

• HISTÓRICO NACIONAL – Alvenaria é sem dúvida o sistema


mais pesquisado, apresentando
– Surgimento do aço e das
avanços consideráveis;
estruturas metálicas.
– Com certeza, é o sistema
• O mercado começa a ficar mais
competitivo: construtivo mais econômico;
– Concreto armado; – Apresenta a possibilidade de
– Concreto protendido; incorporar facilmente os conceitos
– Pré-moldados de concreto; de produtividade, racionalidade e
– Argamassa armada; qualidade;
– Estruturas metálicas; – Em países como Austrália,
Inglaterra, Alemanha e EUA, este
Alvenaria fica relegada em sistema construtivo é o mais
segundo plano. utilizado e aceito pela população.

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JEFFERSON CAMACHO,
Dissertação de Mestrado,
• LITERATURA 161 pg,
Escola de Engenharia da UFRS
– ABCP (BT-108) Alvenaria
armada de blocos de concreto:
ABNT
prática recomendada. 27
NBR 8797
páginas Execução e controle de obras
– HUMBERTO RAMOS em Alvenaria Estrutural de
Blocos Vazados de Concreto
ROMAN (1999) –
Construindo em Alvenaria
TAUIL, C. A.
Estrutural 83 páginas, Editora
Alvenaria armada
da UFSC – Florianópolis SC Projetos Editores Associados
www.editora.ufsc.br

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• Resistir esforços de
tração;
• CONCEITOS • Absorver tensões de
E DEFINIÇÕES tração;
– Alvenaria: Conjunto • Excentricidades;
coeso e rígido, formado • compressão.
por tijolos ou blocos, – Alvenaria Estrutural
unidos ou não por Parcialmente Armada:
argamassa. Recebe armadura de aço
– Alvenaria Estrutural: por necessidade
Alvenaria com função construtiva;
estrutural. – Alvenaria Estrutural
– Alvenaria Estrutural Protendida: Recebe
Armada: Recebe armadura ativa de aço.
armadura de aço por
UNESPnecessidade
- Ilha Solteira estrutural: 9
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• MÉTODO CONSTRUTIVO
• TÉCNICA CONSTRUTIVA – Méthodos, do grego,
significa caminho para se
– Techné, do grego, significa
chegar a um fim. Isto
habilidade para a execução
significa que deve haver uma
de alguma tarefa, ou seja,
seqüência de operações para
saber fazer. Pode também
se obter um resultado. Fica
ser entendida como o
implícita a necessidade de
conjunto de procedimentos a
organização.
serem adotados para
executar algo. – Método construtivo é o
conjunto das técnicas
– Técnica construtiva,
construtivas, adequadamente
portanto, é o conjunto de
organizadas, empregadas na
procedimentos a serem
construção civil.
adotados por um operário na
• Podem existir vários métodos
construção civil.
UNESP - Ilha Solteira para se construir um edifício.
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• SISTEMA CONSTRUTIVO
• PROCESSO – A palavra systema, do grego,
CONSTRUTIVO tem múltiplos sentidos.
– É uma modo definido e – Fica implícita a noção de
organizado de construir um conjunto, podendo ser
edifício. entendida como um conjunto
– Caracteriza-se pelo seu de elementos combinados em
particular conjunto de um todo, organizados para
métodos utilizado na atender a um objetivo
construção civil. Exemplo: comum.
Alvenaria Estrutural de
Blocos Cerâmicos – Sistema Construtivo é um
• Obs: Podem existir vários
processo construtivo de
métodos, mas, geralmente, elevado níveil de
um único processo organização, constituído por
construtivo na construção de elementos e componentes que
um
UNESP edifício.
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se inter-relacionam de forma
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integrada
• TECNOLOGIA
• SISTEMA CONSTRUTIVO – É um conjunto
sistematizado de
– É um processo construtivo
conhecimentos empregados
de superior complexidade e
na criação, produção e
muito bem definido:
difusão de bens e serviços.
– É um conjunto de elementos
– Tecnologia Construtiva é o
da construção entre os quais
conjunto de conhecimentos
existe uma relação bem
científicos pertinentes ao
definida.
modo de construir um
• TECNOLOGIA edifício, empregada na sua
– Estudo dos materiais e criação, produção e difusão
processos utilizados pela do modo de construir.
técnica, empregando teorias
e conclusões da ciência.
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• INDUSTRIALIZAÇÃO
• INOVAÇÃO – Na construção civil, o termo
TECNOLÓGICA industrialização adquire
múltiplas conotações:
– Um novo produto, método,
• Processo em que se transfere
processo ou sistema
as operações do canteiro para
construtivo introduzido no instalações fixas (fábricas);
mercado constitui-se numa
• Substituição de operações
inovação tecnológica quando manuais por processos
incorporar uma nova idéia e mecanizados, repetitivos,
representar um avanço fabricação em série;
sensível na tecnologia • Processo contínuo do fluxo
existente em termos de de produção, padronizando e
desempenho, qualidade ou integrando os seus diferentes
custo do edifício, ou em estágios.
algumas de suas partes.
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• INDUSTRIALIZAÇÃO
• INDUSTRIALIZAÇÃO – Segundo SABATTINI (1989),
noções equivocadas do que
– Industrialização é uma ação
seja industrialização da
organizacional, uma nova
construção têm conduzido a
concepção. Significa
diversos insucessos (inclusive
transformar a mentalidade
em ações governamentais)
artesanal da empresa de
pois é preciso garantir a
construção para uma
continuidade da produção.
verdadeira indústria.
Atitudes apressadas e mal
– Isto implica em adotar pensadas conduzem, do dia
sofisticados processos de para noite, na criação de
produção, totalmente pré- novos sistemas, incapazes de
fabricados, havendo, portanto, tirar a construção da sua
um verdadeiro salto caótica desorganização
tecnológico. produtiva.
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• RACIONALIZAÇÃO
• RACIONALIZAÇÃO – É um processo complexo, pois
não é fácil encontrar soluções
– É o conjunto de ações que
ótimas para todos os
objetivam otimizar o uso dos
problemas. Existe uma imensa
recursos humanos, materiais,
quantidade de variáveis,
energéticos, tecnológicos e
muitas das quais extrapolam os
financeiros disponíveis na
limites dos canteiros de obra,
construção em todas as suas
como p.ex. O nível de
fases.
escolaridade dos operários,
– Pode-se entender como cuja responsabilidade é
sendo o uso do raciocínio, ou governamental.
da razão, em prol da
– Diferentes pessoas, utilizando
produtividade.
a razão, encontram diferentes
soluções para o mesmo
UNESP - Ilha Solteira problema. A melhor é a mais 15
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racional.
• DESEMPENHO
• CONSTRUTIBILIDADE – Comportamento de um
produto em utilização. Um
– É a propriedade inerente a
produto deve apresentar
um projeto de edifício, no
determinadas propriedades
todo ou em partes, que
que o habilitam a cumprir suas
exprime a aptidão que este
funções.
edifício tem para ser
construído. – O edifício, portanto, é um
produto e deve satisfazer
– Um edifício terá elevado
determinadas exigências, ou
grau construtibilidade se seu
necessidades do usuário
projeto detalhar
(escolas, residências, hotéis,
perfeitamente como ele será
etc).
construído. A falta de
informações implica em que – Com base nas exigências dos
decisões importantes sejam usuários são definidos os
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tomadas
Prof. Anderson pelos construtores.
requisitos de desempenho. 16
• QUALIDADE DO PROJETO
• DESEMPENHO – As idéias relacionadas à
qualidade dos produtos
– Os requisitos, depois de
transcendem os limites das
quantificados, são chamados
empresas indústrias, existindo
de critérios de desempenho, e
em todos os setores da
poderão compor as suas
atividade humana.
especificações técnicas,
podendo ser aplicado em: – Com o passar do tempo surgiu
• Desenvolvimento de
a idéia de Controle de
produtos; Qualidade, com técnicas
• Elaboração de projetos; operacionais para satisfazer as
necessidades específicas da
• Avaliação do desempenho;
qualidade, reservando-se a
• Normatização; e
denominação qualidade para
• Controle de qualidade.
aspectos mais gerais e
UNESP - Ilha Solteira abrangentes. 17
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– Segundo PICCHI (1992), a
ISO-9004 pode ser adaptada à
• QUALIDADE DO PROJETO
construção civil, abrangendo
– Com a necessidade crescente seis itens de exigência:
integração econômica • Projeto;
internacional, a ISO -
• Materiais;
international Organization for
• Execução;
Standardization - antecipou-se
• Uso e Manutenção;
nas normas de gerenciamento
e garantia de qualidade. Após • Recursos Humanos; e
a aprovação da série ISO-9000 • Organização.
iniciou-se um grande – A preocupação com a
movimento, considerado hoje qualidade, portanto, deve
um marco histórico no existir já na fase de concepção
comércio das economias do projeto.
mundiais.
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– Estas cinco ações podem ser
estendidas às cinco fases do
• QUALIDADE DO PROJETO
Processo Construtivo:
– A qualidade na requer cinco • Planejamento, Projeto,
ações: Materiais, Execução, Uso e
• Definição, o que envolve Manutenção.
algumas especificações;
– Um novo enfoque, portanto,
• Produção, o que requer deve ser dado ao projeto, que
procedimentos;
não deve mais ser uma coisa
• Comprovação, pressupõe-se isolada.
controle do que é produzido;
– Deve existir uma nova filosofia
• Demonstração, que exige
de projeto, para que ele seja
algum controle de recepção; e
considerado um produto, na
• Documentação, que significa
qual se tem associada a idéia
arquivar o que foi produzido.
de qualidade.
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– A motivação para a
implementação da Qualidade deve
• QUALIDADE DO PROJETO estar vinculada à redução de custos
– Significados da Qualidade: finais, com os seguintes reflexos:
• maior competitividade;
• Consiste nas características do
• diminuição de desperdícios no
produto que vão ao encontro das processo de produção;
necessidades do cliente; • diminuição de custos com
• Qualidade é a ausência de retrabalho; e
falhas. • diminuição de trabalhos de correções
pós-entrega.
– Na construção industrializada
existe maior facilidade para se – Segundo dados do Instituto de
implementar os conceitos da Engenharia SP, perdemos 1/3 do
PIB devido à falta de investimento
qualidade, o que não acontece
em qualidade. A Construção entra
na construção tradicional. Mas a com 9% do PIB.
sua implementação, embora não
seja total, pode trazer avanços
para a produção.
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• QUALIDADE DO PROJETO
– Estima-se que 30% do custo de uma obra seja desperdiçado no Brasil,
6% dos quais devem-se a projetos não otimizados (PICCHI, 1993).

Origem Desperdício
(%)
Geração de entulho 5
Espessuras adicionais 5
de revestimentos
Dosagens de argamassa 2
e concreto não otimizadas
Reparos e Resserviços 2
Projetos não otimizados 6
Perda de produtividade por 3,5
falta de qualidade
Custos devidos a atrasos 1,5
Reparos em obras já entregues 5

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• QUALIDADE DO PROJETO
– Grande parcela das perdas é
causada por problemas Origem das Concepção e
relacionados ao projeto, Projeto
Patologias na
como: Construção
Execução

• modificações no transcorrer
Materiais
das obras;
• não cumprimento das especificações Uso
em obra;
• detalhamento insuficiente Execução rápida
do projeto;
• inexistência de coordenação entre (Motteu e Cnudde, 1989)
diferentes projetos. Quality for building users
throughout the world

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– Dificuldades de Implantação da
Qualidade:
• QUALIDADE DO PROJETO • Possibilidade de oposição entre
– Em economias competitivas, programas dos diversos setores de
não vale mais o conceito de que atuação na empresa;
Preço = Custo + Lucro • Conflito entre objetivos a médio
e longo prazos;
– O equacionamento deve ser: • Disputas de espaço e poder
Lucro =Preço de Mercado - Custo dentro da empresa;
• É preciso, portanto, mudar o • Interpretação equivocada das
estratégias, que podem ser vistas
enfoque de mercado para se garantir
apenas como instrumento de
uma perspectiva de atuação. A marketing, o que as torna
implantação de programas de superficiais e pouco eficazes no
qualidade ajudam a enfrentar as sentido de gerar a transformação
novas situações. dos processos.

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• QUALIDADE DO PROJETO Marketing
e pesquisa Projeto e
– Ciclo da Qualidade e o Projeto especificações
• A NB-9004 (ISO 9004): Disposição
Gestão da Qualidade e após uso Aquisição
Elementos do Sistema
Utilização Planejamento
da Qualidade: o ciclo Consumidor/ do processo
da qualidade tem Cliente
início na atividade Assitência Produtor/
de marketing e pesquisa técnica Fornecedor
de mercado, passando Produção
pela engenharia de projeto Instalação e
operação
e especificação e demais fases Inspeção
que passam a compor a cadeia e ensaio
produtiva, até atingir a Venda e
disposição após uso. distribuição Embalagem

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• QUALIDADE DO PROJETO
Fabricação de
– Ciclo da Qualidade e o Projeto materiais e
• A idéia do ciclo não é componentes
a de se estabelecer uma Projeto Distribuição e
seqüência, mas sim o comercialização
inter-relacionamento
das atividades.
Planejamento Execução
da obra
– Considerando as
peculiaridades da
Construção Civil, este Uso/ operação
ciclo pode abranger um Necessidades e manutenção
número menor de aspectos, do usuário
tendo como ponto de partida
as necessidades do usuário.

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– Auditoria da qualidade
• Segundo a ISO-9004 todos os
• QUALIDADE DO PROJETO elementos relativos ao sistema de
qualidade devem ser auditados e
– As ações em busca da qualidade avaliados periodicamente;
devem: • É preciso que se estabeleçam
• Adotar mecanismos gerenciais Planos de Auditoria que incluam
participativos e descentralizados; as seguintes atividades:
• Implantar a garantia de – Estrutura organizacional;
qualidade por todos e não apenas – Procedimentos
em um setor ou grupo administrativos;
responsável pela qualidade; – Recursos humanos, materiais e
•Valorizar a capacidade criativa e equipamentos;
de auto controle dos – Área de trabalho, operações e
funcionários; processos;
• Treinar posturas ativas frente – Verificação de conformidades
aos clientes. segundo normas específicas;
– Documentação, relatórios e
manutenção de registros.
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• 4. Geral
– Ausência de relação de
• QUALIDADE DO PROJETO pendências ou sua
identificação;
– Exemplo de itens geralmente
– Finalidade de ordens de
constantes em Laudos de
serviço incorretas ou
Auditoria: inexistentes;
• 1. Construção Civil – Condições de segurança
– Informações para processos inadequadas;
de construção ineficientes; – Documentação insuficiente;
– Informação para processos
de construção incorretos; • 5. Necessidade de melhoria
– Projetos de difícil execução;
• 2. Pré-Fabricação
– Desenhos de difícil
– idem, idem interpretação;
• 3. Montagem – Informações excessivas e
– idem, idem confusas;
• Etc, etc ...
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•Construcion Industry Institute
Capacidade de influênciar os custos

Decisões tomadas no inicio têm


Viabilidade
maior capacidade de reduzir custos.

Projeto

Contratação

Execução

Uso e
Manutenção

Início Tempo Término

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– De modo geral, se sobressai a
preocupação com os aspectos
• QUALIDADE DO PROJETO comerciais, com predomínio do
– PROJETO: Dificuldades interesse pelo marketing;
enfrentadas na obtenção da – O acabamento das obras,
qualidade: personalizado em função da
– A elaboração do projeto de vontade do comprador, limita as
arquitetura sofre grande possibilidades de intervenção;
pressão dos prazos, seja pelo – A contratação de projetistas é
interesse em aprovação feita com base apenas no menor
junto às prefeituras e preço, sendo este o foco das
também na obtenção de fontes preocupações para se reduzir os
de financiamento; custos;
– O detalhamento do projeto – O projeto serve para se obter
fica em 2.o plano, aguardando aprovações, para ser mostrado
a viabilização dos recursos aos clientes, para fazer
financeiros, ou por não se orçamentos, permitir contratação
considerar tal detalhamento e concorrência e apenas por
importante, exceto na último, como instrumento a ser
execução; utilizado na execução das obras.
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• Integrar projeto e execução;
• Tratar o projetista como um
• QUALIDADE DO PROJETO. participante efetivo do ciclo da
– Filosofia da Qualidade e qualidade, estabelecendo
procedimentos de acompanha-mento
Projeto. É preciso: e controle dos projetos;
• Estreitar as relações entre as • Compatibilizar projeto e
atividades de projeto e as de suprimentos nas relações com
planejamento, buscando iniciar o fabricantes e fornecedores de
processo de modo se utilizar o materiais e componentes;
projeto de maneira estratégica,
considerando-se as necessidades do – O Resultado deve ser uma
usuário e reformulando as mudança estratégica no papel
políticas de marketing. do projeto, que passa a ser
• Relacionar as decisões do projeto entendido como instrumento
com as informações advindas do fundamental para o aumento
uso, operação e manutenção, da competitividade,
através de um processo de
retroalimentação que auxilie na integrando-se aos demais
sistematização dos procedimentos processos que participam do
de decisão.
ciclo da Qualidade.
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• É imprescindível que o
coordenador da equipe possua
• QUALIDADE DO características de liderança,
PROJETO. devendo:
– Equipe Multidisciplinar. • saber usar a liderança em
• É formada pelo elenco dos situações de impasse entre as
especialistas envolvidos, que irão áreas de interesse;
compor a estrutura • conseguir o comprometimento
organizacional, cuja dos membros da equipe ...
configuração não deve ser • deve ser um profissional com
estática nem padronizada. experiência de projeto e também
•A multidisplinaridade do de execução de obras;
processo requer orientação dos
• deve ser crítico, mas flexível o
trabalhos segundo um mesmo
conjunto de diretrizes, de acordo
bastante para avaliar a produção
com os objetivos gerais, devendo e decidir acerca da necessidade de
ser baseada nos critérios voltados se contratar especialistas
à qualidade. externos, pois isso pode
condicionar o processo de
qualidade.
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Prof. Anderson
–Metodologia de Desenvolvimento e
Coordenação de Projetos:
• QUALIDADE DO • O processo passa pelas seguintes
PROJETO. etapas:
– Resultado: – Idealização;
– Concepção Inicial e Análise de
• O desenvolvimento do viabilidade;
projeto deve ser baseado – Análise dos Processos e
no trabalho gerado por Formalização do Produto;
uma equipe – Detalhamentos do produto e
multidisciplinar e dos processos;
coordenada de forma – Planejamento;
iterativa por um – Produção;
profissional com – Entrega do Produto;
adequada experiência em – Operação e Manutenção.
projeto e execução.

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Empreendedor

Usuário Exigências Legais

ARQUITETO
Arranjo
tradicional
Eng.o de
Eng.o Sist. Prediais Orçamentista
Estruturas

Empreendedor

Equipe Usuário
Exigências
Legais

multidisciplinar
ARQUITETO
Eng.o de
Orçamentista
Estruturas
Eng.o
Sistemas Prediais

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• QUALIDADE DO PROJETO
A Qualidade não é acidental. Ela é resultado de propósitos
elevados, esforços sinceros, liderança e comando inteligentes e
execução competente, representando a escolha mais sábia
dentre muitas alternativas.

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– Cimento Portland.
• CPS: Comum sem adições;
• TECNOLOGIA DOS MATERIAIS. • CPE: Comum com Escória;
– Os principais materiais utilizados • CPZ: Comum com Pozolana;
são os seguintes: • AF: De Alto Forno;
• Cimento; • POZ: Pozolânico;
• Cal; • ARI: De Alta Resistência Inicial;
• Agregados; • MRS: Moderada Resist. a Sulfatos;
• ARS: Alta Resistência a Sulfatos.
• Aço;
• Blocos e Tijolos; –Critérios para a escolha:
• Argamassas; e. • A melhor forma é efetuar dosagens
• Grautes. experimentais de argamassa, grautes e
concretos, empregando os materiais da
obra.
• Encontram-se normatizadas as
especificações mínimas a serem
atendidas para cada tipo de cimento,
como resistência, consistência, tempo
de pega, estabilidade, retenção de água,
etc.

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Prof. Anderson
– Assim como para o cimento,
procedimentos devem ser elabora-dos
• TECNOLOGIA DOS MATERIAIS. para o recebimento da cal na obra no
– CAL. que diz respeito à quanti-dade,
• A cal proporciona melhores qualidade e condições de
condições de trabalho para a armazenamento;
argamassa enquanto esta ainda está – O prazo de estocagem não pode ser
no seu estado fresco, pois tem a superior a 6 meses, sempre em local
capacidade de proporcio-nar fluidez, coberto e fechado, evitando-se o
coesão e retenção de água. contato com superfícies úmidas.
• É preciso, contudo, escolher a cal
de maneira criteriosa. – Assim como para o cimento,
encontram-se normatizadas as
– Não se deve considerar apenas
especificações mínimas a serem
o custo, mas também a
procedência e a qualidade; atendidas, como estabilidade,
retenção de água, capacidade de
– A embalagem deve trazer o incorporação de areia, módulo de
número NBR-7175 e o selo da
finura, etc.
ABPC;

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Prof. Anderson
– Características importantes:
• Umidade;
• TECNOLOGIA DOS MATERIAIS.
• Inchamento;
– AGREGADOS.
• Granulometria;
• Teoricamente, são considerados
como materiais inertes, pois não • Massa Específica;
participam das reações químicas. • Abrasão;
• Têm somente a função de • Forma dos grãos;
preencher os vazios e economizar o • Absorção de água;
material aglomerante (cimento e cal). • Materiais Pulverulentos;
• Sabe-se, no entanto, que a • Matéria Orgânica;
qualidade do agregado pode
influenciar na resistência e em outras OBS: Da mesma maneira, como nos
características das argamassas, casos do cimento e da cal, existem
grautes e concretos. especificações a serem seguidas.
–ACO.
• CA50 - 500 MPa;
• CA60 - 600 MPa.

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Prof. Anderson
– Aspecto Visual.
• É um aspecto subjetivo, podendo levar a
• TECNOLOGIA DOS MATERIAIS. discordâncias entre consumidores e
– BLOCOS E TIJOLOS. fornecedores.
• Os blocos e tijolos são a própria • As falhas perceptíveis com reflexos na
essência da alvenaria. resistência estão associadas com quebras
• Podem ser de: de cantos, trincamentos e deformações.
– Concreto; Podem ser consideradas também a
– Cerâmicos; integridade das arestas e vértices como a
textura da superfície e a cor do bloco ou
– Sílico-Calcários; tijolo.
– Concreto Celular.
• As principais características são: – Dimensões.
– Aspecto Visual; • As dimensões, assim como a planeza e o
– Dimensões; esquadro são bastante importantes,
inclusive do ponto de vista estrutural.
– Absorção de água;
– Retração; – Absorção de Água.
– Resistência à compressão; e. • Propriedade importante, no caso de
– Massa específica. blocos de concreto ou concreto celular
autoclavado.

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Prof. Anderson
– Retração por Secagem.
• TECNOLOGIA DOS MATERIAIS. • Tijolos e blocos assentados em
• BLOCOS E TIJOLOS. condições de umidade excessiva, ao
perderem esta umidade certamente
– Absorção de água.
irão introduzir tensões indesejáveis
• Bloco de concreto: tem a ver com a
permeabilidade da parede. na alvenaria.
• Bloco de concreto celular: tem a ver • No caso de blocos de concreto é
com o peso da parede satura-da, e preciso garantir que o material
deve ser desconsiderada no esteja suficientemente curado antes
dimensionamento.
de ser aplicado na alvenaria.
– Umidade.
• Pode haver variação da umidade, em – Massa Específica
função das características (densidade).
higrotérmicas a que os blocos ou
tijolos ficam sujeitos. Materiais • Geralmente a massa específica está
saturados sempre ficam mais sensíveis relacionada com resultados de
à ruptura. Em alguns casos pode-se ensaios realizados com o material
chegar a reduções da ordem de 30% e
isto deve ser considerado. seco em estufa. Em condições
ambientais a massa específica é
maior.
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– ARGAMASSAS.
• Têm a função de unir os blocos ou
• TECNOLOGIA DOS MATERIAIS. tijolos entre si, transmitindo os esforços
• BLOCOS E TIJOLOS. existentes na alvenaria, tornando-a
– Resistência à compressão. monolítica e, ao mesmo tempo, atuando
• É a principal característica na como agente de acomodação de
resistência de uma alvenaria. deformações.
• O resultado do ensaio de um bloco • As propriedades importantes da
ou tijolo será bem maior do que a da argamassa dividem-se em dois grupos:
alvenaria feita com esses materiais. – propriedades no estado fresco; e.
Existe forte influência da forma como
as cargas são aplicadas e também de – propriedades no estado
outros fatores sobre a resistência do endurecido.
conjunto. • Através da dosagem procura-se
estabelecer um traço com o qual se
espera obter as propriedades
importantes tanto no estado fresco
como no estado endurecido.

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– Deformabilidade.
– É a capacidade de deformar-se sem
• TECNOLOGIA DOS MATERIAIS. sofrer ruptura. É inversamente
• ARGAMASSAS. proporcional à resistência. Argamassas
– Requisitos da argamassa com baixo módulo de elasticidade são
endurecida: capazes de absorver movimentos
causados por retração hidráulica ou
térmica, impedindo o surgimento de
• Resistência à compressão. fissuras nas juntas de assentamento.
– Não é a sua principal
característica, mas a sua
– Aderência.
determinação pode ser tomada – É a forte ligação entre a argamassa e
como parâmetro de qualidade, o bloco ou tijolo, permitindo a
estabelecendo-se a sua correlação absorção de tensões tangenciais
com outras propriedades, como (cisalhamento) e normais (tração).
aderência e durabilidade. Depende também das características
do bloco ou tijolo, como textura da
face de assentamento e absorção
inicial de água. A aderência é que faz
da parede um elemento monolítico.

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– Retenção de Água;
• Propriedade de reter a água de
amassamento, impedindo que haja
• TECNOLOGIA DOS MATERIAIS.
perda acentuada por evaporação ou
• ARGAMASSAS. pela absorção dos blocos e tijolos.
– Requisitos da argamassa fresca: • Se não houver retenção de água,
• Trabalhabilidade; certamente haverá prejuízo para as
propriedades da argamassa endurecida.
– É a propriedade mais importante
da argamassa no estado plástico. • Esta propriedade está intimamente
ligada à trabalhabilidade.
– É de difícil mensuração, sendo
• Pode ser conseguida ou melhorada
avaliada apenas pelos fatores que
com o emprego de aditivos.
nela influenciam, como
consistência, plasticidade e coesão. – Plasticidade;
– Deve permitir facilidade e • Facilidade para se acomodar na
rápidez no assentamento dos posição desejada, mantendo prumo,
blocos e tijolos. alinhamento e nível desejado.
– Velocidade de endurecimento;
• Tem influência no rendimento do
trabalho de assentamento dos blocos.

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• Tipos de Argamassas:
- Cal;
• TECNOLOGIA DOS MATERIAIS. - Cimento;
• ARGAMASSAS. - Cal e cimento (mistas)
– Granulometria recomendada. - Cimentos e aditivos;
Peneira - Cimentos de alvenaria;
% que passa nas peneiras
Abertura Nominal
(mm) BS 1200 ASTM C-144
4,8 100 100 • Escolha da Argamassa:
2,4 90 - 100 95 - 100
1,2 70 - 100 70 - 100
- Depende da função a ser exercida
0,6 40 - 80 40 - 75 pela argamassa.
0,3 5 - 40 10 - 35
0,15 0 - 10 2 -15
- Não existe um único tipo de
argamassa que seja o melhor para
todos as aplicações
- Não se deve utilizar argamassa de
maior resistência que a
especificada no projeto

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• GRAUTE
- É o material utilizado para
• TECNOLOGIA DOS MATERIAIS. preencher os vazios dos blocos
• ARGAMASSAS. para aumentar a resistência da
– Traços recomendados pela alvenaria (sem aumentar a
Norma Britânica BS–1200. espessura da parede), consoli-
dando os blocos com a armadura;
Tipo Traço em Volume fa,j aos 28 dias
- É composto dos mesmos
cimento cal areia laboratório obra
i 1 0 a 1/4 3 16,0 11,0 materiais utilizados no concreto
ii 1 1/2 4 a 4,5 6,5 4,5 convencional. A diferença está no
iii 1 1 5a6 3,6 2,5 tamanho do agregado graúdo:
iv 1 2 8a9 1,5 1,0 100% passando na # 12,5 mm.
- As principais propriedades no
– Os ingleses utilizam traços estado fresco são:
mantendo sempre a proporção 1:3 - Consistência; e
entre aglomerante e agregado. - Retração inicial.

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•Dosagem

• GRAUTE. Materiais constituintes


• Consistência. cimento areia brita 0
1 3a4 -
– É medida pelo abatimento no tronco
de cone – slump, devendo situar-se 1 2a3 1a2
entre 17 a 20 cm para adensamento
por apiloamento e entre 20 a 23 cm • A mistura deve ser feita por
para adensamento com vibrador. É tempo superior a 5 minutos;
preferível que se trabalhe com fator • O transporte pode ser feito por
a/c entre 0,8 e 1,1;
bombeamento ou manualmente;
• Retração.
• O adensamento pode ser feito
– Pode ocorrer grande perda de água com vibradores de pequeno
pelas paredes dos blocos. Ensaios em diâmetro ou compactação manual;
prismas cheios podem ser utilizados
para verificar a sua ocorrência. Para • OBS: É sempre recomendável a
evitar o problema, pode-se aumentar o elaboração de dosagens em
teor de cal ou do agregado graúdo. laboratórios para se definir um
traço adequado.
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• Materiais componentes;
- cimento portland, agregados e
•BLOCO DE CONCRETO. água. Permite-se o uso de aditivos
• Características desejáveis: desde que não haja prejuízo para
– Resistência. a resistência e isto seja
comprovado em ensaios;
– Dimensões acuradas;
- o diâmetro máximo do agregado
– Textura e compacidade; deve ser menor que ¼ da menor
– Durabilidade. espessura da parede do bloco;
• Classificação. • Dimensões Reais dos Blocos
– Classe A, destinados a execução Designação Largura Altura Comprimento
190 190 390
de alvenarias externas e que não 190 190 190
M-20
recebem nenhum tipo de 190 90 390
revestimento; 190 90 190
140 190 390
– Classe B, destinados à execução 140 190 190
M-15
de alvenarias internas ou de 140 90 190
140 90 390
alvenarias externas que recebem
revestimento; Tolerância: +3 mm
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• Fabricação.
• Os blocos devem ser fabricados
•BLOCO DE CONCRETO. e curados por processos que
assegurem homogeneidade e
• Espessura mínima das compacidade;
paredes dos blocos. • Os blocos devem apresentar
Unid (mm) Paredes Paredes transv. arestas vivas, estar isentos de
Designação Longit. (A) (B)
trincas, fraturas e outros defeitos
que possam prejudicar o
M-15 25 25 188
assentamento;
M-20 32 25 188
• Os blocos a serem revestidos
•(A) média das medidas de 3 devem apresentar textura áspera
blocos no ponto mais estreito; para garantir boa aderência;
• O comprador deve indicar o
• (B) Soma das espessuras de
local de entrega, dimensões e
todas as paredes transversais do classes dos blocos;
bloco dividida pela • Os blocos devem ser
comprimento do bloco. identificados pelo fabricante
segundo a sua procedência,
classe e resistência.
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• Amostragem
- De cada lote devem ser retirados
•BLOCO DE CONCRETO. ao acaso blocos inteiros para
• Inspeção. constituírem a amostra de todo o lote
para efeito de ensaios;
– Lotes.
- Para lotes até 10 mil blocos a
• Os blocos devem ser separados em
lotes e submetidos ao controle de amostra deve ter no m~inimo 12
aceitação. blocos;
• O lote deve ser formado por - Para lotes com mais de 10 mil
blocos com as mesmas blocos, a amostra deve ser composta
características, produzido sob as por 12 blocos mais 2 blocos para
mesmas condições e com os cada 10 mil ou fração excedente
mesmos materiais; • Marcação
• Para conjuntos até 10 mil blocos -Todos os blocos da amostra devem
deve ser constituído somente 01 ser identificados remetidos ao
lote. laboratório para ensaios.
• Nenhum lote pode ter mais de
100 mil blocos.

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• Aceitação
• O lote deve ser aceito sempre que:
•BLOCO DE CONCRETO.
• Inspeção visual estiver ok!
• Ensaios.
• As dimensões estejam de acordo
– Os ensaios devem ser executados de
acordo com a NBR 7186. com as normas;
• Resistência à compressão; • Resistência:
• Absorção de água, umidade e Blocos Classe A fbk > 6 MPa
determinação da área líquida. Blocos Classe B fbk > 4,5 MPa
– Resistência Característica: • Umidade
fbk=fb-t.sd. u < 40% da absorção total
fbk = resist. Característica (MPa). • Absorção
fb= resist. média dos blocos. a < 10 %
t= Coeficiente Student. Se mais de 20% dos blocos forem
n= número de exemplares da rejeitados pelo critério de
amostra. resistência ou umidade, todo o lote
deverá ser rejeitado

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•BLOCO DE CONCRETO.
• Ensaios.
– O fabricante pode, às suas expensas,
substituir até 20% do total dos blocos
do lote e refazer os ensaios.
– Se os resultados satisfizerem aos
requisitos, uma nova amostra com o
dobro de exemplares deverá ser
ensaiada.
– Se os novos resultados satisfizerem
ás exigências, o lote deverá ser aceito.
• Os ensaios normais de aceitação correm
por conta do comprador
•Sendo necessários novos ensaios com
substituição de 20% dos exemplares, os
custos ficam então por conta do vendedor.

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– Blocos de Vedação Portantes
• São fabricados com formas e
• BLOCO CERÂMICO dimensões diversas. As especificações
– Os materiais cerâmicos são empregados podem ser elaboradas dependendo de
em larga escala na construção, acordo entre as partes interessadas, Na
apresentando as seguintes características dúvida devem prevalecer as prescrições
• Elevada resistência; das seguintes normas:
• Durabilidade; – NBR 8042 – Bloco Cerâmico para
• Precisão dimensional; Alvenaria: Formas e Dimensões; e
• Estabilidade dimensional; – NBR 7171 – Bloco Cerâmico para
• Baixa absorção inicial; Alvenaria, Especificações.
• Isolamento térmico e acústico
• Podem ser produzidos por extrusão ou
prensagem. Neste caso, em que se
– Podem ser produzidos desde olarias
trabalha com baixo teor de umidade,
mais simples, com fornos intermitentes, obtém-se produtos de baixa absorção e
até as grandes fábricas, com produção elevada resistência à compressão,
automatizada em fornos contínuos. podendo chegar a mais de 1000 kg/cm2
em apenas alguns dias.

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– Estabilidade Dimensional
• Tem importância no desempenho da
vedação da parede, pois durante o
• BLOCO CERÂMICO assentamento os blocos ficam com
umidade elevada e depois se retraem na
– Dimensões nominais – NBR 8042 secagem, introduzindo tensões na
Tipo Dimensões Nominais (mm) interface entre o bloco e a argamassa,
(cm) Largura Altura Comprimento podendo surgir fissuras que podem
10x20x10 90 190 90 comprometer a vedação da parede.
10x20x20 90 190 190
10x20x30 90 190 290
10x20x40 90 190 390 – Geometria dos Blocos
15x20x10 140 190 90
15x20x20 140 190 190 • Tem influência direta na resistência da
15x20x30 140 190 290 parede. Nas Figuras abaixo ilustram-se
15x20x40 140 190 390 alguns tipos de blocos cerâmicos,
20x20x10
20x20x20
190
190
190
190
90
190
estruturais e de vedação, utilizados no
20x20x30 190 190 290 Brasil.
20x20x40 190 190 390

–Absorção Inicial
• Mede o potencial do bloco de tirar água da
argamassa durante o assentamento, sendo que o
bloco cerâmico para Alvenaria Estrutural
apresenta baixo índice quando comparado a
outros materiais.

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–Em 1976 a PRENSIL S/A começou
a produzir o BSC para utilização em
alvenaria estrutural não armada,
seguindo-se as prescrições da norma
alemã DIN-1053 – Alvenaria, cálculo
e execução.
–A alvenaria estrutural de BSC tem
a vantagem de dispensar chapisco e
emboço, pois os blocos possuem
dimensões exatas, bastando apenas
. aplicar a massa final de acabamento.
–Como desvantagem, o BSC requer
•BLOCO SÍLICO CALCÁRIO tecnologia construtiva específica, pois
– Trata-se de um bloco composto por uma apresenta elevada retração reversível na
homogênea e adequadamente secagem.
proporcionada de cal e areia quartzosa, – Na Figura abaixo são mostradas
moldado por prensagem com cura feita a ilustrações de BSC para alvenaria estrutural
vapor e alta pressão. Os maiores produtores produzidos no Brasil.
mundiais são a Alemanha e a Rússia.
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• BLOCO SÍLICO CALCÁRIO
– Na Figura abaixo mostra-se
alguns blocos e na Figura ao lado
tem-se ilustrada a fachada de um
edifício executado em BSC.

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– Para conseguir uma correta
• DISPOSIÇÕES amarração entre paredes é necessário
CONSTRUTIVAS que os blocos tenham a seguinte
relação :
– Coordenação modular
• c = 2 x l + j , sendo
• Toda atenção deve ser dada – c = comprimento
ao projeto de arquitetura, – l = largura
buscando projetar – j = espessura da junta
comprimentos e alturas – Dimensões modulares mais comuns
modulares, com valores
múltiplos do comprimento e da Dimensão Dimensão Tipos
altura dos blocos. modular nominal de materiais
• Blocos com medidas 15 x 30 14 x 29 Cerâmica,
modulares são de extrema Concreto
importância para a 12,5 x 25 11,5 x 24 Cerâmica, Sílico-
racionalização da construção. calcáreo
20 x 40 19 x 39 Concreto
15 x 40 14 x 39 Concreto
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–Coordenação modular
• Como neste casos o último bloco não
• DISPOSIÇÕES obedece à modulação, foram criadas
CONSTRUTIVAS diversas soluções com blocos de ajuste,
– Coordenação modular sendo hoje mais utilizados os blocos de
•Quando se utilizam blocos 14 x 34 e 14 x 54 .
modulares, pode-se trabalhar com
as quadrículas modulares 12,5; 15
ou 20 cm. Sempre haverá uma

Múltiplo de 20 cm + 5 cm

Múltiplo de 20 cm + 10 cm
solução de amarração de paredes

Múltiplo de 20 cm
que atenda ao posicionamento
pretendido. Mas, para o caso do
bloco de 15 x 40 , que é o mais
utilizado em edifícios, o problema
é um pouco maior. A dimensão
final do ambiente depende da
posição relativa dos blocos nos Bloco de 14 x 39 cm
cantos da parede.
•Posição dos blocos nos cantos
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• DISPOSIÇÕES
CONSTRUTIVAS
– Coordenação modular
• Amarração das Paredes
– Os encontros de paredes
A - Sem uso de bloco especial
são pontos muito importantes
Junta a prumo na alvenaria estrutural. São
locais naturais de
concentração das tensões
B - Com o uso de bloco especial e pastilha verticais ( os "pilares" ) e de
transferência de tensões entre
uma parede e outra. A partir
de um certo nível de tensões,
não podemos mais utilizar
C - Situação especial
junta a prumo, amarradas
com de ferro, pois sua
Bloco 14/39 Bloco 14/34 Pastilha 14/4 eficiência não chega a 50%
da amarração com defasagem
de blocos.
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• DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS
• DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS – Coordenação modular
–Para amarração da junta a prumo, • Cruzamento de paredes
os detalhes mais utilizados são :
• Grampo vertical unindo dois furos
com ferro e graute.
Junta a prumo
• Ferros de fiada 5 ou 6,3 mm
colocados entre as paredes na junta
A - Sem blocos especiais
de argamassa. Têm uma eficiência
muito baixa. Para melhorar
adota-se as vezes um estribo
deitado, mas este é um detalhe
trabalhoso.
1ª e 3ª fiadas 2ª fiada 4ª fiada
• Tela de amarração - é o detalhe B - Com bloco de 14/34
mais recomendado nos dias de hoje. Bloco 14/39
A quantidade de fios da tela e a Bloco 14/34
argamassa penetrando entre eles Bloco 14/54
Pastilha 14/4
garante uma boa aderência.
C - Com blocos de 14/34 e 14/54
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• DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS
• DISPOSIÇÕES – Coordenação modular
CONSTRUTIVAS • Esquadrias
– Blocos de ajuste • Nos encontros de alvenaria com
• Existe ainda a possibilidade portas e janelas, pode-se projetar o
de utilização dos blocos de uso de meio-bloco ou, em
ajuste. Se for necessário alvenarias para pequenas
diminuir alguma dimensão construções, o uso de tijolos
em 5 cm, pode-se optar pela maciços de barro cozido, prevendo-
substituição de um bloco de se ainda o correto posicionamento
40 cm por um de 35 cm no dos vãos, deixando as folgas
meio da parede. Isto resolve a necessárias ao assentamento destes
modulação mas deve ser feito elementos.
com cuidado pois estes blocos
costumam ter um custo maior.

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- As janelas de madeira mais usuais,
como venezianas, apresentam também
• DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS dimensões compatíveis com o reticulado
- Coordenação modular modular. A altura do marco, medida
• Portas de madeira apresentam externamente, é 13 cm menor do que a
dimensões padronizadas compatíveis do vão modular, espaço este destinado à
com a quadricula modular colocação de uma verga com 10 cm de
estabelecida para os blocos. altura.
- Dimensões padronizadas de portas de - Dimensões comerciais de janelas de
madeira (NBR 8052) madeira do tipo veneziana
dimensões
folha da Porta dimensões externas internas do vão dimensões dimensões
livre dimensões do
do marco da porta comerciais das externas do marco
vão livre
altura largura altura largura altura largura janelas do caixilho
(cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm)
211 62 213,5 67 220 70
altura largura altura largura altura largura
(cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm)
211 72 213,5 77 220 80
211 82 213,5 87 220 90
120 100 127 107 140 110
211 92 213,5 97 220 100 120 120 127 127 140 130
211 62 203,5 67 220 70 120 140 127 147 140 150

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• DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS - No caso de alvenarias
revestidas, necessita-se de uma
• Coordenação modular folga de 1,5 a 2,0 cm entre o
– Caixilhos de ferro ou alumínio, marco e o contorno do vão,
segundo a padronização brasileira, recomendando-se as dimensões
devem possuir dimensões apresentadas na Tabela 9
múltiplas de 10 cm, dimensões dimensões
sendo portanto nominais dos externas do marco dimensões do vão livre
compatíveis com caixilhos do caixilho
alvenarias aparentes. altura largura altura largura altura largura
(cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm)
40 60 37 57 40 a 41 60 a 61
40 60 57 57 60 a 61 60 a 61
60 80 57 77 60 a 61 80 a 81
80 120 77 117 80 a 81 120 a 121
100 120 97 117 100 a 101 120 a 121
120 160 117 157 120 a 121 160 a 161
120 200 117 197 120 a 121 200 a 201
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• DISPOSIÇÕES
CONSTRUTIVAS

– Padrões de assentamento
• A maneira mais comum
é a do tipo junta amarrada,
sendo também muito utilizado
ultimamente o padrão junta
a prumo. Existem ainda junta
a prumo em pé, dama,
composto

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• DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS
– Acabamento das juntas
• Desempenha papel importante, Na
estética, na durabilidade e também
no desempenho das paredes. Juntas
côncavas em “U” ou em “V” são as
mais indicadas, pois sua execução
exigirá esforço no sentido de
comprimir a massa contra as
superfícies de contato no
assentamento do bloco, resultando
em maior compactação da massa,
propiciando melhores condições de
aderência e vedação da parede assim
executada.

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• DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS
• DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS • Vergas
– As alvenarias são muito susceptíveis
à concentração de tensões,
principalmente em cantos de portas e
janelas.

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• DISPOSIÇÕES
CONSTRUTIVAS
– Recomenda-se, para vãos
grandes, o uso de vergas que
sejam dimensionadas como
vigas. Para vãos pequenos, as
vergas podem ser armadas com
2 ferros de 6,3 mm, com
superfície de apoio, de cada
lado do vão, maior do que 20
cm. A contraverga poderá ser
feita com ferros corridos,
avançando no mínimo 30 cm de
cada lado do vão.

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• DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS
– Cinta de amarração
• Têm a finalidade de melhorar o trabalho
conjunto das paredes, distribuir cargas
concentradas e também possíveis
concentrações de tensão.
• Recomenda-se o uso de blocos especiais, ou
seja, canaletas, blocos “J”, pois trazem maior
vantagem ao projeto, eliminando testeiras na
laje, além de propiciar estética com o efeito
da continuidade da alvenaria na face externa
da parede.
• Devem ser colocadas de forma contínua
no respaldo de todas as paredes.
• Devem também ser previstas cintas
intermediárias, entre 1/3 e 2/3 do
pé-direito, como mostra a Figura
ao lado.

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• DISPOSIÇÕES
CONSTRUTIVAS
– Ligação entre paredes
• Recomenda-se que a ligação entre
paredes seja sempre feita no padrão
juntas amarradas.
• Nos encontros de parede em “L”
ou em “T”, a ligação com juntas em
amarração ajusta-se perfeitamente à
modulação desde que os blocos
tenha comprimento igual ao dobro
da largura.
• No caso de junções em “L” ou
“T”, existe a possibilidade de se
executar juntas aprumadas por meio
de armaduras construtivas.

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-Outros tipos de encontro de
paredes
• DISPOSIÇÕES
CONSTRUTIVAS
– Grapa em bloco cerâmico

- Usar φmin = 6.3 mm

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- Encontro de alvenaria com
painel de laje protendida.
• Permite grande agilidade na
• DISPOSIÇÕES
execução da obra
CONSTRUTIVAS
– Encontro de laje com parede

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• DISPOSIÇÕES
CONSTRUTIVAS
– Embutimento de
tubulações para insta-
lações hidráulicas e
elétricas.
• Bloco com furos
verticais permitem o uso
de tubulações embutidas.
As tubulações horizontais
devem correr em canaletas
previamente cdefinidas na
elaboração do projeto

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