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Equipes

multidisciplinares/
ferramentas do SUS
Atividade em sala
Estudo de caso - Ana

Ana, 56 anos, balconista, casada, moradora do bairro


das Flores, área adscrita da ESF Orquídea. Contatou o
ACS do seu bairro na rua de sua casa. Relatou estar
com dores de cabeça frequentes, estar insatisfeita
com seu peso atual, tem dores na coluna e joelhos.
Também contou ser hipertensa e fumante.

A ACS Maria sugeriu que Ana procurasse a ESF para


acolhimento.
Trabalho em equipe:
por quê?
—  Crescente especialização
O progressivo aumento da quantidade de conhecimentos em
cada campo não permite que um único indivíduo domine
todos os conhecimentos do assunto estudado

—  Desinstitucionalização da saúde
A saída da atenção do hospital para a comunidade reforçou
o trabalho entre diferentes profissionais
A complexa dinâmica
das equipes de saúde
—  Estrutura organizacional
—  Arranjos interpessoais estabilizados
—  Ideologia de atendimento
—  Intersubjetividade
—  Aspectos técnicos
—  Racionalidade assistencial à especificidade da saúde
Características de
grupos que funcionam bem
—  Metas claras
—  Entendimento compartilhado de objetivos

—  Processos claros
—  Conhecimento e respeito pela contribuição dos outros
—  Comunicação clara e efetiva
—  Dissolução de conflitos
—  Equiparação de papéis
—  Treinamento de tarefas
Características de
grupos que funcionam bem
—  Estruturas flexíveis que levem a:
—  Pessoal capacitado
—  Escolha correta de cada categoria de profisisonal
—  Liderança responsável que enfatize a excelência
—  Reuniões de equipe efetivas
—  Documentação que facilite compartilhamento de
conhecimento
—  Acesso a recursos necessários
—  Premiações e recompensas adequadas
A importância da
interação
—  Um dos indicadores claros de qualidade de uma equipe
de saúde é a capacidade de interação
—  Boas equipes interagem bem, cuidam bem de seus
pacientes e não têm problemas com quaisquer equipes
de cuidado
—  Não existe especificidade de bom funcionamento para
um ou outro tipo específico de cuidado.
—  Por exemplo, não costuma haver equipes de atenção
primária “boas” para tratar hipertensão e “ruins” para
a saúde mental
Ententendo equipes
pela sua interação
Equipes Integração
—  Articulação das ações
—  Interação dos agentes
—  Projeto assistencial comum
—  Argüição da desigualdade
dos trabalhos especializados
—  Flexibilidade da divisão do
trabalho
—  Autonomia técnica de
caráter interdependente
(Peduzzi e Schraiber, 1998)
Ententendo equipes
pela sua interação

Equipes Agrupamento

—  Justaposições das ações


—  Agrupamento dos
agentes

—  ausência de objetivos
comuns

(Peduzzi e Schraiber, 1998)


Trabalho
multiprofissional
—  Contribuição independente de cada disciplina
para o cuidado do usuário
—  Trabalho em paralelo em soma de
conhecimentos
—  Comunicação interdisciplinar é mínima, a não
ser com o líder
—  Membros da equipe podem ser da mesma
disciplina/profissão ou não
Trabalho interdisciplinar
—  Membros trabalham em conjunto e se comunicam
com freqüência
—  Organizado em se resolver um conjunto comum de
problemas (e não em torno da figura de um
“chefe”)
—  Trabalho em colaboração e sinergia de
conhecimentos, levando em consideração as
contribuições dos outros membros
—  Existem funções especializadas, porém com cada
membro se colocando no centro dum contínuo de
responsabilidades e interações
Trabalho
transdisciplinar
—  Oposto absoluto do trabalho multidisciplinar
—  Funções profissionais sobreponíveis
—  Cada membro da equipe tem que estar
familiar com as concepções dos outros
membros, de forma a poder assumir
porções significativas dos papéis dos outros
membros
Desigualdades na
equipe
—  Algumas profissões são consideradas hierárquica ou
ideologicamente “superiores”

—  Estas desigualdades costumam reproduzir


desigualdades sociais em geral

—  Quanto menor a desigualdade (real, e não apenas


referida), maior a integração
Intersubjetividade
—  As pessoas são diferentes e particulares, com
diferentes disposições e habilidades; qualquer modelo
organizacional, não importa quão bem estruturado,
falhará se não levar em conta essa perspectiva.

—  Para efetivamente se trabalhar em equipe é preciso


administrar conflitos e embates advindas destas
diferenças, e respeitá-las.
Ferramentas do SUS

Mas o que é o Nasf, então?

Conforme a Política Nacional de Atenção Básica, os Núcleos


de Apoio à Saúde da Família são:

•  Equipes multiprofissionais
•  Profissionais de diferentes profissões ou especialidades
•  integração e e apoio ao ESF e das equipes de Atenção
Básica para populações específicas (Consultórios na Rua,
equipes ribeirinhas e fluviais)1
•  Compartilhmento de práticas e saberes em saúde com as
equipes de referência apoiadas,
•  Auxilio-no manejo ou resolução de problemas clínicos e
sanitários
Possibilidades de composição do Nasf:

Assistente social;
profissional de Educação Física;
farmacêutico;
fisioterapeuta;
fonoaudiólogo;
profissional com formação em arte e educação (arte
educador);
nutricionista;
psicólogo;
terapeuta ocupacional;
médico ginecologista/obstetra; médico homeopata;
médico pediatra; médico veterinário; médico psiquiatra;
médico geriatra; médico internista (clínica médica);
médico do trabalho; médico acupunturista
Profissional de saúde sanitarista
FUNÇÃO do NASF

Nasf constitui-se em retaguarda especializada para as equipes de


Atenção Básica/Saúde da Família, atuando no lócus da própria AB.

Desenvolve trabalho compartilhado e colaborativo em pelo menos duas


dimensões: clínico-assistencial e técnico-pedagógica. A primeira produz
ou incide sobre a ação clínica direta com os usuários; e a segunda
produz ação de apoio educativo com e para as equipes.

Apoio e a atuação do Nasf também podem se dar por meio de ações


que envolvem coletivos, tais como ações sobre os riscos e
vulnerabilidades populacionais ou mesmo em relação ao processo de
trabalho coletivo de uma equipe
Funções do fisioterapeuta

Fisioterapeuta do NASF rompe com o modelo biomédico,


direcionando suas ações para prevenção e reabilitação das
doenças, traçando aspectos importantes para a saúde
coletiva, visando à melhoria da qualidade de vida da
população atendida. Tendo como proposta ações de apoio,
como: Interconsulta, visita domiciliar, atendimento individual,
participação em reuniões de equipe, educação permanente e
atendimentos coletivos através de grupos.

O fisioterapeuta tem demonstrado a cada


dia suas competências na atenção básica Desenvolver e organizar uma
em saúde, reduzindo danos e agravos, melhor estratégia de apoio
com uma prática integral que perpassa matricial, que venha oferecer
pela educação em saúde, acolhimento, aos usuários uma atenção
atendimentos individuais, grupos integral, humanizada e de
operativos e realizando visitas qualidade.
domiciliares. Mostrando assim a
importância desse trabalho, indo muito
além do perfil reabilitador.
FATORES QUE IMPEDEM A IMPLATAÇÃO DA
EQUIPE NA TOTALIDADE DO SUS

—  Estrutura física do SUS


—  Corpo de funcionários insuficiente
—  “SE”…
—  Comunicação(?) reuniões periódicas(?)
—  Egocentrismo entre as profissões
—  Teoria aplicada à prática
—  A mudança ainda se faz pela Educação
Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à


Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Núcleo de Apoio à Saúde da Família - Brasília: Ministério
da Saúde, 2014. 116 p.: il. – (Cadernos de Atenção Básica,
n. 39)

https://cursos.atencaobasica.org.br/relato/4736

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