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Segundo o governo militar, a Lei teria como objetivo dar igualdade aos candidatos e partidos
políticos no tempo de sua apresentação aos brasileiros, já que nem todos os partidos proviam
do dinheiro necessário para conseguir, na televisão e no rádio, o mesmo tempo que os demais.
Desse modo, a Lei Falcão restringia o tempo de todos os partidos a um padrão, de modo que,
na versão oficial, nenhum fosse prejudicado. Candidatos mais abonados ou de partidos políticos
mais ricos seriam apresentados ao público votante de forma exatamente igual a candidatos mais
pobres ou de partidos com menor capacidade econômica - embora, na época, existissem apenas
dois partidos (a ARENA, que dava sustentação à ditadura militar, e o MDB, oposição ao regime).
O formato restringia as possibilidades de exposição de ideias, já que não permitia a veiculação
de qualquer ideal, e era uma maneira considerada "lenta, gradual e segura”[3]de uma abertura
política proposta pelo então presidente.
A opinião dominante é que a lei fora implementada para tentar diminuir a simpatia do público
para com o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), já que este era um partido oposto à
Ditadura, na época, e vinha cada vez mais ganhando o apoio da população. Dessa forma, a crítica
ao regime militar seria evitada nos horários políticos eleitorais.[4]
O Movimento Democrático Brasileiro, com a intenção de criticar a Lei Falcão, saiu às ruas com
um "TV-MDB", um programa apresentado na carroça de um caminhão Chevrolet 51 que
percorria as ruas. No programa, entre os convidados havia candidatos e atrações como
repentistas. Sílvio Sebastiani, então presidente do diretório municipal do MDB, declarou sobre
a TV-MDB: "Com isso, atraímos público e mantemos uma crítica constante à 'Lei Falcão'. Essa
televisão, ninguém nos tira".[5]
FONTE: WIKIPEDIA
A Lei da Anistia, no Brasil, é a
denominação popular dada à
lei n° 6.683,[1] sancionada pelo
presidente João Batista Figueiredo
em 28 de agosto de 1979, após uma
ampla mobilização social, ainda durante
a ditadura militar.
Em sua redação original dada pelo
Projeto de lei n° 14 de 1979-CN,[2]
dizia-se o seguinte:
“ Art. 1º É concedida anistia a todos quantos,
no período compreendido entre
02 de setembro de 1961 e 15 de
agosto de 1979, cometeram crimes
políticos ou conexo com estes,
crimes eleitorais, aos que tiveram
seus direitos políticos suspensos e
aos servidores da Administração Direta e Indireta,
de fundações vinculadas ao poder público, aos Servidores dos Poderes Legislativo e
Judiciário, aos Militares e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos com
fundamento em Atos Institucionais e Complementares e outros diplomas legais. ”
Embora esta tenha sido a redação original, o trecho final onde se lê "e outros diplomas legais"
foi vetado por orientação do então presidente João Batista Figueiredo em mensagem
apresentada à sessão conjunta do congresso nacional em 22 de agosto de 1979.
A ditadura militar de 1964, instaurada no Brasil após a deposição do presidente João Goulart,
ampliou ainda mais os seus poderes depois de 1968, com a promulgação do Ato Institucional n°
5 (AI-5), que permitiu ao Poder Executivo decretar o recesso do Congresso Nacional - na prática,
dissolver o parlamento. [3]
Na primeira metade dos anos 1970, surgiu o Movimento Feminino pela Anistia, liderado
por Therezinha Zerbini. Em 1978 foi criado, no Rio de Janeiro, o Comitê Brasileiro pela Anistia,
congregando várias entidades da sociedade civil, com sede na Associação Brasileira de
Imprensa. A luta pela anistia aos presos e perseguidos políticos foi protagonizada por
estudantes, jornalistas e políticos de oposição. No Brasil e no exterior foram formados comitês
que reuniam filhos, mães, esposas e amigos de presos políticos para defender uma anistia
ampla, geral e irrestrita a todos os brasileiros exilados no período da repressão política.
Em junho de 1979, o governo João Batista Figueiredo encaminhou ao Congresso Nacional o seu
projeto, que atendia apenas parte dos interesses, porque excluía os condenados por
atentados terroristas e assassinatos, segundo o seu art. 1º. Favorecia também os militares e os
responsáveis pelas práticas de tortura.
E SOBRE A CONSTITUIÇÃO DE 1888
LOGO APÓS O TÉRMINO DA DITADURA