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PODEMOS ENTENDER UMA ÉPOCA

PRESTANDO ATENÇÃO EM SUA PRODUÇÃO CULTURAL

SEGUE CHARGES DA ÉPOCA DA DITADURA MILITAR


E DO MILAGRE ECONÔMICO BRASILEIRO

A história da charge teve início na Europa no princípio do século XIX, quando


pessoas que se opunham ao governo atreveram-se a criar uma nova forma
de expressão para criticar a tirania e os desmandos de seus representantes.
Essa nova forma aliou imagem e texto, além de, por meio de uma linguagem
irreverente, conquistar a simpatia da população e fazer desse gênero um
dos mais apreciados até os dias de hoje. No Brasil, temos grandes
chargistas, inclusive, muitos foram alvos de censura na época da ditadura
militar, quando fazer uma crítica social por intermédio de qualquer
expressão artística podia ser muito perigoso!
Governo Costa e Silva
A Lei Falcão é uma lei brasileira criada em 1976 durante o Regime Militar de 1964, no governo
de Ernesto Geisel e tem este nome por causa do seu criador Armando Falcão, cujo tinha como
objetivo principal evitar o fortalecimento de uma oposição. Com essa lei a propaganda política
foi limitada por meio de um sistema igualitário de apresentação dos candidatos políticos na
televisão e na rádio.

Segundo o governo militar, a Lei teria como objetivo dar igualdade aos candidatos e partidos
políticos no tempo de sua apresentação aos brasileiros, já que nem todos os partidos proviam
do dinheiro necessário para conseguir, na televisão e no rádio, o mesmo tempo que os demais.
Desse modo, a Lei Falcão restringia o tempo de todos os partidos a um padrão, de modo que,
na versão oficial, nenhum fosse prejudicado. Candidatos mais abonados ou de partidos políticos
mais ricos seriam apresentados ao público votante de forma exatamente igual a candidatos mais
pobres ou de partidos com menor capacidade econômica - embora, na época, existissem apenas
dois partidos (a ARENA, que dava sustentação à ditadura militar, e o MDB, oposição ao regime).
O formato restringia as possibilidades de exposição de ideias, já que não permitia a veiculação
de qualquer ideal, e era uma maneira considerada "lenta, gradual e segura”[3]de uma abertura
política proposta pelo então presidente.

A opinião dominante é que a lei fora implementada para tentar diminuir a simpatia do público
para com o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), já que este era um partido oposto à
Ditadura, na época, e vinha cada vez mais ganhando o apoio da população. Dessa forma, a crítica
ao regime militar seria evitada nos horários políticos eleitorais.[4]

O Movimento Democrático Brasileiro, com a intenção de criticar a Lei Falcão, saiu às ruas com
um "TV-MDB", um programa apresentado na carroça de um caminhão Chevrolet 51 que
percorria as ruas. No programa, entre os convidados havia candidatos e atrações como
repentistas. Sílvio Sebastiani, então presidente do diretório municipal do MDB, declarou sobre
a TV-MDB: "Com isso, atraímos público e mantemos uma crítica constante à 'Lei Falcão'. Essa
televisão, ninguém nos tira".[5]

A partir de 1984, a propaganda eleitoral voltou a ser liberada na televisão e, em 1985, as


disposições sobre propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão passaram a ser dadas
pela legislação regulamentadora de cada eleição. A Lei nº 9.504/97, art. 107, revogou o artigo
250 do Código Eleitoral e atualmente regulamenta a propaganda eleitoral brasileira. [4]

FONTE: WIKIPEDIA
A Lei da Anistia, no Brasil, é a
denominação popular dada à
lei n° 6.683,[1] sancionada pelo
presidente João Batista Figueiredo
em 28 de agosto de 1979, após uma
ampla mobilização social, ainda durante
a ditadura militar.
Em sua redação original dada pelo
Projeto de lei n° 14 de 1979-CN,[2]
dizia-se o seguinte:
“ Art. 1º É concedida anistia a todos quantos,
no período compreendido entre
02 de setembro de 1961 e 15 de
agosto de 1979, cometeram crimes
políticos ou conexo com estes,
crimes eleitorais, aos que tiveram
seus direitos políticos suspensos e
aos servidores da Administração Direta e Indireta,
de fundações vinculadas ao poder público, aos Servidores dos Poderes Legislativo e
Judiciário, aos Militares e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos com
fundamento em Atos Institucionais e Complementares e outros diplomas legais. ”
Embora esta tenha sido a redação original, o trecho final onde se lê "e outros diplomas legais"
foi vetado por orientação do então presidente João Batista Figueiredo em mensagem
apresentada à sessão conjunta do congresso nacional em 22 de agosto de 1979.

A ditadura militar de 1964, instaurada no Brasil após a deposição do presidente João Goulart,
ampliou ainda mais os seus poderes depois de 1968, com a promulgação do Ato Institucional n°
5 (AI-5), que permitiu ao Poder Executivo decretar o recesso do Congresso Nacional - na prática,
dissolver o parlamento. [3]

Na primeira metade dos anos 1970, surgiu o Movimento Feminino pela Anistia, liderado
por Therezinha Zerbini. Em 1978 foi criado, no Rio de Janeiro, o Comitê Brasileiro pela Anistia,
congregando várias entidades da sociedade civil, com sede na Associação Brasileira de
Imprensa. A luta pela anistia aos presos e perseguidos políticos foi protagonizada por
estudantes, jornalistas e políticos de oposição. No Brasil e no exterior foram formados comitês
que reuniam filhos, mães, esposas e amigos de presos políticos para defender uma anistia
ampla, geral e irrestrita a todos os brasileiros exilados no período da repressão política.

Em junho de 1979, o governo João Batista Figueiredo encaminhou ao Congresso Nacional o seu
projeto, que atendia apenas parte dos interesses, porque excluía os condenados por
atentados terroristas e assassinatos, segundo o seu art. 1º. Favorecia também os militares e os
responsáveis pelas práticas de tortura.
E SOBRE A CONSTITUIÇÃO DE 1888
LOGO APÓS O TÉRMINO DA DITADURA

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