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Fenômenos de Transporte

aula 4

Escoamento de Fluidos
em Tubulações

formador autor  Prof. Dr. ​L uiz Roberto Terron


2
Fenômenos de
Transporte - aula 4
Escoamento de Fluidos
em Tubulações

4.1. O que será abordado nesta


aula (e o que não vai ser)
A ênfase, neste capítulo, será dada à situação mais co-
mum em plantas industriais: o escoamento de fluidos
compressíveis, ou seja, de líquidos. Serão considerados
somente líquidos newtonianos fluindo pelo interior de
tubos com secção reta1 cilíndrica ou circular: são, por-
tanto, cilindros ocos (veja como exemplo, a Figura 4-1,
onde está mostrada a seção reta de um tubo cilíndrico).
O estudo será restrito, também, à operação em regime
permanente e em tubos completamente cheios de líqui-
do. Portanto, não serão abordados:

→→ Tubos com área livre para escoamento não total-


mente ocupada;
→→ Escoamento multifásicos (gás-líquido, líquido-sóli-
do, suspensões, gás-líquido-sólido, etc.);
→→ Escoamento de fluidos compressíveis (gases e va-
pores);
→→ Escoamento de líquidos não-newtonianos;
→→ Escoamento em tubos com secções retas diferen-
tes da circular (quadrada, retangular, etc.);
→→ Fluxo de líquidos em canais abertos;
→→ Escoamento em regime transiente.
Informações sobre esses assuntos, também importantes, podem ser ob-
tidas em obras listadas no item Bibliografia deste capítulo.

4.2. O problema do escoamento de


fluidos no interior de tubos
Tubos podem ser definidos como condutos fechados, destinados princi-
palmente ao transporte de fluidos, enquanto que tubulação é o conjunto
de tubos e de seus diversos acessórios2. As tubulações (também chama-
das de linhas) são, para as instalações industriais, assim como a rede de
veias e artérias o são para nosso corpo: pelas tubulações fluem os mate-
riais líquidos ou gasosos que estão envolvidos, de alguma forma com um
determinado processo industrial.
Nas instalações industriais, o investimento de capital em tubulações que
transportam os fluidos está na faixa de 20-40% do investimento total da
planta, aos quais devem ser acrescentados os custos relativos à energia
envolvida no escoamento dos fluidos mais manutenção continuada do sis-
Tabela 4-1.  tema de escoamento (Simpson e Weirick, 1978; Couper et al, 2008, 2010).
Tubulações Percebe-se, então, que um conhecimento sobre esse assunto pode
industriais – Tipos e
ter um substancial impacto no gerenciamento dos custos globais das
exemplos de uso.
Fonte: adaptado de instalações industriais, tanto no seu projeto quanto na sua operação. Na
Silva Telles, 2005. Tabela 4-1 estão citados os principais usos de tubulações em plantas in-
dustriais e, na Tabela 4-2, a classificação das tubulações de acordo com
o fluido transportado.

tipo subtipo 1 subtipo 2 definição exemplos

Tubulações dos fluidos que Tubulações de óleos em refinarias


Tubulações de processo – constituem a finalidade Tubulações de produtos químicos
básica da indústria em indústrias químicas

Tubulações de fluidos auxiliares


para finalidades diversas
Tubulações de água (doce ou
(sistemas de refrigeração,
salgada), vapor, condensado,
tubulações Tubulações de utilidades – aquecimento, vapor para
ar comprimido, combustíveis
dentro de instala- acionamento de máquinas,
(gás, óleos, etc.)
ções industriais manutenção, limpeza,
Tubulações no interior combate a incêndio, etc.)
das áreas de trabalho ou Usadas para a transmissão de sinais
de processamento de Tubulações de
– de ar comprimido para as válvulas de
fluidos (tubulações em instrumentação
Não são destinadas ao controle e instrumentos automáticos
unidades de processo)
transporte de fluidos Nelas existem líquidos sob pressão
Tubulações de
– para transmitir e efetuar comandos
transmissão hidráulica
para servomecanismos hidráulicos

Tubulações para coletar e


conduzir diversos efluentes Diversos fluidos, geralmente
Tubulações de drenagem –
(líquidos ou gasosos) ao mal definidos
destino conveniente

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tipo subtipo 1 subtipo 2 definição exemplos

Tubulações de transporte: Tubulações de adução Adutoras de água


tubulações fora para transporte de
de instalações Tubulações de transporte de óleos e
industriais líquidos e de gases a Tubulações de transporte
de gases (oleodutos e gasodutos)
longas distâncias fora de
linhas fora das áreas de
instalações industriais. Tubulações de drenagem Coletores de drenagem
processo: tubulações em
áreas de armazenagem Tubulações de
de fluidos, tubulações Tubulações de Quando o fluxo se dá em direção
distribuição Distribuição de água, de vapor, etc.
de interligação entre distribuição: às extremidades dos ramais
propriamente dita
áreas de processo e de redes ramificadas fora de
armazenagem etc. instalações industriais Tubulações Quando o fluxo se dá em
Drenagem, esgotos, etc.
de coleta direção às linhas-tronco

* Não são considerados como pertencentes à tubulação tubos que são partes integrantes de
equipamentos e máquinas (caldeiras, fornos, trocadores de calor, motores, etc.)

Tabela 4-2.  tubulações tipo exemplos


Tubulações industriais transportando

– Classificação Água potável, Água de alimentação


Água doce
segundo o fluido de caldeiras, Água industrial
Água
transportado. Água salgada e outras águas agressivas,
Água não doce
Fonte: adaptado Água de incêndio, Água de irrigação
de Silva Telles, 2005. Vapor superaquecido, Vapor saturado,
Vapor –
Vapor exausto, Condensado

Petróleo cru, produtos intermediários e finais


Óleos –
do petróleo, óleos vegetais, óleos hidráulicos

Ar comprimido industrial, ar
Ar –
comprimido de instrumentação

Gás de iluminação, gás natural, gases de


Gases petróleo, gases de síntese, gases de alto- –
forno, C02, oxigênio, hidrogênio, etc.

Esgoto pluvial, lama de drenagem,


Esgotos e drenagem esgoto industrial, esgoto sanitário, –
gases residuais, drenagem de emergência

Produtos petroquímicos –

Bebidas, xaropes, óleos e


Produtos alimentares
gorduras comestíveis, etc.

Tintas, resinas, vernizes, solventes, etc. –


Fluídos diversos
Misturas refrigerantes –

Pasta de papel –

Ácidos, álcalis, enxofre fundido, amônia,


Produtos químicos diversos
álcool, cloro, ureia, soda, sabões etc.

Figura 4-1. Área da
secção reta de um
tubo cilíndrico.

Área da seção livre


para escoamento

Área da secção reta


de um tubo cilíndrico

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4.3. Dados e Padronização dos tubos
Os tubos usados nas indústrias de processo são de vários tipos de mate-
riais, na Tabela 4-3 estão citados os materiais mais comumente encontra-
dos, juntamente com o termo em inglês para facilitar estudos em litera-
tura estrangeira. Os mais comuns, nas indústrias, são os tubos de aço e
de ferro forjado. Os processos de fabricação para obtenção dos tubos se-
guem diversas especificações, de acordo com o material, tais como as nor-
mas: ASTM (American Society for Testing and Materials), DIN (Deustaches
Institute for Normuns), API (American Petroleum Institute), AISI (American
Institute of Steel and Iron), SAE (Society of Automotive Engineers), ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas). De acordo com tais normas,
os tubos são classificados como na Tabela 4-4.

Tabela 4-3.  tubos tipos exemplos


Tubulações industriais Aços-carbono (carbon-steel), Aços-
– Classificação liga (low alloy, high alloy steel), Aços
segundo o material inoxidáveis (stainless-steel), Ferro
Ferrosos
de construção. fundido (cast iron), Ferro forjado
Fonte: adaptado de Metálicos (wrought iron), Ferros ligados (alloy cast
Silva Telles, 2005. iron), Ferro nodular (nodular cast iron)
Cobre (copper), Latões (brass), Cobre-
Não-ferrosos níquel, Alumínio, Níquel e ligas, Metal
monel, Chumbo (lead), Titânio, Zircônio
Cloreto de polivinil (pvc), polietileno,
Plásticos acrílicos, acetato de celulose,
epóxi, poliésteres, fenólicos, etc.
Não metálicos
Cimento-amianto (transite),
concreto armado, barro vidrado (clay),
elastómeros (borrachas), vidro, cerâmica, porcelana, etc.
De aço com Zinco, Aços inoxidáveis, Materiais plásticos,
revestimento Elastômeros (borrachas), Ebonite, Asfalto, Esmaltes
interno de asfálticos, Concretos, Vidro, Porcelana

tipo descrição
Tabela 4-4. 
Tubulações industriais São produzidos para as mais diversas aplicações,
– Classificação desde tubos sem requisitos até tubos para
Tubos industriais
segundo o material troca térmica e estruturais. São esses os tipos
de tubos de interesse para o nosso estudo.
de construção.
Fonte: adaptado de São utilizados onde é necessária precisão
Tubos de precisão
Silva Telles, 2005. dimensional e/ou boa qualidade superficial.
São utilizados para condução de gazes e líquidos
Tubos para condução não corrosivos e sólidos em suspensão. São esses os
tipos de tubos de interesse para o nosso estudo.
Usados para exploração, produção e condução de
Tubos petrolíferos
petróleo, seus derivados, subprodutos e equivalentes.
São utilizados para a proteção de
Eletrodutos
condutores elétricos (cabos e fios).

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Certos termos referentes ao uso, projeto e especificação de tubulações
são importantes para o entendimento de itens futuros das aulas e, por
isso, serão introduzidos nesta parte. São eles:

→→ Diâmetro Nominal: também chamado de “Tamanho Nominal”, é


o termo consagrado comercialmente para designação do diâmetro
dos tubos de condução, eletroduto e petrolífero. Às vezes também
se usa o termo “bitola”, porém na terminologia técnica brasileira,
esse termo deve ser evitado. Note que o diâmetro nominal não cor-
responde à medida efetiva ou real da circunferência externa do tubo
(veja as Tabelas do Apêndice 4-1);
→→ Schedule (símbolo: Sch): também chamado de designação de es-
pessura é a denominação dada ao resultado arredondado a deze-
na calculado pela fórmula Sch = P/S, onde P é a pressão de trabalho
do tubo e S é a tensão (pressão) correspondente a 60% do limite de
escoamento do material (líquido, no caso) a 20oC. Portanto para um
mesmo diâmetro externo de um tubo de condução, quanto maior
o Sch, maior a espessura de parede em relação ao seu diâmetro
(veja as Tabelas do Apêndice 4-1). O Schedule define, portanto, a
espessura de parede do tubo de condução, sendo que os valores
estabelecidos para cada Schedule (a espessura, enfim) nos vários
diâmetros são tabelados e estabelecidos nas normas correspon-
dentes. Por exemplo, os tubos das normas americanas (aço car-
bono – Norma ASTM), seguem o padrão definido na norma ANSI B
36.10 (a norma brasileira NBR 5590 também segue este padrão).
Nas normas européias (DIN, BS e outras), e nas brasileiras (ABNT)
não é comum a designação das espessuras em Schedule, mas, ape-
sar disso, devido a existência de dados na literatura, a especifica-
ção em Sch é muito usada.

Nas Tabelas do Apêndice 4-1 do Apêndice 4 estão dados de propriedades


de tubos (diâmetro nominal, diâmetro interno, Sch – designação de diâ-
metro, etc.) para várias normas.

4.4. Meios de ligações dos tubos


Os tubos, para formar a tubulação, devem ser ligados entre si e com os
acessórios da tubulação (que serão vistos adiante. Existem diversos mo-
dos de serem feitas essas ligações. A escolha de um deles vai depender de
alguns fatores, dentre eles, os mais importantes são:

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→→ Material e diâmetro da tubulação;
→→ Finalidade e localização;
→→ Custo;
→→ Grau de segurança exigido;
→→ Pressão e temperatura de trabalho;
→→ Fluido conduzido;
→→ Necessidade ou não de desmontagem;
→→ Existência ou não de revestimento interno no tubo.

E os tipos de ligações são:

→→ Ligações rosqueadas: são ligações de baixo custo e de fácil execu-


ção utilizadas em pequenos diâmetros (até 2”). Veja a Figura 4-2;
→→ Ligações soldadas: proporcionam boa resistência mecânica, estan-
queidade perfeita e permanente, boa aparência, facilidade para apli-
cação de isolamento térmico e de pintura, nenhuma necessidade de
manutenção, porém, apresentam dificuldades de desmontagem e
exigem mão de obra especializada para sua confecção;
→→ Ligações flangeadas: Os flanges são montados em pares e geral-
mente unidos por parafusos, mantida a superfície de contato entre
dois flanges sob força de compressão. A fim de evitar vazamentos
usam-se vedações apropriadas, as chamadas juntas para flanges.
Flanges são facilmente desmontáveis, sem operações destrutivas, e
aplicadas em diâmetros de 2” ou maiores. Deve-se minimizar seu
uso por serem pontos passíveis de vazamento e também porque
são peças caras, pesadas e volumosas. Extremidades de tubos e de
tubulações devem ser fechadas em suas extremidades e isso pode
ser feito por flanges cegos. Veja a Figura 4-3.

Existem outros tipos de ligações, mas não serão aqui tratados. Na Tabela 4-5
existem algumas diretrizes para a escolha de ligações entre tubos de aço.

tubo
Figura 4-2. 
Esquema de ligações meia união

de tubos rosqueadas, união rosqueada


por luva e por gaxeta
união. No detalhe
porca
vê-se um corte de
união rosqueada
com costura. luva rosqueda

Fonte: adaptado de
Silva Telles, 2005.

união rosqueada luva rosqueada

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Figura 4-3. 
Flanges. Note que
estão mostrados
flanges cegos
que servem para flange cego
bloquear fluxos em
fins de tubulações.
Fonte: 1. Rank
Vincentz, Wikimedia
Commons. 2.
Kkmurray, Wikimedia
Commons.

1 2

tipo de ligação serviço a ser efetuado diâmetro válido meio de ligação


Tabela 4-5. 
Diretrizes para Ligações rosqueadas
Serviços de baixa responsabilidade1, Diâmetros até 4”
ligações de com luvas
ou não-severos
tubulações de aço. Ligações corrente Diâmetros de 6” ou maiores Solda de topo
ao longo da
Fonte: adaptado de Ligações de solda de
tubulação Diâmetros até 1½”
Silva Telles, 2005. Serviços severos2 encaixe com luvas

Diâmetros de 2” ou maiores Solda de topo

Ligações rosqueadas
Diâmetros até 4”
com uniões
Serviços de baixa responsabilidade1,
Ligações ou não-severos Ligações flangeadas
nos extremos Diâmetros de 6” ou maiores (flanges rosqueados
da tubulação, ou ou sobrepostos)
onde for exigido Ligações de solda de
facilidade de Diâmetros até 1½”
encaixe com uniões
desmontagem
Serviços severos2 Ligações flangeadas
Diâmetros de 2” ou maiores (flanges de pescoço
ou do tipo anel)

1 Serviço de baixa responsabilidade significa fluido não perigoso em pressões


ate” 0.7 MPa ( » 7 kg/cm2) e em temperaturas até 100º C.
2 Serviço severo significa alta responsabilidade (fluidos inflamáveis, tóxicos etc.)
ou pressões e/ou temperaturas superiores aos limites citados acima.

4.5. Acessórios de Tubulações


Além das peças destinadas a fazer ligações entre os tubos e fechamento
de extremidades existem outras, chamadas de acessórios (ou singulari-
dades, ou acidentes) de tubulações. Os principais acessórios estão mos-
trados e comentados na Tabela 4-6. Contam como acessórios as válvulas
(veja a Figura 4–7) que permitem, entre outras atividades:

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→→ Regulagem da vazão de um produto, adequando-a a uma determi-
nada condição de processo solicitada;
→→ Bloqueio da passagem de um produto, permitindo a remoção de
equipamentos para atividades de manutenção;
→→ Alívio, a partir de um valor predefinido, da pressão de um sistema
industrial, permitindo o restabelecimento de condições seguras
num processo;
→→ Alinhamento de um fluido, de um equipamento a outro, permitindo
apenas um sentido de escoamento, isto é, impedindo o seu retorno.

Por outro lado, dentre os acessórios, válvulas são aqueles que mais po-
dem ocasionar perdas de carga durante o escoamento. Perda de carga
significa perda de energia de escoamento, que deve ser suprida, ao fluido,
por bombeamento e, consequentemente, o bombeamento vai significar
aumento de custos de processamento. Por isso, quem planeja sistemas
de tubulações, deve conhecer o assunto adequadamente para selecionar
qual (e quantas) válvulas deverão existir nesse sistema.

Tabela 4-6.  tipo de ação elemento o exemplos·

Acessórios de Curva de raio longo* retorno 180o retorno 180o


tubulações de acordo rosqueado flangeado
com o tipo de ação.
Fonte: adaptado Curva de raio curto*+

de Terron, 2012.

Curva de redução* Curvas que diminuem gradativamente seu diâmetro

raio longo
Fazer mudanças de
direção em tubulações Joelho ou cotovelo
de 22 ½°, 45°, 90° e 180° (“elbow”) de raio longo

Cotovelo rosqueado de 90°

normal

Joelho ou cotovelo (“elbow”)


de raio curto+

Cotovelo rosqueado de 90°

Cotovelos que diminuem


Joelho ou cotovelo de redução
gradativamente seu diâmetro

ramificação

Fazer derivações
Tês normais (de 90°) fluxo
em tubulações
normal

Te normal flangeado

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tipo de ação elemento o exemplos·

ramificação

Tês de 45° fluxo


normal

Te de 45° para solda de topo

Tes que diminuem gradativamente o diâmetro


Tes de redução
Fazer derivações de um dos ramos (geralmente a ramificação).
em tubulações Muito semelhante ao Te de 45°: os ramos da peça
Peças em Y
formam uma disposição semelhante à letra “Y”

Cruzetas (“crosses”)

Cruzeta flangeada

Concêntrica

Reduções concêntricas

Fazer mudanças de Redução flangeada


diâmetro em tubulações Excêntrica

Reduções excêntricas

Redução flangeada

Controlar fluxo válvulas veja a Tabela 4-7

O
As peças podem ser rosqueadas, flangeadas, soldadas, conforme a utilização e o diâmetro.
· Serão usados exemplos para alguns casos de cada elemento (ora rosqueados, ora flangeados, ora
soldados). Lembrar que, para cada caso, existem exemplares para todos os tipos de uniões.
* A curva de 180° é também chamada de retorno. Nesse caso não existem as diferenças entre raio curto e raio longo.
+ As peças em raio curto também são chamadas de normais

Tabela 4-7.  tipo características e aplicações exemplo


Válvulas – ação,
controle aberto/fechado (“On/Off”)
tipos e exemplos.
Fonte: adaptado
de Terron, 2012. Existem em muitos tamanhos e proporcionam
variedade de aplicações, tanto quanto ao tipo de
fluido que escoa, quanto às faixas de pressão e
temperatura de uso. Apresenta a vantagem de não
válvula alterar a direção do fluxo quando aberta e ocasiona
de gaveta menor perda de carga, quando comparada às outras
válvulas. Nota-se rápida erosão por cavitação (um
fenômeno semelhante ao que acontece às bombas
e que será visto no capítulo reservado a esse
assunto) quando usada para regulagem de fluxo.

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tipo características e aplicações exemplo

Própria para condições severas de corrosão,


pressão e temperatura. Vantagens: simples,
válvula compactas e de abertura rápida. Desvantagens:
de esfera pequena variedade de tamanhos, aplicadas
em estreitas faixas de pressão e temperatura,
não se aplicam para regulagem de fluxo.

Quanto ao fluxo: não alteram a direção, podem ser


adaptadas para desvios através de múltiplas saídas
e não se aplicam para regulagem. Abrem e fecham
totalmente com rotação de 90°. Quando não
lubrificadas: podem ser fabricadas com materiais
baratos, revestidos com plástico, excelentes
para condições corrosivas, podem ser usadas em
válvula
reduzidas faixas de pressão e temperatura. Quando
de macho
lubrificadas: utilizadas para serviços críticos
que requerem proteção contra sub-pressão; o
lubrificante protege contra a cavitação, reduz o atrito
e desgaste e diminui esforços, porém, o lubrificante
pode causar a contaminação de produtos (quando
trabalhar com alimentos ou fármacos, cuidado!)
e limita a temperatura máxima de operação.

Também conhecidas como válvula de faca. Tipo


usado em situações onde líquidos ou gazes contêm
alta porcentagem de sólidos, polpas, pastas e
fluidos muito densos. Não são indicadas para
válvula serviços que requerem total estanqueidade.
guilhotina Sua forma construtiva é semelhante às
válvulas de gaveta, diferindo basicamente
no obturador que se caracteriza por ser uma
lâmina que desliza entre sedes paralelas
promovendo sua abertura e fechamento.

controle de fluxo

Uma das mais usadas na regulagem eficiente de


serviços críticos (pressão, temperatura, tipo de
fluido, etc.) e em controle automático de processos.
válvula
Fabricada em grande variedade de tamanhos e
globo
materiais e aplicável em extensas faixas de pressão
e temperatura. Proporciona grande perda de
carga, quando comparada com as de outro tipo.

OBSERVAÇÃO: As válvulas permitem diversos tipos de colocação (rosqueadas, flangeadas,


etc.), dependendo do diâmetro da tubulação na qual a peça será colocada.

4.6. Perda de carga


Um aspecto importante no caso das tubulações industriais é saber-se o
valor da perda de carga (perda de energia) causada pelo atrito do flui-
do ao escoar: o fluido atritando-se com ele mesmo, com as paredes da

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tubulação e passando através dos acessórios (válvulas, cotovelos, contra-
ções, expansões, equipamentos, medidores de vazão, etc.). Isso significa
Custos, pois, para que o fluido continue a escoar tem-se que vencer a per-
da de carga com a inclusão de bombas, as quais repassam a energia pro-
veniente de meios externos ao fluido e essa é a razão dos Custos citados.
Vai ser estudado o escoamento de líquidos (escoamento incompressí-
vel, ou seja, densidade independente da pressão) em tubulações circula-
res contendo acessórios. Para esse cálculo parte-se da equação do balan-
ço de energia (veja a equação 2.36 da Aula 2), aplicada em dois pontos da
tubulação: início (1) e final (2). A forma da equação da energia mostrada a
seguir foi devidamente modificada para o caso em estudo (esta equação
é chamada de equação de Bernoulli estendida):

∆ub2 ∆p
4.1. + ∆z + + lwF + Ω = 0
2g gρ

Onde:

→→ ub é a velocidade global de escoamento (“bulk velocity”);


→→ g é a aceleração da gravidade;
→→ Z é a cota (distância entre os dois pontos, 1 e 2, da tubulação);
→→ P é a pressão;
→→ ρ é a densidade do líquido;
→→ lwF é a energia perdida (total: em toda a extensão da tubulação) pelo
atrito do fluido ao escoar;
→→ Ω é a energia cedida ao sistema (–WS) ou por ele gerada (+WS).

Todos os termos dessa equação têm a unidade de comprimento (altu-


ra de coluna de fluido), ou seja, têm unidades de pressão (lembrar que
mmHg é unidade de pressão). Quando medidas em metros, a unidade é
mcl (metro de coluna de fluido) e, se o líquido for a água, a unidade é mca
A esses termos são dados os nomes de carga (“head” em inglês), dentro
os quais ∆ub2/2g e ∆P/g ρ, são conhecidos, respectivamente, como carga de
velocidade e carga de pressão.
O termo lwF, energia gerada pelo atrito do fluido ao escoar, é perdida
para o meio, por isso, irrecuperável. A energia perdida necessita ser re-
posta, geralmente por uma bomba: o termo Ω dá conta disso e, quando
calculado, serve para dimensionar a bomba necessária para fazer com
que o líquido escoe de acordo com os requisitos do processo. Para que
seja dimensionada a bomba (isso será visto em outra aula), é preciso que
se calcule, primeiramente, o valor de lwF.

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4.2.
lwF  =  Σlws + ΣlwA + ΣlD

Onde:

→→ lws é a perda de carga devido unicamente ao atrito do fluido contra


as paredes do tubo por onde flui (conhecida por “skin friction”);
→→ lwA é a perda de carga devido aos acessórios da tubulação; é também
chamada de perda de carga localizada;
→→ lD é a perda de carga devido a equipamentos dispostos ao longo da
tubulação (colunas, torres, trocadores de calor) e, em alguns, casos a
medidores de vazão (tubo Pitot, medidor de orifício, rotâmetro, etc.).

Todos os termos da equação 4-2 têm, como unidades, comprimento de


coluna de líquido. Os cálculos de lws e lwA são efetuados com métodos úni-
cos, já o cálculo de lD é feito de modo específico para cada equipamento
ou medidor. O cálculo de lws é calculado pela equação3:

4.3. ℓ ub2
lwS  =  f
di 2g

Onde f é uma grandeza conhecida por fator de atrito. A equação de cál-


culo do fator de atrito é obtida pelas técnicas da Análise Dimensional e
tem a seguinte forma:

ubρdi
4.4. f  =  φ , ε   =  Ret , ε
µ di di

Onde, o Número de Reynolds do tubo, Ret, é definido como (veja a equa-


ção 3.16 da Aula 3):

4.5. Ret  =  ubρdi


µ

Onde:

→→ ub é a velocidade de escoamento do fluido;


→→ ρ é a densidade do fluido;
→→ µ é a viscosidade dinâmica do fluido;
→→ di é o diâmetro interno do tubo;
→→ ε é a rugosidade do tubo;
→→ ε/d é a rugosidade relativa do tubo.

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A função dada pela equação 4.3 é representada comumente sob forma
gráfica. Na Figura 4-4, tem-se um desses gráficos, conhecido como gráfico
de Moody (Moody, 1944). Na Figura 4-5, estão curvas da rugosidade rela-
tiva, ε/di , para tubos de diversos materiais em função do diâmetro inter-
no do tubo, di. Pela observação da Figura 4-4 nota-se que as formas das
curvas que determinam a relação entre o fator de atrito, f, e o Número de
Reynolds do tubo, Ret, dependem do regime de escoamento:
A perda de carga em acessórios de tubulações, lwA, é calculada pela
equação:

ub2
4.6. lwA  =  K
2g

Nas Figuras 4-6 a 4-8 estão apresentados gráficos de K para os acessórios


de tubulação mais comuns.
As perdas de carga em acessórios, lwA, podem, também, ser computa-
das em termos de um comprimento equivalente de tubos retos circula-

res horizontais, eq , que produziriam a mesma perda de carga, e, desse
modo, a equação para cálculo da perda de carga em acessórios pode ser
calculada por:

ℓeq ub2
4.7. lwA  =  f
di 2g

Sendo que f (fator de atrito) é calculado como o do tubo e di é o diâmetro


do acessório (geralmente o mesmo que o do tubo). Na Figura 4-9 está
mostrado um ábaco para determinação do comprimento equivalente de
diversos acessórios.
Deve-se lembrar que deverão existir equipamentos (vasos, colunas, re-
atores, medidores de vazão, etc.) entre um trecho da tubulação e outro e,
se é desejável o cálculo da perda de carga total, essa informação deverá
ser considerada. Ressalte-se que cada equipamento tem seu modo de
cálculo da perda de carga.
No Apêndice 4 existem dados de velocidade e de perda de carga admis-
síveis para escoamento em tubos. Esses valores são importantes para pro-
jetos e cálculos de tubulações e determinação do diâmetro ótimo de tubos.

Fenômenos de Transporte  /  Aula 04  Escoamento de Fluidos em Tubulações 14


0.1
0.09 zona de zona de
fluxo transição turbulência plena
0.08 laminar

0.07 0.05
0.04
0.06
0.03
0.05 0.02
0.015
esco

0.04
ame

0.01
0.008
nt o l

Recr 0.006
amin

0.03
0.004
ar

0.025
0.002

0.02 0.001
0.0008
0.0006

rugosidade relativa (ε/di )


tubos 0.0004
0.015
hidraulicamente
lisos 0.0002
fator de atrito (f )

0.0001
0.000,05
0.01
0.009
0.008 0.000,01
103 2 3 4 5 6 8 104 2 3 4 5 6 8 105 2 3 4 5 6 8 106 2 3 4 5 6 8 107 2 3 4 5 6 8 108
ε ε
= 0.000,001 = 0.000,005
uρdi di di
número de reynolds do tubo  (Ret = )
μ

Figura 4-4. Gráfico
de Moody: Fator de diâmetro interno do tubo (mm)
25 50 100 150 250 500 1000 1500 2500
atrito de Darcy em
0.05
função do número 0.04
de Reynolds do tubo, 0.03
Ret, e da rugosidade 0.02
relativa, ε/di.
Fonte: adaptado de 0.01
0.008 concreto
Silva Telles, 2005. 0.006
0.004
0.003 ferro fundido

0.002
ferro galvanizado
0.001
0.0008 ferro fundido
0.0006 com asfalto
0.0004
0.0003
0.0002
aço
carbono
0.0001
0.00008
0.00006
Figura 4-5.  0.00004 tubos de materiais lisos: aços
inoxidáveis, latão, alumínio,
rugosidade relativa

Rugosidade relativa, 0.00003


plásticos, trefilados, vidro, etc.
ε/di, para tubos de 0.00002
diversos materiais em
função do diâmetro 0.000001
0.000008
interno do tubo, di.
0.000006
Fonte: adaptado de
1 2 3 4 6 10 20 30 40 60 100
Silva Telles, 2005. diâmetro interno do tubo (pol.)

Fenômenos de Transporte  /  Aula 04  Escoamento de Fluidos em Tubulações 15


cotovelos rosqueados
Figura 4-6. 
Coeficiente de perda, 0,8
2
K, para acessórios 0,6
normal raio longo
de tubulação usados 0,4
1
para alterar a direção 0,3
do escoamento. k 0,6 k 0,2
Fonte: adaptado 0,3 0,5 1 2 4 0,3 0,5 1 2 4
di di
de Simpson e
Weirich, 1978.
cotovelos flangeados

0,6 0,3
normal 0,4 raio longo
0,2
0,3
0,2
k 0,15 k 0,1
1 2 4 6 10 20 1 2 4 6 10 20
di di

cotovelo de 45o

raio longo
normal 0,6 flangeado 0,3
rosqueado
0,4 0,2
0,3
k 0,2 k 0,1
0,3 0,6 1 2 4 1 2 4 6 10 20
di di

retorno 180o

flangeado
rosqueado 0,4
2 normal
0,3
0,2
1 raio longo
k 0,1
k 0,6
1 2 4 6 10
0,3 0,5 1 2 4
di
di

tês rosqueados

3
fluxo na
fluxo principal 1 ramificação 2
0,8

k 0,6 k 1
0,3 0,5 1 2 4 0,3 0,5 1 2 4
di di

tês flangeados

0,2 fluxo na
fluxo principal ramificação 0,1
0,1
0,6
0,06
k 0,4
1 2 4 6 10 20 k
di 1 2 4 6 10 20
di

Fenômenos de Transporte  /  Aula 04  Escoamento de Fluidos em Tubulações 16


junção circular
1,2
1,2
0,8
0,6
θ
0,4
K = 1,2 (1 - cosθ) 0,2
k
10 20 30 40 50 60 70 80
θ, deg

Figura 4-7. 
válvula de retenção
Coeficiente de perda,
K, para válvulas. Rosqueada Flangeada
Fonte: adaptado 6
de Simpson e
4
Weirich, 1978.

2 2

k 1 k 1
0,3 0,6 1 2 4 1 2 4 6 10 20
di di

válvula de globo

Rosqueada Flangeada

20

10 2

k 6 k 1
0,3 0,6 1 2 4 1 2 4 6 20
di di

válvula angular

Rosqueada Flangeada

6
4

4
2
3
2
k 1 k 1,5
0,3 0,6 1 2 4 1 2 4 6 10 20
di di

válvula de gaveta

Rosqueada Flangeada

0,2

0,3
0,1
0,2
0,06
0,04
k 0,1 k 0,03
0,3 0,6 1 2 4 1 2 4 6 10 20
di di

Fenômenos de Transporte  /  Aula 04  Escoamento de Fluidos em Tubulações 17


vávula de macho θ (graus) K

5 0,05

10 0,29

20 1,56

40 17,3

60 206,0

θ é o ângulo entre o eixo do


tubo e o eixo do macho

válvula de borboleta

θ (graus) K

5 0,24

10 0,52

20 1,54

40 10,8

60 118,0

θ é o ângulo entre o eixo do


tubo e o eixo da borboleta

Figura 4-8.  entradas


Coeficiente de perda,
K, para acessórios Abrupta Projetante Em forma de boca de sino
de tubulação usados r
para entradas de
tubulações em outros d
equipamentos (vasos,
reatores, etc) e para K = 0,5 K = 10 valores de K, em função
de r/d na tabela abaixo
alterar o diâmetro
da tubulação. r/d 0,0* 0,02 0,04 0,06 0,10 0,15 e
acima
Fonte: adaptado
K 0,5 0,28 0,24 0,15 0,09 0,04
de Simpson e
Weirich, 1978. * Entrada abrupta

mudança de diâmetro

Contração Orifício Alargamento

4
1
K = 0,5 (1 - β2) K = 2,8 (1 - β2) -1 K = (1 - β2)2
β

0,4 0,8

0,2 0,6
k 0,4
0 0,4 0,8
β 0,2
k
0 0,4 0,8
β

Para todos os casos: β = diâmetro menor / diâmetro maior. Para contração e alargamento: K baseado na
velocidade do menor diâmetro. Para orifício: K baseado na velocidade da tubulação.

Fenômenos de Transporte  /  Aula 04  Escoamento de Fluidos em Tubulações 18


1,2
0
1,0 β = D1/D2
0,2
0,8

k (baseado em V)
0,6 0,4
D1 V θ D2
0,4
0,6
0,2
0,8
0 20 40 60 80 100 120 140 160
θ

3/4 fechado
Figura 4-9. 
Comprimento A linha pontilhada determina que a resistência
aposta à passagem de água por um registro de
equivalente de
gaveta 1/2 fechado de 1/2'' é equivalente a 3,00m
acessórios de de canalização reta do mesmo diâmetro.
Tubulação.
registro de registro de gaveta
Fonte: adaptado globo, aberto
de Silva Telles, 2005. 1/2 fechado

1/4 fechado
comprimento equivalente da
aberto 1000 canalização reta em metros

500
registro de
ângulo, aberto tê comum 300
50
48
200
42
36
100
joelho de 180 o
joelho reto 30 30

50 24
22
20 28
30 18
bocal de borda 16
tê comum 20
descarga lateral 14
d D 12
10 10 10
alargamento brusco 9
d/D = 1/4'' 8
joelho comum ou tê d/D = 1/2'' 5 7
de redução 1/2'' d/D = 3/4'' 6
3
5 5
2 4 1/2
4
saída do reservatório 3 1/2
joelho médio ou tê 1 3 3
de redução 1/4''
D d
2 1/2
0,5
contração brusca 2
2
d/D = 1/4''
0,3
d/D = 1/2'' 1 1/2
curva ou tê comum d/D = 3/4'' 0,2
1 1/4
descarga frontal

1 1
0,1

joelho de 45 o 3/4
0,05
1/2
0,03
0,3

diâmetro nominal diâmetro


da canalização interno em
em polegadas polegadas

Fenômenos de Transporte  /  Aula 04  Escoamento de Fluidos em Tubulações 19


4.7. Nomenclatura

símbolo grandeza unidade


A Área L2
di Diâmetro interno do tubo L
f Fator de atrito Adim
g Aceleração da gravidade LT-2
K Coeficiente de perda para acessórios de tubulações Adim
L Dimensão comprimento -
ℓeq Comprimento equivalente L
lwA Perda de carga em acessórios de tubulação L
Energia perdida (total: em toda a extensão da
lwF tubulação envolvendo tubos, acessórios, medidores, L
equipamentos, etc.) Pelo atrito do fluido ao escoar
Perda de carga devido a equipamentos dispostos
lwD ao longo da tubulação (colunas, torres, trocadores
L
de calor) e, em alguns, casos a medidores de vazão
(tubo pitot, medidor de orifício, rotâmetro, etc.).
lwS Perda de carga em tubos retos (“lost work by skin friction”) L
M Dimensão massa -
P Pressão, pressão de trabalho do tubo (MLT-2)L-2
Q Vazão L3T-1
Ret Número de reynolds do tubo Adim
T Dimensão tempo -
ub Velocidade de escoamento do fluido LT-1
Z Cota (∆z = distância entre dois pontos da tubulação) L

letras gregas
símbolo grandeza unidade
β Relação entre diâmetros Adim
ρ Densidade do fluido ML-3
µ Viscosidade dinâmica do fluido ML-1T-1
ε Rugosidade do tubo L
∆ Diferença entre dois valores (velocidade, pressão, etc.) –
f Função
Ω Energia cedida ao sistema ou por ele gerada L
Σ Somatória –
DP Perda de carga ou perda de pressão ML-1T-2

Fenômenos de Transporte  /  Aula 04  Escoamento de Fluidos em Tubulações 20


siglas
ASTM American Society for Testing and Materials
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
DIN Deustaches Institute for Normuns (Instituto Alemão para Normas)
API American Petroleum Institute (Instituto Americano de Petróleo))
American Institute of Steel and Iron (Instituto
AISI
Americano de Aço e Ferro)
Society of Automotive Engineers (Sociedade
SAE
de Engenheiros Automotivos)
Sch Número Schedule (“Schedule Number”)

símbolos
∆ “A variação em”
[=] “Tem a dimensão de”

Fenômenos de Transporte  /  Aula 04  Escoamento de Fluidos em Tubulações 21


Nota de fim
1 Secção reta ou transversal é a representação 3 As deduções dessa equação, e de outras,
da secção obtida por um corte segundo um relacionadas com o tipo de escoamento
plano perpendicular ao eixo do tubo, ou seja, considerado, podem ser vistas em livros de
é a região determinada pela intersecção do fenômenos de transporte, operações uni-
tubo com um plano paralelo às bases. tárias e em obras especializadas no escoa-
2 Acessórios de tubulações são as válvulas, as mento de fluidos em tubulações. Essas de-
peças que mudam a direção do escoamento, duções não serão feitas aqui. Consulte, por
ou o diâmetro do tubo, propiciam ramificações exemplo, Foust, 1982; McCabe et al., 1993;
no escoamento, etc. e serão vistos adiante. Tilton, 2008.

Bibliografia
Couper, J. R.; Hertz, D. W.; Lee, F. S. Process Silva Telles, P. C. T
 ubulações Industriais –
Economics. Section 9 in: Perry’s Chemi- Materiais. Projeto, Montagem, 10ª ed., Rio
cal Engineers’ Handbook, 8th edition, Don de Janeiro, LTC, 2005.
Green e Robert Perry (editores), New York, Simpson, L. L.; Weiriek, M. L. Designing Plant
McGraw-Hill, 2008. Piping, Chemical. Engineering Deskbook,
Couper, J R.; Penney, W. R., Fair, J. R., Walas, S. Apr 3, p. 35, 1978.
M. Chemical Process Equipment. 2nd ed., Terron, L. R. O
 perações Unitárias para Quí-
Burlington, MA, USA, Butterworth-Heine- micos, Farmacêuticos e Engenheiros:
mann, Elsevier, 2010. Fundamentos e Operações Unitárias do
Foust, A. S.; Clump, C. W. Princípios das Ope- Escoamento de Fluídos. Rio de Janeiro, RJ,
rações Unitárias. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Brasil, LTC/GEN, 2012.
LTC/GEN/Grupo Editorial Nacional, 1982. Tilton, J N. Fluid and Particle Dynamics,
McCabe, W. L., Smith, J. C., Harriott, P. U
 nit seção 6 in: Perry’s Chemical Engineers’
operations of chemical engineering. 7th Handbook. 8th ed., Don Green e Robert
ed., New York, McGraw-Hill, 2004. Perry (editores), New York, McGraw-Hill,
Moody, L. F. (1944) “Friction factors for pipe 2008.
flow” Transactions of the ASME 66 (8):
671–684.

Fenômenos de Transporte  /  Aula 04  Escoamento de Fluidos em Tubulações 22

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