Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
aula 4
Escoamento de Fluidos
em Tubulações
* Não são considerados como pertencentes à tubulação tubos que são partes integrantes de
equipamentos e máquinas (caldeiras, fornos, trocadores de calor, motores, etc.)
Ar comprimido industrial, ar
Ar –
comprimido de instrumentação
Produtos petroquímicos –
Pasta de papel –
Figura 4-1. Área da
secção reta de um
tubo cilíndrico.
tipo descrição
Tabela 4-4.
Tubulações industriais São produzidos para as mais diversas aplicações,
– Classificação desde tubos sem requisitos até tubos para
Tubos industriais
segundo o material troca térmica e estruturais. São esses os tipos
de tubos de interesse para o nosso estudo.
de construção.
Fonte: adaptado de São utilizados onde é necessária precisão
Tubos de precisão
Silva Telles, 2005. dimensional e/ou boa qualidade superficial.
São utilizados para condução de gazes e líquidos
Tubos para condução não corrosivos e sólidos em suspensão. São esses os
tipos de tubos de interesse para o nosso estudo.
Usados para exploração, produção e condução de
Tubos petrolíferos
petróleo, seus derivados, subprodutos e equivalentes.
São utilizados para a proteção de
Eletrodutos
condutores elétricos (cabos e fios).
Existem outros tipos de ligações, mas não serão aqui tratados. Na Tabela 4-5
existem algumas diretrizes para a escolha de ligações entre tubos de aço.
tubo
Figura 4-2.
Esquema de ligações meia união
Fonte: adaptado de
Silva Telles, 2005.
1 2
Ligações rosqueadas
Diâmetros até 4”
com uniões
Serviços de baixa responsabilidade1,
Ligações ou não-severos Ligações flangeadas
nos extremos Diâmetros de 6” ou maiores (flanges rosqueados
da tubulação, ou ou sobrepostos)
onde for exigido Ligações de solda de
facilidade de Diâmetros até 1½”
encaixe com uniões
desmontagem
Serviços severos2 Ligações flangeadas
Diâmetros de 2” ou maiores (flanges de pescoço
ou do tipo anel)
Por outro lado, dentre os acessórios, válvulas são aqueles que mais po-
dem ocasionar perdas de carga durante o escoamento. Perda de carga
significa perda de energia de escoamento, que deve ser suprida, ao fluido,
por bombeamento e, consequentemente, o bombeamento vai significar
aumento de custos de processamento. Por isso, quem planeja sistemas
de tubulações, deve conhecer o assunto adequadamente para selecionar
qual (e quantas) válvulas deverão existir nesse sistema.
de Terron, 2012.
raio longo
Fazer mudanças de
direção em tubulações Joelho ou cotovelo
de 22 ½°, 45°, 90° e 180° (“elbow”) de raio longo
normal
ramificação
Fazer derivações
Tês normais (de 90°) fluxo
em tubulações
normal
Te normal flangeado
ramificação
Cruzetas (“crosses”)
Cruzeta flangeada
Concêntrica
Reduções concêntricas
Reduções excêntricas
Redução flangeada
O
As peças podem ser rosqueadas, flangeadas, soldadas, conforme a utilização e o diâmetro.
· Serão usados exemplos para alguns casos de cada elemento (ora rosqueados, ora flangeados, ora
soldados). Lembrar que, para cada caso, existem exemplares para todos os tipos de uniões.
* A curva de 180° é também chamada de retorno. Nesse caso não existem as diferenças entre raio curto e raio longo.
+ As peças em raio curto também são chamadas de normais
controle de fluxo
∆ub2 ∆p
4.1. + ∆z + + lwF + Ω = 0
2g gρ
Onde:
Onde:
4.3. ℓ ub2
lwS = f
di 2g
ubρdi
4.4. f = φ , ε = Ret , ε
µ di di
Onde:
ub2
4.6. lwA = K
2g
ℓeq ub2
4.7. lwA = f
di 2g
0.07 0.05
0.04
0.06
0.03
0.05 0.02
0.015
esco
0.04
ame
0.01
0.008
nt o l
Recr 0.006
amin
0.03
0.004
ar
0.025
0.002
0.02 0.001
0.0008
0.0006
0.0001
0.000,05
0.01
0.009
0.008 0.000,01
103 2 3 4 5 6 8 104 2 3 4 5 6 8 105 2 3 4 5 6 8 106 2 3 4 5 6 8 107 2 3 4 5 6 8 108
ε ε
= 0.000,001 = 0.000,005
uρdi di di
número de reynolds do tubo (Ret = )
μ
Figura 4-4. Gráfico
de Moody: Fator de diâmetro interno do tubo (mm)
25 50 100 150 250 500 1000 1500 2500
atrito de Darcy em
0.05
função do número 0.04
de Reynolds do tubo, 0.03
Ret, e da rugosidade 0.02
relativa, ε/di.
Fonte: adaptado de 0.01
0.008 concreto
Silva Telles, 2005. 0.006
0.004
0.003 ferro fundido
0.002
ferro galvanizado
0.001
0.0008 ferro fundido
0.0006 com asfalto
0.0004
0.0003
0.0002
aço
carbono
0.0001
0.00008
0.00006
Figura 4-5. 0.00004 tubos de materiais lisos: aços
inoxidáveis, latão, alumínio,
rugosidade relativa
0,6 0,3
normal 0,4 raio longo
0,2
0,3
0,2
k 0,15 k 0,1
1 2 4 6 10 20 1 2 4 6 10 20
di di
cotovelo de 45o
raio longo
normal 0,6 flangeado 0,3
rosqueado
0,4 0,2
0,3
k 0,2 k 0,1
0,3 0,6 1 2 4 1 2 4 6 10 20
di di
retorno 180o
flangeado
rosqueado 0,4
2 normal
0,3
0,2
1 raio longo
k 0,1
k 0,6
1 2 4 6 10
0,3 0,5 1 2 4
di
di
tês rosqueados
3
fluxo na
fluxo principal 1 ramificação 2
0,8
k 0,6 k 1
0,3 0,5 1 2 4 0,3 0,5 1 2 4
di di
tês flangeados
0,2 fluxo na
fluxo principal ramificação 0,1
0,1
0,6
0,06
k 0,4
1 2 4 6 10 20 k
di 1 2 4 6 10 20
di
Figura 4-7.
válvula de retenção
Coeficiente de perda,
K, para válvulas. Rosqueada Flangeada
Fonte: adaptado 6
de Simpson e
4
Weirich, 1978.
2 2
k 1 k 1
0,3 0,6 1 2 4 1 2 4 6 10 20
di di
válvula de globo
Rosqueada Flangeada
20
10 2
k 6 k 1
0,3 0,6 1 2 4 1 2 4 6 20
di di
válvula angular
Rosqueada Flangeada
6
4
4
2
3
2
k 1 k 1,5
0,3 0,6 1 2 4 1 2 4 6 10 20
di di
válvula de gaveta
Rosqueada Flangeada
0,2
0,3
0,1
0,2
0,06
0,04
k 0,1 k 0,03
0,3 0,6 1 2 4 1 2 4 6 10 20
di di
5 0,05
10 0,29
20 1,56
40 17,3
60 206,0
válvula de borboleta
θ (graus) K
5 0,24
10 0,52
20 1,54
40 10,8
60 118,0
mudança de diâmetro
4
1
K = 0,5 (1 - β2) K = 2,8 (1 - β2) -1 K = (1 - β2)2
β
0,4 0,8
0,2 0,6
k 0,4
0 0,4 0,8
β 0,2
k
0 0,4 0,8
β
Para todos os casos: β = diâmetro menor / diâmetro maior. Para contração e alargamento: K baseado na
velocidade do menor diâmetro. Para orifício: K baseado na velocidade da tubulação.
k (baseado em V)
0,6 0,4
D1 V θ D2
0,4
0,6
0,2
0,8
0 20 40 60 80 100 120 140 160
θ
3/4 fechado
Figura 4-9.
Comprimento A linha pontilhada determina que a resistência
aposta à passagem de água por um registro de
equivalente de
gaveta 1/2 fechado de 1/2'' é equivalente a 3,00m
acessórios de de canalização reta do mesmo diâmetro.
Tubulação.
registro de registro de gaveta
Fonte: adaptado globo, aberto
de Silva Telles, 2005. 1/2 fechado
1/4 fechado
comprimento equivalente da
aberto 1000 canalização reta em metros
500
registro de
ângulo, aberto tê comum 300
50
48
200
42
36
100
joelho de 180 o
joelho reto 30 30
50 24
22
20 28
30 18
bocal de borda 16
tê comum 20
descarga lateral 14
d D 12
10 10 10
alargamento brusco 9
d/D = 1/4'' 8
joelho comum ou tê d/D = 1/2'' 5 7
de redução 1/2'' d/D = 3/4'' 6
3
5 5
2 4 1/2
4
saída do reservatório 3 1/2
joelho médio ou tê 1 3 3
de redução 1/4''
D d
2 1/2
0,5
contração brusca 2
2
d/D = 1/4''
0,3
d/D = 1/2'' 1 1/2
curva ou tê comum d/D = 3/4'' 0,2
1 1/4
descarga frontal
1 1
0,1
joelho de 45 o 3/4
0,05
1/2
0,03
0,3
letras gregas
símbolo grandeza unidade
β Relação entre diâmetros Adim
ρ Densidade do fluido ML-3
µ Viscosidade dinâmica do fluido ML-1T-1
ε Rugosidade do tubo L
∆ Diferença entre dois valores (velocidade, pressão, etc.) –
f Função
Ω Energia cedida ao sistema ou por ele gerada L
Σ Somatória –
DP Perda de carga ou perda de pressão ML-1T-2
símbolos
∆ “A variação em”
[=] “Tem a dimensão de”
Bibliografia
Couper, J. R.; Hertz, D. W.; Lee, F. S. Process Silva Telles, P. C. T
ubulações Industriais –
Economics. Section 9 in: Perry’s Chemi- Materiais. Projeto, Montagem, 10ª ed., Rio
cal Engineers’ Handbook, 8th edition, Don de Janeiro, LTC, 2005.
Green e Robert Perry (editores), New York, Simpson, L. L.; Weiriek, M. L. Designing Plant
McGraw-Hill, 2008. Piping, Chemical. Engineering Deskbook,
Couper, J R.; Penney, W. R., Fair, J. R., Walas, S. Apr 3, p. 35, 1978.
M. Chemical Process Equipment. 2nd ed., Terron, L. R. O
perações Unitárias para Quí-
Burlington, MA, USA, Butterworth-Heine- micos, Farmacêuticos e Engenheiros:
mann, Elsevier, 2010. Fundamentos e Operações Unitárias do
Foust, A. S.; Clump, C. W. Princípios das Ope- Escoamento de Fluídos. Rio de Janeiro, RJ,
rações Unitárias. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Brasil, LTC/GEN, 2012.
LTC/GEN/Grupo Editorial Nacional, 1982. Tilton, J N. Fluid and Particle Dynamics,
McCabe, W. L., Smith, J. C., Harriott, P. U
nit seção 6 in: Perry’s Chemical Engineers’
operations of chemical engineering. 7th Handbook. 8th ed., Don Green e Robert
ed., New York, McGraw-Hill, 2004. Perry (editores), New York, McGraw-Hill,
Moody, L. F. (1944) “Friction factors for pipe 2008.
flow” Transactions of the ASME 66 (8):
671–684.