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DA POSSE
RUDOLF VON IHERING
TEORIA SIMPLIFICADA
D A POSSE
Catalogação na Fonte da Biblioteca da Faculdade de Direito da UFMG e
ISBN Departamento Nacional do Livro
64 p.
ISBN: 85-88466-21-X
yv Qr« -v*
c 1. Direitos reais 2. Posse (Direito) I. Bragança, Fernando,
trad. II. Título
CDU: 347.2
347.251
COORDENAÇÃO
Dilson Machado de Lima
TRADUÇÃO
Fernando Bragança
CAPA E DIAGRAMAÇÃO
Eduardo Queiroz - Saitec Editoração (031) 3497-7355
REVISÃO
Saitec Editoração
EDITORA
Livraria Líder e Editora Ltda.
Rua Paracatu, 277, Lj. 58 KAUF CENTER - Barro Preto
Belo Horizonte - MG - CEP 30.180.090
Tel./Fax: Editora (031) 3295-3690 / Livraria (031) 3337-5811
IMPRESSÃO
SOGRAFE
Nenhuma parte desta edição pode ser reproduzida, sejam quais forem os meios
ou formas, sem a expressa autorização da Editora.
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Sumário
de um direito 13
Capítulo I
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TEORIA SIMPLIFICADA DA POSSE
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Capítulo II
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sobrevêm sua perda logo após, ela não implica o menor ataque à
propriedade uma vez estabelecida. O que há é que não é só a pos-
se que engendra aqui a propriedade; é preciso também que con-
corram outras condições exigidas pelo direito.
Se a posse não tem, nesses casos, senão o valor de um pon-
to de transição momentânea para a propriedade, e se não se a
considera senão como um ato, há outro modo de aquisição da
propriedade em que ela toma o aspecto de um estado de transição
de uma situação duradoura. Referimo-nos à usucapião. Contudo
não é bastante aqui a simples posse como tal; é preciso que con-
corram certas condições (que formam no conjunto a conditio
usucapiendí), as mesmas a que se refere a proteção jurídica do
bonaefideipossessor contra terceiros, de que falamos há pouco.
A prescrição revela novamente a estreita correlação que existe en-
tre a posse e a propriedade. A posse oferece-se, mais uma vez,
nesse caso, como o caminho que conduz à propriedade; apenas o
caminho é mais longo por faltar as condições que concorrem no
outro caso.
Na teoria da posse, a doutrina não trata dos casos em que a
posse aparece como condição da aquisição da propriedade. Deixa-
os, com razão, na teoria da propriedade. Com efeito, a posse é tão-
somente aqui uma das múltiplas condições de que depende o nasci-
mento do direito e que não deviam ser tratados neste lugar, senão no
caso de não haver outra ocasião de se falar no assunto. Esta ocasião
oferece-a o direito romano, por quanto nele a posse recebeu o as-
pecto e o valor de uma instituição jurídica independente.
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Capítulo III
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justas ou não. Era isso objeto de ulterior instrução pelo juiz, e que
não se verificava senão no caso de não se haver dado cumprimento
à ordem. A ordem não era, pois, absoluta; era ordenada sob a
reserva de que as condições a que se subordinava deviam ser
estabelecidas. Essa forma, empregada pelo pretor para um grande
número de relações, tinha uma relação muito especial na posse.
Tais eram os interdicta possessória, que os romanos classificavam
em três espécies. Para obrigar o réu a obedecer imediatamente
sem processo ulterior, cominavam-se-lhe penas severas, dado o
caso que sucumbisse, podendo-se afirmar que, sempre que o direi-
to do autor fosse incontestável, a ordem lograria seu fim. De ordi-
nário, não se chegava a um processo ulterior senão quando a rela-
ção possessória era duvidosa; e nesse caso, se o autor sucumbisse,
a pena recaía sobre ele. Podia, pois, custar caro intentar ou susten-
tar levianamente uma questão possessória.
Mas, perguntará o indivíduo estranho ao direito, como po-
deria haver discussão acerca de qual dos dois possuía, se a experi-
ência de posse prova-se à primeira vista? Aqui se apresenta a teo-
ria possessória particular do direito romano, que exige uma qualifi-
cação especial para que a posse participe da proteção jurídica, e
que, em sua conseqüência, distinga duas espécies de posse - a
posse juridicamente protegida e a posse juridicamente despro-
vida de proteção. Na nossa linguagem atual, a primeira chama-se
posse jurídica - civil (os romanos chamavam-na simplesmente
possessio, ou possidere ad interdictae, em oposição aopossidere
ad usucapionem, do bonae fideipossessor). A segunda recebe o
nome de posse natural ou detenção-posse. Os romanos servem-
se, neste caso, de várias expressões que não têm interesse para as
pessoas estranhas ao direito, e entre as quais me limitarei a citar
possessio naturalis e detentio, por haver nelas a origem das ex-
pressões modernas.
A posse viciosa (vitiosa possessio) ocupava o lugar inter-
médio entre essas duas posses; expressava a relação do possuidor
injusto (possessor injustus) para com o justo (justus). Aquele
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Capítulo IV
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Capítulo V
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Capítulo VI
A posse é um direito
2 Op. cir.,LV,§§ 7 0 e 7 1
3 Zur Besitzlhere. Für und wider Rudolf von Jhering. Leipzig, 1890, p. 77 et seq
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ter-se lido muito por alto meu livro para atribuir-me uma opinião
contra a qual eu mesmo estou tão prevenido.
Em minha definição, referia-me ao interesse abstrato, que é
decisivo para o legislador no estabelecimento de todos os tipos jurí-
dicos sem exceção. Eu disse expressamente que a medida desse
interesse varia segundo o horizonte dos interesses do povo e da épo-
ca; que a opinião sobre a questão de saber se certos interesses são
dignos de proteção e dela necessitam modifica-se com a evolução
das apreciações do povo. Certos interesses aos quais, em uma frase
inteira da civilização, nega-se a proteção jurídica foram por ela admi-
tidos com o progresso da civilização; outros a perderam.
A questão de saber se em um caso particular existe o interes-
se que o legislador julga digno de ser protegido e que, segundo ele,
necessita sê-lo (interesse concreto) não tem importância alguma
em tese geral; a prova dos fatos aos quais a lei se refere ao nasci-
mento do direito é bastante para que o autor deva consignar o
interesse que tem em fazer valer seu direito, sem que o réu seja
admitido a prevalecer-se de falta desse interesse.
Um cego pode se prevalecer de uma servidão de vistas; o
homem completamente desprovido de todo sentimento de honra pode
intentar uma ação de injúrias; o comandante pode pedir a restrição
do livro emprestado por certo tempo, ainda mesmo que o comodatário
tenha o maior interesse em conservá-lo por mais algum tempo e não
tenha aquele, por acaso, interesse algum em vê-lo.
A célebre decisão de Ciro que, a despeito dos direitos de
propriedade, fundava a questão dos mandatos adjudicando o maior
ao mais elevado e o menor ao mais baixo, está em flagrante contra-
dição com os princípios superiores mais incontestáveis do direito.
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5 Pandekten, 1, § 150.
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Capítulo VII
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Capítulo VIII
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Capítulo IX
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Capítulo X
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Capítulo XI
Transformação da posse no
desenvolvimento do direito moderno
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Capítulo XII
A literatura
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