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CURSO TÉCNICO SUPERIOR DE SEGURANÇA E SAUDE NO TRABALHO

HIGIENE DO TRABALHO

PATRÍCIA ARAÚJO RODRIGUES


HIGIENE DO TRABALHO

❖ FUNDAMENTOS DA HIGIENE DO TRABALHO

❖ NOÇÕES DE TOXICOLOGIA

❖ METODOLOGIAS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO E CONTROLO DE EXPOSIÇÃO AOS


AGENTES:

Ruído
Vibrações
❖ FÍSICOS
Radiações
❖ QUÍMICOS
Ambiente térmico

❖ BIOLÓGICOS
RADIAÇÕES

RADIAÇÕES NÃO
IONIZANTES
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

RNI – O QUE SÃO?


Transmissão de energia através do espaço que não possui capacidade de provocar uma ionização ao
interagir com a matéria biológica. Dá lugar a processos de absorção, transmissão e emissão de
energia (troca de energia).

RADIAÇÃO ÓPTICA ARTIFICIAL


Ultravioleta (UV) Visível Infravermelha (IF) Lasers
as lâmpadas UV utilizam-se radiação solar - responsável utilizado na Defesa,
fonte directa de calor
como germicidas e na pela quase totalidade e por Medicina,
(afecta os trabalhadores
cosmética; na indústria: arcos iluminar qualquer local. Ex.: Espectáculos,
de fornos, fundições, etc
eléctricos para soldadura e na Trabalho agrícola com Ensaio de materiais,
...)
análise química. exposição solar. etc ...

Microondas Radiofrequências
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

RADIAÇÕES OPTICAS ARTIFICIAIS (ROA) - CARACTERIZAÇÃO

Radiação óptica: qualquer radiação electromagnética na gama de comprimentos de onda entre 100 nm
e 1 mm. O espectro da radiação óptica divide–se em radiação ultravioleta, radiação visível e radiação
infravermelha e LASER.

A radiação óptica artificial abrange uma variedade muito grande de fontes às quais os funcionários
podem estar expostos no local de trabalho e em qualquer outro lugar. Estas fontes incluem a iluminação
dos postos de trabalho, os dispositivos indicadores, muitos visores e outras fontes semelhantes que são
essenciais para o conforto dos trabalhadores.

A exposição a radiações ópticas artificiais apresenta risco para a saúde e a segurança dos trabalhadores,
essencialmente, devido aos efeitos prejudiciais causados nos olhos e na pele.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
RADIAÇÕES OPTICAS ARTIFICIAIS (ROI) – ENQUADRAMENTO LEGAL

Lei 25/2010 de 30 de Agosto

Estabelece as prescrições mínimas para protecção dos trabalhadores contra os riscos para a saúde e a
segurança devidos à exposição, durante o trabalho, a radiações ópticas de fontes artificiais, transpondo a
Directiva n.º 2006/25/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Abril.

estabelece os valores limite de exposição a radiações não coerentes, com excepção das emitidas por fontes
naturais de radiação óptica, e radiações laser.

determina os critérios de avaliação dos riscos bem como um conjunto de medidas de redução da exposição

impõe a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores, com vista à prevenção de eventuais riscos para a
saúde a longo prazo e de contracção de doenças crónicas e ao diagnóstico precoce de qualquer efeito
adverso para a saúde, resultantes da exposição a radiações ópticas artificiais.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

FONTES DE RADIAÇÃO ÓPTICA ARTIFICIAL

Qualquer pessoa que trabalhe num ambiente


interior está sujeita a exposição às emissões
ópticas da iluminação e dos ecrãs de computador.

Os trabalhadores em ambientes exteriores podem


necessitar de alguma forma de iluminação do posto
de trabalho quando a luz natural é insuficiente.

As pessoas que viajam ao longo do dia de trabalho


têm uma grande probabilidade de serem expostas
à luz artificial, mesmo que seja simplesmente
exposição às luzes dos veículos das outras pessoas.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

FONTES DE RADIAÇÃO ÓPTICA ARTIFICIAL

A radiação óptica gerada artificialmente está presente na maioria dos locais de trabalho, mas
especialmente nos seguintes tipos de actividades:

❖ Trabalhos a altas temperaturas, tais como trabalhos com vidro


e metal, em que as fornalhas emitem radiação infravermelha.

❖ Arte e espectáculo, em que os artistas e os modelos podem ser


directamente iluminados por projectores, iluminação com efeitos,
luzes de passarela e lâmpadas de flash.

❖ Tratamento médico, em que os médicos e os pacientes podem ser expostos à iluminação


com projectores na sala de operações e à utilização terapêutica de radiação óptica.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

FONTES DE RADIAÇÃO ÓPTICA ARTIFICIAL

❖ Trabalhos em armazéns ou oficinas, em que edifícios grandes e amplos são iluminados por luzes
fortes no local.

❖ Tratamento estético, que utiliza lasers e lâmpadas de flash, bem como fontes de radiação
ultravioleta e infravermelha

❖ Fabrico de plásticos que implique soldagem por laser

❖ Tratamento de águas residuais, em que pode ser utilizada esterilização por ultravioleta

❖ Ensaios não destrutivos, que podem implicar a utilização de radiação ultravioleta para revelar
colorações fluorescentes
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

FONTES DE RADIAÇÃO ÓPTICA ARTIFICIAL

Fontes triviais - ou seja, devido a emissões acessíveis insignificantes


RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

EFEITOS BIOLÓGICOS DA EXPOSIÇÃO ÀS RADIAÇÕES ÓPTICAS

A radiação óptica é absorvida pelas camadas exteriores do corpo e, por conseguinte, os seus efeitos
biológicos estão sobretudo limitados à pele e aos olhos, mas também podem ocorrer efeitos sistémicos.

Diferentes comprimentos de onda provocam diferentes efeitos, dependendo da parte da pele ou dos
olhos que absorve a radiação e do tipo de interacção envolvido: os efeitos fotoquímicos predominam na
região ultravioleta e os efeitos térmicos na infravermelha.

A radiação laser pode produzir efeitos adicionais caracterizados por uma absorção de energia muito
rápida pelo tecido, e representa um perigo especial para os olhos se o cristalino focar o feixe.

Os efeitos biológicos podem ser largamente divididos em agudos (que ocorrem rapidamente) e crónicos
(que ocorrem como resultado de exposições prolongadas e repetidas durante um longo período de
tempo). Os efeitos crónicos não têm, muitas vezes, um limite abaixo do qual não irão ocorrer.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

EFEITOS DA EXPOSIÇÃO ÀS ROA

Estrutura do olho

Penetração de diferentes comprimentos de onda no olho


RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

EFEITOS DA EXPOSIÇÃO ÀS ROA

Estrutura da pele

Penetração de diferentes comprimentos de onda na pele


RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

EFEITOS DA EXPOSIÇÃO ÀS ROA


RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

AVALIAÇÃO DO RISCO DE EXPOSIÇÃO ÀS RADIAÇÕES

A avaliação, a medição ou o cálculo dos níveis de radiações pode ter em consideração as


informações prestadas pelo fabricante do equipamento

A avaliação de riscos é actualizada sempre que haja alterações significativas que a possam
desactualizar ou o resultado da vigilância da saúde justificar a necessidade de nova avaliação.

Sempre que sejam ultrapassados os valores limite de exposição, a periodicidade mínima da avaliação
de riscos é de um ano
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Radiação ultravioleta (UV)

Radiação ultravioleta: a radiação óptica com comprimentos de onda entre 100 nm e 400 nm, cuja região
ultravioleta se divide em UVA (315 nm-400 nm), UVB (280 nm- 315 nm) e UVC (100 nm-280 nm);

A principal fonte Na indústria, no que


natural é o Sol, se refere à emissão
fazendo sentir-se os deste tipo de
seus efeitos radiações, temos as
predominantemente operações de
nos trabalhos ao ar soldadura por corte
livre: agricultura, oxiacetilénico e a
construção civil, etc. soldadura por arco
elétrico.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Radiação ultravioleta (UV)


EFEITOS NA PELE

A exposição excessiva de curta duração à radiação UV provoca eritema — uma erupção avermelhada
da pele, e inchaço. Os sintomas podem ser graves, com o efeito máximo a manifestar-se
entre 8 a 24 horas após a exposição, persistindo durante 3 a 4 dias, resultando em secura
e descamação da pele. Pode ser seguido de um aumento da pigmentação da pele (escurecimento
tardio).
A exposição à radiação UVA também pode causar uma alteração imediata, mas temporária, na
pigmentação da pele (escurecimento imediato da pigmentação).

A longo prazo, o efeito mais grave da radiação UV consiste a indução de cancro da pele. A exposição
crónica à radiação UV também pode provocar o fotoenvelhecimento da pele.

O principal efeito benéfico da exposição à radiação UV conhecido é a síntese da vitamina D.


RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Radiação ultravioleta (UV)


EFEITOS NOS OLHOS

A radiação UV que incide nos olhos é absorvida pela córnea e pelo cristalino. A córnea e a
conjuntiva têm uma capacidade enorme de absorver comprimentos de onda inferiores a 300 nm.
A radiação UVC é absorvida nas camadas superficiais da córnea e a UVB é absorvida pela córnea
e pelo cristalino. A radiação UVA atravessa a córnea e é absorvida pelo cristalino.

As reacções do olho humano à sobreexposição aguda à radiação UV incluem a fotoqueratite


e fotoconjuntivite (inflamação da córnea e da conjuntiva, respectivamente), normalmente
conhecidas por cegueira da neve, «queratite» ou «flash de soldador». Os sintomas, que variam de
irritação leve a sensibilidade à luz, e a dor aguda, desaparecem num espaço de 30 minutos a um dia
consoante a intensidade da exposição, e são normalmente reversíveis em poucos dias.

A exposição crónica à radiação UVA e UVB pode provocar cataratas devido a alterações das proteínas
no cristalino do olho.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Radiação ultravioleta (UV)

O poder de penetração das radiações ultravioleta é relativamente fraco, pelo que os seus EFEITOS NO
ORGANISMO HUMANO se restringem essencialmente aos olhos e à pele.:

Queimaduras cutâneas, de incidência e gravidade variáveis, de acordo também com a pigmentação da


pele; os ultravioletas produzem envelhecimento precoce da pele e podem exercer sobre ela, o efeito
carcinogénico, em especial nas exposições prolongadas à luz solar;

Fotossensibilização dos tecidos biológicos.

Inflamação dos tecidos do globo ocular, em especial da córnea e da conjuntiva (a ceratoconjuntivite é


considerada uma doença profissional nos soldadores); em regra, a profundidade de penetração é maior
de acordo com o aumento do comprimento de onda, assim, o cristalino e a retina só poderão ser
atingidos em casos extremos;
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Radiação ultravioleta (UV)

As MEDIDAS DE PROTEÇÃO consistem fundamentalmente em:

Atuação em primeiro lugar sobre a fonte, mediante desenho


adequado da instalação, colocação de cabines ou cortinas em
cada posto de trabalho, sendo preferencial a utilização de cor
escura;

Redução do tempo de exposição;

A vigilância de saúde é importante na deteção precoce de


alterações nos órgãos-alvo (por exemplo, nos olhos refere-se a
"sensação de areia", intolerância à luz, lacrimejo e inchaço das
pálpebras).
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Radiação ultravioleta (UV)

Proteção da pele através de vestuário adequado, luvas


ou cremes protetores;

Proteção dos olhos através de óculos ou viseira


equipados com filtro adequado em função do tipo de
ultravioleta emitido. Mesmo em curtas operações de
soldadura, como o "pingar", trabalhador não deverá
retirar a proteção;

Formação e Informação dos trabalhadores expostos à radiação ultravioleta de forma a utilizar


quotidianamente os procedimentos mais corretos.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Radiação Visível

«Radiação visível» a radiação óptica com comprimentos de onda entre 380 nm e 780 nm;

FONTES DE EXPOSIÇÃO
Artificial: incandescente (lâmpadas
e corpos incandescentes, arcos de

soldadura, arco eléctrico e lasers) e por


descarga de gases (lâmpadas de
néon, lâmpadas fluorescentes e
soldadura de plasma).

Natural: Sol.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Radiação Visível
EFEITOS NA PELE

A radiação visível (luz) penetra na pele e pode aumentar a temperatura local até provocar uma
queimadura. O corpo ajustar-se-á aos aumentos graduais de temperatura através do aumento do
fluxo sanguíneo (que remove o calor) e da transpiração. Se a irradiação for insuficiente para causar
uma queimadura grave (em 10 segundos ou menos), a pessoa exposta ficará protegida por reacções
de aversão normais ao calor.

Nos períodos de exposição mais prolongados, o principal efeito adverso manifesta-se na sensibilidade
ao calor provocada pela tensão térmica (aumento da temperatura corporal central).

AMBIENTE
TÉRMICO
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Radiação Visível
EFEITOS NOS OLHOS

Uma vez que os olhos captam e focam a radiação visível, a retina está exposta a um risco mais
elevado do que a pele. Olhar fixamente para uma fonte de luz brilhante pode causar lesões na
retina. Se a lesão ocorrer na fóvea, por exemplo, ao olhar directamente para um feixe laser, pode
dar origem a uma lesão grave nos olhos.

As medidas de protecção naturais incluem uma


aversão à luz brilhante (a pupila contrai e pode reduzir
a irradiância na retina e a cabeça pode desviar-se
involuntariamente).
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Radiação Visível
EFEITOS NOS OLHOS

A radiação visível pode causar o mesmo tipo de


lesões induzidas fotoquimicamente que
a radiação UV. Este efeito é mais acentuado na
gama de comprimentos de onda de cerca de 435-
440 nm, sendo, por vezes, designado por «perigo
de luz azul».

A exposição crónica a elevados níveis de ambiente de luz visível pode ser responsável pelas lesões
fotoquímicas nas células da retina, resultando numa deficiente visão nocturna e das cores.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

TRABALHO PROPOSTO N.º 6


RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Radiação Infra-vermelha (IV)

Radiação infravermelha: a radiação óptica com comprimentos de onda entre 780 nm e 1 mm, cuja
região infravermelha se divide em IVA (780 nm-1400 nm), IVB (1400 nm-3000 nm) e IVC (3000 nm);

A exposição à radiação infravermelha poderá sempre ocorrer desde que uma superfície tenha
temperatura mais elevada que o recetor, podendo ser utilizada em qualquer situação em que se queira
promover o aquecimento localizado de uma superfície.

Na indústria, este tipo de radiação poderá ter aplicação nomeadamente na secagem de tintas e
vernizes e em processos de aquecimento de metais.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Radiação Infra-vermelha (IV)

A radiação infravermelha é percetível como uma sensação de aquecimento da pele, dependendo do


seu comprimento de onda, energia e tempo do exposição, podendo causar efeitos negativos no
organismo. Assim, é recomendável proteção adequada (vestuário de trabalho, óculos e viseiras com
filtro para as frequências relevantes).

EFEITOS NA PELE

A radiação IV penetra até vários milímetros pelo interior do tecido, ou seja, em profundidade na
epiderme. Pode provocar os mesmos efeitos térmicos que a radiação visível.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Radiação Infra-vermelha (IV)

EFEITOS NOS OLHOS

Tal como a radiação visível, a radiação IV também é captada pela córnea e pelo cristalino
e transmitida à retina. Na retina, pode causar o mesmo tipo de lesões térmicas, tal como sucede
com a radiação visível. A região do espectro da radiação visível e IV(A) é, por vezes, designada por
«região de perigo para a retina».

Contudo, a retina não detecta a radiação IV e, assim, não existe nenhuma protecção na forma de
reacções adversas naturais.

A radiação IV(A) é absorvida pela córnea e, por isso, o principal perigo são as queimaduras da córnea.

A exposição crónica à radiação IV pode, de igual modo, induzir o aparecimento de cataratas.


RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

EXPOSIÇÃO A
RADIAÇÕES
NÃO
IONIZANTES https://youtu.be/mFSk1TUPFbY
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Laser

L.A.S.E.R. significa "Light Amplification by


Stimulated Emission of Radiation“ e caracteriza-
se, principalmente, pela alta direccionalidade do
feixe e pela elevada energia incidente por unidade
de área.

O conceito começou a ter aplicação prática nos anos


70 em várias áreas, desde a medicina à indústria,
passando pelas áreas militar e de comunicações.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Laser

o LASER é hoje utilizado nas mais diversas aplicações:

❖ médicas (cirurgias);

❖ fisioterapia como anti-inflamatório,


regenerador e analgésico;

❖ pesquisa científica (pinças ópticas,


hidráulica, física atômica, óptica quântica,
resfriamento de nuvens atômicas, informação
quântica);
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Laser

❖ industriais (cortar metais, medir distâncias);

❖ no campo bélico (miras lasers);

❖ aparelhos leitores de CD, DVD, laser pointer (usado em


apresentações com projetores).
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Laser
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Laser

A classificação de lasers baseia-se no conceito do limite de emissão acessível (LEA), que é definido
para cada classe de laser. O LEA tem em conta não só a potência do produto laser mas também
o acesso humano à emissão laser. Os lasers estão agrupados em 7 classes: quanto mais alta for
a classe, maior é a possibilidade de provocar ferimentos.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Laser

Classe 1: Produtos laser considerados seguros durante a utilização, incluindo o olhar directo
e prolongado para o feixe, mesmo ao utilizar instrumentos de observação óptica (lupas ou binóculos)
Exemplo: impressora a laser; gravadores e leitores de CD e DVD; lasers de processamento de materiais.

Classe 1M: Seguros a olho nu em condições de funcionamento razoavelmente previsíveis, mas podem
ser perigosos se o utilizador recorrer a óptica (por exemplo, lupas ou telescópios) no feixe. Exemplo:
sistemas de comunicação de fibra óptica desligados.

Classe 2: Produtos laser que emitem radiação visível e são seguros para exposições momentâneas,
mesmo utilizando instrumentos de observação óptica, mas podem ser perigosos em caso de fixar
deliberadamente o olhar no feixe.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Laser

Classe 2M: Produtos laser que emitem feixes laser visíveis e que são
seguros durante uma exposição de curta duração apenas a olho nu;
possíveis lesões nos olhos durante exposições em que são utilizadas lupas
ou telescópios. Exemplos: instrumentos de nivelamento e alinhamento para
utilizações de engenharia civil.

Classe 3R:Olhar directamente para o feixe é potencialmente perigoso, mas na prática o risco de lesões
na maioria dos casos é relativamente baixo durante a exposição de curta duração e não intencional;
contudo, pode ser perigoso em caso de utilização imprópria por pessoas inexperientes. O risco é limitado
por causa do comportamento de aversão natural numa exposição à luz brilhante, no caso de radiação
visível, e da reacção ao aquecimento da córnea devido a radiação infravermelha distante. Exemplos:
equipamento de topografia, apontadores laser de alta potência, lasers de alinhamento
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Laser

Classe 3B: São perigosos para os olhos se expostos directamente ao feixe na distância nominal de perigo
ocular. Os lasers de classe 3B, que se aproximam do limite superior da classe, podem produzir pequenas
lesões na pele ou até representar um risco de incêndio de materiais inflamáveis. Exemplos: lasers para
tratamentos de fisioterapia; equipamento de laboratório de investigação.

Classe 4: Produtos laser para os quais o olhar directo e a


exposição da pele são perigosos na distância de perigo e para os
quais a observação de reflexos difusos pode ser perigosa. Estes
lasers representam frequentemente um perigo de incêndio.
Exemplos: visores de projecção a laser, cirurgia a laser e corte de
metal a laser.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Laser

A utilização dos lasers pode ter efeitos negativos no organismo humano, nomeadamente a nível do
globo ocular e da pele, de acordo também com a gama de comprimento de onda da radiação emitida
(de infravermelhos a ultravioletas), nomeadamente:

❖ Queimadura da córnea;

❖ Lesão grave da retina (não se pode esquecer que o poderoso feixe de luz do laser é concentrado por
focagem cerca de 100.000 vezes na retina);

❖ Queimaduras da pele, dependendo do poder de densidade e de focagem (um foco mais desfocado
poderá provocar queimaduras mais extensas, um foco que se encontra focado nas queimaduras
localizadas, mas significativamente mais profundas).
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Laser

Os limites de exposição a este fator de


risco não se encontram definidos
consensualmente, uma vez que se baseiam
em múltiplos critérios como, por exemplo,
comprimento de onda, duração da
exposição, potência do pico, frequência de
repetição, etc.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Laser

Assim, as MEDIDAS DE PROTEÇÃO deverão ser escrupulosamente cumpridas, nomeadamente:

❖ Dotar os equipamentos de laser com adequados sistemas de ventilação e de exaustão, uma vez que
durante as operações de corte existe a libertação de fumos, gases e vapores provenientes dos materiais trabalhados;

❖ Evitar superfícies refletoras nas instalações

❖ Uso imprescindível do equipamento de proteção


individual (óculos com proteção em todo o redor e em

conformidade com as frequências relevantes) bem como


vestuário e luvas; adequados;
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Laser

❖ Evitar a exposição direta dos olhos em relação ao feixe laser e aos espelhos;

❖ Providenciar que a iluminação na instalação seja suficiente e homogénea de forma a limitar a


abertura da pupila do olho;

❖ Restringir o acesso à
área de trabalho e
implementar
sinalização de
segurança adequada;
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

Laser

❖ Permanecer alerta durante as operações de ajustamento, lembrando-se sempre que o feixe


permanece perigoso mesmo a longas distâncias;

❖ Será ainda necessário outro tipo de precauções uma vez que, aliadas ao processo, existem outras
situações perigosas, a saber:

Riscos elétricos: dado que são sempre necessárias altas voltagens para excitar o meio emissor,
as operações de manutenção deverão ser feitas por pessoal especializado e sempre com a
corrente desligada;

Riscos de incêndio e de explosão: dependendo da natureza e da pressão dos gases utilizados


como meio emissor.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

LISTA DE DOENÇAS PROFISSIONAIS

Decreto Regulamentar n.º


6/2001, de 5 de Maio

(revisto pelo Decreto


Regulamentar n.º 76/2007, de
17 de Julho)

http://www.seg-social.pt/documents/10152/156134/lista_doencas_profissionais
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

LISTA DE DOENÇAS PROFISSIONAIS

Decreto Regulamentar n.º


6/2001, de 5 de Maio

(revisto pelo Decreto


Regulamentar n.º 76/2007, de
17 de Julho)

http://www.seg-social.pt/documents/10152/156134/lista_doencas_profissionais
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

AVALIAÇÃO DO RISCO DE EXPOSIÇÃO ÀS RADIAÇÕES ÓPTICAS ARTIFICIAIS

Em actividades susceptíveis de apresentar riscos de exposição a radiações ópticas de fontes


artificiais, o empregador avalia os riscos tendo em consideração, nomeadamente:

O nível, a gama de comprimentos de onda e a duração da exposição;

Os valores limite de exposição legalmente estipulados;

Os efeitos sobre a segurança e saúde de trabalhadores particularmente sensíveis aos riscos a


que estão expostos;

A existência de equipamentos de substituição concebidos para reduzir os níveis de exposição a


radiações ópticas de fontes artificiais;
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
AVALIAÇÃO DO RISCO DE EXPOSIÇÃO ÀS RADIAÇÕES ÓPTICAS ARTIFICIAIS

Em actividades susceptíveis de apresentar riscos de exposição a radiações ópticas de fontes


artificiais, o empregador avalia os riscos tendo em consideração, nomeadamente:

Os eventuais efeitos sobre a segurança e saúde de trabalhadores resultantes de interacções no


local de trabalho entre radiações ópticas e substâncias químicas fotosensibilizantes;

Os efeitos indirectos, nomeadamente cegueira temporária, explosão ou incêndio;

As informações prestadas pelos fabricantes de fontes de radiações ópticas e de equipamento de


trabalho associado, de acordo com a legislação aplicável.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

AVALIAÇÃO DO RISCO DE EXPOSIÇÃO ÀS RADIAÇÕES

VLE - Valores limite de exposição

Valores limite de exposição para radiação óptica não coerente:


Lei 25/2010 de 30 de Agosto - ANEXO I - QUADRO N.º 1.1

exemplo
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)

TRABALHO PROPOSTO N.º 8

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