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HIGIENE DO TRABALHO
❖ NOÇÕES DE TOXICOLOGIA
Ruído
Vibrações
❖ FÍSICOS
Radiações
❖ QUÍMICOS
Ambiente térmico
❖ BIOLÓGICOS
RADIAÇÕES
RADIAÇÕES NÃO
IONIZANTES
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
Microondas Radiofrequências
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
Radiação óptica: qualquer radiação electromagnética na gama de comprimentos de onda entre 100 nm
e 1 mm. O espectro da radiação óptica divide–se em radiação ultravioleta, radiação visível e radiação
infravermelha e LASER.
A radiação óptica artificial abrange uma variedade muito grande de fontes às quais os funcionários
podem estar expostos no local de trabalho e em qualquer outro lugar. Estas fontes incluem a iluminação
dos postos de trabalho, os dispositivos indicadores, muitos visores e outras fontes semelhantes que são
essenciais para o conforto dos trabalhadores.
A exposição a radiações ópticas artificiais apresenta risco para a saúde e a segurança dos trabalhadores,
essencialmente, devido aos efeitos prejudiciais causados nos olhos e na pele.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
RADIAÇÕES OPTICAS ARTIFICIAIS (ROI) – ENQUADRAMENTO LEGAL
Estabelece as prescrições mínimas para protecção dos trabalhadores contra os riscos para a saúde e a
segurança devidos à exposição, durante o trabalho, a radiações ópticas de fontes artificiais, transpondo a
Directiva n.º 2006/25/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Abril.
estabelece os valores limite de exposição a radiações não coerentes, com excepção das emitidas por fontes
naturais de radiação óptica, e radiações laser.
determina os critérios de avaliação dos riscos bem como um conjunto de medidas de redução da exposição
impõe a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores, com vista à prevenção de eventuais riscos para a
saúde a longo prazo e de contracção de doenças crónicas e ao diagnóstico precoce de qualquer efeito
adverso para a saúde, resultantes da exposição a radiações ópticas artificiais.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
A radiação óptica gerada artificialmente está presente na maioria dos locais de trabalho, mas
especialmente nos seguintes tipos de actividades:
❖ Trabalhos em armazéns ou oficinas, em que edifícios grandes e amplos são iluminados por luzes
fortes no local.
❖ Tratamento estético, que utiliza lasers e lâmpadas de flash, bem como fontes de radiação
ultravioleta e infravermelha
❖ Tratamento de águas residuais, em que pode ser utilizada esterilização por ultravioleta
❖ Ensaios não destrutivos, que podem implicar a utilização de radiação ultravioleta para revelar
colorações fluorescentes
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
A radiação óptica é absorvida pelas camadas exteriores do corpo e, por conseguinte, os seus efeitos
biológicos estão sobretudo limitados à pele e aos olhos, mas também podem ocorrer efeitos sistémicos.
Diferentes comprimentos de onda provocam diferentes efeitos, dependendo da parte da pele ou dos
olhos que absorve a radiação e do tipo de interacção envolvido: os efeitos fotoquímicos predominam na
região ultravioleta e os efeitos térmicos na infravermelha.
A radiação laser pode produzir efeitos adicionais caracterizados por uma absorção de energia muito
rápida pelo tecido, e representa um perigo especial para os olhos se o cristalino focar o feixe.
Os efeitos biológicos podem ser largamente divididos em agudos (que ocorrem rapidamente) e crónicos
(que ocorrem como resultado de exposições prolongadas e repetidas durante um longo período de
tempo). Os efeitos crónicos não têm, muitas vezes, um limite abaixo do qual não irão ocorrer.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
Estrutura do olho
Estrutura da pele
A avaliação de riscos é actualizada sempre que haja alterações significativas que a possam
desactualizar ou o resultado da vigilância da saúde justificar a necessidade de nova avaliação.
Sempre que sejam ultrapassados os valores limite de exposição, a periodicidade mínima da avaliação
de riscos é de um ano
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
Radiação ultravioleta: a radiação óptica com comprimentos de onda entre 100 nm e 400 nm, cuja região
ultravioleta se divide em UVA (315 nm-400 nm), UVB (280 nm- 315 nm) e UVC (100 nm-280 nm);
A exposição excessiva de curta duração à radiação UV provoca eritema — uma erupção avermelhada
da pele, e inchaço. Os sintomas podem ser graves, com o efeito máximo a manifestar-se
entre 8 a 24 horas após a exposição, persistindo durante 3 a 4 dias, resultando em secura
e descamação da pele. Pode ser seguido de um aumento da pigmentação da pele (escurecimento
tardio).
A exposição à radiação UVA também pode causar uma alteração imediata, mas temporária, na
pigmentação da pele (escurecimento imediato da pigmentação).
A longo prazo, o efeito mais grave da radiação UV consiste a indução de cancro da pele. A exposição
crónica à radiação UV também pode provocar o fotoenvelhecimento da pele.
A radiação UV que incide nos olhos é absorvida pela córnea e pelo cristalino. A córnea e a
conjuntiva têm uma capacidade enorme de absorver comprimentos de onda inferiores a 300 nm.
A radiação UVC é absorvida nas camadas superficiais da córnea e a UVB é absorvida pela córnea
e pelo cristalino. A radiação UVA atravessa a córnea e é absorvida pelo cristalino.
A exposição crónica à radiação UVA e UVB pode provocar cataratas devido a alterações das proteínas
no cristalino do olho.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
O poder de penetração das radiações ultravioleta é relativamente fraco, pelo que os seus EFEITOS NO
ORGANISMO HUMANO se restringem essencialmente aos olhos e à pele.:
Radiação Visível
«Radiação visível» a radiação óptica com comprimentos de onda entre 380 nm e 780 nm;
FONTES DE EXPOSIÇÃO
Artificial: incandescente (lâmpadas
e corpos incandescentes, arcos de
Natural: Sol.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
Radiação Visível
EFEITOS NA PELE
A radiação visível (luz) penetra na pele e pode aumentar a temperatura local até provocar uma
queimadura. O corpo ajustar-se-á aos aumentos graduais de temperatura através do aumento do
fluxo sanguíneo (que remove o calor) e da transpiração. Se a irradiação for insuficiente para causar
uma queimadura grave (em 10 segundos ou menos), a pessoa exposta ficará protegida por reacções
de aversão normais ao calor.
Nos períodos de exposição mais prolongados, o principal efeito adverso manifesta-se na sensibilidade
ao calor provocada pela tensão térmica (aumento da temperatura corporal central).
AMBIENTE
TÉRMICO
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
Radiação Visível
EFEITOS NOS OLHOS
Uma vez que os olhos captam e focam a radiação visível, a retina está exposta a um risco mais
elevado do que a pele. Olhar fixamente para uma fonte de luz brilhante pode causar lesões na
retina. Se a lesão ocorrer na fóvea, por exemplo, ao olhar directamente para um feixe laser, pode
dar origem a uma lesão grave nos olhos.
Radiação Visível
EFEITOS NOS OLHOS
A exposição crónica a elevados níveis de ambiente de luz visível pode ser responsável pelas lesões
fotoquímicas nas células da retina, resultando numa deficiente visão nocturna e das cores.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
Radiação infravermelha: a radiação óptica com comprimentos de onda entre 780 nm e 1 mm, cuja
região infravermelha se divide em IVA (780 nm-1400 nm), IVB (1400 nm-3000 nm) e IVC (3000 nm);
A exposição à radiação infravermelha poderá sempre ocorrer desde que uma superfície tenha
temperatura mais elevada que o recetor, podendo ser utilizada em qualquer situação em que se queira
promover o aquecimento localizado de uma superfície.
Na indústria, este tipo de radiação poderá ter aplicação nomeadamente na secagem de tintas e
vernizes e em processos de aquecimento de metais.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
EFEITOS NA PELE
A radiação IV penetra até vários milímetros pelo interior do tecido, ou seja, em profundidade na
epiderme. Pode provocar os mesmos efeitos térmicos que a radiação visível.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
Tal como a radiação visível, a radiação IV também é captada pela córnea e pelo cristalino
e transmitida à retina. Na retina, pode causar o mesmo tipo de lesões térmicas, tal como sucede
com a radiação visível. A região do espectro da radiação visível e IV(A) é, por vezes, designada por
«região de perigo para a retina».
Contudo, a retina não detecta a radiação IV e, assim, não existe nenhuma protecção na forma de
reacções adversas naturais.
A radiação IV(A) é absorvida pela córnea e, por isso, o principal perigo são as queimaduras da córnea.
EXPOSIÇÃO A
RADIAÇÕES
NÃO
IONIZANTES https://youtu.be/mFSk1TUPFbY
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
Laser
Laser
❖ médicas (cirurgias);
Laser
Laser
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
Laser
A classificação de lasers baseia-se no conceito do limite de emissão acessível (LEA), que é definido
para cada classe de laser. O LEA tem em conta não só a potência do produto laser mas também
o acesso humano à emissão laser. Os lasers estão agrupados em 7 classes: quanto mais alta for
a classe, maior é a possibilidade de provocar ferimentos.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
Laser
Classe 1: Produtos laser considerados seguros durante a utilização, incluindo o olhar directo
e prolongado para o feixe, mesmo ao utilizar instrumentos de observação óptica (lupas ou binóculos)
Exemplo: impressora a laser; gravadores e leitores de CD e DVD; lasers de processamento de materiais.
Classe 1M: Seguros a olho nu em condições de funcionamento razoavelmente previsíveis, mas podem
ser perigosos se o utilizador recorrer a óptica (por exemplo, lupas ou telescópios) no feixe. Exemplo:
sistemas de comunicação de fibra óptica desligados.
Classe 2: Produtos laser que emitem radiação visível e são seguros para exposições momentâneas,
mesmo utilizando instrumentos de observação óptica, mas podem ser perigosos em caso de fixar
deliberadamente o olhar no feixe.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
Laser
Classe 2M: Produtos laser que emitem feixes laser visíveis e que são
seguros durante uma exposição de curta duração apenas a olho nu;
possíveis lesões nos olhos durante exposições em que são utilizadas lupas
ou telescópios. Exemplos: instrumentos de nivelamento e alinhamento para
utilizações de engenharia civil.
Classe 3R:Olhar directamente para o feixe é potencialmente perigoso, mas na prática o risco de lesões
na maioria dos casos é relativamente baixo durante a exposição de curta duração e não intencional;
contudo, pode ser perigoso em caso de utilização imprópria por pessoas inexperientes. O risco é limitado
por causa do comportamento de aversão natural numa exposição à luz brilhante, no caso de radiação
visível, e da reacção ao aquecimento da córnea devido a radiação infravermelha distante. Exemplos:
equipamento de topografia, apontadores laser de alta potência, lasers de alinhamento
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
Laser
Classe 3B: São perigosos para os olhos se expostos directamente ao feixe na distância nominal de perigo
ocular. Os lasers de classe 3B, que se aproximam do limite superior da classe, podem produzir pequenas
lesões na pele ou até representar um risco de incêndio de materiais inflamáveis. Exemplos: lasers para
tratamentos de fisioterapia; equipamento de laboratório de investigação.
Laser
A utilização dos lasers pode ter efeitos negativos no organismo humano, nomeadamente a nível do
globo ocular e da pele, de acordo também com a gama de comprimento de onda da radiação emitida
(de infravermelhos a ultravioletas), nomeadamente:
❖ Queimadura da córnea;
❖ Lesão grave da retina (não se pode esquecer que o poderoso feixe de luz do laser é concentrado por
focagem cerca de 100.000 vezes na retina);
❖ Queimaduras da pele, dependendo do poder de densidade e de focagem (um foco mais desfocado
poderá provocar queimaduras mais extensas, um foco que se encontra focado nas queimaduras
localizadas, mas significativamente mais profundas).
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
Laser
Laser
❖ Dotar os equipamentos de laser com adequados sistemas de ventilação e de exaustão, uma vez que
durante as operações de corte existe a libertação de fumos, gases e vapores provenientes dos materiais trabalhados;
Laser
❖ Evitar a exposição direta dos olhos em relação ao feixe laser e aos espelhos;
❖ Restringir o acesso à
área de trabalho e
implementar
sinalização de
segurança adequada;
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
Laser
❖ Será ainda necessário outro tipo de precauções uma vez que, aliadas ao processo, existem outras
situações perigosas, a saber:
Riscos elétricos: dado que são sempre necessárias altas voltagens para excitar o meio emissor,
as operações de manutenção deverão ser feitas por pessoal especializado e sempre com a
corrente desligada;
http://www.seg-social.pt/documents/10152/156134/lista_doencas_profissionais
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
http://www.seg-social.pt/documents/10152/156134/lista_doencas_profissionais
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)
exemplo
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (RNI)