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Módulo 17- Prática III

Disciplina: Abordagem à Pessoa, a Veículo, e


Edificação

Curso de Formação de Agentes Penitenciários


Módulo 17- Prática III
Disciplina: Abordagem à Pessoa, Veículo e Edificação
Módulo 17- Prática III

Disciplina: Abordagem à Pessoa, a Veículo, e Edificação

1- USO LEGAL DAS ALGEMAS

Súmula Vinculante 11

Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de


fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou
de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da
responsabilidade civil do Estado.

Data de Aprovação
Sessão Plenária de 13/08/2008

Fonte de Publicação
DJe nº 157, p. 1, em 22/8/2008.
DOU de 22/8/2008, p. 1.

Referência Legislativa
Constituição Federal de 1988, art. 1º, III; art. 5º, III, X e XLIX.
Código Penal de 1940, art. 350.
Código de Processo Penal de 1941, art. 284.
Código de Processo Penal Militar de 1969, art. 234, § 1º.
Lei 4898/1965, art. 4º, “a”.

2- ABORDAGEM A PESSOAS

PRINCÍPIOS DA ABORDAGEM:

SEGURANÇA - É a garantia que tem o Agente Penitenciário, no momento da


abordagem, que sabe o que está fazendo e está empregando o procedimento
correto

SURPRESA – É a ação inopinada do Agente Penitenciário, não possibilitando


fuga ou reação do abordado.

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RAPIDEZ - Ação de curta duração no momento da abordagem.

AÇÃO VIGOROSA - Ação resoluta, decidida e firme do Agente Penitenciário


no momento da abordagem.

UNIDADE DE COMANDO - Agir sob comando único, evitar conflito de ordens,


mantendo o controle das ações desenvolvidas.

SITUAÇÕES EM QUE O AGENTE PENITENCIÁRIO DEVE ABORDAR

Para reconhecimento de pessoa procurada;


Nos casos de cometimento de infração;
Nos casos de conduta antissocial;
Nos casos de suspeição;
Para prestar assistência;
Para orientar;
Para advertir;
Para fiscalizar;
Para conduzir;
Para prender.

PROCESSOS DA ABORDAGEM

Durante uma Abordagem, devem ser consideradas as seguintes fases:

a) PLANEJAMENTO MENTAL (coleta de dados e análise dos fatos)

Juízo de valor fundamentando na coleta de dados e análise dos fatos com


vistas a otimizar a abordagem, analisando os seguintes dados:

 Tipo de delito praticado;


 Local da ocorrência e/ou para onde o preso será conduzido;
 Número de envolvidos e meios utilizados;
 Modus Operandi;
 Possibilidade de reação ou resistência;
 Análise dos componentes da equipe;
 Como, quando e o que fazer na abordagem;
 Qualquer informação relevante, em relação a ação carcerária a ser
desenvolvida.

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b) PLANO DE AÇÃO

São as linhas de ação, geralmente formuladas verbalmente, de forma simples


e no ambiente da ação pelo Agente Penitenciário.

c) EXECUÇÃO

Desencadeamento da ação do Agente Penitenciário.

ABORDAGEM A PESSOAS ISOLADAS

Sempre que o número de Agentes Penitenciários e o terreno permitir, a


aproximação será de forma triangular.

Essa forma de aproximação reduz a possibilidade de fuga e reação do


abordado.

Propicia mais segurança aos Agentes Penitenciários.

ABORDAGEM A PESSOAS (SUSPEITAS) EM GRUPOS

É mais complexa;
Exige maior número de Agentes Penitenciários;
Não é recomendada a duplas ou Agentes Penitenciários isolados;
Necessita maiores cautelas;
Os Agentes Penitenciários devem postar-se em posição vantajosa;
Em caso de igualdade, solicitar reforços;

Os elementos devem ser afastados uns dos outros e colocados na posição de


busca pessoal;

O grupo (suspeito) deverá ser revistado sob observação atenta dos Agentes
Penitenciários;

O deslocamento do abordado para ser revistado deverá ser de costas para o


Agente Penitenciário SEGURANÇA e lateralmente para o Agente
REVISTADOR.

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BUSCA OU REVISTA

É uma atividade que consiste na procura ou exame de uma coisa ou pessoa,


podendo, por consequência, ser pessoal, domiciliar ou em veículos.

BUSCA PESSOAL

Busca pessoal – Divide-se, quanto à situação do Agente, em busca preliminar


e busca minuciosa.

Busca preliminar – É a realizada em situação de rotina em razão do local e da


hora de atuação, aplicada também em pessoas frequentadoras de locais onde
o índice de criminalidade é elevado ou quando da visita às unidades prisionais.

Busca minuciosa – É a realizada em pessoas altamente suspeitas ou em


presos que acabaram de cometer um crime ou o estão cometendo, bem como,
em detentos de estabelecimentos prisionais.

Busca completa – Empregada quando do encarceramento de presos,


normalmente é feita em repartição policial ou em recinto adequado. Nessa
busca, será retirada toda a roupa do suspeito e examinada peça por peça,
como também, as cavidades naturais do corpo do elemento.

ATITUDE DO AGENTE PENITENCIÁRIO QUE PROCEDERÁ A BUSCA


(Revistador)

O Agente Penitenciário REVISTADOR manterá sua arma no coldre e se


aproximará do suspeito pelo lado direito (esquerdo); colocará seu pé direito
(esquerdo) em frente ao pé direito(esquerdo) do suspeito e manterá os dois
tornozelos unidos, o que possibilitará uma ação defensiva/ofensiva, caso o
suspeito esboce reação;

Na troca de lados, para continuar a busca, o Agente Penitenciário


REVISTADOR o fará, dando a volta por trás do Agente Penitenciário Auxiliar
(SEGURANÇA).

ATITUDE DO AUXILIAR (Segurança)

O Agente Penitenciário Auxiliar deverá se colocar do lado oposto ao


REVISTADOR e à retaguarda do suspeito, mantendo-o sempre em seu campo
visual. Deverá estar atento a todo e qualquer movimento do revistado, a fim de
evitar imprevistos.
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A arma deverá estar empunhada, porém não deve estar apontada para o
abordado.

ABORDAGEM E BUSCA PESSOAL NO INDIVÍDUO EM ESTADO DE


SUSPEIÇÃO

A Vtr para sempre que possível, a uma distância de três metros da pessoa ou
grupo de pessoas a serem abordadas, quando então o comandante da equipe
avaliará a situação, os antecedentes, local e quadro probatório, e, depois de
acurada avaliação de risco extremado, poderá determinar às pessoas que
permaneçam com as mãos de modo visível, podendo até permitir apoio delas
em obstáculos verticais; tais como muros, paredes de comércios ou até mesmo
na lateral da própria Vtr. A posição do corpo será levemente inclinada para a
frente com as pernas afastadas lateralmente.

A ordem de permanecer com as mãos ou colocá-las apoiadas em quaisquer


obstáculos deverá vir acompanhada de recomendações no sentido de que
pessoas que porventura estiverem empunhando qualquer objeto ou volume
deverão colocá-lo no chão.

BUSCA MINUCIOSA EM GRUPO DE PESSOAS

Os procedimentos serão os mesmos descritos anteriormente, acrescentando


as seguintes instruções:

Os suspeitos serão posicionados e afastados um do outro, de forma a não


poderem se tocar;

Não permitir que os mesmos se comuniquem;

Um ou mais Agentes Penitenciários devem estar na cobertura (SEGURANÇA),


de acordo com a situação;

Na execução da busca, utilizaremos os seguintes procedimentos:

Os suspeitos a serem revistados são dispostos em linha;

O REVISTADOR se coloca em uma das extremidades do grupo;

Tão logo um suspeito é revistado, deve ele colocar-se na outra extremidade e


assim por diante, até ser procedida a busca em todo grupo.

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BUSCA COMPLETA

Empregada quando do encarceramento de presos, normalmente é feita em re-


partição policial ou em recinto adequado. Nessa busca, será retirada toda a
roupa do suspeito e examinada peça por peça, como também, as cavidades
naturais do corpo do elemento.

PROCEDIMENTO DO POLICIAL NA BUSCA COMPLETA

Deverá ser feita, sempre que possível, na presença, no mínimo, de uma


testemunha e em local isolado do público;

Adotar os procedimentos da busca minuciosa e mais:

Tirar toda a roupa e os sapatos do revistado. Se estiver com ataduras ou


gesso, verificar sua autenticidade;

Verificar todo o corpo do revistado, inclusive orifícios externos. Indagar da


procedência de cicatrizes e tatuagens. Se tiver cabelos muito grandes ou
espessos, passar um pente.

Verificar a roupa do revistado.

POSIÇÃO DE JOELHOS

OBSERVAÇÃO: Nessa posição, o Agente poderá utilizar a Superfície Vertical


(parede, lateral de uma viatura, etc.).

UTILIZANDO SUPERFÍCIE VERTICAL

O Agente determinará que o suspeito ajoelhe, com as mãos acima da cabeça,


braços abertos, mãos espalmadas, colocando as mãos na superfície vertical e
afastando-se para ficar em desequilíbrio;

Uma vez procedido como acima descrito, o Agente Penitenciário determinará


que o suspeito encoste a testa na superfície vertical e coloque as mãos na
nuca com os dedos entrelaçados;

Em seguida, procederá a aproximação em diagonal por um dos lados e por


trás, segurando primeiro as mãos do suspeito e em seguida colocará o pé
direito (esquerdo) no tornozelo esquerdo (direito) do suspeito, pressionando-o
para baixo, proporcionando uma sensação desconfortável;

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Com a arma no coldre e com a mão que estiver livre, o Agente Penitenciário
procederá a busca de uma só vez, ou se preferir, num lado e depois do outro
lado do suspeito, adotando o mesmo procedimento.

SEM SUPERFÍCIE VERTICAL

O procedimento será o mesmo anterior, devendo o Agente Penitenciário, ao


segurar as mãos do suspeito, pressionar sua cabeça para baixo;

Ainda se pode adotar outra posição, determinando que o suspeito, ao ficar de


joelhos, cruze as pernas, devendo o Agente Penitenciário colocar sua perna
entre as pernas do elemento, imobilizando-o e determinando que o mesmo
coloque as mãos sobre a cabeça, com os dedos entrelaçados.

POSIÇÃO DEITADO

Na ausência da Superfície Vertical ou para maior segurança, o Agente


Penitenciário poderá determinar que o suspeito se deite em decúbito ventral
(deitado de barriga para o solo), com as pernas e braços abertos, mãos acima
da cabeça espalmadas. Após a tomada dessa posição; o Agente Penitenciário
procederá da seguinte forma.

Determinar que o suspeito coloque as mãos na nuca, com os dedos


entrelaçados;

Com o pé direito (esquerdo) imobilizará o tornozelo ou joelho esquerdo (direito)


do suspeito e em seguida, segurará firmemente as mãos de suspeito, ficando
com o joelho sobre suas costas;

Com a arma coldreada e a outra mão livre, o Agente Penitenciário procederá a


busca na parte das costas e nas partes que for possível (Pernas, quadril,
axilas, braços, etc.);

Revistado um lado, o Agente Penitenciário determinará que o suspeito se vire,


mantendo-o sob controle dos movimentos suspeitos;

Ao virar-se, o suspeito ficará em decúbito dorsal (costas para o solo), devendo


o Agente Penitenciário colocar o pé direito (esquerdo), pressionando a perna
direita (esquerda) do suspeito e, em seguida, segurará firmemente as mãos do
suspeito, que deverão estar entrelaçadas sobre a testa;

Em seguida, com a arma coldreada, executará Busca Pessoal;

A aproximação do Agente Penitenciário será em diagonal e por trás do


suspeito, pela parte das pernas, tanto em decúbito ventral como dorsal.
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PROCEDIMENTOS NO USO DA ALGEMA

a. Uso da algema;
Para conduzir os delinquentes presos em flagrante delito, desde que ofereçam
resistência ou tentem fuga;

Para conduzir os ébrios, os viciados e os turbulentos exaltados na prática de


infração e que devam ser postos em custódia, desde que seu estado de
extrema exaltação torne indispensável o emprego de força;

Para transportar de uma dependência para outra, presos que, por sua
periculosidade, ou tenham tentado ou oferecido resistência, quando da prisão;

O abuso no uso da algema, por parte da autoridade ou de seus agentes,


acarretará responsabilidade penal. As dependências carcerárias devem manter
livro especial para registro das diligências em que tenham sido empregadas
algemas, lavrando-se o termo.

Cautelas a adotar para algemar presos:

Algemar sempre o detido com os braços para trás;

Partir da posição de busca pessoal;

Colocar a arma no coldre segurando as algemas com a mão direita;

Colocar o pé esquerdo apoiando o calcanhar direito do preso e


simultaneamente a mão esquerda em suas costas, pois, isso dará maior
percepção dos movimentos caso haja uma tentativa de fuga, ou reação,
possibilitando ainda que o Agente Penitenciário possa desequilibrá-lo e
imobilizá-lo;

Aplicar a algema no pulso direito, mantendo-a voltada para fora de forma que o
buraco da fechadura fique para cima;

Segurando firmemente o punho direito algemado, colocar o pé direito apoiando


o calcanhar esquerdo do preso e simultaneamente segurar sua mão, trazendo-
a em seguida para trás, algemando de forma que o buraco da chave fique
voltado para cima e o dorso das mãos do preso fiquem voltado para si;

Em seguida utilizar a trava de segurança da algema;

Ao conduzir o preso, o Agente Penitenciário deve preocupar-se em mantê-lo do


lado oposto ao de sua arma;

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Retirada das algemas;

Deverá ser feita apenas em local seguro;

Um Agente Penitenciário deve retirar enquanto outro permanece dando


cobertura;

Uso de meios de fortuna – na falta de algema, poderá ser utilizado outro


equipamento para algemar o indivíduo. Ex.: Cordão de segurança (fiel), Cinto
etc.;

2- ABORDAGEM A VEÍCULOS

A análise operacional dos fatores de criminalidade apontam o automóvel como


o meio de transporte mais utilizado para prática de crime ou garantia de
impunidade, bem como nas tentativas de resgate de presos. Decorre, então, a
necessidade premente de as abordagens realizadas terem como objeto tal
meio de locomoção e, por tal, constituem a grande parte da atividade
operacional.

ABORDAGEM A MOTOCICLETAS E BICICLETAS

A abordagem a uma bicicleta ou motocicleta suspeita em movimento deverá


ser efetuada adotando os seguintes procedimentos básicos:

Deve ser selecionado o melhor local, o Comandante da “GU" determina que


o condutor encoste à direita e pare;

O motorista posicionará a viatura de forma idêntica à situação de abordagem


a autos de passeio ;

Após a parada da moto, proceder da seguinte forma:

Abordagem a motocicleta com um elemento

Tão logo a moto pare, o motorista da VT deverá posicioná-la de forma idêntica


a situação de abordagem a autos de passeio;

Com a equipe desembarcada, o líder determina ao motociclista que desligue o


motor da moto e fique nas pontas dos pés , com os dedos entrelaçados sobre a
cabeça;
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Nas três situações das guarnições, após o posicionamento, no caso de
motocicleta, o REVISTADOR irá proceder a busca pessoal, aproximando-se
pelo lado esquerdo do motociclista;

Após realizada a primeira etapa da busca, o VERBALIZADOR determina que o


motociclista desça e posicione-se à direita ou à retaguarda da moto, na posição
mais conveniente, para determinar a busca pessoal;

Abordagem a motocicleta com dois elementos

A abordagem a duas pessoas, em uma moto é idêntica a abordagem com um


elemento, mudando apenas nos seguintes aspectos:

O LÍDER determina que o motociclista desligue o motor e que os dois, condutor


e passageiro, fiquem nas pontas do pé, com os dedos entrelaçados sobre a
cabeça;

Nesse caso, o REVISTADOR irá proceder primeiro a busca no passageiro, ao


mesmo tempo passará a mão na cintura e nas costas do motociclista;

O VERBALIZADOR determina que o passageiro desça da moto,


colocando-o numa posição adequada, à retaguarda da moto, para que
possa terminar a busca no mesmo; após realizada a busca pessoal no
passageiro, o VERBALIZADOR determina que o condutor desça,
colocando-o numa posição conveniente do lado direito da moto e o
REVISTADOR procede a busca pessoal no condutor.

AUTOMÓVEIS (PASSEIO)

Durante o acompanhamento, atentar para a reação dos suspeitos, objetos


jogados para fora do auto, atenção a possíveis veículos de escolta, conferir
relação de alerta geral e, se houver tempo, pesquisar a placa com o Centro de
Operações. O momento da abordagem de um veículo é um crítico, pois, o
suspeito geralmente (se for infrator ou fugitivo da justiça) tentará fuga ou
reação.

O motorista da Vtr deve sinalizar acionando “high ligth”, piscando faróis altos e
acionando a seta indicando em qual lado da via o auto deverá parar, sempre
que possível o lado direito, evitando-se prejuízo ao trânsito.

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Os Agentes Penitenciários deverão atentar para a retaguarda e laterais,
sinalizando por gestos para evitar que, nesse momento, outros condutores
acidentalmente se interponham entre a viatura e o veículo suspeito, ou
atrapalhem o estacionamento. Com o veículo parado, não é necessário que a
arma esteja diretamente apontada para os ocupantes (mantê-las para baixo a
não ser que haja certeza ou indícios muito fortes de prática de crime e possível
reação).

O LÍDER da equipe deverá estar com a atenção voltada ao veículo, e


suspeitos, motorista no trânsito e à frente. Os seguranças observam a
retaguarda e laterais, pois, os suspeitos podem ter “escolhido” o local para
parar. Com calma e educadamente, mas com energia, num tom de voz
suficiente para ser ouvido, o LÍDER da equipe determina que o condutor
desligue o motor do veículo, para evitar tentativa de fuga. Enquanto, os
suspeitos não se posicionarem e tiver completo controle sobre suas mãos, a
equipe deverá estar desembarcada, abrigada pela Vtr. Pode haver reação e,
nesse momento, o veículo pode arrancar, deixando os Agentes Penitenciários
desembarcados para trás, porém a prioridade nesse momento é a segurança
dos Agentes.

Os infratores também podem atingir algum Agente para cessar a perseguição,


pois, então a prioridade será socorrer o ferido.

Se houver, comprovadamente, crime envolvendo os suspeitos, estes, ao


desembarcar, imediatamente devem deitar-se de frente, para o solo, braços e
pernas estendidos. Quando todos estiverem em posição, a equipe aproxima-
se, algema todos, e, estando os indivíduos sob o controle da equipe, realiza-se
a revista pessoal e no veículo; se houver refém, somente após a revista
pessoal, e completa certeza de sua condição, é que será desalgemado e
tratado como vítima (um delinquente pode tentar passar-se por vítima, iludindo
os Agentes Penitenciários e tentar reagir libertando a si e aos demais).

Quando os suspeitos estiverem posicionados, a equipe deixa a proteção da Vtr.


Os seguranças rapidamente iniciam as revistas pessoais, após o LÍDER da
equipe ter rapidamente verificado o interior do veículo (pois pode haver alguém
escondido), e ter-se posicionado na segurança. No primeiro momento, a revista
pessoal deve ser rápida e visar à localização de armamento em todas as partes
do corpo. Nunca empurrar ou chutar os suspeitos, sempre pedir com educação
e firmeza. Em seguida, solicitar aos suspeitos que se coloquem sobre a
calçada, voltados para a rua, mãos para trás; alinhados ao lado do LÍDER da
equipe, dois dos Agentes Penitenciários, de frente para os suspeitos, iniciam
uma revista mais minuciosa, procurando objetos ilegais ou entorpecentes em
bolsos ou escondidos nas roupas. O motorista sempre permanece próximo à
Vtr atento ao rádio e pronto para pedir apoio se for o caso.

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O LÍDER da equipe com o motorista do auto a seu lado, solicita documentação
pessoal e as do veículo, também pergunta se está tudo em ordem ou há
irregularidade no veículo ou em seu interior, ou , ainda, objetos de valor.

Nesse momento, o LÍDER de equipe e os demais Agentes Penitenciários


devem conversar com os suspeitos, fazendo perguntas (nome, endereço, local
de trabalho, problemas com a justiça etc.), para detectar algum detalhe e
distrair os suspeitos, não permitindo a possibilidade de pensarem e planejarem
individualmente uma reação.

Não deve haver conversa entre os suspeitos. Havendo dúvidas, separar os


suspeitos para conversar separadamente e posterior confrontação das
alegações. Atenção às cicatrizes e tatuagens existentes, pois, podem indicar
algum ex-detento ou foragido da justiça. Verificar também a boca do suspeito,
que pode ocultar pequenas porções de entorpecentes. Depois da revista
pessoal, o LÍDER da equipe autoriza um dos Agentes Penitenciários a iniciar a
revista no auto, que se inicia pelo lado em que estão os suspeitos. O condutor
ou proprietário do auto deve ter plena visão da revista, e alertado a
acompanhar visualmente todos os procedimentos. O rádio do veículo deve ser
sempre desligado, para que os Agentes Penitenciários possam ficar atentos ao
que ocorre no exterior e não serem pegos de surpresa numa reação.

O REVISTADOR verifica a porta (espaço entre a lateral e a lata), e todo o lado


interno do auto (porta-luvas, pala de sol, sob tapetes, carpetes descolados,
bancos, laterais soltas, painel, console e teto); ao passar para o outro lado, dá
a volta externamente, deixando a porta aberta para que a visão do proprietário
continue plena. Terminando o interior, verificar motor e porta-malas com os
mesmos cuidados e detalhes.

O Motorista na Vtr, de posse dos documentos dos abordados e do auto, que o


REVISTADOR lhe entregou antes do início da revista no veículo, anota todo o
necessário para o relatório de serviço e, junto ao Centro de Operações, faz as
devidas pesquisas, se for o caso (falta de documentos do auto, ou em nome de
3ª pessoa, suspeita de indivíduos procurados pela justiça etc.).

Qualquer objeto ilegal, ou entorpecente encontrado no auto, deve permanecer


onde está, e dado ciência ao LÍDER da equipe. Objetos de valor e dinheiro são
imediatamente entregues ao LÍDER da equipe que os repassa ao proprietário,
que deve conferi-los. Em toda situação, a iniciativa e a comunicação com os
suspeitos sempre partem do LÍDER da equipe. Se localizada uma arma, deve
esta ser deixada onde está, e prossegue-se na revista com a mesma cautela,
e, assim que encerrada, essa arma, com toda a descrição possível,
imperceptivelmente a todos, deve ser levada para a viatura, onde será
fiscalizada com sua documentação.

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Tal discrição com armamento é essencial por:

 Se a arma for ilegal, os suspeitos, que podem ainda ter esperança de


“enganar” os Agentes Penitenciários, podem tentar alguma reação, ao
verem essa esperança ruir;

 A arma tem que ser retirada do lugar, pois, os suspeitos, em rápida reação,
podem tentar alcançá-la ao se verem acuados por qualquer motivo;

 Uma abordagem atrai a atenção de pessoas ao redor, e um delinquente nas


proximidades, ao ver essa arma (se tiver regularizada será devolvida ao
término a seu proprietário), poderá tentar acompanhar os indivíduos após
sua liberação, para tentar roubá-la, portanto, sua devolução também deve
ser feita com toda a discrição. Para se manter a citada esperança aos
suspeitos e para comunicação entre os Agentes Penitenciários, devem ser
convencionados sinais discretos entre a equipe, para que todos os Agentes
fiquem a par da situação, e tomem a cautela necessária. No decorrer da
revista, os Agentes devem conferir o lacre da placa e o número do chassi,
verificando se confere com a documentação, e se não há irregularidade
com os caracteres.

 Em qualquer momento da revista, se constatado indício de crime, todos os


suspeitos deitam-se no solo e são algemados para condução à DP da área.

 Os Agentes Penitenciários devem tomar toda precaução para não causar


qualquer dano no veículo (portas que não se abrem facilmente devem ser
acionadas pelo proprietário, cuidado com estofamento e pintura do auto em
contato com o equipamento do Agente etc.). Tudo deve ser recolocado
exatamente no local em que estava, e as portas fechadas ao término da
revista. O LÍDER da equipe terá cuidado ao manusear os documentos sobre
poças d’água ou bueiros, pois, podem cair. O próprio suspeito deve retirar
os documentos de plásticos protetores, pois, podem estar colados e rasgar.

 Nada constatado, estando tudo em ordem, os documentos são devolvidos a


seus proprietários que devem conferi-los. Armas legalizadas são
recolocadas no auto com todos os cuidados com que foram retiradas, e os
proprietários avisados e devem conferi-las ao embarcar.

 Também se alerta o responsável pelo veículo para verificar se está tudo em


ordem. Não se pede desculpas por estar trabalhando na própria segurança
dos indivíduos, mas agradecer a colaboração prestada, e despedir-se

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Cordialmente, aguardando o embarque de todos os abordados, e a partida
do auto antes de reiniciar as atividades.

Guarnição com quatro Agentes Penitenciários (concepção da


Organização das Nações Unidas)

Após o veículo suspeito obedecer à determinação da Equipe para estacionar à


direita da via, a viatura Operacional posiciona-se acerca de cinco metros do
veículo suspeito, procurando estacionar de forma diagonal, transformando a
viatura em abrigo. De imediato o efetivo de Agentes Penitenciários
desembarca da viatura, o LÍDER abriga-se na lateral dianteira direita, enquanto
o MOTORISTA desloca-se para a parte traseira da viatura, ambos observando
o auto suspeito com as armas em posição de pronto emprego. Os Agentes
Penitenciários de APOIO desembarcam e dirigem-se para a parte traseira da
viatura, onde abrigados fazem a segurança dos flancos e retaguarda.

Após os Agentes estarem devidamente abrigados, o LÍDER determina que os


elementos suspeitos coloquem as mãos à mostra, evitando dessa forma,
qualquer reação; outrossim é nessa ocasião que o LÍDER determina que o
motorista com uma das mãos retire a chave da ignição e coloque-a sobre o teto
do veículo lentamente;

O LÍDER determina que o motorista abra a porta com uma das mãos pelo lado
de fora, e que desça do veículo lentamente olhando-o, informando também
que não reaja, evitando assim que o suspeito possa planejar alguma forma de
reagir ou fugir;

O LÍDER determina que o motorista caminhe em sua direção, com as mãos


para o alto, determinando sempre que os passageiros permaneçam com as
mãos expostas, colocadas pelas janelas do veículo; Quando o motorista chega
na altura mediana entre a viatura e os Agentes Penitenciários, o LÍDER
determina que ele pare, pois os Agentes terão que se reposicionar;

O LÍDER determina que o motorista fique de costas afim de que, juntamente


com o REVISTADOR, possa tomar a posição que possibilite a aproximação do
motorista até a viatura, determinando, logo após a tomada de posição, que ele
se vire novamente e continue caminhando em sua direção até o local onde
será realizada a revista;

Após o motorista ter chegado à area de abrigo da viatura, é determinado que


tome a posição de joelhos, a qual proporcionará maior segurança para o
REVISTADOR;

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Terminada a revista no motorista, ele é colocado no xadrez da viatura e, logo
após, passa-se a executar os mesmos procedimentos para os demais
passageiros suspeitos que se encontram no veículo;

Terminada a revista em todos os ocupantes do veículo e os mesmos estejam


devidamente posicionados, não oferecendo mais perigo para a equipe de
Agentes Penitenciários (xadrez da viatura ou sob as vistas dos Agentes
Seguranças da retaguarda), o LÍDER, juntamente com o MOTORISTA, devem
realizar a busca no veículo, onde poderão encontrar algum suspeito ou vitima;
Essa aproximação deve ser sincronizada, de forma que tanto o LÍDER quanto o
MOTORISTA se aproximem do veículo ao mesmo tempo por lados opostos,
procurando abrigo nas colunas do carro e reduzindo a silhueta;

Os Agentes Penitenciários devem primeiro preocupar-se com o interior do


veículo e logo após com a mala, quando ambos se posicionam do mesmo lado
para evitar o fogo cruzado, e um levanta a tampa da mala enquanto o outro faz
a cobertura e a observação;

O estilo de Abordagem apresentado poderá sofrer variações, dependendo da


quantidade de Agentes Penitenciários empregados e das características da
viatura carcerária;

Condução de presos em veículos com xadrez

A condução em veículos com xadrez se torna mais fácil que a anterior, desde
que sejam tomadas as devidas precauções:

Primeiramente o compartimento de presos será aberto;

Os Agentes Penitenciários postar-se-ão em volta do veículo, armas no coldre,


formando um cordão de segurança;

O preso será conduzido até a entrada do compartimento e receberá ordem


para entrar;

Deve-se ter muita atenção para impedir que o preso, ao entrar no


compartimento, coloque um dos pés no estribo (base) e, ao invés de entrar, dê
um salto brusco para um dos lados ou para trás, apanhando desprevenidos os
Agentes Penitenciários e logrando alcançar a fuga;

Se a prisão é de mais de um preso, os mesmos devem ser colocados


separadamente no xadrez, observando-se em cada vez as mesmas cautelas,
isso se não estiverem algemados em dupla;

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Módulo 17- Prática III
Disciplina: Abordagem à Pessoa, Veículo e Edificação
Cada vez que se abre ou se fecha a porta do xadrez, corre-se o risco de
tentativa de fuga do preso, devendo portanto os executores da condução, estar
alertas quanto a esse aspecto;

Se o local onde o conduzido será entregue possuir pátio apropriado para o


desembarque, este deve ser utilizado;

Antes do desembarque, o LÍDER da "GU" fará uma vistoria do local e avaliará a


situação;

Quando da abertura da porta do xadrez da VT, os Agentes Penitenciários


devem se colocar em volta da porta, formando um cordão de segurança;

Após a retirada do último conduzido, o xadrez do veículo deve ser trancado;

Jamais se deve colocar mais presos que a capacidade do xadrez do veículo.

3- ABORDAGEM A EDIFICAÇÕES

A abordagem de suspeitos em edificações ou em outros locais de homizio


exige muita cautela por parte dos Agentes Penitenciários que a executam.

Muitos são os casos em que os Agentes Penitenciários são atraídos para


ciladas "casas de caboclo", como também levados à prática de
arbitrariedades que servirão de defesa para o marginal (violação de domicilio e
outras).

EQUIPE DE ABORDAGEM

1. Composição da equipe;
2. formação em fila;
3. em linha;
4. em diamante;
5. velocidades de deslocamento;
6. comunicação por gestos.

Formação em Fila:
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Utilizada para deslocamentos curtos da equipe por um local aberto, como uma
rua ou para realizar uma varredura dentro de um grande recinto em uma área
edificada (um galpão por exemplo) ou um terreno.

Formação em Diamante:

Utilizada para deslocamento em áreas abertas onde seja necessária uma


cobertura de 360º.

VARREDURAS

Definição:

Varreduras são procedimentos adotados pelo grupo tático para detectar a


presença de elementos hostis durante o deslocamento ou antes de adentrar
em um recinto, evitando se expor desnecessariamente os Agentes
Penitenciários.

Cobertura:

Quando o ponta for realizar uma varredura, o restante da equipe deve estar
posicionado para fornecer a cobertura necessária.

Olhada rápida:

Na olhada rápida, o Agente Penitenciário irá olhar para dentro do cômodo ou


do corredor rapidamente, expondo-se o mínimo possível, verificando a
existência de um possível perigo ou local onde poderia estar uma ameaça, só
entrando após verificar se é seguro.

Tomada de ângulo:

Na tomada de ângulo, o Agente Penitenciário irá se distanciar da esquina da


parede ou do vão da porta e através disso terá um ângulo de visão privilegiado,
vendo o interior antes mesmo de ser visto, sem se expor.

Uso de espelhos:

Com o uso de equipamento apropriado, o Agente Penitenciário poderá ver o


interior do cômodo de forma mais completa e segura.

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Verbalização:

No caso de achar uma pessoa suspeita, deve ser usada uma voz de comando
firme, clara e enérgica para fazer o suspeito sair do local.

FORMAS DE ENTRADA

Para realizar a entrada de forma segura, rápida e eficaz e evitar o perigo do


cone da morte, existem formas de entrada apropriadas. Ao perscrutar
corredores em dupla, é importante agir de modo silencioso, mantendo uma
postura ofensiva, sem direcionar a arma para as costas daquele que está a
frente.

Formas de Entrada
ENTRADA CRUZADA (CROSS ENTRY) ENTRADA EM GANCHO (HOOK
ENTRY)

ENTRADA LIMITADA (LIMITED ENTRY)

ENTRADA COBERTA (FURTIVA)

Dependendo da situação tática, será realizada a entrada coberta para ocultar a


presença da equipe, e onde há tempo disponível e a velocidade não é
essencial. Deve haver disciplina de luzes e ruídos, e a comunicação será feita
por gestos. A localização dos alvos é desconhecida, e a progressão deve ser
feita usando constantemente abrigos e coberturas. A busca e a varredura serão
detalhadas e sistemáticas. A proteção é de 360º, usando sempre espelho e
escudo.

ENTRADA DINÂMICA
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È realizada quando for necessária a localização do alvo e quando se tem
informações prévias e houver necessidade de controlar pessoas e
oportunidades de reação através da velocidade, surpresa e ação de choque,
usando verbalização e vozes de comando enérgicas, necessitando
agressividade.

ABORDAGEM A BARRACOS EM FAVELAS E MATAGAIS

A abordagem nesses locais, principalmente se executada à noite, é por demais


perigosa.

O responsável pela abordagem nesses ambientes deve observar antes de


tudo:

a. O grau de periculosidade a expor os executores da ação;

b. A conveniência e a necessidade da abordagem de pronto;

c. Se os recursos humanos e materiais de que dispõe são


suficientes ao domínio de todo o local, se for necessário.

Havendo a necessidade da abordagem, procurará circunscrever o locaL,


bloqueando as possíveis saídas.

Durante os deslocamentos em favelas, exige-se atenção para todos os lados e


direções, para todas as portas e janelas de barracos, para todos e quaisquer
ruídos e movimentos alheios.

As abordagens em favelas devem ser sobretudo programadas, e quando


possível integradas de varias frações (emprego de policiais).

É necessário observar, contudo, que o local onde será procedida a busca com
cães não deve ser violado; as pistas deverão ser mantidas intactas, a fim de
não "confundir" o cão.

Dentre as normas para abordagem em favelas devem ser seguidas


principalmente as seguintes:

- A ação em favelas sempre que possível deve ser desenvolvida, com


três guarnições táticas. Devendo haver entretanto uma análise da
situação por parte do Agente Penitenciário que coordena a operação
com relação ao efetivo disponível para ação;

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- As viaturas deverão ficar num local seguro, sempre coberto e sob a
proteção dos Agentes motoristas;

- As guarnições devem ser divididas em pequenos grupos que facilitem


o deslocamento e a reunião em pontos previamente estabelecidos;

- Na progressão em favelas, mantenha a distância de segurança entre


seu companheiro. Nenhum Agente Penitenciário deve ficar isolado na
favela;

- Não dobre as esquinas junto a paredes e não faça a tomada de ângulo


de modo brusco;

- Manter silêncio completo, e vigilância absoluta em todas as direções;

- Parar de imediato quando ouvir qualquer ruído;

- Evitar os disparos a esmo, pois as paredes são geralmente de


madeira o que poderá acarretar o ferimento de um inocente;

- Antes de entrar, mande que todos saiam do barraco;

- Se houver certeza de que há realmente marginais em determinado


barraco e, se eles se recusam a sair, usar de inicio gás lacrimogêneo
e depois o cão;

- Caso tenham que responder a disparos, todos devem se abrigar,


localizar e atirar ao identificar o alvo.

As medidas preliminares de prevenção e facilitação à repressão por Agentes


Penitenciários isolados são:

a. Comunicar o fato à Central Carcerária;

b. Procurar isolar e evacuar o local de conflito;

c. Executar medidas de inquietação e retardamento dos criminosos:

- esvaziar pneus de veículos suspeitos;


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- rechaçar, inicialmente, qualquer tentativa de fuga;

- cuidar para que não sejam feitos possíveis reféns;

- - outros que achar necessários.

“ FAÇA DE SUA POSTURA DO DIA A DIA, UMA


POSTURA DE COMBATE E DE SUA POSTURA DE
COMBATE, UMA POSTURA DO DIA A DIA”
(Musashi)

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