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Grupo I
Leia atentamente as estâncias de Os Lusíadas que se seguem.
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Um ramo na mão tinha… Mas, ó cego, E ainda, Ninfas minhas, não bastava
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Eu, que cometo , insano e temerário ,3 Que tamanhas misérias me cercassem,
Sem vós, Ninfas do Tejo e do Mondego, Senão que aqueles que eu cantando andava
Por caminho tão árduo, longo e vário! Tal prémio de meus versos me tornassem:
Vosso favor invoco, que navego A troco dos descansos que esperava,
Por alto mar, com vento tão contrário, Das capelas9 de louro que me honrassem,
Que, se não me ajudais, hei grande medo Trabalhos nunca usados me inventaram,
Que o meu fraco batel se alague cedo. Com que em tão duro estado me deitaram!
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Olhai que há tanto tempo que, cantando Vede, Ninfas, que engenhos de senhores
O vosso Tejo e os vossos Lusitanos, O vosso Tejo cria valerosos,
A Fortuna me traz peregrinando, Que assi sabem prezar, com tais favores,
Novos trabalhos vendo e novos danos: A quem os faz, cantando, gloriosos!
Agora o mar, agora esprimentando Que exemplos a futuros escritores,
Os perigos Mavórcios4 inumanos, Pera espertar engenhos curiosos,
Qual Cânace5, que à morte se condena, Pera porem as cousas em memória,
Nũa mão sempre a espada e noutra a pena; Que merecerem ter eterna glória!
Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.
1. O texto pertence a uma das invocações d’ Os Lusíadas.
1.1. Releia a estância 78 e identifique os elementos do discurso que, nesta estância, constituem
marcas de invocação.
2. Baseando-se no texto, refira cinco aspetos marcantes da caracterização que o sujeito poético faz
da sua vida, justificando a resposta com expressões textuais.
3. Interprete a alusão a “Cânace”, no verso 7 da estância 79.
4. Atenta na estância 82.
4.1. Analisa a crítica social e política expressa nessa oitava.
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PARTE B
5. Relacione este retrato de Camões com o conteúdo da reflexão apresentada nas estrofes 79 a
82.