Você está na página 1de 18

Influência do comportamento imitativo no ambiente familiar no uso de

substâncias psicoativas em adolescentes

RESUMO

Nos últimos anos observou-se um aumento na quantidade de jovens que fazem uso
de substâncias psicoativas. Estudos realizados mostraram a relação de vários
fatores com o uso de drogas, como aspectos familiares, sociais, diversão, entre
outros, sendo que aspectos relacionados ao comportamento aprendido exercem
influência nos adolescentes e merecem uma análise dentro deste contexto. Sendo
assim é o presente estudo tem como objetivo investigar a influência que o
comportamento imitativo exerce na aprendizagem dos comportamentos relacionados
ao uso e abuso de drogas. A pesquisa se caracteriza como observacional,
transversal, descritiva, prospectiva e com abordagem quantitativa, onde foram
entrevistados 128 adolescentes cursando o ensino fundamental séries finais (8º e 9º
ano) e ensino médio (1º e 2º ano) das escolas públicas estaduais de Criciúma - SC.
Os achados mostraram que muitos adolescentes possuem algum familiar que utiliza
substâncias psicoativas e muitos iniciaram o uso mediante influência destes
familiares. Em relação ao uso de bebida alcoolica, 41% dos estudantes afirmaram
terem feito o uso por influência familiar, sendo mais predominante indivíduos do
gênero feminino (p= 0,360); e 3,9% afirmaram que usaram outras drogas pelo
mesmo motivo no qual 60% era do gênero feminino e 40% do masculino (p= 0,727).
Os dados mostram assim que o comportamento imitativo é um dos fatores que
podem levar o indivíduo a adotar o comportamento de uso de drogas.

Palavras-chave: adolescência , drogas, comportamento imitativo,

INTRODUÇÃO

O uso e abuso de drogas lícitas e ilícitas tem sido um dos principais


fatores desencadeantes de situações de vulnerabilidade na adolescência (ALMEIDA
OLIVEIRA; PINHO, 2008). Tal fato tem gerado uma certa quantidade de casos
relacionados a acidentes no trânsito, suicídio, gravidez precoce, entre outros danos,
aos quais estão associados ainda ao problema do tráfico, que por sua vez
representa uma séria ameaça à estabilidade social não só no Brasil, mas em
diversos outros países (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).
O aumento considerável no consumo de drogas nos últimos anos tem seu
reflexo nos serviços de saúde, que precisam adequar-se a essa demanda, conforme
observado no aumento do número de leitos nos hospitais gerais para tratamento de
internados, demonstrando assim uma preocupação advinda dos profissionais e das
instituições de saúde que compartilham um sentimento de despreparo e receio ao
lidar com usuários em tratamento (GABATZ et al, 2013).
A literatura de modo geral aponta que os fatores que levam os
adolescentes a fazer uso de substâncias psicoativas são variados, caracterizando
esse fenômeno como multideterminado (PRATTA, 2007). O uso desse tipo de
substância está intimamente ligado com as várias operações psíquicas que atuam
nessa fase, tornando esse comportamento como algo relativamente comum nesse
período (RAUPP; SAPIRO, 2010); (SOARES; GONÇALVES; JUNIOR, 2010), seja
como forma de experimentação, uso esporádico ou abusivo (SCHENKER; MINAYO
2005).
Há evidência ainda de que a manifestação desse tipo de comportamento
pode ser aprendido através da experiência direta e da observação, que por sua vez
condiciona seu comportamento (OMS). Esse fenômeno foi bem explicitado por
Bandura e Peotta (1978) e identificado em pesquisas realizadas nos Estados
Unidos, que comprovaram a aprendizagem desse comportamento nos adolescentes
por parte da influência parental e de seus pares no uso de cigarro (KROSNICK;
JUDD 1982) (MORGAN; GRUBE, 1989) (WANG et al, 1997).
A relevância do conhecimento acerca dos fatores associados ao vicio de
drogas reside no fato de que as intervenções comportamentais e nos fatores de
risco poderiam minimizar ou inibir esse comportamento deletério que é o uso de
drogas lícitas e ilícitas. O foco nas relações psíquicas e sociais que estão envolvidas
na relação entre o adolescente e a droga torna-se importante para a elaboração de
programas que visem atender esse público (RAUPP; SAPIRO, 2010).
A partir dessas considerações e seguindo a linha de pesquisa proposta
por Bandura (1978), este estudo tem como objetivo pesquisar a influência que o
comportamento imitativo exerce num grupo de adolescentes escolares que
frequentam o ensino fundamental e médio de duas escolas do sul de Santa
Catarina.

MÉTODO

Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo, prospectivo


e com abordagem quantitativa. A população alvo da investigação foi constituída por
adolescentes, na faixa etária de 12 a 17 anos, matriculados nos turnos vespertino e
noturno de duas escolas da rede pública, localizados no bairro do centro de
município de Criciúma- SC.
Em uma escola, foram coletados os dados dos escolares do ensino
fundamental séries finais (8º e 9º ano), do período vespertino; e na outra foram
coletados os dados dos escolares do ensino médio (1º e 2º ano), do período
noturno. Essas escolas foram escolhidas por disponibilizarem as turmas nos
períodos disponíveis para a pesquisa e pela localização geográfica, área central da
cidade. Para a seleção das escolas adotou-se o critério da disponibilidade das
turmas para a pesquisa e da localização geográfica das escolas.
Foram incluídos no estudo os adolescentes que estavam regularmente
matriculados na unidade escolar e frequentando as séries finais do ensino
fundamental (8º e 9º ano) e ensino médio (1º e 2º ano) das escolas públicas
estaduais de Criciúma-SC e que preencheram o termo de consentimento livre e
esclarecido, fizeram parte da pesquisa. No caso dos estudantes menores de idade,
participaram do estudo apenas aqueles que possuíam a autorização dos pais ou
responsáveis.
Sendo assim, participaram dessa pesquisa, 89 alunos que estavam
cursando o ensino fundamental e 39 alunos que estavam cursando o ensino médio
nas escolas da rede pública citadas, totalizando uma amostra de 128 indivíduos.
A coleta de dados foi iniciada explicando-se aos alunos a proposta do
estudo e solicitou-se a participação voluntária deles, sendo realizada pelo
pesquisador responsável pelo projeto, sendo que os dias para esse objetivo foram
definidos previamente com coordenadores, professores e adolescentes das escolas.
A coleta foi realizada no período vespertino na escola de ensino fundamental e no
período noturno na escola de ensino médio, sendo que ambas foram realizadas
durante o período de aula. Os dados foram obtidos através de um questionário
autorrespondido durante um período de aula regular, realizado coletivamente e sem
limite de tempo para o término do preenchimento deste. E a fim de garantir o sigilo
das respostas os nomes dos alunos não foram identificados e o preenchimento dos
dados foi realizado sem a supervisão direta de um professor.
As variáveis investigadas foram: sexo (feminino/masculino), faixa etária
(11 a 17 anos), uso de drogas lícitas (quantidade ingerida, idade que ingeriu) e
ilícitas (experimento, uso mais que uma vez). Por drogas lícitas entende-se aqui
como cigarro e/ou álcool, e por drogas ilícitas como maconha, crack, cocaína ou
outro tipo de droga.
Especificamente os entrevistados foram questionados sobre o fato de
possuírem algum membro de sua família que já havia usado ou estava usando
álcool ao ponto de causar algum problema em casa, no trabalho ou com amigos.
Ainda nesse ponto, os alunos foram questionados se foram influenciados a fazer uso
de bebidas alcoólicas pela observação do comportamento de beber desses
familiares. Outra questão diz respeito à idade que tiveram essa experiência e a
quantidade ingerida nessa ocasião, onde os alunos deveriam responder se haviam
ingerido um, dois, três, ou mais de quatro copos.
A fim de obter informações sobre o uso de drogas ilícitas, o procedimento
foi o mesmo, os estudantes foram questionados se possuíam algum membro do
círculo familiar que fez ou estava fazendo uso de algum tipo de droga ilícita e se
houve a repetição desse comportamento por meio da observação do comportamento
desses familiares. Ainda nesse assunto, os estudantes foram questionados se esse
uso se restringiu somente à experimentação ou se houve repetição em outras
oportunidades.
Inicialmente, foi elaborado um banco de dados em planilhas do software
Microsoft Excel versão 2012, onde foram construídos gráficos e tabelas para uma
melhor organização e apresentação dos dados. Também foram calculadas algumas
medidas descritivas como média e desvio padrão para as variáveis quantitativas, e
freqüência absoluta e relativa para as qualitativas.
Em seguida, o banco de dados foi exportado para o software Statistical
Package for the Social Sciencies (SPSS) versão 20.0, onde foi realizada a análise
estatística descritiva. Os cálculos analíticos foram realizados com um nível de
significância α = 0,05 e um intervalo de confiança de 95%. Para a comparação da
média das variáveis quantitativas, como por exemplo, idade, entre as categorias da
variável gênero foi aplicado o teste t de Student para amostras independentes. A
investigação da existência de associação entre as variáveis qualitativas, como por
exemplo, sexo, e escolaridade foi realizada através da aplicação do teste qui-
quadrado de associação ou independência.
No que consta aos ditames éticos, foi elaborado o termo de
consentimento informado que foi apresentado a cada sujeito da pesquisa e colhida
sua assinatura e a assinatura dos pais no caso dos menos de 18 anos. O projeto foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Extremo Sul
Catarinense, sendo garantido o sigilo da identidade dos pacientes e a utilização dos
dados somente para esta pesquisa cientifica, sob o protocolo número xxx.

RESULTADOS

Foram entrevistados 128 estudantes, sendo que a maioria dos indivíduos


foi composta pelo gênero feminino, representando 52,3% (n=67) dos estudantes, e
apresentando como idade média 16 anos. A maioria dos estudantes que
participaram do estudo estava cursando o ensino fundamental 60,5% (n=89). O perfil
descritivo da amostra encontra-se disponível na Tabela 1.

Tabela 1 – Perfil descritivo

Variável n(%)

Sexo
Masculino 61 (47,7)
Feminino 67 (52,3)

Série
8ª ano 42 (32,8)
9ª ano 47(36,7)
1º ensino médio 39(30,5)
Idade
11 5 (3,9)
12 28 (21,9)
13 29 (22,7)
14 28 (21,9)
15 6 (4,7)
16 21 (16,4)
17 11 (8,6)
Fonte: Dados da pesquisa

Com relação ao uso de álcool por algum membro da família, 21,9%


(n=28) dos entrevistados relataram ter algum parente que fez ou faz uso de álcool,
chegando a causar problemas em casa, com família ou amigos. O restante, 78,1%
(n=100), relatou não ter nenhum parente que fizesse uso e tenha chegado à
condição descrita anteriormente, o que não exclui o fato de que alguém pertencente
ao círculo familiar tenha feito o uso sem abusar da droga em alguma outra ocasião
em que os entrevistados estivessem presentes, como sugere o questionamento
relativo ao uso sob influência familiar. Ainda sob esse aspecto, observou-se que
dentre os que relataram o uso, houve uma predominância do gênero masculino
(n=17; 60,7%); e dentre os entrevistados que não informaram tal hábito, a maioria foi
do gênero feminino (n=56; 56,0%); no entanto, embora os resultados possam sugerir
associação entre o gênero e o uso de álcool por algum membro da família, não
houve significância estatística (p=0,118), conforme ilustra a Tabela 2.
Quando questionados a respeito do uso de álcool mediante a influência
familiar, 32% (n=49) dos entrevistados relataram usar o álcool quando estavam na
presença de familiares. Na análise estratificada por sexo, observou-se
predominância do gênero feminino (65,9%, n=27) no uso de álcool por influência
familiar enquanto que 54% (n=47) dos alunos do gênero masculino e 46% (n=40) no
feminino afirmaram não ter feito o uso de álcool nessas condições, não existindo
diferença estatisticamente significante (p=0,36) entre os estudantes do sexo
masculino e do sexo feminino apesar de os resultados sugerirem uma associação
entre o gênero e a influência familiar para o uso de álcool.
Ainda nessa questão, ao compararmos a faixa etária, observou-se um
predomínio (n= 21, 51,2%) da faixa etária correspondente dos 13 aos 14 anos,
sendo que cerca de 19,5% (n=8) dos entrevistados se localizavam na faixa etária
correspondente à idade de 15 a 17 anos.
A quantidade de álcool ingerida nessas situações que foi mais citada
pelos entrevistados foi a ingestão de 1 a 2 copos (n=39; 30,5%), sendo que a opção
referente à ingestão de 5 ou mais copos citado por 7,8% dos entrevistados (n=10)
também foi bem expressiva, tendo em vista a quantidade elevada de álcool ingerida
numa ocasião. Com relação ao gênero, novamente observa-se um predomínio do
gênero feminino tanto na ingestão de 1 a 2 copos (n=23; 59%), quando na ingestão
de 5 ou mais copos (n=6; 60%), conforme observado na tabela 2.

Tabela 2 – Características da amostra estratificada por sexo


Sexo

Variável Masculino Feminino P


n(%) n(%)

Uso de álcool por algum


membro da família
Sim 17 (60,7) 11 (39,3) 0,118
Não 44 (44,0) 56 (56,0)
Total 61 (47,7) 67 (52,3)

Uso de álcool por


Influência familiar
Sim 14 (34,1) 27 (65,9) 0,360
Não 47 (54,0) 40 (46,0)
Total 61 (47,7) 67 (52,3)

Quantidade de álcool
ingerida por influência
familiar
Em branco 14 (58,3) 10 (41,7) 0,537
Nunca ingeriu 26 (48,1) 28 (51,9)
1 a 2 copos 16 (41,0) 23 (59,0)
3 a 4 copos 1 (100,0) 0 (0,0)
5 ou mais copos 4 (40,0) 6 (60,0)

Fonte: Dados da pesquisa

No que se refere ao uso de drogas, tanto lícitas quanto ilícitas, excluindo-


se o álcool, 18,8% (n=24) dos entrevistados relatou que algum membro da família já
havia feito uso ou estava usando drogas. Da amostra total, verificou-se que 3,9%
(n=5) dos adolescentes relataram o uso por influência exercida pelos familiares. Na
amostra estratificada por sexo, verificou-se que a maioria desses estudantes que
relataram o uso pertenciam ao gênero feminino (n=3; 60%). Quando a amostra foi
comparada com a faixa etária, os estudantes dos 13 aos 14 anos e dos 15 aos 17
anos tiveram a mesma proporção (n=2; 40%).

Tabela 3 – Características da amostra


Variável n(%)

Uso de drogas por algum membro da família


Sim 24 (18,8)
Não 104 (81,3)

Influência do uso de drogas por familiares


Sim 5 (3,9)
Não 123 (96,1)

Quantidade de vezes que fez uso de drogas por


influência familiar
Em branco 118 (92,2)
Só experimentou 5 (3,9)
Usou mais de uma vez 5 (3,9)
Fonte: dados da pesquisa

Quando questionados a respeito da quantidade de vezes que fizeram uso,


3,9% (n=5) dos entrevistados disseram ter apenas experimentado nessa ocasião,
enquanto que o mesmo número de estudantes (n=5; 3,9%) afirmou ter feito uso mais
de uma vez em outras oportunidades.

DISCUSSÃO

O estudo teve como objetivo analisar a influência do comportamento


imitativo dos adolescentes em relação aos familiares sobre o uso de substâncias
psicoativas.
A idade média dos alunos que consumiram bebida alcoólica em nossa
amostra foi de 12 anos, dados que são compatíveis com os dados obtidos com uma
pesquisa realizada em 2004 (CAMPOS, 2011) com 1997 estudantes de brasileiros
provenientes de instituições públicas e privadas de ensino, que mostrou que a idade
média para o consumo foi de 12,5 anos. Pesquisa realizada por Malta e seus
colaboradores (2011) a partir de dados do Centro Brasileio de Informaçoes sobre
Drogas (CEBRID) que envolveu uma amostra de conglomerados de 60.973
estudantes do nono ano do Ensino Fundamental de escolas públicas e privadas das
capitais dos estados brasileiros e do Distrito Federal, mostrou que a experimentação
de álcool apresenta maior prevalência no período que vai dos 12 aos 13 anos, sendo
que a maior prevalência é do gênero feminino. Dados da Pesquisa Nacional de
Saúde do Escolar (PeNSE) (2009) colhidos a partir de uma amostra 661
adolescentes de 143 municípios brasileiros que revelou que 50% dos adolescentes
entrevistados referiram ter consumido álcool até os 12 anos de idade. Com base
nestas informações percebe-se que grande parte dos adolescentes experimenta a
droga quando ainda estão no ensino fundamental, o que alerta para a precocidade
com que está tendo contato com essas substâncias, pois conforme Rodrigues;
Batista; Werner (2010) e Soares; Gonçalves; Junior (2010) quanto mais cedo o
indivíduo começa a fazer uso de tais substâncias, mais elevados são os riscos de
dependência, de transtornos mentais associados e de comportamento alterado.
Esses dados apontam ainda para o fato de que apesar de legalmente no
Brasil a venda de bebidas alcoólicas ser permitida somente após os 18 anos de
idade, o acesso a elas por parte dos adolescentes é relativamente fácil, levando
muitos a beberem em quantidades perigosas, cujos efeitos pode levar a uma série
de problemas (LARANJEIRA et al 2007), que segundo Faden (2005) podem ter
consequências negativas tão diversas como problemas nos estudos, problemas
sociais, praticar sexo sem proteção e/ou sem consentimento, maior risco de suicídio
ou homicídio e acidentes relacionados ao consumo.
O número de doses referida pelos alunos apresentou diferença segundo o
sexo, o gênero que mais prevaleceu na questão referente a ingestão de 1 a 2 doses
foi o feminino, com 59% contra 41% do gênero masculino, resultado semelhante ao
encontrado na pesquisa por Malta et al (2011) que também teve uma predominância
do gênero feminino nessa questão porém com uma porcentagem menor (29,9%
versus 25,2%).
Segundo a literatura internacional, a ingestão de 5 doses ou mais para
homens e 4 doses ou mais para as mulheres num único episódio denominado de
beber em “binge”, que é uma expressão que indica um estado de consumo de risco
(BREWER 2005), a partir daí o estudo realizado por MALTA (2011) revelou que o
consumo de mais de cinco doses foi significativamente maior entre os meninos
(20,1% versus 15,2%), segundo o Levantamento Nacional sobre Padrões de
Consumo de Álcool (LARANJEIRA et al 2007) num estudo realizado com 661
adolescentes brasileiros, revelou que 13% do total da amostra (17% para os
meninos) apresenta padrão intenso de consumo de álcool, resultado diferente do
encontrado em nossa pesquisa que revelou maior predominância no gênero
feminino com 60% dos entrevistados.
Chama a atenção o número que mulheres que fazem o uso de álcool,
pois se partirmos do ponto de vista biológico, concluímos que as mulheres têm um
metabolismo menos tolerante ao álcool do que os homens, o que implica em uma
intoxicação que pode ser provocada a partir de metade da quantidade de álcool
usada pelo homem (NOBREGA; OLIVERIA, 2005), associado a isso, temos as
propagandas comerciais que se voltam cada vez mais para esse público e às
diferenças psicossociais que vulnerabilizam a mulher aos danos causados pelo
álcool, assumindo assim proporções preocupantes (MALTA, 2011).
Na análise do uso de álcool por parte dos familiares, os resultados obtidos
corroboram com os achados de uma pesquisa realizada por Malbergier (2012) com
949 adolescentes brasileiros, que encontraram prevalência de 21,8% de
adolescentes que tinham algum membro da família que usou álcool a ponto de
causar problemas em casa, no trabalho e com amigos. Esses dados são
compatíveis ainda com outra pesquisa (MARTINS, 2008) realizada com 591
estudantes adolescentes no ano de 2004 que revelou que 22,7% destes tinham
algum familiar que também apresentavam problemas com álcool.
Nossa casuística revelou ainda que 21,9% dos alunos que fizeram uso de
álcool, o fizeram por influência dos familiares, enquanto que uma pesquisa realizada
com 568 adolescentes na cidade de Ribeirão Preto mostrou que dos adolescentes
entrevistados, 8,2% afirmaram que a introdução ao consumo ocorreu na própria
família (PRATTA; SANTOS, 2006). Outro estudo realizado com 591 estudantes
brasileiros de uma escola pública (MARTINS et al, 2008) apontou que 22,7% dos
entrevistados possuíam algum membro da família que bebe a ponto de causar
problemas e sobre a pessoa do círculo familiar que fazia o uso, 7,7% indicaram o
pai, e 13,3% outro membro da família.
Com relação ao uso de outras drogas, nosso estudo mostrou que 18,8%
dos adolescentes, possuíam algum membro da família que usava ou havia usado
drogas, resultado bem inferior ao encontrado por MALBERGIER et al (2012) numa
pesquisa realizada com 965 adolescentes de 50 escolas públicas brasileiras, onde
43,9% dos adolescentes possuíam familiares que usaram ou usam drogas ilícitas.
Outro estudo realizado por Tavares et al (2004) com 2410 estudantes brasileiros de
escola pública e privada, mostrou que a prevalência do uso de drogas (exceto álcool
e tabaco) foi 17,1%, encontrando associação significativa com a presença de uma
familiar que é usuário de drogas (RP=1,98; IC 95%: 1,42-2,76) onde 32% dos
familiares faziam uso.
Considerando a influência exercida por familiares no uso de drogas,
dados do PeNSE (2009) evidenciaram que 8,7% dos entrevistados, já haviam feito
uso de alguma substância ilícita ou outro tipo de droga excetuando-se o álcool, com
predomínio do sexo masculino, resultado diferente do obtido com a nossa pesquisa
que mostrou que 3,9% dos entrevistados fizeram uso de alguma droga com discreta
diferença entre os gêneros, mas com predomínio do sexo feminino, considerando
ainda que esses resultados dizem respeito ao uso por influência exercida pelos
familiares.
Os resultados obtidos nos revelam a influência que os modelos de
comportamento podem exercer na vida do adolescente no que tange o consumo de
drogas lícitas ou ilícitas por pessoas próximas aos adolescentes (PRATTA;
SANTOS, 2006), e mais especificamente apontam para o ambiente familiar como
um fator que exerce influência significativa na formação de hábitos no que se refere
ao uso de bebidas alcoólicas (MARTINS, 2008) (PILLON, 2003). Tal característica
mostra que a associação entre hábitos de bebida do pai e padrão de consumo do
sujeito reforçam o pressuposto de que o consumo pelos pais pode ser considerado
como um fator de risco para o uso de substâncias psicoativas (WAGNER et al 2010).
Outro aporte teórico que aborda essa questão conclui que possuir familiares que
fazem uso de bebida alcoólica, estimula, direta ou indiretamente, o consumo entre
os jovens e como consequência, aumenta a probabilidade de aumentar a ocorrência
de problemas relacionados ao uso de álcool, dentre os quais podemos citar a
embriaguez e o alcoolismo (CERQUEIRA, 2011) e todos os demais que decorrem
dessas condições.
A respeito desse comportamento adotado a partir da influência dos
familiares, Wang et al; (1997) pontua que várias teorias do comportamento humano
foram utilizadas como base para delinear os fatores determinantes para a aquisição
do hábito de fumar, sendo o modelo mais promissor na explicação desse fato é o da
aprendizagem social, no qual ocorre uma interação recíproca entre o
comportamento do indivíduo e o ambiente. Sob esse aspecto, Bandura (1979)
coloca que nas relações sociais pode ser observado que o comportamento de uma
pessoa exerce certo grau de controle sobre o comportamento das outras pessoas,
ou seja, os fenômenos da aprendizagem que são resultado da experiência direta
tem possibilidade de ocorrer sob base vicária por meio da observação do
comportamento de outras pessoas e de suas consequências.
A família, pelo papel de inserir seus membros na cultura e ser instituidora
das relações primárias, influencia a forma como o adolescente reage à ampla oferta
de droga na sociedade atual (SCHENKER; MINAYO, 2005). Morgan e Grube (1989)
relataram a respeito da influência que os pais exercem sobre o comportamento dos
filhos em relação ao uso do cigarro, onde observaram que a sua aprovação em
relação a esse comportamento exercia um grande poder na manutenção do uso por
parte dos adolescentes.
Tradicionalmente a questão da estrutura familiar é enfatizada nos estudos
que envolvem o uso de drogas e pode ser considerada como um fator protetivo para
o uso de drogas, conforme estudo realizado por Soldera et al; (2004) realizado com
2287 estudantes do ensino médio que revelou menor uso pesado em estudantes
que se sentiam (de certa forma) apoiados e compreendidos pela família. Conforme
salienta Schenker e Minayo (2005) isso se dá pela pelo papel de cuidadora, afetiva,
amorosa e comunicativa, que a família possui que aumenta consideravelmente as
chances de promover condições de possibilidades para o desenvolvimento saudável
dos filhos. Sendo assim, diante desses estudos, podemos dizer que o papel que a
família exerce nessa âmbito assume grande importância, haja vista que ela cria
condições relacionadas tanto ao uso abusivo quanto aos fatores de proteção
(SCHENKER; MINAYO, 2003).
Esse estudo, bem como outros apontados, demonstra que o álcool e
outras drogas constituem-se como um problema de Saúde Pública no Brasil,
necessitando dessa forma de intervenções vigorosas por parte da sociedade e de
todas as esferas de governo (LARANJEIRA et al; 2007). Essas intervenções devem
ser baseadas no fato de que os adolescentes de determinada comunidade e no
caso, das escolas pesquisadas, não constituem uma massa homogênea de
interesses, antes disso, se constituem como um conjunto de individualidades em
interação que de forma alguma está isenta de conflitos e contradições (Ayres;
Junior, 2000), ou seja devem ser assistidos a partir de seu contexto social, familiar,
que é permeado pela construção histórica de sua identidade enquanto adolescentes.
Os achados referentes ao uso de substâncias psicoativas e a influência
exercida pelos familiares ressaltam a necessidade de implantar políticas públicas
com foco no público adolescente a partir de uma abordagem integrada com ações
de caráter preventivo (BERTONI et al; 2009). E essa prevenção deve ser pensada
como sinônimo de vida saudável, um processo de grande importância para os
jovens que deve incluir a família, a escola, o grupo de pares, a comunidade e a
mídia (SCHENKER; MINAYO, 2005).
O desenvolvimento das crianças e adolescentes depende em grande
parte da família e da escola, que por sua vez são considerados como os principais
atores numa proposta de prevenção às drogas, tendo em vista que ações e atitudes
tomadas nessa fase são importantes para a formação de um adulto responsável e
bem informado a respeito das drogas e das consequências que elas trazem para o
indivíduo e a sociedade (BRUSAMARELLO 2008). O modelo que deve ser adotado
nesse sentido deve permitir uma discussão permeada pelos motivos da adoção de
comportamento preventivo e o desenvolvimento de habilidades que permitam ao
adolescente resistir às pressões externas e de condições que propiciem um
enfrentamento e a resolução de problemas e dificuldades do dia a dia (BRASIL,
2007).

Considerações finais

A população predominante do presente estudo foi composta de


adolescentes do gênero feminino, estudantes do ensino fundamental de duas
escolas públicas do município de Criciúma – SC, na faixa etária correspondente dos
13 aos 14 anos. A maioria dos entrevistados não possuía familiar que fizesse uso de
álcool ou outras drogas, mas boa parte dos que possuíam algum membro do círculo
familiar que fizesse o uso, foi influenciada a fazer o uso, principalmente no que se
refere ao uso de álcool, cujo número de doses mais citado entre os entrevistados foi
a ingestão de 1 a 2 copos.
Diante desta pesquisa podemos concluir que a adolescência pode ser
considerada como um período no qual torna o jovem mais vulnerável ao uso de
substâncias psicoativas, e os dados relativos ao uso nessa fase se mostram
preocupantes, mostrando assim urgência e a importância de se aprofundar e fazer
investigações nesta área.
A pesquisa realizada com os adolescentes nestas duas escolas foi
relevante no sentido de discutir sobre um dos motivos que levam os adolescentes a
adotar o comportamento de usar substâncias psicoativas e o papel exercido pelos
familiares nesse sentido, que é o comportamento imitativo. Conforme estudos
anteriores mostraram e como observado neste estudo, essa influência pode ser
exercida muito cedo no âmbito familiar, dado que chama a atenção principalmente
pelo fato de que a família é considerada como o núcleo da prevenção ao uso de
drogas, constituindo-se assim um fator protetivo ao uso.
Essa discussão abre caminho para a implementação de intervenções
eficientes que levem em conta as características inerentes da adolescência,
sobretudo dos adolescentes inseridos nesse contexto social, que necessitam da
implementação de intervenções que tenham por base o desenvolvimento de
habilidades sociais, estabelecendo assim um caráter preventivo à ação ao minimizar
os efeitos deletérios à saúde e as consequências causadas pelo uso de substâncias
psicoativas na adolescência.

REFERÊNCIAS

http://www2.eerp.usp.br/resmad/normas.php?
idioma=portugues&volume=7&ano=2011&numero=1

Almeida MM, Oliveira MA, Pinho PH. O tratamento de adolescentes usuários de


álcool e outras drogas: uma questão a ser debatida com os adolescentes? Rev.
psiquiatr. clín.  [Internet]. 2008  [citado  2014  Mar  10] ;  35 (Suppl 1): 76-81.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
60832008000700016&lng=pt.  doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-
60832008000700016

Ayres JRCM, Júnior IF. Saúde do adolescente. In: Schraiber, LB.; Nemes, MIB;
Mendes-Gonçalves, RB. Saúde do adulto: programas e ações na unidade básica.
São Paulo, Editora Hucitec, pp. 67-85, 2000.

Brewer R e cols. Binge Drinking and Violence. Journal of the American Medical
Association. Agosto 2005. 294 (5):616-619.
Bahls, FRC; Ingbermann, YK. Desenvolvimento escolar e abuso de drogas na
adolescência. Estudos de Psicologia. [internet]. Out/Dez 2005; [acessado em 10 Mar
2014]; 22(4): 395-402. doi: http://dx.doi.org/10.1590/s0103-166x2005000400007. 

Bandura, A; Peotta, L. Modificação do comportamento. Rio de janeiro (RJ):


interamericana; 1979. 390 p.

Brusamarello T, Sureki M, Borrile D, Roehr H, Alves M. Consumo de drogas:


concepções de familiares de estudantes em idade escolar. SMAD, Rev. Eletrônica
Saúde Mental Álcool Drog. [internet]. 2008 [acessado em: 11 mar 2014]; 4(1).
Disponível em: http://www2.eerp.usp.br/resmad/artigos/2008v4n1a03.pdf

Campos Juliana Alvares Duarte Bonini, Almeida Jussara de Castro, Garcia Patrícia
Petromili Nordi Sasso, Faria João Bosco. Consumo de álcool entre estudantes do
ensino médio do município de Passos - MG. Ciênc. saúde coletiva. [periódico na
Internet]. 2011  Dec [acessado em Mar  2014];  16(12): 4745-4754. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232011001300023&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232011001300023

Cerqueira GS, Lucena CT, Gomes ATM, Freitas APF, Rocha NFM, Mariz SR.
Consumo de álcool entre estudantes de uma escola pública da cidade de
Cajazeiras, PB. SMAD Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas. [Internet].
Abr 2011; [acessado em 17 Fev 2014]; 7 (1): 18-24. Disponível em
<http://www.revistas.usp.br/smad/article/view/38735>.

Gabatz RIB, SAL, Terra MG, Padoin SMM, Silva AA, Lacchini AJB. Percepção dos
usuários de crack em relação ao uso e tratamento. Rev. Gaúcha Enferm.  [Internet].
2013  Mar [acessado em Mar  2014];  34( 1 ): 140-146. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-
14472013000100018&lng=en.  doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1983-
14472013000100018.

Kaplan, HI, Sadock BJ, Sadock, VA. Compêndio de psiquiatria: ciência do


comportamento e psiquiatria clínica. Porto Alegre: Artmed; 2007.

Lima IS, Paliarin MM, Zaleski, EGF, Arantes SL. História oral de vida de
adolescentes dependentes químicos, internados no setor de psiquiatria do hospital
regional de mato grosso do sul para tratamento de desintoxicação. smad. revista
eletrônica saúde mental álcool e drogas. 2008. 4 (1), 00. [acessado em Mar 2014]
Disponível em:HTTP://PEPSIC.BVSALUD.ORG/SCIELO.PHP?
SCRIPT=SCI_ARTTEXT&PID=S1806-69762008000100003&LNG=EN&TLNG=PT

Malbergier A, CLRD, Amaral RA. Uso de substâncias na adolescência e problemas


familiares. Cad. Saúde Pública  [periódico da Internet]. Abr 2012 [acessado em 
2014]; 28( 4 ): 678-688. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0102-311X2012000400007&lng=en. 
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2012000400007.
Malta DC, Mascarenhas MDM, Porto DL, Duarte EA, Sardinha LM, Barreto SM.
Prevalência do consumo de álcool e drogas entre adolescentes: análise dos dados
da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar. Rev. bras. epidemiol.  [periódico da
internet]. 2011  Sep [cited  2014  Mar  11] ;  14( Suppl 1 ): 136-146. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
790X2011000500014&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/S1415-
790X2011000500014.

Martins, RA, Cruz LAN, Teixeira PS, Manzato AJ. Padrão de consumo de álcool
entre estudantes do ensino médio de uma cidade do interior do estado de São
Paulo. SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas. 2008. 4(1), 00.
Acessado em Mar 2014. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1806-69762008000100005&lng=pt&tlng=pt. .

Ministério da Saúde (BR) Secretaria de Atenção à Saúde. Área de Saúde do


Adolescente e do Jovem. Marco legal: saúde, um direito de adolescentes. 1ªed.
Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

Ministério da Saúde (BR). Presidência da República. Secretaria Nacional de


Políticas sobre Drogas. Relatório brasileiro sobre drogas / Secretaria Nacional de
Políticas sobre Drogas. Brasília: Ministério da Saúde, SENAD, 2009.

Morgan M, Grube JW. Adolescent cigarette smoking: a developmental analysis of


influences (Author postprint) in British Journal of Development Psychology. 1989. (7):
179-189.

Pillon SC. O uso de álcool e a educação formal dos enfermeiros [Tese]. São Paulo:
Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Programa de Pós-
Graduação em Psiquiatria e Psicologia Médica; 2003.

Krosnick JA, Judd CM. Transitions in Social Influence at Adolescence: Who Induces
Cigarette Smoking? Developmental Psychology. 1982, 18(3): 359-368

Cunha PJ. Alterações neuropsicológicas nas dependências químicas: foco em córtex


pré-frontal e na adolescência como período crítico de maturação cerebral. Arq Med
Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo. 2009. 54(3):127-33.

Faden V. Epidemiology. In: Galanter M, editor. Recent developments in


alcoholis. New York: Kluwer Academic-Plenum Publishers. 2005. 17: p.1-
4.

Bertoni N, Bastos FI, Mello MB, Makuch MY, Sousa MH, Osis MJ et al . Uso de
álcool e drogas e sua influência sobre as práticas sexuais de adolescentes de Minas
Gerais, Brasil. Cad. Saúde Pública  [periódico da internet]. 2009  Jun [acessado em
Mar  2014];  25(6): 1350-1360. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0102-311X2009000600017&lng=en.  doi:
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2009000600017.
Nóbrega MPSS, Oliveira EM. Mulheres usuárias de álcool: análise qualitativa. Rev.
Saúde Pública  [Internet]. Out 2005 [acessado em Mar 2014];  39( 5 ): 816-823.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89102005000500018&lng=en. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-
89102005000500018.

Pratta, EMM, Santos, MA. Lazer e uso de substâncias psicoativas na adolescência:


possíveis relações. Psicologia: Teoria e Pesquisa [periódico na internet] Jan-Mar
2007 [Acessado em Mar 2014]; 23(1): 43-52. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
37722007000100006&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S0102-37722007000100006.

Pratta EMM; Santos MA. Levantamento dos motivos e dos responsáveis pelo
primeiro contato de adolescentes do ensino médio com substâncias
psicoativas. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog [periódico na
internet]. Ago 2006 [acessado em Fev 2014]; 2 (2):Disponível em
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
69762006000200005&lng=pt&nrm=iso.

Schenker M, Minayo MCS. Fatores de risco e de proteção para o uso de drogas na


adolescência. Ciênc. saúde coletiva  [serial on the Internet]. 2005  Sep [cited  2014 
Mar  11] ;  10( 3 ): 707-717. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1413-81232005000300027&lng=en. 
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232005000300027.

Soldera M, Dalgalarrondo P, Corrêa FHR, Silva CAM. Uso de drogas psicotrópicas


por estudantes: prevalência e fatores sociais associados. Rev. Saúde Pública  [serial
on the Internet]. 2004  Apr [cited  2014  Mar  11] ;  38( 2 ): 277-283. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89102004000200018&lng=en.  doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-
89102004000200018.

Sptinthal NA, Collins WA. Psicologia do adolescente: uma abordagem


desenvolvimentista; Ed Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. 748p

Wagner, MF, Oliveira, MS. Habilidades sociais e abuso de drogas em


adolescentes.Psicologia Clínica. 2007; [acessado em Mar 2014] 19(2), 101-116.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
56652007000200008&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S0103-56652007000200008.

Wang, MQ, Fitzhugh EC, Eddy JM, Fu Q, Turner L. Social influences on adolescent’s
smoking process: a longitudinal analysis. 1997. American Journal of Health Behavior;
21 (2), 111-117.

World Health Organization (WHO) (2001). The World Health Report, Mental Health:
New Understanding, New Hope.
CEBRID. II levantamento nacional sobre o uso de drogas psicotrópicas no brasil:
estudo envolvendo as 108 maiores cidades do país. São Paulo: Unifesp; 2006

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde do


Escolar (PeNSE) 2009. Rio de Janeiro: IBGE; 2009.

LARANJEIRA R.; PINSKY I.; ZALESKI M, Caetano R. I levantamento nacional sobre


os padrões de consumo de álcool na população brasileira. Brasília: Secretaria
Nacional Antidrogas, 2007.

Você também pode gostar