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Autor:
Décio Terror Filho
Aula 11
9 de Janeiro de 2020
Ênclise ........................................................................................................................................................ 10
Próclise ...................................................................................................................................................... 10
Mesóclise ................................................................................................................................................... 12
5 – Pronomes de tratamento......................................................................................................................... 31
4 – Gabarito .................................................................................................................................................... 71
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Olá, pessoal!
Mas, para entendermos as classes de palavras, vamos observar alguns princípios gramaticais.
1 – PRINCÍPIOS GRAMATICAIS
Nesta aula, trabalharemos os pronomes!
A cada parte da teoria, resolveremos uma ou outra questão do CESPE para ilustrarmos a cobrança
em prova, e isso terá um efeito didático importante no ponto específico da aula. Tais questões não terão
numeração, nem ano de aplicação da prova.
Depois de vermos toda a teoria, teremos o treinamento e aprofundamento com mais questões da
banca CESPE já com numeração e ano de aplicação da prova.
Tais questões propositalmente não seguem a ordenação dos assuntos que vimos. Elas estão dispostas
de forma aleatória, como um aprofundamento.
Pronomes
Ana Clara realizou uma prova ontem. Ela não havia levado seu material de estudo, então pediu
a um amigo que morava perto de sua casa que o trouxesse à faculdade, pois todo o resumo se
encontrava nele.
Perceba que o pronome pessoal “Ela” retomou “Ana Clara”. O pronome possessivo “seu”, além de
fazer subentender a preposição “de”, retoma “Ela” (=material dela). O pronome relativo “que” se refere ao
vocábulo “amigo” (amigo morava...). O pronome “sua” novamente retoma “Ela” (casa dela). Os pronomes
“o” e “nele” fazem referência à expressão “material de estudo”.
Com isso, podemos perceber o papel crucial dos pronomes na retomada de palavras. Essa referência
ao que foi dito anteriormente é chamada de recurso anafórico ─ recurso muito utilizado.
Mas ele também pode projetar o sentido, isto é, fazer uma abertura para depois inserir o elemento.
Veja:
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Chamamos isso de recurso catafórico. Não temos que decorar os nomes, mas saber identificar a
quem o nome se refere, quem ele retoma e quem ele projeta. Para tal, basta lermos com calma o texto e
confirmarmos os dados nele.
Verifique essa coesão referencial em um texto da prova de Analista de Finanças e Controle (STN)
2008:
Fragmento de texto: Em milênios de filosofia, só dois filósofos quebraram as fronteiras da academia para
que seus nomes gerassem adjetivos conhecidos de todos, até de quem não sabe quem eles foram: Platão e
Maquiavel. Todos ouvimos falar em amor platônico ou em pessoas maquiavélicas. Não interessa que os
especialistas se irritem porque Maquiavel não foi maquiavélico; o fato é que ele, como Platão, deixou uma
marca no imaginário social.
Comentário: O pronome pessoal “ele” também trabalha a coesão referencial anafórica. Assim retoma
palavra expressa anteriormente, e não posteriormente, como a questão faz subentender.
Gabarito: E
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Bom, vimos a aplicação do pronome como elemento anafórico ou catafórico. Agora, vamos estudar
algumas nomenclaturas importantes do pronome e seu emprego.
1 – PRONOMES PESSOAIS
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma das três pessoas do discurso: quem fala
(locutor), com quem se fala (interlocutor) e de quem se fala (referente).
São os que desempenham a função sintática de sujeito da oração, vocativo e predicativo. São os
pronomes eu, tu, ele (ela), nós, vós, eles (elas).
São os que desempenham a função sintática de complemento verbal (objeto direto ou indireto),
complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal.
Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos, que não são antecedidos por
preposição, e os tônicos, precedidos por preposição.
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a) Pronomes pessoais oblíquos átonos: são os seguintes: “me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os,
as, lhes”. Eles podem exercer diversos valores morfossintáticos nas orações:
Se o verbo termina em “r”, “s” ou “z”; excluem-se essas terminações, e os pronomes o, a, os, as
mudam para lo, la, los, las.
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Objeto Indireto: “me, te, se, lhe, nos, vos, lhes”. (valor sintático)
Se o verbo for transitivo indireto terminado em “s”, seguido de lhe, lhes, não se retira a terminação
“-s”.
Obedecemos-lhe cegamente.
Vemos na aula de sintaxe da oração que o complemento nominal é o termo que é exigido pelo nome.
Assim, note que o substantivo “respeito” exigiu os complementos nominais que estão em negrito abaixo:
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Valor de posse (algo de alguém): “me, te, lhe, nos, vos, lhes”.
Algumas gramáticas determinam a esses pronomes a função de adjunto adnominal, outras, objeto
indireto. Para concurso, basta entender o valor de posse.
Sujeito acusativo: Os pronomes que funcionam como sujeito acusativo são “me, te, se, o, a, nos, vos,
os, as”, quando estiverem em um período composto formado pelos verbos “fazer, mandar, ver, deixar, sentir
ou ouvir”, e um verbo no infinitivo ou no gerúndio. Esses são os verbos causativos e sensitivos, os quais foram
mencionados quando estudamos as peculiaridades das orações subordinadas substantivas objetivas diretas.
(CESPE / Assistente de Chancelaria nível superior) Julgue a frase abaixo quanto à correção gramatical.
Comentário: O vocábulo “ela”, dependendo de seu valor sintático, poderá ser pronome pessoal do caso reto
ou oblíquo tônico. Como este pronome está na função de objeto direto, deve ser substituído por “a”, com
as devidas adaptações: “amá-la”. Porém, esta estrutura pode despertar um desprestígio linguístico,
produzindo a pronúncia (a mala), em determinados contextos causando até ambiguidade. Por isso, é
relevante posicionar esse pronome átono antes do verbo “posso”: “eu não a posso amar”.
Gabarito: E
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(CESPE / Assistente de Chancelaria nível superior) Ao escrever um texto, determinado profissional produziu
a frase:
O profissional poderia substituir “eliminá-la” por eliminar-lhe, e, dessa forma, a frase estaria mais
bem formulada e de acordo com a escrita padrão.
Comentário: O verbo “eliminar” é transitivo direto e “-la” é o objeto direto, corretamente empregado. A
referida substituição implicaria erro gramatical, pois o pronome “lhe” nunca ocupará a função de objeto
direto.
Gabarito: E
Comentário: O pronome “lhes” não pode ocupar a função sintática de objeto direto. Neste contexto, sua
função é de objeto indireto.
Gabarito: E
O pronome “lhes” poderia ser substituído por os, sem prejuízo da correção gramatical do texto, dada a
possibilidade de dupla regência do verbo oferecer.
Comentário: O verbo “oferecendo” é transitivo direto e indireto. Seu objeto direto é “algo” e o objeto
indireto é “lhes”. Assim, este não pode ser substituído por “os”.
Gabarito: E
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Estaria garantida a obediência às regras de regência verbal, caso se substituísse a expressão “afrontar o
Estado” por afrontar-lhe.
Comentário: O verbo “afrontar” é transitivo direto, então só cabe objeto direto, por isso não se utiliza o
pronome “-lhe” (objeto indireto), mas o pronome “lo” (objeto direto) (imposição do “L” pela retirada do “r”
final do verbo). Verifique que esta troca pode ser feita porque a palavra “Estado” já havia sido expressa no
texto.
Gabarito: E
Comentário: Observe que a expressão “o mundo” é objeto direto do verbo “entender”. É gramaticalmente
correta a substituição; porém, textualmente, deve-se observar que o recurso de se substituir um substantivo
por um pronome oblíquo ocorre quando esse substantivo está sendo repetido; no entanto, a palavra
“mundo” não havia sido expressa no texto anteriormente, e sua substituição causaria uma incoerência no
texto.
Ela quem? Para que esse pronome tenha coesão e coerência no texto, deve-se substituir um substantivo
escrito anteriormente no texto:
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Numa relação frasal, muitas vezes há dúvida quanto ao posicionamento desses pronomes, que
podem ficar antes do verbo (próclise), no meio dele (mesóclise) e depois dele (ênclise).
a. Em relação a um só verbo:
A estrutura básica da oração é o sujeito (S), verbo (V) e complemento (O). Essa é a sequência natural,
pois é mais prático ao falante concordar o verbo com o sujeito que já foi dito. Os pronomes pessoais oblíquos
átonos ocupam a função de complemento (representado adiante por “O”). Então, façamos a seguinte
depreensão:
S V O
oblíquo
átono
ênclise
Ênclise: o pronome surge após o verbo. Pode ser considerada a colocação básica do pronome,
pois obedece à sequência verbo-complemento. Na língua culta, é observada no início das frases ou quando
não houver palavra que atraia esse pronome:
Observação: deve-se ter em mente que não se inicia oração com pronome oblíquo átono: estão erradas as
construções “Me disseram assim.”, o ideal é “Disseram-me assim.”
Próclise: o pronome surge antes do verbo, porque há uma palavra que o atrai, chamada palavra
atrativa, ou se houver conveniência eufônica:
S O V
oblíquo
átono
próclise
Não nos mostraram nada. Nada me disseram.
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Sempre¹ se encontram.
b) Se, após a palavra atrativa houver pausa (vírgula, ponto-e-vírgula, dois-pontos etc), a atração perde força
e o pronome deve posicionar-se após o verbo:
“...descia eu para Nápoles a busca de sol que o não havia nas terras do norte.”
d) A colocação pronominal enclítica ocorre por força gramatical, porém os autores modernos têm optado
pela próclise, mesmo não havendo palavra atrativa, haja vista o processo eufônico (soar melhor). Veja:
2) nas orações exclamativas e optativas, com o verbo no subjuntivo e sujeito anteposto ao verbo:
Note a diferença com: “Benza-o Deus!”. Nesta frase, o sujeito ficou posposto ao verbo, porque o
pronome teve de ser deslocado para não iniciar a frase.
3) Com a preposição “para” seguida de infinitivo, a colocação pronominal é facultativa (próclise ou ênclise),
inclusive com palavra negativa:
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Mesóclise: o pronome é intercalado ao verbo, que deve estar no futuro do presente do indicativo ou
futuro do pretérito do indicativo. Mas, se houver palavra atrativa, mesmo com os verbos nestes tempos, a
colocação é a próclise:
O pronome oblíquo átono pode posicionar-se em qualquer das três formas a seguir:
Quando há hífen, sabe-se que ocorre ênclise. Assim, na estrutura 1, há ênclise ao verbo auxiliar; na 2
há próclise ao verbo principal e na 3 há ênclise ao verbo principal. Note que não pode haver ênclise com
verbo no particípio.
Observe também que não se muda o sentido com a mudança de posição do pronome oblíquo átono.
Outra importante observação: via de regra, com palavra atrativa, o pronome oblíquo átono ficará
proclítico ao auxiliar¹ ou ao principal², e enclítico ao principal³:
Portanto, há de se concluir que as normas de colocação pronominal não devem ser vistas como
preceitos intocáveis, ficando, em muitos casos, subordinados às exigências da ênfase, da harmonia e
espontaneidade da expressão.
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Cabe relembrarmos aqui dois valores do pronome “se”: índice de indeterminação do sujeito e
pronome apassivador. Além disso, veremos outros valores desse pronome que caem muito em prova.
Em “Não se trata” (linha 1), a partícula “se” poderia ser corretamente empregada após o verbo, escrevendo-
se Não trata-se.
Comentário: A palavra atrativa “Não” obriga o posicionamento do pronome átono “se” antes do verbo.
Assim, a afirmativa está errada.
Gabarito: E
(CESPE / TCE TO Analista) No trecho “se ela não parava de brigar”, o pronome “se” está anteposto ao sujeito
devido à presença do advérbio de negação.
Gabarito: E
(CESPE / TCE TO Analista) O trecho “Ela não o viu ficar paralítico” admite, sem prejuízo para a correção
gramatical e o sentido original do texto, a seguinte reescrita: Ela não viu ficá-lo paralítico.
Comentário: O pronome “o” está entre dois verbos de duas orações diferentes. Nesta estrutura não há
locução verbal, por isso, o pronome não pode se movimentar de um verbo a outro. Assim, o sentido muda e
a estrutura fica incoerente.
Esta estrutura ocorre porque o verbo “viu” é chamado de sensitivo, seguido de uma oração
subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo.
Gabarito: E
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Seria mantida a correção gramatical caso se empregasse o pronome posposto ao verbo: concentra-se.
Comentário: O pronome oblíquo átono “se” está antecipado do verbo por motivo eufônico, numa liberdade
expressiva. A banca, então, sugere a recolocação em ênclise, que seria o padrão natural, pois o termo atrativo
(a locução adverbial “Em consequência”) está separado por outra locução adverbial intercalada de vírgulas.
Perceba que a banca não diz que a colocação original em próclise está errada, mesmo não havendo palavra
atrativa, pelo motivo anteriormente exposto.
Gabarito: C
As regras gramaticais de emprego dos pronomes átonos permitem também a redação de elevaram-se à
condição, em lugar de “se elevaram à condição”, sendo ambas as construções apropriadas a documentos
oficiais.
Comentário: O pronome átono “se” está proclítico ao verbo “elevaram”, mesmo não havendo palavra
atrativa, o que é natural na linguagem atual por motivo de eufonia. Assim, esse pronome pode ser deslocado
também para depois do verbo (ênclise).
Gabarito: C
A substituição da expressão “serão definidos” por definir-se-ão garante a correção gramatical do período.
Comentário: Normalmente se poderia substituir “serão definidos os nomes” (voz passiva analítica) por
“definir-se-ão os nomes” (voz passiva sintética). O problema é que o advérbio “Amanhã” é palavra atrativa e
exige a próclise; por isso, o correto seria: “Amanhã se definirão os nomes”.
Gabarito: E
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Vemos na aula de concordância que o pronome “se” pode ser índice de indeterminação do sujeito
(IIS), o qual se junta a verbo transitivo indireto, intransitivo e de ligação, na intenção de indeterminar o
agente (sujeito). Perceba que todas as orações em que ele aparece obrigatoriamente estão na voz ativa e o
verbo obrigatoriamente fica na 3ª pessoa do singular.
Também vemos na mesma aula que o pronome “se” pode ser pronome apassivador (PAp), o qual se
junta a verbo transitivo direto ou a verbo transitivo direto e indireto, na intenção de indeterminar o agente
(agente da passiva). Perceba que todas as orações em que ele aparece obrigatoriamente estão na voz passiva
sintética e o verbo concorda com o sujeito paciente:
Esse é um valor ainda não visto em nossas aulas. Diz-se que um pronome é reflexivo quando este
“reflete” a ação ao mesmo elemento. Isto é, o sujeito age e o objeto direto sofre a ação, porém a mesma
pessoa (ou coisa) sujeito será também o objeto direto. Veja:
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Porém, podemos ter dúvida se esse pronome é reflexivo ou apassivador. Por isso, vamos a suas
diferenças:
Há ambiguidade gerada a partir do se, pois não se sabe se o atleta agiu ou sofreu a ação. Por isso há
necessidade de um contexto, e é isso que tem caído em prova.
Supondo-se que o atleta agiu contra ele mesmo (caiu sozinho, por exemplo), o pronome se será
entendido como pronome reflexivo:
Desfar-se-á a ambiguidade, substituindo o pronome átono “se” pela expressão tônica “a si mesmo”,
da seguinte maneira:
Supondo-se que o atleta sofreu a ação de alguém (agente da passiva) que não foi identificado, o
pronome se será entendido como pronome apassivador:
Esse pronome transmite uma reação dos objetos direto ou indireto à ação do sujeito, por isso é
chamado de pronome reflexivo recíproco (P Rec) e compõe a voz recíproca, que é apenas uma variação da
reflexiva, com o detalhe de que se necessita de no mínimo dois indivíduos para se efetivar a reciprocidade.
Uma forma prática de visualizar o pronome reflexivo recíproco é subentender os advérbios de modo
“reciprocamente”, “mutuamente”:
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Com base no que foi visto anteriormente sobre o pronome apassivador, reflexivo recíproco e o
puramente reflexivo, entendamos a diferença entre eles, dependendo do contexto. Usamos para isso o
sujeito iniciado com a expressão “mais de um”:
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Caso a expressão “da chamada poluição urbana” estivesse no plural, a forma verbal “Trata-se” deveria
também ser flexionada no plural.
Comentário: O verbo “Trata” é transitivo indireto, com isso, o pronome “se” é índice de indeterminação do
sujeito. Esse verbo ficará no singular independentemente da flexão do objeto indireto.
Gabarito: E
Comentário: Afirmou-se que o “se” é índice de indeterminação do sujeito. Isso não é verdade, pois o verbo
radicar é transitivo direto. Com isso o “se” é pronome apassivador e seu sujeito paciente está subentendido
como “O medo”. Para a confirmação de ser pronome apassivador, temos sempre que passar esta voz passiva
sintética para a voz passiva analítica: O medo é radicado no inconsciente...”
Gabarito: E
A partir de 1995, a ilusão começou a desfazer-se e a dura vida real transformou sonhos em pesadelos.
O emprego do pronome “se” marca a formalidade da linguagem utilizada e indica, nas duas ocorrências, que
o sujeito da oração é indeterminado, impessoal.
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Comentário: O pronome “se” é uma forma de tornar o texto objetivo, flexionando o verbo em terceira
pessoa, isso o leva mais próximo à formalidade (não que isso seja o determinante na formalidade). O erro
está em afirmar que o “se” é uma forma de indeterminação do sujeito. O “se” nas duas ocorrências não é
índice de indeterminação do sujeito, mas pronome apassivador. Para se ter certeza, deve-se transpor as duas
construções em voz passiva analítica e notar que o termo sublinhado é o sujeito paciente. Assim:
Não pode ser negado que o advento dos regimes liberais... (sujeito oracional)
Gabarito: E
Comentário: Fazendo-se as trocas necessárias na questão, percebemos que há coerência com os argumentos
do texto, bem como há correção gramatical. Compare:
Muitas tribos indígenas brasileiras, por exemplo, chamam a si próprias de “homens” ou “gente” e
denominam pejorativamente integrantes de outros grupamentos — esses são “seres inferiores” ou “narizes
chatos”.
Muitas tribos indígenas brasileiras, por exemplo, chamam-se de “homens” ou “gente” e denominam
pejorativamente integrantes de outros grupamentos — esses são “seres inferiores” ou “narizes chatos”.
No primeiro caso, o pronome oblíquo tônico “si” foi seguido do pronome demonstrativo de reforço
“próprias”, para enfatizar o valor reflexivo.
No segundo caso, não há ênfase no valor reflexivo, mas o contexto nos mantém com este sentido.
Quando usamos a expressão “a si próprias” temos certeza do valor reflexivo; mas, quando usamos apenas o
“se”, em determinados contextos, como este, pode-se confundir o “se” reflexivo com o pronome
apassivador. Veja:
Pronome reflexivo “se”: Muitas tribos indígenas brasileiras, por exemplo, chamam-se de “homens” ou
“gente” (chamam a si próprias de).
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Pronome apassivador “se”: Muitas tribos indígenas brasileiras, por exemplo, chamam-se de “homens” ou
“gente” (são chamadas de).
Como pode haver ambiguidade na construção apenas com o “se”, a banca perguntou simplesmente
se conserva a coerência com os argumentos e com a correção gramatical. Ela não mencionou sentido original,
pois isso poderia ser contestado pela possibilidade de se entender voz passiva nesta última construção.
Gabarito: C
Comentário: A questão afirma que o “se” é o índice de indeterminação do sujeito. Mas note que o sujeito
está expresso na oração: o indivíduo. Na realidade esse vocábulo “se” é parte integrante do verbo, fazendo
com que “torne” seja um verbo de ligação.
Gabarito: E
A substituição de “que se dê atenção” por que atenção seja dada mantém a correção gramatical do período.
Comentário: O verbo “dê” é transitivo direto e indireto, seu objeto indireto é “ao”. Note que ocorre a
preposição “a” e em seguida o pronome demonstrativo “o” (=aquele). Como o verbo é transitivo direto, o
pronome “se” é apassivador e “atenção” é o sujeito paciente. A banca apenas pediu para transpor para a voz
passiva analítica: atenção seja dada.
Gabarito: C
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O vocábulo “se” é empregado com a mesma função nas duas ocorrências: a de marcar reciprocidade de ação.
Comentário: Para ocorrer a reciprocidade, necessita-se de que haja uma ação provocada por um indivíduo
e uma resposta a essa ação por outro indivíduo.
Assim, no mínimo dois agentes devem estar presentes na ação. O primeiro “se” é reflexivo. Note que
a comunicação assemelha alguma coisa a outra, mas alguém pode assemelhar “ele mesmo” a algo. Isso
confirma a ideia reflexiva.
Gabarito: E
De acordo com os sentidos do texto, a troca da expressão verbal “pode se transformar” por pode vir a ser
transformado mantém a correção gramatical e a voz passiva verbal.
Comentário: Cuidado com esta questão, pois houve a passagem da voz passiva sintética para a analítica,
porém esta transposição não foi exatamente a mesma, mas de expressões semelhantes semanticamente.
Veja:
Sabendo-se que as frases 1 e 3 estão na voz passiva sintética e possuem mesmo sentido, suas transposições
para a voz passiva analítica (2 e 4) também possuem mesmo sentido. Por isso a troca é possível.
Gabarito: C
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Comentário: Na realidade, o pronome “se”, neste contexto, é reflexivo. Veja que podemos entender que
podemos cansar alguém, porém esse “alguém” poderia ser “nós mesmos”. Além disso, podemos substituir
o “se” pelo pronome oblíquo tônico “si” e o reforço reflexivo “mesmo”: cansar a si mesmo bobamente.
Gabarito: E
Comentário: Podemos entender, na frase, que a mulher pode dedicar seu tempo, sua atenção à família. Com
a retirada desse pronome reflexivo, ela iria dedicar o tempo parcial de trabalho à família. Assim, teríamos
mudança de sentido.
Gabarito: C
Comentário: Houve apenas a transformação da voz passiva analítica em voz passiva sintética: ...
denunciaram-se incêndios propositais...
Gabarito: C
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A substituição de “Tentam-se” (linha 3) por São tentados prejudica a correção gramatical do período.
Comentário: O erro foi afirmar que essa substituição prejudicaria a correção gramatical, pois, em “Tentam-
se”, há verbo transitivo direto, seguido de pronome apassivador, e o sujeito paciente é “acordos”. Logo, a
substituição desta voz passiva sintética para a voz passiva analítica realmente é “São tentados acordos”.
Gabarito: E
Os pronomes oblíquos tônicos são precedidos de preposição e são os seguintes: mim, comigo, ti,
contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.
Eu, tu / Mim, ti
Eu e tu exercem a função sintática de sujeito (então são pronomes pessoais do caso reto). Mim e ti
exercem a função sintática de complemento verbal ou nominal, agente da passiva ou adjunto adverbial e
sempre são precedidos de preposição (então são pronomes pessoais do caso oblíquo tônico).
Si, consigo
São pronomes reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados na voz reflexiva ou na voz
reflexiva recíproca.
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Usa-se com nós ou com vós, quando os pronomes pessoais são reforçados por palavras como outros,
mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral.
Quando os pronomes pessoais ele(s), ela(s), ou qualquer substantivo, funcionarem como sujeito, não
devem ser contraídos com a preposição de.
A expressão “lhe foram dados” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser substituída
por foram dados a ele.
Comentário: O pronome “lhe” é átono e se refere a “candidato”. A substituição deste pronome por um
tônico (a ele) preserva a correção gramatical.
Gabarito: C
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2 – DEMAIS PRONOMES
1 – Pronomes indefinidos
Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do discurso de uma maneira vaga, imprecisa,
genérica. São eles:
Invariáveis Variáveis
alguém, ninguém, algum, alguns, alguma, algumas, nenhum, nenhuns, nenhuma, nenhumas, todo,
tudo, nada, algo, cada, todos, toda, todas, muito, muitos, muita, muitas, bastante, bastantes, pouco,
outrem, , alhures, poucos, pouca, poucas, certo, certos, certa, certas, tanto, tantos, tanta, tantas,
mais, menos, demais. quanto, quantos, quanta, quantas, um, uns, uma, umas, qualquer, quaisquer,
vário, vária, vários, várias, etc
Acrescentam-se, ainda, as locuções pronominais indefinidas: cada um, cada qual, quem quer que,
todo aquele que, tudo o mais...
Todo: Deve ser usado com artigo, se significar inteiro e o substantivo à sua frente o exigir; caso
signifique cada ou todos, não terá artigo, mesmo que o substantivo exija.
Todo ele ficou machucado. (Ele inteiro, mas a palavra ele não admite artigo.)
Todos, todas: Devem ser usados com artigo, se o substantivo à sua frente o exigir.
Algum: Tem sentido afirmativo, quando usado antes do substantivo; passa a ter sentido negativo,
quando está depois do substantivo.
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Certo: Será pronome indefinido, quando anteceder substantivo e será adjetivo, quando estiver
posposto a substantivo.
Comentário: É natural ocorrer a preposição “a” antes do pronome indefinido “todos”, mesmo com verbo
transitivo direto. Isso acontece por estilo do autor, não porque o verbo exija.
Gabarito: C
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2 – Pronomes possessivos
São aqueles que indicam posse, em relação às três pessoas do discurso. São eles: meu(s), minha(s),
teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s).
O emprego dos possessivos de terceira pessoa seu, sua, seus, suas pode dar duplo sentido à frase
(ambiguidade). Para evitar isso, coloca-se à frente do substantivo dele, dela, deles, delas, ou troca-se o
possessivo por esses elementos.
De quem eram os documentos? Não há como saber. Então a frase está ambígua. Para evitar a
ambiguidade, coloca-se, após o substantivo, o elemento referente ao dono dos documentos: se for Joaquim:
Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos dele; se for Sandra: Joaquim contou-me
que Sandra desaparecera com seus documentos dela. Pode-se, ainda, eliminar o pronome possessivo:
Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com os documentos dele (ou dela).
Gabarito: E
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3 – Pronomes demonstrativos
Esses pronomes situam os seres no tempo, no espaço e no discurso (posição dentro do próprio
texto). O posicionamento no discurso é dividido em anafórico e catafórico, os quais trabalham a coesão
referencial, por retomar palavra ou expressão dita anteriormente ou referenciar-se a termo posterior,
respectivamente.
Os pronomes demonstrativos são este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele, aquela, aquilo; tal;
semelhante; próprio; mesmo; o; a. Os pronomes isto, isso, aquilo são invariáveis.
a. Uso de este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele, aquela, aquilo:
Este, esta, isto: são usados para o que está próximo da pessoa que fala e para o tempo presente.
Esse, essa, isso: são usados para o que está próximo da pessoa com quem se fala, para o tempo
passado recente e para o futuro.
Em novembro de 2007, inauguramos a loja. Até esse mês, nada sabíamos sobre comércio.
Aquele, aquela, aquilo: são usados para o que está distante da pessoa que fala e da pessoa com quem
se fala e para o tempo passado remoto.
Em 1980, eu tinha 15 anos. Naquela época, Campinas ainda era considerada uma cidade
pequena.
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Em uma citação oral ou escrita, usa-se “este, esta, isto” para o que ainda vai ser dito ou escrito
(recurso catafórico), e “esse, essa, isso” (recurso anafórico) para o que já foi dito ou escrito.
Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos anteriormente citados, usa-se “este, esta, isto”
em relação ao que foi mencionado por último e “aquele, aquela, aquilo”, em relação ao que foi nomeado
em primeiro lugar.
Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de domínio destes sobre aquele.
Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as novelas, mas eu prefiro aqueles a estas.
b. O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando equivalem a isto, isso, aquilo ou aquele(s), aquela(s).
Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou)
c. Tal, tais podem ter sentido próximo ao dos pronomes demonstrativos ou de semelhante, semelhantes:
Embora tenha sido o mentor do plano, ele nunca admitiu tal fato.
d. Da mesma forma, semelhante, semelhantes são demonstrativos quando equivalem a tal, tais:
O Brasil ficou em choque com a tragédia na Região Serrana do Rio de janeiro. Não se veriam
semelhantes catástrofes se os projetos urbanísticos municipais fossem eficazes ou, pelo menos,
existissem.
Para o romano, o mundo dos prodígios ficava a Ocidente. Semelhante tradição vinha de longe,
através dos escritores gregos, sobretudo de Platão” (Aquilino Ribeiro).
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e. Mesmo, mesmos, mesma, mesmas; próprio, próprios, própria, próprias são demonstrativos quando têm
o sentido de "idêntico", "em pessoa":
Há dois detalhes não previstos: comida e água. (recurso catafórico: detalhes→comida, água)
4 – Pronomes interrogativos
Os pronomes indefinidos quem, que, qual e quanto tomam o valor interrogativo em frases
interrogativas diretas e indiretas.
Quem é você?
A frase interrogativa indireta é vista em nossa de sintaxe do período composto por subordinação
substantiva, momento em que falamos das peculiaridades da oração subordinada substantiva objetiva
direta, quando esta é iniciada por “quem”, “que”, “qual”, “quanto” e se liga à oração principal com verbos
que transmitem dúvida, questionamento, incerteza, como “perguntar”, “indagar”, “(não) saber”, “ignorar”:
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5 – Pronomes de tratamento
Obs.: Algumas gramáticas entendem o tratamento a prefeito como Vossa Senhoria. Então, tome cuidado e,
por eliminação das alternativas, resolva a questão que envolva este cargo.
a. Quando esses pronomes de tratamento se encontram na função de sujeito, o verbo e pronomes adjetivos
flexionam-se na terceira pessoa do singular e os adjetivos podem concordar literalmente (com a palavra
feminina Excelência, Alteza, etc) ou por silepse (concordância com a pessoa do sexo masculino ou feminino)
:
1
Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado,
além dos titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de
Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Advogado-Geral da União e o
Chefe da Corregedoria-Geral da União.
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b. Quando esses pronomes estão na função de objeto indireto ou complemento nominal, antecedidos da
preposição “a”, não recebem crase, pois não admitem artigo:
c. Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. O senhor e a senhora são
empregados num tratamento formal; você e vocês, no tratamento familiar e amigável.
Dentre os pronomes de tratamento, somente senhora admite artigo “a”, por isso, se esse pronome for
precedido de preposição “a”, haverá crase:
d. Usa-se “Vossa”, quando conversamos com a pessoa, e “Sua”, quando falamos da pessoa.
Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e não com as de Sua
Excelência, o Prefeito, que se encontra ausente.
6 – Pronomes relativos
Vimos na aula de orações subordinadas adjetivas que o pronome relativo é um conectivo que retoma
palavra anterior. Além disso, ele ocupa função sintática nesta oração.
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “dos”, em “dos que defendiam”, por daqueles.
Comentário: Note que o vocábulo “dos” é a contração da preposição “de” mais o pronome demonstrativo
“os”, o qual obrigatoriamente subentende “aqueles”. Assim, “de” + “aqueles = “daqueles”
Gabarito: C
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Esta última consequência do processo de urbanização teve como causa principal a construção de
casas, indústrias, vias marginais implantadas nas áreas dos rios e proximidades e é, atualmente, um problema
constante nos períodos chuvosos nos principais centros urbanos.
A partir do último parágrafo do texto, infere-se que o termo “Esta” (linha 7) reporta-se a “enchentes” (linha
6).
Comentário: O pronome que retoma o último termo em relação a vários outros é o “este, esta, isto”. Note
que a própria oração frisou isso: “Esta última consequência”.
Gabarito: C
A expressão “esse elemento” (linha 8) refere-se ao antecedente “influência que anos de ditadura da
Indonésia haviam deixado” (linha 7).
Comentário: Uma leitura atenta nos remete a entender que o elemento não existente é mesmo “a influência
que anos de ditadura da Indonésia haviam deixado”.
Gabarito: C
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Pelos sentidos do texto, é correto inferir que a expressão “Dadas as condições” (linha 4) faz alusão à realidade
de destruição em que se encontra o Haiti após o terremoto.
Comentário: Perceba que a retomada agora foi realizada pelo substantivo “condições”. Entende-se,
portanto, que, por causa das condições da realidade da destruição após o terremoto no Haiti, a tarefa será
hercúlea, de grande dimensão.
Gabarito: C
A expressão “nesse sentido” (linha 19) retoma a ideia antecedente de “reordenação e reconstrução de todo
o sistema educacional haitiano” (linha 4).
Comentário: Primeiro, perceba o recurso anafórico em “esse elemento não existe”, mostrando que não há
no Haiti a barreira de problemas deixados por uma ditadura, como ocorreu no Timor Leste em experiência
anterior dos professores brasileiros. E o que a população haitiana está interessada e apoia é a reordenação
e a reconstrução de todo o sistema educacional haitiano, expressão que foi retomada pelo recurso anafórico
“nesse sentido”.
Gabarito: C
Anteriormente, as questões eram bem localizadas a cada tema. A seguir, você vai se deparar com
várias questões do CESPE distribuídas de forma aleatória, para você treinar o assunto estudado!
Comentário: Nesta questão podemos observar que o destaque está no pronome “toda”. O pronome
indefinido “todo” (no singular e sem artigo) corresponde a “qualquer”. Já a expressão “todo o” corresponde
a “por inteiro”.
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Assim, o trecho “a cidade toda” poderia ser substituído por “toda a cidade”, preservando o sentido e
correção gramatical.
No entanto, a banca pede que a locução “a cidade toda” seja substituída por “toda cidade”, o que
mudaria o sentido, pois deixaria de ser a cidade por inteiro e passaria a se referir a uma cidade qualquer ou
a todas as cidades.
Gabarito: E
Comentário: A afirmação está correta, pois realmente as classificações são distintas. O verbo “debruçaram”
é transitivo direto e entendemos que os autores agiram, eles se debruçaram intensamente. Assim, o
pronome é o objeto direto, ele é reflexivo.
Já o verbo “chegar” é transitivo indireto e “a esse estado de coisas” é o objeto indireto. Como não
conseguimos identificar o sujeito, percebemos que o pronome “se” é o índice de indeterminação sujeito.
Gabarito: C
Comentário: A afirmação está correta, pois, dentro de uma locução verbal, o pronome átono pode se
posicionar após o verbo principal, ou até mesmo antes. Veja as formas possíveis:
poder-se-ia falar
poderia falar-se
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poderia se falar
Assim, você percebeu que a forma que não cabe é a ênclise ao verbo auxiliar, só porque ele está
flexionado no futuro do pretérito do indicativo: poderia-se.
Gabarito: C
Comentário: Na linha 1, o advérbio “Inicialmente” é palavra atrativa e força a próclise. Como a questão
afirmou haver prejuízo à correção gramatical com o deslocamento do pronome, está correta.
Gabarito: C
Comentário: Na linha 1, a ênclise está correta, pois o verbo inicia a frase. Porém, como sabemos que o
pronome átono não deve iniciar frase, a construção “Me lembre” não está de acordo com a norma culta.
Gabarito: E
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o bom senso, misto de moral e lógica, fundamento filosófico da sociedade burguesa. Nesse caso, o escândalo
provém de uma ausência de lógica: a greve é escandalosa porque incomoda precisamente aqueles a quem
ela não diz respeito. É a razão que sofre e se revolta: a causalidade direta, mecânica, essa causalidade é
perturbada; o efeito se dispersa incompreensivelmente longe da causa, escapa-lhe, o que é intolerável e
chocante. Ao contrário do que se poderia pensar sobre os sonhos da burguesia, essa classe tem uma
concepção tirânica, infinitamente suscetível, da causalidade: o fundamento da moral que professa não é de
modo algum mágico, mas, sim, racional.
Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto caso se substituísse o trecho
A) “Temendo-se” (linha 1) por Se temendo.
B) “finge-se confundir” (linha 1) por finge confundir-se.
C) “decreta-se” (linha 2) por se decreta.
D) “que se quer defender” (linha 3) por que quer defender-se.
E) “se poderia pensar” (linha 10) por poderia-se pensar.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não se pode iniciar frase com pronome pessoal oblíquo átono.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “finge” não forma locução verbal com “confundir”. Assim,
não cabe o deslocamento do pronome átono para o outro verbo sem mudança de sentido.
A alternativa (C) é a correta, pois, mesmo não havendo palavra atrativa, cabe próclise por eufonia,
quando tal pronome átono não inicia frase.
A alternativa (D) está errada, pelo mesmo motivo visto na alternativa (B). Note que o deslocamento
do pronome átono do verbo “quer” para após o verbo “defender” implica mudança de sentido, pois tais
verbos não formam locução verbal, eles fazem parte de orações diferentes.
A alternativa (E) está errada, pois não cabe ênclise em verbo no futuro do pretérito. O ideal seria a
mesóclise: “poder-se-ia”.
Gabarito: C
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Comentário: Tanto na linha 1 quanto na linha 6, o pronome “se” encontra-se antes do verbo. Note que,
mesmo não havendo palavra atrativa, permite-se o pronome átono antes do verbo por eufonia. Assim, cabe
o pronome átono “se” após os verbos “multiplicam” e “desenvolve”.
Gabarito: C
Comentário: O pronome demonstrativo “neste” está sendo empregado com o recurso dêitico de lugar
próximo ao locutor, isto é, o escritório onde se encontra o locutor da mensagem. Isso é reforçado pelo
emprego do advérbio “Aqui”. Assim, não cabe o pronome “nesse”, o qual mencionaria o local próximo ao
interlocutor.
Gabarito: C
Comentário: Note que a questão não fez menção a sentido do texto, pois isso poderia confundir o candidato.
Houve referência apenas à correção gramatical e naturalmente tal correção se mantém quando o pronome
indefinido “alguma” se encontra após ou antes do substantivo “coisa”.
Gabarito: C
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Comentário: O pronome indefinido “outrem” significa “outras pessoas”, “outros”. Assim, cabe a substituição
de “aos outros” por “outrem”.
Gabarito: C
Comentário: O pronome demonstrativo “deste” está sendo empregado com o recurso dêitico de lugar
próximo ao locutor, isto é, a resposta deve ser enviada ao órgão que enviou o documento, e não ao órgão
ao qual se destina o expediente em questão.
Gabarito: E
Comentário: Como o pronome pessoal do caso reto “nós” não é palavra atrativa, o pronome oblíquo átono
“nos” pode se posicionar antes ou depois do verbo.
Gabarito: C
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Comentário: O pronome relativo “que” é palavra atrativa. Assim, o pronome oblíquo átono “se” só pode se
posicionar antes do verbo.
Como a questão afirmou que tal deslocamento prejudicaria a correção gramatical, está correta.
Gabarito: C
Comentário: A afirmação está correta, pois o posicionamento de pronome pessoal oblíquo átono numa
locução verbal basicamente ocorre de três formas:
Gabarito: C
Comentário: A locução verbal “foi adotada” marca a voz passiva analítica. A expressão “se adotou” até
parece ser passiva sintética; mas, pela posição dos termos e pelo contexto, o pronome “se” é reflexivo, isto
é, na substituição pedida na questão, o sujeito “a urna eletrônica” passaria de paciente para agente. Assim,
a afirmação está errada.
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Gabarito: E
Comentário: Da mesma que na questão anterior, a locução verbal “são protegidos” marca a voz passiva
analítica. A expressão “protegem-se” até parece ser passiva sintética; mas, pela posição dos termos e pelo
contexto, o pronome “se” é reflexivo, isto é, na substituição pedida na questão, o sujeito “os animais”
passaria de paciente para agente.
Gabarito: E
Comentário: A expressão “para si mesmo” reforça o valor reflexivo do pronome “se”. Assim, não cabe a
reciprocidade e a afirmação está errada.
Gabarito: E
Comentário: O pronome “se” que indica que o sujeito é indeterminado é o índice de indeterminação do
sujeito. Porém, notamos que o sujeito do verbo “rendendo” é determinado e está subentendido na
expressão “o ser humano”.
Tal pronome pode ser interpretado como pronome apassivador, pois o contexto admite a
transposição para a voz passiva analítica: sendo rendido à sedução do repouso...
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Gabarito: E
Comentário: Note que o pronome “se” se junta ao verbo transitivo direto “constitui” e ao transitivo direto e
indireto “opõe”. Assim, poderíamos ficar na dúvida entre este pronome ser apassivador ou reflexivo.
Note que o sujeito “A pedagogia nova”, nas duas construções, tem um papel agente: a pedagogia
nova constitui ela mesma como oposição estreita à tradição; ela opõe ela mesma a uma pedagogia
tradicionalmente centrada no mestre.
Assim, entendemos o mesmo valor reflexivo em tal pronome. Como a afirmação tem relação com o
seu papel sintático, este pronome, nas duas ocorrências, funciona como objeto direto.
Gabarito: C
Comentário: Na oração subordinada adjetiva “que seus personagens leram na juventude”, o pronome
relativo “que” pode ser substituído por “os quais”, pois realmente retoma “livros”. Dentro desta oração, note
que o verbo “leram” é transitivo direto, concorda com o sujeito “seus personagens” e tem como objeto
direto o pronome relativo “que”, pois entendemos que os personagens leram os livros.
Na oração principal “Os biógrafos dos grandes autores sempre tentam rastrear os livros”, ocorre o
sujeito “Os biógrafos dos grandes autores”, a locução verbal transitiva direta “tentam rastrear” e o objeto
direto “os livros”.
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Gabarito: C
Comentário: Entendemos do texto que a estrutura legal (Constituição, leis) confere ao cidadão a
nacionalidade. Note que em seguida, a palavra “Cidadãos” reforça esse entendimento e complementa que
os cidadãos são livres e iguais perante a lei.
Gabarito: E
Comentário: Entendemos do texto que é necessário que os princípios constitucionais estejam pública e
legalmente disponíveis ao conhecimento de todos os cidadãos, para que estes (os cidadãos) possam
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respeitar e vivenciar esses princípios. Assim, a alternativa correta é a (B), pois o pronome “los”, em suas duas
ocorrências, retoma “princípios constitucionais”.
Gabarito: B
Comentário: O pronome “ele” se refere a “Claparède”, e não a “Copérnico”. Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E
Comentário: O texto é uma crítica a alguns pedagogos. Entende-se do trecho que os pedagogos da
prosperidade transformam certas soluções em requisito obrigatório e único de todo progresso.
Nessas soluções se abrigam verdades parciais, por isso o texto critica e afirma ser uma inútil retórica.
Gabarito: E
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Comentário: O Português brasileiro coloquial expressa uma liberdade linguística, a qual muitas vezes fere a
norma culta, mas nem sempre. Certamente, você percebeu que a colocação do pronome antes da locução
verbal “tem adiantado” é típica da linguagem formal, culta, e muito empregada no Português de Portugal.
Normalmente, o brasileiro, numa linguagem coloquial, expressa-se da seguinte forma: você tem se
adiantado. Ambas as construções estão de acordo com a norma culta, mas a segunda é a forma mais
evidente na linguagem falada e coloquial.
Gabarito: E
Comentário: Certamente o sentido muda da estrutura pronominal reflexiva “a si mesmo” para o pronome
pessoal oblíquo átono “lhe”.
Na primeira construção, a promessa foi feita por Rubião a ele mesmo. Já, na segunda construção,
entender-se-ia que Rubião teria feito tal promessa a uma outra pessoa: Sofia.
Como a questão afirmou que o sentido original do texto seria alterado com a troca, a afirmação está
correta.
Gabarito: C
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Comentário: A troca do pronome demonstrativo pelo artigo definido normalmente é bem aceita e cabe
gramática e textualmente, mas sempre devemos observar o contexto, para evitar “pegadinhas”.
Devemos lembrar que esta prova foi aplicada para cargos da área de educação em que o candidato
deveria saber diferenciar as etapas da educação. Vamos a uma explicação prévia para entendermos bem o
texto.
A educação infantil é a primeira etapa da educação básica e abrange a creche e a pré-escola para as
crianças de 0 a 5 anos. As outras fases do ensino básico são o ensino fundamental, dos 6 aos 14 anos, (do 1º
ano escolar ao 9º ano escolar, antigo primeiro grau) e o ensino médio, dos 15 aos 17 anos (do 1º ano escolar
ao 3º ano escolar, antigo segundo grau).
Vamos ao texto!
No segundo parágrafo, faz-se menção aos “anos iniciais do ensino fundamental”. Em seguida é dito
que, nos anos finais dessa etapa, a proporção de docentes com formação adequada muda: 92% dos docentes
na rede privada e 89% na pública. Assim, “dessa etapa” retoma obrigatoriamente o “ensino fundamental”
(do 1º ano escolar ao 9º ano escolar, antigo primeiro grau). Os anos finais dessa etapa são “8º e 9º anos”.
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Se se permitisse usar no lugar do pronome “essa” o artigo “a”, ele faria entender a palavra “etapa” já
falada anteriormente no texto. Assim, a informação seria incoerente, pois se entenderia que seriam os anos
finais da educação infantil (4 e 5 anos de idade da criança), o que prejudicaria a informação por um vício de
linguagem. Veja a substituição e localize a mudança de informação pelas setas:
Um estudo coordenado pela Fundação Getúlio Vargas aponta que, enquanto 80% dos professores de
educação infantil da rede pública do país têm nível superior completo, 65,6% dos docentes dessa mesma
etapa na rede privada têm igual escolaridade.
Os dados correspondem ao ano de 2014 e mostram que a formação dos professores das instituições
públicas continua melhor que a dos professores da rede privada nos anos iniciais do ensino fundamental. Nos
anos finais da etapa, a proporção de docentes com formação adequada muda: 92% dos docentes na rede
privada e 89% na pública. No ensino médio, a formação é praticamente igual.
Um estudo coordenado pela Fundação Getúlio Vargas aponta que, enquanto 80% dos professores de
educação infantil da rede pública do país têm nível superior completo, 65,6% dos docentes dessa mesma
etapa na rede privada têm igual escolaridade.
Os dados correspondem ao ano de 2014 e mostram que a formação dos professores das instituições
públicas continua melhor que a dos professores da rede privada nos anos iniciais do ensino fundamental. Nos
anos finais dessa etapa, a proporção de docentes com formação adequada muda: 92% dos docentes na rede
privada e 89% na pública. No ensino médio, a formação é praticamente igual.
Como houve incoerência da informação por meio do emprego equivocado do artigo “a”, houve
incorreção gramatical e a afirmação está errada.
Gabarito: E
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Note que Bárbara refere-se ao neto em terceira pessoa do singular, por meio do pronome de
tratamento “você”, do pronome possessivo “sua”, além dos verbos. Porém, ao empregar o pronome pessoal
oblíquo átono “te”, que é de segunda pessoa do singular, houve o rompimento da uniformidade de
tratamento. Para manter essa uniformidade, o ideal será o pronome átono “o”.
Gabarito: E
Comentário: O pronome “Quanta” pode ser interrogativo em frases interrogativas diretas ou indiretas,
como:
Note que a interrogativa direta termina com ponto de interrogação e a interrogativa indireta termina
com ponto final. A segunda frase é interrogativa indireta, como vimos na aula de sintaxe do período
composto por subordinação substantiva, momento em que vimos as peculiaridades da oração subordinada
substantiva objetiva direta.
Não havendo essa expressividade interrogativa, o pronome passa a ser indefinido, como ocorre no
contexto:
Quanta inútil retórica se tem desperdiçado para provar que todos os nossos males ficariam resolvidos de um
momento para o outro se estivessem amplamente difundidas as escolas primárias e o conhecimento do abc.
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A banca deu como correta a afirmação, admitindo como pronome interrogativo o vocábulo “Quanta”.
Para que houvesse uma noção interrogativa, neste contexto, deveria ter havido ponto de interrogação ao
final, pois não se enquadra numa frase interrogativa indireta, como falamos anteriormente.
Assim, o gabarito da banca CESPE foi correto, mas isso foge à base gramatical. O ideal seria a
afirmação ter sido considerada como errada.
Gabarito: C
Comentário: Como vimos anteriormente, dentre as formas de colocação de um pronome numa locução
verbal, podemos ter o pronome átono proclítico ao verbo principal (forma adotada no texto original:
consigam se beneficiar) e enclítico ao verbo principal (forma pedida na questão: consigam beneficiar-se).
Gabarito: C
Comentário: O verbo “reduziu” é transitivo direto e indireto, o pronome “o” é o objeto direto e “a artigos”
é o objeto indireto. Assim, não pode haver tal substituição.
Gabarito: E
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— já dava início a situações em que constantemente as partes se viam impossibilitadas de arcar com os
possíveis custos judiciais das demandas.
Em “as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas” (linhas 4 e
5), a partícula “se” foi empregada no sentido de umas às outras.
Comentário: Devemos entender que o sujeito “as partes” é agente. Assim, eliminamos a possibilidade de o
pronome “se” ser apassivador. Note que as partes não eram vistas, elas viam a si mesmas impossibilitadas
de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas. Assim, entendemos que há o pronome reflexivo. A
possibilidade de se entender a expressão “a si mesmas” nos conduz a esta ideia.
A questão tentou nos induzir, por meio da expressão “uns com os outros”, a entender o sentido de
reciprocidade. Por isso, a afirmação está errada.
Gabarito: E
Comentário: O verbo “espalhou” é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e conseguimos perceber
o termo “A notícia” como sujeito paciente, pois entendemos que a notícia foi espalhada por alguém não
informado no texto.
Com a exclusão do pronome, o sujeito passa a ser agente e o verbo deixa de ter seu complemento
verbal, o que torna a estrutura incoerente. Tal verbo precisa de uma pessoa como agente, mesmo que fique
subentendida.
Como a questão afirmou que a exclusão do pronome prejudicaria a correção e o sentido, está correta.
Gabarito: C
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O pronome “ele” (linha 5) tem como referente “Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil” (linhas 3 e
4).
Comentário: Fica claro após a leitura do trecho que o pronome “ele” refere-se a “interlocutor brasileiro”
(linha 5), e não a “Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil”. Assim, a afirmativa está errada.
Gabarito: E
Comentário: A forma pronominal “las" retoma explicitamente o substantivo “mensagens”. Como essas
mensagens são enviadas por meio de “garrafas”, contextualmente, “mensagens” e “garrafas” possuem o
mesmo sentido na retomada por este pronome. Veja:
“Harold utiliza garrafas de suco de laranja e se certifica de que as mensagens estão com data. Antes de enviá-
las(as mensagens, as garrafas)...”
Gabarito: C
Comentário: A cadeia coesiva ocorre quando há uma sequência de palavras que retomam o mesmo
referente, como ocorreu neste texto. Para ficar mais fácil compreender, observe as indicações:
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A perfeita fruição do ato de ir ao cinema é prejudicada por qualquer distúrbio visual ou auditivo,
que lembra ao espectador, contra a sua vontade, que ele estava a ponto de suscitar uma experiência
especial mediante a exclusão da realidade trivial da vida corrente. Esses distúrbios o remetem à existência de
um mundo exterior, totalmente incompatível com a realidade psicológica de sua experiência
cinematográfica.
Gabarito: C
Comentário: Entendemos, de acordo com o texto, que os clientes continuam no direito de usar o “serviço”,
concorda? Assim, o pronome “-lo” retomou o antecedente “serviço” e a questão está correta.
Gabarito: C
Comentário: O advérbio “Não” é palavra atrativa e força a próclise: Não se trata. Assim, a afirmativa está
errada.
Gabarito: E
Comentário: O vocábulo “não” tem valor negativo, por isso é palavra atrativa e força a próclise: “isso então
nem se fala”. Assim, a afirmativa está correta.
Gabarito: C
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Comentário: Como o pronome relativo “que” e a conjunção subordinativa condicional “caso” são palavras
atrativas, elas forçam a próclise: que se aplicava e caso a apanhasse. Assim, a afirmativa está errada.
Gabarito: E
Comentário: Não pode haver ênclise a um verbo no futuro do pretérito do indicativo. Neste caso, cabe, além
da próclise, conforme o texto original, a mesóclise: ter-nos-iam.
Gabarito: E
Comentário: A colocação pronominal nesta locução verbal admite a próclise ao verbo principal “começam a
se parecer” e a ênclise ao verbo principal: “começam a parecer-se”. Assim, a afirmativa da questão está
correta.
Gabarito: C
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Nas estruturas “que se repetem” (linha 2) e “que se revela” (linha 4), o pronome “se” poderia ser deslocado,
sem prejuízo da correção gramatical do texto, para imediatamente após as formas verbais “repetem” e
“revela” — que repetem-se e que revela-se, respectivamente.
Comentário: O pronome relativo “que” é palavra atrativa e força a colocação pronominal antes do verbo.
Assim, a afirmativa está errada.
Gabarito: E
Comentário: No texto original, o pronome oblíquo átono “se” encontra-se antes do verbo “converteu”,
tendo em vista a eufonia, isto é, soa agradável, menos artificial. Então, mesmo não havendo palavra atrativa,
admite-se a próclise. A questão pede apenas para transpor o pronome para sua posição normal, após o
verbo. Assim, a afirmativa está certa.
Gabarito: C
Comentário: As substituições estão corretas quanto ao sentido, porém a última expressão possui a palavra
atrativa “Não”, por isso deve haver próclise: Não se separam. Assim, a afirmativa está errada.
Gabarito: E
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Comentário: Quando há palavra atrativa, o pronome pessoal oblíquo átono deve se posicionar antes do
verbo. No texto, o advérbio “Pouco” e a palavra negativa “nem” atraem o pronome “lhe” para antes do verbo
obrigatoriamente. Assim, deve permanecer a próclise. Veja:
Pouco lhe importam as condições técnicas e socioeconômicas das indústrias que, em primeira instância, lhe
possibilitam assistir aos filmes; na verdade, esse tipo de preocupação nem lhe passa pela cabeça.
Gabarito: E
Comentário: A afirmação está corretíssima e autoexplicativa, concorda? Vimos que o pronome relativo
“que” é palavra atrativa, por isso o pronome “lhe” está posicionado antes do verbo “restou”, isto é, ocorreu
próclise.
Gabarito: C
Comentário: Conforme vimos na teoria, com a locução verbal, cabe o posicionamento vem-se apresentando,
vem se apresentando e vem apresentando-se. Assim, a afirmativa está correta.
Gabarito: C
Comentário: Note que realmente a palavra negativa “não” é atrativa, por isso deve haver o posicionamento
do pronome oblíquo átono “se” antes do verbo, como ocorreu no texto original. Assim, não cabe ênclise.
Gabarito: C
55
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Comentário: A locução verbal “é realizada” encontra-se na voz passiva analítica. Na transposição para a voz
passiva sintética, devemos conservar o verbo principal (realizada) no mesmo tempo verbal do verbo “é”
(realiza: presente do indicativo) e devemos inserir o pronome apassivador “se”. Veja:
Assim, a substituição está correta, porém a questão está errada, por afirmar que a substituição
prejudicaria a correção gramatical.
Gabarito: E
Comentário: Nesta questão, basta inserirmos a expressão para confirmarmos o valor de reciprocidade. Veja:
Os agentes econômicos relacionam-se uns com os outros em suas operações de compra, venda e troca de
mercadorias e serviços...
Gabarito: C
56
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Comentário: Primeiramente, devemos realizar a troca e ler todo o período novamente para perceber se há
algum problema na construção. Ao fazer isso, notamos que a construção está correta.
Além disso, é interessante notarmos que houve apenas a troca de uma oração subordinada
substantiva objetiva direta em objeto indireto e direto. Com isso, deixamos de ter um pronome pessoal do
caso reto “ela” para termos um pronome pessoal oblíquo tônico “dela”. Compare:
O baixo custo (...) faz que ela seja um instrumento acessível ...
oração subordinada substantiva objetiva direta
Gabarito: C
Comentário: De acordo com o contexto, realmente podemos entender que a desigualdade a que se refere o
texto é a inexorável exclusão econômica da maioria da população. Assim, o pronome demonstrativo “tais”
ajuda na retomada da expressão anterior.
Gabarito: C
57
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A medida está disposta na Resolução Normativa n.º 323 e objetiva reduzir conflitos entre operadoras
e consumidores, ampliando a qualidade do atendimento oferecido pelas empresas.
A expectativa é de que o funcionamento regular dessas estruturas possa gerar subsídios para a
melhoria de processos de trabalho nas operadoras, em especial no que diz respeito ao relacionamento com
o público e à racionalização do fluxo de demandas encaminhadas à ANS.
A expressão “dessas estruturas” (linha 6) refere-se ao antecedente “empresas” (linha 5).
Comentário: A afirmativa está errada, pois a expressão “dessas estruturas” faz referência à expressão
“ouvidorias vinculadas às suas estruturas organizacionais” (linhas 1 e 2).
Gabarito: E
Comentário: De acordo com o texto, podemos entender que aquilo que restou a ele foi ser gerente de uma
loja de sapatos. Assim, o pronome demonstrativo “o” não faz referência à expressão “uma loja de sapatos”,
mas à situação de ele ser o gerente de uma loja.
Tendo em vista que apenas o segundo pronome possui referência correta, a afirmativa está errada.
Gabarito: E
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3 – LISTA DE QUESTÕES
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Fragmento do texto 11A3BBB: Tenho estado pensando todos estes dias em você e Dolores. Como vai ela
agora? Não tenho direito de exigir contínuas porque imagino as preocupações de você porém assim que ela
melhorar me mande apenas uma nota avisando que ela melhorou. Meu pensamento está aí com vocês e
meus desejos nem se fala! Me lembre a Dolores e tenha a certeza deste abraço de companhia. (...)
Considerando-se os gêneros dos textos e as variedades da língua portuguesa, estaria adequado o emprego
da próclise em “Parece-me” (ℓ.1 do texto 11A3CCC), assim como está adequado seu emprego em “Me
lembre” (ℓ.4 do texto 11A3BBB).
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num sentido ou nelas procurará o sentido novo, porque assim como vão variando as explicações do universo,
também a sentença que antes parecera imutável para todo o sempre oferece subitamente outra
interpretação, a possibilidade duma contradição latente, a evidência do seu erro próprio. Aqui, neste
escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma cara sobreposta às infinitas máscaras variantes,
estão os costumados dicionários da língua e vocabulários, os Morais e Aurélios, os Morenos e Torrinhas,
algumas gramáticas, o Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...].
Na linha 5, o emprego de “neste” decorre da presença do vocábulo “Aqui”, de modo que sua substituição
por nesse resultaria em incorreção gramatical.
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métodos e os programas que gravitam em torno da criança e não mais a criança que gira em torno de um
programa decidido fora dela. Essa é a revolução copernicana à qual a psicologia convida o educador”.
Na linha 4, o pronome “ele” tem como referente o nome “Copérnico”.
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Nos anos finais dessa etapa, a proporção de docentes com formação adequada muda: 92% dos docentes na
rede privada e 89% na pública. No ensino médio, a formação é praticamente igual.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso o pronome “dessa” (linha 6) fosse substituído por da.
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cinquenta, que projetou meter nas revistas e nos jornais e com o produto vestir-se, habitar uma casa
diferente daquela e pagar ao barbeiro.
A substituição do pronome “o”, em “reduziu-o a artigos” (linha 2), por lhe preservaria a correção gramatical
do texto.
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Em “começam a se parecer” (linha 1), o pronome “se” poderia ser deslocado para imediatamente após a
forma verbal “parecer”, escrevendo-se começam a parecer-se.
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No trecho “A economia solidária vem-se apresentando”, o deslocamento do pronome pessoal oblíquo para
depois do verbo principal da locução não prejudicaria a correção gramatical do texto: vem apresentando-
se.
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A medida está disposta na Resolução Normativa n.º 323 e objetiva reduzir conflitos entre operadoras
e consumidores, ampliando a qualidade do atendimento oferecido pelas empresas.
A expectativa é de que o funcionamento regular dessas estruturas possa gerar subsídios para a
melhoria de processos de trabalho nas operadoras, em especial no que diz respeito ao relacionamento com
o público e à racionalização do fluxo de demandas encaminhadas à ANS.
A expressão “dessas estruturas” (linha 6) refere-se ao antecedente “empresas” (linha 5).
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4 – GABARITO
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