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ABNT/CB-024

ABNT NBR 14608 (REVISADA)- MAIO 2017 –BOMBEIRO CIVIL

Bombeiro civil – Requisitos


Civil firefighter – Requirements

Bombeiro civil – Requisitos

1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos para determinar o provimento, qualificação e a operação de
bombeiros civis, responsáveis por proteger a vida e o patrimônio, e reduzir as consequências sociais e
os danos ao meio ambiente.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições
mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 11861, Mangueira de incêndio – Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 13716, Equipamento de proteção respiratória – Máscara autônoma de ar comprimido com
circuito aberto

ABNT NBR 14023, Registros de atendimentos de emergências – Requisitos

ABNT NBR 14064, Transporte rodoviário de produtos perigosos – Diretrizes do atendimento à emergência

ABNT NBR 14096, Viaturas de combate a incêndio – Requisitos de desempenho, fabricação e métodos
de ensaio

ABNT NBR 14349, União para mangueira de incêndio – Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 14276, Brigada de emergências – Requisitos

ABNT NBR 14561, Veículos para atendimento a emergências médicas e resgate

ABNT NBR 14277, Instalações e equipamentos para treinamentos de combate a incêndio e resgate
técnico – Requisitos e procedimentos

ABNT NBR 15219, Plano de emergências – Requisitos

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3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
acidente
situação inesperada que geralmente resulta em lesão a pessoas, danos ao meio ambiente, danos aos
equipamentos e/ou estruturas e/ou paralisação de atividades

3.2
alarme de abandono de área
aviso destinado a convocar todas as pessoas para seguirem pelas rotas de fuga e saídas de emergências
para fora das instalações, com destino ao ponto de encontro mais próximo

3.3
alerta de chamada de bombeiros
aviso destinado a convocar a equipe da bombeiros para o atendimento às emergências.

3.4
bombeiro
profissional que presta serviços de prevenção e atendimento a emergências, atuando na proteção da
vida, do meio ambiente e do patrimônio

3.5
bombeiro civil
profissional conforme especificado nesta Norma, para a atuação em serviços de prevenção e atendimento
de emergências em edificações, plantas e/ou instalações privadas ou públicas mediante contrato de
trabalho

3.6
bombeiro militar
profissional servidor público, integrante de uma instituição militar federal ou estadual, para a atuação em
serviços de atendimentos públicos de emergências nos estados ou em situações de combate ou missões
humanitárias em território nacional ou estrangeiro como integrante ou auxiliar das forças armadas
brasileiras

3.7
bombeiro municipal
profissional servidor público, para a atuação em serviços de atendimentos públicos de emergências nos
municípios, mediante legislação municipal ou estadual específica

3.8
bombeiro voluntário
pessoa integrante de uma organização de serviços voluntários, para a atuação em serviços de
atendimentos públicos de emergências mediante legislação municipal ou estadual específica de
concessão de prestação de serviços não remunerados de atendimentos púbicos de emergências dentro
das jurisdições dos municípios ou estados

3.9
brigada de emergência
grupo organizado, formado por pessoas, preferencialmente, voluntárias ou indicadas, treinado e
capacitado para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área, prevenção
de acidentes e primeiros-socorros, dentro de uma área preestabelecida na edificação, planta ou evento,
de acordo com a ABNT NBR 14276

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3.10
brigadista de emergência
pessoa integrante da brigada de emergência

3.11
capacitação
preparação de um profissional de forma complementar a sua formação, com conhecimentos teóricos e/ou
práticos para aprimorar as suas habilidades para executar as suas atribuições profissionais

3.12
certificado
documento concedido por uma instituição de ensino ou empresa, que equivale à declaração de que o
titular possui conhecimentos teóricos e/ou práticos e quando aplicável, cumpriu com as exigências
necessárias para a formação ou capacitação profissional

3.13
comando unificado do incidente
colegiado formado pelos líderes das principais equipes de resposta e atendimento a emergências,
presentes no local para deliberar de forma conjunta sobre ações necessárias ao controle de uma
emergência; é constituído quando não há predominância de um órgão específico no atendimento da
ocorrência ou quando ocorre sobreposição de competências

3.14
combate a incêndio
conjunto de ações estratégicas e táticas destinadas a extinguir ou isolar o incêndio com uso de técnicas
e recursos materiais e humanos

3.15
coordenação
ato ou o efeito de conciliar e conjugar esforços para a consecução de um objetivo, tarefa, propósito ou
missão comum; é obtida por meio da integração de esforços de elementos distintos, visando alcançar um
mesmo fim, evitando-se a duplicidade de ações, a dispersão de recursos e a divergência de soluções na
emergência

3.16
coordenador de emergência
responsável pela coordenação e execução das ações de emergência de todas as edificações que
compõem uma planta, independentemente do número de turnos

3.17
coordenador técnico responsável pela qualificação
profissional com ensino superior completo com formação em engenharia e/ou segurança do trabalho
e/ou saúde, com registro profissional vigente em conselho de classe e especialização em prevenção e
combate a incêndio e/ou emergências médicas e/ou resgate técnico

3.18
diploma
documento concedido por uma instituição de ensino formal pública ou privada, que equivale à declaração
de que o titular cumpriu com as exigências necessárias para a obtenção de um grau ou título de formação
profissional

3.19
emergência
situação crítica e fortuita que representa perigo à vida, ou ao meio ambiente ou ao patrimônio, gerando

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um dano continuado que obriga a uma imediata intervenção

3.20
equipamento de proteção individual (EPI)
sigla usada nesta Norma para indicar o equipamento de proteção individual

3.21
equipamentos de proteção respiratória autônoma (EPRA)
sigla usada nesta Norma para indicar o equipamento de proteção respiratória autônoma

3.22
EPI de incêndio
o conjunto que deve ser completo de peças utilizadas simultaneamente, composto de jaqueta, calças,
botas, luvas, bala clava e capacete com proteção para os olhos, todos os equipamentos do conjunto
devem ser específicos e certificados para combate a incêndio e compatíveis com o risco da exposição

3.23
equipe de emergência
formada pela brigada de emergência, bombeiro civil e grupo de apoio à equipe de emergência, quando
houver

3.24
equipe multidisciplinar
representantes das áreas envolvidas e/ou afetadas, saúde e segurança do trabalho, manutenção e
demais áreas pertinentes, designados pelo responsável pelo plano de emergência da planta e
referendados pelo profissional qualificado

3.25
especialização
preparação de um profissional de forma complementar a sua formação, com conhecimentos teóricos e/ou
práticos específicos para aprimorar as suas habilidades para executar atribuições profissionais
específicas

3.26
evento
acontecimento programado em determinado local que reúne grande quantidade de pessoas

3.27
exercício simulado
exercício prático realizado periodicamente para manter a equipe de emergência (brigada, bombeiro civil,
grupos de apoio) e os ocupantes das edificações em condições de enfrentar uma situação real de
emergência

3.28
exercício simulado parcial
exercício simulado que abrange apenas uma parte da planta, respeitando-se os turnos de trabalho

3.29
formação
preparação de uma pessoa através do conjunto de atividades para a aquisição de conhecimentos,
habilidades e atitudes exigidos para executar as funções e atribuições próprias de uma profissão

3.30
incidente

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evento que acontece de forma fortuita e/ou imprevisível, que tem o potencial de causar interrupção, perda,
emergência, crise, desastre ou catástrofe

3.31
instrutor auxiliar
profissional com conhecimento e com experiência prática sobre o tema do treinamento o qual estará
prestando auxilio ao instrutor principal durante as aulas e exercícios práticos

3.32
instrutor de fundamentos de análise de risco
profissional com graduação em nível superior, com especialização em análise de risco e com capacitação
em técnicas de ensino

3.33
instrutor de prevenção e combate a incêndio
profissional com formação escolar igual ou superior ao ensino médio, com especialização ou capacitação
em prevenção e combate a incêndio e com capacitação em técnicas de ensino

3.34
instrutor de emergências médicas em atendimento pré-hospitalar
profissional com formação, igual ou superior ao ensino médio com especialização ou capacitação em
emergências médicas pré-hospitalares e com capacitação em técnicas de ensino

3.35
instrutor de produtos perigosos e emergências ambientais
profissional com formação escolar igual ou superior ao ensino médio, com especialização ou capacitação
em produtos perigosos e com capacitação em técnicas de ensino

3.36
instrutor de resgate técnico
profissional com formação escolar igual ou superior ao ensino médio, com especialização ou capacitação
em desencarceramento e/ou resgate em estruturas colapsadas e/ou resgate em altura e/ou resgate em
espaços confinados e/ou resgate aquático e com capacitação em técnicas de ensino

3.37
instrutor em gerenciamento de emergências
profissional com graduação em nível superior, com especialização ou capacitação em gerenciamento de
emergências e/ou sistema de comando de incidentes e com capacitação em técnicas de ensino

3.38
órgãos públicos
entidades governamentais por exemplo, Corpo de Bombeiros, SAMU, policias, Defesa Civil, órgãos e
agências ambientais, entre outros, que, em função da magnitude da emergência podem ser acionados
como recursos externos e/ou para fiscalização e autuação

3.39
perigo
situação com potencial de provocar danos à integridade física humana, à vida, ao meio ambiente e/ou ao
patrimônio, de acordo com a ABNT NBR 15219

3.40
pessoa com deficiência
aquela que temporária ou permanentemente, tem limitada sua capacidade de relacionar-se com o meio
e de utilizá-lo, devido a deficiência física e/ou intelectual

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3.41
pessoa com mobilidade reduzida
aquela que temporária ou permanentemente, tem limitada sua capacidade de movimentar-se e/ou
locomover-se devido a deficiência, idade, obesidade, gestação, resistência física, ou outra condição que
restringe a movimentação e locomoção

3.42
plano de auxílio mútuo (PAM)
plano de segurança, que visa a prevenção, controle e mitigação de emergências com a atuação
cooperativa e de forma organizada entre as empresas e órgãos públicos por exemplo, Corpo de
Bombeiros, SAMU, Defesa Civil, polícias, órgãos ambientais e serviços públicos diversos, através de
recurso humanos, materiais e suprimentos, definidos conforme estatuto formal específico

3.43
plano de emergências
documento que formaliza e descreve o conjunto de ações e medidas a serem adotadas no caso de uma
situação crítica (acidente ou incidente), visando proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as
consequências sociais e os danos ao meio ambiente, de acordo com a ABNT NBR 15219

3.44
planta
local onde estão situadas uma ou mais edificações ou área a ser utilizada para um determinado evento
ou ocupação, de acordo com a ABNT NBR 15219

3.45
ponto de encontro de abandono de área
local pré-determinado, seguro para encontro protegido dos efeitos do sinistro, com base no pior cenário
identificado na análise de risco, sendo o local pré-determinado para onde o líder de abandono de área
deve orientar e dirigir-se juntamente com os demais funcionários de sua responsabilidade

3.46
ponto de encontro da equipe de emergência
local previamente definido, com base no pior cenário identificado, seguro e protegido dos efeitos da
ocorrência, utilizado para o encontro da equipe de emergência, distribuição de equipamentos de proteção
individual e respiratória, de comunicação, de primeiros socorros, de combate a incêndio, quando
aplicáveis, nele são dividas as tarefas e definidos os procedimentos básicos de atendimento à emergência

3.47
população fixa
aquela que permanece regularmente na edificação, considerando-se os turnos de trabalho e a natureza
da ocupação, bem como os terceiros nestas condições

3.48
população flutuante
aquela que não permanece regularmente na planta, considerando o número máximo de pessoas previstos
em projetos, procedimentos e/ou período de atividade e ocupação

3.49
posto de bombeiros
edificação e/ou instalações para abrigar pessoal, equipamentos e viaturas dos serviços do corpo de
bombeiros

3.50
prevenção de incêndio

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todas as medidas destinadas a evitar o surgimento de um princípio de incêndio, dificultar sua propagação
e facilitar a sua extinção

3.51
profissional qualificado
profissional responsável pela elaboração do estudo e recomendações para a implantação do serviço de
bombeiros civis em conformidade com essa norma, esse profissional deve ser capacitado e/ou
especializado em análise de risco e/ou prevenção e combate a incêndio e/ou emergências médicas em
atendimento pré-hospitalar

3.52
qualificação
condição exigida para um profissional possuir habilidades complementares a sua formação para executar
funções e atribuições profissionais específicas; a qualificação é obtida através da capacitação e/ou
especialização

3.53
recursos
pessoal, equipamentos, suprimentos e instalações, disponíveis ou potencialmente disponíveis, para
designação a operações

3.54
rede integrada de emergência (RINEM)
rede de segurança, que visa a prevenção, controle e mitigação de emergências que possam ocorrer nas
empresas ou em áreas comuns de um polo industrial ou empresarial com a atuação cooperativa e de
forma organizada entre as empresas e órgãos públicos por exemplo, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil,
SAMU, polícias, órgãos ambientais e serviços públicos diversos, através de recurso humanos, materiais
e suprimentos, definidos conforme estatuto formal específico

3.55
resgate técnico
Procedimentos executados por profissional capacitado, com uso de técnicas, recursos e equipamentos
especializados para a localização de pessoas e/ou acesso a uma vítima em local de risco

3.56
responsável pela implantação do bombeiro civil da planta
responsável pela ocupação da planta ou quem ele designar, por escrito

3.57
responsável pelo uso da planta
detentor da posse e/ou responsabilidade jurídica de toda planta

3.58
risco
probabilidade de um perigo se materializar, causando um dano; o risco é a relação entre a probabilidade
e a consequência, de acordo com a ABNT NBR 15219

3.59
risco alto
planta com carga de incêndio acima de 1 200MJ/m², de acordo com a ABNT NBR 15219

3.60
risco baixo
planta com carga de incêndio até 300MJ/m², de acordo com a ABNT NBR 15219

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3.61
risco iminente
risco com indícios que requerem ações imediatas, de acordo com a ABNT NBR 15219

3.62
risco médio
planta com carga de incêndio entre 300 e 1 200MJ/m², de acordo com a ABNT NBR 15219

3.63
rota de fuga
caminho contínuo, devidamente protegido e sinalizado, iluminado, proporcionado por portas, corredores,
saguão, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas, conexões entre túneis paralelos ou
outros dispositivos de saída, ou combinações desses, a ser percorrido pelo usuário em caso de
emergência, de qualquer ponto da edificação, recinto de evento ou túnel, até atingir a via pública ou
espaço aberto (área de refúgio), com garantia de integridade física

3.64
saída de emergência
saída acessível, devidamente sinalizada para um local seguro

3.65
sala de segurança contra incêndio
local onde estão os painéis de comando dos diversos sistemas de proteção contra incêndio e
emergências, por exemplo, sistema de detecção de incêndio, sistema de comunicação e som, sistema de
monitoramento por câmeras de vídeo, sistema de controle de elevadores, sistema de chuveiros
automáticos, além de outros quando houver

3.66
serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU)
serviço público municipal especializado em atendimentos de emergências médicas pré-hospitalares e
eventualmente utilizado para remoções inter-hospitalar

3.67
setor
espaço delimitado por elementos construtivos ou risco

3.68
sistema de comando de incidentes (SCI)
sistema formal, projetado para gerenciar as ações e os recursos destinados para as operações de
resposta a incidentes e/ou emergências, usando uma combinação de procedimentos e comunicações
com as estruturas organizacionais de responsabilidades claramente definidas

3.69
suporte avançado de vida (SAV)
procedimentos com técnicas invasivas e equipamentos específicos para manter e/ou reestabelecer os
sinais vitais de uma vítima de trauma ou mal clinico, esses procedimentos devem ser executados
exclusivamente por profissionais oriundos da área da saúde, por exemplo, médicos ou paramédicos

3.70
suporte básico de vida (SBV)
procedimentos com técnicas não invasivas e equipamentos específicos, incluindo desfibrilador externo
automático, para manter e/ou reestabelecer os sinais vitais de uma vítima de trauma ou mal clinico, esses
procedimentos podem ser executados por pessoas ou profissionais não oriundos da área da saúde, por
exemplo, socorristas ou bombeiros

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3.71
tempo de resposta
intervalo de tempo entre a comunicação de chamado para uma determinada equipe responsável pelo
atendimento até a chegada desta no local da emergência

3.72
tempo de resposta médio (TRM)
tempo médio em minutos obtido pela soma do tempo resposta de todas as ocorrências de emergências
atendidas, dividido pelo número de atendimentos efetuados, durante um período de um ano ou outro
período pré-estabelecido

3.73
terceiros
pessoal integrante de uma empresa prestadora de serviço

3.74
vítima
pessoa ou animal que sofra qualquer tipo de dano, lesão ou morte

4 Requisitos
4.1 Qualificação profissional do bombeiro civil

4.1.1 Os bombeiros civis devem receber formação por meio de curso de qualificação profissional inicial,
esse curso deve ser realizado em estabelecimento de ensino com coordenador técnico responsável pela
qualificação.

NOTA 1 O conteúdo programático mínimo recomendável está no Anexo B.

4.1.2 Além da qualificação profissional inicial, os bombeiros civis devem ser qualificados através de
cursos de especialização adicional para executar funções e atribuições profissionais específicas de
acordo com a sua área de atuação, sendo as principais qualificações, mas não se limitando a estas:

a) qualificação profissional para bombeiro público

b) qualificação profissional para bombeiro industrial

c) qualificação profissional para bombeiro marítimo e instalações portuárias

d) qualificação profissional para bombeiro de aeródromo

e) qualificação profissional para bombeiro florestal

f) qualificação profissional para bombeiro operador de resgate técnico

g) qualificaçao profissional para bombeiros operador de emergências com produtos perigos

h) qualificação profissional para bombeiro motorista e operador de viaturas de emergências

i) qualificação profissional para instrutor de bombeiros

j) qualificação profissional para chefe de bombeiros

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4.1.3 Os cursos de qualificação para a capacitação e/ou especialização específica de bombeiro civil
devem ter certificação de validade renovável de 2 anos para a atualização, o bombeiro civil deve participar
de novo curso integral para a recertificação.

4.1.4 O curso de qualificação profissional inicial de bombeiro civil não requer atualização para
recertificação.

4.1.5 Todos os treinamentos práticos de resgate técnico e combate a incêndio com fogo real, devem
ser realizados em instalações de treinamentos de acordo com a ABNT NBR 14277.

4.1.6 A proporção de instrutores e auxiliares de instrutores por alunos, deve ser de acordo com a ABNT
NBR 14277 para todos os treinamentos práticos de resgate técnico e combate a incêndio com fogo real,
ou outros que necessitem de atenção quanto a segurança dos participantes, devido aos riscos da
atividade educacional.

4.1.7 Os treinamentos de capacitação de bombeiro civil, para as plantas e áreas dos grupos I, J, K e M,
podem ser realizados em áreas e/ou instalações das próprias plantas, desde que, essa instalação atenda
aos requisitos especificado na ABNT NBR14277.

4.2 Dimensionamento de bombeiro civis

4.2.1 O provimento de bombeiros civis é recomendável nas plantas das divisões C-3, E-1, F-1, F-3, F-
4, F-6, F-7, F-11, G-5, G-6, H-3, H-5, I-1, I-2, I-3, J-4, K-2, L-2, L-3, M-2, M-6, M-8 e M-9, localizadas em
distância de tempo de resposta superior a 8 min (480 s) de recursos públicos para atendimento Pré-
hospitalar (ambulâncias) e superior a 10 min (600 s) de corporações de bombeiros públicos, e/ou onde
esses serviços públicos não oferecem recursos materiais e humanos compatíveis para os atendimentos
das hipóteses acidentais pré-determinadas nessas plantas.

4.2.1.1 Na divisão E-1 a quantidade máxima prevista de bombeiros civis é para o provimento durante o
período efetivo de aula.

4.2.1.2 Na divisão F-11 provimento de bombeiros civis se aplica para o período de funcionamento e
atividades fim na edificação.

4.2.1.3 Na divisão K-2 o provimento de bombeiros civis se aplica as usinas termoelétricas e nucleares.

4.2.1.4 Na divisão M-8 o provimento de bombeiros civis se aplica as plantações de árvores para
indústria de madeira e/ou papel.

4.2.2 O provimento de bombeiros civis é facultativo nas plantas das divisões B-1, B-2, C-2, D-1, D-2, E-
2, E-3, E-4, E-5, E-6, F-2, F-5, F-9, F-10, H-2, H-6, L-1, M-1 e M-4.

4.2.3 Para o dimensionamento da quantidade necessária de bombeiros civis, deve ser considerado
quais as atividades serão executadas pelos bombeiros civis, sendo:

a) atividades de inspeção de segurança

b) atendimentos pré-hospitalares de emergências médicas

c) atendimentos de resgate técnico (altura, espaços confinados, etc.)

d) atendimentos de prevenção e controle de incêndios (urbano, industrial, florestal, aeroportuário


e/ou marítimo)

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e) atendimentos de emergências com produtos perigosos

f) atividades de ensino de educação continuada para o público interno

4.2.4 Para o dimensionamento da quantidade necessária de bombeiros civis deve ser considerado
ainda:

a) as análises dos principais potenciais de riscos que podem oferecer perigos para a vida da
população da planta

b) as análises dos principais potenciais de danos ambientais por consequência de acidentes e/ou
incêndios na planta

c) as análises dos principais potenciais de perdas de propriedades por consequência de acidentes


e/ou incêndios na planta

d) as análises dos tipos de viaturas que podem ser empregadas e a composição da tripulação de
acordo com nas ABNT NBR 14561 e ABNT NBR 14096

e) os procedimentos operacionais empregados como padrão para os atendimentos as emergências

f) os tipos de equipamentos e recursos materiais empregados nos atendimentos as emergências

g) as localizações e disposições das equipes mínimas e dos recursos materiais para garantir o tempo
de resposta adequado conforme a sua área de abrangência na planta

4.2.5 Os bombeiros civis devem ser organizados em equipes mínimas distribuídas na planta.

4.2.6 A quantidade necessária de bombeiros civis para a formação da primeira equipe de atendimento
no tempo de resposta de acordo com a seção 6 deve ser de pelo menos 2 bombeiros civis; entretanto,
deve ser considerado prioritariamente os procedimentos descritos no plano de emergências para o
dimensionamento mínimo da primeira equipe.

4.2.7 Havendo na planta ou serviço, viatura de resgate e atendimento pré-hospitalar, esta deve ser
tripulada de acordo com 4.4.11 e a ABNT NBR 14561.

4.2.8 Havendo na planta ou serviço, viatura de combate a incêndio ou outra viatura de emergências,
esta deve ser tripulada de acordo com 4.4.12 e a ABNT NBR 14096.

4.2.9 A quantidade total de bombeiros civis por turno deve ser composta da soma das equipes mínimas
necessárias para o atendimento em todas as áreas da (s) planta (s), em conformidade com os tempos de
resposta de acordo com a seção 6, considerando ainda, as ações para os procedimentos de prevenção
e controle de emergências descritos no plano de emergências.

4.2.10 A distribuição dos postos de bombeiros civis, pode ser arranjada de forma a permitir a lotação da
menor quantidade de bombeiros por posto, desde que, o deslocamento simultâneo desses bombeiros a
partir de cada posto até o local da emergência consiga atender o tempo de resposta de acordo com a
seção 6 para a chegada da quantidade mínima de bombeiros da primeira equipe.

4.2.11 Deve ser desenvolvido um estudo para a definição e dimensionamento de bombeiros civis com
base nos riscos e características da planta, serviço ou município de responsabilidade onde os serviços
de bombeiros serão executados; esse estudo deve ser desenvolvido formalmente por uma equipe
multidisciplinar, liderado por um profissional qualificado, que deve ser o responsável técnico pela
elaboração das recomendações.

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4.3 Seleção de bombeiros civis

4.3.1 O candidato a atividade profissional de bombeiro civil deve ser selecionado atendendo os critérios
descritos a seguir:

a) ter mais de 18 anos

b) ter escolaridade mínima de ensino médio concluído

c) ter concluído e ser aprovado no curso de qualificação de bombeiro civil

4.3.2 Para os candidatos a bombeiros civis em seleção e/ou já selecionados, pode ser considerada a
inclusão de exames complementares, por exemplo, teste ergométrico, ecodoppler cardiograma,
monitoramento ambulatorial de pressão arterial (MAPA) e exame de curva glicêmica para a composição
dos exames admissionais de emissão do atestado de saúde ocupacional (ASO) ou outra avaliação
periódica de saúde.

4.3.3 Todos os bombeiros civis devem ser qualificados de acordo com 4.1 para executar as funções e
atribuições profissionais específicas de acordo com a sua área de atuação na planta, área ou município.

4.4 Recursos materiais dos bombeiros civis

4.4.1 As instalações físicas para ocupação e uso do bombeiro civil, devem atender às condições
mínimas de conforto, higiene e segurança, considerando os turnos de trabalho e devem ser adequadas
para abrigar os materiais, equipamentos e viaturas, quando houver.

4.4.2 Todos os recursos materiais e equipamentos devem ser compatíveis com os procedimentos
definidos no plano de emergências para os atendimentos.

4.4.3 Deve haver uma reserva técnica de todos os materiais de consumo para a reposição imediata no
posto de bombeiros após o retorno dos atendimentos.

4.4.4 EPI e EPRA

Todos os EPI devem estar conforme especificados nos documentos técnicos estabelecidos em suas
respectivas Normas da ABNT e estar em conformidade com as recomendações de fabricação e
manutenção e quando na inexistência de referência técnica nacional específica, estes equipamentos
devem seguir os padrões mínimos de qualidade e desempenho de referência de normas estrangeiras
notórias.

4.4.5 O conjunto individual de proteção para incêndio deve incluir:

a) vestimenta completa com jaqueta e calça

b) bala clava

c) capacete com proteção para os olhos e / ou face

d) Luvas

e) Botas

4.4.6 Todos os bombeiros, devem utilizar um EPRA sempre que estiverem expostos a uma ou mais das
seguintes condições:

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a) em uma atmosfera que é deficiente em oxigênio ou contaminada por produtos de


combustão, ou ambos

b) em uma atmosfera que é suspeita de ser deficiente de oxigênio ou contaminada por


produtos de combustão, ou ambos

c) em qualquer atmosfera que pode se tornar deficiente de oxigênio ou contaminada, ou


ambos

d) abaixo do nível do solo, exceto em atmosfera segura monitorada continuamente

4.4.7 Os EPRA devem atender os requisitos técnicos estabelecidos na ABNT NBR 13716 e estar em
conformidade com as recomendações de fabricação e manutenção.

4.4.8 Durante a jornada de trabalho, todo bombeiro civil deve permanecer devidamente uniformizado e
identificado.

4.4.9 Equipamentos de proteção individual para emergências com produtos perigosos

Para atendimento de emergências envolvendo produtos perigosos, devem ser utilizados os equipamentos
de proteção individual (EPI), sendo as características desses equipamentos conforme o nível de proteção
requisitado:

a) nível A: vestimenta encapsulada, hermética, de material impermeável de alta resistência para a


proteção completa de cabeça, tronco, membros e extremidades integrada com luvas
impermeáveis e botas impermeáveis com resistência a respingos e vapores químicos EPRA para
uso por dentro da vestimenta, oferecendo a máxima proteção de superfície corporal e respiratória

b) nível B: vestimenta encapsulada ou não encapsulada, não hermética, de material impermeável


para proteção completa de cabeça, tronco e membros, proteção de extremidades por luvas
impermeáveis e botas impermeáveis com resistência a respingos ou também a vapores químicos
e EPRA, oferecendo a máxima proteção respiratória, porem menor proteção de superfície corporal

c) nível C: vestimenta de material impermeável, não encapsulada, para proteção completa de


cabeça, tronco e membros, proteção de extremidades por luvas impermeáveis e botas
impermeáveis com resistência a respingos químicos e proteção respiratória com máscara facial
completa com sistema de filtros para ser utilizado em ambientes com concentração de oxigênio
entre 19,5 % a 22 %

d) nível D: nível mínimo de proteção oferecido pelo uniforme de trabalho, sendo vestimenta composta
de calças e camisa, calçado de segurança, capacete de proteção e óculos de proteção

4.4.10 Viaturas

Os serviços de bombeiros civis podem contar com viaturas para os atendimentos de emergências
conforme estudo para a definição dos recursos materiais específicos com base nos riscos e
características da planta, serviço ou município onde os serviços de bombeiros serão executados.

4.4.11 Desde que haja viatura ambulância de resgate, essa viatura deve estar de acordo com a ABNT
NBR 14561, sendo, pelo menos especificada para suporte básico de vida (SBV), com desfibrilador externo
automático (DEA), equipamentos para respiração artificial e oxigenioterapia, além de equipamentos e
materiais necessários para hemostasia, curativos e imobilização; essa viatura deve ser tripulada por pelo
menos 2 bombeiros socorrista e 1 profissional técnico de enfermagem, especializado em atendimento
pré-hospitalar de emergências médicas (APH).

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4.4.12 Desde que haja viatura de combate a incêndios, essa viatura deve estar de acordo com a ABNT
NBR 14096; essa viatura deve ser tripulada por uma guarnição formada por pelo menos 4 bombeiros para
os atendimentos de proteção e combate a incêndios.

4.4.13 Desde que haja outra viatura de emergências utilizada para serviços de bombeiros, essa viatura
deve estar de acordo com a ABNT NBR 14096.

4.4.14 Deve ser desenvolvido um estudo para a definição dos recursos materiais específicos com base
nos riscos e características da planta, serviço ou município onde os serviços de bombeiros serão
executados; esse estudo deve ser desenvolvido formalmente por uma equipe multidisciplinar, liderado
por um profissional qualificado, que deve ser o responsável técnico pela elaboração das recomendações.

5 Procedimentos para o bombeiro civil


5.1 Durante cada jornada de trabalho, os bombeiros civis devem cumprir pelo menos com os seguintes
procedimentos:

a) conhecer e aplicar os procedimentos estabelecidos no plano de emergência da planta, elaborado


de acordo com a ABNT NBR 15219

b) identificar os perigos e avaliar os riscos existentes na planta ou área e trabalhar para corrigir os
atos inseguros e as condições inseguras encontradas

c) inspecionar periodicamente os materiais e equipamentos de prevenção e combate a incêndio e


manter livre o acesso aos extintores, hidrantes, quadro elétrico, corredores e saídas de
emergência

d) inspecionar periodicamente as rotas de fuga, incluindo a sua liberação e sinalização

e) participar dos exercícios simulados e estar sujeito a avaliação de desempenho de conhecimentos


práticos

f) apresentar, quando aplicável, sugestões para melhorias das condições de segurança contra
incêndio e acidentes

g) participar das atividades de avaliação, liberação e acompanhamento das atividades de risco


compatíveis com sua qualificação

h) registrar suas atividades diárias e relatar formalmente as irregularidades encontradas, com


propostas e medidas corretivas adequadas e posterior verificação da execução

i) registrar todas as ocorrências de emergência, e sugerir medidas preventivas a fim de evitar novas
ocorrências

5.2 Os bombeiros civis só podem atuar nas atividades em que eles estejam plenamente capacitados e
tenham os EPI e EPRA compatíveis com os riscos e os recursos necessários para o controle da
emergência.

5.3 A atuação do bombeiro civil em atendimento de emergências deve estar em conformidade com os
procedimentos do plano de emergência da planta, evento, área ou município.

5.4 Os atendimentos de emergências executados pelos bombeiros civis devem atender aos tempos de
resposta de acordo com a seção 6 e seguir os procedimentos básicos conforme especificado na seção 7.

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5.5 Quando ocorrer atuação em conjunto entre o corpo de bombeiros público e o serviço de bombeiros
civis, nas plantas de risco alto e/ou com risco específico de desconhecimento dos procedimentos de
controle pelos servidores do corpo de bombeiros público, deve ser estabelecido o sistema de comando
unificado com a participação dos responsáveis técnicos e bombeiros civis da planta, para o planejamento
e coordenação das ações de prevenção e controle da emergência em conjunto com o corpo de bombeiros
público.

5.6 Quando houver necessidade de recursos e/ou integração de múltiplos órgãos públicos e/ou privados
de atendimento as emergências, deve ser utilizado os procedimentos de gerenciamento de emergências
do sistema de comando de incidentes (SCI) com comando unificado.

5.7 Quando ocorrer integração entre múltiplos serviços de resposta a emergências, utilizando as
mesmas frequências de rádio comunicações, não deve ser utilizada a comunicação codificada, por
exemplo, código “Q”, sendo recomendada a comunicação de forma “clara e limpa” de linguagem plena
sem obstruções.

5.8 Todas as ocorrências atendidas pelos bombeiros civis devem ser registradas em formulário
especifico com pelo menos os dados recomendados de acordo com a ABNT NBR 14023.

6 Desempenho de tempo de resposta para os atendimentos dos bombeiros civis


6.1 A atuação dos bombeiros civis deve atender aos seguintes objetivos de tempo de resposta para a
chegada da primeira equipe de emergências:

a) os chamados de resgate e/ou emergências médicas devem ser atendidos pela primeira equipe
com recursos para suporte básico de vida (SBV) e desfibrilador automático externo (DEA) em até
4 min (240 s) para a chegada no local da emergência em pelo menos 90% dos chamados em
condições reais ou exercícios práticos simulados

b) os chamados de combate a incêndio devem ser atendidos pela primeira equipe com equipamentos
de proteção individual (EPI) e quando aplicável, com os equipamentos de proteção respiratória
autônoma (EPRA), em até 1 min (60 s) do acionamento para a equipagem de proteção individual
e mobilização dos bombeiros civis, em pelo menos 90% dos chamados em condições reais ou
exercícios práticos simulados e até 4 min (240 s) para a chegada no local da emergência em pelo
menos 90% dos chamados em condições reais ou exercícios práticos simulados

6.2 Após a chegada da primeira equipe de acordo com 6.1, e havendo necessidade de demais
bombeiros, estes devem atender ao objetivo de tempo de resposta de até 8 min (480 s) para a chegada
no local da emergência.

6.3 As referências utilizadas como critérios para a definição dos tempos de resposta recomendados
estão descritas no Anexo D.

7 Procedimentos básicos de atendimento à emergência


7.1 Alerta

Identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa pode, pelos meios de comunicação
disponíveis ou alarmes, alertar os ocupantes, os brigadistas, os bombeiros civis e o apoio externo, este
alerta pode ser executado automaticamente em plantas que possuem sistema de detecção e alarme de
incêndio.

7.2 Análise da situação

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Após a chegada no local da emergência, deve ser analisada a situação e executados os procedimentos
necessários conforme o plano de emergências da planta, que podem ser priorizados ou realizados
simultaneamente, de acordo com os recursos materiais e humanos, disponíveis no local.

7.3 Comunicação interna

Nas plantas em que houver mais de um pavimento, setor, bloco ou edificação, deve ser estabelecido
previamente um sistema de comunicação entre os bombeiros civis, a fim de facilitar as operações durante
a ocorrência de uma situação real ou simulado de emergência; essa comunicação pode ser feita através
de telefones e/ou quadros sinópticos e/ou interfones e/ou sistemas de alarme e/ou rádios e/ou sistemas
de som interno.

7.4 Comunicação externa

Caso seja necessária à comunicação com meios externos (Corpo de Bombeiros, SAMU, PAM, etc.) deve
ser definido no plano de emergência da planta o responsável pela comunicação; sendo necessário que
essa pessoa seja treinada e que esteja instalada em local seguro e estratégico para o abandono.

7.5 Apoio externo

O Corpo de Bombeiros e/ou outros órgãos públicos ou privados locais devem ser acionados
imediatamente, preferencialmente por um brigadista ou bombeiro civil, e informados do seguinte:

a) nome do solicitante e o número do telefone utilizado

b) endereço completo, pontos de referência e/ou acessos

c) características da emergência, local ou pavimento

d) quantidade e estado das eventuais vítimas, quando disponível esta informação

7.5.1 O Corpo de Bombeiros e/ou outros órgãos públicos, quando da sua chegada ao local, devem ser
recepcionados preferencialmente por um brigadista, que deve fornecer as informações necessárias para
otimizar sua entrada e seus procedimentos operacionais.

7.6 Isolamento da área

A área da ocorrência deve ser isolada fisicamente, de modo a garantir a segurança dos trabalhos de
atendimento de emergências e evitar que pessoas não autorizadas entrem no local.

7.7 Abandono de área

O coordenador de emergência ou o líder de bombeiros ou líder de brigada, deve determinar o início do


abandono e priorizar os locais afetados, os pavimentos superiores a estes, os setores próximos e os
locais de maior risco.

7.7.1 Proceder o abandono da área parcial ou total, quando necessário, conforme comunicação
preestabelecida, conduzindo as pessoas para uma área segura ou o ponto de encontro de abandono de
área, ali permanecendo até a determinação do final da emergência.

7.8 Eliminar ou reduzir os riscos

Quando necessário, deve ser providenciado o controle e/ou o corte de fluxos de energias e suprimentos
de instalações ou equipamentos.

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7.9 Controle da emergência

As equipes de emergências devem, conforme necessário e/ou possível, proceder conforme o plano de
emergências da planta e/ou protocolo de atendimento do serviço de bombeiros e treinamento específico
dado aos integrantes das equipes de emergências, os procedimentos devem priorizar o atendimento a
vítimas.

7.10 Divisão das atribuições das equipes de emergências

O coordenador de emergência deve dividir a equipe de emergência em equipe de resgate, primeiros-


socorros, de abandono de área, de combate a incêndio, etc. com o objetivo de definir atribuições
específicas das equipes e de seus integrantes.

7.11 Emergências médicas

Os primeiros socorros e os tratamentos devem ser prestados às vítimas, conforme o protocolo de


atendimento do serviço de bombeiros e o treinamento específico dado aos integrantes das equipes de
emergências; todas as vítimas devem ser atendidas inicialmente pelo menos por uma equipe de SBV, as
primeiras equipes, ao chegar no local, quando aplicável, devem incialmente:

a) avaliar os sinais vitais

b) liberar as vias aéreas superiores e administrar respiração artificial quando indicado

c) promover a anamnese (histórico médico, alergias, medicamentos, orientação em tempo e espaço)

d) promover a avaliação de parâmetros básicos de frequência respiratória, frequência cardíaca,


pressão arterial, saturação de oxigênio (SpO2), glicemia e temperatura

e) se a saturação de oxigênio (SpO2) for < 95 %, deve ser administrado oxigênio

f) movimentar a vítima apenas o indispensável, seguindo as técnicas de primeiros socorros, a menos


que haja risco próximo e/ou iminente, quando, nestes casos, deve ser feita a remoção imediata
da vítima do local de risco

g) no caso de vítimas conscientes ou inconscientes, com sinais vitais preservados e com suspeita
de lesões de coluna, deve ser providenciada a imobilização cervical e vertebral no local do
acidente, pelo menos 2 socorristas devem executar essa imobilização

h) no caso de vítimas com hemorragia, promover a hemostasia no local do acidente

i) no caso de vítimas com fraturas, promover a imobilização no local do acidente, pelo menos 2
socorristas devem executar essa imobilização

j) No caso de vítimas em parada cárdio respiratório (PCR), deve ser providenciada a ressuscitação
cárdio pulmonar (RCP) e a desfibrilação automática externa no local por pelo menos 30 min.
enquanto aguarda a chegada da equipe de emergências de SAV, para promover a estabilização
da vítima, a remoção da vítima para o hospital de referência deve ser feita somente após esta
estabilização conforme a orientação do coordenador médico, pelo menos 3 socorristas devem
executar as manobras de RCP e DEA

k) Promover a remoção para o hospital de referência, conforme a orientação do coordenador médico

l) encaminhar a vítima para o recurso hospitalar de referência conforme avaliado pelo coordenador

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médico responsável pelo atendimento pré-hospitalar

m) deve haver a comunicação com o hospital de referência, para onde a vítima deve ser
encaminhada, para informar o estado clinico da vítima e a previsão de sua chegada no hospital

7.12 Confinamento do incêndio

Confinar o incêndio ao local/equipamento de origem ou ao cômodo ou compartimento de origem ou ao


pavimento de origem ou a edificação de origem, de modo a evitar a sua propagação e consequências.

7.13 Controle do incêndio

O controle dos incêndios deve ser executado, conforme o protocolo de atendimento do serviço de
bombeiros e o treinamento específico dado aos integrantes das equipes de emergências; as primeiras
equipes, ao chegar no local do incêndio em edificação em edificação urbana, quando aplicável, devem
incialmente:

a) estabelecer um posto de comando de incidente fora da área de perigo para a coordenação, pelo
menos 1 bombeiro deve ser dedicado para esta tarefa

b) formar uma equipe de intervenção rápida com pelo menos 2 bombeiros capacitados em busca e
resgate e equipados com EPI e EPRA

c) estabelecer um suprimento de água ininterrupta com pelo menos 1 520 Lpm durante 30 min. As
linhas de alimentação devem ser mantidas por um bombeiro que assegure a aplicação ininterrupta
do fluxo de água

d) montar e estabelecer uma taxa efetiva de fluxo de água de 1 140 Lpm a partir de duas linhas
manuais de 40 mm (1½ Pol.), cada uma com uma vazão mínima de 380 Lpm, cada linha de ataque
e de reserva (backup) deve ser operada por pelo menos 2 bombeiros

e) fornecer 1 bombeiro de apoio para cada linha de ataque e linha de reserva (backup) para executar
a conexão de hidrantes, auxiliar no controle de linhas e entrada forçada

f) formar uma equipe de ventilação com pelo menos 2 bombeiros

7.14 Acidentes com produtos perigosos

Acidentes envolvendo transporte de produtos classificados como perigosos, devem ser atendidos
conforme os procedimentos definidos na ABNT NBR 14064 e com as seguintes providências imediatas:

a) identificar o produto perigoso

b) definir a área de segurança e o zoneamento e limite das áreas quente, morna, fria e de exclusão

c) identificar e utilizar os EPI necessários compatíveis com o risco para o atendimento

7.14.1 Vítimas contaminadas são consideradas todas as pessoas que tiveram contato direto com o
produto perigoso ou resíduo deste.

7.14.2 Vítimas intoxicadas são consideradas todas as pessoas que apresentam alterações fisiológicas
e/ou hemodinâmicas devido a reações químicas e/ou metabólicas das substâncias exógenas com os
sistemas orgânicos após o contato direto com o produto perigoso ou resíduo deste, através de qualquer
via de acesso como inalação, absorção, ingestão e/ou inoculação.

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7.14.3 Toda substância química classificada como produto perigoso deve possuir uma ficha de
identificação e segurança de produto químico (FISPQ), onde devem constatar informações sobre as
características do produto e medidas de proteção e segurança e ações de controle para emergências.

7.14.4 No transporte de produtos perigosos as informações podem ser encontradas na ficha de


emergências do produto e/ou na nota fiscal.

7.15 Rescaldo

Garantir através de inspeção que após o combate ao incêndio não exista nenhuma possibilidade de
reignição.

7.16 Preservação do local

Manter o local preservado para que possa ser periciado, se necessário.

7.17 Investigação

O coordenador de emergências da planta e/ou o responsável do órgão público deve designar o (s)
responsável (s) para iniciar o processo de investigação e elaborar um relatório, sobre o ocorrido e as
ações de controle.

7.17.1 Deve ser investigada e/ou analisada as possíveis causas de acidente ou incêndio e os
procedimentos de controle adotados, utilizando, além da coleta de dados de imagens e entrevistas,
também os registros de ocorrências para pode emitir relatório, com o objetivo de propor medidas
preventivas e corretivas para evitar a sua repetição.

8 Procedimentos para a realização de exercícios simulados


8.1 Deve ser realizado pelo menos um exercício simulado completo a cada 12 meses, envolvendo todos
os bombeiros e profissionais do serviço de bombeiros, podendo ser realizados exercícios simulados
parciais divididos por atribuição por exemplo, emergências médicas, combate a incêndio, resgate técnico,
emergências com produtos perigosos, desde que ao final do período de 12 meses todos os profissionais
do serviço de bombeiros sejam contemplados.

8.1.1 Após o simulado, deve ser realizada uma reunião para a avaliação crítica e de não conformidades,
para posteriores recomendações de melhorias; deve ser elaborada ata na qual constem os itens abaixo,
quando aplicáveis, e não se limitando a estes:

a) data e horário do evento

b) tempos de resposta

c) tempo total gasto no atendimento do cenário proposto

d) tempo gasto no abandono

e) desempenho nos atendimentos de emergências

f) atuação dos profissionais envolvidos

g) desempenho da participação de recursos particulares de emergências (brigada, bombeiro civil,


PAM ou RINEM e ambulâncias)

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h) desempenho da participação dos serviços públicos de emergências (SAMU, corpos de bombeiros


e ambulâncias)

i) falhas e não conformidades de equipamentos

j) falhas e não conformidades operacionais

k) demais problemas levantados na avaliação e reunião

l) recomendações de melhorias

8.1.2 Deve ser avaliada a necessidade de informar previamente a população vizinha do local do
exercício simulado.

9 Procedimentos para a avaliação anual


9.1 O responsável pela planta e pelos bombeiros civis deve avaliar anualmente o nível de estrutura e
de desempenho de serviços, em pelo menos 90% dos atendimentos de emergências ocorridos em
período mínimo de 12 meses e de 100% nos atendimentos em exercícios simulados realizados
periodicamente conforme definido no plano de emergências, utilizando essa norma como referência,
considerando:

a) as condições das instalações dos bombeiros civis

b) as condições das viaturas e necessidades de viaturas específicas

c) as condições, quantidade e qualidade dos equipamentos e materiais empregados em


atendimentos de emergências

d) a quantidade de bombeiros civis

e) a necessidade de treinamentos específicos para capacitação dos bombeiros civis

f) o tempo de resposta médio dos atendimentos de emergências em cada área dentro da planta ou
serviço

g) o tempo de resposta entre os chamados e as chegadas nos locais das emergências

h) o desempenho das ações conforme o plano de emergências e/ou os procedimentos operacionais

i) a necessidade de adequação e/ou atualização do (s) procedimento (s) definidos no plano de


emergências da planta ou serviço

9.1.1 O responsável pela planta e pelos bombeiros civis deve emitir um relatório da avaliação, esse
relatório deve descrever as circunstâncias em que os requisitos desta norma não estão sendo atendidos
e explicar as consequências previsíveis destas deficiências e recomendar as medidas necessárias para
alcançar a conformidade.

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ANEXO A (normativo)

CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO À OCUPAÇÃO

Tabela A.1 – classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação


Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos
Casas térreas ou assobradadas (isoladas e não
A-1 Habitação unifamiliar
isoladas) e condomínios horizontais.
A-2 Habitação multifamiliar Edifícios de apartamento em geral.
A Residencial
Pensionatos, internatos, alojamentos, mosteiros,
A-3 Habitação coletiva conventos, residências geriátricas, com
capacidade máxima de até 16 leitos.
Hotéis, motéis, pensões, hospedarias, pousadas,
B-1 Hotel e assemelhado albergues, casas de cômodos, divisão A-3 com
Serviço de mais de 16 leitos.
B
Hospedagem Hotéis e assemelhados com cozinha própria nos
B-2 Hotel residencial apartamentos (incluem-se apart-hotéis, flats,
hotéis residenciais).
Comércio com baixa carga Artigos de metal, louças, artigos hospitalares e
C-1
de incêndio outros.
Edifícios de lojas de departamentos, magazines,
Comércio com média e
C-2 armarinhos, galerias comerciais, supermercados
C Comercial alta carga de incêndio
em geral, mercados e outros.
Centros de comerciais de
Centros comerciais de múltiplas lojas e
C-3 compras (Shopping
prestação de serviços (shopping centers)
centers)
Escritórios administrativos ou técnicos,
Local para prestação de instituições financeiras (que não estejam
D-1 serviço profissional ou incluídas em D-2), repartições públicas,
condução de negócios cabeleireiros, centros profissionais e
assemelhados.
D-2 Agência bancária Agências bancárias e assemelhados
D Serviço profissional
Serviço de reparação Lavanderias, assistência técnica, reparação e
D-3 (exceto os classificados manutenção de aparelhos eletrodomésticos,
em G-4) chaveiros, pintura de letreiros e outros.
Laboratórios de análises clínicas sem
D-4 Laboratório internação, laboratórios químicos, fotográficos e
assemelhados.

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Tabela A.1 (Continuação)


Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos
Escolas de primeiro, segundo e terceiro graus,
E-1 Escola em geral cursos supletivos e pré-universitário e
assemelhados.
Escolas de artes e artesanato, de línguas, de cultura
E-2 Escola especial geral, de cultura estrangeira, escolas religiosas e
assemelhados
Locais de ensino e/ou práticas de artes marciais,
Educacional e natação, ginástica (artística, dança, musculação e
E
cultura física E-3 Espaço para cultura física outros) esportes coletivos (tênis, futebol e outros
que não estejam incluídos em F-3), sauna, casas de
fisioterapia e assemelhados. Sem arquibancadas.
Centro de treinamento
E-4 Escolas profissionais em geral
profissional
E-5 Pré-escola Creches, escolas maternais, jardins de infância
Escola para portadores de Escolas para excepcionais, deficientes visuais e
E-6
deficiências auditivos e assemelhados
Local onde há objeto de Museus, centro de documentos históricos, galerias
F-1
valor inestimável de arte, bibliotecas e assemelhados
Igrejas, capelas, sinagogas, mesquitas, templos,
F-2 Local religioso e velório cemitérios, crematórios, necrotérios, salas de
funerais e assemelhados
Arenas em geral, estádios, ginásios, piscinas,
Centro esportivo e de rodeios, autódromos, sambódromos, pista de
F-3
exibição patinação e assemelhados. Todos com
arquibancadas
Estações rodoferroviárias e marítimas, portos,
Estação e terminal de
F-4 metrô, aeroportos, heliponto, estações de
passageiro
Local de reunião de transbordo em geral e assemelhados
F
público Teatros em geral, cinemas, óperas, auditórios de
F-5 Arte cênica e auditório estúdios de rádio e televisão, auditórios em geral e
assemelhados
Clubes em geral e salões de festa (buffet),
F-6 Clubes sociais e diversão restaurantes dançantes, clubes sociais, bingo,
bilhares, tiro ao alvo, boliche e assemelhados
Construção provisória
F-7 Circos, eventos temporários e assemelhados
Edificações temporárias
Restaurantes, lanchonetes, bares, cafés, refeitórios,
F-8 Local para refeição
cantinas e assemelhados
Jardim zoológico, parques recreativos e
F-9 Recreação pública
assemelhados

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Tabela A.1 (Continuação)


Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos
Exposição de objetos ou Salões e salas para exposição de objetos ou
F-10
Local de reunião de animais animais. Edificações permanentes
F
público Casas de shows, casas noturnas, boates e
F-11 Casas de show
assemelhados.
Garagem sem acesso de
Garagens automáticas, garagens com
G-1 público e sem
manobristas
abastecimento
Garagem com acesso de Garagens coletivas sem automação, em geral,
G-2 público e sem sem abastecimento (exceto veículos de carga e
abastecimento coletivos)
Local dotado de
Postos de abastecimento e serviço, garagens
G-3 abastecimento de
(Exceto veículos de carga e coletivos)
Serviço automotivo Combustível
G
e assemelhados Oficinas de conserto de veículos, borracharia
Serviço de conservação, (sem recauchutagem). Oficinas e garagens de
G-4
manutenção e reparos veículos de carga e coletivos, máquinas
agrícolas e rodoviárias, retificadoras de motores
Abrigos para aeronaves com ou sem
G-5 Hangares
abastecimento
Abrigos para embarcações com ou sem
Garagens náuticas e
G-6 abastecimento em atracadouros, poitas ou áreas
marinas
cobertas (galpões) ou abertas (pátios)
Hospitais, clínicas e consultórios veterinários e
Hospital veterinário e
H-1 assemelhados (inclui-se alojamento com ou sem
assemelhados
adestramento)
Local onde pessoas Asilos, orfanatos, abrigos geriátricos, hospitais
requerem cuidados psiquiátricos, reformatórios, tratamento de
H-2 especiais por limitações dependentes de drogas, álcool. E
físicas ou mentais assemelhados. Todos sem celas
Hospitais, casa de saúde, prontos-socorros,
Serviço de saúde e clínicas com internação, ambulatórios e postos
H H-3 Hospital e assemelhado
institucional de atendimento de urgência, postos de saúde e
puericultura e assemelhados com internação
Edificações das forças
Quartéis, delegacias, postos policiais, postos de
H-4 armadas e policiais
bombeiro e assemelhados
segurança pública
Hospitais psiquiátricos, manicômios,
Local onde a liberdade das reformatórios, prisões em geral (casa de
H-5
pessoas sofre restrições detenção, penitenciárias, presídios) e
instituições assemelhadas. Todos com celas

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Tabela A.1(Continuação)

Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos


Clínicas médicas, consultórios em geral,
Serviço de saúde e Clínica e consultório
H unidades de hemodiálise, ambulatórios e
institucional H-6 médico e odontológico
assemelhados. Todos sem internação
Atividades industriais que envolvam aço,
aparelhos de rádio e som, armas, artigos de
Indústria com carga de
metal, gesso, esculturas de pedra, ferramentas,
I-1 incêndio até
joias, relógios, sabão, serralheria, suco de frutas,
300MJ/m2
louças, vidro, tratamento de água ou esgoto
máquinas e assemelhados.
Atividades industriais que envolvam bebidas
I Indústria Indústria com carga de
destiladas, instrumentos musicais, móveis,
I-2 incêndio entre
alimentos, marcenarias, fábricas de caixas e
300 a 1.200MJ/m2
assemelhados.
Atividades industriais que envolvam inflamáveis,
Indústria com carga de
materiais oxidantes, ceras, espuma sintética,
I-3 incêndio superior a 1.200
grãos, tintas, borracha, processamento de lixo e
MJ/m²
assemelhados.
Edificações sem processo industrial que
Depósitos de material armazenam tijolos, pedras, areias, cimentos,
J-1
incombustível metais e outros materiais incombustíveis. Todos
sem embalagem
Depósitos com carga de Edificações onde os materiais armazenados
J-2
incêndio até 300 MJ/m² apresentam baixa carga de incêndio
J Depósito
Depósitos com carga de
Edificações onde os materiais armazenados
J-3 incêndio entre 300 MJ/m² a
apresentam média carga de incêndio
1.200 MJ/m²
Depósitos com carga de
Edificações onde os materiais armazenados
J-4 incêndio superior a 1.200
apresentam alta carga de incêndio
MJ/m²
Centrais de distribuição e
K-1 Subestação elétrica
transmissão de energia
K Energia
Usinas hidrelétricas, termoelétricas, eólicas,
K-2 Geração de energia
nucleares e outras
Comércio em geral de fogos de artifício e
L-1 Comércio
assemelhados
L Explosivo
L-2 Indústria Indústria de material explosivo
L-3 Depósito Depósito de material explosivo

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Tabela A.1(Continuação)

Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos


Túnel rodoferroviário e marítimo, destinados a
M-1 Túnel
transporte de passageiros ou cargas diversas
Edificação destinada a produção, manipulação,
Líquido ou gás inflamáveis
M-2 armazenamento e distribuição de líquidos ou
ou combustíveis
gases inflamáveis ou combustíveis
Central de comunicação e Central telefônica, centros de comunicação,
M-3
energia centrais e assemelhados
M-4 Canteiro de obras Canteiro de obras e assemelhados
Armazenagem e processos de grãos e
M-5 Silos
M Especial assemelhados
Floresta, reserva ecológica, parque florestal e
M-6 Terra selvagem
assemelhados
Área aberta destinada a armazenamento de
M-7 Pátio de contêineres
contêineres
Atividades agro
M-8 Áreas de plantação e de criação de animais
zootécnicas
Área de mineração destinada a extração
M-9 Minas mineral de subsolo em minas carboníferas e de
metal e não metal.

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ANEXO B (Informativo)

CURRÍCULO MÍNIMO DO CURSO DE QUALIFICAÇÃO DE BOMBEIROS CIVIS

Tabela B.1 — Fundamentos da análise de riscos

Parte teórica Parte Prática


Módulo Objetivos Carga Objetivos Carga
Ao final deste módulo o aluno horária Ao final deste módulo o aluno horária
deve: (h) deve: (h)
Conhecer os conceitos, métodos e
01
ferramentas para melhorar a
Fundamentos
percepção sobre o perigo, assim 4 NA NA
da análise de
como, a identificação, a análise e a
riscos
avaliação dos riscos.
Conhecer as características das
seguintes instalações a partir de
perigos específicos por exemplo,
Geração de energia elétrica e
instalações elétricas;
Armazenagem de gases inflamáveis
como GLP, GN, acetileno,
02
Armazenagem de líquidos
Áreas de
inflamáveis por exemplo, diesel, 8 NA NA
riscos
gasolina e álcool;
específicos
Armazenagem de produtos
perigosos por exemplo, tóxicos,
corrosivos e materiais radioativos;
Conhecer os conceitos de Sistemas
de Proteção Contra Descargas
Atmosféricas (SPDA) e sistemas de
aterramentos.
Participar de visita supervisionada
Elaborar, ao menos, duas analises
por instrutor, com foco no resultado
de riscos, de etapas de processos a
identificado na análise de riscos
serem escolhidos, que façam parte
03 elaborada, em pelo menos dois dos
dos seguintes tipos de planta:
Análises de seguintes tipos de planta: serviço de
serviço de hospedagem, shopping 8 8
riscos hospedagem, shopping center,
center, geração de energia elétrica,
específicos indústria, depósito, geração de
indústria química, parque de
energia elétrica, parque de tanques
tanques de inflamáveis, depósito e
de inflamáveis e local de reunião
local de reunião pública.
pública
04
Obter aprovação 1 NA NA
Avaliação
Total 21 Total 8
Total de horas do módulo 29

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Tabela B.2 — Emergências médicas em atendimento pré-hospitalar

Parte Teórica Parte Prática


Módulo Objetivos: Carga Objetivos: Carga
Ao final deste módulo o aluno horária Ao final deste módulo o aluno horária
deve: (h) deve: (h)
01
Introdução e
Conhecer os aspectos éticos e
aspectos éticos
legais dos atendimentos pré- 1 NA NA
e legais dos
hospitalares de vítimas.
atendimentos
pré-hospitalares
Conhecer a ABNT NBR 14562 e as
02 portarias e resoluções do ministério
Normas da saúde sobre Atendimento Pré-
técnicas e hospitalar. Conhecer as
legislações para regulamentações e legislações em 3 NA NA
APH – todas as esferas governamentais
Atendimento pertinentes, relacionados à
Pré-hospitalar responsabilidade do bombeiro civil
no APH.
03 Conhecer os procedimentos para o
Sistemas de acionamento e o funcionamento dos
Atendimento de sistemas de emergências médicas
1 NA NA
Emergências pré-hospitalar do SAMU – Serviço
Médicas Pré- Móvel de Urgência e do Resgate do
Hospitalares Corpo de Bombeiros.
Utilizar equipamentos para verificação
Conhecer a anatomia do corpo
04 de parâmetros vitais como respiração,
humano; conhecer os sistemas e a
Anatomia e 8 frequência e ritmo cardíaco, pressão 8
fisiologia básica respiratória e
fisiologia arterial, temperatura, SpO2
cardíaca.
sensibilidade e reação motora.
Reconhecer e avaliar os riscos
iminentes, executar medidas de
Conhecer os riscos iminentes, os proteção e segurança, reconhecer os
05
mecanismos de lesão, número de 1 mecanismos de lesão, o número de 2
Avaliação inicial
vítimas e o exame físico de vítimas. vítimas e o exame físico destas, efetuar
a triagem e a priorização de
atendimento das vítimas.
Reconhecer os sinais e sintomas de
Conhecer os sinais e sintomas de
obstruções e praticar as técnicas de
06 obstruções de V.A.S. em adultos,
1 desobstrução de vias aéreas em 1
Vias aéreas crianças e bebês conscientes e
adultos, crianças e bebês conscientes e
inconscientes.
inconscientes.
07 Conhecer e descrever as técnicas de
RCP Ventilação artificial e compressão Demonstrar como aplicar as técnicas de
1 3
(ressuscitação cardíaca externa (RCP) para adultos, RCP
cardiopulmonar) crianças e bebês.
08
Conhecer a fisiologia da parada
DEA – Utilizar equipamentos semiautomáticos
cardíaca e os equipamentos
Desfibrilação 4 de treinamento para desfibrilação 4
semiautomáticos para desfibrilação
Externa externa.
externa.
Automática

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Tabela B.2 (continuação)

Parte Teórica Parte Prática


Módulo Objetivos: Carga Objetivos: Carga
Ao final deste módulo o aluno horária Ao final deste módulo o aluno horária
deve: (h) deve: (h)
09 Demonstrar as técnicas iniciais para a
Conhecer os sinais, sintomas e técnicas
Estado de 1 prevenção e tratamento do estado de 1
de prevenção e tratamento.
choque choque.
10 Conhecer as técnicas de Demonstrar as técnicas de hemostasia
1 2
Hemorragias hemostasia. em membros, cabeça e tronco.
Conhecer as fraturas abertas e Demonstrar as técnicas de
11
fechadas e técnicas de 2 imobilizações em membros, pélvis e 4
Fraturas
imobilizações. coluna vertebral
Demonstrar os cuidados específicos em
Identificar os tipos de ferimentos e
12 ferimentos incisivos, corto contusos,
as consequências de gravidade dos 1 3
Ferimentos penetrantes, empalamentos e
ferimentos.
amputações traumáticas.
Conhecer os tipos de queimaduras
(térmicas, químicas e elétricas) e os
Demonstrar as técnicas e
13 graus (primeiro, segundo e terceiro)
2 procedimentos de tratamento pré- 1
Queimaduras das queimaduras; conhecer as
hospitalar de queimaduras.
técnicas de resfriamento e curativos
para queimaduras.
Conhecer os tipos de intoxicações
(biológicas, químicas e radiológicas), as
vias de acesso e as rotas de exposição,
os sinais e sintomas das principais
Reconhecer as evidencias e
intoxicações biológicas incluindo os
constatações de causa da intoxicação;
principais animais venenosos e
reconhecer e avaliar os riscos
peçonhentos terrestres (aranhas,
iminentes, executar medidas de
14 escorpiões e serpentes); os sinais e
4 proteção e segurança; 2
Intoxicações sintomas das intoxicações químicas
Demonstrar as técnicas de
incluindo os principais gases asfixiantes
posicionamento, movimentação e
e tóxicos (CO2, CO, H2S e H-CN); os
tratamento pré-hospitalar de vítima de
tratamentos pré-hospitalares para as
intoxicações.
intoxicações exógenas;
Conhecer as principais evidencias e
constatações para a identificação de
intoxicação intencional.
Demonstrar as técnicas de atendimento
Reconhecer sincopes, convulsões, para sincopes e convulsões;
AVC (Acidente Vascular Cerebral), Demonstrar as técnicas de avaliação e
15
dispnéias, crises hiper e hipotensiva, procedimentos iniciais para IAM e AVC.
Emergências 4 4
IAM (infarto agudo do miocárdio), Utilizar equipamentos para a verificação
clínicas
diabetes e hipoglicemia e o tratamento de glicemia e demonstrar os
pré-hospitalar. procedimentos iniciais para
atendimento a hipoglicemia
16
Conhecer as técnicas de transporte de Demonstrar as técnicas de
Movimentação,
vítimas, sem e com suspeita de lesão movimentação, remoção e transporte
remoção e 2 2
na coluna vertebral em prancha, maca de vítima em prancha, maca e
transporte de
e ambulância. ambulância.
vítimas

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Tabela B.2 (conclusão)

Parte Teórica Parte Prática


Módulo Objetivos: Carga Objetivos: Carga
Ao final deste módulo o aluno horária Ao final deste módulo o aluno horária
deve: (h) deve: (h)
Conhecer o ciclo gestacional e os sinais
Demonstrar em manequins
e sintomas da gravides; conhecer as
17 específicos, as técnicas de
principais condições de gravides de
Emergências 2 procedimentos para o parto normal 2
risco; conhecer os procedimentos para
obstétricas com a assistência e suporte inicial
o parto normal, a assistência e suporte
para o neonato e parturiente
inicial para o neonato e parturiente.
Conhecer os aspectos legais para
atendimento de vítimas pediátricas;
conhecer as técnicas de abordagem e
18 avaliação física em bebes, crianças e Demonstrar as técnicas de
Emergências adolescentes; 2 abordagem e avaliação física em 2
Pediátricas Conhecer as principais evidencias e bebes, crianças e adolescentes.
constatações para a identificação de
abusos ou negligência ao paciente
pediátrico.
Conhecer as técnicas de abordagem e
avaliação física em pacientes idosos;
19 Demonstrar as técnicas de
conhecer as principais evidencias e
Emergências 2 abordagem e avaliação física em 2
constatações para a identificação de
geriátricas pacientes idosos.
abusos ou negligência ao paciente
Geriátrico.
Conhecer as técnicas de abordagem e
20
avaliação física em pacientes com
Emergências Demonstrar as técnicas de
restrição físicas, mental e sensorial;
com Pacientes abordagem e avaliação física em
conhecer as principais evidencias e 2 2
com pacientes com restrições físicas,
constatações para a identificação de
necessidades mentais e sensoriais;
abusos ou negligência ao paciente com
especiais
necessidades especiais.
Conhecer os aspectos legais para
atendimento de vítimas com alteração
Demonstrar as técnicas de
comportamental; conhecer as
21 abordagem e contenção física e
principais causas das emergências
Emergências 2 mecânica de pacientes com 2
comportamentais; conhecer as técnicas
comportamentais alteração comportamental violenta
de abordagem e contenção física e
ou de risco
mecânica de pacientes com alteração
comportamental violenta ou de risco
22 Conhecer as ações de avaliação,
Demonstrar na prática as técnicas de
Protocolo para zoneamento, triagem e método start
2 triagem, tratamento e transporte, que 2
incidente com para acidentes e incidentes que
envolvam múltiplas vítimas.
múltiplas vítimas envolvam múltiplas vítimas.
Conhecer as possíveis reações das
23 pessoas em situações de emergências Participar de discussão pós
Psicologia em e a administração do estresse após 2 incidente crítico simulado com 2
emergências incidentes críticos para os profissionais múltiplas vítimas.
de emergências.
24
Obter aprovação 2 Obter aprovação 4
Avaliação
Total 53 Total 55
Total de horas do módulo 108

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Tabela B.3 — Prevenção e combate a incêndio

Parte Teórica Parte Prática


Módulo Objetivos: Carga Objetivos: Carga
Ao final deste módulo o aluno horária Ao final deste módulo o aluno horária
deve: (h) deve: (h)
01 Conhecer o histórico e as
1 NA NA
Introdução estatísticas de incêndios no Brasil.
Conhecer as ABNT NBR 15219,
02 ABNT NBR 14608, ABNT NBR
Normas 14276, ABNT NBR 14277, ABNT
técnicas e NBR 14023 e a ABNT NBR 14096;
legislações conhecer as regulamentações e 3 NA NA
para Prevenção legislações em todas as esferas
e combate a governamentais pertinentes
incêndios relacionados à responsabilidade do
bombeiro civil.
Conhecer os procedimentos para o
03
acionamento e o funcionamento dos
Sistemas de
serviços públicos locais de
Atendimento
atendimento a emergências (Corpo 1 NA NA
dos serviços
de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia,
públicos de
Agência Ambiental e/ou outras de
Emergências.
responsabilidade local).
Conhecer os quatro elementos
formadores da combustão, as
formas de propagação do calor, as
temperaturas do fogo, os métodos
de extinção do fogo, a classificação
04
dos incêndios (A, B, C, D e K), os 8 NA NA
Teoria do fogo
principais agentes extintores,
unidade extintora e capacidade
extintora, as fases do combate ao
fogo, dinâmica do fogo, o Flashover,
o Backdraft, o Bleve e o Boil Over.
Conhecer os conceitos gerais de
prevenção, educação e proteção
contra incêndio; noções de proteção
05
passiva e proteção ativa, isolamento
Proteção contra 8 NA NA
de risco, compartimentação vertical
incêndio
e horizontal; noções de resistência
das estruturas e dos materiais ao
fogo.
Demonstrar os principais
procedimentos para o
Conhecer as saídas de emergência,
funcionamento do sistema de meios
escadas de segurança, corredores e
de fuga, saídas de emergência,
rotas de fuga, sistemas de
escadas de segurança, corredores e
iluminação de emergência, elevador
rotas de fuga; dos sistemas de
06 de segurança, meios de aviso,
iluminação de emergência; do
Sinalização e detecção e alarme de incêndio e
elevador de segurança; dos meios
comunicação sinalização de emergência; 8 8
de aviso, detecção e alarme de
de Conhecer os sistemas de
incêndio; da sinalização de
emergências. comunicação por voz (fixa e móvel)
emergência;
e dados. Conhecer o código
Demonstrar na prática como operar
alfabeto fonético.
os sistemas de comunicação por
Conhecer o código de pronúncia de
voz (fixa e móvel) e dados, usando
números.
o código alfabeto fonético e o código
de pronúncia de números.

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Tabela B.3 (continuação)

Parte Teórica Parte Prática


Módulo Objetivos: Carga Objetivos: Carga
Ao final deste módulo o aluno horária Ao final deste módulo o aluno horária
deve: (h) deve: (h)
Conhecer os equipamentos de
proteção individual para proteção da
cabeça, olhos e face, proteção
auditiva, proteção respiratória,
tronco, membros superiores,
membros inferiores e corpo inteiro,
em conformidade com as Normas Exercitar o cálculo da autonomia do
Brasileiras específicas para conjunto máscara autônoma;
combate a incêndio, nacionais e na demonstrar a utilização (montar o
falta de Normas Brasileiras, adotar equipamento, equipar-se e
07
Normas estrangeiras e/ou deslocar-se com e sem vítima,
EPI, EPR e 8 8
internacionais; demonstrar o equipamento),
EPRA
Conhecer as partes que compõe o desmontar e promover a limpeza e
EPRA e saber identificar a higienização dos equipamentos de
finalidade dos dados impressos nos proteção respiratória e remontar a
cilindros de ar respirável; conhecer unidade.
a forma de calcular a autonomia do
conjunto máscara autônoma.
Conhecer a utilização, limpeza e
higienização dos equipamentos de
Proteção Individual e de Proteção
Respiratória.
Conhecer os equipamentos e os
principais procedimentos de Demonstrar o conhecimento dos
emergência para o correto equipamentos e os principais
funcionamento de bombas (elétricas procedimentos de emergência para
e a combustão), válvulas de o correto funcionamento de bombas
recalque, barriletes, hidrantes (elétricas e a combustão), chuveiros
08 (predial, de coluna e subterrâneo), automáticos (sprinklers) e sistemas
Equipamentos chuveiros automáticos (sprinklers) e fixos de combate a incêndio (com
de sistema fixo e sistemas fixos de combate a 8 espuma mecânica, agentes 8
operação incêndio (com espuma mecânica, molhados e gases);
automática agentes umectantes e gases); Demonstrar como são realizados os
Conhecer como são realizados os testes de abertura e vedação de um
testes de abertura e vedação de um hidrante predial.
hidrante predial. Demonstrar os procedimentos para
Conhecer os procedimentos para efetuar a troca de um bico de
efetuar a troca de um bico de chuveiro automático (sprinklers)
chuveiro automático (sprinklers).
Conhecer os tipos e a operação de:
extintores (portáteis e extintores sobre
rodas, com carga de água, pó BC, pó
ABC, CO2, halotrom, etc.); Demonstrar a operação de extintores
09
Conhecer os critérios para a definição (portáteis e extintores sobre rodas, com
Equipamentos
do agente extintor e do carga de água, pó BC, pó ABC, CO2);
portáteis de
dimensionamento da capacidade 8 Demonstrar a desmontagem, inspeção 8
operação manual
extintora de acordo com a ABNT NBR visual, recarga e montagem de um
– Extintores de
12693 extintor de PQS e de um extintor de
incêndio
Conhecer os padrões de inspeção CO2.
visual e de teste de funcionamento para
cada tipo de extintor de incêndio, de
acordo com a ABNT NBR 12962.

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Tabela B.3 (continuação)

Parte Teórica Parte Prática


Módulo Objetivos: Carga Objetivos: Carga
Ao final deste módulo o aluno horária Ao final deste módulo o aluno horária
deve: (h) deve: (h)
Demonstrar a montagem de uma
Conhecer os tipos de mangueiras (tipos
linha direta de combate a incêndio,
I, II, III, IV e V) e suas aplicações e uso;
a partir de um hidrante e/ou viatura,
Conhecer as recomendações para
linha adutora e linha siamesa.
inspeção, manutenção e cuidados com
Demonstrar a operação de mangueiras
as mangueiras de incêndio.
10 para adutora, derivantes, redutores,
Conhecer os tipos de esguichos
Equipamentos passagem de nível.
(básico, vazão constante e
portáteis de Demonstrar a operação de linhas de
semiautomáticos), as modelagens e
operação manual mangueiras e esguichos.
aplicação dos tipos de jato 8 8
– Mangueiras, Demonstrar na prática o uso de
(sólido/pleno, cone de força e neblina)
esguichos e linha de água para ataque direto,
as recomendações para aplicação,
canhões ataque indireto e ataque combinado;
inspeção, manutenção e cuidados com
monitores Demonstrar a modelagem dos tipos de
os esguichos;
jatos de água (sólido/pleno, cone de
Conhecer os tipos de canhões
força e neblina);
monitores portáteis (jato fixo, regulável
Demonstrar a operação de linhas de
e auto proporcionador de espuma / auto
mangueiras e canhões monitores
eductor).
portáteis.
Utilizar o líquido gerador de espuma
(LGE) e agua para aplicação por
Conhecer os tipos de espuma para
sistema manual em fogo em poça,
extinção de fogo classe A e B;
bacia de contenção, e em tanque
Conhecer os tipos de espuma de baixa,
atmosférico;
média e alta expansão e suas
Demonstrar a montagem de linhas de
aplicações;
mangueiras com proporcionadores,
Conhecer as concentrações de solução
esguichos e canhões monitores para a
de líquido gerador de espuma (LGE)
formação de espuma de baixa, média e
para tipos de combustíveis classe B
alta expansão;
(hidrocarbonetos e solventes polares);
Demonstrar as técnicas de aplicação de
11 Conhecer as técnicas de aplicação de
espuma por esguicho manual portátil e
Espuma e espuma;
por canhão monitor.
agentes Conhecer os cálculos para
8 Executar testes de densidade de 8
umectantes para dimensionamento de volume de líquido
espuma aplicado por sistema fixo e
combate a gerador de espuma (LGE) e água
portátil;
incêndio. baseado na taxa e tempo de aplicação
Calcular o dimensionamento de
de espuma;
concentrado de agente umectante e
Conhecer os tipos de proporcionadores
agua para aplicação por sistema
(Venturi e balanceados) para formação
manual;
de concentração de solução;
Demonstrar a montagem de linhas de
Conhecer os tipos de esguichos de
mangueiras com proporcionadores,
formação de espuma;
esguichos e canhões monitores para a
Conhecer os principais agentes
aplicação de agentes umectantes;
umectantes e as suas aplicações em
Demonstrar as técnicas de aplicação de
sistemas fixos e portáteis.
agentes umectantes por esguicho
manual portátil e por canhão monitor.

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Tabela B.3 (conclusão)

Parte Teórica Parte Prática


Módulo Objetivos: Carga Objetivos: Carga
Ao final deste módulo o aluno horária Ao final deste módulo o aluno horária
deve: (h) deve: (h)
Conhecer como transportar e armar
uma escada prolongável;
Conhecer como operar pelo menos as Demonstrar como transportar e armar
seguintes ferramentas de corte, uma escada prolongável; como operar
arrombamento e remoção, (machado, ferramentas de corte, arrombamento e
machado-picareta, corta-a-frio, croque, remoção (machado, machado-picareta,
alavanca simples, alavanca pé-de- corta-a-frio, croque, alavanca simples,
12 cabra e ferramentas hidráulicas de alavanca pé-de-cabra e ferramentas
Equipamentos corte e tração); 8 hidráulicas de corte e tração); como 8
auxiliares Conhecer lanternas e refletores operar lanternas e refletores portáteis
portáteis para iluminação; para iluminação; como operar e prover
Conhecer os conjuntos moto- manutenção em conjuntos moto-
geradores, motobombas e moto- geradores, motobombas e moto-
ventiladores, suas aplicações, ventiladores; como usar uma lona para
operação e manutenção preventiva; salvatagem
Conhecer o emprego de uma lona para
salvatagem;
Demonstra as principais técnicas de
13 entradas forçadas utilizando
Técnica de Conhecer as principais técnicas de ferramentas;
combate a entradas forçadas, busca e
4 4
incêndio – exploração para resgate de vítimas
resgate de em áreas de incêndio. Demonstrar as principais técnicas
vítimas de busca e exploração para resgate
de vítimas em áreas de incêndio.
Demonstrar as técnicas de
14 ventilação e/ou exaustão natural
Técnica de Conhecer a principais técnicas de com uso de ferramentas para
combate a controle de fumaça por exaustão aberturas, por exaustão forçada
2 4
incêndio - natural, exaustão forçada, venturi e com uso de exaustores, por venturi
Controle de por pressão positiva. com uso de linhas de mangueiras e
fumaça por pressão positiva com uso de
ventiladores.
15
Técnica de Conhecer as principais técnicas de Demonstrar as principais técnicas
combate a confinamento, isolamento, de confinamento, isolamento,
incêndio – salvatagem e rescaldo de incêndio; salvatagem e rescaldo de incêndio;
4 8
confinamento, conhecer os critérios de demonstrar os aspectos que devem
isolamento, preservação do local para ser preservados para investigação
salvatagem e investigação pericial pericial.
rescaldo
16
Obter aprovação 2 Obter aprovação 8
Avaliação
Total 89 Total 80
Total de horas do módulo 169

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Tabela B.4 — Resgate técnico

Parte Teórica Parte Prática


Módulo Objetivos: Carga Objetivos: Carga
Ao final deste módulo o aluno horária Ao final deste módulo o aluno horária
deve: (h) deve: (h)
Conhecer os princípios de
01 funcionamento de um elevador e
Emergências em as emergências específicas, 2 NA NA
elevador conforme recomendações de cada
fabricante de elevador.
Conhecer os equipamentos e Demonstrar as técnicas de
técnicas para o segurança e utilizar os
02
desencarceramento de vítimas equipamentos para
Desencarceramento 8 12
presas em ferragens, em desencarceramento em resgate
de vítimas.
equipamentos e em estruturas veicular, em equipamentos e
colapsadas. estruturas colapsadas.
03 Conhecer as normas técnicas da
Normas técnicas ABNT NBR 15595 e as Normas
NA
ABNT e legislações Regulamentadoras aplicáveis a 2 NA
para trabalhos em segurança para trabalhos em
altura altura.
Demonstrar as técnicas e utilizar
04 Conhecer os riscos e perigos e os
os equipamentos para os
Procedimentos para procedimentos especificados
8 procedimentos especificados 4
segurança e pelas ABNT NBR15595 para a
pelas ABNT NBR para a
trabalhos em altura realização de trabalhos em altura.
realização de trabalhos em altura.
Conhecer as consequências das
lesões provenientes da suspensão
05 Demonstrar as técnicas e utilizar
de vítimas por sistemas de
Resgate de vítimas 4 os equipamentos para resgate de 8
proteção de quedas e conhecer as
em altura vítimas em altura.
técnicas para resgate de vítimas
em altura.
06 Conhecer as normas técnicas da
Normas técnicas ABNT NBR 14787 e as Normas
ABNT e legislações Regulamentadoras aplicáveis a 2 NA NA
para trabalhos em segurança para trabalhos em
espaços confinados espaços confinados.
Demonstrar as técnicas e utilizar
07 Conhecer riscos e perigos e os
os equipamentos para os
Procedimentos para procedimentos especificados
procedimentos especificados
segurança e pelas ABNT NBR 14787 para a 8 4
pelas ABNT NBR para a
trabalhos em realização de trabalhos em
realização de trabalhos em
espaços confinados espaços confinados.
espaços confinados.
Conhecer as consequências e os
08 efeitos dos riscos e perigos
Demonstrar as técnicas e utilizar
Resgate de vítimas identificados em trabalhos em
4 os equipamentos para resgate de 8
em espaços espaços confinados e conhecer as
vítimas em espaços confinados.
confinados técnicas para resgate de vítimas
em espaços confinados.

34
ABNT/CB-024
ABNT NBR 14608 (REVISADA)- MAIO 2017 –BOMBEIRO CIVIL

Tabela B.4 (conclusão)

Parte Teórica Parte Prática


Módulo Objetivos: Carga Objetivos: Carga
Ao final deste módulo o aluno horária Ao final deste módulo o aluno horária
deve: (h) deve: (h)
Facultativo
09 Conhecer as técnicas e
Demonstrar as técnicas e utilizar
Resgate equipamentos para busca e
os equipamentos para resgate de Facultativo
aquático em resgate de vítimas em águas 4
vítimas em piscina e lago sem 4
águas confinadas como piscinas e lagos
correnteza.
confinadas. sem correnteza.
Conhecer as técnicas e Facultativo
10
equipamentos para busca e Demonstrar as técnicas e utilizar
Resgate Facultativo
resgate de vítimas em águas 8 os equipamentos para resgate de
aquático em 8
abertas como rios com correnteza, vítimas em rio com correnteza,
águas abertas
praias e áreas costeiras. praia e área costeira.
Conhecer os principais riscos no
pouso de helicóptero e os Demonstrar os principais
11 principais procedimentos de procedimentos de segurança para
Prevenção em segurança para balizamento, balizamento, embarque e
área de pouso embarque e desembarque de 4 desembarque de passageiros e 8
de passageiros e procedimentos de procedimentos de controle em
helicópteros controle em caso de emergência, caso de emergência, envolvendo
envolvendo incêndio e resgate de incêndio e resgate de vítimas.
vítimas.
Demonstrar o uso de roupa de
apicultor, perneiras e luvas de
Conhecer as principais
raspa de punho longo;
características e os riscos de
Demonstrar o uso de laço de corda
acidentes envolvendo animais
para captura de mamíferos de
domésticos (caninos, felinos e
criação e domésticos;
aves), animais mamíferos de
Demonstrar o uso de rede para
criação, animais selvagens
captura de mamíferos domésticos
12 Captura de (mamíferos, répteis e insetos);
8 e selvagens 4
animais conhecer os EPI para captura de
Demonstrar o uso de gancho e
animais; conhecer os
pinça para captura de répteis
equipamentos e as técnicas para
(ofídios)
captura de animais.
Demonstrar o transporte e a
Conhecer os critérios, os
técnica de soltura de pelo menos
equipamentos e as técnicas para o
dois tipos de animais de grupos
transporte e soltura de animais
distintos (por exemplo, mamífero e
réptil)
13 Avaliação Obter aprovação 2 Obter aprovação 8
Total 64 Total 72
Total de horas do módulo 136

35
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Tabela B.5 — Emergências com produtos perigosos e ambientais

Parte Teórica Parte Prática


Módulo Objetivos: Carga Objetivos: Carga
Ao final deste módulo o aluno horária Ao final deste módulo o aluno horária
deve: (h) deve: (h)
Conhecer as Normas técnicas e
legislações que regulamentam a
01 Normas
identificação, transporte,
técnicas e 1 NA NA
armazenagem, manipulação e as
legislações
emergências envolvendo produtos
perigosos.
Conhecer as classes de perigos, os
sistemas de classificação, painel
02
de segurança, rótulo de risco, 3 NA NA
Conceitos
Ficha de Emergência, FISPQ,
Diamante de Hommel, etc.
Conhecer as características de
atmosfera insalubre por
concentração de O 2. Conhecer a
origem, os riscos e a classificação
de exposição atmosférica para pelo
menos os seguintes tipos de gases
inflamáveis, gás liquefeito de
petróleo (GLP), gás metano (CH 4 )
Demonstrar a utilização, montagem,
03 e acetileno; asfixiantes – dióxido
calibração e operação de
Riscos de carbono (CO 2 ); tóxicos - 4 4
equipamentos de medição e
atmosféricos monóxido de carbono (CO),
monitoramento de gases.
sulfídrico (H 2 S) e
cianídrico/cianeto (H-CN) e
irritantes e corrosivos - amônia
(NH 2 ) e cloro; conhecer a
utilização, montagem, calibração,
operação dos equipamentos de
medição e monitoramento de
gases.
Demonstrar o uso dos
Conhecer os equipamentos de
equipamentos de proteção
04 proteção individual e respiratória
4 individual e respiratória nível A, B e 4
EPI, EPR e EPRA nível A, B e C específicos para
C, específicos para atendimento a
atendimento a produtos perigosos.
produtos perigosos.
05
Conhecer e saber consultar o
Guia de
manual de emergências com 1 NA NA
procedimentos de
produtos perigosos
emergências
Conhecer os critérios para a
determinação das áreas de
restrição e segurança em local com
acidente envolvendo produtos
06
perigosos; conhecer o sistema de 2 NA NA
Ações Iniciais
organização da área do sinistro em
zonas de segurança, apoio e de
acesso limitado (quente, morna e
fria).
Conhecer as técnicas de resgate Demonstrar as técnicas de resgate
07
de vítimas contaminadas por de vítimas contaminadas e
Descontaminação 2 4
produtos perigosos e descontaminação de vítimas e
de vitimas
descontaminação de vítimas. ambientes.

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Tabela B.5 (conclusão)

Parte Teórica Parte Prática


Módulo Objetivos: Carga Objetivos: Carga
Ao final deste módulo o aluno horária Ao final deste módulo o aluno horária
deve: (h) deve: (h)
08 Demonstrar a aplicação e utilização
Técnicas de Conhecer os equipamentos e de batoques, almofadas
contenção e métodos de contenção e pneumáticas, barreiras de
2 8
confinamento confinamento de derramamento de contenção, absorção, mantas
de produtos perigosos. absorventes, materiais adsorventes
derramamentos sintéticos e absorventes orgânicos.
Conhecer os equipamentos para
09
medição de pH; Demonstrar em ensaios a
Técnicas de
Conhecer as técnicas e principais 2 degradação química e medição de 2
degradação
produtos utilizados para degradação pH.
química
química.
10
Obter aprovação 2 Obter aprovação 4
Avaliação
Total 23 Total 26
Total de horas do módulo 49

37
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Tabela B.6 – Comunicações e atividades administrativas para bombeiros

Parte Teórica Parte Prática


Módulo Objetivos: Carga Objetivos: Carga
Ao final deste módulo o aluno horária Ao final deste módulo o aluno horária
deve: (h) deve: (h)
Conhecer os sistemas de
comunicações públicos de
emergências.
Conhecer os fundamentos de rádio
Dizer os telefones dos serviços
comunicações, frequências de
públicos de emergências.
operação e equipamentos de
Operar equipamentos de
radiocomunicações.
radiocomunicação;
Conhecer os códigos alfa fonéticos e
Comunicações 16 Transmitir e interpretar mensagens 16
numéricos.
utilizando os códigos alfa fonéticos e
Conhecer os fundamentos de
numéricos.
transmissão de imagens e dados.
Utilizar dispositivos para a
Conhecer os equipamentos de
transmissão de imagens e dados.
biotelemetria.
Conhecer a ética de privacidade e
direito individual na transmissão de
informações, imagens e dados.
Conhecer as principais atribuições
do bombeiro civil estabelecidas
nesta Norma.
Exercitar o preenchimento de
Conhecer os procedimentos de
relatórios padronizados de
inspeção preventiva. Conhecer um
02 acompanhamento de trabalhos de
relatório padronizado de
Atividades 8 risco, de inspeções e de acidentes. 4
acompanhamento de trabalhos de
administrativas Exercitar o preenchimento de
risco, de inspeções e de acidentes.
relatórios de emergências de acordo
Conhecer como é feito o
com a ABNT NBR 14023.
preenchimento de um relatório de
atendimento de emergência de
acordo com a ABNT NBR 14023.
Conhecer os requisitos para a
03 elaboração e procedimentos Elaborar um modelo de plano de
Plano de definidos em um plano de 8 emergências de acordo com a ABNT 8
emergência emergência, de acordo com a ABNT NBR 15219.
NBR 15219
04
Obter aprovação 2 NA NA
Avaliação
Total 34 Total 28
Total de horas do módulo 62

Tabela B.7 – Gerenciamento de emergências e sistema de comando de incidentes

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Parte Teórica Parte Prática


Módulo Objetivos: Carga Objetivos: Carga
Ao final deste módulo o aluno horária Ao final deste módulo o aluno horária
deve: (h) deve: (h)
Conhecer os conceitos e
01 Demonstrar os procedimentos de
procedimentos relacionados ao
Fundamentos SCI - Sistema de Comando de
gerenciamento de emergências e a
gerenciamento 8 Incidentes para o gerenciamento de 8
metodologia e os procedimentos do
de emergências em cenários simulados
SCI – Sistema de Comando de
emergências de mesa.
Incidentes.
02
Obter aprovação NA NA NA
Avaliação
Total 8 Total 8
Total de horas do módulo 16

NOTA 1 A avaliação teórica pode ser realizada na forma escrita, com mínimo 25% das questões do tipo perguntas
e respostas e no máximo 25% das questões do tipo múltipla escolha, no máximo 25% das questões do tipo falso
ou verdadeiro, e no máximo 25% das questões do tipo completar lacunas, ou emparelhamento de colunas, todas
relacionadas ao conteúdo do Anexo B desta Norma.
NOTA 2 A avaliação prática pode ser realizada durante ou após cada aula prática, todas relacionadas ao conteúdo
do Anexo B desta Norma, deve ser provida alguma documentação formal de evidencia da realização dos
treinamentos práticos.
NOTA 3 Para obter a aprovação no curso de qualificação de bombeiro civil, o aluno, além de ser aprovado nas
avaliações práticas conforme especificado na NOTA 2, deve atingir a média de 60% de acertos de todas as
avaliações teóricas relacionadas ao conteúdo do Anexo B desta Norma.
NOTA 4 Para obter a aprovação no curso de qualificação de bombeiro civil, o aluno, além de ser aprovado nas
avaliações teóricas conforme especificado na NOTA 1, deve comprovar conhecimento e habilidade no manejo de
equipamentos e na aplicação de técnicas em 60% de todas as avaliações práticas relacionadas ao conteúdo do
Anexo B desta Norma.
NOTA 5 O candidato que concluir todos os módulos com aproveitamento médio de 60% de acerto em todas as
avaliações (teóricas e práticas) relacionadas ao conteúdo do Anexo B desta Norma, deve receber o diploma e/ou
o certificado de qualificação, expedido pela instituição de ensino responsável pela qualificação de bombeiro civil.
NOTA 6 No certificado do bombeiro civil deve constar pelo menos os seguintes dados:
a) o nome completo e número do registro geral (RG) do treinando
b) o tema do curso e a carga horária do tema
c) o período do treinamento realizado
d) citar que o conteúdo ministrado no curso está em conformidade com a ABNT NBR 14608
e) o nome completo, formação, o número do registro geral (RG) ou número de identificação profissional e
assinatura do instrutor responsável
f) o nome completo, o número do registro geral (RG) ou número de identificação profissional e assinatura do
coordenador responsável do curso
g) o conteúdo do curso descrito no verso do certificado
h) a razão social e cadastro nacional de pessoa jurídica (CNPJ) descrito no verso do certificado, emitido pela
escola ou empresa especializada em treinamentos de emergências

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ANEXO C (informativo)

RESUMO DAS ETAPAS PARA IMPLANTAÇÃO DO BOMBEIRO CIVIL

Tabela C.1 — Resumo das etapas para implantação do bombeiro civil


Etapa O que Como Quem
Verificar as referências descritas de acordo
com 4.2.1 e 4.2.2
Verificar se a planta está classificada nos
grupos e divisões para a recomendação da
contratação ou se está classificada nos
grupos e divisões para a contratação
Verificar se a planta possui facultativa de bombeiros civis
características para a Verificar se a planta está localizada em O Responsável pela
01
contratação de bombeiro distância de tempo de resposta superior a 8 ocupação da planta
civil min de recursos públicos para atendimento
pré-hospitalar (ambulâncias) e superior a 10
min de corporações de bombeiros públicos,
e se esses serviços públicos oferecem
recursos materiais e humanos compatíveis
para o atendimento as hipóteses acidentais
pré-avaliadas na planta
Designar por escrito
Designar o responsável NOTA Se o responsável pela ocupação
Responsável pela
02 pelo bombeiro civil da da planta não designar alguém, ele será
ocupação da planta
planta automaticamente o responsável pelo
bombeiro civil da planta

40
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Tabela C.1 (Continuação)

Etapa O que Como Quem


Ver 4.2

Verificar a quantidade de bombeiros civis


necessários para a formação da primeira
equipe conforme os procedimentos
definidos no plano de emergências da planta
e/ou ver 4.2.3 e a referência do Anexo A

Verificar o atendimento do tempo de


resposta para a primeira equipe de acordo
com a seção 6

Verificar a quantidade de tripulantes para as


viaturas caso sejam disponíveis na planta de
acordo com 4.4.11 e 4.4.12

Estabelecer o Verificar a disposição do (s) posto (s) de


Responsável pelo
03 dimensionamento do bombeiros para o atendimento em todas as
bombeiro civil da planta
bombeiro civil áreas com a equipe mínima necessária para
o tempo de resposta máximo estabelecido
nesta Norma

Verificar se a quantidade total estipulada de


bombeiros civis por turno foi composta do
número mínimo necessário de bombeiros
para o atendimento em todas as áreas da
planta em conformidade com o tempo de
resposta de acordo com a seção 6, e
considerando ainda, as ações para os
procedimentos de prevenção e controle
descritos no plano de emergência definido
conforme as hipóteses acidentais pré-
determinadas da planta, devido as
disposições físicas, dimensões, processos,
ocupações, etc.
Instituições e/ou
Formar o bombeiro civil estabelecimentos de
04 com a Qualificação Ver 4.1 ensino e/ou escolas e
profissional inicial centros de treinamento
especializado

41
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Tabela C.1 (Continuação)

Etapa O que Como Quem


Selecionar os bombeiros Responsável pela
05 Ver 4.3
civis formados ocupação da planta

Verificar as características das


atividades da Planta, considerando as
ações para os procedimentos de
prevenção e controle descritos no plano
de emergência definido conforme as
hipóteses acidentais pré-determinadas
Qualificar os bombeiros
da planta, devido as disposições físicas,
civis com qualificações Responsável pelo
06 dimensões, processos, ocupações, etc.
profissionais específicas bombeiro civil da planta
conforme as áreas de
Através de instituições e/ou
atuação
estabelecimentos de ensino e/ou escolas
e centros de treinamento especializado
para ministrar os treinamentos de
capacitação e/ou especialização para os
bombeiros civis contratados direta ou
indiretamente na planta
Ministrar treinamentos teóricos e práticos
de especialização e/ou capacitação para
Instituições e/ou
adquirir conhecimentos e habilidades
estabelecimentos de
Capacitar e/ou complementares a sua qualificação
07 ensino e/ou escolas e
especializar os inicial para executar funções e
centros de treinamento
bombeiros civis atribuições profissionais específicas de
especializado
acordo com a sua área de atuação,
devido as atividades da planta de acordo
com 4.1
Cumprir as atribuições e
Verificar e atender as seções 5 e 7.
08 os procedimentos Bombeiros civis
Atender ao plano de emergência da
básicos de atividades de
planta
bombeiro civil na planta.
Realizar reuniões
09 ordinárias, reuniões - Atender ao plano de emergências da Bombeiros civis
extraordinárias e planta e à ABNT NBR 15219
exercícios simulados

42
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Tabela C.1 (Conclusão)

Etapa O que Como Quem


Realizar a atualização
- Participar de cursos de atualização de
para renovação Bianual
10 formação de bombeiro civil de acordo Bombeiros civis
do certificado de
com 4.1.3
qualificação de
bombeiro civil
Verificar a validação das certificações
dos bombeiros civis para os cursos de
qualificação de acordo com 4.1.3
Garantir a participação
para a atualização dos
Através de instituições e/ou
treinamentos dos Responsável pelos
estabelecimentos de ensino e/ou escolas
bombeiros civis nos bombeiros civis
11 e centros de treinamento especializado
cursos de capacitação
para a realização dos cursos de
e/ou especialização para Bombeiros civis
capacitação e/ou especialização para os
a qualificação conforme
bombeiros civis da planta
as necessidades da
planta
Participar dos cursos de capacitação
e/ou especialização

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ANEXO D (informativo)

CRITÉRIOS PARA DETERMINAÇÃO DOS TEMPOS DE RESPOSTA PARA OS


ATENDIMENTOS DAS EMERGÊNCIAS

D.1 Resgate e emergências médicas

Os chamados de resgate e/ou emergências médicas devem ser atendidos o quanto antes possível, de
forma a garantir a maior chance de sobrevivência da vítima, considerando que:

a) independentemente de causas clinicas ou traumáticas por exemplo, obstrução das vias,


intoxicações, afogamentos ou ambiente com deficiência de oxigênio, que podem levar uma pessoa
a parada respiratória, esta vítima, pode entrar em parada cardíaca em tempo médio de 4 min
devido a resposta fisiológica da hipóxia cerebral, se nenhum procedimento de resgate e/ou
tratamento por ventilação artificial e/ou oxigenioterapia for administrado

b) independentemente de causas clinicas ou traumáticas por exemplo, cardiopatia, hipóxia cerebral,


choque elétrico temperaturas extremas ou outra condição que pode levar uma pessoa a parada
Cárdio respiratória, as chances de sobrevivência podem decair para até 50 % nos primeiros 5 min
da parada cardíaca, havendo, após esse tempo um decréscimo de chances de sobrevivência de
5 % até 25 % por min, se nenhum procedimento de tratamento por manobras de ventilação artificial
e massagem cardíaca como ressuscitação cárdio pulmonar (RCP) e desfibrilação ventricular com
uso por exemplo de desfibrilador externo automático (DEA) for administrado, conforme o gráfico
demonstrativo da Figura 1

Chance de sobrevivência em parada cardio respiratória


100
90
Chance de sobrevivência %

80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Minutos

Figura 1 – gráfico das chances de sobrevivência

D.2 Combate a incêndio

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Os chamados de incêndios, devem ser atendidos o quanto antes possível, para controlar o fogo o mais
próximo do seu ponto de origem, de forma a reduzir a perda de vidas e danos materiais considerando
que:

a) um incêndio estrutural em um compartimento não ventilado de ocupação residencial ou comercial


com altura de até 3 m do piso ao teto, vai produzir um aumento da temperatura até o ponto de
flashover que geralmente ocorre em menos de 10 min do início do fogo no seu ponto de origem.

b) em aproximadamente 8 min geralmente ocorre o flashover no compartimento inicial do fogo, a


temperatura do ambiente aumenta, superaquecendo os demais materiais combustíveis e
ocorrendo a propagação rápida do fogo para outros compartimentos da edificação, essa
propagação pode destruir mais do que 50 % da propriedade nesse tempo.

c) em tempo superior a 10 min geralmente o incêndio pode destruir mais do que 90 % da propriedade,
se nenhum procedimento de ventilação e exaustão, resfriamento e extinção das chamas for
executado, conforme o gráfico demonstrativo da Figura 2

Curva da propagação do fogo


100
Destruição da propriedade %

90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Minutos

Figura 2 – gráfico da curva de propagação do fogo

45

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