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LEI N.º 687, de 16 de setembro de 1997.

CRIA O DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE


ÁGUA E ESGOTO, E DA OUTRAS
PROVIDENCIAS.

O PREFEITO MUNICCIPAL DE POXORÉO, no uso das atribuições


legais, observando o disposto no artigo 68, incisos V, XI, XII da Lei Orgânica do
Município, faz saber que a Câmara Municipal de Poxoréo aprovou e ele sanciona a
seguinte:

LEI:

Art. 1.º Fica criado o DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO –


DAE, como entidade municipal da administração direta, vinculado ao Gabinete do
Prefeito, sendo sua estrutura orgânica e a competência dos órgãos que o integram
estabelecidos na forma da presente lei.

Art. 2.º O DAE exercerá sua função no município de POXORÉO,


competindo-lhe, entre outras atribuições as seguintes:

I – Estudar, projetar, executar diretamente ou mediante contrato com


especialistas e instituições em saneamento básico, de direito publico ou privado, as
obras relativas a construção, ampliação, recuperação e remodelação dos sistemas
públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário do município.

II – Administrar, operar, manter e conservar os serviços de água e esgoto;

III – Executar os serviços relativos as contas de consumo de água e


utilização do sistema de esgoto;

IV – Acompanhar o faturamento e a arrecadação das taxas e tarifas


decorrentes dos serviços prestados;

V – Promover o treinamento do seu pessoal e promover estudos e pesquisas


para o aperfeiçoamento dos seus serviços;

VI – Manter intercambio com entidades relacionadas com a área de


saneamento;

VII – Promover atividades voltadas para a preservação do meio ambiente e


combate a poluição ambiental, particularmente dos cursos de água do munícipio nos
limites previstos nesta lei;

VIII – Incrementar programas de saneamento rural, no âmbito do


município, mediante o emprego de tecnologia apropriada e de soluções conjuntas para
água – esgoto – módulo sanitário;

IX – Acompanhar e supervisionar serviços de terceirização ou concessão do


serviço de água e esgoto, de acordo com os termos do contrato assinado;
X – Exercer quaisquer outras atividades relacionadas com saneamento
urbano e rural, desde que assegurados os recursos necessários;

XI – Promover articulações com outros setores para o exercício da política


das águas publicas no município, da forma disposta em Regulamento;

XII – Elaborar programas de investimentos para o setor de água e esgoto, e


pedidos de financiamentos junto aos órgãos estaduais, federais e outros.

Art. 2.º O DAE deverá promover articulação com as demais instituições


integrantes dos sistemas municipais, estaduais e federais, do meio ambiente, e
desenvolver ações voltadas a preservação de recursos ambientais, de maneira isolada ou
em conjunto com entidades do setor, em especial para:

I – Auxiliará na fiscalização permanente dos recursos ambientais,


particularmente dos cursos de agua e encosta e fundos de vales, que podem ser
diretamente afetadas pela má disposição dos resíduos sólidos gerados pela atividade
humana;

II – Participar das discussões que visam a compatibilidade do


desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente;

III – Colaborar na proteção nas áreas representativas do eco sistema e


sugerir medidas para a implantação, nas áreas criticas de poluição, de sistema de
monitoramento dos índices locais de qualidade ambiental;

IV – Colaborar com órgãos e entidades dos sistemas municipal, estadual e


federal do meio ambiente, na identificação de áreas degradadas ou ameaçadas de
degradação, visando a tomada de medidas, por parte dos mesmos, para sua recuperação;

V – Participar e promover ações voltadas para atrair a efetiva participação


da comunidade em campanhas para a defesa do meio ambiente e colaborar no
desenvolvimento de programas de educação ambiental;

VI – Cooperar com os órgãos e entidades dos sistemas municipal, estadual e


federal do meio ambiente, no sentido da realização e atualização permanente do
inventario ecológico do município, incluindo as reservas naturais e as áreas de
integração ambiental;

VII – Promover e participar de programas que visem a melhoria das


relações humanas no trabalho, das realizações publicas com a comunidade e a imagem
do Departamento;

VIII – Promover ações objetivando a implementação do Saneamento Básico


nas localidades do Município, conforme tecnologia apropriada ao saneamento rural.

Art. 4.º O DAE deverá integrar o sistema municipal de saúde publica na


idealização de ações para o controle de vetores e doenças transmissíveis,
particularmente daquelas ligadas ao manuseio e destacando o lixo, e aos relacionados
aos da existência de águas superficiais e estagnadas ou artificiais, e participar com os
demais órgãos do sistema de vigilância epidemiológica das outras atividades de saúde
pública.

Art. 5.º O DAE atuará em perfeita articulação com os outros prestadores de


serviços de saneamento municipais, através de programas e ações voltadas para o
aprimoramento de suas atividades nos campos técnicos, administrativos e gerenciais.

Parágrafo 1.º Mediante exame das necessidades do DAE e através de


instrumentos legais a serem firmadas com empresas prestadoras de serviços de
saneamento, o DAE poderá vir a utilizar e ceder recursos humanos e materiais e deverá
promover e assegurar mecanismos para a cooperação técnica administrativa entre os
serviços municipais que se dará entre diversos níveis, constituindo numa permanente
troca de serviços, devidamente remunerados com base em instrumentação legal, sem
prejuízo na implementação dos seus programas para a consecução dos seus objetivos e
para a garantia do equilíbrio econômico financeiro da entidade.

Parágrafo 2.º Fica a Diretoria do DAE autorizada a firmar convênios com


outras entidades similares para atender ao disposto neste artigo.

Art. 6.º O DAE terá a seguinte estrutura orgânica:

I – Diretor – DR;

II – Coordenadoria Administrativa e Financeira – C.A.F.;

III – Coordenadoria de Operação e Expansão – C.O.E.;

Parágrafo único. Ficam criados os seguintes cargos em comissão para


exercer a direção do DAE:

I – Diretor – DAÍ – 3;

II – Coordenadoria Administrativa e Financeira – DAÍ – 5;

III – Coordenadoria de Operação e Expansão – DAÍ – 5;

Parágrafo único. O Cargo de Diretor do DAE – Departamento de Água e


Esgoto possui status de Secretário Municipal com subsídio a este equiparado. (Inserido
pela Lei Municipal n.º 1.409, de 22 de fevereiro de 2011)

Art. 7.º O Chefe do Poder Executivo Municipal, fica autorizado a firmar


convenio ou contratar instituições especializadas na área de saneamento básico de
direito publico ou privado, para prestar assistência e assessoramento técnico e
administrativo ao DAE.

Art. 8.º Os orçamentos anuais e plurianuais, sintéticos, e analíticos do DAE


comporão o Orçamento Geral do Município.

Art. 9.º Cabe ao Chefe do Poder Executivo Municipal:


I – Nomear e exonerar livremente os ocupantes de cargos em comissão da
estrutura orgânica do DAE;

II – Aprovar o quadro de pessoal necessário para o funcionamento do


Departamento, de acordo com a solicitação formulada pelo diretor do DAE;

III – Transferir para a Administração do DAE, todo o pessoal necessário


para o seu funcionamento;

IV – Transferir para a guarda, administração e responsabilidade do DAE,


todo o patrimônio, bens móveis e semoventes necessários para o seu funcionamento;

V – Expedir atos próprios necessários, fixando as taxas, tarifas e


emolumentos e outros encargos a serem pagos pelo usuário.

V – Atualizar monetariamente, sempre no mês de janeiro de cada exercício,


os valores constantes no Anexo Único desta Lei, considerando a inflação acumulada nos
doze meses imediatamente anteriores, mediante Decreto. (Redação dada pela Lei
Municipal n.º 1.936, de 23 de novembro de 2018)

Art. 10. O DAE para o seu funcionamento contará, entre outros, com
recursos financeiros arrecadados pelo Município e proveniente de:

I – Dotações orçamentárias e créditos suplementares;

II – Subvenções municipais;

III – Do produto de quaisquer tributos e remuneração decorrentes


diretamente dos serviços de água e esgoto, tais como: taxas e tarifas de água e esgoto,
taxas para conservação de hidrômetro, serviços referentes a ligação de água e esgoto,
prolongamento das redes de água e esgoto, ações e obras de saneamento realizados para
terceiros, etc...

IV – Taxas de contribuição que incidirem sobre os terrenos beneficiados


com os serviços de água e esgoto;

V – Dos auxílios, subvenções e créditos especiais ou adicionais, que lhe


forem concedidos, inclusive para obras novas, pelos governos federal, estadual e
municipal, ou por organismos de cooperação internacional;

VI – Taxa de contribuição de melhoria e implantação de obra nova;

VII – Produtos de cauções ou depósitos resultantes de inadimplementos


contratuais;

VIII – Doações, legados e outras rendas.


Art. 11. Os planos de trabalho do DAE serão elaborados conjuntamente
com o Executivo Municipal, ouvindo os pareceres das instituições especializadas em
saneamento básico quando for o caso.

Parágrafo único. Competirá ao DAE coordenar, promover, executar e


acompanhar os planos de trabalho aprovados.

Art. 12. A classificação dos serviços de água e esgoto e as condições para


sua concessão serão estabelecidos no regulamento do DAE.

Art. 13. Serão obrigatórias as ligações de água e esgoto para os prédios


considerados habitáveis, situados nos logradouros em que existam as respectivas redes
públicas.

Art. 14. Os proprietários de terrenos situados nos logradouros, que existem


as redes de água e esgoto sanitário estarão sujeitos aos pagamentos de taxas e tarifas,
conforme disposições a serem fixadas.

Art. 15. É vedado ao DAE conceder isenção ou redução no valor da


cobrança devida pelo usuário.

Art. 16. O Chefe do Poder Executivo Municipal expedira os Decretos


necessários a completa regulamentação.

Parágrafo único. A regulamentação de que trata este artigo compreenderá o


Regulamento do Departamento de Água e Esgoto e o Regimento Interno do DAE.

Art. 17. Até a data da vigência da presente Lei, todos os encargos e


despesas geradas para o funcionamento do sistema de abastecimento de água e
esgotamento sanitário do município ficam ratificadas e a Diretoria do DAE fica
autorizada a efetuar o pagamento mediante levantamento próprio adequado e de acordo
com suas disponibilidades financeiras e orçamentárias.

Art. 18. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

Paço Municipal Dr. Joaquim Nunes rocha, em Poxoréo, MT, 16 de setembro


de 1997.

Dr. Lindberg Ribeiro Nunes Rocha


Prefeito de Poxoréo

Esta Lei foi afixada no saguão da Prefeitura de Poxoréo, de acordo com o art. 106 da
Lei Orgânica de Poxoréo, em 16/09/1997.

Prof. Izaias Resplandes de Souza


Assessor de Planejamentos e Coord. Geral
ANEXO ÚNICO – TARIFAS DE ÁGUA E ESGOTO (Inserido pela Lei Municipal
n.º 1.936, de 23 de novembro de 2018)

TABELA I – ÁGUA

FAIXA = m³ FAIXA PREÇO POR m³


POR
TIPO INTERVALO
VOLUME
CATEGORIA 01 = RESIDENCIAL
R1 00 a 15 15 R$ 2,03
R2 16 a 20 05 R$ 2,64
R3 21 a 30 10 R$ 3,17
R4 31 a 40 10 R$ 3,80
R5 41 a 50 10 R$ 4,56
R6 De 51 acima 10 R$ 6,80
CATEGORIA 02 = COMERCIAL
C1 00 a 20 20 R$ 3,70
C2 De 21 acima 10 R$ 5,00
CATEGORIA 03 = INDUSTRIAL
I1 00 a 20 20 R$ 3,70
I2 De 21 acima 10 R$ 5,00
CATEGORIA 04 = PÚBLICA
PB1 00 a 20 20 R$ 3,35
PB2 De 21 acima 10 R$ 4,02

TABELA II – ESGOTO

TIPO CATEGORIA
RESIDENCIAL COMERCIAL INDUSTRIAL PÚBLICA
E1 45% 45% 45% 45%
CONDOMINA
L
E2 60% 60% 60% 60%
COLETADO
E3 TRATADO 75% 75% 75% 75%
Obs.: Os valores percentuais, cobrados à título de coleta e tratamento de esgoto,
previstos nesta Tabela, incidirão sobre os valores constantes na Tabela I
CATEGORIA INDUSTRIAL
I. Indústrias ou fábricas que não usam água no processo industrial ou como matéria prima
N.º da Ordem Padrão da Área Coberta Classe Consumo
Construção em m² mínimo em m³
5 POPULAR Até 40 01 10
4 PEQUENO 41 a 70 02 30
3 MÉDIO 71 a 100 03 60
2 GRANDE 101 a 130 04 90
1 ESPECIAL Acima de 130 05 120
II. Imóveis que usam água no processo industrial ou como matéria prima
II.1. INDÚSTRIAS OU FÁBRICAS
N.º da Ordem Padrão da Área Coberta Classe Consumo
Construção em m² mínimo em m³
2 GRANDE Até 130 05 150
1 ESPECIAL Acima de 130 06 200
II.1.2. CONSTRUÇÕES EM GERAL
N.º da Ordem Padrão da Área Coberta Classe Consumo
Construção em m² mínimo em m³
2 MÉDIO Até 100 03 20
1 ESPECIAL Acima de 100 05 50
CATEGORIA PÚBLICA
I. ESCOLAS, EDIFÍCIOS, ASSOCIAÇÕES, DENTRE OUTRAS
N.º da Ordem Capacidade de Classe Consumo mínimo em m³
Utilização
01 Até 20 alunos / 01 10 m³
usuários
02 De 21 a 40 05 60 m³
alunos / usuários
03 De 41 a 80 07 130 m³
alunos / usuários
04 De 81 a 144 09 230 m³
alunos / usuários
05 De 145 a 186 10 330 m³
alunos / usuários
06 De 187 a 240 11 430 m³
alunos / usuários
07 De 241 a 293 12 530 m³
alunos / usuários
08 De 294 a 346 13 630 m³
09 De 347 a 400 14 730 m³
alunos / usuários

TABELA III – APURAÇÃO DO CONSUMO ESTIMADO EM M³

Para a apuração do consumo estimado em m³ (metros cúbicos) para a CATEGORIA


RESIDENCIAL, COMERCIAL e INDUSTRIAL é levada em consideração a área
coberta em m² (metros quadrados) do imóvel
1. CATEGORIA RESIDENCIAL
N.º da Ordem Padrão da Área Coberta Classe Consumo Mínimo
Construção em m² cobrado em m³
5 POPULAR Até 40 01 20
4 PEQUENO 41 a 70 02 30
3 MÉDIO 71 a 100 03 50
2 GRANDE 101 a 130 04 60
1 ESPECIAL Acima de 130 05 70
2. CATEGORIA COMERCIAL
2.1. Comércios onde não se caracteriza o uso de água como essencial ao seu
funcionamento
N.º da Ordem Padrão da Área Coberta Classe Consumo Mínimo
Construção em m² cobrado em m³
5 POPULAR Até 40 01 20
4 PEQUENO 41 a 70 02 30
3 MÉDIO 71 a 100 03 50
2 GRANDE 101 a 130 04 60
1 ESPECIAL Acima de 130 05 70
2.2. Comércios onde se caracteriza o uso de água como essencial ao seu funcionamento
N.º da Ordem Padrão da Área Coberta Classe Consumo Mínimo
Construção em m² cobrado em m³
2 GRANDE Até 100 04 50
1 ESPECIAL Acima de 100 05 80
Serão considerados economia comercial especial os seguintes casos, a saber: POSTOS
DE LAVAGEM (cada Box) ou de ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL; HOTEL
COM ÁREA CONSTRUÍDA ACIMA DE 131m²

TABELA IV – DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

CARACTERIZAÇÃO DA INFRAÇÃO PENALIDADES / VALOR A PAGAR


I – Violação do Lacre de Corte Multa equivalente ao valor de uma taxa
mínima de consumo vigente em parcela
única
II – Violação ou inversão do hidrômetro Multa equivalente ao valor de duas vezes
ou limitador de consumo a taxa mínima de consumo vigente em
parcela única
III – Danificação ou retirada do Valor de mercado equivalente à
hidrômetro ou limitador de consumo reposição do bem mais o valor de duas
vezes a taxa mínima de consumo vigente
em parcela única
IV – Instalação de bomba ou outro Multa de 10% (dez por cento) do
dispositivo prejudicial à função do consumo estimado na categoria, durante
hidrômetro ou limitador de consumo 12 (doze) meses
V – Ligação, por qualquer modo, na Multa equivalente ao valor de duas vezes
instalação de serviço público de água e a taxa mínima de consumo vigente em
esgoto sanitário parcela única somados os débitos
• Intervenção no ramal predial e/ou anteriores
coletor predial
• Introdução ou lançamento nas
instalações de esgoto sanitário de
qualquer material
VI – Ligação clandestina Multa equivalente ao valor de duas vezes
• Derivação de uma instalação predial a taxa mínima de consumo vigente em
antecedente ao hidrômetro parcela única
• Religação clandestina quando o
usuário estiver suspenso
VII – Utilizar-se de dispositivo qualquer Multa de 10% (dez por cento) do
que impeça e/ou dificulte a execução da consumo estimado na categoria, durante
leitura 12 (doze) meses

TABELA V – DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

MULTA Pagamento após o vencimento – 2% (dois por cento) sobre o


valor faturado
JUROS DE MORA Pagamento após o vencimento – 5% (cinco por cento) por mês
de atraso

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