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São por essas e muitas outras razões que, como sustenta Gardner (Cf.
GARDNER,1995) a escola deve promoter técnicas e estratégias de ensino que
consigam realizar o ideal de garantir uma educação de qualidade para todos
promovendo alternativas pedagógicas que contemplem os alunos com dislexia.
1.1. Propostas
De acordo com Arruda e Almeida (Cf. ARRUDA & ALMEIDA, 2014), para o
professor obter mais sucesso na transmissão do conteúdo para alunos
disléxicos é de extrema importância dar muita atenção ao grau de dificuldade
dos conteúdos a serem ensinados bem como ao processo de simplificação
desses conteúdos. Isso deve ser feito, obviamente, pelo professor que é
especialista na área. Sua capacitação deve permitir que ele consiga traduzir
conteúdos mais abstratos e complexos de uma forma que associe como o
mundo que rodeia a realidade do aluno. Como destaca Parrenoud (Cf.
PARRENOUD, 2000), o professor não é meramente um transmissor de
conteúdo, mas deve se hadapatr e propor práticas de melhor contemplem as
exigências à realidade em que se encontra. Este tipo de aprendizagem com
certeza facilita a educação do disléxico.
Há inúmeros trabalhos (Cf. PINHEIRO, et. al., 2013) que sugerem uma
série de indicações que o professor pode seguir para organizar o seu trabalho
de ensino. São elas:
Como é possível notar, o aluno disléxico requer uma atenção maior por parte
do professor. Isso não significa que ele não é capaz de aprender e dominar os
conteúdos tratados da mesma maneira que seus colegas não disléxicos, mas
que ele manifesta apenas alguma dificuldade em fixar os conteúdos da mesma
forma que os outros. Mas ele é perfeitamente apto; por isso essas regras
devem ser seguidas de perto pelos professores.
Ainda, tal como sugerem Ianhez e Nico (Cf. IANHEZ & NICO, 2002), o
professor pode lançar mão de dispositivos mais palpáveis que o aluno disléxico
pode utilizar para facilitar a sua aprendizagem, tais como o uso de uma
calculadora, a tabuada, o próprio computador (quando for possível e se a
escola dispor de tais instalações), e, principalmente, o aprendizado através de
imagens. O aluno disléxico aprende muito facilmente através de imagens que
associam o conteúdo ou os resultados do conteúdo, tal como o resultado de
ume experimento científico de biologia, por exemplo, a fenômenos mais
próximos a ele, como experiências cotidianas.
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Um ponto que tem sido cada vez mais ignorado hoje em dia, mas que é
assiduamente notado por Condemarin e Blomquist (Cf. CONDEMARIN &
BLOMQUIST, 1986, p. 17), e que precisa de atenção é o momento em que o
aluno entra na escola. O grau de maturidade é de suma importância para que o
aluno possa desempenhar da melhor maneira possível a absorção dos
conteúdos. O aluno disléxico aqui desempenha papel central. Muitas vezes os
pais acabam forçando a entrada muito precoce desses alunos na escola, talvez
com o sentimento de pressa de que ele deve estudar mais, dadas as suas
especificidades, o que acaba acarretando em maiores dificuldades e em
desmotivação por parte do aluno. Como afirmam,
progresso que se tem feito no que diz respeito à inclusão social, mas ainda há
muito a que se fazer.
Esta técnica é muito usada para memorizar uma série longa de conteúdos
ou mesmo por competidores que participam de desafios de memória. De
acordo com Machado (Cf. MACHADO, 2019), trata-se do seguinte. O ser
humano em geral tem maior facilidade em memorizar informações quando elas
são associadas a imagens. Os alunos disléxicos em particular, apresentam um
potencial muito grande de aprendizado quando os conteúdos são
interconectados a imagens. A estratégia do Mapa Mental consiste em adotar
uma lista (pode ser infinita) de itens, objetos, pessoas, animais, etc., numa
mesma ordem e associa-los ao conteúdo que se queira aprender. Por exemplo,
é comum memorizar objetos da casa, que é obviamente muito bem conhecida
por cada pessoa. Então, pode-se escolher, por exemplo, quinze itens da sala,
quinze da cozinha, quinze do quarto, e assim por diante, e memorizar esses
itens sempre na mesma ordem, tal como: sofá, janela, tv, vaso, etc. Essa é
uma tarefa muito simples porque o aluno está familiarizado com sua casa e
sabe perfeitamente a ordem dos itens. O próximo passo é, na aprendizagem do
conteúdo, transformar um conceito, uma ideia ou uma fórmula em uma imagem
específica e conectar esta imagem com um item do Mapa Mental. Por exemplo,
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b) Método Pomodoro
c) Flashcards
são algumas das técnicas que podem ser usadas. Aqui a criatividade fica por
conta do professor, que é quem melhor domina as peculiaridades da sua área
de ensino. Os alunos disléxicos podem ganhar muito com esse tipo de
atividade, já que exploram outros modos de aprendizado que não apenas
aqueles voltados para a leitura. Além de proporcionar diversão e motivação
para o aluno, essa estratégia faz com que ele aprenda e domine os conteúdos
assim como os demais alunos da turma.
realizações intelectuais da humanidade é uma grande perda, algo que deve ser
evitado a todo custo.
REFERÊNCIAS
IANHEZ, Maria Eugênia; NICO, Maria Ângela. Nem sempre é o que parece:
como enfrentar a dislexia e os fracassos escolares. São Paulo: Editora Alegro,
2002.
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TELES, Paula. Dislexia: Como identificar? Como intervir?. In: Revista Port.
Clin. Geral, 20:713-30, 2004. Disponível em
<http://www.cin.ufpe.br/~rhss/IUM/1segdpp6nrjnjcu6qev.pdf>. Acesso em:
02/02/2019.