Você está na página 1de 2

Degustar um vinho: os 5 principais elementos

Depois da apreciação visual e olfactiva, vem a melhor parte de uma prova de vinhos –


o degustar! A prova propriamente dita vai permitir uma análise profunda da
intensidade, qualidade, equilíbrio e persistência do vinho em questão. O paladar de
um bom néctar dos deuses desdobra-se em 5 principais elementos, saiba distingui-los,
para poder avaliar vinho como um profissional.

Secura/Doçura: o vinho contém determinadas quantidades de açúcar natural, o que se


torna facilmente percetível com a degustação. Se a sua quantidade for inferior a 2 g/l,
será difícil saborear a sua doçura, estando-se provavelmente perante um vinho seco
que vai provocar, literalmente, uma sensação de secura na boca. Para além disso, os
vinhos que apresentam elevados níveis de álcool tendem a secar com a idade. Em
contrapartida, os vinhos doces são claramente açucarados e de fácil deteção,
principalmente a partir dos 25 g/l.

Acidez: uma das características essenciais para um bom vinho é a harmonia existente


entre os diferentes ácidos presentes nas uvas – cítrico, tartárico, málico, lático e
succínico. Aliás, é a acidez que confere ao vinho parte do seu sabor e frescura,
contribuindo para a sua conservação, assim como para o envelhecimento dos vinhos
superiores. No entanto, acidez em excesso pode facilmente estragar um néctar dos
deuses, conferindo-lhe um paladar demasiado amargo ou avinagrado. O ideal, em
qualquer vinho, é um equilíbrio agradável entre o nível de acidez e o grau alcoólico.

Tanino: refere-se aos compostos fenólicos presentes num vinho e que advêm da pele e
das grainhas das uvas, manifestando-se ao nível da cor, aroma, e estrutura do vinho,
quase sempre de sabor áspero, seco e adstringente. São estas substâncias orgânicas
que emprestam ao consumo moderado de vinho os seus diferentes benefícios para a
saúde.

Carvalho: uma grande maioria dos vinhos é amadurecido em barris de carvalho, sendo


que parte desses vivem o processo de fermentação nesse mesmo ambiente. No caso
do vinho branco, o contacto aromático com o carvalho influencia o seu paladar final
com notas de baunilha, noz-moscada e canela. No caso do vinho tinto mais
consistente, o contacto com esta madeira confere-lhe uma delicadeza cremosa,
perfeitamente perceptível na degustação. Para além disso, se o interior dos barris
estiver muito carbonizado, o vinho terá ainda um acentuado sabor a “torrado”.

Fruto: o vinho tem na sua base fatores bioquímicos muito fortes que, aliados às
características das suas castas originais, faz com que muitos bons néctares apresentem
aromas e paladares frutados. Este verdadeiro bouquet de sabores pode sugerir-lhe a
presença de frutos secos (nozes, avelãs, amêndoas…) e frutos vermelhos (framboesas,
morangos, amoras, groselhas, ameixas, cerejas…), sem esquecer os figos, passas,
damascos, tâmaras, maçãs, limas, limão, pêra, manga, melão, maracujá, alperce,
nectarina… resta deliciar-se!.

Você também pode gostar